Bomba de Polpa

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8/15/2019 Bomba de Polpa http://slidepdf.com/reader/full/bomba-de-polpa 1/204 Bombas de Polpa - Básico Diretrizes Básicas para o Bombeamento de Polpas Apresentando o Software para o Dimensionamento de Bombas - Metso PumpDim™ para Windows™

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    Bombas de Polpa - Básico

    Diretrizes Básicas para o Bombeamento de Polpas

    Apresentando o Software para o Dimensionamento de Bombas - Metso PumpDim™ para Windows™

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    Uma publicação da

    Metso Minerals (Sweden) ABS-733 25 Sala, Sweden

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     Telefax +46 224 169 50

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    Índice

    HISTÓRICO 1

    INTRODUÇÃO 2

    DEFINIÇÕES BÁSICAS 3

    MECÂNICA 4

    COMPONENTES 5

    PROTEÇÃO AO DESGASTE 6

    SELAGENS 7

    EIXO E MANCAIS 8

    ACIONAMENTO 9

    DESEMPENHO HIDRÁULICO 10

    SISTEMAS 11

    PONTO DE MELHOR EFICIÊNCIA BEP BEST EFFICIENCY POINT 12

    NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS 13

    DESCRIÇÕES TÉCNICAS 14

    GUIA DE APLICAÇÃO 15

    DIMENSIONAMENTO 16

    INTRODUÇÃO AO SOFTWARE METSO MINERALS PUMPDIM™ 17 

    MISCELÂNEAS 18

    TABELAS DE RESISTÊNCIA QUÍMICA 19

    NOTAS 20

    ÍndiceBOMBAS DE POLPA

     

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    Índice

    1. HISTÓRICOBombas de Polpa - Histórico ......................................................................................................1-1Bombas de Polpa Horizontais ....................................................................................................1-2Bombas de Espuma Verticais .....................................................................................................1-2Bombas Verticais de Poço e de Tanque ..................................................................................1-3

    2. INTRODUÇÃOTransporte hidráulico de sólidos .............................................................................................................2-5Quais tipos de sólidos? ................................................................................................................................2-5Quais tipos de líquidos? ..............................................................................................................................2-5Definição de polpa ........................................................................................................................................2-5Quais são as limitações de vazão? ...........................................................................................................2-6Quais são as limitações em relação aos sólidos? ...............................................................................2-6Bombas de Polpa como conceito de mercado ...................................................................................2-6

    3.DEFINIÇÕES BÁSICASPor que Bombas de Polpa? ........................................................................................................................3-9Bomba de Polpa - nome conforme o serviço ......................................................................................3-9Bomba de Polpa - nome conforme a aplicação .................................................................................3-9Bomba de Polpa - Seca ou Semi-seca? ...............................................................................................3-10Bomba de Polpa e condições de desgaste........................................................................................3-12

    4. MECÂNICA

    Componentes básicos ..............................................................................................................................4-15

    Projetos básicos ..........................................................................................................................................4-15

    5. BOMBA DE POLPA - COMPONENTES

    Rotor / Carcaça ............................................................................................................................................5-17Rotor de bomba e carcaça - os principais componentes de todas as Bombas de Polpa . 5-17O rotor da Bomba de Polpa ....................................................................................................................5-18Vane do rotor - desenhos ........................................................................................................................5-19Quantidade de vanes do rotor? ............................................................................................................5-19Rotor semi-aberto ou fechado? ............................................................................................................5-20

    Rotores fechados ........................................................................................................................................5-20Rotores semi-abertos ................................................................................................................................5-20Rotores Vórtex / rotores de vazão induzido ......................................................................................5-21Regras básicas .............................................................................................................................................5-21Diâmetro do rotor ......................................................................................................................................5-21Largura do rotor ..........................................................................................................................................5-22Limitações de geometria e por quê? ...................................................................................................5-23A carcaça da Bomba de Polpa................................................................................................................5-23Coletor em voluta ou concêntrico? .....................................................................................................5-24

    Carcaças bipartidas ou sólidas?.... ....................................................................................................... 5-24

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    Índice

    6. PROTEÇÃO AO DESGASTE

    Abrasão ..........................................................................................................................................................6-27Erosão .............................................................................................................................................................6-28Efeito da erosão sobre componentes de bombas ..........................................................................6-29Proteção ao desgaste - quais são as opções? ...................................................................................6-30Seleção de materiais de desgaste ........................................................................................................6-31

    Efeito do tamanho de partícula sobre a seleção do material .....................................................6-32Selecão de material de desgaste - Metais .........................................................................................6-33Selecão de material de desgaste - Elastômeros ..............................................................................6-33As famílias de elastômeros......................................................................................................................6-34Revestimentos cerâmicos ........................................................................................................................6-35

    7. SELAGENS

    Parâmetros críticos para a escolha de selagens ..............................................................................7-37Função básica da selagem de eixo .......................................................................................................7-38Tipo de vazamento ....................................................................................................................................7-38Localização e tipos de selagens ............................................................................................................7-38Selagens com lavagem de descarga (flushing) ...............................................................................7-39Selagens sem lavagem de descarga (sem ‘flushing’) .....................................................................7-40Selagens centrífugas .................................................................................................................................7-41Limitações das selagens centrífugas ...................................................................................................7-40Selagens mecânicas ..................................................................................................................................7-41Bombas de Polpa sem selagem - projetos verticais ......................................................................7-43

    8. EIXOS E ROLAMENTOS (MANCAIS)

    Tipos de transmissões...............................................................................................................................8-45Eixos de bombas e o fator SFF (Fator de Flexibilidade de Eixo) ................................................. 8-45Informações básicas sobre mancais ....................................................................................................8-46Vida L10 .........................................................................................................................................................8-46Configurações de mancais ......................................................................................................................8-46Rolamentos e conjuntos de rolamentos (mancais)........................................................................8-46Escolha de mancais....................................................................................................................................8-47

     9. ACIONAMENTOS PARA BOMBAS DE POLPA

    Acionamentos indiretos ...........................................................................................................................9-49Acionamentos diretos ..............................................................................................................................9-50Comentários sobre arranjos de acionamentos................................................................................9-50Transmissões por correia em V (acionamentos de velocidade fixa) ........................................9-51Transmissões por correia em V - limitações ......................................................................................9-51Acionamentos de velocidade variável ................................................................................................9-52Acionamentos com ”motor a combustão” ........................................................................................9-52

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    Índice

    10. DESEMPENHO HIDRÁULICO 

    Desempenho hidráulico ........................................................................................................................10-55Curvas de bombeamento .....................................................................................................................10-56Desempenho hidráulico - que curvas são necessárias? .............................................................10-57Curvas H/Q - as leis de afinidade das bombas ...............................................................................10-58Efeitos da polpa no desempenho da bomba .................................................................................10-59

    Desempenho de bombas com polpas que sedimentam ..........................................................10-60Desempenho de bombas com polpas que não sedimentam (polpas viscosas) ...............10-61Tabela de correção de desempenho .................................................................................................10-62Altura manométrica e pressão ............................................................................................................10-63Condições hidráulicas no lado da sucção........................................................................................10-64Altura Líquida de Sucção Positiva (NPSH) .......................................................................................10-64Pressão de vapor e cavitação ...............................................................................................................10-64NPSH - cálculos..........................................................................................................................................10-66Bombas que operam com elevação da sucção .............................................................................10-69

    Preparação de Bombas de Polpa ........................................................................................................10-69Bombeamento de Espuma ...................................................................................................................10-71Dimensonamento de bombas horizontais para espuma ..........................................................10-72Bombas de Polpa Verticais - a escolha ótima para bombeamento de espuma ................10-73A bomba VF - projetada para o bombeamento de espuma .....................................................10-74

    11. SISTEMAS DE BOMBAS DE POLPA

    Geral ..............................................................................................................................................................11-77O sistema de tubulação .........................................................................................................................11-78Perdas de carga .........................................................................................................................................11-79Tubulações retas .......................................................................................................................................11-79Perdas de carga - conexões (fittings) ................................................................................................11-79TEL - Comprimento Equivalente Total ..............................................................................................11-79Velocidades e perdas de carga - Tabela de Cálculo......................................................................11-80Válvulas, conexões, perdas de altura manométrica .....................................................................11-81Efeitos da polpa sobre as perdas de carga ......................................................................................11-82Perdas de carga - polpas sedimentadoras ......................................................................................11-82Perdas de carga - polpas não-sedimentadoras .............................................................................11-83Arranjos de Poço .......................................................................................................................................11-84

