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Brasil PRESBITERIANO Março de 2004 Ano 45 / Nº 594 - R$ 1,80 Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Página 17 Secretário Executivo do SC-IPB comemora 25 anos no Ministério Página: 18 RPC lança programa em TV aberta produzido pela LPC Páginas: 6 e 7 Dep. Henrique Afonso fala sobre Lei de Biossegurança U. Dettmar/BRimagens Páginas 10 e 11 O Sertão Florescerá IPB cresce no Oeste baiano O Sertão Florescerá IPB cresce no Oeste baiano Gustavo Brigatto Divulgação Divulgação

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O Sertão Florescerá Março de 2004 Ano 45 / Nº 594 - R$ 1,80 Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil RPC lança programa em TV aberta produzido pela LPC Dep. Henrique Afonso fala sobre Lei de Biossegurança Página:18 Páginas:6 e 7 Páginas 10 e 11 Página 17 Secretário Executivo do SC-IPB comemora 25 anos no Ministério Gustavo Brigatto Divulgação Divulgação U. Dettmar/BRimagens

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B r a s i lPRESBITERIANO

Março de 2004 Ano 45 / Nº 594 - R$ 1,80Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil

Página 17

Secretário Executivo do SC-IPBcomemora 25 anos no Ministério

Página: 18

RPC lança programa em TV abertaproduzido pela LPC

Páginas: 6 e 7

Dep. Henrique Afonso fala sobreLei de Biossegurança

U. Dettmar/BRimagens

Páginas 10 e 11

O Sertão FloresceráIPB cresce no Oeste baianoO Sertão FloresceráIPB cresce no Oeste baiano

Gustavo Brigatto Divulgação Divulgação

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Brasil PRESBITERIANO2 Março de 2004

Pb. Gunnar Bedicks Jr. – PresidentePb. Gilson Alberto Novaes - SecretárioRev. Alcides Martins Jr. – TitularPb. José Augusto Pereira Brito – TitularRev. Carlos Veiga Feitosa – TitularRev. André Mello – TitularPb. Sílvio Ferreira Jr. – TitularPb. Alberto Jones – Diretor Administrativo-financeiroPb. Euclides de Oliveira – Diretor de Produção e Programação

AssinaturasExpedição

Luz para o Caminho

0(XX)19 3741 3000

[email protected]

Edição: Letícia FerreiraDRT/PR: 4225/17/65E-maill: [email protected]: Letícia Ferreira, LucileneNascimento (e-mail: [email protected]) e GustavoBrigatto (e-mail: [email protected])Ilustração: Aldair Soares GomesDiagramação: Aristides NetoRevisão: Douglas Moura Ferreira

EXPEDIENTE

Sobre a matéria Presbiterianos querem resgatarvalores teológicos, espirituais e reformados nolouvor (BP Dezembro/2003), gostaria de lembrar a"advertência" datada de 1868: "Aconselha-se atodos de nunca forçar a voz: melhor é cantar comdemasiada brandura do que com aspereza.Lembramos também que suposto convenhahaver muita solenidade e reverência no modo decantar louvores ao Altíssimo Deus, todavia o cos-tume de pronunciar as palavras com grande lenti-dão não corresponde à santa alegria que devecaracterizar o culto dos Remidos pelo preciososangue de Cristo. A principal coisa, porém, é tribu-tar a Deus o verdadeiro louvor do coração;" . Esta"preciosidade" está escondida na folha 339 doNovo Cântico, 1ª ed.com música, 1991. Esperoem Deus que em breve possamos voltar a cultuarna Casa do Senhor em sublime comunhão e realadoração.

Signe Dayse de Melo e Silva, de Curitiba

A matéria Presbiterianos querem resgatar valo-res teológicos, espirituais e reformados no louvor,uma vez que não traz qualquer orientação claraao leitor, é uma grande miscelânea. A leitura per-mitiu constatar que os entendimentos e práticasdos dois pastores são completamente inversos.Não quero aqui discutir qual dos dois entendimen-tos é o correto e qual deles deve ou seria, emtese, adotado pela IPB, mas o artigo foi extrema-mente infeliz porque não concluiu nada. Não estáassinado, não se sabendo, por isso, quem é oautor do texto. Sendo assim, estando ele noÓrgão Oficial da Igreja, expressa a opinião da IPB.Essa opinião é assim tão flexível e contraditória?

Pérside de Araújo Duarte Bousfield, deJoinville (SC)

Quero dizer que as matérias Louvor (BP dezem-bro 2003, pg. 17) e Homenagem (BP dezembro2003, pg. 18) em seus conteúdos demonstramcomo o Brasil é um continente diversificado emsuas culturas e contextos. Evidencia-se que, semabrir mão do conteúdo teológico e bíblico, pode-mos louvar e adorar a Deus com diversidade equalidade poética, musical e teológica. A aborda-gem jornalística foi valorizada oportunizandotodas as tendências a se posicionarem. O que

RPCRede Presbiterianade Comunicação

Seu recado

realmente importa é que: "... todo ser que respiralouve ao Senhor." e pronto.

Rev. Ricardo Saltes, do Presbitério do Valedo Paraíba

Fico imaginando qual o motivo da publicaçãoPresbiterianos querem resgatar valores teológi-cos, espirituais e reformados (BP dezembro de2003, pg. 17). Para início, só se resgata algumacoisa que foi perdida. Nasci em berço evangélicoe nunca presenciei equipe de louvor ou coisaparecida dentro de nossas igrejas, a não sercorais, conjuntos, órgão e, exagerando, um bompiano, mas tudo com muita inspiração. Não acre-dito na desculpa de que as igrejas precisam seatualizar. Haverá sempre lideranças firmes pareevitar os abusos e os que não estiverem conten-tes com a igreja tradicional, paciência, que seadaptem ou saiam.

Pb. Ivan Furquim de Arruda, IP Jardim daGlória, São Paulo

Desejamos agradecer ao rev. Alderi a justahomenagem prestada ao saudoso rev. SamuelMartins Barbosa (BP janeiro de 2004, pg. 6),recentemente falecido. Por muitos anos, ele lecio-nou Filosofia da Educação nas FaculdadesMetropolitanas Unidas, sendo um dos mais res-peitados mestres. Obrigada, rev. Alderi, pelo res-gate da memória de tão ilustre servo do Senhor.

Nathanael de Oliveira Neves, de São João daBoa Vista

Devido à belíssima apresentação e conteúdosadio, o jornal Brasil Presbiteriano será um ótimoinstrumento de anunciação das Boas Novas,.Depois que dei um exemplar que tinha a uma pro-fessora da nossa cidade e vi a reação nos olhosdela devido à influência do nosso jornal, fiqueiconvicto de que outras pessoas poderiam sertambém abençoadas.

Missionário Antônio de Pádua, de Salgado deSão Félix, PB

Saúdo os irmãos e um grande parabéns pelonovo BP, que está rico e bonito.

André Filipe, da IP Betânia de Santa Bárbarad'Oeste.

Poucos membros da IPB conhecem o trabalho que aigreja está realizando no sertão baiano, uma região demuita carência que propõe muitos desafios. Os princi-pais estão nas áreas de educação e ação social, em quemuito têm atuado as igrejas de João Dourado, Lapão ePiritiba. A partir deste mês, o BP publica algumasreportagens sobre estas igrejas e o trabalho que reali-zam, começando pela Missão Servir, em JoãoDourado, administrada pelo rev. Gilmar Oliveira deCerqueira, pastor da IP de Piritiba. A região tem tam-bém o apoio do Conselho de Ação Social, CAS, que,junto com outras instituições, vem realizando fóruns decapacitação de líderes para despertar a igreja e fomen-tar iniciativas. Outras informações você fica sabendoao ler a reportagem central desta edição, nas páginas 10e 11.

Muito se tem discutido no Brasil e no mundo sobrepesquisas genéticas e a utilização de OrganismosGeneticamente Modificados. As questões mais preocu-pantes, no entanto, para a Frente ParlamentarEvangélica na Câmara dos Deputados, são a clonagemhumana e a utilização de embriões humanos em pes-quisas. Os parlamentares cristãos querem que, noBrasil, essas práticas sejam proibidas, pois a manipula-ção da vida é prerrogativa apenas divina. Cientistasafirmam, no entanto, que essa proibição será um erro,pois limitará as pesquisas no Brasil e fará com que oPaís tenha que pagar royalties na utilização de tudo oque for alcançado pela Ciência nessas áreas em outrospaíses. O deputado presbiteriano Henrique Afonso, doPT do Acre, está bem engajado na luta da FrenteParlamentar e concedeu uma entrevista ao BP sobre oassunto, publicada nas páginas 6 e 7.

Acompanhe também a reportagem, na página 18,sobre a Luz para o Caminho, organização especializa-da em comunicações que, a partir de fevereiro, passoua produzir um programa para a Rede Presbiteriana deComunicação, que vai ao ar pela Rede Bandeirantes.

E não é apenas isso, mais eventos e reportagens deigual importância você acompanha nas outras páginasdo BP, o órgão oficial da IPB.

Palavra da Redação

Conselho Editorial:Rev. Alderi Souza de MatosRev. Celsino GamaRev. Cláudio MarraPb. Gilson Alberto NovaesRev. Silas de Campos

Brasil PRESBITERIANOAno 45, nº 593 – Fevereiro de 2004

Rua Maria Antônia 139, 2º andar, CEP 01239-902, São Paulo – SPTelefone: 0(XX)11 3255 7269

E-mail: [email protected]

Órgão Oficial da

Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 Impressão: Folhagráfica

www.ipb.org.br

Uma publicação da

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inda que muito sabidoem todo o universopresbiteriano, o culto

cristão é prestado ao Deus triú-no em espírito e em verdade.Como fazemos isso é o x daquestão, que está a merecernovas análises e redimensiona-mentos.

Nossa Confissão de Fé, emseu capítulo XXI, muito bemdestaca que o verdadeiro Deus"não deve ser adorado segundoas imaginações e invençõesdos homens ou sugestões deSatanás, nem sob qualquerrepresentação visível ou dequalquer outro modo não pres-crito nas Santas Escrituras".Realçam, a seguir, os teólogosde Westminster, a importânciada leitura das Escrituras e suapregação com inteligência , fé

e reverência e, ainda comoparte do culto, a devida admi-nistração dos sacramentos ins-tituídos pelo Senhor JesusCristo.

Inimaginável um culto cujaprédica não se baseie na pala-vra de Deus. Ainda que, nãopoucas vezes, alguns pregado-res usem textos para pretextos,a mensagem de Deus a sobres-sair ao povo em adoração é ado Sagrado Livro. Em razãodisso, o púlpito tem lugar dedestaque central na casa deDeus. É por essa tribuna sacraque o pregador transmite pro-feticamente o recado divino. Écerto que para se pregar a pala-vra de Deus não é preciso opúlpito, mas no templo nãopode ele ficar descartado.

A mesa da comunhão passou

a ocupar na Igreja Reformada ePresbiteriana não menosimportância que o púlpito, poisé ela símbolo do encontro ereunião do povo de Deus como Senhor e Salvador JesusCristo.

Poucas são as igrejas presbi-terianas no Brasil que adotam apia batismal, outro símbolo arealçar a recepção de todoaquele que aceita e confessa oSenhor Jesus, pois sem o batis-mo ninguém pode ser admitidoà comunhão da igreja.

Constata-se hoje que nãopoucas igrejas destronaram opúlpito e a mesa da comunhão,transformando o local empalco para conjuntos e baterias.Não se quer desprezar o talen-to e a participação dos jovensna adoração e louvor durante o

culto, mas tem havido (semcom isso se querer generali-zar), muito show e exibicionis-mo, com uma cópia incons-ciente do que ocorre na mídiaeletrônica mundana, até comrequebros e trejeitos, ainda quese diga que os cânticos são delouvor. Não se duvidandodisso, entretanto, a Igreja preci-sa repensar seu conceito deculto e adoração para os nossosdias, já que o verdadeiro cultocristão não ocorre ao sabor,vontade e apreciação humanos,mas tão somente como expres-são humana diante do Deusque veio encontrar-se conoscosoberanamente. Em resumo, oculto não pode ser apresentadoa Deus pelo modo e demons-trações que o povo gosta e"acha" deve transcorrer segun-

do os mais rígidos ditames dosanto Livro, ainda que dessamaneira o povo não goste.

Destarte, alijar o púlpito e amesa da comunhão para nolocal colocar instrumentosmusicais se nos afigura indis-farçável heresia, ainda que osparticipantes estejam imbuídosdo mais elevado propósito deadorar e louvar a Deus.

A análise sobre o culto cristãocomporta muitos ângulos eabordagens à luz do sagrado esoberano Livro de Deus. OBrasil Presbiteriano abre suaspáginas para que estudiosos damatéria se manifestem, emtudo visando a maior glória deDeus e de seu Filho, nossoSenhor e Salvador JesusCristo.

