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B rasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 720 – Novembro de 2014 Mackenzie celebra 144 anos AEB –Uma história marcada pelo trabalho social Simonton e o ebola Culto de Ação de Graças realizado dia 16 de outubro no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis, celebra os 144 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). PÁGINA 10 Confira o relato do Rev. Paulo Serafim, missionário da APMT em Guiné-Bissau, África Ocidental. PÁGINA 5 A Associação Evangélica Beneficente foi criada em 9 de setembro de 1928 e tornou-se uma frente de amplo aten- dimento, assistindo pessoas de todas as faixas etárias, com creches, ativida- des musicais e esportivas, cursos pro- fissionalizantes, casas de convivência para moradores de rua, idosos e doentes. No dia 18 de setembro deste ano, celebrou 86 anos de serviço. PÁGINA 15 Um evento realizado na Câmara Municipal de São Paulo celebrou a promulgação da lei que institui em São Paulo, 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo. Autoridades da IPB esta- vam presentes na home- nagem recebida na noi- te do último dia 23. PÁGINA 16 Dia do Presbiterianismo em São Paulo

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Brasil Presbiteriano

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 56 nº 720 – Novembro de 2014

Mackenzie celebra 144 anos AEB –Uma história marcada pelo trabalho social

Simonton e o ebolaCulto de Ação de Graças realizado dia 16 de outubro no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis, celebra os 144 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). PÁGINA 10

Confira o relato do Rev. Paulo Serafim, missionário da APMT em Guiné-Bissau, África Ocidental. PÁGINA 5

A Associação Evangélica Beneficente foi criada em 9 de setembro de 1928 e tornou-se uma frente de amplo aten-dimento, assistindo pessoas de todas as faixas etárias, com creches, ativida-des musicais e esportivas, cursos pro-fissionalizantes, casas de convivência para moradores de rua, idosos e doentes. No dia 18 de setembro deste ano, celebrou 86 anos de serviço. PÁGINA 15

Um evento realizado na Câmara Municipal de São Paulo celebrou a promulgação da lei que institui em São Paulo, 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo. Autoridades da IPB esta-vam presentes na home-nagem recebida na noi-te do último dia 23.

PÁGINA 16

Dia do Presbiterianismo em São Paulo

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Novembro de 20142BrasilPresbiteriano

EDITORIAL

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 56, nº 720Novembro de 2014

Rua Miguel Teles Junior, 394Cambuci, São Paulo – SP

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Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP):Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente)Domingos da Silva Dias (Vice-presidente)Alexandre Henrique Moraes de Almeida(Secretário)André Luiz RamosAnízio Alves BorgesJosé Romeu da SilvaMauro Fernando MeisterMisael Batista do Nascimento

Conselho Editorial da CEP –fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

Antônio CoineAugustus Nicodemus Gomes LopesCláudio Marra (Presidente)Heber Carlos de Campos Jr.Misael Batista do NascimentoTarcízio José de Freitas CarvalhoUlisses Horta SimõesValdeci da Silva Santos

Conselho Editorial do BP –fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

Alexandre Henrique Moraes de Almeida,Anízio Alves Borges,Clodoaldo Waldemar Furlan,Hermisten Maia Pereira da Costa,Márcio Roberto Alonso

Edição e textos:

Camila CrepaldiSP 51.929

E-mail: [email protected]

Diagramação:

Aristides Neto

Impressão:

Dia do Presbiterianismoinstituição em São

Paulo de 18 de outu-bro como o Dia do Presbi-terianismo (p.16) levanta importante tema a respeito da fé cristã e do modo como a vivemos. Em seu livro O cristão e a cultura (Cultura Cristã), Michael Horton abor-da seu conflito na juventude ao aprender que o mundo é de Deus e ao mesmo tempo que “aqui não é meu lar”. Com estudo bíblico e reflexão ele aprendeu a harmonizar os dois lados, mas isso está longe do que geralmente ocorre em nosso meio.

A Igreja foi assaltada em passado recente por ideias racionalistas que promoviam o banimento do sobrenatu-ral. Somente o que a razão humana comprova devia ser crido e o evangelho, em vez de anunciar uma intangível vida eterna, devia tratar do

bem-estar das pessoas aqui e agora. O céu virou sinô-nimo de saúde e riquezas materiais. Crentes fiéis rea-giram. Infelizmente, porém, muitos passaram do ponto. Radicalizaram, ensinando que, para opor-se à prega-ção racionalista a igreja devia rejeitar inteiramente o enga-jamento social, com suas cores materialistas e particu-larmente marxistas.

O radicalismo desses cren-tes não levou em conta o ensino bíblico desde o Antigo Testamento. Se reco-nhecemos nosso exílio e aguardamos o retorno a Sião, devemos ouvir as palavras de Jeremias aos exilados na Babilônia: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7). Foi Jesus mesmo que nos cha-

mou de sal da terra e luz do mundo, pressupondo nosso envolvimento na sociedade e, por isso, intercedendo por nós para que, enquanto no mundo, sejamos guardados do maligno. Viver aqui como cidadãos dos céus não impli-ca alienação social e cívica. A história da igreja dos pri-meiros séculos mostra cren-tes envolvidos na sociedade, demonstrando compaixão pelos carentes e desse modo conquistando o respeito e admiração de um império pagão e adversário.

A Reforma do século 16 promoveu o resgate da nossa cidadania. O retorno às Escrituras com profundidade e com piedade evitou que o movimento fosse apenas uma reação radical a desvios da Igreja Católica. Ética, políti-ca, administração, economia, educação e piedade, tudo se

encaixava sob a soberania de Deus. A precisão doutri-nária recebeu especial aten-ção, mas não era tudo. Daí resultavam as práticas coe-rentes dos cristãos em todas as esferas.

Apesar das reações radicais mencionadas acima, a tradi-ção reformada continuou. A IPB tem demonstrado em sua história o entendimento de que, enquanto cumprimos a missão de pregar o evange-lho – poder de Deus para a salvação de todo o que crê, de modo que passam a des-frutar paz com Deus todos os que o abraçam – deve-mos nos interessar pela cida-de em que agora vivemos. Trabalhamos e oramos por sua paz. Plantaremos humil-des vinhas, ou, como Daniel, oc uparemos posições de des-taque no governo. Faremos diferença.

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Novembro de 2014 3BrasilPresbiteriano

ARTIGO

O Dia-a-dia de Ação de Graças e a Graça de todo dia

princípio de sermos agradecidos a Deus e ao

nosso semelhante é ampla-mente ensinado na Bíblia. Paulo, servo e apóstolo de Jesus Cristo, orienta: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para con-vosco” (1Ts 5.18).

A gratidão é a atitude da alma que reconhece a dire-ção de Deus em todos os episódios de sua existência, daí a recomendação pauli-na: “Em tudo dai graças”. Nesta atitude não há uma senha mágica, um talismã linguístico, que vise modi-ficar as situações adversas, mas, sim, a expressão sin-cera de um coração agra-decido, que se sente seguro sob o cuidado de Deus (Rm 8.31-39).

Conforme lei brasilei-ra (5.110, 22/09/1966), na quarta quinta-feira de novembro comemora-se o Dia de Ação de Graças. Esta lei foi inspirada no desejo do Embaixador bra-sileiro Joaquim Nabuco que, impressionado com as comemorações deste dia em 1909 na Catedral de São Patrício em Nova York, dis-sera: “Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agrade-cimento universal a Deus”. A Lei que criaria esse dia foi promulgada em 1949, pas-sando posteriormente por regulamentações até a sua forma final em 1966.

A origem do Dia de Ação de Graças está relaciona-da aos Peregrinos (puri-tanos) em Massachusetts (1621) que ali se instala-ram por questões de per-seguição religiosa. Depois de alguns anos com uma colheita fraca, agravada por um inverno rigoroso, final-mente tiveram uma farta colheita de milho em 1621.

Os índios norte-americanos os ajudaram com suas téc-nicas de cultivo. Por esse motivo, marcaram uma fes-tividade no outono desse mesmo ano. Além do culto de gratidão a Deus, o car-dápio das comemorações constava de patos, perus, peixes e milho. Como forma de gratidão e ami-zade convidaram índios norte-americanos a partici-parem da festa; comparece-ram noventa deles que tam-bém trouxeram comidas. A festividade foi realizada ao ar livre, marcada por gran-de alegria, durando três dias. Essa prática religiosa,

festiva e fraterna se pro-pagou. Em 1863, o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln instituiu a última quinta-feira de novembro como o dia nacional de Ação de Graças. Posteriormente, inclusive por motivos comerciais, o dia passou por algumas alterações.

Nossa gratidão a Deus é resultado da certeza de que ele cuida de nós e que, de fato, não existem eventos casuais, sorte, azar ou fata-lismo. Deus é quem nos guarda! Portanto, em todas as circunstâncias, podemos encontrar motivos para agradecer a Deus, certos de que ele é o Senhor da História e nada nos aconte-ce sem a permissão gover-nativa de Deus e que tudo o que nos ocorre tem um sentido proveitoso para a expressão de nossa vida física, psíquica e espiritu-al. Deus deseja que nos aperfeiçoemos em todos os níveis, tendo em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o modelo perfeito para nós (Rm 8.28-30).

O profeta D a n i e l , vivendo no exílio da Babilônia, quando soube que, por decreto do rei Dario, nenhum homem poderia invocar a Deus durante o prazo de trinta dias, entrou no seu quarto e deu graças a Deus confor-me seu reverente costume (Dn 6.10).

O apóstolo Paulo e seu companheiro Silas, presos

na cidade de Filipos por anunciarem o evangelho, na prisão, “por volta da meia-noite .... oravam e canta-vam louvores a Deus...” (At 16.25). Essa atitude – que o texto indica que se repetiu por algum tempo – era inusitada e, ao que parece, tão surpreendente aos outros prisioneiros que, conforme registra Lucas, os companheiros de cela se detiveram para ouvir seus louvores (At 16.25).

Assim, ao nos aproximar-mos do final de mais este ano, devemos dirigir nossas

mentes e corações a recor-dar os feitos perceptíveis de Deus em nossa existência: a paz, vida, saúde, família, escola, entre outras coisas. A gratidão revela a nossa confiança em Deus, no seu paternal cuidado; por isso, mesmo sem entendermos o alcance dos fatos, devemos, pela fé, agradecer a Deus: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20).

