Borboletas - Desenvolvimento

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Ciclo de Vida A transformação da freqüentemente feia e bizarra lagarta em uma elegante borboleta é realmente um dos milagres executados pela Natureza. No ciclo de vida, as borboletas processam uma metamorfose completa em quatro fases bem definidas e bastante distintas como ovos, larvas, crisálidas e adultas. Ovos de borboleta Ovos - após o acasalamento, que pode durar até cerca de uma hora, a fêmea procura as plantas adequadas para a postura dos ovos. Nesta tarefa, conta com uma peculiar habilidade das patas, que pode sentir o sabor das folhas das plantas, a adequação nutritiva e a ausência de fitotoxinas, pois essas folhas serão parte do cardápio exclusivo das larvas. Não se sabe o número exato de ovos que uma fêmea pode depositar na parte superior das folhas das plantas escolhidas, mas a postura pode decorrer em algumas horas ou em muitos dias, e os ovos variam em tamanho, forma e coloração de acordo com a espécie. Lagarta / larva da borboleta Larvas – ao chegar o momento de saírem dos ovos, os lepidópteros assumem uma forma larval, as conhecidas lagartas. Estas abrem caminho, comendo as cascas dos ovos em que estavam contidas, preparam uma espécie de ninho na parte inferior de alguma folha e de imediato começam a comer as partes vegetais da planta em que se encontram, cortando-as e mastigando-as com suas poderosas mandíbulas.

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Ciclo  de  Vida  

A transformação da freqüentemente feia e bizarra lagarta em uma elegante borboleta é realmente um dos milagres executados pela Natureza.

No ciclo de vida, as borboletas processam uma metamorfose completa em quatro fases bem definidas e bastante distintas como ovos, larvas, crisálidas e adultas. 

        Ovos de borboleta

Ovos - após o acasalamento, que pode durar até cerca de uma hora, a fêmea procura as plantas adequadas para a postura dos ovos. Nesta tarefa, conta com uma peculiar habilidade das patas, que pode sentir o sabor das folhas das plantas, a adequação nutritiva e a ausência de fitotoxinas, pois essas folhas serão parte do cardápio exclusivo das larvas.  Não se sabe o número exato de ovos que uma fêmea pode depositar na parte superior das folhas das plantas escolhidas, mas a postura pode decorrer em algumas horas ou em muitos dias, e os ovos variam em tamanho, forma  e coloração de acordo com a  espécie. 

            Lagarta / larva  da  borboleta

Larvas – ao chegar o momento de saírem dos ovos, os lepidópteros assumem uma forma larval, as conhecidas lagartas. Estas abrem caminho, comendo as cascas dos ovos em que estavam contidas, preparam uma espécie de ninho na parte inferior de alguma folha e de imediato começam a comer as partes vegetais da planta em que se encontram, cortando-as e mastigando-as com suas poderosas mandíbulas. Devido a um determinado hormônio que segregam, as lagartas não param de comer; algumas comem durante o dia inteiro, outras o fazem durante toda a noite. No período destinado ao descanso, digestão e absorção dos nutrientes, voltam para esse ninho construído, sob a folha que, curiosamente, evitam comer. São comedoras vorazes, quase que insaciáveis, pois precisam se alimentar dos nutrientes necessários para o período de hibernação de sua próxima fase de vida e para isso necessitam armazenar bastante energia. À medida que a produção desse hormônio diminui, as lagartas consomem cada vez menos folhas. Quando param de comer  por completo,  estão preparadas para a nova fase. 

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       Crisálida

                                                               

Crisálidas – também denominadas pupas, é o estágio seguinte, quando a larva  procura a parte inferior de uma folha ou um galho mais resistente  onde possa se enrolar  em uma espécie de capa protetora e se transformar por completo. Algumas mariposas, a partir de uma glândula próxima da boca, produzem uma teia de material salivar que em contato com o ar adquire consistência de fios muito resistentes. Tecidos em torno da pupa para aumentar sua proteção, essa capa é denominada casulo. Algumas espécies são cultivadas para que esses fios sejam utilizados na indústria têxtil, a produção da seda. Os fios de seda são os fios que compõem o casulo dessas mariposas.  Desde a antiguidade, no Japão e China, a  mariposa  parda  Bombyx mori (acima) é utilizada na indústria da seda que é uma fibra natural de proteína, composta de fibrina. A sericina é uma goma protéica responsável pela união das fibrinas que compõem os fios de seda. Os filamentos da seda são resistentes e podem ter comprimentos que variam entre 300 a 900 metros! A produção da seda, entretanto, envolve a aniquilação das crisálidas contidas nos casulos que são colocados, ainda vivas, em água quase fervente no processo de obtenção  dos fios de seda, que depois de tingidos são utilizados na fabricação de tecidos.  

