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    Borracha Butlica

    Valdemir Jos Garbim

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    Contedo

    BORRACHA BUTLICA - HISTRICO .................................................................. 2

    O Que a borracha butlica? .......................................................................... 4

    Manufatura da borracha butlica ................................................................... 4

    Informaes relevantes .................................................................................. 7

    ESTRUTURA MOLECULAR E PROPRIEDADES - Cadeias estruturais ................... 7

    Insaturao da borracha butlica .................................................................... 8

    Borrachas butlicas halognadas - Cloro butil CIIR e Bromo butil BIIR.... 10

    Orientao para escolha do grade de borracha butlica ................................ 13

    Blenda de borrachas butlicas com outros elastmeros ................................ 14

    Aditivos para vulcanizao das borrachas butlicas ...................................... 14

    Anti-degradantes para borrachas butlicas ................................................... 17

    Resistncia ao oznio ................................................................................... 19

    Resistncia gua e ao vapor dgua.......................................................... 20

    Resistncia a produtos qumicos, leos e solventes ....................................... 21

    Principais aplicaes de artefatos produzidos com borracha butlica e

    borrachas butlicas halogenadas .................................................................. 22

    Cargas e plastificantes para borrachas butlicas e butlicas halogenadas ..... 23

    Processamento dos compostos em borrachas butlicas ................................. 24

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    Processamento de mistura em Banbury (mtodo convencional) ................... 24

    Processamento de mistura em banbury (mtodo upside down) .................... 25

    Processamento de mistura em misturador aberto ........................................ 25

    FORMULAES ............................................................................................. 26

    Processamento de Conformao por Extruso .............................................. 29

    Processamento de conformao por calandragem ....................................... 29

    Processamento de moldagem por transferncia, compresso e injeo ....... 30

    Concluso ..................................................................................................... 32

    Bibliografia para consulta ............................................................................ 32

    Sobre o autor:Especialista em borrachas e plsticos com mais de vinte anos de experincia em diversas indstrias dosetor. Atua como consultor em mais de uma dezena de empresas de artefatos de borracha.

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    BORRACHA BUTLICA - HISTRICO

    Dados bibliogrficos informam, que em 1870, os pesquisadores Gorianov e Butlerov perceberam

    formaes polimricas a partir do tratamento de alguns materiais graxos com trifluoreto de boro, o

    que chamaram de isobutileno. Trabalho retomado em 1927 por Otto, pesquisador da I.G. Farben

    Company Germany

    J nos idos de 1930, a prpria I.G.Farben Company produziu polmeros de isobutileno apresentando

    alto peso molecular, que foram manufaturados inicialmente em laboratrio. Este material mostrava-

    se com propriedades borrachosas, porm, devido sua estrutura hidrocarbnica totalmente saturada,

    no se conseguia a reao de vulcanizao por meio do enxofre, prtica comum na poca, usado

    para borracha natural. Atualmente estes homopolmeros esto disponveis em vrias opes de peso

    molecular produzidos pela Badischer, Alemanha, com o nome Oppanol e pela Exxon Chemical Co.,

    com o nome Vistanex

    Em 1937, os pesquisadores W. J. Spakers e R. M. Tomas da companhia Standard Oil Development Co.

    que mais tarde passou a denominar-se Exxon Research & Engineering Co., produziram os primeiros

    resultados de polmeros de isobutileno vulcanizados, incorporando pequena quantidade de uma

    diolefina, o isopreno, molcula do poliisobutileno, o que permitia ento a ligao entre cadeias

    moleculares distintas, ou seja, o crosslink.

    Este copolmero butill vulcanizado apresentava propriedades singulares, como: tima resistncia

    permeabilidade de gases; uma alta histerese; excelente resistncia ao calor, oznio e ao ataque de

    vrios produtos qumicos.

    A descoberta deste novo material elastomrico despertou grande interesse no governo Norte

    Americano durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente por causa da premente necessidade

    de produo de borrachas sintticas como estratgia alternativa borracha natural.

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    A Exxon, sendo auxiliada pelo Office of Rubber Reserve, pertencente ao governo Americano,

    construiu a primeira planta produtiva de Borracha Butlica que inicialmente produzia o material para

    fins militares; depois, em 1956, a Exxon Chemical adquiriu do governo Americano a planta com

    objetivos de comercializar Borracha Butlica para os diversos fins industriais e automotivos.

    O Que a borracha butlica?

    Borracha Butilica um copolmero de Isobutileno; poli (metilpropeno-co-2-metil-1,3 butadieno) ou

    poli (isobutilenocoisopreno), contendo pequenas quantidades de Isopreno, sendo este segundo

    monmero o que oferece as duplas ligaes, (insaturao), onde ocorre a ponte de enxofre, ou seja,

    a vulcanizao.

    Comumente compostos em Borracha Butlica so indicados na produo de artefatos vulcanizados,

    destacando-se peas como:

    - Cmaras de ar para automveis e caminhes;

    - Revestimento interno de pneus sem cmaras;

    - Bladers e bexigas para fabricao de pneus;

    - Amortecedores e isoladores de vibrao, choques mecnicos e pancadas;

    - Mantas calandradas e membranas usadas em impermeabilizao de telhados, etc;

    - Tampas e tampes para embalagens farmacuticas;

    - Peas industriais diversas.

    Manufatura da borracha butlica

    A Borracha Butlica produzida a partir da copolimerizao do Isobutilleno, na proporo entre 97%

    a 99,5% e do Isopreno entre 3% a 0,5%. Isto acontece em uma soluo de cloreto de metila contendo

    ainda cloreto de alumnio dissolvido na soluo, onde este atua como catalisador (a Figura 1 ilustra

    de forma esquemtica a planta de manufatura).

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    A reao de polimerizao acontece em baixa temperatura, aproximadamente 100C, e de forma

    contnua. O calor gerado na reao exotrmica praticamente instantneo, e retirado atravs de

    resfriamento pela circulao de etileno lquido dentro de serpentinas montadas no reator, pois a

    temperatura deve ser mantida a aproximadamente100C.

    A Borracha Butlica insolvel em cloreto de metila, formando assim pequenos blocos aglomerados

    de partculas de borracha que em seguida so bombeados para o interior de tanques onde so

    lavados com gua quente e vapor dgua. Os resduos de cloreto de metila e monmeros no

    convertidos so vaporizados, em seguida comprimidos, purificados, secados e reutilizados no

    processo. Aos blocos de borracha formados, pequena quantidade de agentes anti-aglomerantes

    (estearato de zinco) so adicionados e ainda colocado hidrxido de sdio para neutralizar

    totalmente a ao cataltica do cloreto de alumnio. Para proteger o polmero da degradao,

    durante o processamento de secagem so adicionado aditivos estabilizadores (antioxidantes), isto

    permite a preservao das propriedades do copolmero por largo tempo de estocagem.

    Sistemas de extrusoras separam os blocos de borracha da gua de lavagem, seguindo para secagem

    total do polmero. Por meio de transportadores de esteira os blocos de borracha so submetidos asistemas que promovem o devido resfriamento, em seguinda so compactados, enfardados e

    embalados em sacos de polietileno, estando prontos para comercializao.