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe pastoral da 1ª

IP de São Bernardo do Campo, SP.

Hermisten Costa

O

Nossa gratidão a Deus é resul-tado da certeza de que ele cuida de nós e que, de fato, não exis-

tem eventos ca-suais, sorte, azar

ou fatalismo.

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Novembro de 20144BrasilPresbiteriano

ARTIGO

EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

Drogas, a angústia do nosso tempo

Número recorde de inscrições para os Seminários

ão tenho dúvida de que esta semana

Deus me colocou dian-te do sofrimento huma-no. Foi duro ver a dor de algumas famílias, quase todas relacionadas a filhos dominados pelas drogas causando grande tristeza ao coração dos pais e à vida desses filhos.

Visitei no Hospital Evangélico um jovem de 20 anos amarrado sobre uma cama em surto psi-quiátrico, fora de si. Orei por ele com o Rev. Adonias Feitosa, capelão do Hospital; ouvi sua mãe e ela me relatou as lutas e sofrimentos. Noites sem dormir, ela e o esposo se expondo em ambientes noturnos seguindo-o pelas ruas. Vergonha, humilha-

ções e medo são elementos comuns do dia a dia desta família. Um quadro dra-mático, mas não único. Há milhares de pais sofrendo o drama das drogas.

Por que essa fuga de tan-tos jovens e adultos para as drogas? Nossa geração não tem uma razão para viver? Há um vazio na alma? Ou é a filosofia evo-lucionista que prega que o homem é produto do acaso e a vida não tem sentido e nem há uma esperança? Que tira do homem o sen-tido de um ser moral cria-do à imagem e semelhança de Deus e que a ele dará contas?

As drogas são a angús-tia do nosso tempo. As soluções apresentadas pelas políticas, como a legalização da maconha, jamais serão adequadas.

Enquanto isto, os dramas familiares se agravam. As clínicas mantidas por igrejas são atacadas por conselhos federais, numa visão secular e insensível ao sofrimento humano! Sendo que são elas que ainda acolhem essas famí-lias e buscam a recupera-ção de pessoas que que-rem sair do vício.

Que Deus tenha mise-ricórdia de nossos filhos. Que Deus tenha misericór-dia desses milhares de pais exaustos na luta com filhos drogados. Que Deus, em sua justiça e santa ira freie os apetites insaciáveis do tráfico de drogas em nosso país, patrocinando a misé-ria e a corrupção!

e 01 de setembro a 05 de outubro a Junta de

Educação Teológica da IPB (JET) recebeu inscrições para o processo seletivo de entrada nos Seminários. Todo ano esse proces-so de inscrições acontece, seguido do exame ves-tibular, visando a entrada nos Seminários daqueles que serão candidatos ao

Sagrado Ministério. A novi-dade deste ano ficou por conta do número recorde de inscrições: 344. Em 2013, o número havia sido de 320 inscrições e, em 2012, de 322 inscrições. Valores bem próximos, mas que contras-tam com os anos anteriores: 2011 – 269; 2010 – 277; 2009 – 260; 2008 – 177; 2007 – 193.

Na opinião do coorde-nador do vestibular, Rev. Ageu Magalhães, esse aumento se deve à boa ges-tão da JET: “Nos últimos anos, a Junta de Educação Teológica tem realizado uma eficiente gestão dos seminários da IPB. Creio que aqueles Presbitérios que enviavam candidatos para seminários de fora da

IPB estão percebendo que nossos seminários estão cada vez melhores e que não vale a pena correr o risco de uma formação não presbiteriana”.

O Rev. Augustus Nicodemus, presidente da JET, enfatiza a necessida-de das Juntas Regionais de Educação Teológica, bem como os diretores e pro-

fessores dos seminários, se dedicarem ainda mais zelosamente à formação de homens que estejam qua-lificados para o exercício do ministério da Palavra, preparando o crescente número de candidatos que vierem a ser aprovados para serem líderes nas igrejas presbiterianas onde Deus os chamar.

Ildemar de Oliveira Berbert

N

D

Rev. Ildemar de Oliveira Berbert é Pastor da IP Central de Dourados e

Presidente do Presbitério de Dourados

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Novembro de 2014 5BrasilPresbiteriano

Simonton e o ebola

uando Simonton aqui chegou não havia

Ebola, mas outra doença, também mortal na época, que ceifou a vida de vários brasileiros e de alguns missionários, inclusive a sua, dia 09 de dezembro de 1867, aos 34 anos.

Apesar disso, as igrejas e as famílias presbiteria-nas dos Estados Unidos não deixaram de enviar seus filhos para o Brasil, que naquele período, tinha condições de saúde, higie-ne, educação e infraes-trutura precárias como os países afetados pelo Ebola atualmente. É louvável a preocupação das igrejas, das famílias, dos amigos, dos parceiros e das agên-cias missionárias com o bem estar de seus mis-sionários, principalmente porque hoje não há mais lugar para irresponsabili-dades a título de heroísmo missionário, sacrifican-do e expondo a família missionária a sofrimentos desnecessários e traumá-ticos.

Por outro lado, não podemos deixar de fazer a obra de Deus, mesmo que ao fazê-la, sejamos expostos aos riscos de doenças, guerras, desas-tres naturais e persegui-ção. Jesus foi cuspido, escarnecido, espancado e morto. Do apóstolo Paulo, conhecemos bem todos os

sofrimentos relatados por ele mesmo por causa da obra de Deus (2Co 11): chicotadas, fome, perse-guição, naufrágio, aban-dono, entre outras coisas. Quantos outros missioná-rios e cristãos de modo geral em todo o mundo não estão sofrendo hoje por causa da sua fé em Cristo e da sua disposi-ção de levar o evangelho àqueles que não o conhe-cem?

Somos missionários na Guiné-Bissau, África Ocidental. Graças a Deus, não temos caso oficial-mente registrado de Ebola aqui, o foco da doença está no nosso vizinho, Guiné-Conakry e em outros dois países da região – Serra Leoa e Libéria –, além de outros países com casos isolados. Portanto, temos razoável tranquilidade para continuar realizando a obra de Deus nesta terra amada por ele e por nós.

Ao retornar para o campo, ficamos admira-dos positivamente com o empenho da população guineense a fim de que a doença não chegue em seus país. Há campanhas regulares de limpezas, fazendo com que o lixo das ruas seja recolhido e colocado em lugares estratégicos para que os caminhões o levem para um local adequado. Em todos os lugares públi-cos, inclusive nas nossas

igrejas, há na entrada um balde com água misturada com água sanitária para que todos lavem as mãos. Encontramos também muitos cartazes informati-vos sobre a doença fixados em lugares visíveis. Mas, o que mais me chamou à atenção foi a compreensão do favor de Deus sobre o país, principalmente o que os crentes sempre tem dito: “Deus tem protegido a nossa terra dessa terrível doença até aqui, pois ele sabe das nossas limitações estruturais”.

Diante dessas reali-dades podemos fazer as seguintes considerações:

1. Como escrevi em “O Avanço da Obra Mis-sionária”, Revista Alcan-ce, página 9, primeiro tri-mestre de 2013: “A obra de Deus sempre foi e será feita à custa de muito suor, lágrimas e até san-gue. Basta olharmos para a vida do apóstolo Paulo, para a vida de Simonton e, principalmente para a vida do nosso Senhor e Salva-dor Jesus Cristo para des-cobrirmos essa verdade”. Por isso, continuemos enviando missionários para todos os cantos do mundo, inclusive para as regiões afetadas por guer-ras, doenças, persegui-ção e desastres naturais, acompanhando e apoiando as famílias missionárias e resguardando a segurança

delas, fazendo os deslo-camentos necessários em ocasião oportuna.

2. Que a nossa pru-dência não se torne em covardia e que a nossa ousadia não se torne em irresponsabilidade. Man-tenhamos o equilíbrio para avaliar os riscos, fazer os

ajustes necessários, mas não deixar de fazer aquilo para o que fomos chama-dos: “fazer discípulos de Jesus de todos os povos da terra, plantar igrejas e demonstrar o amor de Deus através de atos de misericórdia e socorro aos menos desfavorecidos: construindo escolas, hos-pitais, orfanatos e alimen-tando os famintos.

3. Ao surgir uma situação difícil em qual-quer lugar do mundo, procuremos nos informar com mais profundida-de para tomarmos deci-sões e emitirmos opiniões baseadas em argumentos sólidos e verdadeiros. As

reportagens que vemos nos noticiários nem sem-pre mostram toda a ver-dade dos fatos, pois seu maior objetivo é a audiên-cia e a venda de jornais e revistas ou manter a popu-lação distraída dos reais problemas que afetam o seu dia a dia.

4. Por fim, sejamos uma igreja que ora pelo avanço do evangelho no mundo, pela segurança dos missionários em situ-ação de risco, pelos países afetados pelo Ebola, por guerras, pela pobreza e por todo tipo de opressão. Deus tem grandes coisas para fazer em nós e atra-vés de nós. Quando ele deseja realizar algo aqui na terra, sempre desperta sua igreja para orar por esse fim: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3).

Paulo Serafim

Q

Rev. Paulo Serafim é missionário da APMT em Guiné-Bissau, África

Ocidental

CBS SF

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Novembro de 20146BrasilPresbiteriano

ARTIGO

O pecado sem perdão

á um pecado mais desagradável a Deus

do que todos. É o pecado contra o Espírito Santo. Esse ele não perdoa. Jesus disse: “... todo pecado e blasfê-mia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém pro-ferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mt 12.31-32). O Senhor o cha-mou de “pecado eterno” (Mc 3.29). João lembra dele ao dizer: “Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue” (1Jo 5.16). Portanto, quem comete esse pecado se colo-ca além da possibilidade de perdão.

Antes de analisar o que esse pecado é, vejamos o que ele não é. Primeiro, o pecado sem perdão não é necessariamente negar a Cristo em alguma ocasião sob pressão. Pedro negou a Jesus, porém, o Senhor o restaurou. O pecado sem perdão é um ato de rejeitá-lo para sempre.

