Boletim_Especial_Ano_13

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Toda a informação contida neste documento é da inteira responsabilidade da Associação ABRAÇO e das pessoas que nos remetem, tendo sido corrigidos, alterados os nomes e as fotos adaptadas pois não correspondem aos nossos utentes mas apenas a amigos, voluntários e colaboradores. UM BOLETIM PARA PESSOAS INFECTADAS E AFECTADAS PELO VIH/SIDA ® ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOAS COM VIH/SIDA EDIÇÃO ESPECIAL - ANO 13 * DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 2ª Década séc. XXI Que perspectivas?... “CARTA DE LISBOA” - 19 MARçO 2010 III COngRESSO CPLP LISBOA

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“CARTA DE LISBOA” - 19 MARçO 2010 III COngRESSO CPLP LISBOA VIH/SIDA ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOAS COM VIH/SIDA EDIÇÃO ESPECIAL - ANO 13 * DISTRIBUIÇÃO GRATUITA UM BOLETIM PARA PESSOAS INFECTADAS E AFECTADAS PELO ®

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Toda a informação contida neste documento é da inteira responsabilidade da Associação ABRAÇO e das pessoas que nos remetem, tendo sido corrigidos, alterados os nomes e as fotos adaptadas pois não correspondem aos nossos utentes mas apenas a amigos, voluntários e colaboradores.

UM BOLETIM PARA PESSOASINFECTADAS E AFECTADAS PELO

VIH/SIDA

®

ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOAS COM VIH/SIDAEDIÇÃO ESPECIAL - ANO 13 * DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

2ª Década séc. XXIQue perspectivas?...

“CARTA DE LISBOA” - 19 MARçO 2010III COngRESSO CPLP LISBOA

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Ficha Técnica Edição: ABRAÇO Direcção: ABRAÇO Redacção: António Guarita & Samuel Fernandes Marketing: Ana Palhares, Heloísa Flôres & Patrícia Madeira Cooperação Internacional: António Guarita Serviços Jurídicos: Paula Policarpo Design Gráfico: António Guarita Projectos: Equipa ABRAÇO. Norte, Sul, Ilhas e Voluntários Colaboradores Produção: António Guarita Fotografia: Heloísa Flôres Paginação: António GuaritaDistribuição: Centro de Documentação ISSN 0872-8623 Distribuição: Gratuita Depósito Legal: 104216/96 Impressão: Impriluz Gráfica, Lda. Tiragem: 20 000 Exemplares

EDITORIAL

Eis-nos chegados à 2ª década do Novo Milénio, em que as nossas aspirações e sonhos continuam a borbulhar, no sentido de tentar debelar as mais diversas epidemias que nos foram legadas pelo século passado, o último do milénio anterior.

No contexto das actividades da Abraço, ao longo de praticamente 18 anos de existência, também acalentamos as nossas esperanças e expectativas, no sentido de ver o VIH/SIDA controlado, apostando sempre nas acções de prevenção, na divulgação de informação precisa e actualizada.

Como é do domínio público, ainda não existe qualquer tipo de cura para o VIH, apesar de termos terapias potentes no combate à infecção. Assim, a solução mais adequada será adoptar medidas preventivas adequadas, para que se possa evitar a disseminação do contágio. Entre elas, se for em termos de envolvimento sexual, o uso imprescindível do preservativo (masculino ou feminino), que tem sido uma das maiores campanhas, neste período o destaque tem sido direccionado para o grupo dos HSH (Homens que têm sexo com homens) – de acordo com as directivas ao nível da Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, da ONUSIDA e da OMS.

Não nos podemos esquecer que existe também o grupo dos utilizadores de drogas por via endovenosa, e cujos cuidados redobrados num âmbito de prevenção, através do programa de Troca de Seringas, nunca serão de mais lembrar.

Existe toda uma série de acções no terreno e os meios de comunicação social, bem como as tecnologias modernas, desempenham um papel fulcral na divulgação das actividades voltadas para a prevenção e para a informação.

Agora, ainda mais recentemente, a utilização das Redes Sociais na Internet também têm um desempenho inegável de eficácia na globalização da informação. Se bem usadas, atingiremos os objectos a que nos propomos, de uma forma simples, efectiva e rápida.

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ÍNDICE + EDITORIAL + FICHA TÉCNICA

ÍNDICE EDITORIAL

Copyright © ABRAÇO Todos os direitos reservados

Págs. 2, 3 e 4 Índice e EditorialPágs. 4 a 27 Artigos e Novidades (Lançamento de colecção de Jóias de Gio Rodrigues - saiba mais, na pág. 5)Págs. 26 e 27 O seropositivo e a auto imagem corporal - Dr. José António Machado Teixeira, PsicoterapeutaPágs. 28 a 54 Artigos e ActividadesPágs. 42 e 43 Alunos da ESEL na AbraçoPágs. 44 e 45 50+ Expo SéniorPágs. 46 a 51 III Congresso da CPLP - LisboaPág. 55 Bolo de Morango, Pêssego e Natas - Rejivan S. OliveiraPág. 56 Agradecimentos + Sugestão LiteráriaPág. 57 Agendas Nacional e InternacionalPág. 58 Salada de Queijo Fresco com Penne - Rejivan S. OliveiraPág. 59 Ficha de SócioContra-capa Contactos

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A vacina, por enquanto, continua a fazer parte dos sonhos de todos quantos se preocupam com a saúde. Todavia, é um tema que proporciona o debate, a investigação incessante e, tanto a comunidade médica, como a sociedade civil, incluindo os infectados e afectados pelo vírus, continuam nesta espera agonizante, mas sempre com esperança, de que em breve consigamos isolar o vírus.

Mudando radicalmente o teor deste preâmbulo, eis-nos chegados também ao término de um Projecto financiado, como tem sido este Boletim e a nossa Newsletter on-line.

Aparentemente a divulgação não é considerada um projecto inovador, por existir há muito tempo. No entanto, isso não será um obstáculo definitivo para que a estes projectos não seja dada a continuação que merecem.

Aprendemos muito com as imprecisões e lapsos de um passado recente e a solução adequada, neste contexto, é avançar sem receios e continuar a considerar a informação um meio imprescindível de chegar ao maior número possível de pessoas, tanto a nível individual como organizações e entidades diversas.

Falando em Projectos que não são considerados prioritários e inovadores, por já estarem em execução há já alguns anos, temos a referir o nosso Gabinete Médico-Dentário, que tem satisfeito as necessidades de higiene oral a tantos utentes e seus familiares. Este mesmo projecto tem demonstrado que continua a ser único, pelo menos no nosso país,

e que é um bem precioso que não se pode deixar acabar, para benefício de centenas de indivíduos que têm sido consultados e tratados pela Abraço. O número de médicos dentistas voluntários continua elevado e graças a eles também tem sido possível continuar a zelar pela saúde dos nossos pacientes, a nível oral. Com a patologia do VIH sempre a obstar a uma boa qualidade de vida em todos os níveis, há que estar alerta e oferecer um serviço que, além de ser gratuito, a deixar de existir, iria deixar muitos dos nossos utentes em “maus lençóis” e com problemas acrescidos. Tanto assim é que a discriminação e o estigma continuam a existir também, embora muitas vezes de uma forma dissimulada e muito embora não devesse ser assim, a realidade é que, mesmo no meio médico-dentário, estes tipos de situações existem ainda, infelizmente. Para além disso, a área do VIH, a nível privado, aparentemente não é tão bem aceite como se poderia pensar e o que se quer, de facto, é implementar a abrangência. Acresce a circunstância negativa de, na generalidade, os utentes e respectivas famílias não conseguirem suportar os gastos com a higiene oral, por não serem de todo acessíveis a todas as bolsas.

Resta-nos esperar que as situações se vão resolvendo da melhor forma e que, no final, todos fiquem a beneficiar.

Entretanto, enquanto tal não se concretizar na prática, há que continuar a trabalhar para que se consigam atingir os tão almejados objectivos.

Até breve e façam-nos chegar as vossas dúvidas e sugestões.

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Largo José Luís Champalimaud, n.º 4 A1600-110 Lisboa Tel: (+351) 21 799 75 00 Fax: (+351) 21 799 75 09 Email: [email protected]

EDITORIAL

EDITORIAL

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ARTIGOS

É um verdadeiro privilégio poder continuar a servir a comunidade.

Estamos a dar contas das mais recentes novidades em termos de VIH, bem como das actividades da Associação, que além de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) é já também ONGD (Organização Não Governamental de Desenvolvimento).

Abraço.António GuaritaCoordenador do BOLETIM Abraço

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EDITORIAL

De acordo com conclusões da equipa de investigação que contribuíram para estabelecer as bases científicas para o uso da circuncisão masculina como uma estratégia na prevenção do VIH, a redução no risco de infecção pelo VIH, após a circuncisão, pode ser o resultado de um decréscimo de bactérias na superfície do pénis, que participam no processo da infecção.