    Para produo de Borrachas Butlicas Halogenadas, o elemento halgeno (Cloro ou Bromo)

    adicionado e perfeitamente misturado, diretamente soluo, durante o processo de polimerizao.

    O processamento segue cuidadosamente controlado sendo que somente uma pequena quantidade

    das duplas ligaes existentes na cadeia polimrica dever reagir com o elemento halgeno, uma vez

    que tal elemento principalmente alocado em alquil posies (ou seja, aloca-se ao lado do tomo de

    carbono que se situa mais prximo da dupla ligao) da cadeia polimrica.

    Precisos controles de processo asseguram que todas as duplas ligaes sejam alocadas nos tomos

    dos elementos halgenos alqudicos, assim, a proporo de insaturao e o contedo de elementos

    halgenos concorrem entre si, ou seja: para cada elemento halgeno, ao seu lado haver um ponto

    de insaturao.

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    Como as borrachas butlicas so produzidas pela polimerizao em soluo, no necessrio o uso

    de agentes emulsificantes. Tambm no so empregados modificadores estruturais, pois o peso

    molecular pode ser controlado atravs das condies de polimerizao.

    Figura 1 - Esquema do processamento de manufatura para produo de Borracha Butlica, compilado de

    literaturas POLYSAR BUTIL HANDBOOK(published by the Technical Publications Section, Technical

    Development Division Limited, Canad Sarnia 1977)

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    Informaes relevantes

    A Borracha Butlica normalmente contm at 98,5% de polmero hidrocarbnico, porm pequenas

    quantidades de materiais no elastomricos tambm esto presentes, sendo eles:

    Antiaglomerantes: Estes so normalmente uma mistura de cido esterico e estearato de zinco,

    existentes em quantidades entre 0,4 a 1%. O cido esterico pode reagir com o alumnio, sdio ou

    clcio, dando origem aos estearatos metlicos. Vale informar que a borracha butlica, quando

    indicada para aplicaes FDA (grade alimentcia), o cido esterico empregado tambm atende tal

    requisito e o estearato de zinco subtrado.

    Estabilizadores: Devido a Borracha Butlica apresentar baixa insaturao e assim estar pouco

    sujeita ao ataque oxidante, mnimos teores de agentes estabilizantes so adicionados, entre 0,02 a

    0,15% em peso, sobre o total de borracha. Basicamente as Difenilaminas Alkiladas, Fenil Fosfitos

    Alkilados, ou ainda Fenis Alkilados so empregados dependendo do grade da Borracha Butlica.

    Comumente, os estabilizantes base Fosfitos ou Fenis so empregados em copolmeros de Borracha

    Butilica, principalmente os grades que devam atender os requisitos FDA.

    Catalisador Residual: Como j comentado anteriormente, os resduos do catalisador base cloreto

    de alumnio so neutralizados atravs da adio do hidrxido de sdio, que depois, pelo processo de

    lavagem da borracha, so removidos totalmente.

    ESTRUTURA MOLECULAR E PROPRIEDADES - Cadeias estruturais

    Como j mencionado, a Borracha Butlica uma estrutura hidrocarbnica que consiste de 97 a 99,5%

    de unidades de isobutileno combinado com 3,0 a 0,5% de unidades de isopreno. Em anlises

    realizadas por Ressonncia Magntica Nuclear (NMR), foram observadas unidades de isobutileno

    dispostas em formao de cabea calda da cadeia, estando contidas em espaos intermedirios,

    unidades de isopreno de configurao microestrutural trans - 1,4 randmica (conforme figura 2)

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    Figura 2

    A Borracha Butlica, ou seja, a copolimerizao poli-isobutileno-isopreno, mostra-se como um

    polmero com estrutura bastante similar do poliisobutileno, apresentando tambm a mesma

    temperatura de transio vtrea (Tg de72C).

    Na condio de repouso (sem solicitao de tenses externas), a borracha butlica apresenta

    caractersticas amorfas, borrachosas e flexveis ao longo de todo ciclo de trabalhos mecnicos,

    porm, a existncia de grupos -CH3- distribudos na cadeia polimrica, compatibiliza-se e une-se com

    grupos similares de cadeias diferentes e isso retarda a resposta elstica de maneira a reduzir a

    velocidade de retorno situao inicial aps a deformao devido a esforos externos. Isto evidencia

    a propriedade de alta histerese, o que torna esta borracha bastante adequada ao emprego comoamortecedora de choques e vibraes.

    Ainda, os movimentos lentos de deslizamento intermolecular, dos seguimentos estruturais

    polimricos da Borracha Butlica, so os principais responsveis pela propriedade de

    impermeabilidade a gases como o oxignio, nitrognio, monxido de carbono, etc.

    Insaturao da borracha butlica

    Os grades de Borracha Butlica comumente comercializados apresentam poucos pontos de

    insaturao em sua cadeia molecular, isto representa 0,5 a 3,0% (dependendo do grade) de parte da

    sua estrutura que contenha duplas ligaes carbnicas suscetveis a reagiram com enxofre durante a

    vulcanizao. Somente como informao comparativa, a Borracha Natural e o Polibutadieno

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    apresentam insaturao de 100%, o SBR de 86% e a borracha Nitrlica (grades com 30% de ACN),

    tem 70%.

    Elastmeros de maiores nveis de insaturao esto mais sujeitos ao ataque de radicais livres

    oxigenados, que so oxidantes, gerando ento uma complexa reao que envolve exatamente os

    pontos de ligaes duplas, carbono carbono, iniciando a degradao do material. A pequena taxa

    de insaturao da Borracha Butlica a torna mais resistente oxidao e ao envelhecimento pelo

    calor, se comparado s outras famlias de borracha citadas acima, no obstante, pode-se notar

    tambm melhor resistncia ao ataque de agentes qumicos cidos, alcalinos, produtos oxidantes e

    oznio.

    Por outro lado, a baixa insaturao conduz a velocidades de cura bastante lentas e estados de cura

    inferiores, assim, compostos com Borracha Butlica demandam o emprego de conjunto de

    aceleradores mais energticos, bem como elevadas temperaturas de vulcanizao (160 a 200C).

    Maiores velocidades e estados de cura, assim como superiores propriedades mecnicas, podem ser

    conseguidas escolhendo grades de Borracha Butlica de maior insaturao.

    Devido ao relativamente baixo nvel de insaturao da Borracha Butlica, no se consegue bons

    resultados da blenda desta com outros tipos de borracha de alta insaturao, pois durante reao de

    vulcanizao dois estgios de cura so observados, em que a borracha de alta insaturao tende a

    competir por maiores teores de agentes curativos, curando-se muito mais rapidamente atingindo

    estados de super-cura ou reverso, no momento em que a Butilica atinge sua condio de cura ideal.

    Observa-se ento efeitos adversos no composto assemelhando-se a contaminaes, delaminaes,

    sub-cura, entre outros. Quando tornar-se tecnicamente necessrio a blenda com outros polmeros

    de alta insaturao, a indicao de Borracha Butlica Halogenada, como Bromo Butil ou Cloro Butil,

    tende a eliminar os problemas acima comentados.