Apesar de Jesus afir-mar que o pecado consis-te em “blasfemar contra o Espírito”, isso não signi-

fica ofender verbalmente o Espírito. Satanistas são ensinados a falar palavras ofensivas ao Espírito Santo, como se assim estivessem cometendo o pecado imper-doável. Alguém que faz isso pode estar no caminho para cometer o pecado, mas o ato em si de ofender o Espírito não é o pecado imperdoável. Paulo disse que muitos dos crentes haviam sido “maldi-zentes” antes de se conver-ter (1Co 6.9-11), tendo sido ele mesmo, anteriormente, um blasfemo (1Tm 1.13).

Somos advertidos na Bíblia a não entristecer o Espírito (Ef 4.30), porém, isso não é cometer o pecado imperdoável. Nem mesmo o suicídio, em si mesmo, é o pecado imperdoável. Por mais que um suicida, caso tenha conhecido a Cristo, dê evidência de ser um apósta-ta – como Judas, ao se sui-cidar –, o pecado da aposta-sia terá acontecido antes do suicídio.

O que caracteriza o peca-do contra o Espírito Santo? No contexto em que falou a esse respeito, Jesus se manifestou para a nação de Israel através de seus ensinos (Mt 5-7) e de seus milagres (Mt 8-10), exi-bindo sinais claros de que era o Messias prometido. Apesar disso, os líderes reli-giosos não acreditavam nele e foram espreitá-lo a fim de investigá-lo. Queriam apanhá-lo em alguma falta para acusá-lo perante as autoridades. Mateus 12.22

narra que foi trazido até Jesus um homem possesso e ele o curou. Em resposta a isso, a multidão se pergun-tou: “É este, porventura, o filho de Davi?” (Mt 12.23). A estrutura gramatical da pergunta já antecipava uma resposta negativa, ou seja, a multidão – influenciada pelos líderes – não esta-va disposta a acreditar que ele fosse o Messias. Esses líderes fizeram questão de reprovar a atitude de Jesus: “... os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mt 12.24). Naquele momento, Jesus respondeu que expulsava demônios pelo poder do Espírito Santo (Mt 12.28). Os religiosos atribuíram ao diabo a obra que Deus estava realizando. Foi nesse contexto que Jesus declarou que a blasfêmia contra o Espírito não seria perdoada. Os fariseus tinham presen-ciado o ensino e os milagres de Jesus. Eram evidências fortes demais para serem ignoradas. O Espírito lhes testemunhava a verdade, mas eles mais uma vez lhe resistiam (At 7.51). Tinham todas as razões para crer, porém, ainda assim se recu-savam. Esse pecado não teria perdão. Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo que os fariseus esta-vam cometendo foi uma recusa consciente e delibe-rada em aceitar que Jesus fosse o Messias, apesar do

poderoso testemunho do Espírito Santo. Eles não só não reconheciam Jesus como o ofendiam.

O pecado contra o Espírito Santo é uma rebeldia que vai contra todos os fatos, uma indesculpável indispo-sição contra Deus, apesar de tudo que se viu e ouviu dele. É uma rejeição cate-górica e irada contra Deus. É imperdoável, não porque a sua culpa transcende os méritos de Cristo, ou por-que o pecador esteja fora do alcance do poder renova-dor do Espírito Santo, mas sim, porque há também no mundo de pecado certas leis e ordenanças estabelecidas por Deus e por ele manti-das. E no caso desse pecado particular, a lei é que ele exclui toda a possibilidade de arrependimento, cauteri-za a consciência, endurece o pecador e, assim, torna imperdoável o pecado.

Portanto, o pecado con-tra o Espírito Santo é uma rebeldia completa contra Jesus que somente é pos-sível depois de conhecê-lo em alguma medida.

As considerações acima nos levam a concluir que o crente verdadeiro nunca cometerá o pecado contra o Espírito Santo. De fato, o crente desfruta da segu-rança da salvação, pois Deus o levou até Jesus, e Jesus não deseja perdê-lo (Jo 6.37-40, 44). Ele é uma ovelha de Jesus, ninguém pode arrebatá-lo da sua mão (Jo 10.27-29). Deus lhe pre-

parou uma salvação com início meio e fim (Rm 8.29-30). Nada pode separá-lo do amor de Deus (Rm 8.31-39). O Senhor que começou boa obra nele vai completá-la (Fp 1.6), confirmá-lo e guardá-lo do maligno (2Ts 3.3). O Senhor guardará o depósito dele até o último dia (2Tm 1.12), o livrará de toda obra maligna e o levará a salvo para o reino celes-tial (2Tm 4.18). Afinal, ele é guardado pelo poder de Deus (1Pe 1.5). Essa última expressão pode estar liga-da à ideia de ser guarda-do para não pecar contra o Espírito Santo. João disse que o crente é guardado para não pecar o pecado para morte (1Jo 5.17-19). Portanto, o crente nascido de Deus não pode cometer o pecado imperdoável por-que Deus o guarda e o livra desse mal. Trata-se de um ato de apostasia de alguém que experimentou a fé, mas não se firmou nela e depois a abandonou. Nunca foi um crente (1Jo 2.19).

Ainda que o crente ver-dadeiro não possa cometer o pecado imperdoável, não deve alimentar qualquer sentimento de indolência. As advertências bíblicas são fortes o bastante para que o crente se mantenha alerta, pois “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3).

Leandro de Lima

H

Leandro de Lima é professor no Andrew Jumper, JMC e pastor auxiliar

na IP Santo Amaro, SP.

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Novembro de 2014 7BrasilPresbiteriano

AÇÃO DE GRAÇAS

IP Vale de Bênçãos lança Pedra Fundamental

Congregação Pres-biterial Vale de Bênçãos

foi instalada pelo Presbitério

de Itabuna no dia 9 de outu-bro de 2005. A Comissão designada pelo Presbitério era composta pelo Rev. Idelfonso Trindade, Pb. Vicente Lúcio, Rev. Arnou Sena Lobo e Pb. Newton Aranha.

Um grupo de irmãos, depois de muitas ora-ções e súplicas, obteve do Senhor favor e mise-ricórdia. Inicialmente, foi designado para ministrar os atos pastorais o Rev. Wellington Aquino (até dezembro de 2006), da IP de Una. Os trabalhos

ficaram sob a responsa-bilidade da missionária Jacira Prado Caldas e nesse período o terreno foi adquirido. De 2007 a dezembro de 2008 ficou

o Rev. Antônio Moreira e em seguida foi designado

o Rev. Humberto Alencar Oliveira Maia, até o final de 2010. A congregação foi organizada em igre-ja em 10 de outubro de 2010 e recebeu o nome de

IP Vale de Bênçãos, pelo Presbitério de Itabuna,

sob a presidência do Rev. Wellington Aquino dos Santos, presidente da Comissão Especial do Presbitério para organiza-ção da igreja. Foram elei-tos como Presbíteros os irmãos Genciano Prado Neto, Moisés de Oliveira Batista e Jáder Bitencourt Andrade Oliveira; e Diáconos os irmãos

Eroaldo Florêncio Santos, Manoel Messias Vieira de Oliveira, Marcos Luciano Neres e Paulo Antônio Chaussê.

Em 2011, seu pastor foi o Rev. Maycon de Souza Camargo; em 2012 foi designado o Rev. Evaldo da Silva Lima; em 2013 o Rev. Davi Leite de Almeida (para atos pas-torais, com direção do Evangelista Guilherme Araújo Gonçalves). No ano corrente, assumiu os trabalhos o Rev. Genivaldo Cavalcanti Lima Júnior e

o Conselho, para a glória de Deus, dá início à cons-trução do templo, com o lançamento da pedra fun-damental dia 4 de outubro passado.

“Vive-se um momen-to de muita alegria e de muita fé. Nossa Igreja só tem quatro anos de organi-zação. Somos uma igreja nova, de um povo sim-

ples, mas cheio da graça de Deus. Cremos que assim como Deus foi com Neemias na reconstrução dos muros de Jerusalém, o Senhor dos Exércitos, será conosco”, alegrou-se o pastor da igreja.

O novo templo terá capacidade para aproxi-madamente 250 pessoas, numa área construída de 752,57m².

Até aqui nos ajudou o Senhor! Soli Deo Gloria!

Presbítero Jáder Bitencourt Andrade Oliveira é secretário do Conselho

Jáder Bitencourt Andrade Oliveira

A

“Ao quarto dia, se ajuntaram no Vale de Bênção, onde louvaram ao Senhor; por isso, chamaram àquele lugar Vale de Bênção, até o dia de hoje” 2Cr 20.26

O Novo Templo terá o tamanho de 8 metros de largura, por 18 metros de cumprimento, com capacidade para aproximadamente 250 pessoas

Trabalhos de construção do templo com o lançamento da pedra fundamental ocorreu no dia 4 de outubro

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Novembro de 20148BrasilPresbiteriano

CONGRESSO

Os desafi os da missão transcultural no 7o CBM

e 6 a 10 de outu-bro aconteceu o

7º Congresso Brasileiro de Missões (CBM), em Águas de Lindóia, SP, com cerca de 1500 inscri-tos. O CBM é organizado pela a AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e ocorre a cada três anos. Esse ano o tema foi Realidades que não podemos igno-rar: Sudeste Asiático, Ásia Central, Leste Europeu, Mundo Árabe, Europa, Oeste Africano, Diásporas, Desafios Indígenas, Grupos sem Testemunho e Desafios Brasileiros.

“O Congresso Brasileiro de Missões é uma marca registrada do movimen-to missionário brasileiro, completamos mais de 20 anos de história de CBM”, afirma o Rev. Sérgio Paulo, vice-presidente da APMT e

membro da AMTB. O prin-cipal objetivo do Congresso é mobilizar, promover intercâmbios entre as orga-nizações e também parce-rias estratégias no decor-rer das reuniões durante o evento. “É um momento para conhecer o que se tem feito no Brasil, tanto pelas agências denominacionais, quanto interdenominacio-nais”, completa ele.