    Instalações com várias bombas ..........................................................................................................11-86Bombas em série ......................................................................................................................................11-86Bombas em paralelo ...............................................................................................................................11-86Conceitos básicos sobre viscosidade ................................................................................................11-87Viscosidade aparente ..............................................................................................................................11-88Outros fluídos não-Newtonianos .......................................................................................................11-89

    12. PONTO DE MELHOR EFICIÊNCIA (BEP - BEST EFFICIENCY POINT)

    Efeito hidráulico da operação no ponto de eficiência ................................................................12-91Carga radial .................................................................................................................................................12-92

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    Índice

    Carga axial ...................................................................................................................................................12-93Os efeitos da deflexão do eixo .............................................................................................................12-93BEP - Resumo .............................................................................................................................................12-94

    13. NOMENCLATURAS E CARACTERÍSTICAS

    Programa de Bomba de Polpa Metso Minerals .............................................................................13-95Nomenclatura ............................................................................................................................................13-95Bombas para serviços altamente abrasivos ....................................................................................13-96Bombas para serviços abrasivos .........................................................................................................13-97Bombas verticais.......................................................................................................................................13-98Selagem de Polpa.....................................................................................................................................13-99

    14. DESCRIÇÕES TÉCNICAS

    Geral ...........................................................................................................................................................14-101Bomba de Polpa tipo XM ....................................................................................................................14-106Bomba de dragagem tipo Thomas Simplicity ............................................................................14-108Bomba de Polpa tipo Vasa HD e XR ................................................................................................14-110Bomba de Polpa tipo HR e HM .........................................................................................................14-112Bomba de Polpa tipo MR e MM ........................................................................................................14-114Bomba de Polpa tipo VT .....................................................................................................................14-116Bomba de Polpa tipo VF ......................................................................................................................14-118Bomba de Polpa tipo VS......................................................................................................................14-120Bomba de Polpa tipo VSHM - VSMM ..............................................................................................14-123Configurações modulares de estrutura e via úmida ................................................................14-126Selagem de Polpa..................................................................................................................................14-127Bomba de Polpa tipo STGVA .............................................................................................................14-129Bomba de Polpa tipo STHM ...............................................................................................................14-132

    15. GUIA DE APLICAÇÃO 

    Seleção por serviço ou por aplicação industrial ........................................................................15-135Seleção por serviço ...............................................................................................................................15-135Como bombear ......................................................................................................................................15-136Como alimentar .....................................................................................................................................15-136Seleção por sólidos ...............................................................................................................................15-137

    Partículas grossas ..................................................................................................................................15-137Partículas finas ........................................................................................................................................15-137Partículas pontiagudas (abrasivas) .................................................................................................15-137Alto percentual de sólidos .................................................................................................................15-137Baixo percentual de sólidos ...............................................................................................................15-138Partículas fibrosas .................................................................................................................................15-138Partículas de tamanho único ............................................................................................................15-138Serviços relativos a “altura manométrica” e ”Volume”.... .......................................................... 15-139Altura manométrica elevada (high head) ....................................................................................15-139

    Altura manométrica variável .............................................................................................................15-139

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    Índice

    Vazão constante (altura manométrica) .........................................................................................15-139Alta elevação da sucção ......................................................................................................................15-139Alta vazão .................................................................................................................................................15-140Baixa vazão ..............................................................................................................................................15-140Vazão oscilante .......................................................................................................................................15-140Serviço relacionados com o tipo de polpa ...................................................................................15-141Polpas frágeis ..........................................................................................................................................15-141Polpas de hidrocarbonetos (contaminados por óleo e reagentes) ..................................... 15-141Alta temperatura ...................................................................................................................................15-141Polpas perigosas ....................................................................................................................................15-141Polpas corrosivas (baixo pH) .............................................................................................................15-142Fluídos de alta viscosidade (Newtonianos)..................................................................................15-142Fluídos de alta viscosidade (não-Newtonianos) ........................................................................15-142Serviços relativos a processos de mistura ....................................................................................15-142Seleção de Bombas de Polpa por aplicação industrial ............................................................15-143Segmento industrial: Minerais metálicos e industriais ............................................................15-143

    Bombas para circuitos de moagem ................................................................................................15-143Bombas para espuma ..........................................................................................................................15-143Bombas para reservatórios de piso ................................................................................................15-144Bombas para rejeitos de mineração ...............................................................................................15-144Bombas para alimentação de hidrociclone .................................................................................15-144Bombas para alimentação de filtro prensa ..................................................................................15-144Bombas para alimentação de prensa tubular .............................................................................15-144Bombas para lixiviação ........................................................................................................................15-145Bombas para mídia densa (mídia pesada) ...................................................................................15-145

    Bombas para aplicações gerais com minerais ............................................................................15-145Segmento industrial: Construção ....................................................................................................15-145Bombas para água de lavagem (areia e brita) ............................................................................15-145Bombas para transporte de areia ....................................................................................................15-145Bombas para desaguamento de túneis ........................................................................................15-146Bombas de drenagem .........................................................................................................................15-146Segmento industrial: Carvão .............................................................................................................15-146Bombas para lavagem de carvão ....................................................................................................15-146Bombas para espuma (carvão) .........................................................................................................15-146

    Bombas para mídia densa (carvão).................................................................................................15-146Bombas para misturas carvão/água ...............................................................................................15-146Bombas para uso geral (carvão) .......................................................................................................15-147Segmento industrial: Lixo e reciclagem ........................................................................................15-147Bombas para manuseio de efluentes .............................................................................................15-147Transporte hidráulico de lixo leve ...................................................................................................15-147Bombas para tratamento de solos ..................................................................................................15-147Bombas para uso geral (carvão) .......................................................................................................15-147Segmento industrial: Energia & FGD (desulfurização de gases de combustão) ............. 15-147

    Bombas para alimentação de reator FGD (calcário) .................................................................15-147Bombas para descarga de reator FGD (gypsum - gesso) ........................................................15-148

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    Índice

    Bombeamento de cinzas de fundo .................................................................................................15-148Bombeamento de cinzas volantes (fly ash) .................................................................................15-148Segmentos industriais: Papel & Celulose ......................................................................................15-148Bombas para liquores/licores ...........................................................................................................15-148Bombas para calcário e lama cáustica ...........................................................................................15-148Bombas para rejeito de celulose (contendo areia) ................................................................... 15-149Bombas para sólidos provenientes de descascamentos de árvores .................................. 15-149

    Bombas para transporte hidráulico de cavacos de madeiras ...............................................15-149Bombas para extensor de papel e de revestimentos de papel ............................................15-149Bombas para derramamentos em pisos .......................................................................................15-149Segmento industrial: Metalúrgico...................................................................................................15-150Bombas para transporte de carepa de siderurgia .....................................................................15-150Bombas para transporte de escória ................................................................................................15-150Bombas para efluentes de lavadora de gases ............................................................................15-150Bombas para transporte de pó de ferro .......................................................................................15-150Bombas para limalhas de usinagem ..............................................................................................15-150

    Segmento industrial: Químico ..........................................................................................................15-151Bombas para polpas ácidas ...............................................................................................................15-151Bombas para salmouras ......................................................................................................................15-151Bombas para produtos cáusticos ....................................................................................................15-151Segmento industrial: Mineração......................................................................................................15-151Bombas para aterros hidráulicos (com ou sem cimento) .......................................................15-151Bombas para água de mina (com sólidos) ...................................................................................15-151

    16. DIMENSIONAMENTO

    Os passos para o dimensionamento ..............................................................................................16-153Checagem para verificação de cavitação .....................................................................................16-159O dimensionamento em resumo ....................................................................................................16-159

    17. INTRODUÇÃO AO SOFTWARE PumpDim™ DA METSO 

    Introdução ...............................................................................................................................................17-161Formulário de registro .........................................................................................................................17-162

    I8. MISCELÂNEAS

    Fatores de conversão ...........................................................................................................................18-165Escala de padrão de tela (Tyler) .......................................................................................................18-166Densidade de sólidos ...........................................................................................................................18-167Água e sólidos - dados sobre densidade de polpa ...................................................................18-169

    19. TABELAS DE RESISTÊNCIA QUÍMICA

    Materiais elastoméricos (elastômeros) ..........................................................................................19-185Alto cromo ...............................................................................................................................................19-187

    20. NOTAS  ..............................................................................................................................................20-191

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    Índice

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    1-1 Histórico

    1. HISTÓRICO

    Bombas de Polpa – sua história

    Apesar da Denver e Sala (duas empresas que mais tarde constitui-

    riam a área de Bombas e Processos dentro do Grupo Svedala - que,

    em setembro de 2001, tornou-se Metso) trabalharem ativamente

    com ‘Bombeamento de Polpas’, elas não começaram, originalmente,

    oferecendo ao mercado bombas projetadas pelas próprias empresas.