Brasil PRESBITERIANO 3Março de 2004

ergunta: A liturgia nãotorna tedioso o culto?Resposta: Natural-

mente, se o culto vai ser tedio-so ou não, depende do prega-dor ou do dirigente. Se ele temem si a vida de Deus em Cristo,pelo Espírito Santo, essa vidatransparece no culto e em tudomais. Lembre-se o dileto con-sulente que agitação não évida; som não é música; baru-lho não leva ao céu (1 Rs18.27; 19.11,12); solenidadenão é sono. Na real comunhãocom Deus, mesmo no silênciohá vida.

A "liturgia" implanta ordemno culto. Aliás, a expressãoclássica para "liturgia" é"Ordem do Culto", abandona-da por muitos hoje em dia.

Existem "liturgias" ou"ordens" muito elaboradas. Oexagero sempre é prejudicial.Cuidados requeridos: (1) Nãosubdividir nem rechear demaisa ordem do culto ao ponto desufocar a pregação da Palavra;(2) Incluir, com o devido pre-paro antecipado, alguma parti-cipação dos adoradores presen-tes. (3) O pregador ou oficiantedeve estar aberto para o fluxodos impulsos do Espírito. — Jáme ocorreu, não poucas vezes,alterar a ordem durante o culto,mesmo quando a "ordem"estava impressa e fora distri-buída aos presentes. Altera-ções: eliminando parte(s);substituindo hino(s); mudandoa mensagem (o sermão e o res-pectivo texto).

Há passagens bíblicas quecontêm elementos para umaordem do culto. Dois exem-plos:

Salmo 96: Convite ou chama-do para o louvor e para a pro-clamação do nome do Senhor:1-3: Exaltação de Deus e Suasobras: 4-6; Chamamento para aadoração: 7,8 a; Ofertas: 8 b;Adoração (contemplação espi-ritual): 9. (Notem-se estes pas-sos nos versículos 8 b e 9: tra-zer oferendas — entrar no tem-plo — adorar.); Incentivo aotestemunho (evangelização):10; Aplicações: alegria na pre-sença do Senhor e certeza daSua vinda, do Seu juízo, da Suafidelidade: 12,13.

Isaías 55: Deus chama: 1-3;Deus vocaciona e envia: 3,fim

e 4,5; Deus apela: 6,7; Deus secontrasta com os homens: 8,9;Deus garante a eficácia da SuaPalavra: 10,11; Deus garantebênção, alegria: 12,13 a; Deusse gloria em Seu povo: 13 b.

Muitos pensam que foram osmissionários americanos quetrouxeram programas litúrgi-cos ao Brasil, mas o Dr. CarlJoseph Hahn, missionário, emsua obra sobre o culto noBrasil, fala e documenta que oRev. Modesto PerestrelloBarros de Carvalhosa, ministropresbiteriano, produziu o pri-meiro manual de culto nasAméricas, hoje publicado pelaCultura Cristã (infelizmenteomitindo sua origem)."...Carvalhosa antecipou-se emmais de uma década à Igreja

Presbiteriana dos EstadosUnidos..." (Na Esteira dosPassos de Deus, p. 235 – livrodo centenário da IgrejaPresbiteriana Unida de SãoPaulo").

"Aviva a Tua obra, óSENHOR", a começar pormim. Amém.

A

Opinião

Consultório Bíblico

P

O rev. Odayr Olivetti éministro jubilado da IPB,

foi pastor de várias igrejase professor de Teologia

Sistemática no SeminárioPresbiteriano de

Campinas, São Paulo. Éautor e tradutor de inúme-

ras obras cristãs.Envie-nos perguntas para

o Consultório Bíblico:[email protected]

Odayr Olivetti

O Culto Cristão

Liturgia e Tédio

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Brasil PRESBITERIANO4 Março de 2004

História do Movimento Reformado

João Calvino: O Surgimento de um Novo Líder

om a morte de UlricoZuínglio, em 1531,parecia que a reformasuíça havia recebido um

golpe fatal. O movimento conti-nuou, sob a hábil liderança deHenrique Bullinger, mas possi-velmente teria ficado restrito aalgumas partes da Confede-ração Suíça e da Alemanha, semcausar um impacto mais amplona Europa e no mundo. Foientão que entrou em cena umnovo personagem, cujo brilhan-tismo intelectual e habilidadediplomática haveriam de darprofundidade teológica e ampli-tude continental à fé reformada.Esse personagem foi o reforma-dor francês João Calvino.

Inicialmente, parecia poucoprovável que Calvino viesse ase tornar um dos maiores vultosda Reforma Protestante.

Nascido em 10 de julho de 1509na cidadezinha de Noyon, naPicardia (nordeste da França), omenino Jean cresceu em um larprofundamente católico. Seupai era advogado do clero locale secretário do bispo, posiçãoque lhe permitiu obter para ofilho um "benefício eclesiásti-co", ou seja, um cargo na estru-tura da igreja. Aos catorze anos,Calvino ingressou na antiga eprestigiosa Universidade deParis, visando a preparar-separa o sacerdócio. Estudou ateologia escolástica e as chama-das "humanidades", isto é, aslínguas (especialmente o latim)e a literatura da antiguidadeclássica. Por três anos (1528-1531), também se dedicou aoestudo do direito em duas cida-des do interior, Orléans eBourges. Nesta última, teve aoportunidade de aprender gregocom o erudito luteranoMelchior Wolmar. Toda esse

preparação esmerada haveria deser muito valiosa para o seufuturo trabalho como reforma-dor.

Regressando a Paris, Calvinodedicou-se à sua grande paixão,os estudos humanísticos, publi-cando um comentário do tratadoSobre a Clemência, do antigofilósofo estóico Sêneca. Poucodepois, ocorreu o primeiro gran-

de ponto de transição em suavida – sua conversão à fé evan-gélica –, sobre a qual existempoucas informações. No fim domesmo ano (1533), ocorreu umincidente curioso. Nicolau Cop,um amigo de Calvino que aca-bara de ser eleito reitor daUniversidade de Paris, fez umdiscurso polêmico em queexpôs idéias protestantes epediu reformas. As reaçõesforam intensas e os dois amigostiveram de fugir para salvar avida. Calvino encontrou abrigona casa de um amigo emAngoulême, onde começou aescrever a obra notável que otornaria conhecido em toda aEuropa.

Enquanto isso, crescia assusta-doramente a repressão estatalcontra os protestantes franceses.Calvino retornou brevemente àsua cidade natal em maio de1534, a fim de renunciar ao seubenefício eclesiástico, e em

janeiro do ano seguinte deixou aFrança, indo residir em Basiléia,na Suíça. Foi ali que ele teve aoportunidade de concluir asInstitutas da Religião Cristã,publicando-as em março de1536. Tinham como prefáciouma carta ao rei Francisco I,suplicando tolerância em favordos evangélicos perseguidos.Com essa obra, Calvino foireconhecido imediatamentecomo o principal líder e porta-voz do protestantismo francês.Poucos meses depois ocorreriao segundo grande momento detransição na vida do jovemreformador, que teve conse-qüências ainda mais dramáticase profundas.

C

João Calvino na juven-tude

Arquivo

Alderi Souzade Matos

Homenagem

Dia do Homem Presbiteriano: Caminhando para o futurovida é uma peregrina-

ção num processo decrescimento, não ha-

vendo atalhos para o amadureci-mento, aonde só chegaremospercorrendo a estrada da vida,independentemente dos obstá-culos encontrados. Cada passo éuma oportunidade dada porDeus para nos aproximar maisdo alvo Espiritual de crescimen-to e maturidade.

É certo que, ao caminhar pelaestrada da vida, temos em Cristoos recursos para enfrentar qual-quer problema. Estando sob sua

proteção e amor, podemos supe-rar o presente e prosseguir rumoao futuro. Não precisamos serderrotados por nossas falhas;nossa vitória já está garantidaem Cristo. Quaisquer que sejamnossos problemas, se tornaminsignificantes à luz da miseri-córdia dEle. Não importa oquanto nossas falhas sejam gra-ves, a graça de Deus é maior.

Por isso, ergamos a cabeça eencaremos a vida, não evitemosos problemas. Enfrentemoscada um diretamente, sabendoque Deus nos ajudará. Quantomaior o problema, maior é a Suagraça. Lembre-se: ninguém

consegue sucesso total o tempotodo, quando tudo vai bem, pre-cisamos ajudar os que estão emdificuldade, para que, quandoestivermos passando por proble-mas, eles tenham condição denos ajudar. Assim deve ser oTrabalho Masculino. Um minis-trando o outro para que todossejam auxiliados e restaurados.

CONFIANÇA EM JESUSNão somente aprendemos

com nossos erros, como pode-mos ensinar aos outros comosuperá-los, e então seremosencorajados a ouvir suas expe-riências também.

Nunca desista da sua UPH.

Não se vence a corrida na pri-meira volta, a vida é uma mara-tona, e não os cem metros rasos.A última volta parece sempre amais difícil. Continue correndoaté alcançar a linha de chegada,mantenha o ritmo, prepare-separa os desvios e buracos napista e, quando estes aparece-rem, não desista, lembre-se quesomente aqueles que perseve-ram alcançam a vitória. Deusconhece nossas lutas, Ele aspermite para que nos fortaleça-mos a amadureçamos para avolta final. Sabe o quanto pode-mos suportar, nunca nos prova-rá além de nossa capacidade.

ENTUSIASMO NAAÇÃOHomens presbiterianos, Deus

está nos convocando, para colo-carmos as nossas vidas na obradEle, não pensando em nossopróprio bem estar, mas, pela fé,arriscando tudo para vermos onosso Brasil evangelizado.Unamos nossas forças físicas eespirituais para tornarmos o tra-balho de nossas UPHs a grandeforça de integração e expansãoda Igreja local. Caminhemospara o futuro juntos e com Jesus– UNIÃO FRATERNAL.

AHaroldo Peyneau

O pb. Haroldo Peyneau ésecretario geral do Trabalho

Masculino da IPB

O rev. Alderi Souza deMatos é historiador oficial

da [email protected]

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Brasil PRESBITERIANO 5Março de 2004

Liderança

Avaliando o Ministério Pastoraljulgar pelo resultado daeleição pastoral ocorri-da em meados de junho

de 1750 na cidade de Northam-pton, Massachussetts, EUA,diríamos que o ministério doavivalista Jonathan Edwards foium grande fracasso. Afinal,num cômputo total de 230 votoscontra 23, sua congregaçãodecidiu desfazer os laços pasto-rais com o seu renomado pastor.Aquela eleição certamenteresultou em grandes dificulda-des para Edwards e sua família.Após meses sem um campodefinido de trabalho ele aceitouo campo missionário emStockbridge, Massachussetts,EUA, onde permaneceu atépouco tempo antes de sua

morte.Ao avaliar o ministério do pro-

feta Isaías pelo número de con-vertidos através de sua pregaçãopoder-se-ia concluir que seudesempenho não foi bem-suce-dido. O próprio profeta afirmater sido chamado para servircomo um instrumento de juízodivino, a fim de que os coraçõesimpenitentes fossem endureci-dos (Is 6.9-10). Se aplicarmos omesmo critério de avaliação aoministério de Jesus, poderíamosaté dizer que o mesmo não obte-ve um resultado ideal, poisdurante três anos ele discipuloudiretamente apenas doze pes-soas, sendo que uma delas serevelou um traidor, outra onegou e os outros dez fugiram

quando o Mestre foi preso.O grande problema dos exem-

plos acima não está nos núme-ros apresentados, mas no crité-rio de avaliação ministerial apli-cado a eles. Se o pragmatismofor adotado como um instru-mental da avaliação ministerial,os resultados podem ser com-preendidos como insatisfatóriose até mesmo desastrosos.Quem, em sã consciência, porexemplo, escolheria o profetaJonas como pastor em lugar deIsaías? É verdade que o ministé-rio de Jonas resultou no que-brantamento de grande númerode pessoas, mas o profeta eradesobediente a Deus, não exer-citou misericórdia com relaçãoaos perdidos e alimentou amar-

gura em seu coração no caso daplanta que pereceu.

As Escrituras ensinam que ocritério divino para avaliaçãoministerial é a fidelidade (1Co4.2; Ef 6.21; 1Tm 4.12 e Hb3.5). O despenseiro dos misté-rios de Deus deve ser fiel àque-le que o vocacionou, fiel à suavocação, fiel à mensagem a quefoi comissionado pregar e fiel àcongregação que lhe foi confia-da para pastorear. A fidelidadeministerial nem sempre é pre-miada com o aumento significa-tivo no rol de membros, pois osúltimos dias também podem tercomo marca, em uma comuni-dade local, aqueles que nãosuportam a sã doutrina e recu-sam dar ouvidos à verdade

(2Tm 4.3-4). Reconhecemosque o crescimento é algo desejá-vel e normal na Igreja de Cristo.Entretanto, a obsessão pornúmeros, uma condição sinequa non em estratégias de mar-keting tem integrado erronea-mente o ministério de muitos.Nenhum resultado numéricodeve ser almejado à parte dafidelidade ao Senhor.