As reflexões bíblicas do congresso foram feitas por Chris Wright, teólogo líder

da equipe de trabalho que produziu o documentário de Cape Town 2010. Alguns missionários da APMT também fizeram as prele-ções durante o congresso. Os Revs. Cácio Silva e Ronaldo Lidório falaram sobre os desafios entre os povos indígenas e seg-mentos menos evangeliza-dos no Brasil; Rev. Sérgio Paulo, vice-presidente da diretoria, sobre o papel do departamento de assuntos indígenas, DAI; e o Rev. Carlos del Pino, sobre a Europa secularizada.

O CBM foi importante também para mobilizar a igreja brasileira quanto ao contexto missionário na Europa. “São distintas regi-ões, distintos contextos e diferentes linhas de traba-lho e esperamos que Deus toque no coração das pes-soas para que elas se sintam vocacionadas para o traba-lho missionário na Europa”,

disse o Rev. Carlos del Pino, coordenador da Base Europa da APMT e pastor na Igreja Presbiteriana em Torreledones, na Espanha. O Congresso não foi apenas para a Igreja Presbiteriana e, segundo o pastor, a ideia foi tentar ajudar todas as igrejas presentes a enten-der melhor o contexto em que os missionários estão inseridos.

“Participar do CBM é uma oportunidade para construir novas estratégias e definir novas coopera-ções da nossa ação, tanto do contexto transcultural no Brasil, quanto fora do país. Para a APMT é uma oportunidade de participa-ção ativa na ação global missionária transcultu-ral”, afirmou Rev. Marcos Agripino, executivo da APMT.

O CBM também foi uma oportunidade para vários escritores e missionários

brasileiros lançarem livros sobre o contexto missio-nal. Mônica de Mesquita, missionária de Base da APMT e coordenadora do Centro de Formação Missiológica, lançou seu segundo livro, Missões do jeito que Deus quer – o papel da igreja no envio e no sustento do missionário, da Cultura Cristã. Cácio Silva, missionário entre os indígenas na Amazônia e professor do CFM, lançou o livro Fenomenologia da Religião. E Ronaldo Lidório, consultor nas áreas de Missiologia e Antropologia para diversas organizações missionárias, fez o lançamento o livro Comunicação e Cultura.

O livro lançado pela missionária Mônica de Mesquita é uma coletâ-nea de textos dedicados à igreja brasileira. O traba-lho foi fruto dos catorze anos caminhando junto aos

Isabella Silveira Dias

D

O congresso teve 67 estandes, cerca de 1500 participantes e tratou sobre os desafi os de evangelização entre os povos não alcançados do Brasil e do mundo

As reflexões bíblicas do congresso foram feitas por Chris Wright (à esquerda), teólogo líder da equipe de trabalho que produziu o documentário de Cape Town 2010.

Rev. Carlos del Pino, palestrante do CBM sobre a secularização da Europa e os desafios do avanço missionário na país.

Alguns missionários da APMT também fizeram as preleçõesdurante o congresso, entre eles, o Rev. Cácio Silva e Rev. Ronaldo Lidório.

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Novembro de 2014 9BrasilPresbiteriano

Filipe Diogo Barbosa

missionários da APMT e acompanhando suas vivên-cias no campo transcultural em situações de abando-no por parte das igrejas. “Quando Deus vocaciona alguém para um ministério específico seja ele longe, ou perto, e esse trabalho é um projeto de vida integral do missionário, Deus esco-lhe pessoas e igrejas para caminhar com esse missio-nário”, lembra a autora.

O objetivo do Congresso foi despertar a visão mis-sionária da igreja brasi-leira. Diversos conselhos missionários estiveram presentes no evento e puderam adquirir materiais e conteúdos sobre missões para trabalhar nas igrejas locais. “Estamos aqui hoje com a intenção de apren-der mais, levar para nossa igreja e trabalhar cada vez mais com missões”, afir-mou Patrícia, membro do conselho missionário da IP de Campos, no Rio de Janeiro.

Segundo Jorge, também membro do conselho mis-sionário da IP de Campos, o pontapé inicial para cria-ção de um conselho mis-sionário deve vir de um grupo na igreja local que esteja, primeiramente, comprometido em orar por missões. E afirmou tam-bém que todo conselho deveria participar de con-gressos como o CBM, para aprender mais sobre outras culturas, que só engrade-cem o conhecimento sobre missões.

Filipe Diogo Barbosa é integrante da Família Alegria

AÇÃO SOCIAL

Evangelização criativaem Cana Verde, MG

odos os anos, um grupo de jovens e ado-

lescentes da IP de Cana Verde, MG, se reunia para organizar a EBF (Escola Bíblica de Férias) e pro-gramações especiais para o Dia das Crianças. Com isso a equipe de evangeli-zação criativa começou a ser formada e estruturada. Dedicando tempo e esfor-ço, com oração e criativi-dade, os eventos se torna-ram um marco na cidade e as crianças aguardavam com expectativa essas programações. A cada nova programação, tea-tros, músicas e coreogra-fias eram ensaiadas para que tudo fosse diferente; a equipe foi crescendo e convites foram surgindo para apresentações fora da igreja. A equipe começou a se apresentar em diversos

lugares como APAE, Vila Vicentina, escolas, igrejas, acampamentos, eventos da prefeitura, entre outros. Foi preciso colocar um nome no grupo, algo que expressasse o que real-mente estava sendo vivi-do, uma família com o propósito de levar alegria por onde passasse preci-sava se chamar Família Alegria.

Com o passar dos anos, o grupo foi ama-durecendo e se consoli-dou como equipe missio-nária de Evangelização Criativa. Desde então as apresentações ocorreram em várias cidades como Divinópolis, Caxambu, Campo Belo, Perdões, Bom Sucesso, Brasília, Córrego Dantas, Poços de Caldas, Nepomuceno, Lavras entre outras. Com treze jovens e algumas crianças, o grupo basi-

camente evangeliza com músicas e peças teatrais.

Em todas as ocasiões é apresentado o plano da salvação para crianças e juniores. Quando os pais participam, gostam tanto que ficam como crianças. Ficamos o tempo todo mesclando teatro, músi-cas, brincadeiras e histó-rias bíblicas em apresenta-ções que duram no máxi-mo duas horas. Podem ser

preparadas outras ativida-des. O grupo já organi-zou acampamento e até mesmo colônia de férias.

Orem pelo grupo, que deseja servir ao Senhor e à sua igreja.

Contato: [email protected] / (35) 99924783

T

Isabella Silveira Dias é estagiária do Dpto. de Comunicação da APMT.

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Novembro de 201410BrasilPresbiteriano

Culto de Ação de Graças realizado dia 16 de outubro no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis, celebra os 144 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM)

GRATIDÃO

Culto pelos 144 anos do Mackenzie

liturgia foi conduzi-da pelo presidente do

Supremo Concílio da IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva, que lembrou a impor-tância da reverência e do respeito em um momen-to de culto a Deus. Em seguida um grande coral composto pelos coros do Mackenzie e convidados de igrejas presbiterianas entoou o hino Castelo Forte, composição do reformador Martinho Lutero. Durante o decorrer do culto o coral ainda apresentou mais dois hinos e o presidente do Conselho Deliberativo do IPM, José Inácio Ramos,

orou agradecendo a Deus pelo Mackenzie.

O chanceler da Universi-dade Presbiteriana Macken-zie (UPM), Rev. Davi Charles Gomes, pregou a respeito das virtudes que devem ser cultivadas pelo cristão. Com uma metáfo-ra sobre a vestimenta, ele lembrou do samba de Noel Rosa, “Com que roupa?”, pontuando a importância de vestir-se com característi-cas de um servo de Deus, como citado na Bíblia, em Colossenses 3. 12-14: “Revesti-vos de um cora-ção pleno de compaixão, bondade, humildade, man-

sidão e paciência. Zelai uns pelos outros e perdoai-vos mutuamente; caso alguém tenha algum protesto con-tra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, assim também procedei. Acima de tudo, no entanto, revesti-vos do amor que é o elo da perfeição”. Ele concluiu recomendando aos presen-tes que vivam essa iden-tidade cristã, gratos pela salvação em Cristo e con-tagiando aos demais com esse amor.

Após o culto, o Rev. Roberto Brasileiro ressal-tou a gratidão a Deus pela existência da instituição. “Comemorar o aniversá-rio do Mackenzie é sem-pre uma alegria, porque são poucas as instituições que

A

Rev. Roberto Brasileiro e mesa composta por autoridades do Mackenzie

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Novembro de 2014 11BrasilPresbiteriano

chegam a essa idade com a mesma robustez, os mes-mos princípios e a mesma linha de ação. Eu considero que 144 é um grande mila-gre de Deus, porque é Deus quem está sustentando essa vida, e Deus está fazendo milagres por nós”, afirmou.

Para o chanceler da UPM, a tradição que existe no Mackenzie tem a ver com a preservação de coisas boas. Segundo ele, assim como as boas músicas perpetu-am ao longo dos anos, o Mackenzie se firma graças a uma tradição calcada em princípios que são trans-cendentes. “Os princípios de serviço a Deus, os quais são uma consequência de sentir-se abençoado por ele e ter o desejo de servir aos outros. Esse tipo de motiva-ção dura mais tempo, não é passageira. As tradições que têm esse tipo de lastro duram mais tempo. É por isso que o Mackenzie conti-nua por 144 anos cumprin-do a mesma missão. Desejo que todos aqueles que olham para o Mackenzie e acham que existe razão para se sentir grato, enten-dam que a glória disso tudo é de Deus que tem man-tido essa instituição e nos dado a honra de servi-la”, concluiu.

Além do presidente do SC, do chanceler da UPM e do presidente do Conselho Deliberativo da IPM esta-vam presentes, também, o presidente do IPM, Maurício Melo de Meneses e o reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto.

Assessoria Mackenzie

Uma nova igreja em Indaiatuba – SP

Congregação do Jardim Alice em

Indaiatuba, São Paulo, foi inaugurada no dia 29 de agosto de 2009. Desde então, uma liderança com grande compromisso e dedi-cação tem trabalhado inte-gralmente na solidificação e crescimento com trabalhos semanais de evangelismo no bairro.