Se assim for e se as bactérias puderem ser eliminadas sem remover o prepúcio, tal procedimento pode oferecer uma alternativa não-cirúrgica para a circuncisão em locais onde o procedimento é culturalmente inaceitável ou difícil de implementar.

O estudo, publicado na edição de Janeiro de 2010 da revista Plus ONE, analisou esfregaços penianos retirados de doze participantes em Rakai, no estudo sobre a circuncisão no Uganda, que envolveu quase cinco mil homens seronegativos para o VIH que não se tinham submetido à circuncisão e escolheu aleatoriamente metade destes para serem circuncidados.

Os doze membros da coorte de follow-up do estudo foram escolhidos de forma aleatória do subconjunto de homens que tinham sido submetidos à circuncisão e que permaneceram seronegativos para o VIH, um ano após o procedimento.

Diversos tipos de bactérias vivem dentro e sobre o corpo humano, e as mudanças dos níveis destas bactérias podem afectar a saúde através de

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A circuncisão pode proteger contra o VIH devido a mudanças nas bactérias

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Margarida Martins esteve reunida com Gio Rodrigues, designer de jóias, e com o fotógrafo Ricardo Quaresma Vieira, no Hotel Vila Itália, em Cascais, com o intuito de alinhavar campanha conjunta em prol da Associação Abraço.

Gio Rodrigues -Lançamento de Colecção de Jóias Março de 2010

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NOVIDADES

RECEPÇÃO

Horário: 9H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

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A circuncisão pode proteger contra o VIH devido a mudanças nas bactérias

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mecanismos complexos que não são ainda bem compreendidos.

A equipa do estudo Rakai utilizou esfregaços penianos retirados antes da circuncisão e um ano após a circuncisão, para examinar como a composição bacteriana dos doze homens se tinha modificado. A equipa concluiu que as amostras continham mais do que 40 famílias de bactérias distintas, incluindo bactérias aeróbicas (que necessitam de oxigénio) e anaeróbicas (que não necessitam de oxigénio).

A diferença mais notável entre as amostras de pré e de pós circuncisão foi uma maior redução das bactérias anaeróbicas. Os investigadores propuseram que a remoção do prepúcio possa ter eliminado um micro-ambiente que abriga o crescimento de bactérias anaeróbicas.

A sua hipótese é apoiada pela observação

de que as parceiras femininas de homens circuncisados têm menos probabilidades de desenvolverem vaginose bacteriana, uma infecção associada à presença de níveis mais elevados do que o normal de bactérias anaeróbicas.

Colocou-se a hipótese de que o modo específico de como as bactérias anaeróbicas podem facilitar a transmissão do VIH envolve as células de Langerhans, uma componente do sistema imunitário que funciona de dois modos diferentes em relação com o VIH. Quando as células de Langerhans desactivadas encontram partículas do VIH, elas agem contra o VIH. No entanto, as células de Langerhans que foram activadas, têm um papel na ajuda da infecção pelo vírus.

As bactérias anaeróbicas podem activar as células de Langerhans na área genital, o que ajudaria a explicar

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SERV. ADMIN. & FINANCEIROS Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: [email protected]: [email protected] Email: [email protected]

A circuncisão pode proteger contra o VIH devido a mudanças nas bactérias

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ARTIGOS

porque é que a circuncisão concede uma protecção parcial contra o VIH. A remoção das bactérias anaeróbicas através da circuncisão pode ter como resultado a activação de menos células de Langerhans, deixando ao vírus, umaentrada muito menor para a infecção.

Os investigadores acreditam que a sua descoberta pode ter implicações significativas na saúde pública, que se pensa reduzir o risco de um homem adquirir o VIH através de sexo heterossexual, em 60%.

“Programas de circuncisão masculina baseada em grandes escalas de população podem nem sempre ser praticáveis, devido a barreiras culturais, logísticas e financeiras,” escrevem. “Sendo assim, é importante uma melhor compreensão dos mecanismos biológicos, através dos quais a circuncisão masculina reduz o risco de infecções pelo VIH, uma vez que isto pode levar ao desenvolvimento de novas estratégias de prevenção, não cirúrgicas.”

De acordo com um comunicado de imprensa a anunciar a publicação do artigo, estima-se que 70% dos homens por todo o mundo têm poucas probabilidades de se submeterem a uma circuncisão.

O comunicado de imprensa notou que a redução de bactérias anaeróbicas é apenas uma das múltiplas explicações propostas para o facto de a circuncisão tornar a ocorrência da infecção pelo VIH mais difícil. Após a circuncisão, a camada superior do interior do prepúcio torna-

se mais espessa, oferecendo talvez uma barreira mais eficiente contra o VIH.

A redução da quantidade de tecido da mucosa exposto às secreções vaginais pode também resultar em menos oportunidades para o VIH interagir com as células imunitárias que o vírus procura.

“Estas potenciais explicações não são mutuamente exclusivas e podem funcionar em conjunto para reduzir o risco de contrair VIH”, disse o Dr. Lance Price, um dos autores do artigo.

A equipa de investigação planeia procurar a bactéria específica associada com um maior risco de contracção do VIH, e explorar como tal bactéria pode ser eliminada.

Referência Price LB et al. The effects of circumcision on the penis microbiome. PLoS ONE 5: e8422, 2010.

Fonte: Kelly Safreed-Harman, nam, 22.01.2010http://www.aidsmap.com/pt/news/0BCBC73E-17EB-42EE-A4CB-317A9750CF6A.asp

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Após a menopausa as mulheres que vivem com VIH, podem correr um maior risco de vir a ter uma fractura devido à baixa densidade mineral óssea (DMO ou BMD, em inglês), de acordo com um estudo publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

O artigo relata diferenças significativas observadas por investigadores norte-americanos, que compararam mulheres hispânicas e afro-americanas seronegativas e seropositivas para a infecção pelo VIH, em menopausa.

O grupo composto por mulheres seropositivas teve valores mais baixos de DMO em comparação com o grupo composto por mulheres seronegativas, parecendo mostrar ainda variações mais rápidas de alterações metabólicas no tecido ósseo.

Com uma população crescente de pessoas seropositivas na faixa etária dos 50 anos ou mais, há uma necessidade cada vez maior de compreender a interacção entre o VIH e as doenças relacionadas com a idade.

Com o envelhecimento, tanto as mulheres como os homens perdem densidade mineral óssea, contudo, as mulheres encontram-se em maior risco de desenvolver osteoporose. Uma das razões é a diminuição da produção de estrogénio após a menopausa. Os elevados níveis de estrogénio, presentes quando se é mais jovem, têm um efeito protector dos ossos.

O recente estudo norte-americano

contou com a participação de 108 mulheres seronegativas e 110 seropositivas para o VIH em período de pós-menopausa, com idade superior a 40 anos, todas elas hispânicas ou afro-americanas. As mulheres eram seguidas em duas clínicas de Nova Iorque. Aproximadamente, quatro quintos das mulheres seropositivas para o VIH tomavam terapêutica anti-retroviral, com 28% em regime com inibidores da transcriptase reversa análogos não-nucleósidos e 39% em regimes de inibidores da protease.

Após efectuar os ajustes para idade, etnia e índice de massa corporal (IMC), os investigadores concluíram que as mulheres seropositivas para o VIH tinham uma DMO da coluna lombar (lower lumbar spine - LS) 4,5% menor do que as mulheres seronegativas para a infecção (p = 0,04). Havia também tendências não significativas em relação à DMO total da anca (TH) e à DMO do rádio do braço não dominante.

Mais mulheres seropositivas para o VIH do que as seronegativas tinham valores de T-score(1) abaixo de -1,0 (78% vs 64% em LS; 45% vs 29% em TH; e 64% vs 46% no colo do fémur [FN, em inglês], todas p < 0,05). Após ajuste do IMC, as mulheres seropositivas para o VIH também tinham valores de Z-score(2) significativamente menores no LS, TH e FN.

Os valores de T-score são uma medida amplamente utilizada para avaliar como varia a densidade óssea de uma pessoa a partir da densidade descrita em pessoas jovens saudáveis com a

A perda de tecido ósseo, após o início da menopausa, pode colocar as mulheres que vivem com VIH em situações de risco para fracturas

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MARKETING & PRODUÇÃO

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diferença descrita em unidades de desvio padrão em relação à média. Os Z-scores são baseados em comparações da densidade óssea em pessoas da mesma idade, género e peso.

A DMO, e os valores de T-score e Z-score encontrados em mulheres seropositivas para a infecção pelo VIH a fazer terapêutica anti-retroviral (TARV) foram comparáveis aos daquelas que não estavam sob TARV.

O tecido ósseo é destruído e substituído continuamente e o desgaste ósseo ocorre quando a perda supera a formação de tecido. O processo metabólico de renovação do tecido ósseo pode ser assinalado por biomarcadores conhecidos como marcadores de formação e reabsorção óssea (BTMs, em inglês).

Quando os investigadores compararam o número de BTM nos dois grupos, concluíram que alguns BTMs divergiam significativamente de acordo com o estatuto serológico positivo para a infecção pelo VIH. As mulheres seropositivas tinham níveis mais elevados de telopeptídeos N e telopeptídeos C, dois sub-produtos de destruição óssea em comparação com as mulheres seronegativas.