    Ambas começaram como fabricantes de equipamentos para proces-

    samento mineral: A Denver com foco na flotação como seu produto

    chave e a Sala oferecendo tanto equipamentos para flotação quanto

    para separação magnética como seus principais produtos.

    Após um período de sucesso trabalhando com equipamentos para

    processamento mineral, as empresas logo perceberam a clara neces-

    sidade delas se tornarem ativas no fornecimento de Bombas de Polpa.

     A primeira bomba vertical, fabricada em 1933.

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    1-2Histórico

    Bombas de Polpa Horizontais

    O Bombeamento de Polpas - base de todo processamento mineral a

    úmido - ganhava cada vez mais importância para os clientes tanto da

    Denver quanto da Sala.

    A solução encontrada pela Denver foi tornar-se uma licenciada da Allis

    Chalmers para utilização do ‘design’ de sua Bomba de Polpa SRL (Soft

    Rubber Lined - com revestimento de borracha macia).A versão desenvolvida desta bomba constituiu a base do programa de

    bombas de polpa da Denver por muitas décadas e ainda é considerada

    por muitos como o padrão da indústria.

    Em 1984, a Denver adquiriu o portfolio de Bombas de Polpa em metal

    duro Orion. Essa série, paralelamente às bombas SRL, vem sendo

    desenvolvida ao longo dos anos; com ambos os projetos se comple-

    mentando.

    A aquisição da Thomas Foundries (Fundições Thomas) em 1989 acres-

    centou uma série de bombas muito grandes em metal duro, paradragagem e agregados, ao programa de bombas da Denver.

    No caso da Sala, a situação era parecida. Os clientes da Sala continua-

    vam a solicitar que as Bombas de Polpa fossem fornecidas junto com

    os equipamentos para processamento mineral. Assim, pela primeira

    vez, entregava-se um pacote completo.

    O contrato - assinado pela Sala - tratava do licenciamento de um pro-

     jeto inglês: a Bomba de Polpa “Vac-Seal”.

    No início dos anos 60, a Sala desenvolveu uma nova série de Bombasde Polpa para serviços de média severidade. Essa série, conhecida

    como VASA (Vac Seal - Sala), foi complementada no fim da década de

    Bombas de Espuma Verticais

    O uso da flotação como método de separação de minerais exigia que

    as Bombas de Polpa passassem por um desenvolvimento maior.

    Ainda em 1933, uma “bomba aberta” vertical foi desenvolvida numa

    planta de flotação na Suécia. Esse tipo de desenho de bomba se fazia

    necessário devido aos circuitos, por vezes muito complicados, exis-tentes nessas plantas.

    Os reagentes e a tecnologia de controle de nível não eram particu-

    larmente avançados. As variações da vazão de espuma nas diversas

    partes do circuito causavam bloqueios de ar nas Bombas de Polpa

    convencionais.

    Pela primeira vez, a “bomba aberta”, com seu tanque de alimentação

    integral, proporcionava desaeração, estabilidade e autoajuste; pro-

    priedades que, hoje em dia, são consideradas normais.

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    1-3 Histórico

    Bombas de Poço e de Tanque Verticais

    Como muitos dos pisos nas plantas estavam sujeitos a derramamentos

    e inundação, os clientes também tentavam desenvolver um conceito

    de bomba que pudesse dar conta do trabalho de manter o piso da

    planta livre de polpa derramada. Assim, foi desenvolvida a bomba de

    poço “sump pump”.

    O nascimento da primeira bomba de poço, para uso nesses serviçosde limpeza, se deu em meados da década de 40. Mais uma vez, elas

    foram desenhadas especificamente para atender a uma necessidade.

     Tanto a bomba de tanque vertical quanto a bomba de poço vertical

    foram desenvolvidas dentro da Boliden Mining Company ao longo da

    década de 40. A Sala era uma fornecedora usual dessas bombas para

    a Boliden, como sua subcontratada, até o ano de 1950 quando a Sala

    assinou um contrato pelo qual começava a fabricá-las sob licença.

    Essas linhas de bombas foram então comercializadas com sucesso pela

    Sala junto com o programa de bombas VASA.Ao longo dos anos, estas bombas verticais passaram por desenvol-

    vimento adicional e se estabeleceram como um produto da Sala. O

    acordo de licenciamento se encerrou no início dos anos 70 quando a

    Boliden comprou a Sala. Além da bomba de tanque vertical, desen-

    volveu-se uma bomba de espuma especial que serviu para aprimorar

    ainda mais o conceito básico de manuseio de espuma.

    Hoje, a bomba de poço da Metso é o padrão da indústria para o bom-

    beamento de drenagem.

    Quando a Svedala Pumps & Process (Svedala Bombas e Processos)foi formada em 1992, foi decidido que a série de bombas deveria ser

    mais ‘enxuta’ e atualizada para melhor servir ao mercado, oferecendo

    Bombas de Polpa “de ponta”.

    Em setembro de 2001, a Svedala foi comprada pela empresa finlan-

    desa Metso.

    Desde então, uma série inteiramente nova de Bombas de Polpa hori-

    zontais e verticais foi desenvolvida, conforme apresentamos neste

    manual.

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    2-5 Introdução

    2. INTRODUÇÃO

    Transporte hidráulico de sólidosEm todos os processos industriais, o ”transporte hidráulico de sólidos” é uma tecnologia que visa

    avançar os processamentos entre os diferentes estágios de mistura Sólido/Líquido, separação Sólido/ 

    Sólido, separação Sólido/Líquido, etc.

    Maiores detalhes sobre estes processos industriais a úmido encontram-se na seção 15.

    Quais tipos de sólidos?

    Podem ser considerados ‘sólidos’ praticamente qualquer coisa que seja:

    Dura

    Grossa

    Pesada

     Abrasiva

    Cristalina

    Cortante

    Pegajosa

    Floculenta

    De fibra longa

    Espumosa

    Seja o que for - pode ser transportado hidraulicamente !

    Quais tipos de líquidos?

    Na maioria das aplicações, o líquido é somente o “veículo”. Em 98%

    das aplicações industriais, esse líquido é água.Outros tipos de líquidos podem ser soluções químicas como ácidos

    e sodas, álcool, líquidos leves derivados de petróleo (querosene), etc.

    Definição de uma polpa

    Normalmente chamamos uma mistura de sólidos com líquidos de

    “polpa”!

    Uma polpa pode ser descrita como um meio bifásico (líquido/sólido).

    Polpa misturada com ar (comum em muitos processos químicos) édescrita como um meio fluído trifásico (líquido/sólido/gás).

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    2-6Introdução

    Quais são as limitações na vazão?

     Teoricamente, não há limites em relação a ‘o que’ pode ser transpor-

    tado hidraulicamente. Veja o desempenho do transporte hidráulico

    de sólidos realizado pelas geleiras do mundo e pelos grandes rios!

    Na prática os limites de vazão para uma instalação de Bomba de Polpasão de 1 m3/ hora (4 GPM) até 20000 m3/hora (88000 GPM).

    O limite inferior é determinado pela queda em eficiência nas bombasmenores.

    O limite superior é determinado pelo aumento dramático nos custos

    de Bombas de Polpa grandes (comparado às instalações com múltiplas

    bombas).

    Quais são as limitações em relação aos sólidos?

    As limitações em relação aos sólidos são sua forma geométrica, seu

    tamanho e o risco de bloqueio da passagem através da Bomba de

    Polpa.

    O tamanho máximo permissível do material a ser transportado emmassa por uma Bomba de Polpa é de aproximadamente 200 mm. 

    Entretanto, aglomerações individuais de material passando através de

    uma bomba de dragagem grande podem ter até 350 mm de tamanho

    (dependendo do dimensionamento da extremidade úmida).

    Bombas de Polpa como conceito de mercado

    De todas as bombas centrífugas instaladas na indústria de processa-mento, proporção entre as bombas de polpa e outras bombas para

    líquidos é de 5 : 95.

    Se examinarmos os custos operacionais destas bombas, a relação é

    quase inversa, isto é, 80 : 20.

    Isso configura um perfil muito especial para o Bombeamento de Polpas

    e o conceito de mercado foi formulado assim:

    ”Instale uma bomba para líquido limpo e esqueça-a”! 

    ”Instale uma bomba para polpa e você terá potencial

     para realização de serviços pelo resto da vida dessa

    bomba”! 

    Isso vale tanto para o usuário final quanto para o fornecedor.

    O objetivo desse manual é orientar sobre o procedimento a ser aplicadono dimensionamento e seleção de várias aplicações de Bombas de Polpade forma a minimizar os custos com o transporte hidráulico de sólidos!