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    Borrachas butlicas halognadas - Cloro butil CIIR e Bromo butil

    BIIR

    Uma variao na estrutura polimrica da borracha butlica proporciona a insero dos elementos

    qumicos halgenos como o Cloro ou Bromo (como visto na fig. 3), isto permite que ocorra melhor

    reatividade durante a vulcanizao proporcionando mais elevados estados de cura e superior

    estabilidade das caracterstica tcnicas do artefato vulcanizado. Ainda, as borrachas butlicas

    halogenadas oferecem melhor compatibilidade em blendas com outras famlias de borrachas

    convencionais de mais elevado ndice de insaturao.

    O efeito da halogenao da borracha butlica no interfere na sua excelente propriedade de

    impermeabilidade a gases, nem tampouco demrito de sua resistncia a produtos qumicos ou as

    mais elevadas temperaturas.

    As borrachas butlicas halogenadas podem ser processadas e vulcanizadas igualmente aos outros

    tipos de borrachas convencionais, bem como blendas com NR, IR, SBR, CR e EPDM. So bastante

    comuns, pois a cura ocorre simultaneamente nos polmeros que compem a blenda, oferecendo

    artefatos de apreciveis qualidades. Borrachas Butlicas Halogenadas ainda so infinitamente menos

    suscetveis a contaminaes por outros polmeros.

    Artefatos produzidos com borrachas butlicas halogenadas oferecem excelentes propriedades, como:

    - Resistncia fadiga por flexo;

    - Baixa deformao permanente compresso;

    - Resistncia ao rasgamento;

    - Resistncia a cidos, lcalis e solventes oxigenados.

    As tabelas 1 e 1A apresentam os principais grades de Borracha Butilica e Borrachas Butlicas

    Halogenadas comumente comercializadas para fabricao de artefatos diversos.

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    Figura 3

    Tabela 1 - Grades de Borrachas Butlicas e Halo-Butil Comercializadas pela Lanxess

    Grades

    Propriedades

    PolysarButil

    100

    PolysarButil

    101-3

    PolysarButil

    301

    PolysarButil

    402

    PolysarBromo

    Butil

    X2

    PolysarBromo

    Butil

    2030

    PolysarCloro

    Butil

    1255

    PolysarCloro

    Butil

    1240

    Insaturao 0,7 1,6 1,6 2,2 # # # #

    Teor do Elemento

    Halgeno

    # # # # 2 2 1,2 1,2

    Velocidade de Cura Lenta Mdia Mdia Rpida Mdia Mdia Mdia Mdia

    Estabilizante n.m. n.m. n.m. n.m. n.m. n.m. n.m. n.m.

    Viscosidade Mooney

    1 + 8 @ 125 C

    ~45 ~51 ~51 ~47 ~46 ~32 ~50 ~39

    Teor de Volteis < 0,3 < 1,0 < 0,3 < 0,3 < 0,7 < 0,7 < 0,5 < 0,5

    Teor de Cinzas < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,5 < 0,7 < 0,7 < 0,5 < 0,5

    Densidade g / cm3 0,92 0,92 0,92 0,92 0,93 0,93 0,93 0,93

    Aplicao a b c d e f g h

    Tabela compilada e adaptada, oriunda do Livro Manual for the Rubber Industrie Bayrer, p. 216 a 221 (n.m = no manchante)

    Aplicaes:

    aFabricao de membranas e gaxetas industriais;

    bPeas em contato com produtos alimentcios;

    cCmaras de ar para pneumticos, Bladers, peas tcnicas diversas;

    dArtefatos farmacuticos, peas para contato com alimentos, peas moldadas diversas;

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    e Revestimento interno de pneus sem cmaras, cmara de ar para pneus, peas tcnicas

    diversas, artigos farmacuticos, amortecedores de impacto e vibraes, boa adeso a outros

    elastmeros insaturados;

    fRevestimento interno de pneus sem cmara, artigos farmacuticos, amortecedores de choques

    e vibraes, processamento fcil, alta adeso a substratos;

    gRevestimento interno de pneus sem cmara, artigos farmacuticos, amortecedores de choque

    e vibraes, artigos tcnicos em geral,

    h Revestimento interno de pneus sem cmara, lateral branca de pneus, mangueiras para

    produtos qumicos, artigos farmacuticos e tcnicos em geral, amortecedores de choque e vibraes,

    fcil processabilidade.

    Tabela 1A - Borrachas Butlicas Halogenadas comercializadas pela Exxon

    Grades de Borrachas Butlicas Halogenadas comercializadas

    pela Exxon

    Viscosidade Mooney

    ML 1 + 8 @ 125 C

    Teor de Elemento

    Halgeno %

    Cloro Butil 1065 * 26 a 36 1,2

    Cloro Butil 1066 33 a 43 1,2

    Cloro Butil 1068 45 a 55 1,2

    Bromo Butil 2211 ** (cura rpida) 27 a 37 2

    Bromo Butil 2222 (maior segurana de proces.) 27 a 37 2

    Bromo Butil 2233 (cura rpida) 32 a 42 2

    Bromo Butil 2244 (cura rpida) 41 a 51 2

    Bromo Butil 2255 (maior segurana de proces.) 41 a 51 1,9

    Notas:

    * Cloro Butil 1065, contm aprox. 0,1 % em peso de um antioxidante no manchante. Todos os grades de Halo-butil

    da Exxon tambm tm certa quantidade de estearato de clcio para proteger o polmero da dehidrohalogenao.

    ** Todos os grades de Bromo-butil da Exxon contm certa quantidade de leo de soja epoxidado para proteger o

    polmero da dehidrohalogenao.

    Tabela compilada e adaptada, do Livro The Vanderbilt Rubber Handbook, p. 107 (thirteentth edition).

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    Orientao para escolha do grade de borracha butlica

    A melhor escolha do grade de borracha butlica para certas aplicaes baseia-se principalmente no

    compromisso que o artefato vulcanizado dever oferecer como resposta da performance tcnica em

    seu uso e vida til.

    Como podemos observar pela tabela 1, temos disposio grades com insaturao entre 0,7 a 1,2 %,

    o que influencia o estado de cura do artefato vulcanizado, isso diretamente proporcional ao

    aumento da insaturao, mas a resistncia ao oznio e a temperaturas mais elevadas tendem a

    diminuir.

    A tabela 1 tambm apresenta os diversos grades e suas respectivas viscosidades Mooney.

    Igualmente aos outros tipos de borracha, sabemos que grades com viscosidade menor oferecem

    mais fcil processabilidade, normalmente indicado para compostos que sero moldados por injeo,

    transferncia ou calandragem, enquanto que artefatos que sero conformados por compresso ou

    extruso e que exijam superior estabilidade dimensional (isso conseguido com compostos cujo teor

    de cargas e plastificantes so mais elevados), os grades de borracha butlica com viscosidade Mooney

    maior so os recomendados.

    Grades de borracha butlica halogenadas apresentam-se como os mais indicados para preparao de

    blendas com elastmeros comuns mais insaturados proporcionando ainda a vantagem da co-

    vulcanizao simultaneamente.