As mulheres seropositivas tinham também níveis elevados de serum TNFα, uma proteína que afecta o metabolismo ósseo.

Após efectuar os controlos relativos à idade, IMC, raça e consumo de álcool,

os investigadores concluíram que o estatuto serológico positivo para o VIH era um indicador preditivo independente de DMO no LS e TH.

Análises adicionais sugerem que a rápida degradação óssea e os elevados níveis de TNFα e interleucina-6 podem ser factores mediadores do desgaste ósseo relacionado com o VIH.

A DMO não foi relacionada com a contagem de células CD4, níveis plasmáticos de ARN do VIH-1, critérios de SIDA, período de tempo sob terapêutica anti-retroviral ou classe de medicamentos.

Outras pessoas sugeriram que o generalizado menor peso das pessoas seropositivas para o VIH estava fortemente relacionado com os níveis de DMO. Os autores do estudo questionam esta interpretação, após terem observado que a DMO permanece baixa após ajustar o IMC.

“Importante é que o baixo peso é um factor de risco poderoso para a fractura osteopática”, comentam. “Assim, o facto de a DMO ser menor em pessoas que vivem com VIH tem relevância clínica, seja ou não directamente atribuível ao VIH ou mediado indirectamente pelo efeitos do VIH no peso ou noutros parâmetros”.

Outros estudos encontraram baixas DMO em pessoas que vivem com VIH, mas a maioria destes estudos centraram-se em grupos jovens. É plausível que, tanto a

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A perda de tecido ósseo, após o início da menopausa, pode colocar as mulheres que vivem com VIH em situações de risco para fracturas

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Após resultados desapontantes em dois estudos da fase III que foram desenhados para a obtenção da aprovação do medicamento, a Merck anunciou que não irá avançar com o processo de licenciamento do vicriviroc em doentes experientes em tratamento infectados pelo VIH.

O vicriviroc, um inibidor do CCR5, foi adquirido como parte da fusão da Merck com a Schering-Plough. O medicamento foi desenhado para bloquear o receptor CCR5 que o VIH utiliza para infectar as células.

A classe de medicamentos anti-retrovirais inibidores do CCR5 teve vários problemas de desenvolvimento e foi um fracasso comercial.

O maraviroc, primeiro produto desta classe de medicamentos, foi aprovado para uso em doentes naïve e experientes em tratamento, mas uma análise anterior de um estudo da fase III, utilizando um teste menos sensível ao vírus, que explora o receptor do CCR5, sugeriu que o medicamento era inferior ao efavirenze. Análises posteriores utilizando um teste mais sensível demonstraram que ambos os fármacos tinham um efeito antiviral equivalente.

A GlaxoSmithKline abandonou o desenvolvimento de outro inibidor de CCR5, o aplaviroc, em 2005, após o aparecimento de casos de toxicidade severa hepática num estudo da fase II do medicamento.

Um estudo feito com vicriviroc, em doentes naïve, foi interrompido após o surgimento de casos de aumento precoce da carga viral em alguns doentes que receberam o medicamento.

Os ensaios que levaram à decisão da Merck foram dois estudos da fase III, que recrutaram doentes experientes em tratamento. Os participantes dos estudos VICTOR E3 e E4 receberam um regime de base optimizado determinado por testes de resistência para maximizar o número de medicamentos activos que receberam, e foram randomizados para receber o vicriviroc ou um placebo.

Um comunicado no site da companhia afirmava que “em dois estudos de Fase III nesta população de doentes, o vicriviroc não alcançou o objectivo primário de eficácia”.

De acordo com a Reuters, os estudos recrutaram uma elevada proporção de doentes com três ou mais medicamentos activos no regime base optimizado.

A Merck afirma que não irá proceder com um pedido de licença do produto nos EUA em doentes experientes em tratamento, mas irá continuar os estudos com doentes naïve.

O vicriviroc está a ser testado em

A Merck não irá pedir autorização de utilização do vicriviroc em doentes experientes em tratamento

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COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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doentes naïve como parte de um regime inovador para poupar os nucleósidos, em combinação com atazanavir/ritonavir.

Espera-se que mais informação sobre o cancelamento dos planos de desenvolvimento em doentes experientes em tratamento esteja disponível a partir de 22 de Janeiro, quando a Merck reunir com os activistas de tratamentos. Espera-se também que os resultados completos dos estudos sejam apresentados no próximo mês na Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections.

Fonte: Keith Alcorn, nam, 02.02.2010h t t p : / / w w w . a i d s m a p . c o m / p t /n e w s / 5 D C 9 C 7 D 3 - D 8 C 1 - 4 1 3 F - 8 2 4 3 -B9DC050A3BB0.asp

A Merck não irá pedir autorização de utilização do vicriviroc em doentes experientes em tratamento

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http://en.wikipedia.org/wiki/File:FlattenedRoundPills.jpg

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Investigadores espanhóis reportam, num estudo publicado na edição on-line do jornal AIDS, que a maioria dos homens seropositivos que receberam cuidados de saúde na consulta de VIH de um hospital espanhol tinha disfunção eréctil. Tanto a idade mais avançada, como o tratamento com inibidores da protease foram associados significativamente a problemas de erecção.

Os investigadores comentam, que “A disfunção eréctil é comum entre os homens infectados pelo VIH. A prevalência no estudo foi de 53,4%, semelhante à observada noutros coortes

com homens seropositivos”.

A disfunção eréctil é definida como a incapacidade de conseguir ou manter uma erecção satisfatória até o fim de uma relação sexual.

Uma investigação anterior tinha sugerido que entre um terço a três quartos dos homens seropositivos vivem com este problema. Esta taxa é significativamente mais alta do que a observada em homens seronegativos nas mesmas faixas etárias.

Investigadores espanhóis reportam, num estudo publicado na edição on-line do jornal AIDS, que a maioria dos homens seropositivos que receberam cuidados de saúde na consulta de VIH de um hospital espanhol tinha disfunção eréctil. Tanto a idade mais avançada, como o tratamento com inibidores da protease foram associados significativamente a problemas de erecção.

Os investigadores comentam, que “A disfunção eréctil é comum entre os homens infectados pelo VIH. A prevalência no estudo foi de 53,4%, semelhante à observada noutros coortes com homens seropositivos”.

A disfunção eréctil é definida como a incapacidade de conseguir ou manter uma erecção satisfatória até o fim de uma relação sexual.

Uma investigação anterior tinha sugerido que entre um terço a três quartos dos homens seropositivos vivem com este problema. Esta taxa é significativamente mais alta do que a observada em homens seronegativos nas mesmas faixas etárias.

Conhece-se pouco as causas da disfunção eréctil em doentes com infecção pelo VIH. No entanto, podem incluir-se os efeitos da própria infecção, o tratamento com medicamentos anti-retrovirais, especialmente os inibidores da protease e os factores de risco tradicionais como a idade.

Com o objectivo de compreender melhor a prevalência e os factores de risco da

A disfunção eréctil é comum entre os homens com VIH, os IPs podem ser uma das causas

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disfunção eréctil, os investigadores conceberam um estudo transversal ou “snap-shot” que incluiu 90 homens a receberem cuidados de saúde relacionados com a infecção pelo VIH.

A prevalência da disfunção eréctil foi avaliada usando questionários validados.

Os investigadores também recolheram dados sobre a presença da disfunção eréctil, definida como falta de satisfação sexual.

Além disso, obtiveram informações sobre possíveis factores de risco, incluindo a idade, níveis de testosterona, duração da infecção pelo VIH, uso de medicamentos anti-retrovirais, tipo de medicamentos anti-VIH administrados, efeitos secundários, tais como a lipodistrofia e sintomas de depressão.

A idade média foi de 42 anos e setenta e seis (84%) dos doentes estavam sob terapêutica anti-retroviral. Trinta e nove doentes (43%) estavam a tomar um inibidor da protease. A contagem média das células CD4 foi próxima do normal com 465/mm3 e 72% tinha uma carga

viral indetectável.

Trinta e um por cento dos doentes reportou ter “impotência” e três quartos destes disse que foi progressiva.

No entanto, detectou-se uma prevalência muito mais elevada de disfunção eréctil usando o questionário validado.

Constatou-se que 53,4% dos doentes teve disfunção eréctil de grau ligeiro a grave.

A análise estatística mostrou que os únicos factores de risco associados significativamente à disfunção eréctil foram a idade avançada (44 anos vs. 39 anos, p = 0, 014) e uma duração mais longa do tratamento com um inibidor da protease (em média 6 anos vs. 3 anos, p = 0, 029).

Tanto a idade mais avançada (p = 0,01) como o tratamento com um inibidor da protease (p = 0,04) mantiveram-se associados significativamente à disfunção eréctil, quando os investigadores restringiram a sua análise aos doentes com uma duração mais longa da infecção pelo VIH (em média 13 anos).