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    2-7 Introdução

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    2-8Introdução

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    3-9 Definições básicas

    3. DEFINIÇÕES BÁSICAS

    Por que Bombas de Polpa?Por definição as Bombas de Polpa são uma versão pesada e robusta de uma bomba centrífuga, capazes

    de atender a serviços difíceis e abrasivos.”O nome ‘Bomba de Polpa’ também deve ser considerado um termo genérico, para diferenciá-la deoutras bombas centrífugas que visam principalmente os líquidos límpidos/transparentes.” 

    Bomba de Polpa – nome conforme o serviço

    O termo Bomba de Polpa, conforme dissemos, abrange vários tiposde bombas centrífugas para serviços pesados utilizadas no transportede sólidos.

    Uma terminologia mais precisa se faz utilizando a classificação desólidos processados nas várias aplicações de bombas.

    Bombas de Polpa fazem o bombeamento de lama/argila, lodo e areiana faixa de tamanho de sólidos com até 2 mm.

    As faixas de tamanho são:

    Lama/argila menos 2 micras

    Lodo 2-50 micras

    Areia, fina 50-100 micras

    Areia, média 100-500 micras

    Areia, grossa 500-2000 micras

    Bombas de Areia e Brita cobrem o bombeamento de cascalho e britana faixa de tamanho entre 2 e 8 mm.

    Bombas de Brita fazem o bombeamento de sólidos com tamanhosde até 50 mm.

    Bombas para Dragagem cobrem o bombeamento de sólidos menorese maiores de 50 mm.

    Bomba de Polpa - nome conforme a aplicação

    Aplicações de processamento também configuram uma terminologia,

    sendo esta tipicamente:Bomba de Espuma define, pela sua aplicação, o manuseio de polpasespumosas, principalmente nas operações de flotação.

    Bomba de Transferência de Carbono define o transporte delicadode carbono nos circuitos CIP (carbono em polpa) e CIL (carbono emlixiviação).

    Bomba de Poço  é também um nome já estabelecido tipicamentepara aquelas bombas que operam em drenagem de poços/pisos, comcarcaças (‘pump houses’) submersas, mas com mancais e acionamentomantidos á seco.

    Bomba Submersível. Todo o equipamento, inclusive o acionamento,fica submerso.

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    3-10Definições básicas

    Bomba de Polpa - seca ou semi-seca?Instalações secas

    A maioria das Bombas de Polpa horizontais são instaladas no seco,

    onde o acionamento e os mancais são mantidos fora da polpa e a “via

    úmida” (“wet end”) é fechada. As bombas não requerem suportes ou

    apoios, mantendo-se livres do líquido ao seu redor.

    A Bomba de Tanque vertical possui um reservatório aberto com o

    corpo da bomba montado diretamente na superfície inferior do

    tanque. O eixo do rotor em balanço, com sua caixa de rolamentos eacionamento montado na parte superior do tanque, faz girar o rotor

    dentro da carcaça da bomba. A polpa vai do tanque para dentro da

    via úmida em volta do eixo e é descarregada horizontalmente pela

    descarga. Não há selagens do eixo ou mancais submersos no seu

    desenho.

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    3-11 Definições básicas

    Instalações semi-secas

    Um arranjo especial pode ser utilizado para as aplicações de dragagem

    na quais bombas horizontais são utilizadas com a via úmida -“wet

    end” - (e mancais) imersos. Isto requer uma combinação de selagens

    especiais para os mancais.

     

    A bomba de poço possui uma via úmida -“wet end” - imersa,

    instalada no final do eixo em balanço (sem mancais submersos) e um

    acionamento seco.

     

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    3-12Definições básicas

    Instalações úmidas

    Para determinadas aplicações de Bombas de Polpa, é necessário uma

    bomba inteiramente submergível.

    Por exemplo, para elevar uma polpa de dentro de um poço com níveis

    de polpa que oscilam bastante.

    Neste caso, tanto a carcaça da bomba quanto o acionamento são

    imersos, exigindo um desenho especial e arranjo de selagens.

    Bombas de Polpa e condições de desgastePara assegurar um bom desempenho em operações envolvendo

    uma variedade de condições de trabalho e aplicações, as seguintes

    diretrizes são utilizadas para a escolha da bomba baseado no material

    a ser transportado.• Altamente abrasivo

    • Abrasivo

    • Levemente abrasivo

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    3-13 Definições básicas

    Em resumo:

    Todas as bombas dentro da série de Bombas de Polpa são bombas

    centrífugas!

    “Bomba de Polpa” (“Slurry Pump”) é uma designação genérica ! 

    Todas as Bombas de Polpa recebem, na prática, nomes provenientesde sua aplicação em particular:

    • Bombas de Polpa

    • Bombas de Brita

    • Bombas de Dragagem

    • Bombas de Poço

    • Bombas de Espuma

    • Bombas de Transferência de Carbono

    • Bombas submersíveis

    Existem principalmente três desenhos diferentes:

    • Tanque horizontal e tanque vertical (instalação seca)

    • Vertical de poço (instalação semi-seca)

    • Tanque (instalação seca)

    • Submersível (instalação molhada)

    Os desenhos de Bombas de Polpa são escolhidos e fornecidos deacordo com as condições de desgaste provocado por material

    • Altamente abrasivo

    • Abrasivo

    • Levemente abrasivo

     

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    3-14Definições básicas

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    4-15 Mecânica

    4. MECÂNICA

    Comparado à maioria dos equipamentos para processamento, a Bomba de Polpa tem um projeto

    simples, descomplicado. Apesar da simplicidade de seu desenho, há poucas máquinas na indústria

     pesada que trabalham sob condições tão severas.

     As Bombas de Polpa e seus sistemas são fundamentais para todos os processos úmidos.Trabalhando 100% do tempo disponível sob condições variáveis de vazão, teor de sólidos, etc., o

    desenho mecânico tem que ser muito confiável em todos os detalhes.

    Componentes básicosOs componentes básicos de todas as Bombas de Polpa são:

    1. O rotor

     2. A carcaça

    3. O arranjo de selagem

    4. O conjunto de mancais

    5. O acionamento

    Desenhos básicos

    Horizontal 

     

    Eu tenho todos

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    4-16Mecânica

    Vertical 

      Tank Sump

     

    Submersível

    Olha !Não tem 3.

     AquiTambén não.

    Número 5 está in- tegrado em

     mim.

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    5-17 Componentes

    5. BOMBA DE POLPA COMPONENTES

    Nesta seção, veremos em maior detalhe, o desenho dos vários componentes de uma Bomba de Polpa

    Rotor/carcaça

    Rotor da bomba e carcaça - componentes chaves de todas as Bombas de

    Polpa

    O desempenho do bombeamento de todas as Bombas dePolpa é regido

    * pelo desenho do rotor e da carcaça.

    Outros componentes mecânicos servem para vedar, apoiare proteger esse sistema hidráulico de rotor e carcaça.

    Para todos os quatro tipos de Bombas de Polpa, osprincípios que norteiam o sistema hidráulico (rotor ecarcaça) são os mais ou menos mesmos

    * enquanto o desenho (projeto) do restante da bomba,não.

    Imagens mostrando os mesmos componentes hidráulicos

    para o desenho de bomba submersível, vertical e horizontal.

     

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    5-18Componentes

    O rotor da Bomba de PolpaSem compreender a função do rotor de uma Bomba de Polpa, nunca

    entenderemos porque ou como uma bomba é projetada e funciona.

    O Rotor = um conversor de energia!

    ”A função do rotor que gira é ‘carregar’ a massa de polpa de energia

    cinética e acelerá-la”.

    Uma parte dessa energia cinética é posteriormente convertida emenergia de pressão antes de sair do rotor.

    Além da transformação hidráulica estrita - nas Bombas de Polpa - é

    conseguido parcialmente pela capacidade especial dos sólidos

    na própria polpa de transmitir a energia através de ‘forças de

    arraste hidráulico’. Estas forças de arraste são utilizadas em várias

    máquinas hidráulicas para o processamento a úmido (classificadores,

    clarificadores, separadores, etc.).

    Conversão de energia feita?

    Abaixo, você pode ver as forças cinéticas/hidráulicas geradas pelos

    vanes do rotor da Bomba de Polpa.

    ”Os vanes do rotor são o seu coração. O resto, que constitui o ‘design’

    ou projeto do rotor, somente existe para carregar, proteger e equilibrar

    os vanes durante sua operação!”