    Particularmente, os diversos grades de borracha Bromo-butlica oferecem timos resultados noestado de cura, e ainda melhor adeso a substratos e artigos vulcanizados com excelente resistncia

    ao calor, comparando aos outros grades de butlicas. Outro aspecto interessante apresentado por

    compostos produzidos com borrachas bromo-butlicas que os teores de aditivos curativos podero

    ser reduzidos, o que proporciona indicao para uso na fabricao de artigos farmacuticos, ou

    ainda, em condies de aplicao onde produtos qumicos agressivos tendero a extrair aditivos da

    composio.

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    Conforme comentado anteriormente, outra propriedade singular de todos os grades de borracha

    butlica a alta impermeabilidade a gases e lquidos, podendo esta caracterstica ser considerada

    como a mais importante desta famlia de borracha. A tabela 6 (pag. 22) no final deste texto mostra

    efeitos comparativos da permeabilidade a diversos gases entre vrios tipos de borracha.

    Para artefatos que tero contato com produtos alimentcios, indica-se os grades de cloro-butil, pois

    oferecem certificao FDA.

    Blenda de borrachas butlicas com outros elastmeros

    Uma especial ateno dever ser atribuda na escolha do grade de borracha butlica para produo

    de blendas como outros elastmeros, pois os grades de borrachas butlicas no halogenadas so

    inadequadas para a co-vulcanizao simultnea, principalmente em combinao com elastmeros

    altamente insaturados, produzindo resultados tcnicos insatisfatrios.

    Por outro lado, as borrachas butlicas halogenadas (principalmente a bromo-butil) apresentam

    superior compatibilidade nas blendas com NR, BR, SBR, EPDM, CR e outros, produzindo co-

    vulcanizao perfeitamente regular. Uma prtica comum nas empresas processadoras de compostos

    e produo de artefatos vulcanizados a blenda de EPDM amorfo com bromo-butil, o que

    proporciona singular incremento na adeso em substratos, principalmente metlicos devidamente

    tratados.

    Aditivos para vulcanizao das borrachas butlicas

    Devido baixa insaturao na estrutura polimrica das borrachas butlicas, para se obter compostos

    que ofeream vulcanizao em tempos apreciveis necessrio o emprego de aditivos aceleradores

    altamente energticos, a combinao de TMTD + MBT pode ser usada, porm algumas vezes

    emprega-se ainda um ditiocarbamato (ZBDC, ZMDC ou outros) para um ajuste mais efetivo da

    velocidade de vulcanizao. importante lembrar que o balano preciso entre o agente de cura (ex.:

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    Enxofre) e os aceleradores dever ser cuidadosamente considerado observando a devida segurana

    de processamento e as propriedades tcnicas requeridas pelo artefato vulcanizado.

    Sistemas de cura baseados em Quinona-Dioxima + xido de Chumbo (ou Dixido de Chumbo) ou

    ainda o MBTS, podem ser usados, o que oferece vulcanizao rpida e eficiente estado de cura

    produzindo tambm artefatos com superior resistncia ao calor e ao oznio (compostos deste tipo

    normalmente so usados em revestimento isolante em fios e cabos eltricos de mdia e baixa

    voltagem).

    Compostos com borrachas butlicas halogenadas destinados produo de artefatos com mxima

    resistncia ao calor + umidade (ex. Bladers para produo de pneus) so formulados usando como

    agente de cura a resina SP 1045 da Schenectay.

    Para compostos com borrachas butlicas halogenadas, o xido de zinco + estearina, indicado na

    formulao tem ao funcional como primeiros agentes de cura sempre combinando o enxofre +

    aceleradores. O emprego de xido de chumbo + doadores de enxofre proporciona artefatos

    vulcanizados com superior resistncia deformao permanente compresso.

    Uma observao cuidadosa refere-se indicao de certos tipos de antioxidantes de base fenis,

    pois estes podero ativar o sistema da vulcanizao reduzindo a segurana de processamento.

    Em compostos com borrachas butlicas halogenadas torna-se indispensvel a adio de xido de

    magnsio ativo ou estearato de clcio com a funo de neutralizar os gases cidos gerados durante a

    vulcanizao, originados dos elementos halgenos existentes no polmero. Estes aditivos de

    composio, se adicionados em teores mais elevados, podero funcionar como retardadores de

    vulcanizao provocando aumento do scorch, reduo da densidade de crosslink e alongando o

    tempo de cura.

    A tabela 2 apresenta diversas sugestes de sistemas de vulcanizao para as borrachas butlicas e

    borrachas butlicas halogenadas.

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    Tabela 2 Sugestes Para Sistema de Cura em Borrachas Butlicas e Borrachas Butlicas Halogenadas

    Ingredientes para

    vulcanizaoPHR Indicao de Uso

    xido de Zinco 99,5%

    Estearina Dupla Presso

    MBTS

    Enxofre

    3

    1

    1,3

    0,5

    Uso em composto base Bromo Butil;

    Sistema de cura normalmente indicado para

    compostos destinados na fabricao de cmaras de

    ar automotivas.

    xido de Zinco 99,5%Antioxidante Agerite White

    32

    Uso em composto base Bromo Butil;

    Sistema usando aditivos anti-degradantes como

    agente de cura.

    xido de Zinco 99,5%

    Resina SP 1045

    5

    3

    Uso em compostos base Bromo Butil;

    Sistema de cura por resinas indicado para

    compostos destinados a produo de artefatos que

    iro trabalhar a altas temperaturas e umidade

    TMTMMBTS

    Enxofre

    1,50,5

    1,7

    Uso em compostos de Borrachas Butlicas;

    Sistema usado em compostos para produo de

    cmara de ar automotivo, e revestimento interno de

    pneus sem cmara.

    TMTM

    MBTS

    Enxofre

    2

    0,4

    1

    Uso em compostos de Borrachas Butlicas;

    Sistema de cura usado em compostos para

    produo de artefatos vulcanizados que devam

    apresentar melhor resistncia ao envelhecimento

    pelo calor.

    TBBS

    DPG

    TMTM

    Bromo Butil 2030

    Enxofre

    1

    0,2

    0,5

    7

    1,5

    Uso em compostos de Borrachas Butlicas;

    Sistema de cura indicado para compostos que

    durante a vulcanizao no devam gerar

    notrosaminas, ou em mnimos nveis.

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    Estearina

    P-Quinona Dioxima

    xido de Chumbo

    1

    2

    6

    Uso em compostos de Borracha Butlica;

    Cura por resina tipo Quinona Dioxima.

    Neoprene W

    xido de Zinco 99,5%

    Resina SP 1045

    5

    5

    7

    Uso em compostos de Borrachas Butlicas;

    Sistema de cura indicado em compostos destinados

    produo de Bladers ou peas sujeitas a contato

    com vapor dgua em altas temperaturas.

    xido de Zinco 99,5%

    MBTS

    TMTD

    Enxofre

    3

    1,5

    0,3

    0,5

    Uso em compostos de base Cloro Butil;

    Sistema de cura indicado para compostos de

    blendas Cloro Butil + 20 phr de Borracha Natural.

    Aminox

    xido de Zinco 99,5%

    3

    3

    Uso em compostos de base Cloro Butil;

    Sistema de cura usando anti-oxidantes como agente

    de vulcanizao.

    xido de Zinco 99,5%

    x. Magnsio Ativo

    Resina SP 1045

    5

    0,3

    4,5

    Uso em compostos de base Cloro Butil;

    Sistema de cura indicado em compostos destinados

    produo de Bladers para fabricao de pneus ou

    para peas sujeitas a contato com vapor dgua em

    altas temperaturas.