Adultas – após a metamorfose completa, as borboletas adultas  eclodem  dos  casulos  e esperam horas, para que as asas úmidas  e encolhidas endureçam para se adequarem ao vôo. A partir daí, iniciam a fase de acasalamento. Os machos são visto, com freqüência, rondando as fêmeas recém saídas da fase de crisálida, antes mesmo que elas possam adquirir a plena capacidade de voar.  Após a fecundação, as fêmeas procuram depositar os ovos na parte superior das folhas  de plantas hospedeiras adequadas ao desenvolvimento das lagartas. Para garantir a perpetuação da espécie, as borboletas são dotadas de extraordinária sensibilidade. Segundo experimentos, podem enxergar as cores com maior sensibilidade ao vermelho, verde e amarelo, e podem sentir o sabor das folhas com as patas, o que facilita na procura de folhas de plantas adequadas à oviposição.

Estudos recentes indicam, também, que as borboletas não têm um padrão de vôo aleatório. A partir de micro-transmissores, pesando apenas 12 miligramas, colocados nos corpos desses delicados insetos, cientistas britânicos puderam monitorar e vôo de várias borboletas. Concluíram que existem basicamente dois tipos de vôo. O vôo rápido, em linha reta, no qual a borboleta se desloca em velocidade nas rotas migratórias, e o vôo lento, em voltas e círculos, com o

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propósito de encontrar alimentos, locais para depósito dos ovos e futura hibernação das pupas. 

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FAUNA DE LEPIDÓPTEROS DO BIOMA CERRADO

 

INTRODUÇÃO

Os lepidópteros compõem a segunda maior diversidade de insetos do planeta e são encontrados em quase todas as regiões do mundo, principalmente em locais tropicais. São estimadas 150.000 espécies de lepidópteros, sendo a segunda maior ordem em número de espécies de insetos.

No Brasil, mais de 3.500 espécies de borboletas já foram descritas e 57 espécies de Lepidóptera estão ameaçadas de extinção.

No Cerrado, existem aproximadamente 1.000 espécies de borboletas e de 5 a 8 mil espécies de mariposas. Milhares de espécies ainda estão por ser descobertas e descritas por cientistas.

Os lepidópteros são insetos holometabólicos, ou seja, sofrem metamorfose completa, com estágios de ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) e adulto (imago). Os adultos são totalmente diferentes das formas imaturas.

 

 

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

As principais características da ordem são as asas cobertas de escamas e o aparelho bucal sugador modificado em espirotromba ou probóscide, que é um tubo enrolado em espiral que funciona semelhante ao brinquedo língua-de-sogra. Esse tipo de aparelho bucal é exclusivo dessa ordem de insetos, com a função de extrair o néctar das flores e aspirar substâncias líquidas para se alimentar. Nos adultos que não se alimentam apresentam o aparelho bucal atrofiado.

A cabeça é arredondada e mais estreita que o tórax, com 1 par de olhos compostos, com grande número de omatídeos; 2 ocelos que podem ficar pouco aparentes por causa das escamas que cobrem o corpo;1 par de antenas de vários tipos e posicionadas no bordo interno dos olhos; 1 aparelho bucal do tipo sugador. Na cabeça das lagartas são encontrados 3 pares de olhos simples, 1 par de antenas e 1 aparelho bucal tipo mastigador. Tanto os adultos quanto as lagartas possuem 3 pares de pernas no tórax, de tamanho variável e muito delicadas. Só os adultos possuem 2 pares de asas membranosas e cobertas por escamas, sendo as asas anteriores mais desenvolvidas que as posteriores. As lagartas têm falsas pernas no abdome, com ganchinhos na base,

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que servem para segurar o alimento. O abdome dos adultos é alongado e recoberto por escamas, sendo a genitália, aparelho sexual externo.

Como caracteres sexuais distintivos, pode-se salientar que as fêmeas são maiores que os machos; estes são mais coloridos e possuem antenas diferenciadas (chamadas pelos estudiosos de ornamentais).