    Concepções dos vanes

    Os rotores de Bombas de Polpa possuem vanes externas e internas

    Vanes externas

    Estas vanes, também chamadas de pás de saída ou de expulsão, são

    rasas e localizadas do lado de fora dos “shrouds” do rotor. Esses vanes

    contribuem para a selagem e eficiência da bomba.

    Vanes internas

     Também conhecidos por vanes principais. São elas que realmente

    bombeiam a polpa.

    Normalmente, utilizamos dois tipos de desenhos para as vanes

    principais nas Bombas de Polpa:

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    5-19 Componentes

      Vane Francis ou Vane Simples

    Quando utilizar Simples ou Francis?

    ”Como o vane Francis é mais eficaz na conversão de energia, ele é utilizado

    quando a preocupação principal é com a eficiência - apesar de suas

    vantagens serem menos evidentes quando se trata de rotores de polpalargos.”

    “O inconveniente do vane Francis é que seu desenho a torna mais

    complicada de produzir e esse desenho acarreta, também, maior desgaste

    quando bombeamos polpas com partículas grosseiras!” Portanto, vanes

    Simples são utilizadas quando estamos bombeando partículas grossas.

    Quantidade de vanes do rotor?

    Maior número de vanes proporciona maior eficiência. Isso quer dizer que

    sempre utilizamos o número máximo de vanes toda vez que isso é prático.(A exceção o torque da vazão.)

     As limitações são criadas pela espessura dos vanes que é necessária

     para proporcionar boa durabilidade e a necessidade de dar passagem a

     partículas de um determinado tamanho.

    Na prática, o número máximo de vanes é cinco, sendo utilizadas em

    rotores metálicos com diâmetro superior a 300 mm e de borracha

    superiores a 500 mm.

     Abaixo desses diâmetros, a área dos vanes relativa à área do rotor se

    torna crítica (área de vanes grande demais produz atrito em excesso) e a

    eficiência começa a cair, podendo ocorrer bloqueios.

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    5-20Componentes

    Rotor semi-aberto ou fechado?O desenho do rotor da Bomba de Polpa não está relacionado a uma

    configuração fechada ou aberta. Isso é determinado por aspectos de

    produção e pelos tipos de aplicações para a quais o rotor será utilizado.

    Rotores fechados

    Rotores fechados são, por sua própria natureza, mais eficientes do querotores abertos devido à redução dos vazamentos “em curto circuito”

    por cima dos vanes.

    A eficiência é menos afetada por desgaste.

    ”Se o que você procura é eficiência - use um rotor fechado sempre

    que possível!”

    Limitações

    O rotor fechado, com seu desenho confinado, é naturalmente mais

    propenso a entupir quando encontra partículas grossas.

    Esse fenômeno é mais crítico com rotores pequenos.

    Rotores semi-abertos

    Rotores semi-abertos são utilizados para superar as limitações de

    um design fechado e dependem do diâmetro do rotor, tamanho ou

    estrutura dos sólidos, presença de ar aprisionado, alta viscosidade, etc.

    Limitações

    A eficiência é um pouco menor do que nos rotores fechados.

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    5-21 Componentes

    Rotores tipo vórtex/vazão induzido

    Rotores tipo vórtex/vazão induzido são utilizados quando o bloqueio

    do rotor é fator crítico ou quando as partículas são frágeis.

    O rotor é recuado dentro da carcaça. Somente um volume limitado do

    vazão fica em contato com o rotor, proporcionando um tratamento

    delicado para a polpa e grande capacidade de sólidos.

    Limitações

    A eficiência é significativamente menor do que em rotores fechadosou mesmo em rotores semi-abertos.

    Regras básicas

    Rotores fechados são utilizados para polpas contendo partículas

    grossas visando a mais alta eficiência e melhor durabilidade (resistência

    ao desgaste) – verifique os tamanhos máximos de sólidos.

    Rotores abertos  são utilizados para polpas de alta viscosidade, ar

    aprisionado e quando problemas de bloqueio podem ser previstos.

    Rotores tipo vórtex/vazão induzido  são utilizados para materiais

    grandes com sólidos moles, fibrosos ou para o manuseio ‘delicado’, ou

    partículas frágeis, alta viscosidade e ar aprisionado.

    Diâmetro do rotor

    “O diâmetro de um rotor determina a altura manométrica produzida em

    qualquer velocidade.”

    Quanto maior o diâmetro do rotor, maior será a altura manométrica

    alcançada.

    Um rotor de grande diâmetro operando muito lentamente alcançaria a

    mesma altura manométrica quanto um rotor menor operando muitomais rapidamente (um aspecto chave quanto se trata de desgaste - vide

    seção 6).

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    5-22Componentes

    Qual será o diâmetro correto?

    Os fatores que orientaram a Metso em relação a este aspecto são:

    Para serviços altamente abrasivos, queremos grande durabilidade

    e eficiência razoável! Para serviços abrasivos e levemente abrasivos

    queremos durabilidade razoável e alta eficiência!

    Resumindo:

    Para os serviços altamente abrasivos, utilizamos rotores grandes queproporcionam longa vida útil e eficiência razoável.

    Portanto, mesmo que grandes rotores sejam mais caros e proporcionem

    eficiência um pouco menor, eles compensam mais (em termos de

    retorno financeiro) nos serviços altamente abrasivos.

    Para os serviços abrasivos, onde o desgaste não é a principal

    preocupação, rotores pequenos são mais econômicos, e proporcionam

    maior eficiência.

    Esta relação é conhecida como:

    IMPELLER ASPECT RATIO  (IAR - Relação de Aspecto do Rotor)= Diâmetro do rotor / Diâmetro do bocal de admissão.

    Por exemplo:

     para serviços altamente abrasivos, utilizamos um IAR = 2,5:1

     para serviços abrasivos,utilizamos um IAR = 2,0:1

     para serviços levemente pesados, podemos utilizar um IAR abaixo de 2,0:1.

     Todos os parâmetros acima foram considerados pela Metso ao projetar

    sua série de Bombas de Polpa, proporcionando ótima economia

    operacional nos vários tipos de serviço.

    Largura do rotor“A largura do rotor determina o vazão da bomba em qualquer velocidade.” 

    Um rotor de grande largura operando lentamente poderia produzir

    a mesma vazão (velocidade de vazão) quanto um rotor mais estreito

    operando a velocidade maior, mas ainda mais importante - a velocidade

    relativa ao vane e shroud seria consideravelmente mais alta (um aspecto

    chave quando falamos em desgaste - vide seção 6).

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    5-23 Componentes

    Lembre-se: 

    Comparadas às bombas d’água e dependendo do ‘perfil de desgaste’,

    as Bombas de Polpa normalmente têm rotores que são

    não só maiores,

    mas também

    muito mais largos.

    Limitações em geometria e por quê?

    Naturalmente há vários limites práticos em relação à geometria dos

    rotores de Bombas de Polpa.

    Estes limites são determinados por:

    “o desempenho hidráulico ótimo em relação a cada tamanho de bomba” 

    “a necessidade de padronização do produto” 

    “o custo de produção do rotor e da carcaça” 

    Considerações práticas a partir destas limitações proporcionam um

    portfólio ou série de produtos hamônica.

    A carcaça da Bomba de PolpaUma das funções da carcaça é captar o vazão proveniente de toda a

    circunferência do rotor, convertendo-o num padrão de vazão desejável

    e dirigindo-o para uma saída (ponto de descarga) da bomba. Outra

    função importante é a de reduzir a velocidade do vazão e converter

    sua energia cinética em energia de pressão.

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    5-24Componentes

    E quanto à forma da carcaça?

    A carcaça e o rotor são combinados de modo a permitir o melhor

    padrão de vazão (e conversão de energia) possível.

    Em voluta Semi-voluta Concêntrica

    Voluta ou concêntrica?A forma voluta proporciona maior eficiência em conversão de energia

    comparado com a forma concêntrica e, por volta do ponto de trabalho

    ideal de vazão/altura manométrica , ela ocasiona cargas radiais muito

    baixas no rotor.

    Carcaças bipartidas ou inteiriças?

    Carcaça inteiriça

    No caso da maioria das bombas de metal duro, a voluta normalmenteé constituída de uma única peça maciça. Este desenho é o mais custo-

    eficiente em termos de fabricação e não há exigências de ordem prática

    para se dividir a voluta em duas metades.

    Algumas bombas revestidas de borracha também utilizam uma voluta

    inteiriça, especialmente nos tamanhos menores em que é mais prático

    e econômico utilizar uma voluta sólida.

     

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    5-25 Componentes

    Carcaça bipartida

    Dividir uma carcaça acrescenta custo à bomba e, por isso, só é feito

    quando necessário.

