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Boom de clínicas para animais em dez...
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Seguro de responsabilidade civil exigido para cães potencialmente perigosos
Nacional
300 veterinários por ano saem das seis faculdades exis-tente no país, e não há saídas profissionais, diz o bastonário da Ordem dos. Médicos Veterinários, Jorge Cid. Muitos deles emigram, por exemplo, para Inglaterra.
Bombeiros Aumentam pedidos de resgate
Os pedidos de salvamento de ani-mais aos corpos de bombeiros são muito frequentes e têm au-mentado, porque a comunidade também está mais sensível e atenta a essa problemática, afir-ma ao JN o presidente da Asso-ciação Portuguesa dos Bombeiros
Voluntários, Rui Silva, adiantando que tais serviços não são pagos. Para dar resposta a esta realida-de, há corporações a apostar em formação de pessoal e equipa-mentos específicos, como a de Valongo, que investiu nisso "uns milhares largos", e é uma referên-cia na área - a serra tem sido um teatro de operações frequente no que toca a salvamento animal.
Negócio Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários associa aumento à maior procura e à falta de saídas profissionais para a classe
"Boom" de clínicas para animais em dez anos Carina Fonseca
► Houve um "aumento brutal" do número de centros de atendimen-to médico veterinários (consultó-rios, clinicas e hospitais veteriná-rios), desde há dez anos, em todo o país, segundo o bastonário da Or-dem dos Médicos Veterinários, Jor-ge Cid. Atualmente, há mais de mil em Portugal continental. Jorge Cid associa esse aumento à intensifica-ção da procura, devido a um maior cuidado das pessoas com os seus animais de companhia; e à falta de saídas profissionais para os médi-cos veterinários, que optam por abrir negócios.
"O número de clinicas tem ex-plodido; é algo que qualquer pes-soa menos atenta vê", diz Jorge Cid. A diretora-geral da associação de
defesa animal Animais de Rua, Ma-ria Pinto Teixeira, confirma: "De há dez anos para cá, notamos que há mais clínicas veterinárias e muito mais disponibilidade por parte das direções clínicas para cooperar com as associações".
Também por haver um "núme-ro mais reduzido" de clínicas vete-rinárias, em 2008 era "muito difi-cii" encontrar quem aceitasse co-laborar com as associações (que, devido à sua missão, pedem valo-res muito inferiores aos valores co-merciais), conta Maria Pinto Teixei-ra. Hoje, a Animais de Rua é con-tactada por "clínicas do Norte ao Sul a oferecer-se para ajudar" e en-cara-as como parceiras na promo-ção do bem-estar animal.
Cristina Rodrigues, membro da Comissão Política Nacional do par-tido Pessoas-Animais-Natureza
(PAN), também nota que "há cada vez mais clínicas veterinárias" pelo país, o que "é positivo do ponto de vista da acessibilidade a cuidados médico veterinários", sobretudo em povoações mais isoladas.
Taxa máxima de IVA é "entrave" O número de clínicas veterinárias tem aumentado, mas algumas en-frentam dificuldades, segundo Jor-ge Cid, "por haver muita oferta e preços relativamente baixos", ten-do em conta o "investimento ne-cessário à atividade". Lembra que "a medicina é muito cara", sendo elevados os custos de materiais e aparelhos, e que 23% dos valores praticados em medicina veteriná-ria revertem para o Estado. Trata-se da "única atividade da área da saúde taxada com IVA, ainda por cima, com a taxa máxima", critica.
Em Portugal,
há 1171 centros
veterinários
autorizados
Até já há seguros contra roubo ANIMAIS A lei define que os donos de cães potencialmente perigosos estão obrigados a contratar um se-guro de responsabilidade civil com o capital mínimo de 50 mil euros, mas o mercado dos seguros tem uma oferta mais diversificada para os animais, incluindo cuidados de saúde e até cobertura contra roubo, com um custo a partir de cerca de uma centena de euros por ano.
Considerando apenas o seguro de responsabilidade civil até 50 mil
euros, os proprietários de cão ou gato (geralmente, não há discrimi-nação entre espécies ou o sexo do animal) poderão contratar cobertu-ras a partir de 27€ (Seguros Conti-nente) ou 27,25€ (seguro "4 Patas" da Ageas Seguros). A Liberty cobra 32,7€ por seguro idêntico e a Oci-dental (Pétis) 31,01€. Se o cão for mesmo de espécie considerada po-tencialmente perigosa (ou cruzado com pais da mesma listagem, nal-gumas companhias), o prémio terá
uma subida que as seguradoras só discriminam caso a caso.
Será que, por um pouco mais, não valerá a pena incluir no seguro alguns cuidados médicos? Nesse caso, para um cão ou gato com me-nos de sete anos de idade, a Oci-dental tem a oferta mais competi-tiva, oferecendo o plano base do Pé-tiss por 96,91C anuais, que incluem medicamentos, guarda do animal, localização em caso de desapareci-mento, organização de serviços fú-nebres, procura de animal de com-panhia e defesa jurídica, ainda que com alguns limites e franquia mí-nima sempre de 150€. Para uma co-bertura idêntica, a NSeguros cobra 102,1€, a Mapfre exige 118,88€ e os Seguros Continente (fornecidos
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Class,- Profissionais em número excessivo
No entender de Jorge Cid, o nu-mero de médicos veterinários (cerca de 6000) é excessivo, as-sim como o número de faculda-des, atendendo à realidade nacio-nal. A classe é essencialmente jo-vem: 60% dos profissionais têm até 40 anos e 80% até 50 anos.