O rev. Valdeci da SilvaSantos é coordenador do

Doutorado em Ministério noCentro Presbiteriano

de Pós-graduaçãoAndrew Jumper

[email protected]

AValdeci da Silva Santos

Resenha

Reflexões bíblicas acerca da missão integralTarcízio de Carvalho

lgumas reedições re-cebem apenas a mu-dança de capa. Outras

mudam a capa e fazem algumascorreções. A obra O caminhomissionário de Deus: uma teo-logia bíblica de missões, deTimóteo Carriker, relançadapela Editora Sepal em 2000,mudou a capa e recebeu nãoapenas algumas correções,como também teve seu conteú-do reformulado.

Quem leu a publicação de1992, Missão integral: uma teo-logia bíblica poderá pensar quese trata de outro livro. O cami-nho missionário de Deus não éapenas uma revisão de estilo ouda linguagem da obra de 1992,mas uma obra com um capítulointrodutório totalmente refor-mulado, além de uma proposta

de divisão de capítulos bemdiferenciada.

Na primeira edição, a divisãoera Antigo e Novo Testamento.No Antigo Testamento, após aintrodução (cap. 1), a ênfasemaior recai em Gênesis, suabase conceitual, com os capítu-los 2, 3 e 4. Os capítulos seguin-tes tratam de Êxodo-Josué (cap.5), profetas anteriores (cap. 6),os escritos (cap. 7) e os profetasposteriores (cap. 8). A transiçãopara o Novo Testamento se dáatravés do capítulo 9, uma sínte-se apresentada. No Novo testa-mento, após a introdução (cap.1), o autor desvenda o conceitode missão nos evangelhos (cap.2), a missão de Paulo (cap. 3),fornece um tratamento práticocom a primeira carta de Pedro(cap. 4), discute a missão frente

à escatologia (cap. 5) e sintetizano cap. 6.

Na edição de 2000, a divisãocontinua a ser entre Antigo eNovo Testamentos. Entretanto,cada uma delas está bem dife-rente. As duas introduções estãoestilisticamente remodeladas.Os títulos dos capítulos, con-quanto sejam diferentes da edi-ção anterior, refletem o conteú-do bíblico já discutido. A dife-rença está que, na nova edição,o progresso ocorre livro a livroda Escritura, quase na mesmaordem como temos na Bíbliaem língua portuguesa. Já oNovo Testamento apresenta aseqüência apenas dosEvangelhos, Atos, Gálatas,Primeira Coríntios, Romanos,Hebreus, Primeira Pedro eApocalipse.

A edição atual apresenta diver-sas distinções importantes.Procurou apresentar uma for-mulação de capítulos mais didá-tica, utilizou-se de menos lin-guagem técnico-missiológica etratou as discussões político-culturais como periféricas(questões como o feminismo, ateologia da libertação etc, emalguns casos foi abrandada e,em outros, totalmente retirada).

Em toda a obra, como na pri-meira edição, o autor procuraapresentar as bases da vocaçãomissionária da igreja ao longoda história bíblica. Procuraainda convidar os leitores parauma reflexão acerca da missãode Deus e da missão da igreja,tendo as Escrituras como basereferencial.

Este é um livro desafiador e

certamente uma importantefonte de pesquisa para estudan-tes de quaisquer áreas.Especialmente para entendercomo mesmo fora da área técni-ca da teologia, o fazer missõesacontece, ou seja, descobrircomo a importante tarefa mis-sionária se desdobra diante damultifacetada vida contemporâ-nea.

Nesse sentido, embora o títulotenha mudado, a perspectivacontinua sendo integral.

O rev. Tarcízio de Carvalhoé coordenador da Educação

à Distância e professor deAntigo Testamento do CentroPresbiteriano de Pós-gradua-

ção Andrew Jumper

A

Page 6: bp_marco2004

Brasil PRESBITERIANO6 Março de 2004

Parlamentares cristãos se manifestam contra a manipulação da vidaEntrevista

Dep. Henrique Afonso, presbiteriano,fala sobre Lei da Biossegurança

Jornal Brasil Presbiteriano:Por que a FPE é contra a utiliza-ção de embriões humanos empesquisas e medidas terapêuticascontra doenças degenerativas?

Deputado Henrique Afonso: Odireito à vida é o primeiro, o maisimportante, dentre os direitos fun-damentais do Homem. O Projetode Lei aprovado, que dispõe sobrea segurança da vida, não podenormatizar e legalizar a violaçãodo direito à vida. Porque, nonosso entendimento como cris-tãos, a vida começa na fecunda-ção, portanto embrião já é vida. Omandamento bíblico não matarásabrange a vida desde a fecunda-ção até a morte natural. Sendo avida um dom de Deus, só Ele éSenhor dela. Assim, a vida sereveste de um caráter sagrado.Isso deve preceder e reger as nos-

sas ações e regulamentações.Experimentações com embriões

humanos são condenáveis doponto de vista moral e ético,assim como a clonagem de sereshumanos. Somos a favor da clo-nagem teraupêutica, mas sem anecessidade desacrificar vidashumanas. A ciên-cia ainda estáexperimentandoesta técnica, eainda não é seguraa sua utilização.Temos depoimen-tos de muitos cien-tistas, do Brasil ede outros países,que afirmam serem necessáriasmuitas pesquisas e experimentoscom animais, cobaias e com célu-las-tronco, ainda incipientes, deadultos, não havendo necessidade

de recorrer aos embriões huma-nos.A resolução nº 196/1996 do

Conselho Nacional de Saúde, quenormatiza pesquisas envolvendoseres humanos, ressalta, além dadimensão física ou biológica, os

riscos das pesqui-sas para a dimen-são psíquica,moral, intelectual,social, cultural eespiritual. Se avida humana, se aconstituição do serhumano, não seresume ao ser bio-lógico, não podeser tratada como

se fosse só um conjunto de célulase genes e, por isso, envolve, alémde questões científicas, tambémas jurídicas, éticas, religiosas,morais e de cosmovisão.

BP: Curar ou mininimizar umadoença degenerativa ou fataltambém não é preservar a vida?

Dep. Henrique Afonso: Não hájustificativa científica ou éticapara salvar uma vida, cometendocrime contra outra vida. Alémdisso, a quase totalidade de pro-dução dos medicamentos provémde princípios ativos animais eplantas, e temos a maior diversi-dade e quantidade de espécies doplaneta na nossa Amazônia, porexemplo, mas só conhecemos nomáximo 10% destas espécies.Imaginem o quanto ainda há paraa ciência explorar.No nosso documento sobre o

assunto, iniciamos com o versícu-lo 16 do Salmo 139:"Os teusolhos me viram a substância aindainforme....". Cito também oVaticano, em Evangelium Vitae

o dia 12 de fevereiro, um grupo de cientistas daUniversidade Nacional de Seul anunciou a clo-nagem de 30 embriões humanos cultivados até aobtenção de células-tronco. As células-tronco,

chamadas de curingas, podem se transformar em dife-rentes tipos de células e, assim, regenerar tecidos.Muitos cientistas as consideram uma grande esperançano tratamento de doenças degenerativas, como os malesde Alzheimer e Parkinson, distrofia muscular, diabetesou distúrbios cardiovasculares.No Brasil, a clonagem ou o desenvolvimento de

embriões humanos para esse fim deverá ser proibida sefor sancionado o Projeto de Lei da Biossegurança con-forme aprovado pela Câmara dos Deputados Federais,

na madrugada de 5 de fevereiro.Esse projeto dispõe sobre plantio e comercialização de

organismos geneticamente modificados (OGM), o usode embriões humanos como material de pesquisa e aclonagem humana para fins reprodutivos. A FrenteParlamentar Evangélica (FPE), com apoio dos católi-cos e da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), tem se pronunciado contra estas duas últimasquestões e trabalhado intensamente para que a Lei deBiossegurança proíba essas práticas no País. O deputa-do federal Henrique Afonso (PT-AC), presbítero daIgreja Presbiteriana de Rio Branco, no Acre, tem se des-tacado nesse trabalho. Para ele, a principal questão é aposição cristã em relação à manipulação da vida.

N

Não hájustificativa parasalvar uma vida

cometendocrime contraoutra vida.

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83: "A vida tem que ser vista ecompreendida em toda a sua pro-fundidade, reconhecendo nela asdimensões de generosidade, bele-za, apelo à liberdade e à responsa-bilidade. É o olhar de quem nãopretende apoderar-se da realidade,mas a acolhe como um dom, des-cobrindo em todas as coisas oreflexo do Criador e em cada pes-soa a sua imagem viva".

BP: No dia 27 de janeiro a FPE,referendada pela CNBB, entregouum manifesto sobre este assuntoao Executivo. Além dessa, quaisforam as outras atitudes tomadaspela FPE, até agora, sobre oProjeto de Biossegurança?

Dep. Henrique Afonso: A FPEteve um papel fundamental edecisivo no que diz respeito àaprovação do Projeto de Lei nº2.401/2004, que dispõe sobre aPolítica Nacional da Biosse-gurança e dá outras providências,principalmente no que diz respei-to ao Artigo 5º, que trata da veda-

ção de produção, armazenamentoe manipulação de embriõeshumanos. Considera-mos que oPrincípio da Precaução deverianortear todo o Projeto, no que dizrespeito também aos riscos que secorre no meio ambiente e à saúdehumana com uso e manipulaçãode OGMs. Realizamos uma reunião com

coordenadores da FPE e lideran-ças católicas, encaminhamos oManifesto para o presidente daCâmara dos Deputados, dep. JoãoPaulo (PT-SP), para o novo relatordo Projeto, deputado RenildoCalheiros (PC do B-PE). Realiza-mos um debate com médicos,pesquisadores, bancada evangéli-ca, católicos, membros daComissão Especial da Biosse-gurança, da qual é presidente dodep. Silas Brasileiro (PMDB-MG), presbítero da IP Central dePatrocínio, Minas Gerais, quandodistribuímos um documento deavaliação e posicionamento nossosobre questão, de acordo com fécristã e com alguns pesquisadores

da área.A posição da bancada evangéli-

ca, de outros parlamentares, dediversos setores da sociedade, nãoé nova, tem precedentes, tem dis-cussão de mérito acumulada noLegislativo e Executivo, e esta-mos prevendo a realização de umamplo debate sobre este tema.

BP: Qual tem sido a sua partici-pação nessa questão, na defesada posição da frente?

Dep. Henrique Afonso: Assimque fiz o estudo completo dosubstitutivo do deputado AldoRebelo, comparando-o com otexto do projeto original, encami-nhado pelo Governo, percebi agravidade da aprovação do substi-tutivo, eliminando do projeto ori-ginal o inciso que vedava produ-ção, armazenamento e manipula-ção de embriões humanos, alémde não proibir cla-ramente a clona-gem. Contatei nos-sos coordenadores,pastor ReinaldoSantos e Silva(PTB-RS) e pastorAdelor Vieira(PMDB-SC), quei m e d i a t a m e n t econvocaram nossosirmãos parlamentares e começa-mos uma mobilização que incor-porou também os católicos.Defendi nosso posicionamento nabancada do PT, entrei com seisemendas ao substitutivo e fuidelegado pelo nosso coordenadorda FPE para informar os demaissobre o conteúdo do Artigo emquestão, além de representar aFrente junto ao novo Relator doProjeto, deputado RenildoCalheiros, juntamente com o pas-tor Amarildo Martins da Silva(PSC-TO), para dar a redação

ideal ao referido Artigo, tal comofoi aprovado pela Câmara.

BP: O que a FPE defende a res-peito dos Organismos Genetica-mente Modificados – OGMs?

Dep. Henrique Afonso: Sobreisso a FPE não tem uma posiçãooficial, mas posso afirmar que nãosomos contra os OGMs, ao con-trário, somos favoráveis à pesqui-sa e as oportunidades que pode-mos ter com seus resultados.Segundo a Embrapa, pratica-

mente inexistem pesquisas con-clusivas sobre os riscos para asaúde dos consumidores quevenham a ingerir alimentos gene-ticamente modificados, bemcomo pesquisas conclusivas sobreos riscos decorrentes da liberaçãode OGMs no meio ambiente. Émuito importante que as novasdescobertas e possibilidades pos-

sam ser aproveita-das para o benefí-cio da humanida-de. Entretanto, háquestões funda-mentais que deve-mos colocar: Queesperanças pode-mos ter? Quaisproveitos pode-mos esperar? Que

receios devemos ter? Pode-mosnos precaver dos riscos? A socie-dade é quem deve estabelecer oslimites para a ciência. E nós,legisladores, temos a missão prin-cipal de defender os interesses dasociedade. Logo, este debate e asdecisões que possam recair sob anossa responsabilidade nãopodem se restringir ao que algunssegmentos das ciências naturais,os pesquisadores, um grupo decientistas ou o lobby de multina-cionais de transgênicos e biotec-nologia possam nos impor.