Além disso, tanto a idade mais avançada como os inibidores da protease também foram associados significativamente a um grau inferior de satisfação sexual global, assim como foram a depressão e a lipodistrofia.

Embora os investigadores não tenham

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A disfunção eréctil é comum entre os homens com VIH, os IPs podem ser uma das causas

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ASSESSORIA JURÍDICATel: 937146310Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

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constatado qualquer associação significativa entre níveis específicos de testosterona e a disfunção eréctil, devido à probabilidade de os níveis da testosterona serem sobrestimados nos homens com infecção pelo VIH, notaram que todos os doentes com níveis baixos de testosterona reportaram ter disfunção eréctil. Os investigadores solicitam a realização de mais estudos que investiguem a relação entre a testosterona e os problemas erécteis.

Embora, hoje em dia, estejam disponíveis vários tratamentos orais para a disfunção eréctil, apenas onze doentes reportaram tomá-los. A maioria dos homens (80%) em tratamento com estes medicamentos reportou que eram eficazes.

Os investigadores sublinham a importância de monitorizar e compreender a disfunção eréctil nos homens com infecção pelo VIH. Realçam que a disfunção eréctil não diminui apenas a qualidade de vida, mas também pode ser um sinal precoce de doença cardíaca.

Referência Moreno-Perez O et al. Risk factors for sexual and erectile dysfunction in HIV-infected men: the role of protease inhibitors. AIDS 23 (edição on-line), 2009.

Fonte: Michael Carter, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/CD7C4B02-6A64-46B8-855B-D4E89DB65FCA.asp

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A disfunção eréctil é comum entre os homens com VIH, os IPs podem ser uma das causas

Apesar das boas intenções da comunidade global para a saúde, muitas das intervenções de saúde que se dirigirem às necessidades dos mais carenciados estão, em vez disso, a ser utilizadas por sectores mais ricos da população mundial, levando a mais disparidades nos indicadores socio-económicos e de saúde.

Este facto tem base nos dados compilados pelo Dr. Abdo Yazbeck, do Banco Mundial, no seu recente livro Attacking Inequality in the Health Sector.

Ao falar aos delegados na 40ªConferência da União Mundial sobre a Saúde Pulmonar em Cancun, na semana passada no México, Yazbeck afirma que enquanto “o abismo entre [a saúde] dos ricos e dos pobres… é a motivação para se investir na saúde” com base na ideia de que “os que prestam cuidados de saúde podem ajudar a acabar com este abismo”, investimentos insuficientemente dirigidos podem na verdade “aumentar o problema”.

Yazbeck demonstra que os serviços públicos são utilizados mais

Disparidades no financiamento para a Saúde: as intervenções estão a falhar nas

populações pobres

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CONTEÚDOS E INFORMAÇÃOSócios: Carlos Gonç[email protected]/Sócios: [email protected]ários: Patrícia [email protected]: Andreia [email protected]

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frequentemente pelos sectores mais ricos da população do que por aqueles que realmente necessitam. Na Índia, por exemplo, os ricos consomem 33% dos gastos da saúde pública, enquanto os pobres acedem apenas 10%. As pessoas que vivem na pobreza têm também menos probabilidades de receberem serviços, tais como vacinação e os cuidados pré e pós natais.

As mulheres e crianças carenciadas correm um risco maior de serem deixadas para trás: com base em informação de 56 países, abrangendo 2,8 milhões de pessoas, os bebés em famílias pobres têm o dobro da probabilidade de morrerem antes de atingirem um ano de idade, e as crianças de famílias pobres têm três vezes mais probabilidades de terem defices de crescimento e têm metade das probabilidades de receberem vacinação completa do que as crianças de famílias mais abastadas.

“A realidade não é igual às intenções… os pobres estão a receber muito menos do que deviam. O sector da saúde não está a resolver este problema e pode, de facto, estar a piorá-lo,” disse Yazbeck.

O Dr. François Boillot da União Internacional Contra a Tuberculose e as Doenças Pulmonares reiterou as preocupações de Yazbeck. “Sabem quanto dinheiro é gasto em saúde per capita por ano? Em países pobres atinge os 20 dólares… em países mais ricos 2000 dólares.

“Em países mais pobres, ”continuou Boillot, “80% destes 20 dólares provém

dos bolsos dos indivíduos, enquanto nos países mais ricos, apenas 40% dos gastos em saúde provêm dos bolsos dos indivíduos.”

De modo a garantir que os pobres recebam uma maior parte de serviços de saúde, o Dr. Yazbeck sugere uma “reforma pré-pobreza,” onde serão abordadas não só as necessidades mas também os desejos dos pobres, tornando o serviço mais acessível.

Yazbeck, também defende o seguro de saúde universal e as quotas de comparticipação em saúde, especialmente para os pobres; providenciando incentivos para que os serviços de cuidados de saúde os incluam; abordando preocupações logísticas tais como o acesso ao transporte e à nutrição; e incluindo os mesmos no planeamento e na implementação de serviços.

O Dr. Yazbeck aponta para várias iniciativas pró-pobreza bem sucedidas a serem criadas por todo o mundo, afirmando que enquanto existe um “oceano de desigualdades” existem “ilhas de sucesso… o truque é identificar estas ilhas, e aplicá-las.”

A Dra. Joia Mukherjee dos Parceiros de Saúde, defende estratégias mais fortes baseadas nas comunidades, de modo a reduzirem as desigualdades na saúde e para garantir que as intervenções chegam aos que mais necessitam. “Sem uma estratégia muito forte baseada nas comunidades, não vamos reduzir a

Disparidades no financiamento para a Saúde: as intervenções estão a falhar nas populações pobres

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tuberculose,” diz Joia. De acordo com Mukherjee, o dinheiro que foi arrecadado por doadores internacionais bem como por governos nacionais devem ser investidos de melhor forma, afastando-se de uma abordagem centrada em centros de saúde.

“A doença e os determinantes sociais estão a acontecer ao nível das comunidades, e se apenas nos concentrarmos em… cuidados passivos e de busca de casos, não iremos vencer”, insiste.

A sugestão de Boillot é mais directa: “necessitamos de aprender a gastar dinheiro com os pobres.”

Referências Mukherjee J Management of TB and HIV care in hurricane settings: perspectives from the Western Hemisphere. Presented at the 40th Union World Conference on Lung Health, 2009.Boillot F Panel discussion. 40th Union World Conference on Lung Health, 2009.Yazbeck A Addressing inequality in the health sector. Presented at the 40th Union World Conference on Lung Health, 2009.

Fonte: Mara Kardas-Nelson, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/4CA91AE5-49E9-4749-B007-95B2F55B2E0D.asp

Disparidades no financiamento para a Saúde: as intervenções estão a falhar

nas populações pobres

De acordo com os novos dados publicados esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), meio milhão de pessoas com VIH morreu de Tuberculose durante o ano 2008 e esta continua a ser a primeira causa de morte entre as pessoas que vivem com o VIH em todo o mundo.

Os novos números actualizam o Relatório Global da Controlo da Tuberculose publicado em Março de 2009, que

reportava os dados até o fim de 2007.

A actualização do progresso proporciona informações sobre o desempenho a nível regional e dos próprios países na implementação de algumas intervenções chave que podem reduzir as taxas elevadas da TB entre as pessoas com VIH.

A OMS recomenda que todos os doentes com TB façam testes do VIH e que a todos os doentes seropositivos para o VIH com TB seja administrado co-trimoxazole. As novas linhas de orientação para o tratamento publicadas a 30 de Novembro recomendam que todas as pessoas com VIH, às

Em 2008, meio milhão de pessoas com VIH morreu de tuberculose

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Page 17: Boletim_Especial_Ano_13

quais foi diagnosticada TB, deveriam estar sob terapêutica anti-retroviral, independentemente da contagem das células CD4.A OMS também recomenda que todas as pessoas com VIH expostas à TB façam terapêutica de prevenção com isoniazida para reduzir o risco de desenvolver tuberculose activa e que todas as pessoas com a infecção pelo VIH deveriam ser rastreadas para a TB activa.

Quase 1,4 milhões de doentes com TB conheceram o seu estatuto para o VIH durante o ano 2008 (cerca de 22% de todos os casos da TB a nível mundial) e 50 países conseguiram taxas de rastreio para o VIH de pelo menos 75% entre os doentes com TB.

Em toda a África subsaariana, a taxa média de rastreio para o VIH nos doentes com TB foi de 45%, mas 11 países na região conseguiram taxas de pelo menos 75%. No entanto, nesta região, a OMS estima que apenas 27% dos casos de infecção pelo VIH com TB foram de facto identificados através do rastreio, o ano passado.

Além disso, o rastreio da TB nas pessoas que vivem com o VIH foi ainda muito limitado em 2008. Apenas 1,4 milhões de pessoas foram rastreadas, em comparação com 600.000 em 2007, que corresponde a uma taxa de rastreio de 4,1 %.