    A bipartição facilita a substituição de peças, particularmente no

    caso de bombas revestidas de borracha maiores.

     

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    5-26Componentes

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    6-27 Proteção ao desgaste

    6. PROTEÇÃO AO DESGASTE

    Numa Bomba de Polpa, o rotor e o interior da carcaça estão sempre expostos à polpa e, portanto,

     precisam ser protegidos apropriadamente contra o desgaste.

    “A escolha do material do rotor e da carcaça é tão importante quanto à escolha da bomba em si!”

    Há três condições diferentes que ocasionam desgaste numa Bomba de Polpa

    Abrasão

    Erosão

    Corrosão

    Abrasão

    Abrasão por esmagamento

    Abrasão por moagem

    Abrasão de baixa pressão

    Em Bombas de Polpa, o que temos, principalmente, é a abrasão pormoagem e de baixa pressão

    A taxa de abrasão depende do tamanho de partícula e dureza domaterial.

    A abrasão somente ocorre em dois locais dentro de uma Bomba de Polpa

    1. Entre o rotor e o ponto de admissão (bocal) estacionário.

    2. Entre a luva de eixo e o conjunto de gaxetas.

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    6-28Proteção ao desgaste

    Erosão

    Este é o desgaste que predomina nas Bombas de Polpa. A razão dissoé que partículas existentes na polpa impactam a superfície do seumaterial por diversos ângulos.

    O desgaste por erosão é fortemente influenciado pelo modo queoperamos a bomba.

    O desgaste por erosão, em geral, tem seu nível mínimo à vazão no BEP(“Best Efficiency Point” ou Ponto de Melhor Eficiência) e aumenta tantocom vazões menores quanto maiores. Vide seção 12.

    Por motivos que não são bem compreendidos, o desgaste por erosãotambém pode aumentar dramaticamente se permitimos que a bombaopere “roncando”; isto é, levando ar para dentro do tubo de sucção.Vide página 11-84 onde se encontra o desenho do poço - da bombade poço.

    Já se sugeriu que isto pode ser causado por cavitação devido à

    vibração das superfícies da bomba à medida que o ar flui por estassuperfícies. Essa hipótese, porém, é difícil de aceitar tendo em vista queas bolhas de ar geralmente atenuam a cavitação, movimentando-separa preencher as cavidades de vapor. Vide página 10-64 para umdescrição de cavitação.

    Há três tipos principais de erosão.

    Leito deslizante

    Baixo impacto ângular

    Alto impacto ângular

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    6-29 Proteção ao desgaste

    Efeito da erosão sobre componentes da bomba

    Rotor

    O rotor está sujeito a desgaste por impacto (alto e baixo) principalmenteno seu olho, no shroud do lado da caixa de gaxeta (A), quando a vazãogira 90º. Na borda do vane (B).

    O leito deslizante e baixo impacto angular ocorrem ao longo das vanesentre os shrouds do rotor (C).

    Revestimentos laterais estão sujeitos ao leito deslizante e abrasão poresmagamento moagem

     

    C

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    6-30Proteção ao desgaste

    Voluta

    A voluta está sujeito ao desgaste por impacto sobre o corta-água.Leito deslizante e baixo impacto angular ocorrem no resto da voluta.

     

    Corrosão

    A corrosão (e ataques químicos) nas vias úmidas de uma Bomba dePolpa é um fenômeno complexo, tanto em relação ao material metálicoquanto de elastômero.

    Para orientação, as tabelas de resistência química para material

    metálico e de elastômero encontram-se na página 6:35 e seção 19.

    Proteção contra desgaste - quais as opções?

    Existem algumas opções principais na escolha de proteção contradesgaste para Bombas de Polpa:

    Rotor e carcaça em Metal Duro e várias ligas de ferro fundido brancoe aço.

    Rotor fabricado em elastômeros e carcaça protegida por revestimentode elastômero. Os elastômeros são, normalmente, borracha de váriasqualidades ou poliuretano.

    Uma combinação de um rotor em metal duro e carcaças revestidasde elastômeros.

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    6-32Proteção ao desgaste

    Efeito do tamanho de partícula na seleção do materialTABELA 1 Classificação de Bombas Conforme o Tamanho de Partículas Sólidas (partículas com ‘dureza de areia’).

           P     u       l     v     e     r       i     z     a       d     o

    Série de telas padrão Tyler Tamanho de Partícula  DescriçãoPol. mm Malha de partícula Classificação geral da bomba3

    21,51,050 26,670,883 22,430,742 18,85 Peneira Bomba de Bomba0,624 15,85 cascalho aço- de0,525 13,33 manganês dragagem0,441 11,20 pumps0,371 9,423 austenítico0,321 7,925 2,5 Bombas0,263 6,68 3 Bombas revestidas de

    0,221 5,613 3,5 de borracha, rotor ferro Bomba0,185 4,699 4 fechado, partículas duro de areia0,156 3,962 5 obrigatoriamente e0,131 3,327 6 redondas cascalho/0,110 2,794 7 brita0,093 2,362 8 Bombas0,078 1,981 9 Areia revestidas0,065 1,651 10 bastante de borracha, Bomba0,055 1,397 12 grossa impeller de areia0,046 1,168 14 rotor fechado0,039 0,991 16 Areia

    0,0328 0,833 20 grossa0,0276 0,701 240,0232 0,589 28 Bombas de0,0195 0,495 32 Areia poliuretano0,0164 0,417 35 média & Bombas0,0138 0,351 42 revestidas0,0116 0,295 48 de0,0097 0,248 60 borracha, Bomba0,0082 0,204 65 Areia rotor de polpa0,0069 0,175 80 fina aberto0,0058 0,147 1000,0049 0,124 1150,0041 0,104 1500,0035 0,089 1700,0029 0,074 200 Lodo Bombas0,0024 0,061 250 de0,0021 0,053 270 ferro0,0017 0,043 325 duro0,0015 0,038 400

    0,025 a5000,020 a6250,010 a12500,005 a25000,001 a12500

    Argila de Barro

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    6-33 Proteção ao desgaste

    Escolha do material de desgaste – Metais

    Metal geralmente suporta mais abuso do que borracha e é a melhorescolha para material grosseiro.

    Os metais utilizados são, principalmente:

    Ferro Alto Cromo

    Ferro alto cromo de alta resistência com dureza nominal de 650 BHN.Pode ser utilizado em condições de pH até 3,5 (menor valor admissível).É o material ‘standard’ para a maioria das séries/faixas de utilizaçãode bombas.

    Aço manganês

    Aço manganês com dureza de até 350 BHN. Usado principalmente em

    aplicações de dragagem

    Escolha do material de desgaste – Elastômeros

    A borracha natural é, de longe, o principal elastômero utilizado noBombeamento de Polpa. É o mais custo-eficiente para sólidos finos.

    Geralmente, dependendo de sua agudeza e densidade, partículas comtamanho de até 5-8 mm podem ser bombeadas.

    Aviso!

    Sucata muito grande e partículas cortantes podem destruir as peçasde desgaste, especialmente o rotor

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    6-34Proteção ao desgaste

    As famílias de elastômeros

    Borrachas naturais

    Borrachas sintéticas e poliuretano

    As qualidades da borracha natural são:

    Borracha natural 110  Material de revestimento macio

    Borracha natural 168  Material de rotor de alta resistência

    Borracha natural 134  Material de revestimento de alto desempenho

    Borracha natural 129  Material de alto desempenho comresistência mecânica extra

    Estes materiais são fornecidos como materiais padrão com diferentesséries de bombas.

    Qualidade de borracha sintética:

    A Metso oferece uma ampla série de outras borrachas sintéticas.

    Estes materiais são utilizados principalmente quando não se podeusar a borracha natural.

    Os principais tipos de borracha sintética encontram-se na tabelana página a seguir, a qual pode ser utilizada como guia geral para a

    escolha do elastômero.

    Existem mais tipos de poliuretano do que tipos de aço. As comparaçõesentre os poliuretanos devem ser feitas com muito cuidado. A Metsoutiliza um poliuretano especial do tipo MDI.

    Há poliuretano para a maioria das séries/faixas de utilização debombas e o material proporciona excelente resistência ao desgastepara operações com partículas finas (

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    6-35 Proteção ao desgaste

    Material Propriedades Propriedades Propriedadesfísicas químicas térmicas

      Max. Resistência Água Ácidos Óleos, Maior temp.Velocidade ao quente, fortes e hidro- de serviço (oC)

      periférica do desgaste ácidos oxidantes carbo- Continuamente  Rotor (m/s) diluídos netos Ocasionalmente

    Borrachas  27 Muito boa Excellente Razoável Ruim (-50) to 65 100naturais

    Cloropreno 452 27 Boa Excellente Razoável Boa 90 120

    EPDM 016 30 Boa Excellente Boa Ruim 100 130

    Borracha  30 Razoável Excellente Boa Ruim 100 130Butílica

    Poliuretano  30 Muito boa Razoável Ruim Boa (-15) 45-50 65

    Para dados exatos sobre resistência química consulte as tabelas na seção 19.