Brasil PRESBITERIANO 7Março de 2004

Dep. Henrique Afonso: só Deus é Senhor da vida

Divulgação

A sociedadeé quem deve

estabelecer oslimites para a

Ciência.

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esde l941, o segundodomingo de fevereiroé conhecido como o

Dia da Mulher Presbiteriana.Foi uma maneira encontradapelas delegadas do PrimeiroCongresso Nacional dasSociedades AuxiliadorasFemininas/SAFs, reunido noRio de Janeiro, para homena-gear uma de suas grandeslíderes, a professora CecíliaRodrigues Siqueira. Desdeentão, a data passou a ser fes-tivamente observada, commanifestações de carinho eapreço, geralmente, para comas líderes do Trabalho Femi-nino em todos os níveis.

Algo, no entanto, tem des-pertado em nós, liderançanacional, o desejo de que essadata seja comemorada com ointuito de homenagear amulher membro da IPB, esti-mulando todas as irmãs a setornarem sócias da SAF.

Quando Deus fez a mulher(Gn 2.18), "... uma auxiliado-ra idônea", certamente estabe-leceu para ela o padrão bíblicoque podemos vivenciar:mulher operosa, servindo aDeus com seus bens e talen-tos, ao mesmo tempo em quese deixa gastar no serviço aopróximo.

Neste ano, em que a SAFcomemora 120 anos de aben-çoado trabalho, queremosrecordar coisas que nospodem dar esperança e ale-gria. Trazer à memória todo obem que Deus tem feito àssuas servas – mulheres presbi-terianas - espalhadas por esteimenso torrão pátrio, servin-do-o através dos mais varia-dos meios, sempre de acordo

com a necessidade e realidadelocal.

É, pois, sem dificuldadealguma que vemos na mulher

presbiteriana a mulher virtuo-sa descrita pelo sábio. Razãopela qual há algum tempoescrevemos estes versos:

Brasil PRESBITERIANO8 Março de 2004

Homenagem

D

Dia da Mulher PresbiterianaLeontina Dutra

da Rocha

Mulher Cristã Pv 31.10-31Mulher virtuosa, quem a achará ? Ei-la aqui, ali e acolá ...Elegante executiva ou doméstica modesta,A mulher cristã é arquiteta do lar.

Edifica com sabedoria a sua casa,Inestimável é o seu valor.Dos serviçais, do marido e dos filhosÉ alvo do respeito e do amor.

Com prudência olha pelo governo do seu lar,Nada lhe escapa aos cuidados e sentidos,É sempre bem disposta, não se abriga ao ócio,Não se dá à inércia nem cultiva a preguiça!

Mulher virtuosa é a mulher cristãQue sabe desde cedo a arte de viver – Cristo!É habilidosa, prudente e corajosa,Tem tudo preparado, não há o que temer.

Com tal sabedoria abre a boca,Que dela se derrama o amor de Deus,Ensinando a beneficência praticada,Vivida principalmente, entre os seus.

A mulher virtuosa está sempre bem trajada,purpúrea é a sua roupa,Apresenta-se à hora certa a rigor, meigo sorriso!Pelo trato e deferência da esposa,Entre os nobres da corte se conhece o seu marido.

A mulher virtuosa não busca, no entanto,Lauréis, glória e honra aqui na terra,Porque sabe, com lídima certeza:Das suas mãos, o fruto, é a coroa eterna.

Mulher virtuosa, quem a encontrar,Bom prêmio do Senhor alcançou,Porque a graça, a vaidade e a formosura passam,"Permanece porém, o temor do Senhor".

Assim, com muito carinho, a homenagem da SAF a todas asirmãs presbiterianas, e um convite para que venham nos auxi-liar, porque "de mãos dadas, somos muito mais fortes".

Leontina Dutra da Rocha é presidente da ConfederaçãoNacional de SAFs.

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pesar de ser conside-rado o Pai da Pedago-gia Moderna, por ter

sistematizado a ciência daeducação, tornando-se umdos pioneiros a defender ademocratização e a universa-lização do ensino, o tchecoJoão Amós Comenius e suaobra são pouco conhecidosno Brasil. No que depender,no entanto, do rev. EdsonPereira Lopes, essa realidadevai mudar. Ele está lançando,pela Editora Mackenzie, olivro O Conceito de Teologiae Pedagogia da DidáticaMagna de Comenius, em queanalisa a principal obrapublicada de Comenius, aDidática Magna. Alémdisso, em seu doutorado opastor está traduzindo, dotcheco para o português, uma

obra do mesmoautor: Labirinto doMundo, Paraísodo Coração.O rev. Edson, que

pastoreia a IP deParada XV deNovembro, emSão Paulo, explicaque Comenius,influenciado pelasidéias protestantesda Reforma Reli-giosa do séculoXVI, acreditavaque a educação e areligião, no caso, oprotestantismo,devem caminharde mãos dadas eque o homem deveser educado integralmente."O fato dele ter sido o Pai daPedagogia Moderna tem

base na sua visão teológicado ser humano, no que afir-ma que o homem, uma vez

sendo imagem esemelhança deDeus, para quecumpra sua funçãode coroa da cria-ção, deve ser ver-dadeiramente for-mado. Comeniusdesenvolveu a pe-dagogia, mas opré-suposto é teo-lógico", afirma opastor.Segundo o escri-

tor, Comenius ba-seou suas idéias arespeito de Teolo-gia no Protestan-tismo. Não era cal-vinista nem lutera-no, apesar de ter

sido influenciado por Cal-vino e Lutero e, historica-mente, seguiu o pré-reforma-

dor John Huss. Nasceu em1592, onde é hoje a Repú-blica Tcheca. "Por ter esseelemento protestante e, atépouco tempo, no Brasil, só sefalar em educação via catoli-cismo romano, Comenius foipraticamente descartado. Nopaís, foi recuperado, de 1992pra cá", afirma o escritor.O rev. é bacharel em

Teologia pelo SeminárioPresbiteriano Rev. JoséManoel da Conceição e mes-tre em Educação e Históriada Cultura pela Universi-dade Presbiteriana Macken-zie, onde leciona nas facul-dades de Teologia e Filo-sofia, Letras e Educação, etrabalha na Coordenadoriade Extensão de Ação Comu-nitária, criada em dezembrode 2003.

A

Brasil PRESBITERIANO 9Março de 2004

Educação

Rev. Edson Pereira Lopes: análise daobra do Pai da Pedagogia Moderna

Missões

Ronaldo Lidório escreve livro sobre missõesom sete livros jáescritos, o rev. Ronal-do Lidório está lan-

çando, pela Editora Betânia,Missões – o desafio continua.Nele, o pastor e missionáriopresbiteriano tenta humanizaro desafio missionário, tradu-zindo o cenário estatístico egráfico para uma figura de lin-guagem mais próxima decada cristão. "É necessárioencarar a perspectiva cristã dovalor de uma alma e passar acrer que não nascemos apenaspara ver a história passar.Cada um de nós pode e deveser usado por Deus no projeto

mais fascinante do universo: atransmissão da mensagem deque Jesus está vivo e reina",afirma.

Lidório acredita que naIgreja, em geral, há falta demotivação para missões, certode que a obra missionáriajamais será fruto de convenci-mento apologético ou cita-ções estatísticas, mas sim deavivamento espiritual e expe-riência com Jesus. "UmaIgreja santa e apaixonada peloSenhor certamente irá pôr asmãos no arado, sem olharpara trás", acrescenta.

O missionário tem também

um livro lançado pela CasaEditora Presbiteriana, Kon-kombas, que narra a históriada Igreja no nordeste de Gana,África, que será lançado eminglês pela editora Wec Press.Neste ano, ele planeja con-cluir um comentário do livrode Atos, colocar no papel umpequeno manual de Antro-pologia Cultural com aplica-ção missionária e terminar umprojeto sobre integridade noministério, que está desenvol-vendo com seu irmão GedsonLidório.

Alegrias e dissaboresA vida muitas vezes traz dis-

sabores e a vida de um mis-sionário em campo não é isen-ta disso. Ronaldo Lidório esua esposa, Rossana, têm pas-sado por muitas dificuldadesao longo do ministério, massempre buscam renovar oânimo em Deus. "Sem dúvi-da, jamais passamos por umaprovação sem experimentar aforte presença do Senhor;sempre houve um escape, umnovo ânimo e uma palavra deencorajamento", compartilhaLidório.

As alegrias também têmsido muitas e Lidório eRossana amam a vida missio-

nária. Ele sempre lembra dashistórias missionárias lidaspor sua mãe, Euza, diaria-mente, na cabeceira da cama,quando ele ainda tinha 8 anosde idade. Ao fim, ela sempreorava e dizia: "Não há nadamelhor do que ser um missio-nário". Seu pai, GedeonLidório, pastor presbiterianoque plantou várias igrejas aolongo de 36 anos de ministé-rio, tinha muita alegria aodistribuir um folheto, pregarem um culto na praça ou ini-ciar um ponto de pregação nacasa de um recém converti-do.

C

Divulgação: Wilson Camargo

Pastor lança livro sobre Pai da Pedagogia Moderna

Page 10: bp_marco2004

acontecerá o quarto fórum, com oobjetivo de deliberar ações concre-tas, baseadas nos resultados dosfóruns anteriores, e capacitar tecni-camente os líderes da região.Servir a Deus e ao próximoA Missão Servir (Serviço

Evangélico pela Restauração deVidas Integralmente Recuperáveis),Servindo ao Deus da Igreja e à Igrejade Deus para Restauração de Vidas,foi fundada em 12 de junho de 1999

pelo rev. Gilmar Oliveira deCerqueira e outros líderes da doSínodo Oeste da Bahia (SOB), como objetivo de potencializar e apoiar aIgreja por meio de projetos missio-nários e sociais, visando ao investi-mento integral no bem-estar do ser-tanejo baiano, povo muito sofrido ecarente. "Primeiramente, a missãoServir nasceu da necessidade dealcançar para o evangelho os 92

municípios na área do Sínodo OesteBaiano, ainda não alcançados pelotrabalho presbiteriano", diz o rev.Gilmar. Ele conta que o sínodo foiorganizado há 20 anos e um dosprincipais objetivos era alcançar osertão baiano, objetivo ainda nãoalcançado. Em 1997, na ReuniãoExecutiva do Sínodo, foi deliberadoque seria realizado um mapeamentoda região compreendida pelo sínodo,e cada presbitério foi desafiado a

desenvolver projetos missionários ede ação social pelo alcance daregião.Assim nasceu a Missão SERVIR,

que hoje tem o reconhecimentomunicipal de utilidade pública,apoiando os seis presbitérios e as 46igrejas do sínodo para plantação denovas IPBs e desenvolvendo proje-tos com apoio de várias organiza-ções.

Brasil PRESBITERIANO10 11Março de 2004 Março de 2004

Bahia tem IPB. A Bahia tempresbiterianos que não se aco-modam e não se conformam

em ver o povo sofrendo, longe deDeus. Pessoas que lutam, perseve-ram em meio a muitas dificuldades enão deixam arrefecer a fé e a vonta-de de crescer e ajudar a crescer.Pessoas que não perdem tempoolhando somente para si mesmas eseus problemas, que não são poucos,ou para barreiras e dificuldades, masfocalizam seus esforços e objetivosem fazer a palavra de Deus conheci-da e em ajudar o próximo.Pessoas como os reverendos

Gilmar Oliveira de Cerqueira, pastorda IP de Piritiba e presidente doSínodo Oeste Baiano, ClóvisAzevedo de Oliveira, pastor da IP deJoão Dourado, e Daniel Ramos daSilva Júnior, pastor da IP de Lapão.A região, que envolve as cidades deIrecê, Piritiba, João Dourado, Lapãoe outros povoados, é uma das maispobres do País e uma das que maistêem visto a IPB crescer e trabalharpela propagação do evangelho e odesenvolvimento social da popula-ção. A partir deste mês, o BrasilPresbiteriano irá publicar algumasreportagens contando o que osirmãos presbiterianos que habitamessa região do oeste baiano estãofazendo pelo reino de Deus.

Ação SocialHá três anos, o Oeste da Bahia vem

sendo objeto de estudo de um fórumpromovido pela Missão Servir, situa-da em João Dourado e presidida pelorev. Gilmar, com o apoio doConselho de Ação Social (CAS) da

IPB, entre outras instituições. De 13a 16 de novembro de 2003, naUniversidade Estadual de Feira deSantana (BA), aconteceu o TerceiroFórum Nordestino de Ação Social,com o apoio do CAS, da SecretariaSinodal de Evangeli-zação da IPB,do Mackenzie Solidário, do InstitutoPresbiteriano Mackenzie, e da mis-são Asas do Socorro.Segundo o presidente do CAS, rev.