Um terço dos doentes seropositivos para o VIH com TB recebeu terapêutica anti-retroviral em 2008 e a 71% foi

administrada a profilaxia com co-trimoxazole. Mas a administração da terapêutica de prevenção com isoniazida ainda foi muito limitada. Apenas 50.000 pessoas com VIH receberam este medicamento o ano passado, apesar de se estimar que um terço da população mundial tenha sido exposto à TB.

A OMS também reportou sobre o progresso em direcção aos objectivos globais para a cura das infecções por TB e sobre os casos de TB multirresistente aos medicamentos.

Em 2008, foram tratadas 5,7 milhões de pessoas com TB, com uma taxa de sucesso global de 87%. A OMS recomenda um objectivo nacional de pelo menos 85%; 50 países conseguiram taxas de cura a este nível, incluindo a Tanzânia e o Quénia, ambos com uma taxa elevada de co-infecções TB/VIH.

A falência terapêutica pode resultar no desenvolvimento da TB multirresistente (MDR-TB). Em 2008, foram reportados pouco menos de 30.000 casos de MDR-TB, mas segundo as estimativas da OMS no ano passado foram de facto detectados e notificados às autoridades nacionais não mais de 11% de casos de MDR-TB.

Cerca de 6.000 casos de MDR-TB receberam tratamento, indicando a necessidade de uma expansão rápida de serviços para o diagnóstico e o tratamento das pessoas com MDR-TB.

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Em 2008, meio milhão de pessoas com VIH morreu de tuberculose

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O director do Stop TB na OMS, Dr. Mario Raviglione, disse que globalmente são necessários 2 mil milhões de dólares para expandir os serviços para a TB.

Fonte: Keith Alcorn, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/31E9D8C6-2B85-4665-AA2F-0D2326AEF06D.asp

Continuação da página 17

Em 2008, meio milhão de pessoas com VIH morreu de tuberculose

Os profissionais dos cuidados de saúde, nos E.U.A., foram notificados acerca de uma possível relação entre o tratamento com o inibidor da protease fosamprenavir (Lexiva® nos E.U.A., Telzir® na Europa) e a ocorrência de um ataque cardíaco. Existe também uma preocupação sobre o facto do tratamento com este fármaco poder aumentar os níveis de colesterol.A GlaxoSmithKline (GSK), farmacêutica que produz o medicamento, alertou os profissionais de saúde sobre o facto do enfarte do miocárdio e o aumento do colesterol terem sido acrescentados à lista de possíveis efeitos secundários do fosamprenavir.

Esta medida surge após o estudo francês (FHDH ANRS CO4) apresentado, durante a Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections, no início deste ano ter demonstrado que por cada ano de terapêutica com este medicamento, o risco de ataque cardíaco aumenta em 54%.

A GSK relembra também, aos profissionais de saúde, a importância de monitorizar o colesterol e os triglicéridos antes e durante o tratamento com fosamprenavir. A farmacêutica recomenda ainda que outros factores de risco de doença cardíaca, como a tensão arterial elevada, a diabetes e o tabagismo, sejam avaliados.

Os resultados do estudo D:A:D tinham anteriormente identificado que a terapêutica com os inibidores da protease constitui um factor de risco para a doença cardíaca. Outros resultados recentes deste grupo de estudo encontraram

GSK alerta médicos norte-americanos sobre a possível associação entre

fosamprenavir e ataque cardíaco

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uma associação independente entre a terapêutica com Kaletra® (lopinavir/ritonavir) e enfarte do miocárdio.

Nem o fosamprenavir, nem o Kaletra® são opções “preferíveis” nas mais recentes orientações terapêuticas norte-americanas, para doentes que iniciam a terapêutica anti-retroviral pela primeira vez.

Fonte: Michael Carter, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/EB35E7FA-ECAC-4FBB-B6AF-CFD1485D119A.asp

GSK alerta médicos norte-americanos sobre a possível associação entre

fosamprenavir e ataque cardíaco

D e a c o r d o c o m u m g r u p o d e investigadores espanhóis, num artigo publicado na edição de 15 de Fevereiro do Journal of Infectious Diseases, um marcador genético associado à aterosclerose e ao stress oxidativo nos ratinhos e no homem apresenta uma forte associação com a incidência de doença cardiovascular, síndrome metabólico e a reduzida recuperação imunitária, em pessoas com VIH.

Se esta associação for provada em estudos maiores e em diferentes populações, ela poderá conduzir ao uso de um rastreio genético para diferenciar os doentes com VIH com maior risco de doença cardiovascular, ou identificar os que possam beneficiar de terapêutica anti-oxidante e fármacos hipolipemiantes (fármacos que diminuem os lípidos no sangue) de forma a modificar o seu risco, mesmo nos casos em que os níveis de colesterol observados sejam quase normais.

A investigação centra-se num conjunto de polimorfismos genéticos – variantes genéticas – que regulam a produção de paraoxonase-1 (PON1), uma enzima que protege o colesterol-HDL e o colesterol-LDL da peroxidação (a peroxidação dos lípidos é um mecanismo a partir do qual se pensa que algumas doenças cardiovasculares se podem desenvolver).

Apesar da evidência retirada dos modelos em ratinhos de que a presença ou ausência do gene que expressa a paraoxonase nos

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Marcador genético pode prever risco de doença cardiovascular em

pessoas com VIH

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mesmos, está associada com o risco de aterosclerose, os estudos feitos até agora têm produzido resultados divergentes sobre a relação entre as variações do gene que expressa a enzima e o risco cardiovascular (Wheeler 2004).

A doença cardiovascular constitui uma causa de mortalidade cada vez mais frequente nas pessoas com VIH. Porém, tem sido difícil perceber o peso das contribuições para este fenómeno dos medicamentos ARVs, dos processos inflamatórios relacionados com a infecção VIH ou dos bem estabelecidos factores de risco cardiovasculares como o tabagismo, excesso de peso, falta de exercício físico, dieta e idade.

O grupo de investigadores responsável pelo presente estudo (pertencente ao Hospital Universitari de Sant Joan, na Catalunha, Espanha) havia já mostrado num estudo anterior que as pessoas com VIH que mostravam uma aterosclerose de progressão rápida (medida pela espessura da camada íntima-média das artérias) apresentavam um número mais baixo de CD4s.

O grupo também já tinha mostrado que dois polimorfismos, o SDF1-3`A e o CX3CR-1 249I – associados com quimiocinas inflamatórias implicadas no desenvolvimento de aterosclerose – protegiam contra a progressão da aterosclerose (Coll 2007).

O estudo agora em vigor foi então procurar determinar se um determinado

marcador genómico tem ou não a capacidade de prever a existência de um risco mais elevado de doença cardiovascular.

Facto que, a comprovar-se, poderia por sua vez verter alguma luz sobre quais as potenciais vias através das quais a doença cardiovascular se desenvolve em pessoas com VIH, até que ponto essas vias são específicas das pessoas com VIH, e ainda as potenciais intervenções destinadas a reduzir o risco.

Desta forma, Camps e colegas, do Hospital Universitari de Sant Joan, na Catalunha, em Espanha, foram primeiro avaliar a distribuição dos haplótipos da PON1 numa coorte de 234 pessoas seropositivas para o VIH e 633 adultos não infectados, todos caucasianos.

Dois haplótipos, o H10 e o H5, mostraram diferenças significativas de distribuição nas duas populações. O H10 mostrou-se significativamente mais frequente nas pessoas com VIH; pelo contrário, o H5 revelou-se significativamente menos frequente.

Os investigadores procederam depois a um estudo em doentes seropositivos a receber tratamento ARV, em que aqueles que apresentavam lipodistrofia, alterações metabólicas, um risco cardiovascular positivo ou aterosclerose (determinada pela espessura da íntima-média da carótida), eram emparelhados com pessoas com VIH que não apresentavam nenhuma daquelas situações.

Este estudo foi desenhado de forma a

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Marcador genético pode prever risco de doença cardiovascular em pessoas com VIH

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analisar a relação entre o haplótipo PON1 e as patologias acima referidas, assim como a sua relação com a supressão viral e a restauração dos CD4s.

E descobriram que o haplótipo H7 está associado a aumentos maiores na contagem das células CD4, níveis mais elevados de colesterol-HDL e apolipoproteína A1, níveis mais baixos de triglicéridos e taxas mais baixas de aterosclerose sub-clínica.

Contudo, no modelo de regressão linear, a ausência do haplótipo H7 era apenas modestamente preditiva de aterosclerose. A análise multivariada, por seu lado, mostrou que depois de se proceder ao controlo para os factores de risco cardiovasculares tradicionais, a ausência do H7 era preditiva da presença de aterosclerose.

Os autores especulam sobre o mecanismo pelo qual a PON1 influencia o risco de doença cardiovascular em pessoas com VIH.

“É possível que o background genotípico da PON1 module o perfil lipídico e proporcione um estado oxidativo mais favorável, situação que, por seu lado, poderia diminuir a apoptose das células CD4 e, consequentemente, a predisposição para a aterosclerose relacionada com o estado pró-inflamatório e pró-oxidativo desta população”, acrescentam os autores.