 

PRIMEIRA E SEGUNDA FASES

OVO E LARVA

Após a fecundação, as fêmeas começam a busca pela planta onde irão pôr seus ovos. Os ovos são de diversas formas e colorações dependendo da fase de desenvolvimento. Geralmente, cada espécie, tem preferência pelas plantas-alimento para o desenvolvimento de suas lagartas.

Após a eclosão dos ovos, as lagartas se alimentam das plantas onde se encontram. As lagartas possuem cores variadas e corpo vermiforme, recobertos por cerdas, que podem ser urticantes. A coloração é variável. Elas apresentam diversos mecanismos de defesa: cores chamativas (apocemáticas), como aviso de perigo, cores miméticas (confundem-se com outras espécies), cores homocrômicas (para a camuflagem). Apresentam glândulas de seda desenvolvidas, que servem para fazer casulos ou abrigos em folhas. Em algumas espécies, pêlos urticantes e um osmaterio que é geralmente formado por um par de processos carnosos e retráteis localizados na região frontal do corpo que eliminam odores tóxicos. Sua alimentação consiste primeiramente no cório (casca do ovo) e depois de diferentes partes de um vegetal (caules, galhos, gavinhas, folhas, flores, etc) de acordo com a necessidade de cada espécie. Na sua maioria são fitófagas (que se alimentam de plantas), sendo algumas consideradas pragas extremamente prejudiciais às plantações como a lagarta-do-cartucho do milho considerada a principal praga da cultura no Brasil. Há larvas que se alimentam de cereais e tecidos, o que pode causar danos às indústrias têxteis e de processamento de grãos.

Algumas lagartas, como as taturanas (ou tatarana do tupi que significa semelhante ao fogo), possuem importância médica devido à presença de pêlos urticantes e secreções potencialmente perigosas que podem provocar sérias queimaduras ou até óbitos

 

ILUSTRAÇÕES

 

 

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Primeira fase dos ovos.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

Ovos próximos à eclosão.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

Segunda e terçeira fases de desenvolvimento da lagarta.

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Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

Terçeira fase de desenvolvimento da lagarta.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

Última fase do desenvolvimento da lagarta.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

 

TERCEIRA FASE

PUPA

Quando as lagartas completam o seu desenvolvimento param de se alimentar e procuram um local adequado para o estágio de pupa.

A pupa, geralmente é encerrada dentro de um casulo de seda, construído pela lagarta antes da pupação. Já no casulo, a lagarta sofre a última muda e se transforma em pupa (crisálida). As crisálidas também apresentam variação na forma e coloração. Elas estão fixadas geralmente em plantas, que podem ser a própria planta-alimento da lagarta ou não. Há também, casos de instalação em outros suportes inclusive no solo, fato este mais comumente observado nas mariposas. Ainda cabe destacar, que algumas crisálidas encontram-se envoltas por casulos elaborados pela lagarta a partir de secreções de seu corpo ou de material encontrado no meio. Exemplo: bicho-da-seda e bicho-do-cesto.

 

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ILUSTRAÇÃO

 

Pulpa, estágio comum de desenvolvimento das borboletas e mariposas.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo 

 

QUARTA FASE

ADULTO

Da pupa emerge o adulto ou imago, a borboleta ou mariposa, voadores ativos. Os adultos, tal como as lagartas, apresentam mecanismos de defesa, com apocematismo, mimetismo e camuflagem. Quanto à alimentação, podem ser classificados como os que não se alimentam (comem o necessário quando são lagartas e têm espirotrombas atrofiadas ou não usuais); os que se alimentam nas flores, bebendo o néctar e ou o pólen, que é dissolvido neste e os que se alimentam nos frutos maduros, bebendo o sumo, líquidos resultantes da decomposição dos frutos.

 

ILUSTRAÇÕES

 

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Indivíduo adulto de Copiopteryx montei.

Foto: Amábílio José Aires de Camargo

 

 

 

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE BORBOLETAS E MEARIPOSAS

A ordem Lepidoptera compreende as borboletas e as mariposas. Existem diferenças que permitem estes dois grupos:

Diferença Borboletas Mariposas

Vôo Diurno Noturno

Tipo de antenaClavadas, semelhantes a um mini taco de golfe.

Filiformes (em forma de fio), plumosas (em forma de pena), exceto clavadas.