No dia 31 de agosto de 2014 a Comissão Especial nomeada pelo Presbitério de Indaiatuba (PRID), for-mada pelos pastores, Rev. Paulo Gérson Uliano (rela-tor), Rev. Carlos Antônio Valentim (secretário), Rev. Sérgio Paulo Eler e os pres-bíteros Cristian Krebsky da Silveira e Raimundo Heliomar Rodrigues Freire, procedeu a organização da Congregação na IP Betel de Indaiatuba. Com 55 membros comungantes e 25 não comungantes, a assembleia elegeu seu pri-meiro Conselho, composto dos irmãos Edson Alves de Oliveira, Edivaldo Silva Durães e Emanuel Pereira de Almeida Catanho, e sua Junta Diaconal composta pelos irmãos Joel Cardoso, Marcos Corrêa de Melo, Orlindo Dias Mendes e Samuel Lima Neto.

Na mesma ocasião assu-miu o pastorado da igreja o Rev. Paulo Gérson Uliano. A Comissão Especial tam-bém procedeu à licenciatura para o Sagrado Ministério

do irmão Ricardo Machado Manha, o qual tem trabalha-do há vários anos juntamen-te com a liderança da nova igreja.

A igreja de Atos dos Apóstolos crescia porque o Senhor Jesus Cristo dia a dia

ia acrescentando os salvos (At 2.47) usando os homens no poder do Espírito Santo, os quais pregavam com fidelidade, unção e intrepi-dez a Palavra de Deus. É a graça do Senhor que nos dá alento, unção e nos conserva

firmes no testemunho autên-tico de nossa fé.

Cremos que pela soberana vontade de Deus, foi organi-zada a IP Betel de Indaiatuba para a sua glória e para que vidas sejam alcançadas pela proclamação e ensino fiel de sua santa Palavra.

Que a caminhada da nova igreja seja debaixo da soberana graça de Deus e que todos se unam para o crescimento do rebanho de Deus, fazendo a oração de Moisés – “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim confirma a obra das nossas mãos” (Sl 90.17).

Paulo Gérson Uliano

A

O Rev. Paulo Gérson Uliano é presidente do Presbitério de Indaiatuba

e pastor da 1ª IP de Indaiatuba.No dia 31 de agosto de 2014 foi organizada a IP Betel de Indaiatuba

Licenciatura de Ricardo Machado Manha Posse do Rev. Paulo Gérson Uliano

Comissão Especial com o Conselho e a Junta Diaconal

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Novembro de 201412BrasilPresbiteriano

SÉRIE HISTORIADORES PRESBITERIANOS

Caleb Soares, Osvaldo Hack e Marcel Mendes

ilho do evangelista e col-portor Januário Antônio

da Silva, Caleb Soares da Silva costumava ouvir do pai as aventuras das jornadas evangelísticas. Nascido em 03.01.1939 (Aracaju, SE), viveu em muitos lugares: Aracaju e Salvador (BA), 1939-1940; Garanhuns (PE), 1941-1948, tendo estuda-do no colégio presbiteriano Quinze de Novembro e de onde, por vezes, acompa-nhou o pai nas andanças evangelísticas pelo interior

do Nordeste; São Caetano do Sul (SP), 1948; Suzano (SP), em 1949, onde ficou internado no Exército da Salvação; Jacutinga (MG), 1949-1950; Santo André (SP), 1950-1953; São Paulo (SP), 1954; Rio de Janeiro, capital, e Duque de Caxias (RJ), 1955; São Vicente (SP), 1956; Rio de Janeiro, capital, 1957-1958; Jandira (SP), como aluno do Instituto JMC (1959-1960), para o qual fora encaminha-do pela Igreja Presbiteriana de Inhaúma (RJ) com vistas

ao sagrado ministério; Rio de Janeiro, capital, 1961-1962; São Vicente (SP), 1963-1964; e Santos, onde reside desde 1964.

Caleb não seguiu a car-reira pastoral. Deus o havia reservado para a docência, como professor de língua portuguesa. Graduou-se em letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Machado (MG) e cursou o mestrado em linguística pela PUC (RS), tendo tam-bém feito uma especializa-ção em literatura brasileira na Faculdade Oswaldo Cruz (SP). Ao longo dos anos, lecionou para o ensino fun-damental e médio em esco-las de Santos, São Vicente, Cubatão e Itanhaém. No ensino superior, foi profes-sor nas seguintes institui-ções: Faculdade de Filosofa Ciências e Letras de Registro (SP), Faculdade Ideal (São Paulo, capital), Faculdade de Educação Musical Marcelo Tupinambá (São Paulo, capital) e Universidade Brás Cubas (Mogi das Cruzes, SP). Atualmente aposenta-do, nos últimos anos tem se dedicado à política (foi can-didato a Deputado Estadual em 2014) e aos estudos teológicos. Concluiu o Mestrado em missão urba-na no Seminário Servo de Cristo (SP), onde atualmen-te cursa o Doutorado em ministério.

Seu primeiro livro,Januário Antônio dos Pés Formosos (1996), narra

as aventuras e os perigos enfrentados pelos evangelis-tas e colportores nas viagens pelo Brasil. Posteriormente, veio a publicar: Banks ainda Hoje: Pioneirismo no Vale do Ribeira (1998), A Antioquia do Vale – História da Assembleia de Deus de São José dos Campos (2006), Os Bandeirantes da Reforma – Igreja Presbiteriana de Taubaté: Meio Século den-tro da História (2007) e, por ocasião do sesquicentenário da nossa denominação, 150 Anos de Paixão Missionária – O presbiterianismo no Brasil (2009). Esse últi-mo é comercializado pela Cultura Cristã. Caleb é membro da Academia Piracicabana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.

De 1996 a 2000, Caleb serviu como secretá-rio de comunicação da Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos (CNPH). No âmbito da igreja local, ele tem colabo-rado como pregador leigo, superintendente e professor de Escola Dominical na IP Jardim de Oração, em Santos, da qual é membro desde a fundação (1967). Casado com Stella Alonso Soares, Caleb é pai de um casal.

atarinense da cida-de de Herval Velho,

Osvaldo Henrique Hack nasceu em 6 de março de 1941. De berço presbite-

riano, após o curso primá-rio morou em Joaçaba, ali fazendo o ginásio. Na ado-lescência, colaborou com os missionários america-nos Latham Wright, Adam Martin, Floyd Sovereign e Olson Pemberton Júnior, que atendiam à região do Oeste Catarinense. Mudou-se para Curitiba em 1958, a fim de cursar o 2º grau. Da capital paranaense foi para Jandira (SP), onde iniciou sua preparação ministerial no Instituto JMC (1960). De 1961 a 1965, bachare-lou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (Campinas, SP), tendo estudado em 1964 no SPN (Recife, PE).

Ordenado em 1966, nesse mesmo ano se instalou em Itajaí, pastoreando a igre-ja local e dando assistên-cia às cidades de Joinville e São Francisco do Sul. Em 1967, assumiu o pastorado da IP de Florianópolis, dela recebendo o título de pas-tor emérito em 1992. Os anos na capital catarinen-se lhe permitiram, conco-

mitantemente ao exercício pastoral, dar continuidade aos estudos assim como o exercício da docência aca-dêmica. Formado em filoso-fia na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (1971), na mesma institui-ção concluiu o mestrado em História (1979). Seu víncu-lo com a UFSC também se deu como professor da casa (1973-1992). O dou-torado em História foi feito na Universidade Mackenzie (1983), sob a orientação do Rev. Boanerges Ribeiro. Em 1996, mudou-se para São Paulo. Nessa fase, passou a dedicar-se exclusivamente à vida universitária, exercen-do a docência no Mackenzie e, de 1996 a 2003, o posto de chanceler da instituição. Em 2001, concluiu seu segun-do doutorado (Ciências da Religião, UMESP) e, um ano depois, fez o pós-dou-torado em História (USP, 2002). Complementando sua formação, fez alguns estudos na Université Paris-Sorbonne e na Harvard University. A experiência acadêmica fez com que par-ticipasse de muitas bancas de mestrado e doutorado, tendo orientado outras tantas pesquisas. É um dos funda-dores da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).

Hack tem sido participati-vo na vida conciliar da nossa denominação. Presidiu o Presbitério de Florianópolis em várias ocasiões e os Sínodos Meridional

Marcone Bezerra Carvalho

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C

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Novembro de 2014 13BrasilPresbiteriano 13

(1971-1977), Sul do Brasil (1982-1996) e Integração Catarinense (2007-2010). Serviu como relator ou membro de diversas comis-sões e conselhos. Jubilado em 2011, atualmente é o relator de duas comissões permanentes do Supremo Concilio: do Instituto Cristão de Castro e de revisão do Manual Presbiteriano.

Sua contribuição à nossa historiografia está princi-palmente ligada ao presbi-terianismo nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu livro Semeadura Presbiteriana no Sul Brasileiro (Cultura Cristã, 2008) é o único que oferece uma visão histórica da inserção da IPB nessa região do país. De sua lavra, ainda temos: Protestantismo e educação brasileira (1983), Mackenzie College e o ensino superior bra-sileiro (2002), Educação Teológica Presbiteriana (2002), Raízes Cristãs do Mackenzie e seu perfil con-fessional (2003), Travessia pelo deserto (2005), Sementes do Calvinismo no Brasil Colonial (2007), Presbiterianismo no Oeste Catarinense (2008), Amor Duradouro (2012) e Terra Prometida e o reino de Deus (2014).

Casado com Elisabeth L. Prange e pai de um casal (Margareth e o Rev. Jonathan Luis Hack), ele frequenta a IP de Florianópolis. Tem o título de cidadão honorário de Florianópolis e é mem-bro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, da Academia de

Letras de Governador Celso Ramos e da Academia Evangélica de Letras.

ilho do pastor Pedro Mendes, da Igreja

Batista Independente, e de Luzie Lausmann Mendes, alemã e descendente de huguenotes suíços, Marcel Mendes nasceu em São Gabriel (RS) no dia 26 de dezembro de 1945. Na infância, também residiu em Canguçu. Em 1957, sua família deixou o estado gaú-cho e se instalou em São Paulo, capital. Foi batiza-do aos 12 anos, na Igreja Batista Filadélfia (SP), pelo próprio pai.