Referência Parra S et al. Paraoxanase-1 gene haplotypes are associated with metabolic disturbances, atherosclerosis and immunologic outcome in

HIV-infected patients. J Infect Dis 201: 627 – 634, 2010.

Coll B et al. The role of immunity and inflammation in the progression of atherosclerosis in patients with HIV infection. Stroke 38: 2477-84, 2007.

Wheeler JG et al. Four paraoxanase gene polymorphisms in 11212 cases of coronary heart disease and 12786 controls: meta-analysis of 43 studies. Lancet 363: 689-95, 2004.

Fonte: Keith Alcorn, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/56052DDF-21B8-4B40-AA01-5CD769D8F453.asp

Marcador genético pode prever risco de doença cardiovascular em pessoas com VIH

Colesterol

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De acordo com alguns artigos publicados no Eurosurveillance Weekly, os homossexuais masculinos continuam a estar no centro da epidemia VIH na Europa.

De facto, a investigação realizada em vários países demonstra haver um grande número de novas infecções entre esse grupo da população. Além do mais, o diagnóstico, em muitos destes homens, está a ser feito tardiamente.

“Depois de mais de 25 anos decorridos sobre o início da epidemia, os padrões na Europa não mudaram e os homens que têm sexo com homens (HSH) continuam a ser o grupo mais afectado” pelo VIH, comentam os autores do estudo, num editorial que acompanha os artigos.

“Os comportamentos de alto risco estão a aumentar em toda a Europa, a transmissão do VIH contínua, o número de co-infecções não pára de crescer e os surtos de ITSs (infecções de transmissão sexual) continuam a ocorrer entre os HSH”, acrescentam os autores do editorial.

Comportamentos de risco e as suas causas

Investigadores na Catalunha referiram que 32% dos homossexuais que estudaram tinham tido sexo anal desprotegido com um parceiro ocasional. Os homens infectados pelo VIH tinham referido taxas mais elevadas de sexo desprotegido, maior uso de drogas, maior número de parceiros

sexuais, uso de internet para procurar sexo, e sentimentos internalizados de homofobia.

Os investigadores recomendam que as iniciativas em torno da prevenção do VIH incluam actividades de reforço da auto-estima dos homens homossexuais e que tenham em conta o problema da homofobia internalizada. Sugerem também que os programas para os homens com VIH já diagnosticado incluam informação sobre ITSs.

Homens seronegativos para o VIH e serosorting

Mais de um quinto dos homens gays em França seleccionaram um parceiro para a prática de sexo anal desprotegido com base no seu estatuto relativamente ao VIH (serosorting). Os homens sem VIH tinham maior probabilidade de referir a prática de serosorting do que os homens com VIH (26% vs 14%).

O uso da internet com o objectivo de arranjar parceiros sexuais estava associado ao serosorting entre os homens VIH-positivo, devido, provavelmente, à possível sensação de uma maior segurança no que toca à revelação online do estado serológico.

O uso de drogas era mais comum entre os homens que referiam a prática de serosorting (31% vs 24%).

Por seu lado, ter menos parceiros sexuais foi o único factor associado ao serosorting por parte dos homens seronegativos para o VIH.

Os homens homossexuais permanecem no centro da epidemia VIH na Europa

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“Para os homens seronegativos que têm sexo com homens, a prática de serosorting implica a necessidade de um conhecimento actualizado do seu próprio estatuto serológico relativo ao vírus, obtido através de uma realização regular do teste do VIH”, comentam os investigadores. Porém, não foi encontrada qualquer diferença na frequência da realização do teste nos dois anos anteriores entre os HSH que praticavam serosorting e aqueles que o não faziam”.

Os investigadores sugerem que devem ser implementadas campanhas sobre os potenciais riscos do serosorting, tanto junto dos gays seropositivos como dos seronegativos para o VIH.

HSV e VIH nos homens homossexuaisDe acordo com uma investigação conduzida em 2003, envolvendo quase 4 000 homens, mais de 50% dos homossexuais masculinos seropositivos da Inglaterra e País de Gales estavam co-infectados com o vírus do herpes

genital HSV2.

Pelo contrário, apenas 17% dos gays seronegativos estavam infectados com este mesmo vírus.

A prevalência do HSV1 era também mais elevada nos homossexuais masculinos seropositivos do que nos seronegativos (88% vs 69%).

Noutras investigações, o herpes genital foi associado a um risco maior de infecção pelo VIH e, no caso de o indivíduo já estar infectado pelo VIH, a uma mais rápida progressão desta doença

“A elevada prevalência do HSV2 entre os HSH seropositivos para o VIH na Inglaterra e País de Gales sugere ser necessária uma revisão do controlo do HSV na abordagem ao VIH nos HSH”, concluem os investigadores.

Novas infecções pelo VIH continuam a crescer

Um estudo realizado na Bélgica sugere que o nível de novas infecções pelo VIH entre os homossexuais é elevado.

Dos 1079 novos casos de VIH diagnosticados na Bélgica em 2008, 48% diziam respeito a homens homossexuais.

Além disso, as taxas de realização do teste do VIH não aumentaram

Continua na página 24

Os homens homossexuais permanecem no centro da epidemia VIH na Europa

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entre os homens belgas nos anos mais recentes. Os investigadores acreditam, além disso, que as elevadas taxas de novos diagnósticos entre os gays belgas apontam para uma contínua e mantida transmissão do vírus.

Finalmente, é ainda de registar o facto de que, das ITSs diagnosticadas nas pessoas com VIH na Bélgica, mais de 95% diziam respeito a homossexuais masculinos.

Referências: Van de Laar MJ HIV/AIDS and other STI in men who have sex with men – a continuous challenge for public health. Eurosurveillance, 14 (47).

Folch C et al. Sexual risk behaviour and its determinants among men who have sex with men in Catalonia, Spain. Eurosurveillance, 14 (47).

Velter A et al. Do men who have sex with men use serosorting with casual partners in France? Results of a nationwide survey (ANRS-EN17-PRESSE Gay 2004). Eurosurveillance, 14 (47).

Hill C et al. Epidemiology of herpes simplex virus types 2 and 1 amongst men who have sex with men attending sexual health clinics in England and Wales: implications for HIV prevention and management. Eurosurveillance, 14 (47).

Sasse A et al. HIV infections and STI co-infections in men who have sex with men in Belgium: sustained increase in HIV diagnoses. Eurosurveillance, 14 (47).

Fonte: Michael Carter, namhttp://www.aidsmap.com/pt/news/6651E109-E821-4E15-8F00-DF9D54CEDF12.asp

Os homens homossexuais permanecemno centro da epidemia VIH na Europa

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A Sociedade Internacional da SIDA (IAS), organizadora do evento, decidiu organizar a conferência em Washington, assim que o Presidente Obama confirmou o fim das restrições à entrada de pessoas infectadas pelo VIH nos EUA. Devido à proibição imposta às pessoas infectadas pelo VIH em viajar para os EUA, nenhuma Conferência Internacional da SIDA se realizou no país desde 1990.

“O regresso da Conferência aos Estados Unidos é o resultado de anos de activismo para pôr fim a uma política baseada no medo e não no conhecimento e na ciência e representa uma vitória importante para a saúde pública e para os direitos humanos”, disse o Dr. Elly Katabira, Presidente da IAS.

São esperados mais de 25 mil investigadores, decisores políticos, activistas, pessoas que vivem com o VIH e representantes dos media na conferência, que terá lugar entre 22 e 27 de Julho de 2012, no Centro de Convenções, Walter E. Washington.

A IAS escolheu Washington DC para sede da conferência devido à dimensão da epidemia de VIH na cidade.

O director da IAS, Robin Gorna, explicou que esperava que o evento chamasse “a atenção para o impacto particularmente devastador que o VIH está a ter em Washington DC e nas minorias raciais e étnicas através dos EUA”.

A prevalência do VIH na cidade é

Washington DC confirmada como local para a Conferência Internacional

sobre SIDA em 2012

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de 3% - o limiar para uma epidemia grave e generalizada é de 1%. Os Afro-Americanos são aproximadamente 50% da população de Washington DC, mas representam mais de três quartos dos casos de VIH. Cerca de 7% de homens Afro-Americanos na cidade são seropositivos para o VIH e um terço das infecções pelo VIH dão-se em mulheres.

Realizar a conferência em Washington é também um reconhecimento do papel de liderança dos EUA na resposta contra a epidemia global do VIH. “As contribuições financeiras dos EUA têm sido cruciais no nosso progresso colectivo contra a SIDA nos últimos anos,” disse o presidente da IAS, o Dr. Julio Montaner. Washington DC é também a cidade natal de várias organizações que são chave na resposta global ao VIH, incluindo o Gabinete do Coordenador Global dos EUA para a SIDA (que dirige o Plano de Emergência do Presidente de Ajuda para a SIDA, ou PEPFAR), o Instituto Nacional de Saúde e o Banco Mundial.

A Conferência Internacional sobre a SIDA em 2010 terá lugar em Viena e irá ter como foco a epidemia emergente do VIH na Europa de Leste e na Rússia.