Posição das asas em repouso

Asas ficam levantadas e fechadas, verticalmente ao corpo.

Asas ficam estendidas horizontalmente sobre o corpo

Cores das asas Cores brilhantes e variadas Cores escuras, embora haja exceções.

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Corpo e cerdasCorpo fino com poucas cerdas (escamas parecidas com pêlos)

Corpo gordo coberto de cerdas (peludo)

 

IMPORTÂNCIA DOS LEPDÓPTEROS

Os lepidópteros possuem importância ecológica, econômica e médica. Como qualquer ser na natureza, fazem parte da cadeia ecológica seja como imaturos ou adultos.

Os ovos podem ser parasitados por outros insetos, as lagartas servem de alimentos para insetos predadores e parasitas, aranhas e até vertebrados como pássaros, sapos, lagartos, roedores. Também podem ser parasitadas por bactérias, fungos e vírus. As pupas podem ser parasitadas por moscas e vespas. Estas começam a parasitar desde a forma de lagarta. Quando se espera sair da pupa um adulto, se surpreende com o aparecimento destes parasitas já adultos. Como adultos, os lepidópteros podem ser suporte alimentar de outros insetos, aranhas, pássaros, lagartos, sapos, morcegos e até gato doméstico. Realizam também a polinização quando sugam o néctar das flores e carregam pólen de uma flor para outra. Esses insetos parasitas e predadores, bem como as bactérias, fungos e vírus são altamente usados no controle biológico de pragas.

As lagartas servem de alimento para certos índios que as comem assadas. Os casulos do bicho-da-seda asiático, com fio contínuo, dão a seda natural. A criação dessas mariposas chama-se sericicultura. A planta-alimento das lagartas é a amoreira. O bicho-da-seda brasileiro é a mariposa Rothschildia spp., o fio é descontinuo. Está sendo estudada para a produção de seda.

As lagartas podem causar danos às culturas, por serem desfolhadoras, consumindo folhas e às vezes deixam as plantas peladas. Existem lagartas que comem outras partes dos vegetais: raiz, caule, flor e até o fruto, hábito que chamamos herbivoria. Há as que consomem grãos armazenados, cera de colméias e também roupas. A maioria consome plantas de jardins, hortaliças, madeiras nobres, frutíferas, plantas cultivadas de modo geral.

As escamas dos lepidópteros adultos podem provocar irritação nos olhos e até conjuntivite em função da sensibilidade dos indivíduos. No entanto, as escamas não causam cegueira. As escamas de certas mariposas saturnídeas causam irritação na pele, as dermatites. Lagarta-de-fogo, taturana, bicho-cabeludo, pertencentes a diversas famílias de lepidópteros noturnos: megalopigídeos, artídeos, saturnídeos, eucleídeos e limantrídeos são as mais comuns e suas cerdas estão ligadas a glândulas hipodérmicas que produzem substâncias urticantes. Essas cerdas se quebram com facilidade quando tocadas, liberando as substâncias que podem causar vermelhidão local passageira, ligeira queimadura, lesões mais extensas com formação de vesículas e sintomas como náuseas, gânglios infartados, febre e até hemorragias locais e generalizadas.

 

ALGUMAS FAMÍLIAS DE BORBOLETAS QUE OCORREM NO CERRADO

 

FamíliaPrincipais características

Papilionídeos As lagartas dessa família têm uma estrutura chamada osmetério

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na parte dorsal do tórax, que fica escondida dentro de uma cavidade. Quando a lagarta é perturbada essa estrutura vem para fora, exalando um cheiro forte e desagradável. Só as lagartas desta família possuem essa estrutura, que atua contra seus predadores e parasitas.

 

FamíliaPrincipais características

Pierídeos

O tamanho dos adultos varia entre pequeno e médio. As cores mais freqüentes são branca, amarela ou laranja, marcadas de preto. As lagartas atacam hortaliças como o couve e leguminosas do gênero Cassia. Os adultos migram aos bandos e pousam nas beiras de rios, igarapés, areia úmida para sugarem minerais e água. Outras borboletas adultas também se alimentam assim, como os hesperídeos e papilionídeos.