    Tabela compilada e adaptada dos livros Manual for the Rubber Intustry (Bayer) e The Vanderbilt Rubber

    Handbook (thirteenth edition)

    Anti-degradantes para borrachas butlicas

    Durante os processos de polimerizao das borrachas butlicas, pequenas quantidades de aditivos

    anti-degradantes, com a funo de estabilizantes, so adicionados. O objetivo o de proteger o

    polmero em estoque, antes de seu emprego como matria prima na produo de compostos.

    As borrachas butlicas, por sua formao qumica, j apresentam tima resistncia ao calor e

    oxidao.

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    Artefatos produzidos com borrachas butlicas, quando submetidos por longos perodos de tempo sob

    a ao de elevadas temperaturas (aprox. 145C) principalmente quando a cura base enxofre ou p-

    Quinona Dioxima, tendem a sofrer perdas de propriedades mecnicas. Tal degradao das cadeias

    polimricas mostrada por perda de elasticidade e diminuio da resistncia trao. Esta

    deficincia ainda mais pronunciada em compostos base de grades de borracha butlica contendo

    mais elevados nveis de insaturao em suas cadeias polimricas.

    Artefatos vulcanizados produzidos com grades de borracha butlica de alta insaturao, inicialmente

    podem oferecer artigos vulcanizados com alta densidade de crosslink, porm, tambm esto sujeitos

    a maiores ataques de degradao. De qualquer maneira, aps o fenmeno do envelhecimento, ainda

    retm bons ndices de elasticidade se comparados com artefatos produzidos com borrachas butlicas

    de menor insaturao.

    Um outro fator importante a ser considerado, pois interfere no envelhecimento de artefatos

    vulcanizados de compostos em borracha butlica, a escolha do sistema de cura. Igualmente a

    outros tipos de borrachas convencionais, sistemas de cura por enxofre geram ligaes polisulfidicas

    instveis o que contribui para certos tipos de degradao, o que tende a provocar amolecimento noartefato.

    Sistemas de cura usando baixos teores de enxofre ou doadores de enxofre proporcionam

    vulcanizao bem mais estvel e menor ataque degenerativo das propriedades tcnicas dos

    artefatos.

    Sistemas de cura usando resinas p-Quinona Dioxima apresentam, neste aspecto, superior

    estabilidade das propriedades tcnicas do artefato aps envelhecimento, enquanto que cura por

    resinas alquil fenlicas termo reativas (SP 1045) extremamente estvel alm de proporcionar ao

    artefato vulcanizado tima resistncia ao calor, oxidao e maior vida til em operao.

    Artefatos produzidos com borrachas butlicas e sujeitos a condies severas de uso e em contato

    com vapor dgua, como por exemplo: bolsas de gua quente, Bladers para produo de pneus,

    mangotes, etc., os quais sero submetidos temperatura de at 175C, no apresentam danos

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    significativos nas ligaes das cadeias polimricas vulcanizadas, quando a cura promovida partir

    de resinas tipo p-Quinona Dioxima ou, ainda melhor, as resinas tipo Alquil Fenol (SP 1045).

    Resistncia ao oznio

    Na borracha butlica, o crescimento de trincas devido ao ataque de degradao por oznio muito

    pequeno, comparativamente aos outros elastmeros convencionais de altas taxas de insaturao.

    Muito embora a borracha butlica oferea elevada resistncia ao oznio, em determinadas aplicaes

    (ex: artigos expostos a intempries) algumas trincas podero ocorrer, sendo recomendado, em casos

    dessas magnitudes, escolher grades de borracha butlica de baixssimas taxas de insaturao das

    cadeias polimricas.

    Vale informar que aditivos de formulao que tendem a aumentar a resilincia (por exemplo:

    plastificantes hidrocarbnicos) tambm tendem a diminuir a resistncia ao oznio dos artefatos

    vulcanizados.

    Compostos em borracha butlica contendo NBC (dibutil ditiocarbamato de nquel) oferecem

    superior resistncia degradao, alm dos compostos contendo entre 20 a 35 phr de EPDM, que

    tambm proporcionam timas propriedades de resistncia ao oznio.

    Artefatos em borracha butlica contendo ou no cargas, bem como estando ou no vulcanizados,

    degradam-se rapidamente quando expostos luz solar e na presena de ar, porm artefatos de cores

    pretas, por conter negro de fumo, tendem a oferecer resultados mais apreciveis, pois o negro defumo funciona como um excelente aditivo para absorver raios UV.

    Artefatos de cores claras so fortemente agredidos quando funcionam em ambientes sob

    intempries.

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    Pesquisas observaram que o fenmeno da degradao em artefatos de cores claras, vulcanizados e

    submetidos ao intemperismo so sempre catalisados atravs da luz solar ocasionando a deteriorao

    da superfcie exposta tendo como resultado certo efeito adesivo, bem como, aparecimento de

    trincas, descolorao, enrijecimento, modificao do aspecto superficial que lembram muito a pele

    de elefante, etc.

    A adio ao composto de ingredientes com funo de absorvedores de irradiao UV, como por

    exemplo o Dixido de Titnio, cargas fosqueantes ou ainda aditivos qumicos especficos, tendem a

    proporcionar timos resultados.

    Resistncia gua e ao vapor dgua

    Uma larga gama de testes desenvolvidos usando gua em diversas temperaturas no apresentaram

    influncias degradantes significativas em artefatos vulcanizados fabricados base de compostos

    elastomricos butlicos.

    De qualquer maneira, compostos produzidos com polmeros hidrocarbnicos sempre tendem a

    absorver pequena quantidade de gua, isto devido solubilidade em gua de alguns ingredientes de

    formulao ou mesmo de certas impurezas que se mostram insolveis nos polmeros.

    Como j comentado anteriormente, uma das principais caractersticas das borrachas butlicas sua

    capacidade impermevel, assim, a absoro de gua desta infinitamente pequena. Porm, se o

    artefato vulcanizado em borracha butlica operar em elevadas temperaturas e com vapor dgua por

    longos perodos, a absoro poder ser ligeiramente maior (ex: em Bladers ou mangueiras para

    conduo de vapor). Para aplicaes nestas condies, melhor que os artefatos sejam produzidos

    base de borrachas butlicas halogenadas e curadas por meio de resinas reativas.

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    Resistncia a produtos qumicos, leos e solventes

    O parmetro de solubilidade da borracha butlica situa-se entre 7,8 a 8,0, e dentre os solventes de

    base hidrocarbonetos, o Metil Ciclohexano o que apresenta maior poder de dissoluo desta

    famlia de borrachas.

    Artefatos em borracha butlica vulcanizados no so indicados para aplicaes em contato com

    leos, solventes ou qualquer outro derivado de petrleo. De qualquer maneira, tais artefatos so

    altamente resistentes a solventes polares como: Metanol, Etanol, Cetonas, etc.; tambm a steres e

    cidos carboxlicos de baixo peso molecular e boa resistncia a leos animais e vegetais.