    Revestimentos de cerâmica

    Apesar da cerâmica ter alta resistência ao desgaste, temperatura e àmaioria dos produtos químicos, ela nunca foi realmente aceita comoum material padrão para o dia-a-dia do Bombeamento de Polpa.

    Por ser tanto frágil quanto de fabricação cara.

    Trabalho para o desenvolvimento de cerâmica continua na tentativade melhorar a sua aceitação.

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    6-36Proteção ao desgaste

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    7-37 Selagens

    7. SELAGENS

    “Se os desenhos dos rotores e carcaças são essencialmente os mesmos para todas as nossas Bombas

    de Polpa, definitivamente não se pode dizer o mesmo em relação às selagens para estes sistemas

    hidráulicos!”

    Parâmetros críticos para a escolha de selagens

    Horizontal:  Vazamento de polpa (sucção afogada), vazamento

    de ar (sucção elevada), deflexão de eixo, e altura de

    sucção

     

    Vertical:  Projetada sem selagens de eixo

     

    Submersível: Vazamento de polpa, conexões elétricas

     

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    7-38Selagens

    Selagens de eixo

    “Onde o eixo penetra na carcaça, previne-se o vazamento (ar ou

    polpa) através do uso de várias selagens de eixo”!

    “A selagem do eixo é a função mais importante a realizar em

    qualquer Bomba de Polpa.”

     “A escolha da selagem correta para qualquer aplicação é essencial.”

    Função básica da selagem de eixo

    A função básica de uma selagem de eixo é pura e simplesmente tampar

    o buraco na carcaça por onde passa o eixo, restringindo (quando não

    impedindo) os vazamentos.

    Tipo de vazamento

    Na sucção afogada, o vazamento é geralmente de um líquido saindo

    da bomba, por outro lado, em elevação da sucção, tal ‘vazamento’ pode

    ser de ar entrando na bomba.

    Localização e tipos de selagens

    As selagens se localizam num alojamento ou caixa de gaxetas. Três

    desenhos básicos estão disponíveis:

    • Selagem por Gaxetas (‘Soft Packed gland’ )

    • Selagem Mecânica (faces planas carregadas por mola)

    • Selagem dinâmica

     

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    7-39 Selagens

    Selagens com água

    Para a maioria das Bombas de Polpa, o líquido usado para a selagem

    é água limpa. Para proporcionar a melhor durabilidade possível de

    selagem, a água deverá ser de boa qualidade sem quaisquer partículas

    sólidas.

    Onde um pouco de diluição da polpa for aceitável, as selagens de

    preenchimento por gaxetas são normalmente a primeira escolha,com duas opções:

    Tipo ‘full flow’, para o caso em que uma diluição da polpa não é um

    problema.

    Quantidades típicas de descarga para o tipo ‘full flow’:

    10-90 litros/min (dependendo do tamanho da bomba)

    Tipo ‘low flow’ quando a diluição é um problema menor.

    Quantidades típicas de descarga para o low flow “baixo vazão”:

    0,5- 10 litros/min (dependendo do tamanho da bomba).

    Obs!

    A opção de enchimento ‘full flow’, quando aplicável, normalmente

    proporciona a maior ‘vida útil de selagem’ para as Bombas de Polpa.

    Vazão Pleno Baixo Vazão

     

    Selagens mecânicas também são oferecidas, com e sem água. Se água

    for utilizada (as configurações com gaxetas são mais econômicas e

    de manutenção mais fácil), deve-se sempre considerar um caixa de

    gaxetas, contanto que o vazamento externo seja aceitável.

    Com relação às selagens metálicas sem água, vide a página a seguir.

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    7-40Selagens

    Selagens sem água

    Para proporcionar uma selagem confiável sem água de descarga (flush

    water), utilizamos selagens centrífugas (expellers ou expelidores).

    Selagens centrífugas

    Um expeller utilizado em conjunto com um alojamento preenchido

    com selagem (caixa de gaxetas) é descrito como uma selagemcentrífuga.

    Apesar de selos centrífugos existirem há muitos anos, só recentemente

    é que o desenho e a tecnologia de materiais avançaram a ponto de

    permitir que uma grande parcela das Bombas de Polpa fornecidas

    hoje em dia incluam um expeller.

    O selo centrífugo só é eficaz quando a bomba está em operação.

    Quando a bomba está parada (estacionária), uma selagem

    convencional estática é proporcionada pela selagem do eixo, mas

    utiliza menor número de anéis de gaxeta de enchimento do que numalojamento (caixa de gaxetas) convencional.

    Descrição – Expeller

    O ‘expeller’ ou expelidor é, na verdade, um rotor secundário

    posicionado atrás do rotor principal, alojado em sua própria câmara

    de selagem, próximo à carcaça principal da bomba.

    Funcionando em série com as vanes de expulsão da capa traseira

    do rotor, o expeller evita que o liquido vaze para a caixa de gaxetas,

    assegurando uma selagem seca.

    “Essa selagem é conseguida porque a pressão total produzida pelas

    vanes de expulsão e pelo rotor é maior do que a pressão produzida

    pelas vanes principais do rotor, somada à altura manométrica da

    sucção.”

    A pressão da caixa de gaxetas, com um selo centrífugo, se reduz,

    portanto, à pressão atmosférica

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    7-41 Selagens

    Limitações do selo centrífugo

     Todos os selos centrífugos são limitados em termos da altura

    manométrica de entrada que eles conseguem vedar em relação à

    altura manométrica de operação da bomba.

    O limite de altura manométrica de entrada aceitável, no primeiro

    caso, é determinado pela relação entre o diâmetro do expeller (selo

    centrífugo) e o diâmetro do vane principal do rotor.Variando conforme o seu desenho, a maioria dos expellers (selos

    centrífugos) proporcionarão selagem contanto que a altura

    manométrica de entrada não exceda 10% da altura manométrica

    operacional de descarga para os rotores padrão. Cálculos exatos são

    feitos por nosso software de dimensionamento PumpDim™.

     

    Selo Dinâmico – sumário dos benefícios

    “Não requer água de selagem”

    “Não há diluição provocada por água de selagem”

     “Menor manutenção de gaxetas”

    “Sem vazamento nas gaxetas durante a operação”

    Selos mecânicos

    Selagens mecânicas terão que ser consideradas nos casos em que não

    for possível o uso de selos dinâmicos (vide limitações acima).

    As selagens mecânicas são selos de alta precisão, lubrificados e

    refrigerados a água, que funcionam dentro de faixas de tolerância tais

    que as partículas de polpa não conseguem penetrar nas superfícies

    de selagem o que causaria sua destruição.

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    7-42Selagens

     

    Os selos mecânicos são bastante sensíveis a deflexão do eixo e

    vibrações.

    Um arranjo de eixo e mancal (rolamento) rígido é crucial para que se

    tenha êxito na operação.

    Se o selo mecânico não estiver imerso num líquido, o atrito entre as

    superfícies de selagem irá gerar calor, levando as faces a falharem em

    questão de segundos. Isto também pode acontecer se os vanes de

    descarga do rotor da bomba forem eficazes demais.

    O maior senão, porém, é o custo que é bastante alto.

    O trabalho de desenvolvimento em busca de selos mecânicos com

    melhor custo efetivo e confiáveis é contínuo e esse tipo de selagemé, a partir de hoje, também uma opção viável para bombas de polpa.

    Selo mecânico - a única opção para bombas submersíveis!

    Quando se trata da selagem dos rolamentos de um motor elétrico em

    uma bomba submersível, não há alternativa se não os selos mecânicos

    (selagens mecânicas).

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    7-43 Selagens

    O conjunto de selagem consiste de dois selos mecânicos independentes,

    funcionando em óleo.

    No lado onde se encontra o rotor, as superfícies de selagem são de

    carbeto de tungstênio contra carbeto de tungstênio e no lado onde

    está o motor, carbono contra cerâmica.

    Obs! Nestas bombas há também um pequeno disco expulsor fixado

    ao eixo atrás do rotor para proteger os selos selos.

    Isto não é um selo centrífugo conforme descrito acima para as

    bombas horizontais!

     Trata-se de uma espécie de defletor ou disco de proteção mecânica,

    impedindo que as partículas da polpa danifiquem o selo mecânico

    inferior.