 

FamíliaPrincipais características

Ninfalídeos

Uma das grandes famílias de borboletas, de cores variadas. Nas classificações mais recentes outras borboletas, antes consideradas em famílias diferentes, passaram a ser sub-famílias dessa família. Caligo sp. (antes Brassolíneo), chamado borboleta coruja devido às manchas ocelares, na face inferior das asas inferiores, que parecem olhos de coruja. As lagartas são brocas de pseudo-caules de bananeira. Agraulis sp. (antes Heliconíneo), praga do maracujá que se alimentam de suas folhas, sendo os adultos alaranjados, com riscos e manchas pretas na parte superior das asas e na face inferior das mesmas são prateadas. Morpho menelaus (antes Morfíneo), chamado azul-seda, devido ao azul metálico, na face dorsal das asas. As lagartas alimentam-se de plantas silvestres. Hamadryas feronia (antes Ninfalíneo), chamadas borboleta carijó e estaladeira, porque produzem ruído seco ao voar. Colobura dirce (antes Ninfalíneo), nome vulgar borboleta zebra, por causa do desenho na face ventral de ambas as asas. A sua planta-alimento é a imbaúba. Junonia evarete (Ninfalíneo), tem porte médio e asas com manchas ocelares

 

ALGUMAS FAMÍLIAS DE MARIPOSAS QUE OCORREM NO CERRADO

 

FamíliaPrincipais características

EsfingídeosO tamanho varia de grandes (20 cm de envergadura das asas) até pequenas. Aspecto inconfundível: corpo robusto, asas anteriores fortes, triangulares, longas e estreitas; asas posteriores triangulares, mas pequenas, sempre menores que as anteriores. O nome da família provém do comportamento de

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suas lagartas que se perturbadas ficam com a parte anterior do corpo mais ou menos ereta, um certo tempo, lembrando a pose da esfinge egípcia. Têm importância econômica, pois são pragas de várias culturas e também como adultos são polinizadores, devido ao hábito alimentar.

Protambulyx strigilis, nome vulgar: fifes. Têm padrão colorido das asas marron bem claro, com pontos escuros e laranja, com riscos escuros. Plantas hospedeiras são o cajueiro, a cajarana.

Pachylia fícus, coloração marron escuras, com um ponto branco na parte inferior de cada asa posterior. Alimentam-se de figueiras, jaqueira.

Cocytius duponchel, de cor esverdeada com traços marrons; Erinnyis ello, nome comum dessas lagartas é mandarovás, são de cor acinzentada. As plantas hospedeiras são a macaxeira, mandioca, seringueira, mamoeiro e outras.

 

FamíliaPrincipais características

Cossídeos

Tamanho médio a grande, corpo robusto, muitas vezes confundidos com os esfingídeos. Muitas espécies são de cor parda escura, com pequenas manchas brancas, ou asas brancas com estrias e manchas pretas.

Xyleutes sp., as lagartas dessa espécie são brocas de caules, e às vezes, atingem as raízes da planta. Planta alimento é a laranjeira e as leguminosas.

 

FamíliaPrincipais características

Saturnídeos

O tamanho varia muito, desde pequenos a muito grandes. Não têm espirotromba, não se alimentam quando adultos. Muitas lagartas possuem cerdas ou espinhos com substância urticante, como por exemplo, a Hylesia sp. ou até letal como a Lonomia sp.

Eacles imperialis, mariposas de cor amarela com manchas marrons, suas lagartas vorazes se alimentam de abacateiro, cajueiro, mangueira, goiabeira e outras.

 

FamíliaPrincipais características

NoctuídeosMaior família de lepidópteros, com maior número de espécies conhecidas. Também têm o maior número de pragas. Possuem cores sombrias de modo geral e poucas cores mais vivas.

Thysania agrippina, imperador, é o maior lepidóptero do mundo, quanto à envergadura. Coloração cinza prateada com traços em

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zig-zag escuros.

Ascalapha odorata, nome vulgar é bruxa, com cores escuras do marron ao preto, alimenta-se do ingá e leguminosas.

 

ILUSTRAÇÕES DE MARIPOSAS QUE OCORREM NO CERRADO

Indivíduo adulto da mariposa Titaea orsimone.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo

Indivíduo adulto da mariposa Titaea tamerlan.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo

Indivíduo adulto da mariposa Arsenura meander.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo

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Indivíduo adulto da mariposa Rhescyntis reducta.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo

Indivíduo adulto da mariposa Loxonomia serpentina.

Foto: Amabílio José Aires de Camargo