    A tabela 3 informa o efeito de inchamento em ensaios de imerso, conforme norma ASTM, de

    artefatos vulcanizados produzidos a partir de compostos em borracha butlica submetidos a diversos

    fluidos e produtos qumicos comumente usados em processos industriais e outras finalidades.

    Tabela 3 Resistncia Qumica de Compostos com Borracha Butilica

    Produto Qumico%

    Inchamto.Produto Qumico

    %

    Inchamto.

    cido Actico Glacial 6 % 0 cido Sulfrico 10 % 0

    Acetona 1,5 Ciclohexanona 20

    Amnia 30 % 0 Dioxano 10

    Amil Alcool 3 Acetato de Etila 15

    Anilina 0 Nitrobenzeno 10

    Butil CarbitolDietileno Glicol Mono

    Butil ter1,5 Benzeno 120

    leo Vegetal 0 Disulfeto de Carbono 190

    Solvente - Celosolve 0 Tetracloreto de Carbono 250

    Dibutil Ftalato DBP 1,5 Clorobenzeno 180

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    Tabela compilada e adaptada do Livro Manual for the Rubber Industry (Bayer), p. 232 a 234.

    Principais aplicaes de artefatos produzidos com borracha butlica

    e borrachas butlicas halogenadas

    Cmara de ar para pneumticos, devido alta impermeabilidade a gases e resistncia ao

    calor;

    Bladers para vulcanizao de pneus, devido sua tima resistncia ao calor a ao vapor dgua;

    Tampas para frascos de produtos farmacuticos devido resistncia qumica e

    impermeabilidade;

    Coxins e almofadas isolantes a choques e vibraes devido s boas propriedades de

    amortecimento e resposta elstica retardada;

    Revestimento de fios e cabos eltricos, devido sua boa resistncia umidade, calor e ao

    oznio;

    Revestimento interno de tanques para produtos qumicos, devido boa resistncia qumica,

    ao intemperismo e oznio;

    Etanol 0 Cloroformio 220

    Etileno Diamina 1,5 Ciclohexano 270

    Formoldeido 0 Dicloroetano 30

    Glicerina 0 Dietil ter 80

    cido Hidroclordrico 37 % 0 Heptano 170

    Perxido de Hidrognio 5 % 0 Hexano 160

    cido Ntrico a 10 % 0 Isooctano 160

    Nitropropano 0 Xileno 210

    leo de Oliva 3 cido Ntrico Concentrado Dissolve

    Fenol (5 % gua) 1,5 cido Sulfrico Concentrado Dissolve

    cido Fosfrico 85 % 0 Dicromato de Potcio 5 % 0

    Hidrxido de Sdio 20 % 0 Trisulfato de Sdio 95 % 0

    Hipoclorito de Sdio em 6 % de gua 0

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    Mangueiras e mangotes, devido sua boa resistncia qumica, ao calor, vapores e

    impermeabilidade;

    Correias transportadoras devido resistncia ao calor, qumica, oznio, umidade e

    propriedades mecnicas;

    Revestimento interno de pneus sem cmara, devido impermeabilidade a gases, boa adeso

    e compatibilizao com outros compostos (nfase para as borrachas butlicas halogenadas).

    Cargas e plastificantes para borrachas butlicas e butlicas

    halogenadas

    As borrachas butlicas e butlicas halogenadas possuem altas propriedades mecnicas mesmo no

    estado goma-pura, podendo atingir valores acima de 20 Mpa de resistncia trao.

    A adio de negro de fumo dos tipos N-330, N-550, N-660 e N-762 so os mais empregados em

    compostos com esta famlia da borracha. Tambm a Slica Precipitada pode ser usada como carga de

    reforo.

    O emprego destes tipos de carga tende a incrementar ainda mais as boas propriedades tcnicas dos

    compostos.

    Cargas inertes como Caulins Calcinados, Carbonato de Clcio Precipitado, Silicato de Magnsio,

    Sulfato de Brio Precipitado, Dixido de Titnio, etc., podem ser usadas com a funo de reduo de

    custo e facilitar a processabilidade.

    O Plastificante Parafnico (em teores de at 30 phr) o mais indicado para uso em compostos com

    borrachas Butlicas, pois oferece melhor compatibilidade, superior resistncia extrao e a elevadas

    temperaturas.

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    Processamento dos compostos em borrachas butlicas

    Basicamente o processamento de mistura da Borracha Butlica se diferencia do processamento das

    borrachas Natural e SBR pelos seguintes aspectos:

    A Borracha Butlica exige menor esforo e tempo de mastigao no incio do processamento

    de mistura;

    Deve ser evitado todo tipo de contaminao da Borracha Butlica por qualquer resduo de

    borrachas de alta insaturao, para prevenir de problemas na vulcanizao. Os

    equipamentos de mistura que sero usados para processar os compostos em Borracha

    Butlica devero estar perfeitamente limpos e livre de resduos provenientes de compostos

    anteriormente processados, principalmente os compostos de base polmeros altamente

    insaturados (as Borrachas Butlicas Halogenadas so mais tolerantes a estes tipos de

    contaminantes);

    Devido alta impermeabilidade a gases oferecida pelas Borrachas Butlicas, cuidados

    especiais devero ser observados no processamento de moldagem dos artefatos, para

    prevenir a formao de bolhas e aprisionamento dos gases;

    O processamento de mistura de compostos base de Bromo Butil deve ocorrer em baixas

    temperaturas para diminuir o efeito da adeso do composto nos rotores do Banbury ou nos

    rolos do misturador aberto. A adio de xido de zinco dever ser no final do ciclo de

    mistura, juntamente com os aceleradores;

    Processamento de mistura em Banbury (mtodo convencional)

    A mistura do composto com Borracha Butlica em Banbury exige pequeno tempo para mastigao e

    as cargas de reforo podero ser adicionadas logo em seguida da alimentao do Banbury com o

    polmero. Logo aps, baixar o pilo e proceder a incorporao/disperso durante aproximadamente

    6 minutos. importante observar o fator de enchimento da cmara do Banbury em 80 a 85% em

    volume.

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    O enxofre poder ser adicionado logo em seguida, isso garante uma boa disperso deste ingrediente

    no composto (cuidar somente para que a temperatura do composto se mantenha inferior a 100C ),

    durante todo processamento de mistura.

    Ceras, antioxidantes, xido de zinco, tackificantes, auxiliares de processamento, etc., podero ser

    adicionados na ltima fase do processamento, ainda no Banbury.

    A adio dos aceleradores dever ser em misturador aberto, depois de o composto ter descansado

    por um perodo mnimo de 24 horas.

    Processamento de mistura em banbury (mtodo upside down)

    O processamento de mistura pelo mtodo Upside Down recomendado somente quando as

    quantidades de cargas e plastificantes no composto forem elevados. Neste mtodo de

    processamento, alimenta-se o Banbury com todos os ingredientes secos (p) mais metade dos

    plastificantes; efetua-se uma pr mistura, em seguida adiciona-se todo polmero, avana-se o pilo e

    processa-se a mistura por aproximadamente 6 minutos. O restante do plastificante adicionado no

    ltimo minuto, antes de descarregar a massada.

    Agentes de vulcanizao e aceleradores so adicionados e incorporados em misturador aberto, aps

    a massada ter descansado por mnimo 24 horas.