Custos Uma operação pode custar mil euros
Segundo fontes ouvidas pelo JN, uma operação a um cão, por exem-plo, pode ir dos 100 aos1000 eu-ros e até mais, se for muito compli-cada, e esterilizar uma gata custa entre 150 e 300 euros (esterilizar um gato é mais barato; nos cães, o valor depende do peso).
"Isso é um grande entrave e põe muitas vezes em causa a viabilida-de do negócio".
De acordo com informações da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em Portugal continental há 1171 centros de aten-dimento médico veterinários ofi-cialmente autorizados: 584 clíni-cas, 504 consultórios e 83 hospitais. A legislação que regula o seu fun-cionamento remonta a 2009 e foi nos primeiros meses de aplicação do diploma que houve mais pedi-dos de autorização.
Os pedidos "têm-se mantido de uma forma regular, sem grandes oscilações de frequência até à atua-lidade, embora com menos afluên-cia". No que respeita a autorizações de centros de atendimento médi-co veterinários, a DGAV tem regis-to de 54 em 2016, 40 em 2017 è 14 , até ver, neste ano. •
PAN defende hospitais públicos ► "A existência de hospitais veterinários públicos seria um grande avanço civiliza-cional. O animal não pode ser visto como um luxo. Quem quiser deve ter o di-reito de ter um animal", afir-nia Cristina Rodrigues, da Comissão Política Nacional do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que tem in-sistido em questões associa-das, como a isenção de IVA para as despesas médico ve-terinárias. O bastonário da Ordem dos Médicos Veteri-nários, Jorge Cid, duvida que os hospitais veterinários pú-blicos sejam realidade no curto prazo, devido às "ver-bas astronómicas" envolvi-das: "Seria quase um Serviço Nacional de Saúde para ani-mais", e exigiria que "hou-vesse um Estado muito forte economicamente para poder subsidiá-lo". Cid não é con-tra, mas entende que deveria ser algo "muito bem regula-mentado", do ponto de vista do financiamento e do aces-so, "para que não houvesse abusos". Todos os centros de atendimento médico veteri-nário que existem são priva-dos, mesmo as chamadas clí-nicas solidárias, de associa-ções, que praticam preços mais acessíveis para pessoas carenciadas.
pela Mapfre) sobem o preço para 183,91€, com a oferta da vacina anual do animal.
Nenhuma das empresas aceita segurar animais com mais de sete anos e algumas cessam as cobertu-ras médicas, cirúrgicas ou de euta-násia/funeral assim que o animal fizer 10 anos. Quando incluído nos seguros, o roubo do animal tam-bém deixa de estar coberto quan-do este celebre três ou quatro anos, conforme a empresa.
Se o foco do dono são os cuida-dos de saúde, a empresa portugue-sa Medicare lançou o Vetecare, dis-tinguido no ano passado nos pré-mios Veterinária Atual. Não se tra-ta de um seguro de saúde, mas de um plano que permite aceder a cui-
dados de saúde a preços mais bai-xos do que os praticados no merca-do, oferendo ainda alguns serviços, conforme os parceiros.
Com o custo de 9,90(2/ano, para entre um e dois animais, e de 14,90€/ano para três a quatro ani-mais, o plano é acessível não só aos tradicionais cães e gatos, mas tam-bém aves ou animais exóticos. Além disso. como destaca o CEO David Legrant, "também não exis-tem animais demasiado velhos para o Plano Vetecare", que "procu-ra satisfazer os donos e os animais, indo ao encontro das necessidades de ambos, tratando os nossos ani-mais como membros da nossa fa-mília, sem discriminações nem complicações". ERIKA NUNES
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vive em Aveiro desde os 18 e sempre mdp2,4'
sozinho, À noite; pórrezé
• .1.
Governo prometeu atualização dos contratos página 12
Estado recusa compensação a fornecedores pelo custo do aumento do salário mínimo Entrevista "É ofensa à minha inteligência dizer que a tragédia não podia ser evitada" NÁDIA PIARA PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS VÍTIMAS DE PEDRÚGÃO P.8 ES
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PAÇOS 3
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Domingo 25 de fevereiro 2018 • wwwjn.pt • e1,70 • N. 209 • Ano 130 • Diretor Afonso Camões • Diretor-executivo Domingos de Andrade Subdiretores Inês Cardoso, Manuel Moling e Pedro Ivo Carvalho • Diretor de Arte Pedro Pimentel
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Movimento lança choque fiscal a favor do i terior
• Intenção é retirar benefícios em impostos às empresas nas regiões mais ricas e dá-los aos territórios desertificados P. 2 a 5