Marcel se destacou nos estudos desde cedo. Aluno de escola pública ao longo de todo o ensino fundamen-tal e médio, sempre disputou com o irmão gêmeo os pri-meiros lugares da classe e da escola. Formou-se em enge-nharia civil no Mackenzie (1971), conquistando o pri-meiro lugar da turma. Essa distinção fez com que fosse convidado para ser profes-sor da Escola de Engenharia Mackenzie. Três meses após a formatura, iniciou sua car-reira docente. Aos 36 anos, tornou-se o diretor mais

jovem dessa tradicional escola, sendo reconduzido ao cargo em diversas ocasi-ões. Paralelamente às ativi-dades acadêmicas, dedicou-se intensamente ao exercício da engenharia, especializan-do-se na área de cálculo de estruturas de concreto arma-do. Fez alguns cursos de extensão e de especialização em áreas ligadas à enge-nharia civil e à docência no ensino superior. Em 1996, optou pela dedicação inte-gral à academia. Concluiu o mestrado em Educação, Arte e História da cultura no Mackenzie (1999) e, em seguida, o doutorado em História na USP (2005).

Tanto no mestrado como no doutorado, Marcel diri-giu sua atenção à insti-tuição ao qual está forte-mente ligado: Mackenzie. Sua contribuição à nossa história está relacionada a esse tema. De sua auto-ria, temos: Mackenzie no Espelho (2000); Tempos de Transição: a nacionalização do Mackenzie e sua vincu-lação eclesiástica (2006); Arquitetura Mackenzie: Mestres da Transformação (2010, coautoria); Retratos da nossa história: Universidade Presbiteriana Mackenzie (2013, coor-ganização). Tempos de Transição descreve as rela-ções do Mackenzie com a IPB, especialmente no con-texto em que a universi-dade foi entregue às mãos brasileiras em meio a uma profunda crise interinstitu-cional, quando, por mais de uma vez, esteve em vias de ser retirada da IPB.

Seu interesse pelas huma-nidades é antigo. Chegou a cursar um ano de Teologia na Faculdade Batista de São Paulo (1979) e um ano de Filosofia no Mackenzie, não podendo continuar por falta de tempo. De 1989 a 2008, lecionou História da Igreja no Seminário Batista Independente.

Até os 62 anos de idade, participou ativamente da vida eclesiástica da Igreja Batista Independente. Nessa denominação, ele serviu em muitos cargos, dentre os quais, citamos: diáco-no (1975-1991), presbíte-ro (1991-2009), secretário e tesoureiro da Convenção Geral. Em 2011, tornou-se membro da IP Unida de São Paulo, onde atualmen-

te exerce o presbiterato. É casado com Carmem Regina de Ávila Mendes e pai de três filhos e duas filhas.

Marcel Mendes tem rece-bido algumas distinções: “Prêmio Walter Neumann”, por ocasião da sua forma-tura; reconhecimento do CREA/CONFEA, pelos relevantes serviços presta-dos à nação; “Prêmio Clio de História”, pela Academia Paulistana da História; “Servidor Emérito” do Instituto Mackenzie; e a “Láurea de Gratidão”, da Associação Evangélica Beneficente, pelos serviços prestados à educação bra-sileira.

O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é colaborador regular do Brasil

Presbiteriano

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Novembro de 201414BrasilPresbiteriano14

MISSÕES

AÇÃO SOCIAL

Você já se imaginou num campo missionário?

IP em Aldeia da Serra realiza Projeto Bartimeu

nquanto conversáva-mos, compartilháva-

mos e víamos as fotos de minha viagem missionária a Lima, no Peru, Viviane muito se admirou da pre-sença de várias crianças no estágio. Creio que se perguntava como os pais tiveram coragem de ir com seus filhos; e como filhos adolescentes tiveram a disposição de aceitar o desafio.

Estávamos lá, além dos adultos, cerca de dez crianças e adolescentes: A Susie (18 meses), o Judá (3 anos), o Judazinho (1 ano), Yasmin (7), Jonas (9), Thatyane (9), Thalyta (11), Kaleb (13), Davi (16), Jairo Jr (17), além de outros do local que apare-ceram para nos ajudar.

Alguns deles estão nesse caminho desde que nas-ceram, como é o caso dos filhos dos missionários Kênia e Jairo. Em seus corações também pulsa o

amor por esse trabalho.É interessante o privi-

légio desses pequenos em campos missionários, pois além de terem sua visão ampliada do mundo de Deus, já que conhecem muitas culturas, costumes diferentes dos nossos, veem que a fé que une os povos em Cristo Jesus é uma só.

Eles também têm muitas vezes o privilégio de se formarem em grandes uni-versidades, como é o caso no Peru, em que o aluno se

habilita em duas profissões e também em duas línguas. Isso pode ajudá-lo muito em várias áreas, e também como missionário. Tudo para a glória de Deus.

Esses adolescentes e jovens muito se envolve-ram na viagem missioná-ria: cuidando dos meno-res, preparando material para a Escola Bíblica de Férias (Escuela Bíblica de Vacaciones), se envolven-do nas tarefas diárias de manutenção, interagindo com os jovens e adolescen-

tes do local, já que parece ser tão mais fácil para eles se comunicar! Era interes-sante observar tudo isso.

E você? Sente-se um missionário? Já fala sobre o amor e a justiça de Deus? Deus pode ter um plano para que você seja missionário em lugares distantes. Ore para que ele faça da sua vida uma ben-ção para ele e para outros.

IP em Aldeia da Serra realizou em

junho último mais uma etapa do Projeto Bartimeu pelo 6º ano consecutivo. Idealizado e mantido com as doações do missionário francês Franck Manierka em parceria com a IP em Aldeia da Serra, o Projeto visa o atendimento de crianças e adultos através de consultas oftalmológi-cas e doações de óculos de alta qualidade.

No decorrer do ano são realizadas três fases do projeto; 1ª fase: viabiliza-ção de agendamento e rea-lização de exames oftal-

mológicos; 2ª fase: esco-lha das armações pelas crianças acompanhadas de seus pais ou respon-sáveis (após as escolhas das armações as receitas vão para o laboratório e retornam após 15 dias); 3ª fase: entrega dos óculos com um culto de louvor e adoração a Deus.

O líder do projeto, Pb. Marcos Roque, é o res-ponsavel por todas as eta-pas e pela mobilização da equipe da IP em Aldeia da Serra.

Nos últimos anos, as crianças atendidas são os alunos da Escola Estadual Edegar Simões localiza-da no bairro Ariston em

Carapicuíba – SP que conta com o entusiasmo de sua diretora, professo-res e alunos em apoiar o projeto Bartimeu.

O Rev. Marcelo Coelho Almeida, pastor da igre-ja, foi o responsável pela condução do momento devocional que contou com a presença do prefeito

Sérgio Ribeiro e autorida-des do município, quando da entrega dos óculos no pátio da escola.

O desejo da liderança do projeto é ampliar o aten-dimento de pessoas por meio de consultas e doa-ções de óculos que desde 2009 chegam a um núme-ro de novecentas pessoas,

em sua maioria crianças em idade escolar.

Agradecemos a todos pela participação em todas as etapas do Projeto Bartimeu que visa a assis-tência social e espiritual de crianças e adultos para a honra e glória de Deus.

Ivone Rocha dos Santos Silva

Marcelo Coelho

E

A

Ivone Rocha dos Santos Silva e o esposo Rev. José Roberto da

Silva, da 2ª IP de Martinópolis-SP, são candidatos a missionários da APMT

para o campo de Portugal.

Rev Marcelo Coelho pastoreia a IP de Aldeia da Serra

Rev. Marcelo, Prefeito Sérgio Ribeiro ePb. Marcos Roque

Equipe IPAS

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Novembro de 2014 15BrasilPresbiteriano

Dr. Paulo Soares Cintra é conselheiro de honra da AEB.

CELEBRAÇÃO

Uma história marcada pelo trabalho social

história da Asso-ciação Evangélica

Beneficente teve início no dia 9 de setembro de 1928, quando foi fundada com o propósito de socorrer mem-bros das igrejas evangélicas acometidos pela tuberculo-se. Esse legado deixado pelo seu fundador, Rev. Otoniel Mota, ao tempo pastor da Primeira IP Independente de São Paulo, tem sido cui-dado com zelo, prudência e orientação divina.

Nos seus primórdios, a AEB teve atuação focada no tratamento da tuberculo-se, conhecida como “peste branca”, que ceifou milha-res de vidas, dentre as quais a da filha do Rev. Otoniel.

Preocupado com o avan-ço avassalador da molés-tia, ele iniciou na Imprensa Evangélica uma cam-panha com o objetivo de chamar a atenção para o tema. Paralelamente, par-tiu para uma ação concreta, implantando em São José dos Campos (SP), cidade cujo clima era considerado ideal para tratamento desse mal, a construção de peque-nas casas residenciais onde os portadores de tubercu-lose poderiam se instalar acompanhados de seus familiares.

Mais tarde, essa iniciati-va tornou-se uma frente de amplo atendimento, assis-tindo pessoas de todas as faixas etárias, com creches, atividades musicais e espor-

tivas, cursos profissionali-zantes, casas de convivên-cia para moradores de rua, idosos e doentes.

Os muitos anos de exis-tência colocam a AEB como protagonista de defesa, pla-nejamento e execução de políticas gestadas ao longo dos anos e voltadas à popu-lação vulnerável. Tudo isso tem sido possível graças ao apoio e à participação dos nossos contribuintes perma-nentes, das parcerias com o Poder Público, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, a organização alemã KNH – Kinder Not Hilfe, a Fundação Mary Speers, a Fundação Cerqueira Leite, as Igrejas e aos mais de seis-centos funcionários que nos permitem atender mais de 4.000 pessoas diariamente.

A noite do dia 19 de setembro foi marcada por encontros, reencontros e reconhecimento duran-te o jantar comemorativo dos 86 anos da Associação Evangélica Beneficente, que aconteceu na chur-

rascaria Bovinu’s do Club Homs da Paulista, em São Paulo – SP.