    Processamento de mistura em misturador aberto

    O polmero de Borracha Butlica poder apresentar certa dificuldade de incio de mastigao devido

    ao nervo tpico deste tipo de borracha o que tende a dificultar a formao da banda sobre o rolo do

    misturador aberto, porm, depois que a temperatura eleva-se ligeiramente, o problema

    minimizado. A adio de pequena quantidade de carga logo no incio da mastigao torna o

    composto mais malevel, facilitando assim o incio do ciclo de mistura.

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    Para Borracha Butlica de baixa viscosidade Mooney recomendvel trabalhar com os rolos do

    misturador em baixas temperaturas (entre 30 a 40C). Borrachas Butlicas de viscosidade Mooney

    mais elevada, a temperatura dos rolos poder ser ajustada entre 70 a 80C, porque neste caso,

    diferentemente das borrachas Natural ou SBR, a Butil tende a aderir nos rolos, se estes estiverem

    frios.

    Aps a mastigao do polmero e a formao da banda sobre o rolo do misturador, as cargas

    podero ser adicionadas simultaneamente com os demais ingredientes de composio, com exceo

    dos agentes de vulcanizao e dos aceleradores que devero ser adicionados depois que o composto

    tenha sido resfriado e descansado por mnimo de 24 horas.

    Uma observao: caso persista o efeito de adeso do composto em processamento nos rolos do

    misturador, a adio de aproximadamente 5 phr de estearato de alumnio, ou de 1 phr de estearato

    de zinco, ou ainda uma pequena quantidade de cido olico, poder auxiliar na soluo do problema.

    FORMULAES

    A tabela 4 apresenta algumas sugestes de formulao como ponto de partida no desenvolvimento

    de novos compostos. Tambm pode ser visto a seguir, algumas propriedades principais de cada

    formulao:

    Tabela 4 - Formulaes de Referencias Como Orientao

    Matrias PrimasAlt1

    phr

    Alt2

    phr

    Alt3

    phr

    Alt4

    phr

    Alt5

    phr

    Alt6

    phr

    Alt7

    phr

    Alt8

    phr

    Alt9

    phr

    Alt10

    phr

    Polysar Butil 301 100 0 0 80 95 92 0 0 0 0

    Polysar Bromobutil X2 0 100 50 0 0 0 100 100 100 25

    Neoprene W 0 0 0 0 5 8 0 0 0 0

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    Borracha Natural SMR 30 0 0 50 0 0 0 0 0 0 75

    EPDM Nordel IP 4520 0 0 0 20 0 0 0 0 0 0

    Estearina Dupla 1 1 2 1 1,5 1 0 1 1 2

    xido de Zinco 99,5% 5 3 4 3 5 5 3 3 3 4

    xido de Magnsio Ativo 0 0,4 0,3 0 0 0 0 0,5 0,5 0

    Aminox 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1

    Cera de Polietileno AC 617 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0

    xido de Ferro Vermelho 0 0 0 0 0 0 0,5 0 0 0

    Carbonato de Clcio Precipitado 0 0 12,5 0 0 0 100 0 0 12

    Caulim Calcinado SAC 200 Z 0 0 0 0 0 75 0 0 0 0

    Caulim Mole ( Comum ) 0 0 0 0 0 40 0 0 0 0

    Negro de Fumo N - 990 0 0 0 0 0 30 0 0 0 0

    Negro de Fumo N762 0 0 67,5 0 0 35 0 0 0 80

    Negro de Fumo N - 660 70 67,5 0 80 0 0 0 75 50 0

    Negro de Fumo N - 330 0 0 0 0 50 0 0 0 0 0

    Plastificante Parafnico 27,5 22,5 0 30 0 0 0 15 10 0

    Plastificante Naftnico 0 0 17,5 0 0 0 0 0 0 25

    Plastificante Aromtico 0 0 0 0 7,5 0 0 0 0 0

    Parafina Comum 0 0 0 0 0 2 2 3 3 0

    AT Peg 4000 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0

    Enxofre 1,5 0 0 2 0 2 0 0 0 1,65

    MBTS 0 0,75 1,1 0 0 0 0 1 1 0,75

    MBT 0,5 0 0 0,5 0 1 0 0 0 0

    Resina SP 1045 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0

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    TABELA 5 - PROPRIEDADES TCNICAS DO COMPOSTO VULCANIZADO (FORMULAES DE REFERENCIA DA

    TABELA 4)

    Formulao Aplicao de Uso Condies de Vulcanizao

    Alt 1 Cmaras de ar automotivas 10 min - 171C

    Alt 2 Cmaras de ar automotivas 8 min - 165C

    Alt 3 Cmaras de ar para tratores 10 min - 165C

    Alt 4 Artefatos com resistncia ao calor 20 min - 165C

    Alt 5 Bladers de vulcanizao interna para pneus 60min - 165CAlt 6 Mangueiras extrusadas 10 min - 165C

    Alt 7 Tampa para frascos farmacuticos 4min - 180C

    Alt 8 Gaxetas para vedao 10 min - 165C

    Alt 9 Artefatos tcnicos de uso geral 15 min - 165C

    Alt 10 Batente amortecedor de choque 7min - 165C

    Propriedades Originais

    Alt

    1

    Alt

    2

    Alt

    3

    Alt

    4

    Alt

    5

    Alt

    6

    Alt

    7

    Alt

    8

    Alt

    9

    Alt

    10

    Dureza (Shore A) 48 47 51 56 62 74 48 57 42 59

    Mdulo a 100% (MPa) 1,4 1,1 1,1 2,3 1,7 2,7 1,1 1,5 0,8 2,7

    Mdulo a 300 % (MPa) 4,8 5,2 4,5 7,0 7,1 # 2,2 7,6 3,8 10,2

    Tenso de Ruptura (MPa) 11,9 10,1 10,4 11,2 14,8 7,0 7,1 11,2 12,3 13,9

    Alongamento (%) 640 560 580 530 580 400 880 430 740 410

    Rasgamento (KN / m) 38 32 53 32 39 # 23 33 39 #

    DPC (22h @ 100C) (%) 56 # # # # # # # 0 #

    DPC (70h @ 100C) (%) # # 45 # # # 59 # 35 #

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    Processamento de Conformao por Extruso

    Compostos em Borrachas Butlicas apresentam melhores caractersticas de processamento de

    conformao por extruso se a extrusora estiver equipada com eficiente sistema de vcuo, e a rosca

    dever apresentar profundidade de filete varivel, sendo mais profundo na zona de alimentao,

    diminuindo no sentido da matriz, de maneira a permitir pequena presso durante a extruso.

    Bons resultados de extruso so conseguidos com ajuste de temperatura no canho entre 90 a

    110C, rosca aproximadamente 100C e matriz 120C.

    Para compostos de alta qualidade tcnica como bladers, cmaras de ar, etc., recomendvel que

    sejam filtrados antes da operao de extruso de conformao ( recomendado o uso de telas

    filtradoras de 40 mesh). Esta prtica previne de impurezas e melhora ainda mais a homogeneizao

    do composto. Melhor filtrar o composto antes de adicionar os agentes de vulcanizao e

    aceleradores, assim evita-se problemas de pr-cura dos compostos.

    conveniente alimentar a extrusora com composto pr-aquecido temperatura de

    aproximadamente 70C, para melhor uniformidade na alimentao.