Marcos Antônio Serjo, o objetivo doTerceiro Fórum e dos dois anteriores,que aconteceram em 2002 e 2001,foi capacitar líderes engajados noevangelismo e desenvolvimento doOeste baiano, fomentar iniciativas edespertar a igreja para a realidade daregião e a missão integral dos cris-tãos, ou seja, evangelizar e ajudar no

desenvolvimento integral do serhumano. Os temas abordados foram:desafios da Igreja por uma ação inte-gral, o papel da ação social na evan-gelização, os caminhos da captaçãode recursos no Terceiro Setor, plane-jamento estratégico para entidadessociais, a Igreja como comunidadeterapêutica, Aids – o clamor do sécu-lo, desafios de um novo tempo parao enfrentamento da pobreza e res-ponsabilidade social da Igreja.Foram preletores do evento, além

do rev. Marcos Serjo, o dr. AntônioJosé Nascimento, professor doCentro Presbiteriano de Pós-gradua-ção Andrew Jumper; dr. CustódioPereira, presidente do InstitutoPresbiteriano Mackenzie; dr. HansCarloni, coordenador regional da

Associação de Apoio à Criança e aoAdolescente e especialista emPlanejamento Estratégico paraEntidades Sociais; missionária ElenyVassão, capelã dos hospitais EmílioRibas e das Clínicas em São Paulo;Pastor Carlos Queiroz, assessor deRelações Eclesiásticas da VisãoMundial; pastor Rossindes JoséCorreia, secretário executivo da mis-são Asas de Socorro; rev. RobertoBrasileiro, presidente do SupremoConcílio da IPB, Sandra Sueli deOliveira, coordenadora nacional doAlfabetização e EvangelizaçãoInternacional e olga Souza Dias,coordenadora regional do AliançaPró Evangelização das Crianças -Apec.Em outubro de 2004, em Seabra,

A

Presbiterianismo cresce e faz diferença no sertão baiano

Clínicas móveis: levando assistência médica à população

Brasil PRESBITERIANO

Rev. Marcos Antônio Sérgio fala no Terceiro Fórum Nordestinode Ação Social

Divulgação

Ação Social

Letícia Ferreira

Divulgação

O que é que a Bahia tem?O que é que a Bahia tem? Projetos da Missão Servir

Projeto O Sertão FloresceráEsse projeto pretende plantar IPBs em 92 municípios eauxiliar no desenvolvimento integral da população, com par-cerias com igrejas e organizações e com a Junta de MissõesNacionais da IPB.

Projeto IdeEm época de férias escolares, são realizadas ações missio-nárias denominadas Impactos Avanços Missionários nascomunidades da região. Irmãos de outras igrejas, mesmo deoutros estados, contribuem nesses avanços, como médicos,dentistas, cabeleireiros e outros profissionais, com seu tra-balho e ainda fazendo distribuição de folhetos, teatro evan-gelístico, cantando e pregando nas ruas. Em julho de 2003,aproximadamente 20 comunidades receberam Impactos. Oprojeto conta com o apoio da Missão Asas do Socorro, quepretende estabelecer na região sua primeira base em solonordestino no Brasil.

Projeto Clínicas MóveisLevar assistência médica onde ela não existe ou é muitoprecária é o objetivo desse projeto, do qual também partici-pam profissionais voluntários. Nele, a Missão Servir tambémconta com o apoio da Asas do Socorro, além da SecretariaMunicipal de Saúde de João Dourado.Projeto Uma Bíblia em Cada Lar no SertãoEm parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil e igrejas,inicialmente foram alcançados mil lares no município deJoão Dourado.

Projeto AMI ServirO projeto Apoio ao Ministério Infantil - AMI, com o apoio daAPEC, potencializa os ministérios infantis das igrejas commaterial e capacitação de obreiros. Projeto Alfabetização de Jovens e AdultosEsse é um projeto para o futuro, no qual a Servir contarácom o apoio do Mackenzie Solidário, do InstitutoPresbiteriano Mackenzie e da Alfabetização e EvangelizaçãoInternacional, uma organização cuja sede, no Brasil, está naPrimeira IP de Belo Horizonte (MG).Outro objetivo da Missão Servir é incentivar empreendi-mentos que combatam o êxodo rural, que é grande naregião por conta das dificuldades com o clima.

Missão Servir, Rua Durval Costa, 257, CEP 44920-000,João Dourado – BA, Caixa Postal 05. Telefones: 0(XX)74668 1151, com Olindina, e 0(XX)74 628 2833, com rev.Gilmar.. E-mail: [email protected].

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Governo francêsrecomenda proibiçãode símbolos religiososem escolas

Uma comissão especial criada pelogoverno da França está recomendando,desde dezembro de 2003, que seja proi-bida a utilização de símbolos religiososevidentes nas escolas, como os véusque cobrem a cabeça das muçulmanas,o solidéu utilizado por judeus e crucifi-xos de cristãos. A comissão examinoudurante três meses como o Estado laicodeve tratar minorias religiosas."Eu prefiro que me atirem na cadeia se

me obrigarem a andar num local públicosem meu véu", afirmou, num fórum daInternet francesa, uma jovem islâmicado País.

Católicos são maltratadosna VenezuelaA agência de notícias Cubanet, de

Miami, informou que no dia 6 de janeirouma praça de Caracas, na Venezuela,onde os católicos tradicionalmente se reú-nem para rezar e na qual existiam duasimagens de Maria, na hora das orações,foi invadida por um grupo de milicianoschavistas (favoráveis ao governo do pre-sidente Hugo Chaves), armados e usan-do barretes vermelhos. Os fiéis foram sur-rados e expulsos da praça, seguindo-seuma dessecração das imagens de Maria.Dias depois, o Ministro da Justiça foi àmesma praça, para examinar o ocorrido,e reportou que tudo estava bem e em boaordem, tendo sido muito boa coisa que apraça não mais era lugar de encontro de"católicos reacionários".

urante todo o mês defevereiro, os mem-bros da Primeira IP de

Santos, em São Paulo, come-moraram o aniversário de 70anos da Igreja com a progra-mação 70 anos: Contando asBênçãos em todo Tempo. Aprogramação festiva teve iní-cio no dia primeiro de feve-reiro, com uma pregação dorev. Roberto Brasileiro Silva,presidente do SupremoConcílio da IPB.Segundo o pb. Sandro

Ricardo, a Primeira IP deSantos, organizada em 24 defevereiro de 1938, conta hojecom 320 membros comun-gantes e 33 não comungan-tes. Tem duas escolas domi-nicais, uma na sede e outrana congregação, com 167

alunos matriculados e 27professores. O pastor titular éo rev. David Cestavo, desde1998.O pb. Sandro conta que o

departamento missionário daIgreja desenvolve um projetode missões urbanas numaregião de Santos, onde mon-tou uma congregação hápouco mais de dois anos."Nossa igreja é mãe de outrasigrejas de nossa região, nas-cidas deste tipo de trabalho, econtribuímos também com aJunta de Missões", afirma.

HISTÓRIASegundo levantamento his-

tórico realizado pelos irmãosda Primeira IP de Santos, oprimeiro trabalho presbiteria-no na cidade foi iniciado em

1924, por Augusto PereiraFrança e sua esposa Laura,que começaram a promovercultos regulares na AvenidaAfonso Pena, 548 e, dali,

para a Rua ComendadorAlfaia Rodrigues, 17.Naquela época, ainda se diziae escrevia egreja e presbyte-rianos. Quando foi organiza-

da Igreja, a Primeira IP deSantos era pastoreada pelorev. João Paulo de Camargo.De junho de 1946 a julho de

1951, a Primeira IP de Santosfoi pastoreada pelo conheci-do rev. Boanerges Ribeiro,que veio a se tornar muitoimportante na história daIPB. Outro marco na históriada Primeira IP de Santos foi ainauguração do templo, em25 de setembro de 1960,onde a igreja se reúne atéhoje, na Rua Marquês de SãoVicente, 100. Conta-se que,no dia da inauguração, aspessoas, nas ruas vizinhas,paravam e se perguntavamquem eram aquelas pessoasque chegava ao novo templo,cantando, sorrindo e pulandode alegria.

Brasil PRESBITERIANO12 Março de 2004

Primeira IP de Santos completa 70 anosAniversário

D

Templo e membros da IP de Santos

Dilvulgação

Janelas para o Mundo

Véu muçulmano: proibido nasescolas francesas

A Voz dos Mártires

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o dia 4 de fevereiro,Clério Marcos BatistaVieira, Leia Batista

Gomes e Wilson ReginaldoCardoso foram os primeirosformandos da Escola Superiorde Teologia da UniversidadeMackenzie, uma ocasiãomuito importante para aInstituição, pois era um sonhode seus fundadores, e para aIPB, que tem assim mais uminstrumento de divulgação dafé reformada.

"Na Escola Superior nós uti-lizamos os termos da Enciclo-pédia Clássica de Teologia afim de preparar o aluno paracompreender profundamenteo pensamento reformado apartir do pensamento de JoãoCalvino, John Knox e deoutros reformadores posterio-res, de forma que ela possarepresentar um centro de refle-xão acadêmica sobre o pensa-mento reformado e as conse-qüências desse pensamentonas áreas da economia, filoso-fia, política, educação e na

própria Teologia Prática", dizo dr. Antônio Máspoli deAraújo, diretor da Escola.

Segundo ele, o curso foireconhecido recentementepelo Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Educa-cionais do Ministério daEducação com conceito A naavaliação, integrando umgrupo no qual figuram apenascinco universidades brasilei-ras. Além disso, é o único daAmérica Latina a oferecer

uma formação teológica calvi-nista.

Com duração de oito semes-tres, o curso proporciona oestudo da Teologia e daReligião fazendo uma reflexãosobre seus paradigmas a partirda perspectiva bíblica e rela-

cionando-os com a sociedadecontemporânea e suas necessi-dades. Entre as disciplinaslecionadas estão História,Sociologia, Pensamento Cris-tão e Literatura Bíblica.

Primeira Turma"A classe se forma com uma

capacidade acadêmica invejá-vel, com plenas condições parapartir para cursos de pós-gra-duação, mestrado, doutoradoou então para cursos ofereci-dos pelas suas próprias deno-minações com fins de ordena-ção e também para o ensinoreligioso nas escolas públicas",afirma Ricardo QuadrosGouvêa, professor de Históriado Pensamento Cristão eHermanêutica, homenageadona cerimônia de colação.

O diretor da escola, dr.Antônio Máspoli de Araújo,faz questão de ressaltar que ocurso não forma pastores. "Nonosso curso não há um depar-tamento de Teologia Pastoral,para não concorrer com osseminários. Quem desejar serpastor presbiteriano, deveráfazer o seminário de teologiaprática no seminário da igre-ja".

Brasil PRESBITERIANO 13Março de 2004

Educação

N

Curso é um dos cinco reconhecidos pelo MEC no país

Esquerda para direita: Clério Marcos Batista, Leia Batista Gomes eWilson Reginaldo Cardoso

Wilson Camargo

Primeira turma de Teologia do MackenzieGustavo Brigatto

No novo mundo globalizado, pasto-res estão sendo pressionados a atua-rem como diretores empresariais, tera-peutas e comunicadores. Em umapesquisa realizada junto aos principaislíderes evangélicos dos EstadosUnidos, concluiu-se que as maioresinquietações daquele grupo giram emtorno dos seguintes temas: confusãoquanto à natureza do evangelicalismo,crescimento numérico sem um impac-to social significativo, isolamento cultu-ral e reorientação ministerial em proldas estratégias de marketing.Considerando esse contexto, o

Programa de Doutorado em Ministériodo Centro Presbiteriano de Pós-gra-duação Andrew Jumper (CPAJ) emconvênio com o Reformed Theological

Seminary (RTS) oferece, nestesemestre, dois módulos para a capaci-tação ministerial: Teologia Contem-porânea de Missões, de 8 a 12 demarço próximo, ministrado pelos dou-tores Antônio José do NascimentoFilho e Valdeci da Silva Santos, profes-sores do CPAJ, com experiência mis-sionária e acadêmica amplamentereconhecida; e O Ministério Pastoralnum Mundo Globalizado, de 15 a 19de março próximo, ministrado pelo dr.Samuel H. Larsen, professor de mis-sões e atual deão acadêmico no RTS,em Jackson, Mississippi, EstadosUnidos.Informações:http://www.mackenzie.com.br/teolo-

gia/ ou telefone (11) 3236-8644.

Doutorado em Ministério do CPAJoferece novos módulos

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Brasil PRESBITERIANO14 Março de 2004

Notícias

Confederação Nacionalde Homens Presbiterianosrealiza III Bienal NordesteDe 8 a 11 de abril próximo, a

Confederação Nacional deHomens Presbiterianos (CNHP),com o apoio das UPHs das IP doPirangi, do Alecrim e Memorial,em Natal, Rio Grande do Norte,realizam a III Bienal Nordeste. Otema do encontro será SacerdócioReal, tema que vem sendo traba-lhado pela CNPH e UPHs da IPB,e sobre ele discorrerão os reve-rendos Roberto Brasileiro, presi-dente do Supremo Concílio daIPB, Cleominis Anacleto eHernandes Dias Lopes.O evento ocorrerá em São José

do Mipibu (RN). As vagas são limi-tadas para 500 pessoas.Informações: pb. Marcos deJesus, e-mail:[email protected],e rev. Enoque José de Araújo,telefone 0(XX)84 217-5220 e e-mail: [email protected] do evento:[email protected].