O tradicional evento acontece desde 1996 com muito sucesso e, este ano, não foi diferente. Amigos, parceiros, associados e fun-cionários da AEB desfru-taram de um delicioso jan-tar acompanhado de uma emocionante cerimônia de homenagens.

Personalidades das áreas do Direito, da Educação, da Engenharia e da Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes tiveram seus trabalhos reconhecidos

pela AEB. David Teixeira de Azevedo, Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo, foi o home-nageado na área jurídica. Na Engenharia, a AEB honrou Gustavo Roque da Silva Assis, Professor Doutor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP).

O Sr. Paulo Natanael Pereira de Souza foi reco-nhecido pela sua longa tra-jetória na área da Educação e a Vereadora Patrícia Bezerra foi homenageada

pela sua incessante luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Como merecedora de reconheci-mento, o Coral Evangélico de São Paulo recebeu gló-rias pela obra exercida ao longo dos seus 65 anos de existência através da Maestrina Dorotéia Kerr.

Todos os anos, a AEB também homenageia um(a) funcionário(a) da entida-de que se destacou. Maria Eunice Suckow Barros, ou carinhosamente “Nice” como é conhecida pelos colegas, foi reconhecida pelo seu excelente trabalho como diretora do Centro de Educação Infantil da Vila Nova Cachoeirinha.

Um sorteio com os arte-sanatos produzidos nas ofi-cinas do projeto Economia Criativa da AEB aconteceu ao final do jantar para ani-mar ainda mais os convida-dos, que tornaram-se uma atração à parte pela simpa-tia e disposição.

Vera Wey, Paulo Nathanael Pereira e Sérgio Mendes

Gustavo Assi e Maestro João Guirau

Mauro Domenico e Patrícia Bezerra

Paulo Soares Cintra

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Novembro de 201416BrasilPresbiteriano

Solenidade marcou, no último dia 23, a promulgação da lei que institui em São Paulo 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo

GRATIDÃO

Dia do Presbiterianismo em SP

noite do dia 23 de outubro foi de festa

para a IPB. O evento reali-zado na Câmara Municipal (Palácio Anchieta) fez parte das comemorações que celebram os 150 anos do presbiterianismo em São Paulo.

Com início às 19h40, o evento foi aberto pelo presidente e proponente da sessão, vereador Paulo Reis, cumprimentando a todos os presentes e com-ponentes da mesa.

Ao falar sobre o por-quê de apoiar esse projeto, o vereador Reis destacou a contribuição da IPB ao crescimento de São Paulo. “Quando o prefeito me indicou para assumir esse projeto de lei nós passa-mos a conhecer a histó-ria do presbiterianismo no Brasil e a história do Mackenzie. Temos de destacar as religiões que contribuíram para o cres-cimento da cidade e, den-tre elas, está com grande peso a IPB. Essa é uma homenagem justa que vem, por meio da Câmara Municipal, apresentar o reconhecimento desse tra-balho e sua contribuição para a cidade.”

A comemoração dos 150 anos da IPB ensejou que os Revs. Alderi Souza de Matos e José Maurício

Passos Nepomuceno procurassem o prefei-to Fernando Haddad na busca de implantar um monumento na cidade de São Paulo que lembras-se a história da denomi-nação. Nessa visita sur-giu, do prefeito, a ideia de promulgar uma lei que lembrasse esse dia, e não apenas a criação do monu-mento. Foi por iniciativa dele que os pastores pas-saram a procurar as autori-dades para que a proposta se concretizasse.

Após um ano de traba-lho, por meio do vereador Paulo Reis, foi promulga-da a Lei 16.028, de 14 de julho de 2014, que instituiu o dia 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo no calendário oficial da cidade de São Paulo.

“Essa lei, além de lembrar o Dia do Presbiterianismo, proporciona ao povo da nossa denominação um acesso mais fácil a deter-minados órgãos públicos, uma vez que o presbite-rianismo é reconhecido na cidade. Então, na prática é uma lei que abre portas. Mas isso deve nos res-ponsabilizar também. Nós presbiterianos precisa-mos assumir mais o nosso papel de trabalho em prol da cidade. Esperamos que as novas gerações que

darão continuidade a essa história possam lembrar-se desse dia como uma ala-vanca para a ação social, para a ação política... É um grande privilégio para nós”, ressaltou o Rev. José Maurício.

Na sessão, participou o Coral Presbiteriano regi-do pela maestrina Hozéa Barbosa Stroppa e o Hino Nacional foi executado pela Banda da Guarda Civil Metropolitana.

Um vídeo narrado pelo Rev. Alderi Matos, his-toriador oficial da IPB, foi apresentado aos pre-sentes contando a histó-ria inicial da IPB em São Paulo e a importância de tal reconhecimento pelas autoridades.

O monumento ainda não foi construído. “O monu-mento já está todo pla-

nejado em detalhes, com uma placa contendo infor-mações históricas, e nossa ideia era que fosse cons-truído nas proximidades do primeiro local em que a igreja existiu no centro de São Paulo. O problema é que, ao chegar ao departa-mento que cuida do patri-mônio histórico, o projeto de implantação foi vetado, por ser o local um patri-mônio tombado. Porém, ainda estamos nos pri-meiros passos e veremos se há outras opções, um novo local, para que todos possam conhecer a nossa origem e importância. O monumento resgatará a organização do Presbitério do Rio de Janeiro, a orde-nação do Rev. José Manoel da Conceição, a primeira sede da Escola Americana e o falecimento do Rev.

Ashbel Simonton, tudo naquele primeiro endereço histórico, na Rua Nova de São José, hoje Rua Líbero Badaró”, explicou o Rev. Alderi.

O vereador Reis home-nageou todas as igrejas presbiterianas, entregando uma placa comemorati-va e alusiva ao Dia do Presbiterianismo ao Rev. Carlos Aranha Neto, pas-tor da IP Unida, a mais antiga da IPB na cidade. Também foi homenagea-do, representado todos os pastores da IPB, o Rev. Abel José de Paula.

Representando o presi-dente do Supremo Concílio esteve presente o Rev. Juarez Marcondes Filho. Além dele, também fize-ram parte da mesa o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial da IPB;

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Componentes da mesa e homenageados

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Novembro de 2014 17BrasilPresbiteriano

PROJETO SARA

Reta fi nal!stamos na reta final de nossa Maratona

Bíblica. Se decoramos um versículo por semana, esta-mos aptos a declará-los diante de nossos irmãos no próximo Dia da Bíblia. O desafio é grande. Acredito que se nos dedicarmos iremos conseguir dar esse grande testemunho de amor ao nosso Deus que nos chama a guardar no coração a sua Palavra.

Temos o privilégio de livre acesso à Bíblia em nosso país. Porém preci-samos continuar orando pelos nossos missionários e por aqueles que vivem em países que proíbem a leitura da Palavra de Deus.

Vamos nos reunir com os irmãos e nos preparar para

essa grande comemoração. O Dia da Bíblia é uma das principais datas do calen-dário da igreja.

O salmo 119 é uma verdadeira declaração de amor do salmista à Palavra de Deus. O desejo de seu coração era buscar e anelar a lei de Deus. Ele a buscou de todo coração (v.10, 40, 60, 94, 123, 131 ), teve prazer (v.16, 24, 92, 111, 143, 174), decorou (v. 2, 7, 11, 22, 31,34, 57, 69, 109, 176), desejou ardentemen-te (v.20, 35, 36, 40, 94, 145 ) e declarou seu amor pela Palavra de Deus (v. 47, 97, 127, 165, 167)

O salmista era apaixo-nado pela Bíblia. Vamos demonstrar esse amor pela Bíblia em nossa igreja e

em nossa família. Vamos participar dessa Maratona e que Deus confirme a obra de nossas mãos. Que possamos nos dedicar a esse ministério não só por ser bom e admirável. Mas porque ter a Palavra de Deus na mente e no cora-ção é uma demonstração do que é correto e belo diante do nosso Pai.

E

MARATONA BÍBLICA – VERSÍCULOS PARA DECORAR

1º domingoNovembro

“Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.”

Filipenses 2.2

2º domingoNovembro

“Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e

propósitos do coração.” Hebreus 4.12

3º domingoNovembro

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” I João 5.3

4º domingoNovembro

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.”

II Timóteo 2.15

Rev Carlos Aranha Neto recebendo a placa das mãos do vereador Reis

Rev Abel foi homenageado, representando todos os pastores da IPB

Dr. Marcel Mendes, vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Dr. Anaor Donizetti Carneiro da Silva, coor-denador de Finanças e Planejamento do Instituto Presbiteriano Mackenzie; Presb. Paulo Mastro Prieto, presidente do Sínodo Leste Paulistano, representando todos os

sínodos da capital paulista; Rev. José Maurício Passos Nepomuceno, pastor da IP de Vila Formosa, represen-tando todos os pastores da cidade de São Paulo; Rev. José Paulo Brocco, presi-dente da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil, e a maestrina Hozéa Barbosa Stroppa.

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Novembro de 201418BrasilPresbiteriano

ANIVERSÁRIO

Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes de Sorocaba comemora 49 anos de fundaçãoconteceu no dia 12 de outubro a celebração

do 49º aniversário de funda-ção do 171º G. E. Baltazar Fernandes de Sorocaba. A cerimônia aconteceu na IP de Sorocaba, mantenedo-ra do Grupo. Participaram Lobinhos, Escoteiros, Seniores, Escotistas, Pais de Comunidade. Participou também do evento o Rev. Matheus Benevenutto Júnior, pastor jubilado e fundador do GEBF.

Falou na ocasião o Rev. Cláudio Marra, que foi Escoteiro do primeiro embrião do Grupo no final dos anos 50. Atualmente Editor da Editora Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano, o Rev. Marra foi o primeiro Monitor da Patrulha Águia. No sábado ele fez para nossos jovens uma leitura cristã da Lei Escoteira e no domingo foi homenageado com um lenço do Grupo, entregue pelo Diretor Presidente Jorge Alvarenga.

UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA E

OBJETIVO

O Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes (GEBF) foi fundado em 07 de outu-bro de 1965, quando oito meninos fizeram a sua “Promessa Escoteira” em cerimônia conduzida pelos Chefes Albino Bueno de

Camargo, Akira e Cel. Ed. Campos. Nestes 45 anos, milhares de sorocabanos formaram nossas tropas e foram encaminhados para a vida em sociedade sempre colaborando para o bem da sociedade.