Fonte: www.aidsmap.com

Washington DC confirmada como local para a Conferência Internacional sobre SIDA em 2012

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infecção pelo VIH como a terapêutica anti-retroviral possam ter efeitos prejudiciais sobre a saúde óssea. Os autores notam que a DMO normalmente desce nos primeiros dois anos após o início do tratamento anti-retroviral, e depois normaliza.

(1) Z-score, o desvio padrão acima ou abaixo da média para a idade, sexo e etnia ...pode colocar as mulheres que vivem com VIH em situações de risco para fracturas

(2) T-score, o desvio padrão acima ou abaixo da media para um adulto saudável de 30 anos do mesmo sexo e etnia

Referência Yin MT et al. Low bone mass and high bone turnover in postmenopausal HIV-infected women. J Clin Endocrinol Metab (advance online publication, January 2010) doi:10.1210/jc.2009-0708.

A perda de tecido ósseo, após o início da menopausa...

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A representação do corpo sobrepõe-se, completando-a, a representação da pessoa, ou seja ao self corporal sobrepõe-se o self mental, isto é a representação global do sujeito, imagem do próprio, do todo pessoal somato-psiquico e social, composição do esquema corporal alargado quer à identidade própria quer à do papel social.

Nos doentes seropositivos as alterações morfológicas que incluem lipodistrofia periperal e acumulação de gordura, bem como a percepção que cada doente faz da sua condição de desfiguração e consequente estigmatização social, que é tida como uma erosão da imagem corporal, torna publico o seu estatuto serológico de VIH positivo.

Deste modo, nos doentes seropositivos com deformação e defeito egóico o processo psicoterapêutico tem de realizar todo um trabalho de desidentificação da identidade patológica e ocupar um tempo de maturação e desenvolvimento de processos de crescimento normal que ficaram inibidos.

A psicoterapia é na época actual uma teoria da personalidade com o seu método próprio de estudo e tratamento.

No self do paciente fica um vazio, um buraco que precisa de amor, só encontrado na relação com o psicoterapeuta, para um preenchimento estrutural,estruturado e estruturante, mas o sujeito ignora e consequentemente não procura satisfazê-la.

Como resultado da insatisfação

O seropositivo e a auto-imagem corporal

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GABINETE DENTÁRIOEmail: [email protected]

existente mas ignorada, gera-se uma revolta imensa, sem finalidade, uma raiva em regra apenas sentida como tensão, desconforto ou irritabilidade e quase sempre não reconhecida, raiva difusa e invasiva que carece de um acompanhamento psicoterapêutico interpretativo e descodificante conduzindo o paciente a toda uma tomada de consciência dos motivos da sua própria raiva, de forma gradual e sistemática levando-o a uma meta-cognição de todo um processo de auto-aceitação de si próprio, do temor do julgamento social e da necessidade urgente de amor, aceitação e integração social.

O seropositivo e a auto-imagem corporal

Ora a personalidade constrói-se a partir de dois tipos de elementos, internos e externos, os internos vêm dos instintos, dos desejos próprios e das realizações individuais enquanto que os externos vêm da identificação com os modelos.

É todo este trabalho que tem de ser levado a bom termo numa psicoterapia focada no pânico da distorção da auto-imagem, contrapondo-se-lhe a conciliação com essa própria auto-imagem, para o que é imprescíndivel que se criem condições nas quais ou através das quais as pessoas tenham acesso paralelamente a um acompanhamento psicoterapêutico e a uma cirurgia plástica reconstrutiva.

José António Machado TeixeiraPsicoterapeutaCarteira Profissional nº 125Tel. 21 458 07 02 Carcavelos

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Actividades do PortoAinda sobre o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2009

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA

Tendo em conta que a prevenção do VIH/SIDA depende sobretudo da mudança e alteração de comportamentos, sabemos que se torna assim crucial a existência de estratégias educativas que reduzam os comportamentos de risco de forma a prevenir e controlar a disseminação da infecção.

É com base neste pressuposto que este ano relembramos uma vez mais nos dias 30 de Novembro e dia 1 de Dezembro o “Dia Mundial de Luta Contra a SIDA”.

Assim, aliando ao Peditório Nacional de Luta Contra a Sida, a Associação Abraço realizou uma intervenção de rua dirigida à população em geral, expondo a problemática do VIH/SIDA através de diversas actividades, associando sempre uma componente de animação, na Avenida dos Aliados (Aliados Winter Club).

Porque consideramos ser fundamental uma intervenção educativa dirigida às crianças e jovens, uma vez que se encontram em processo de formação de personalidade (estrutura socio-afectiva e intelectual), o dia 30 de Novembro foi dedicado às escolas (turmas do 5º e 6º da parte da manhã, 7º, 8º ,9º anos da parte da tarde).

Deste modo, foram realizadas diversas actividades como a leitura de um conto escrito pelo psicólogo da Abraço, Nuno Fernandes, intitulado de “Cenourinha e o vírus de quem todos falam mas não dizem nada”, representado pelo clube de contadores de histórias da escola Secundária Daniel Faria de Baltar/Paredes.

Continua na página seguinte

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ACTIVIDADES

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Actividades do PortoAinda sobre o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2009

Ao longo da manhã decorreram também jogos lúdico-pedagógicos, abordando sempre o tema do VIH/SIDA e yoga do riso, como forma de descontracção.

Com esta iniciativa e, em colaboração com os professores, pretendemos promover nesta população comportamentos e atitudes saudáveis, capacidade crítica e sentido de responsabilidade

social, de forma a contribuir para que a sua integração seja marcada por valores tais como solidariedade, liberdade, tolerância e respeito.O nosso propósito é que de uma forma descontraída, prazerosa e sempre adaptada ao público presente, se aborde temas relacionados com o VIH/SIDA (doença, afectividade, modos de transmissão e prevenção), permitindo ao aluno relacionar-se com o tema, esclarecer dúvidas, interagir com os colegas e expressar-se livremente, de forma a promover a motivação para que ocorra a construção de uma aprendizagem significativa.A adesão das escolas a esta iniciativa foi bastante favorável e contámos com a presença de aproximadamente 200 crianças.Com o objectivo de atingir diversas faixas etárias, as actividades prolongaram-se ao longo da noite para a população em geral na festa da “Porca e do Parafuso. Contamos com a presença de Ricardo Marques (humorista), Tunas (Tuna Masculina do ESEIG e a Tuna Feminina da Faculdade de Medicina Dentária) e um espectáculo de cuspidor de fogo.

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ARTIGOS

ACTIVIDADES

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Actividades do PortoAinda sobre o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2009

No dia 1 de Dezembro, paralelamente às actividades já referidas, foi realizada na Avenida dos Aliados uma largada de balões como sinal de esperança no aumento da compreensão, solidariedade, união e dignificação plena da condição humana, acompanhada pela animação da Orquestra sobre rodas (grupo de animação).

De modo a dar mais significado à actividade, ao longo do dia, alguns voluntários percorreram as ruas do Porto e sensibilizaram a população para escreverem uma mensagem, uma palavra sobre os seus sentimentos relativos ao HIV e pessoas por ele infectadas, que, posteriormente, foi

colocada no balão.

Apesar das condições atmosféricas não serem as mais favoráveis, a população aderiu à escrita da mensagem, dando um feed-back extremamente positivo relativo a esta actividade. Com as diversas mensagens que nos foram entregues foi possível percepcionar que o trabalho realizado ao longo dos anos começa a dar frutos e que é possível mudar mentalidades.

Alguns exemplos das muitas mensagens escritas pelos alunos e pelas diversas pessoas que se encontravam na rua: “Coragem, só vos digo para terem sempre muita coragem”; “Nunca desistam”; “Um dia vai aparecer uma cura”; “Vocês não estão sozinhos”; “Que haja sempre amor e compreensão para vocês”; “É uma luta que vão vencer”....

Tendo em conta que em redor do VIH/SIDA ainda perdura o estigma e discriminação, é importante demonstrar a importância do toque e da afectividade.

Neste sentido, ao longo da tarde, tivemos abraçoterapia com o professor Jorge Marques, em que a população teve oportunidade de aprender a expressar sem receio os seus sentimentos através de gestos simples como abraços. Continua na página seguinte

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ARTIGOS

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Actividades do PortoAinda sobre o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2009

Pudemos contar também com a presença das tunas (Tuna Feminina do ISEP, Tuna Feminina do ESEIG e Tuna Feminina da Faculdade de Medicina Dentária), que divertiram e descontrairam todos que por lá passaram.

A associação da SIDA a grupos considerados de risco (homossexuais, trabalhadores sexuais, toxicodependentes) levou a comunidade a adoptar uma postura de rejeição para com os seropositivos.

É importante desmistificar estas ideias e demonstrar à comunidade que não existem grupos de risco, mas sim comportamentos de risco.

Com o objectivo de desmistificar estereótipos e de, num ambiente informal, ser possível à população retirar e escutar dúvidas e receios, realizou-se uma tertúlia intitulada “(in)consequências” dinamizada pela enfermeira Carla, da Associação Abraço.