Seminário sobreCapelania HospitalarA Associação de Capelania

Evangélica Hospitalar (ACEH)promove, no dia 20 de março, oSeminário sobre Capelania Hos-pitalar, no Instituto PresbiterianoMackenzie, em São Paulo. A coor-denação é da capelã presbiteria-na Eleny Vassão de Paula Aitken,com 20 anos de experiência naárea. O seminário irá esclarecercomo funciona a CapelaniaEvangélica Hospitalar e prepararos participantes para o Curso de

Visitação Hospitalar, também pro-movido pela ACEH. Inscrições einformações: Capelania Evangé-lica do Instituto de AssistênciaMédica ao Servidor PúblicoEstadual (IAMSPE), fone: 11-5088-8551 e/ou e-mail:[email protected].

IBN convoca ex-alunospara festa

O rev. José Ernando Pereira deVasconcelos, diretor do InstitutoBíblico do Norte, convoca, emnome do IBN, todos os ex-alunospara a elaboração da festa de 60anos do Instituto. A festa deveacontecer no dia 1º de maio. IBN:Cx. Postal 66, Garanhuns- PE -CEP 55293-970.

Telefone: 0(XX) 87 3762-1678,fax: 0(XX)87 3762- 1931.E-mail: [email protected] E site: www.ibnnet.hpg.ig.com.br.

IP de Pariquera Açucompleta 27 anosA IP de Pariquera Açu , em São

Paulo, comemorou seus 27 anosde organização com a inaugura-ção do novo templo e com umasérie de conferências evangelísti-cas em outubro de 2003. O temada comemoração foi Alegrai-vosno Senhor. O pastor titular daIgreja é o rev. João NatanaelRibeiro e os preletores convida-dos foram os reverendos OnésioFernandes Franco, BeneditoPontes, Abimael Pereira da Silvae François Nunes.

Coral Deraldo Nevescompleta 47 anosO ano de 1956 foi muito impor-

tante na história da IP deHigienópolis, no Rio de Janeiro,conta Wilson Alves Sassui, agen-te do BP na Igreja. Naquele ano,ainda como Congregação, ela vianascer o coral Deraldo Neves, pormeio do trabalho do seu primeiromaestro presbiteriano, DanielAntônio Teixeira.Atualmente, o coral é regido por

Amilton Lopes Monteiro. "O coraltem sempre presença certa nosprogramas da nossa igreja, tra-zendo louvores ao nosso Deus econtribuindo para a edificação detodos os irmãos. Por isso, toda aIgreja agradece e louva a Deuspelos 47 anos do Coral DeraldoNeves, cujo moto é: ‘Louvarei aoSenhor durante a minha vida ecantarei louvores ao meu Deusenquanto eu viver (Sl 146.2)’",afirma o irmão Wilson.

IP de Pariquerá Açu, interior de São

Paulo: 27 anos

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assados 50 anos daocasião em que aturma de formandos

de 1953 do Seminário Pres-biteriano do Sul firmou seucompromisso com Cristopara o Ministério, seis dessespastores se reuniram, no diaoito de novembro de 2003,para relembrar os bons mo-mentos vividos e agradecer aDeus pelo cuidado em todosesses anos de ministério.O encontro aconteceu na

casa do rev. Ragi Khouri eestiveram presentes os reve-rendos Ademar de OliveiraGodoy, Astrogildo deOliveira Godoy, José Costa,Odayr Olivetti e ReinaldoCorrêa da Silva, sendo que osquatro primeiros estavamacompanhados das esposas.

Marcaram presença, tam-bém, Alzira Helena ValimFerreira, viúva do rev. JulioAndrade Ferreira, professorda turma do ano de 53 doSeminário Presbiteriano doSul; Amélia Luz, esposa dorev. Waldyr Luz, professor eparaninfo da turma, que nãopôde comparecer à reunião, etambém Noha, anfitriã esobrinha do rev. Ragi. Novedos alunos dessa turma jáfaleceram."O encontro foi marcado

por conversas, lembranças,declamação de poesias e gra-tidão ao Senhor", relembra orev. Odayr Olivetti, pastor eex-capelão do Mackenzie."Inicialmente, gastamoscerca de trinta minutos dedevoção, com algumas leitu-ras bíblicas, breve exposiçãoda palavra de Deus, orações ehinos", complementa.

A reunião foi marcada pelaemoção. "Cinqüenta anos éum longo período e era preci-so resgatar o tempo, o com-panheirismo e matar as sau-dades do convívio e a frater-nidade que a própria naturezado ministério torna tão escas-sa", comenta o rev. ReinaldoCorrêa da Silva, pastor e ex-editor do BP, sobre a impor-tância daquele encontro.Ele conta que os ex-alunos

cantaram o hino da formatu-ra - Nem sempre será paraonde eu quiser – sentindo odesafio do seu texto e o pesoda sua realidade ao longo daexperiência de cada um.Depois da liturgia, falaramuns aos outros da belezadaquele momento e damaneira prodigiosa como oSenhor da Seara usou seusdiscípulos para a glória doSeu nome, objetivando o

crescimento e a edificação doSeu rebanho presbiteriano.Outra reunião semelhante a

essa já tinha acontecido. Foihá dez anos, na ocasião emque a turma comemorava 40

anos de formatura. O encon-tro se deu no Salão Nobre doSeminário Presbiteriano,com a participação de váriosprofessores e membros daturma.

Brasil PRESBITERIANO 15Março de 2004

50 anos de formatura reúne pastores em Campinas

Celebração Turma de formandos de 1953 do Seminário Presbiteriano do Sul seencontra para relembrar bons momentos e louvar a Deus

Em pé, da esquerda para direita: rev. Odayr Olivetti e esposa, Azena, rev.Ademar de Oliveira Godoy e esposa, Marta, rev. Ragi Khouri e rev.Astrogildo de Oliveira Godoy e esposa, Alaíde. Sentados, da esquerda paradireita: rev. Reinaldo Corrêa da Silva e rev. José Costa e esposa, Nina

Abílio Domingues Boaventura – mineiro, nascidoem 10/11/1920. Já falecido.Ademar de Oliveira Godoy – mineiro da cidadede Brasópolis, nascido em 05/12/1926.Argemiro Oliveira Souza – paulista da cidade deAraçoiaba da Serra. Já falecido.Arlindo Emétrio Pereira – mineiro da cidade deManhumirim, nascido em 30/01/1920. Já falecidoAstrogildo de Oliveira Godoy – mineiro da cidadede Conceição dos Ouros, nascido em 07/09/1924.Carl Joseph Hahn Jr. – americano, da cidade deKansas, atualmente reside nos Estados Unidos.Celso Gomes Barbosa – paulista da cidade deBernardino de Campos, nascido em 21/08/1926. Jáfalecido.Francisco Jacinto Pereira Jr. – paulista da cidadede Guararema, nascido em 15/09/1920. Já falecidoJosé Costa – mineiro da cidade de PatrocínioLuiz Carlos Santos – capixaba da cidade deJabaeté, nascido em 08/10/1929. Ele é o único dequem não se têm notíciasManoel Barbosa de Souza – carioca da cidade deBom Jesus do Itabapoana. Já falecido.Moacyr Jordão de Oliveira – paulista da cidadede Ribeirão Preto, nascido em 04/08/1925. Já fale-cido.Odayr Olivetti – paulista da cidade de Rio Claro,nascido em 29/05/1928.Ragi Khouri Makdisi – libanês de Trípoli, nascidoem 1917.Reinaldo Corrêa da Silva – carioca da cidade doRio de Janeiro, ex-editor do Jornal BrasilPresbiteriano, nascido em 02/02/1926.Sabatini Lalli – paulista da cidade de SãoBernardo do Campo, nascido em 26/10/1923. Jáfalecido. Wilson de Souza Lopes – capixaba da cidade dePiaçu, ex-secretário executivo do SupremoConcílio da IPB. Já falecido.

Formandos da turma de 1953 doSeminário Presbiteriano do Sul

Divulgação

P

Lucilene Nascimento

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ovens presbiterianos denorte a sul do país se reu-niram na cidade de

Domingos Martins, EspíritoSanto, de 19 a 24 de janeiro,para o Encontro Nacional daMocidade Presbiteriana.Durante o evento, os partici-pantes ouviram o presidente eo vice-presidente do SupremoConcílio da IPB, reverendosRoberto Brasileiro e Guilher-mino Cunha, o presidente daConfederação Nacional deMocidades, pb. Júlio CésarMendes Pereira, e o pastor daIP do Rio de Janeiro, rev.Christian Bittencourt."Temos uma Mocidade atuan-te e participativa na vida daIgreja, que quer fazer a histó-ria, e não apenas ver a histó-ria", disse o rev. GuilherminoCunha na abertura do encon-tro. "Para atingirmos o Cres-cimento Integral – Transfor-mação Social, lema 2002-2006 da ConfederaçãoNacional da Mocidade, énecessário que antes aconteçaa transformação do própriohomem".Além dos cultos, a programa-ção se diversificou com semi-nários sobre Psicologia, com orev. Reginaldo Campanati(SP); Missões Urbanas, com orev. Saul Henrique Filho (RS);Vida e Ética Cristã, com o dc.Alexandre Henrique M.Almeida, vice-presidente Su-deste da CNM; Relacio-namentos na Internet, com orev. Marcos Antônio Costa(ES); Ação Social, com o pb.Eduardo Abrunhosa (RJ), ePós-Modernidade, com o rev.Márcio Egger (RJ). Tambémfoi possível conhecer pontosturísticos em Guarapari, Vitó-

ria e Vila Velha, durante pas-seios mesclados com momen-tos de integração e louvor.Ao encerrar o Encontro, o rev.Roberto Brasileiro desafiou aMocidade a se tornar umgrupo que receba bem os quechegam à Igreja, que assuma ocompromisso com o trabalhosocial, seja um grupo de incen-tivo ao estudo para crentes enão-crentes, crie grupos cura-tivos e inclua os "mais velhos"da igreja. O rev. Roberto e oTesoureiro do SupremoConcílio da IPB e secretáriogeral pro tempore da Moci-dade, pb. Renato Piragibe,esclareceram dúvidas e res-ponderam perguntas sobre asdecisões e caminhos da IgrejaPresbiteriana.NOVA IDENTIDADEVISUALNo último dia do Encontro, a

Comissão Executiva se reuniuextraordinariamente para aaprovação e lançamento donovo Programa de IdentidadeVisual da UMP, recebendoelogios pela mudança daMarca, ao tornar-se maismoderna e expressiva aopúblico de hoje.A União de Mocidade Presbi-teriana tem como principalelemento de identidade visuala marca conhecida como "ATocha", criada pelo rev. WalterReis Donald, vencedor de umconcurso nacional promovidopela CNM Presbiteriana em1944. Esse símbolo foi se con-solidando, sendo amplamenteaplicado em diversas peças decomunicação visual e utilizadopor jovens de todo o Brasil,desde a Confederação Nacio-nal, passando pelas confedera-ções sinodais, federações e

chegando às UMPs das igrejaslocais, servindo de inspiraçãopara a idealização de diversosprojetos, como o ProjetoTocha do Evangelho(1997/1998).No entanto, a marca foi tam-bém se descaracterizando,sofrendo modificações, sendoalterada em suas formas ecores, perdendo sua unidade,podendo ser encontradasdiversas versões da Tochapelas regiões do país.Frente a isso, a CNMPnomeou, em maio de 2003,uma Comissão de IdentidadeVisual: Lucas Santos Heler,Rute Mara Soares e WesleyFerreira de Paula, com a mis-são de repensar os símbolos daUMP e propor normatizaçõespara suas aplicações. Após oestudo do material já existentee análise dos dados levanta-

dos, a Comissão viu a necessi-dade de fazer uma nova versãoda marca sem substituir a idéiaoriginal. Assim, a Tocha foirevitalizada, ganhando um tra-çado mais moderno, leve e defácil aplicação. Além damarca, uma nova bandeira éconcebida para reforçar o con-junto de elementos de comuni-cação visual.O resultado desse trabalho éum completo Programa deIdentidade Visual, apresentadoe aprovado pela ComissãoExecutiva da CNM, reunidaextraordinariamente no dia 24de janeiro de 2004, constituin-do-se em mais um marco nahistória da UMP. EssePrograma de Identidade Visualestá disponível, na íntegra,para download no site:www.mocidadepresbiteria-na.com.br.