    Bombas de Polpa sem selagens - desenhos verticais

    As duas razões principais para o desenvolvimento de Bombas de Polpa

    Verticais foram:

    • Utilizar motores secos, protegidos de inundação

    • Eliminar os problemas de selagem

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    7-44Selagens

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    8-45 Eixos e mancais

    8. EIXOS E MANCAIS

    Desenhos de transmissões

    Bombas de Polpa Horizontais

    Os rotores são apoiados num eixo que, por sua vez, é sustentado pormancais antiatrito.

    Os rolamentos são geralmente lubrificados a óleo ou graxa.

    Em nossas Bombas de Polpa, o rotor é sempre montado na extremidadeterminal do eixo.

    O acionamento do eixo é normalmente feito por correias e polias, ouvia um acoplamento flexível (com ou sem redutor).

    Eixos de bombas e o fator SFF (Fator de Flexibilidade de Eixo)Como os rotores das Bombas de Polpa estão sujeitos a cargas maisaltas do que as bombas de água limpa, é essencial que o eixo tenhaum desenho robusto.

    O fator de flexibilidade de eixo (SFF - Shaft Flexibility Factor) relacionao diâmetro do eixo, no ponto do selo D (mm), como o comprimentoem balanço (desde o rolamento da via úmida até a linha central dorotor) L (mm) e é definido como L3/D4.

    Esta é uma medida da susceptibilidade do eixo a deflexão (o que écrítico para selagem do eixo e a vida útil do rolamento).

    Valores típicos de SFF para Bombas de Polpa Horizontais são de 0,2a 0,75.

    Valores típicos de SFF para líquidos limpos são de 1 a 5.

    Obs! A deflexão de eixo ocorre tanto nas Bombas de Polpa horizontais

    quanto nas verticais, mas quanto mais longo a parte suspensa, maior

    a deflexão em relação à mesma carga radial!

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    8-46Eixos e mancais

    Informações básicas sobre mancais

    Vida útil-L10

    A vida útil de um rolamento é calculada utilizando o método ISO 281.

    A vida que calculamos é a chamada vida útil L10 . Esse valor é o númerode horas em que é previsto que 10% dos rolamentos em uso sob

    aquelas condições de operação sofrerão falha.

    A vida útil média é de aproximadamente quatro vezes a vida útil L10

     .

    As Bombas de Polpa da Metso, em sua maioria, são dimensionadaspara uma vida L

    10  mínima de 40.000 horas, isto é, 160.000 horas de

    vida média.

    É claro que os rolamentos irão falhar muito mais rapidamente se forem

    contaminados pela polpa.

    Configurações de mancaisCargas radiais

    Em serviços como o preenchimento e pressurização de filtros-prensa,onde são encontradas baixas taxas de vazão com grandes alturasmanométricas, as cargas radiais nos rotores são altas e, então,conjuntos duplos de rolamentos de via úmida são utilizados paraproporcionar um vida útil L

    10  superior a 40.000 horas (isto é, 10% de

    falha em 40.000 horas). Vide capítulo 12 para maiores detalhes sobrecargas radiais.

    Cargas axiais

    Em serviços tais como bombeamento em série multi-estágio, ondecada bomba segue imediatamente depois de outra (i.e as bombas nãosão colocadas espaçadamente ao longo da linha), altas cargas axiaissão encontradas devido à grande altura manométrica de entrada nosegundo estágio e estágios subseqüentes. Para atender a exigênciade vida útil de rolamento mínima, podem ser necessários duplosrolamentos no lado do acionamento. Vide capítulo 12 para maioresdetalhes sobre cargas axiais.

    Mancais e arranjos

    Numa Bomba de Polpa, temos tanto forças radiais quanto forças axiaisagindo sobre o eixo e os rolamentos.

    A escolha de rolamentos segue duas linhas de raciocínio:

    O primeiro arranjo ou conjunto com um rolamento na via úmida,absorvendo somente as forças radiais, e um rolamento na extremidadepropulsora, absorvendo tanto forças axiais quanto forças radiais.

    O segundo arranjo, utilizando rolamentos de rolos cônicos (dos tipospadrão, fabricados em massa) em ambas as posições, absorvendo tantoas cargas axiais quanto radias em ambas as posições.

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    8-47 Eixos e mancais

    Escolha de mancais

    Na série de Bombas de Polpa, ambos os arranjos são utilizados,variando conforme a série da bomba

    Primeiro arranjo

      Segundo arranjo

     No desenho vertical onde o segmento em balanço é extremamentelongo, utiliza-se o primeiro arranjo de rolamentos.

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    8-48Eixos e mancais

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    9-49 Acionamentospara bombas de polpa

    9. ACIONAMENTOS PARA BOMBAS DE POLPA

    Existem dois desenhos básicos de acionamentos para Bombas de

    Polpa:

    1. Acionamentos indiretos utilizados nas bombas horizontais e

    verticais, consistindo de motor (em vários arranjos de acionamento)e de transmissão (correia em V ou redutor).

    Este conceito permite a liberdade de escolher motores de baixo

    custo (de 4 pólos) e componentes de acionamento conforme o

    padrão industrial local. Tem-se também boa flexibilidade para alterar

    o desempenho da bomba através de uma simples mudança de

    velocidade.

    2. Acionamentos Diretos  são sempre utilizados em bombas

    submersíveis e, onde casos em que a aplicação assim determinar,

    também nas bombas horizontais e verticais.

    Por este conceito de acionamento fazer com que ele seja parte

    integral da bomba, isto causa problemas tanto para o fornecimentode componentes quanto para a alteração do desempenho da bomba.

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    9-50Acionamentospara bombas de polpa

    Acionamentos indiretos

    Escolha de motores

    De longe, o motor mais comum é o motor de indução tipo ‘gaiola-de-

    esquilo’ que é econômico, confiável e produzido em todo o mundo.

    A prática no dimensionamento de motores de bombas é de estabelecer

    um fator de segurança mínimo,

    acima da potência absorvida calculada, de 15%.

    Essa margem leva em conta incertezas no cálculo de cargas de trabalho

    e modificações do tipo de trabalho posteriormente.

    Com unidades propulsoras de correia em V, é normal optar por motores

    de quatro pólos pois isto proporciona o arranjo/conjunto propulsor

    mais econômico.

    Arranjos de acionamentos/acionadores

    Há vários arranjos (disposições) de acionamento disponíveis em relaçãoa motores elétricos com propulsão a correia, isto é: superior, superior

    reversa, e montagem lateral.

    Comentários sobre arranjos de acionamento

    Os arranjos mais comuns de unidades propulsoras são os de motores

    com montagem lateral e superior. A montagem em posição sobre abomba é geralmente a mais econômica e eleva o motor, distanciando-o

    do piso e de derramamentos.

    Se a bomba tiver desenho do tipo “back-pull out” e for montada

    sobre uma base de manutenção deslizante a manutenção pode ser

    significativamente simplificada.

    Limitações em relação à montagem superior:

    O tamanho do motor é limitado pelo tamanho da estrutura da bomba.

    Se a montagem superior não puder ser utilizada, utilize motores de

    montagem lateral (com trilhos deslizantes para o tensionamento da

    correia).

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    9-51 Acionamentospara bombas de polpa

    Transmissões por correia em V (V-belt) (acionamentos de velocidade fixa)

    Os diâmetros dos rotores de Bombas de Polpa (de metal duro ou

    elastômeros) não pode ser alterado com facilidade, portanto, para

    se conseguir alterações no desempenho, é necessário uma mudança

    na velocidade. Isso se faz, normalmente, com um propulsor a correia

    em V. Alterando-se uma ou ambas as polias, pode-se fazer a “sintonia

    fina” da bomba para alcançar o ponto de carga de trabalho, mesmo

    quando as aplicações são alteradas.

    Contanto que as correias estejam tensionadas corretamente, os

    modernos acionamentos a correia em V são extremamente confiáveis,

    com uma vida útil esperada de 40 000 horas e perda de potência de

    menos de 2%.

    A razão de velocidade máxima típica para os acionamentos a correia

    em V é de 5:1, com motores de 1500 rpm, e 4:1 com motores de 1800

    rpm.

     

    Transmissões a correia em V - limitações

    Quando a velocidade da bomba for baixa demais (bombeamento de

    dragagem) ou quando a potência for alta demais, as correias em V

    não são adequadas.

    Nesses casos, é necessário o uso de redutores ou correias dentadas.

    Os acionamentos a correia dentada estão se tornando cada vez mais

    populares, proporcionando a flexibilidade dinâmica de um propulsor

    a correia em V com tensão mais baixa.