Muitos de nossos esco-teiros provém de cama-das de menor renda da população e a missão do Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes é proporcionar à criança e ao adolescente informação, cultura, desen-

volvimento intelectual, lide-rança, independência, prá-ticas esportivas e contato com a natureza garantindo, desse modo, o respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, con-forme o Art. 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990).

NECESSIDADES ESPECIAIS

O cuidado com crianças portadoras de necessidades

especiais começou quan-do um garoto chegou com dificuldades na fala. Foi acolhido pelo grupo e com o tempo foi sentindo segu-rança. A gagueira, antes bem evidente, passou a ser ocasional. Dois anos depois foi diagnosticado com TDH (Transtorno do déficit de atenção com hiperativida-de). Com o tempo, tornou-se bem seguro, participan-do de todas as atividades.

Quando aconteceu o Curso de Primeiros Socorros, as avaliações foram todas dis-sertativas e ele conseguiu o grau máximo.

Temos mais quatro jovens com o mesmo diagnósti-co, uma jovem escoteira dislexa que hoje já produz alguns textos e tornou-se a escriba de sua patrulha. A fono que a acompanha está encantada com seu progresso Também temos um jovem altista que agora interage com todos.

Um dos nossos lobinhos tinha ao chegar dificuldades na fala e motoras. Ficava perto da mãe, deitado em uma manta ou lençol duran-te as atividades. Hoje, gra-ças a Deus, leva uma vida normal e é ativo no grupo

Cada jovem no Movi-mento Escoteiro é tratado

Sandro Henrique Gentile

A

Após culto da noite, Vagner Bernardi, sua esposa Elisa e o casal Cláudio e Sandra Marra

Escoteiros do GEBF ajudando na limpeza do Rio Sorocaba, numa atividade de civismo e ecologia

Rev. Mateus, fundador do GEBF e o Chefe Jorge Alvarenga

O lenço dos escotei-ros é azul com friso branco. O azul nos lembra da fi delidade de Deus e a fi delida-de que devemos a ele e aos irmãos de promessa. O branco indica a pureza que só Cristo nos dá e a pureza de coração e alma que devemos desenvolver. A cruz amarela no centro da Flor de Liz nos lembra a mantene-dora (IP Sorocaba), mas também a cruz que nos ilumina e guia na vida, por isso é amarela, como uma luz.

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Novembro de 2014 19BrasilPresbiteriano

Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes de Sorocaba comemora 49 anos de fundação

Sandro Henrique Torrezan Gentile [[email protected]] é o Chefe do

GEBF de Sorocaba.

Meio século na história do escotismo sorocabano. Rev. Vagner Bernardi, o escotista Fábio Morandim, o Chefe Evônio Marques de Oliveira Jr e o primeiro Monitor

O Chefe e Capelão Vagner Bernardi dirige atividade dos Lobinhos no Recanto da Amizade

Vista parcial do aprazível Recanto da Amizade, da IP Sorocaba

Escoteiros do GEBF ajudando na limpeza do Rio Sorocaba, numa atividade de civismo e ecologia

como único, com respeito por suas limitações e incen-tivo para vencer seus obs-táculos. O tratamento ado-tado é a comunicação do amor de Deus em Cristo, a dedicação dos escotistas e a união com as famílias.

Sensibilizada com a saúde das crianças e adolescentes que fazem tratamento no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Cân-cer Infantil (GPACI), localizada na cidade de Sorocaba, a Junta Diaconal mobilizou a igreja para a realiza-ção da campanha que arrecadou litros de leite para a instituição. Durante as três semanas foram arrecadadas mais de setenta caixas. Neste ano essa é a segunda campanha de que a igreja tem participado juntamente com a Junta Diaconal em favor dos que mais precisam.

A IP da Cohab, em Presidente Pru-dente, comemorou o Dia da Escola Bíblica Dominical com a participação especial do Grupo LouvArte, e o lan-çamento do Projeto “Pra você ler”, que terá seu encerra-mento no 2º do-mingo de dezembro, Dia da Bíblia. O projeto, conforme explicaram Alexandra e Telma, coordenadoras do depar-tamento infantil, tem como objetivo a evangelização (do contemplado pelo volume do manuscrito) e crescimento espiritual (àquele que participará copiando). Sua propos-ta é: copiar com letra legível em caderno de capa dura os 21 capítulos do Evangelho de João. A IP da Cohab ora pelos que receberão o presente e agradece a Deus pelos envolvidos nesse trabalho.

Junta Diaconal da IP de Tatuí realiza campanha em prol do GPACI

Dia da Escola Bíblica Dominical

Junta Diaconal da IP de Tatuí realiza

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Novembro de 201420BrasilPresbiteriano

No BRASIL E NO MUNDO

Por que Bento XVI espionou Padre MarceloPadre Marcelo Rossi, da arquidiocese de Santo Amaro, em

São Paulo, imprimiu ritmo às modorrentas missas católicas a partir do final dos anos 1990 e assim galgou o pedestal da fama. Em nome da evangelização do povo, o sacerdote cantor se tornou onipresente em programas de auditório e se transformou no artista cristão mais bem-sucedido da Améri-ca Latina – amparado pela venda de milhões de exemplares de CDs, DVDs e livros. Padre Marcelo, porém, nunca gozou de prestígio entre a alta cúpula da Igreja Católica, em Roma. No ano em que comemora o 20º aniversário de sua ordena-ção, ganhou de presente a indigesta notícia de que fora alvo, durante quase uma década, de uma espionagem do Vaticano. Alertado sobre a existência de missas-espetáculo, culto ao personalismo e vulgarização da liturgia, o Vaticano investi-gou durante anos o sacerdote mais famoso da América Lati-na, por temer um cisma dentro da Igreja Católica do País. Caso fosse mal avaliado por seus observadores romanos, o sacerdote brasileiro poderia ser impedido de rezar missas e celebrar a comunhão, além de ser obrigado a aposentar sua porção popstar e tudo o que advinha dela – produtos com-erciais e a exposição acentuada em meios de comunicação.

Juiz cristão pede demissão para não fazer casamentos de homossexuais

Um juiz de 57 anos renunciou ao seu cargo na Carolina do Norte. Gilbert Breedlove, que também é pastor, trabalhava há 24 como juiz para o Condado de Swain. Entre suas fun-ções de juiz ele realizava casamentos no fórum. Por causa da nova lei do Estado, seria obrigado a realizar casamentos de pessoas do mesmo sexo a partir deste mês. Como isso vai contra sua fé e decidiu abandonar a função. Ainda sem ter idade para se aposentar, ele abriu mão de sua principal fonte de renda e passará a viver com um salário oferecido por sua igreja, o qual é bastante inferior. Ele afirmou que entende claramente as consequências de sua decisão, mas sabe estar fazendo o que é certo, pois Deus é mais importante em sua vida. Seu desejo é que seu exemplo possa incentivar outros magistrados a se posicionar. Ele não está sozinho. John Kallam Jr., juiz do condado de Rockingham, também apre-sentou sua renúncia, citando sua fé. Kallam afirma que fazer casamentos homossexuais seria “profanar a santa instituição estabelecida por Deus”. Cerca de 400 cristãos reuniram-se em frente ao tribunal que ele trabalhava para mostrar seu apoio. No ano de 2013, no sudeste do Pará, o juiz de paz José Gregório Bento, 75 anos, pediu demissão do Cartório do único Ofício de Redenção, pelo mesmo motivo.

Educação e Personalidade - 2ª edição revista e ampliada

Nesta 2ª edição, o último capí-tulo do livro foi significativa-mente ampliado para apresen-tar o histórico, os conceitos, a aplicação e as práticas fun-damentais da Educação por Princípios, começando pelas suas origens. A Professora Inez Borges entrega um resu-mo consistente da abordagem Educação por Princípios com o rigor acadêmico que sua maestria propicia, enriquecido pela sua própria experiência de participação em inúmeros eventos e visitação a mui-tas escolas praticantes pelo Brasil.O livro custa 34,00 Grande livro da criação de Deus

Este livro de recursos inclui

150 atividades interativas: 75 para idades de 3 a 5 anos e 75 para idades de 6 a 12 anos. Essas atividades fasci-nantes relacionadas à natureza e à ciência foram organiza-das tematicamente segundo os dias da criação. As atividades incluem sugestões para oração e louvor com o objetivo de estimular as crianças a agra-decer e louvar a Deus por seu amor, poder e grandeza. “Como funciona” é uma parte importante para acabar com a curiosidade das crianças. Essas atividades envolventes e divertidas são ótimas para manter a atenção das crianças e ajudá-las a entender e apre-ciar as maravilhas da criação de Deus.O livro custa 38,00 Meu filho está doente

A Casa do Aconchego abri-ga mães cujos filhos estão internados em hospitais ou em tratamento ambulatorial. O objetivo deste pequeno livro é oferecer a essas corajosas mulheres, esperança e con-forto para os seus corações sofridos, fortalecendo a sua fé e ajudando-as a continuar na luta. A certeza de que Deus as ama, como também a seus

filhos, dá a elas forças novas para se manterem mais um dia em pé, sem perder a esperança de voltar para casa com seus filhos curados, vê-los crescer com saúde e coração grato a Deus e aos médicos pelo tanto que fizeram.O livro custa R$14,40 Perguntas do homem, res-postas de Deus

O homem propõe perguntas que ele próprio é incapaz de responder. O Deus longâni-mo e compassivo, porém, se aproxima, envolve-o com laços de ternura e compaixão e oferece-lhe as respostas. As perguntas de Jó são irrespon-díveis por Jó, mas o Deus Soberano coloca-se em seu lugar para lhe mostrar que a criatura humana é importante para ele, que o sofrimento tem objetivo definido, que a vida transcende os limites hedonis-tas do “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”, que a esperança não é um sonho apenas, uma fantasia inútil e sem sentido. Na res-posta de Deus caminha a cer-teza de que ele está pronto a nos dar muito além do que pedimos e pensamos.O livro custa R$17,50

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Boa Leitura