J

Lucas Santos Heler

Foto oficial do Encontro Nacional da Mocidade PresbiterianaNova Logomarca da Mocidade

Brasil PRESBITERIANO16 Março de 2004

Jovens CNM lança programa de identidade visual e nova logomarca

Divulgação

Encontro reúne Mocidade Presbiteriana

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Brasil PRESBITERIANO 17Março de 2004

Jubileu de Prata Primeira IP de Belo Horizonte homenageia pastor

Rev. Ludgero Bonilha Morais comemora 25 anosde ministério pastoral em Belo Horizonte

os 17 anos, LudgeroBonilha Morais sentiuuma convicção de sal-vação e informou sua

mãe que Deus o estava queren-do no ministério pastoral. Ela,então, lhe mostrou uma cartaescrita pelo pai dele, quandoLudgero tinha apenas três anos,que falava da alegria que o paiteria ao vê-lo pregando. Essesonho foi realizado e, no dia 25de janeiro, o rev. Ludgero, pas-tor da Primeira IP de BeloHorizonte e secretário-executi-vo do Supremo Concílio daIPB, completou seu Jubileu dePrata ministerial. Durante estes25 anos ele permaneceu comopastor da mesma igreja. O cultocomemorativo contou com apregação do rev. AugustusNicodemus Lopes, pastor daPrimeira IP de Recife, e com aspresenças do presidente doSupremo Concílio da IPB, rev.Roberto Brasileiro Silva, alémde toda a liderança da Igreja.O Coral da Igreja e o ConjuntoOrquestral de Sinos louvaram aDeus por tudo que o Ele feznesses 25 anos. O culto contouainda com a participação de umquarteto composto pelos filhosdo rev. Ludgero. A esposa dele,Regina Helena, foi homenagea-da e recebeu uma placa de pratacom a frase: "Rev. LudgeroBonilha Morais, a PrimeiraIgreja Presbiteriana de BeloHorizonte se alegra com os 25anos de seu pastorado. ‘Quãoformosos são os pés dos queanunciam as Boas Novas’ -Romanos 10.15b - 25 de janei-ro de 2004".O rev. Ludgero se declaramuito emocionado ao celebraressa data, pois é raro um pastor

comemorar um tempo tãolongo pastoreando uma mesmaigreja. "Hoje batizo os filhosdas crianças que batizei outro-ra. Foram muitos momentosfelizes, como os casamentos, emomentos muito tristes, comosepultamentos, principalmentede pessoas que eu amava",compartilha. Ele conta que,somente no primeiro ano depastorado, realizou mais de 300casamentos. "Fui o maior‘santo casamenteiro’ da paró-quia", brinca, avaliando que,em todo o ministério, deve terrealizado aproximadamentemil cerimônias matrimoniais.Quanto à Secretaria Executivado Supremo Concílio da IPB, orev. Ludgero diz que foi algoinesperado. Na época em quefoi eleito, ele concorria à presi-dência do SC e nunca haviaexercido um mandato de secre-tário executivo. "Ainda estouaprendendo, é tarefa muito des-gastante, mas muito preciosa",afirma. "Graças a Deus possocontar com uma equipe muitoboa, muito eficiente".

OPORTUNIDADES DAGRAÇA DE DEUSAtualmente, o rev. Ludgeroestá concluindo um doutoradoem Teologia Contemporâneana Universidade Luterana emconjunto com o ConcordiaTheological Seminary, nosEstados Unidos. Foi naquelepaís que ele fez o curso deMestrado, em TeologiaSistemática, mas fez aindaoutro mestrado no Brasil, emTeologia Contemporânea. Agraduação ocorreu noSeminário Presbiteriano doSul, em Campinas, de 1971 a1974.O reverendo foi presidente doSínodo de Belo Horizonte pordez mandatos e do Presbitériode Belo Horizonte por 12 man-datos. Quando foi presidente daComissão de Inter-relaçõesEclesiásticas, teve contato commuitas denominações presbite-rianas pelo mundo.Recentemente, pregou na reu-nião do Supremo Concílio daIP do México e já representou aIPB na reunião do Supremo

Concílio da EvangelicalPresbyterian Church inAmerica, nos Estados Unidos,além de participar de encontrose congressos da IgrejaReformada Holandesa e daWorld Evangelical Felowship,nas Filipinas.O rev. Ludgero é vice-presiden-te da Fraternidade Latino-ame-ricana de Igrejas Reformadas,na qual exerceu dois mandatosna presidência, e foi vice-presi-dente da Fraternidade MundialIgrejas Reformadas. "Todasessas oportunidades me vieramgratuitamente", afirma.

A

Rev. Ludgero (com o microfone), ao lado da esposa, dos filhos e do genro

Conselheiro Pena, 30 de junho de 1954

Meu filho amigo, um forte abraço

Esta é a primeira carta que lhe escrevo, escre-vo-a enquanto você ainda não pode lê-la, entre-tanto, como o tempo passa muito depressa,brevemente você poderá lê-la.Fiquei muito satisfeito com o sermão que vocêfez trepado em cima da minha cama. Desdeaquele dia tenho pensado na consoladora pos-sibilidade de você ser um ministro do evange-lho de nosso Senhor Jesus Cristo. Estou certode que se Deus o chamar, de maneira nenhu-ma você desobedecerá a Sua voz. Tenhoorado, e no dia 7 vou orar ainda mais para quevocê seja, no futuro, um homem honesto, cum-pridor dos seus deveres e, acima de tudo,temente a Deus.Dê um beijo bem gostoso na mamãe, outro naLucila, outro na vovó e aceite um daqueles dopapai.Feliz aniversário,Papai

Carta que o rev. Ludgero recebeu do pai,aos três anos

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Brasil PRESBITERIANO18 Março de 2004

Comunicação

esde o dia 18 de feve-reiro, a Rede Presbi-teriana de Comuni-

cação (RPC) transmite um pro-grama em TV aberta com dura-ção de dois minutos. Às segun-das, quartas e sextas-feiras,entre 11h30 e meio-dia, o pro-grama Gente que Crê é exibidopela Rede Bandeirantes. A pro-dução é da Luz para oCaminho (LPC), uma organi-zação também da IPB, em par-ceria com o departamento derádio e TV da Igreja CristãReformada da América doNorte. A LPC é bem conhecidapela edição do Cada Dia, odevocionário oficial da IPB, oDisquepaz, mensagens para otelefone e os programas derádio e televisão que produz.

A LPC, além de produzirGente que Crê, fará o atendi-mento aos telespectadores,repassando os interessados àsigrejas locais. "É um projetoque vai criar uma imagem daIPB para milhares, quem sabemilhões, de pessoas, que irãose familiarizar com sua doutri-na e sua forma de trabalho, dizCelsino Gama, diretor executi-vo da LPC.

A LPC foi também encarre-gada da área de assinaturas edistribuição do Jornal BrasilPresbiteriano, publicação soba responsabilidade da RPC.

Segundo o rev. CelsinoGama, que também é jornalis-ta, a LPC representa o ladoreformado da comunicação.Para ele, alguns pontos distin-guem o trabalho da LPC.Primeiro, apresenta o Evan-gelho sob a perspectiva presbi-teriana-reformada; segundo,não pede contribuição finan-

ceira aos seus ouvintes outelespectadores; terceiro, quali-dade. "Temos uma visão muitoprofissional de nossa produ-ção. Por isso, o pessoal que tra-balha na LPC tem formaçãoprofissional na área de admi-nistração, marketing, jornalis-mo, direção de TV, edição,sonoplastia, radialismo, locu-ção..." diz.

HISTÓRIAA LPC é uma parceria de

sucesso entre a IPB e a IgrejaCristã Reforma da América doNorte. Esta, tem uma visão deproclamação do Evangelho viarádio e TV que atinge noveidiomas: inglês, espanhol, por-tuguês, chinês, árabe, japonês,francês, russo e indonésio. Em1969, recebeu uma proposta daRádio Transmundial emBonaire, Antilhas Holandesas,para transmissão de programasdiários em inglês, espanhol eportuguês. As mensagens emportuguês eram gravadas pelopastor presbiteriano LuizPierre. Em 1976, a IgrejaReformada convidou o rev.Wilson Castro Ferreira paraabrir um escritório no Brasilpara gravar os programas derádio e atender aos ouvintes. Orev. Wilson selou uma parceriacom a IPB. Assim nascia LuzPara o Caminho, inauguradaem duas salas do SeminárioPresbiteriano do Sul, emCampinas, São Paulo. Nosquatro anos seguintes, o rev.Wilson estabeleceu uma basesólida para o ministério, con-tratou uma secretária bilingüe,um produtor de rádio, gravoucerca de 300 programas deuma hora, 700 de cinco minu-tos, publicou livros, iniciou oministério de mensagens pelotelefone e preparou seu suces-sor, Celsino Gama, que assu-

miu em 1980.RÁDIO E TELEVISÃOA LPC produz hoje vários

formatos de programas pararádio, Palavra Amiga de dois,três e cinco minutos; Cada Diade 15 e 30 minutos; Laudate,uma hora (produzido e apre-sentado pelo maestro ParcivalMódulo); Coração Caboclo,uma hora. A programação derádio produzida é enviada paraemissoras do Brasil, Portugal,Estados Unidos, África e paí-

ses onde existem grupos oucolônias que falam português.O programa de TV Cada Dia éproduzido em formatos de 5,15 e 30 minutos e é transmitidoem algumas emissoras noBrasil.

LITERATURANa área de literatura, a LPC

publicou mais de 100 títulos,hoje repassados à CEP. Tevepapel decisivo na publicaçãode obras como As Institutas, deCalvino (tradução do Dr.Waldyr Carvalho Luz);Teologia Sistemática de LuisBerkhof; Novo TestamentoInterlinear, também do Dr.Waldyr; Conheça sua Bíblia,do rev. Júlio Andrade Ferreira,

entre outras. O Cada Dia, o devocionário

oficial da IPB é publicado há23 anos ininterruptamente; éhoje publicado mensalmentecom meditações diárias; edi-ções especiais ocorrem aolongo do ano. A última"Coração de Estudante" foipreparada especialmente paraos calouros da UniversidadePresbiteriana Mackenzie. Aedição de Natal, usada porvárias igrejas,

teve uma tiragem de 375 milexemplares no Natal passado.

DISQUEPAZA LPC além da gravação das

mensagens para o telefone,desenvolveu o equipamento esoftware, que são repassados àsigrejas por um custo de manu-tenção mensal. O Disquepaz éuma mensagem de conforto eajuda para pessoas com proble-mas pessoais ou familiares; ouuma devocional para outras, eestá presente em mais de 200localidades do Brasil e do exte-rior. Como extensão das men-sagens por telefone há linhasdiretas de aconselhamento emSão Paulo, Belo Horizonte,Fortaleza, Rio de Janeiro e

Campinas, entre outras.MINISTÉRIO EM

ESPANHOLA LPC presta serviços para o

departamento espanhol daIgreja Cristã Reformada, sob adireção do rev. GuillermoSerrano. Copia e envia os pro-gramas de rádio para 400 emis-soras; produz o programa deTV La Vida Ahora que é envia-do a 95 emissoras na AméricaLatina, Espanha e EstadosUnidos. Produz o Disquepazem espanhol e se prepara paralançar o Día a Día, um devo-cionário em espanhol, seme-lhante ao Cada Dia.

"Acreditamos que o rádio, atelevisão, o jornal, a mídiaimpressa têm uma linguagemprópria, que não é a mesma doculto da igreja, esta linguagemdos veículos de comunicaçãodeve ser respeitada, e é possí-vel você produzir um progra-ma de qualidade utilizandoessa linguagem e, ao mesmotempo, passando a mensagemde Cristo ou os princípios doEvangelho", explica CelsinoGama. "O mundo da comuni-cação evangélica no Brasil,mudou completamente desde oinício da LPC há quase 30anos. A LPC perdeu muitoespaço para os neo-pentecos-tais e outros", pondera Celsino.Mas ele continua dizendo queisso teve, também, um ladopositivo. Hoje a LPC é desafia-da a produzir programas alter-nativos, como é o caso doClube da Arca, umas série de52 episódios para televisão quedeve ser lançada até o final doano; e, assessora pastores eigrejas que utilizam os meiosde comunicação de massa, ocaso mais recente, o da RPC,com a produção do Gente queCrê.

DGustavo Brigatto

Rev. Celsino gama, diretor executivo da LPC

Gustavo Brigatto

Luz para o Caminho divulga fé reformada

RPC transmite programa em TV aberta

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Brasil PRESBITERIANO 19Março de 2004

Capítulo I - Da Denominação Sede, Fins eDuração

Artigo 1º - A Rede Presbiteriana de Comunicação -RPC, órgão oficial de comunicação da IgrejaPresbiteriana do Brasil (IPB), é uma associação civil,sem fins lucrativos, de comunicação cristã, e de cultura,educação e de ação social, com sede e foro na cidade ecomarca de São Paulo, à Rua Miguel Teles Jr, 382 - 394,Cambuci, São Paulo, SP.