    Compostos em Borracha Butlica de mais alta viscosidade Mooney e com maiores teores de

    carga/plastificantes, oferecem perfis extrudados de melhor aspecto visual e estabilidade

    dimensional, pois menores sero os riscos de aprisionamento de ar e gases durante o processamento

    de conformao do perfil.

    Processamento de conformao por calandragem

    Lenis calandrados de excelente qualidade podem ser produzidos com compostos em Borracha

    Butlica, usando calandras convencionais. recomendvel alimentar a calandra com o composto

    aquecido temperatura de aproximadamente 85C para melhor processamento de laminao. Para

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    prevenir o aprisionamento de ar ou a ocluso de micro bolhas no composto a ser calandrado,

    melhor que o aquecimento do composto seja efetuado em um misturador aberto com os dois rolos

    girando na mesma rotao (sem relao de frico).

    Recomenda-se ainda os ajustes da velocidade perifrica dos rolos da calandra entre 20 a 22 m/min e

    a calibragem de temperaturas dos rolos sendo:

    Rolo Superior = 95 a 110C

    Rolo Intermedirio = 70 a 80C

    Rolo Inferior = 85 a 105C

    Se eventualmente alguma porosidade ocorrer, uma ligeira diminuio da temperatura do rolo

    intermedirio poder solucionar.

    Processamento de moldagem por transferncia, compresso e

    injeo

    Equipamentos e moldes convencionais normalmente so empregados para os processamentos de

    moldagem por transferncia ou por compresso. Alimentar os moldes com blanks pr-formados

    atravs de extrusoras o mesmo lminas calandradas auxiliam muito na eliminao de defeitos nos

    artefatos finais vulcanizados. Quando dois ou mais blanks devem ser usados para enchimento do

    molde, deve ser observado que resduos de desmoldantes ou sujidades diversas sejam perfeitamente

    eliminados para prevenir de problemas nos artefatos.

    A prtica de desaerao ou desgaseificao recomendada.

    Artefatos tcnicos em Borracha Butlica tambm permitem ser produzidos pelos processos de

    moldagem por injeo. Este processo oferece maiores volumes de produo o que resulta em custos

    mais competitivos. Problemas de aprisionamento de ar ou formao de bolhas so bastante

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    minimizados por este processo. Para melhores resultados de moldagem por injeo, algumas

    observaes devero ser acatadas, seja:

    Compostos com largo scorch proporcionam maior segurana de processamento;

    Compostos projetados considerando menor visosidade Mooney e alta fluidez oferecem ciclos

    rpidos e superior acabamento superficial. Neste aspecto, a escolha de plastificantes de alto

    peso molecular dosado em teores entre 5 a 10 phr funciona com um bom auxiliar de fluxo e

    tende a reduzir a formao de micro bolhas;

    Temperaturas de vulcanizao pode ser ajustadas em faixas entre 195 a 205C dependendo

    obviamente dos sistemas de cura utilizados, e tamanho do artefato.

    Tabela 6 - Coeficientes de Permeabilidade P (x 1010)

    [volume de gs em cm3

    (STP)/ cm2

    de rea /s/cm Hg de presso por cm de espessura ]

    Tipo de Polimero Tipo de Gs N2 O2 CO2 H2

    Borracha Natural NR 9,43 23,3 153 50,3Polibutadieno BR 6,42 19 138 41,9

    Policloropreno CR 1,2 4 25,8 13,6

    ButadienoEstireno SBR 1,71 17,5 122,7 40,9

    Borracha Butlica IIR 0,324 1,3 5,16 7,2

    Borracha Nitrlica NBR ( 39% acrilonitrla ) 0,234 0,96 7,43 7,1

    Borracha de Silicone VMQ 280 600 3250 650

    Poliuretano Elastomrico 0,47 1,54 18 6,24

    Tabela compilada e adaptada do livro Engineering with Rubber 2nd Editon, Edited by Alan N. Gent ( Sources:-

    Brandrup, J., Immergut, E.H., Polymer Handbook, 2nd Ed. 1975 Wiley, New York, Van Krevelen, D.W., Hoftyzer, P.J.,Properties

    of Polymers, 1976 Elsevier, Amsterdam

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    Concluso

    Conclui-se que as Borrachas Butlicas, em seus diversos grades, encontram um espao singular de uso

    em artefatos tcnicos em geral. Aplicaes tpicas no setor automotivo, sendo este o que demanda

    maior consumo, principalmente no emprego em pneumticos. Tambm na utilizao para artigos

    industriais, naval, aeronutico, farmacutico, entre outros; as caractersticas tcnicas da Borracha

    Butlicas so indicadas. Formulaes cuidadosamente elaboradas so de importncia fundamental,

    assim, esperamos que com este trabalho bibliogrfico no qual buscamos e pesquisamos informaes

    seguras, possamos fornecer nossa pequena contribuio, com essa compilao de dados, aos nossos

    amigos profissionais da rea e aqueles que se interessam pelo assunto.

    Bibliografia para consulta

    - Polysar Butyl Handbook, Bayer;- Polysar Bromobutyl Handbook , Bayer;- K.J. Kumbhani; Specialty Applications of Butyl Rubber;- D. C. Edwards; A High Performance Curing System For Halobutyl Elastomers;

    -K. J. Kumbhani; Versatile Butyl , Changing to meet Market Nneeds;

    - D. C. Edwards; Progress in Butyl and Halobutyl Vulcanization Chemistry;- Z. J. Lobos and H. Tan; Rheological determination of Molecular Weigth and Molecular Weight

    Distribution for Commercial Type Butyl Elastomers;- T. Dolezal, K. Ritchie and D. Threadngham; Bromobutyl; A new elastomer for the Pharmaceutical

    Industry;- K. J. Kumbhani; Manufacture and Performance of Butyl Inner Tubes;- K. J. Kumbhani; The Chemistry, Technology and Uses of Butyl Rubbers;- M. Dattin and J. J. Dulk, Polysar Butyl in Tubes for Passenger and Heavy Duty Tyres;- N. Harmsworth; Polysar Halobutyl Rubbers in Pharmaceutical Rubber Closures;- A. J. M. Summer; Polysar Bromobutyl in High Temperature Performance Innerliner Compounds;- N. Harmsworth; Polysar Bromobutyl Compoundsfor Pharmaceutical ClosureswithImproved processing

    and Vulcanizate properties;- A. Rawlinson; Polysar Butyl and Halobutyl Rubbers in Protective Clothing and Equipment;- C. a. Moakes; An Improved Seal for Chemical Condensers based on Polysar Butyl Terpolymer;- S. Newman; Butylkaustchuk im medizinischen Sektor;- Manual for the Rubber IndustryBayer2

    ndedition July 1993;

    - The Vanderbilt Rubber Handbook; Thirteenth Edition; 1990; Edited by Robert F. Ohn ( Pg. 92 to 122 );- Engineering with Rubber, 2

    ndedition. By Alan N. Gent.- Several oters papers and of case history about practical experience of technical works.