Artigo 2º - No exercício de suas atividades, a RedePresbiteriana de Comunicação tem por finalidades:

I. Zelar pela qualidade, pela adequação e pela linha edito-rial dos meios de comunicação impressa e eletrônica daIPB;II. Criar, divulgar e promover a identidade visual e sonorada igreja, para uso em todos os seus meios de comunica-ção: jornais, revistas, publicações e mídia eletrônica, bemcomo zelar pela unificação de sua imagem institucional;III. Promover o marketing interno e externo da IPB;IV. Assessorar a Mesa, a Comissão Executiva e o SupremoConcílio da IPB na formulação de diretrizes, de estraté-gias, de planos de ação e de sua implantação nos assun-tos de comunicação e de marketing da IPB;V. Produzir, transmitir, agenciar, prestar serviços, distribuirvídeos, programas educativos e religiosos, documentáriose mensagens para rádio, televisão, telefone, satélite,Internet, ou quaisquer outros meios de comunicação;VI. Produzir, agenciar e distribuir jornais e revistas;VII. Apoiar e desenvolver projetos de comunicação, divul-gação e marketing de entidades e autarquias da IgrejaPresbiteriana do Brasil.

Parágrafo 1º - Entre outras responsabilidades, a RPC, emespecial, promoverá a publicação do Jornal BrasilPresbiteriano, a produção e veiculação da programas deTV, rádio, vídeo e o Portal da IPB na internet.

Parágrafo 2º - Para consecução de suas atribuições, aRPC deverá trabalhar de forma articulada e harmônicacom órgãos e autarquias da IPB que já atuam nestecampo, especialmente com a Luz para o Caminho e com aCasa Editora Presbiteriana.

Parágrafo 3º – Para cobrir custos e viabilizar o cumpri-mento dos seus objetivos, a Rede Presbiteriana deComunicação - RPC poderá estabelecer convênios e par-cerias éticas, e utilizar sua estrutura para prestar serviçosa terceiros, desde que os produtos ou serviços não conte-nham elementos, em seu conteúdo, que firam quaisquerprincípios da Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB, recursosestes que serão aplicados exclusivamente em sua finali-dade.

Artigo 3º - A duração da Associação será por tempo inde-terminado.

Capítulo II - Dos Associados

Artigo 4º - É associada fundadora da Rede Presbiterianade Comunicação, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB),pessoa jurídica de direito privado, de fins religiosos, ins-crita no CNPJ sob n. 00.093.385/0001-89, com sede e forocivil em Brasília – DF.

Artigo 5º - A Rede Presbiteriana de Comunicação - RPCterá, ainda, número ilimitado de sócios mantenedores,pessoas físicas ou jurídicas, constituídos das seguintescategorias:

I. Sócios Efetivos: que contribuem regularmente para aAssociação, de acordo com os critérios estabelecidos peloConselho Deliberativo;II. Sócios Voluntários: que contribuem para a Associação,sem compromisso de regularidade;III. Sócios Honorários: que prestam relevantes serviços àAssociação ou à IPB.IV. Sócios Beneméritos: são pessoas físicas ou jurídicas

que tragam contribuições consideradas relevantes àAssociação.

Parágrafo Único – Os títulos referidos nas alíneas "III" e"IV", acima, serão conferidos pelo Conselho Deliberativo,por indicação de dois Diretores.

Artigo 6º - Os associados, conselheiros e sócios mante-nedores não respondem com seus bens, solidária ou sub-sidiariamente, pelas obrigações sociais da RedePresbiteriana de Comunicação - RPC.

Capítulo III - Da Administração eRepresentação

Artigo 7º - O Conselho Deliberativo é o órgão superior deadministração e direção da Rede Presbiteriana deComunicação - RPC.

Artigo 8º - É órgão consultivo do Conselho Deliberativo, oConselho Fiscal.

Artigo 9º - A Associação será representada, ativa e passi-vamente pelos Diretores.

Capítulo IV - Do Conselho Deliberativo

Artigo 10 – O Conselho Deliberativo da RPC é compostode 7 (sete) membros efetivos e 3 (três) suplentes, eleitospelo Supremo Concílio da IPB ou por sua ComissãoExecutiva, com mandato de 4 (quatro) anos.

Parágrafo 1º - O Presidente do Supremo Concílio da IPB émembro ex-ofício do Conselho, sem direito a voto.

Parágrafo 2º - O Conselho Deliberativo, sempre quenecessário, convidará, a seu critério, assessores técnicosespecializados, para participarem de suas reuniões, semdireito a voto.

Artigo 11 – Os membros do Conselho Deliberativo nãoserão remunerados por suas funções. Entretanto, suasdespesas de viagem, alimentação, hospedagem, comuni-cação e outras, devidamente autorizadas pelo Conselho,serão ressarcidas pela tesouraria da RPC, respeitados oslimites orçamentários.

Parágrafo único – Qualquer pessoa que ocupe cargoremunerado na Rede Presbiteriana de Comunicação, ouem seus órgãos, entidades, setores ou serviços, são inele-gíveis para o Conselho Deliberativo.

Artigo 12 – Ao Conselho Deliberativo compete:

a) Eleger anualmente o seu Presidente e o seu Secretário.b) Admitir e demitir os Diretores.c) Gerir toda a vida da Rede Presbiteriana deComunicação, cumprindo e fazendo cumprir as finalidadesdescritas no Artigo 2º e seus parágrafos.

Artigo 13 – O Conselho Deliberativo reunir-se-á ordinaria-mente uma vez por trimestre e extraordinariamente, quan-do convocado pelo Presidente.

Artigo 14 – Compete ao Presidente:

a) Convocar e presidir as reuniões do ConselhoDeliberativo;b) Representar a Rede Presbiteriana de Comunicação emjuízo, cabendo-lhe juntamente com outro membro doConselho Deliberativo outorgar procuração "ad-juditia";c) Assinar, juntamente com o Diretor AdministrativoFinanceiro, escrituras públicas de aquisição, alienação epermuta, convênios, cessão em comodato, hipoteca debens imóveis, aquisição de equipamentos, contratação dedireitos autorais e conexos.

Capítulo V - Dos Diretores

Artigo 15 – A Associação terá 2 (dois) Diretores, escolhi-

dos entre os membros em plena comunhão com a IgrejaPresbiteriana do Brasil - IPB, denominados: DiretorAdministrativo Financeiro e Diretor de Produção eProgramação.

Parágrafo Primeiro - Os Diretores da RPC não poderãoacumular funções com a de membro do ConselhoDeliberativo.

Parágrafo Segundo - Todos os documentos que possamenvolver responsabilidades e obrigações à RPC, exceto oscitados na letra c do Artigo 14, serão assinados pelos doisDiretores, após terem sido aprovados pelo ConselhoDeliberativo.

Artigo 16 – Os Diretores reportam-se individual e solida-riamente ao Conselho Deliberativo nas matérias de suarespectiva competência.

Artigo 17 – Compete ao Diretor Administrativo Financeiro:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas deste Estatuto e asdecisões do Conselho Deliberativo;II. Dirigir e supervisionar as atividades da RedePresbiteriana de Comunicação nos assuntos de sua área;III. Movimentar as contas bancárias da Associação, sem-pre em conjunto com o Diretor de Produção eProgramação;IV. Submeter ao Conselho Deliberativo orçamento econô-mico - financeiro e o plano de aplicação para as disponi-bilidades financeiras da Associação;V. Coordenar as atividades de planejamento estratégico eoperacional da Associação, acompanhando a sua execu-ção e reportando o andamento ao Conselho Deliberativo;VI. Acompanhar a execução orçamentária, no decorrer doexercício;VII. Representar a entidade nas matérias de sua compe-tência, conforme Artigo 9º;VIII. Relatar mensalmente ao Conselho Deliberativo, as ati-vidades da Rede Presbiteriana de Comunicação e obalancete financeiro;IX. Relatar mensalmente aos Associados, através doConselho Deliberativo, o movimento financeiro da RedePresbiteriana de Comunicação e de suas atividades;X. Em conjunto com o Diretor de Produção e Programaçãoou seu Procurador, assinar os documentos que envolvamresponsabilidades da Associação.

Artigo 18 – Compete ao Diretor de Produção eProgramação:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas deste Estatuto e asdeliberações do Conselho Deliberativo;II. Dirigir e supervisionar todos os trabalhos de produção eprogramação de Rede Presbiteriana de Comunicação;III. Juntamente com o Diretor Administrativo Financeiro,movimentar as contas bancárias da Associação;IV. Participar das atividades de planejamento estratégico eoperacional da Associação e acompanhar a sua execução,reportando o andamento ao Conselho Deliberativo nasáreas de sua competência;V. Representar a entidade nas matérias de sua competên-cia, conforme Artigo 9º;VI. Relatar mensalmente ao Conselho Deliberativo, as ati-vidades de produção da Rede Presbiteriana deComunicação;VII. Relatar mensalmente aos associados, através doConselho Deliberativo, as atividades de produção da RedePresbiteriana de Comunicação;VIII. Em conjunto com o Diretor Administrativo Financeiroou seu Procurador, assinar os documentos que envolvamresponsabilidades da Associação.

Artigo 19 – Os Diretores respondem solidariamente porseus atos e pelos bens, havidos e por haver, pelas impor-tâncias sob sua responsabilidade.

Capítulo VI - Do Patrimônio e a Aplicação

Artigo 20 – O Patrimônio Social se constitui dos bens de

seu ativo contábil, de contribuições de seus associados,doações, subvenções, legados, bens resultantes das ativi-dades sociais e de parcerias.

Artigo 21 – A Rede Presbiteriana de Comunicação - RPCnão distribuirá, a título de lucro ou de participação nosresultados, qualquer parcela do seu patrimônio, e reapli-cará em sua própria finalidade estatutária, no país, todosos bens e recursos obtidos em sua atividade social.

Capítulo VII - Do Exercício Social, ConselhoFiscal e das Auditorias

Artigo 22 – O exercício social e fiscal coincidirá com oano civil.

Artigo 23 – O Conselho Fiscal é composto de 3 (três)membros efetivos, sendo pelo menos um deles Contadorcom registro no CRC, e 3 (três) suplentes, eleitos peloSupremo Concílio da IPB ou por sua Comissão Executiva,com mandato de 4 (quatro) anos.

Parágrafo 1º - O Conselho Fiscal deverá reunir-se paraexame das contas após o fechamento do exercício, fisca-lizando todo o movimento financeiro da RedePresbiteriana de Comunicação, apresentando seu parecere relatório ao Conselho Deliberativo;

Parágrafo 2º - Os membros do Conselho Fiscal não pode-rão ser remunerados por suas funções e não respondemsolidária nem subsidiariamente pelas obrigações sociaisda Associação.

Artigo 24 – As contas, balancetes, balanços, demonstra-tivos, documentos contábeis e relatórios financeiros daAssociação serão submetidos anualmente a uma auditoriapela Junta Patrimonial, Econômica e Financeira da IgrejaPresbiteriana do Brasil - IPB.

Capítulo VIII - Da Extinção e Liquidação

Artigo 25 – A Associação poderá ser extinta por decisãode 2/3 (dois terços) dos membros do ConselhoDeliberativo, homologada pelo Supremo Concílio da IgrejaPresbiteriana do Brasil - IPB ou por sua ComissãoExecutiva.

Artigo 26 – Se aprovada e homologada a extinção, oPatrimônio Social remanescente, feito o balanço e liquida-do o passivo, será destinado a instituição de finalidadesimilar, com registro no Conselho Nacional de AssistênciaSocial, sediada no território nacional, indicada pela asso-ciada fundadora.

Capítulo IX - Das Disposições Gerais eTransitórias

Artigo 27 – A Rede Presbiteriana de Comunicação ado-tará a denominação fantasia de "RPC".

Artigo 28 – A RPC atenderá, cumprirá e zelará pelo cum-primento estrito, em todas as suas mensagens, de qual-quer natureza e por qualquer mídia, aos PrincípiosGerais da Linha Editorial da RPC, aprovados na CE-SC/IPB-2001.

Artigo 29 – A Associação dará atendimento dentro dosfins estabelecidos neste Estatuto, sem distinção de cor,raça, classe social ou confissão religiosa.

Artigo 30 – Estes Estatutos poderão ser reformados, notodo ou em parte, por proposta aprovada por pelo menos2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Deliberativo.As reformas entrarão em vigor na data de sua aprovaçãopelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil oupor sua Comissão Executiva.

Artigo 31 – A RPC incorpora e é a sucessora das respon-sabilidades e atribuições do extinto Conselho deComunicação e Marketing da IPB.

Estatutos Sociais da Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC

Conforme a Resolução 225 da CE-SC-IPB 2003, o BP publica os estatutos da Rede Presbiteriana de Comunicação

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Brasil PRESBITERIANO20 Março de 2004