Dada a elevada taxa de pessoas infectadas e de mortes pelo HIV/SIDA e a necessidade de consciencialização e união das pessoas

face a esta causa, terminámos o dia com uma vigília nocturna musical “Abraçar as Palavras” e declamação de um poema, o que foi um momento extremamente emotivo, para a população em geral e especialmente para os utentes presentes.

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Ao longo dos dois dias e, paralelamente a todas as actividades realizadas, tirámos fotografias, que foram colocadas num laço gigante simbolizando a união na luta

FORMAÇÃOTel: 937146310Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

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ARTIGOS

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contra o estigma relativo ao VIH, como também decorreu a distribuição de presevativos e panfletos informativos pelas ruas.

Apesar das condições atmosféricas terem condicionado a afluência das pessoas na rua, consideramos que foi possível passar uma mensagem de reflexão, aceitação e de prevenção. O trabalho da abraço é um trabalho que se caracteriza pela luta incessante em prol de uma sociedade mais justa e mais equilibrada, sempre na defesa dos direitos das pessoas com SIDA, o respeito pela sua condição, dignidade e qualidade de vida.

O nosso objectivo só culminará com a mudança de mentalidades e ruptura com o sistema social pré-delimitado por crenças e mentalidades irrisórias de discriminação e desigualdade social.

Este trabalho só nos é possível devido à disponibilidade, boa vontade e crença na mudança de todas as pessoas que, incansavelmente, colaboraram connosco e que tornam estes objectivos possíveis de ser alcançados. A todos que nos ajudaram o nosso muito obrigada e um Abraço: Aliados Winter Club, Abraçoterapia- Prof. Jorge Marques; Câmara Municipal de Vila do Conde; Câmara Municipal de Matosinhos; Porto Lazer; Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA; Gaianima; Escola do Riso; ESEIG; Faculdade de Medicina Dentária, ISEP; Festas com Arte; Fotosport; Limite do Sonho; Macdonald’s Norteshopping e Gaiashopping ; Multitendas; Per’Curtir; Redbull; Hotel Dom Henrique; clube de contadores de histórias da escola Secundária Daniel Faria de Baltar/Paredes ; “Entre Nós”; Orquestra sobre rodas; Stand-up Comedy – Ricardo Marque; Beadj – Aluguer equipamento de som, imagem e vídeo ; Velalux; Bruno Oliveira Lda, Fábrica de Velas da Maia; Manulena – Fabricação de Ceras e Velas Lda.

Cristiana Ferreira(Assistente Social)

Actividades da Abraço - Delegação Norte DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2009

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ARTIGOS

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Actividades da Abraço - Delegação NorteFesta de Carnaval 2010

Este ano, tendo como objectivo o alargamento das relações sociais dos utentes da Associação Abraço e a cooperação institucional, a festa de Carnaval foi realizada em conjunto com outras associações locais. Assim, na festa de Carnaval participaram a Abraço, a Benéfica e Previdente, o Centro Social da Nossa Srª do Calvário, o Lar das Fontainhas, a

junta de freguesia de Paranhos e a ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas).

Com a participação activa de todas as instituições na organização da festa, na construção dos enfeites carnavalescos e na definição do plano de actividades, foi possível criar um bom ambiente, onde todos os convidados se sentissem integrados e sentissem o verdadeiro espírito do Carnaval. Para isso, todos os participantes na festa foram mascarados, e preparou-se máscaras e fatos para os menos receptivos. Assim, conseguimos que todos os envolvidos na festa aderissem e se fantasiassem.

A festa de carnaval, que teve início às 14horas, prolongou-se por toda a tarde. Por volta das 14h30 deu-se inicio à marcha à volta da associação que disponibilizou o espaço (Benéfica e Previdente). Esta marcha teve como finalidade dar a conhecer à população local as vestes carnavalescas de todas as associações, bem como dar a conhecer o que é feito nestas associações. A população local aderiu, colocando-se nas varandas das suas casas para ver a marcha e aplaudindo algumas vestes que seriam da sua preferência.

Após a marcha de carnaval, procedeu-se ao concurso de Carnaval, em que, os utentes que se candidataram ao concurso, desfilaram no recinto para que, no final, o júri avaliasse e decidisse quem seria o vencedor. O concurso teve muita aderência por parte do público, uma vez que todos os participantes no concurso estavam muito motivados, tornando o desfile muito interessante e engraçado. No fim, o júri, composto por um representante de cada associação, votou no fato mais bonito e

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

CENTRO DE ATENDIMENTO E APOIOPSICOSSOCIALHorário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

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engraçado. Depois de se ter elegido o vencedor e os lugares do pódio (2º e 3º lugar), houve espaço para um pequeno bailarico. No fim, distribuiu-se os lanches por todos os utentes.

A adesão dos utentes a estas festas específicas em que os mesmo têm que brincar e rirem-se deles proprios, nem sempre é fácil e implica por parte dos técnicos um trabalho com os mesmos, no sentido de perceberem que, ao participarem, estão a aprender a desenvolver competências e relações sociais, a serem solidários com os

próximos e, acima de tudo, a divertirem-se, quebrando rotinas do dia-a-dia.

Por outro lado, ao inserirmo-nos em festejos aliados a outras associações ,estamos a diminuir o estigma associado à população portadora do VIH e a contribuir para o processo de inserção da população com VIH/SIDA.

Esperemos que outros carnavais se

realizem e mais utentes e voluntários se associem à diversão!!!!

Este trabalho só nos foi possível graças à disponibilidade, boa vontade e crença na mudança de todas as pessoas que incansavelmente colaboraram connosco. À Padaria Brun’s, o nosso muito obrigada e um Abraço!

Mariana Rodrigues(Assistente Social)

Actividades da Abraço - Delegação NorteFesta de Carnaval 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

ATENDIMENTO E APOIO

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

Um Dia d’AbraçoEriceira Solidária- 16 Abril 2010

Numa simpática iniciativa dos Comerciantes da Ericeira e com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, o dia 16 de Abril foi agradavelmente passado na praia da Ericeira. A Acção desenvolvida envolveu toda a comunidade durante a semana, com a colecta de donativos, e culminou no sábado, com diversas actividades. Na sexta-feira, na Praia dos Pescadores, junto à areia, foi formado o laço da Abraço em tamanho gigante, pelos surfistas, escolas de surf e as suas pranchas coloridas. Na formação participaram também crianças, adultos e pessoas da terceira idade, todos moradores da Ericeira, além do pessoal da Abraço. No prédio do Turismo e ao longo da praça, foram penduradas cerca de 200 t-shirts

alusivas à luta contra o VIH/SIDA, de vários lugares do mundo, em campanhas desenvolvidas durante os últimos vinte anos, formando um grande estendal.

A Abraço esteve presente com uma equipa de colaboradores e técnicos, que promoveram a divulgação dos métodos de prevenção VIH/SIDA, com distribuição de preservativos masculinos e femininos e também de folhetos explicativos, por todas as ruas da Ericeira e dentro dos estabelecimentos comerciais. Em todos os lugares as pessoas vestiam a t-shirt do evento, numa clara demonstração de solidariedade com a causa e dispostos a fazer a diferença.

À noite, todos os restaurantes e bares aderentes estiveram em festa, promovendo descontos para as pessoas que levassem

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

Um Dia d’AbraçoEriceira Solidária - 16 Abril 2010

um adereço alusivo à causa.

Durante o evento, estiveram presentes várias figuras mediáticas portuguesas. Francisco Mendes fez questão de estar junto aos participantes nas fotografias, ao lado de Margarida Martins, a presidente da Abraço.

Os nossos sinceros agradecimentos a toda a comunidade da Ericeira, pelo exemplo de cidadania, solidariedade e pelo carinho com que fomos recebidos, em especial aos organizadores do evento, coordenados pelo Pedro Gaspar (Tik & Tak), António Pais (Sabor a Mar) e Luís Reis (Pão D´Alho e Ericeira Surf Club)), que foram parceiros impecáveis.

Heloísa FlôresMarketing - Abraço

Prevenção

A Equipa da Abraço comPedro Gaspar

Francisco Mendes, Sérgio Monteiro (Abraço) e Luís Reis, junto dos srs. Comerciantes do Mercao Público da

Ericeira

António Pais, Margarida Martins, Pedro Gaspar e Ana Paula Reis

A Técnica Sofia (Abraço), em demonstração de métodos de prevenção do VIH/SIDA

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

ADIÇÃO & TROCA DE SERINGASHorário: 13H-15H e 18H-192ª e 6ª feiraEmail: [email protected]

ENEGL - Student Wonderland

A ABRAÇO marcou presença no Encontro Nacional de Estudantes do Grupo Lusófona (ENEGL), que decorreu entre 18 a 21 de Março, em Portimão.

Ao longo de duas noites (sexta e sábado) as ruas e os bares/discotecas de Portimão foram invadidos por preservativos fosforescentes, que brilham no escuro!

Com esta iniciativa, deu-se arranque à nova campanha da ABRAÇO “ABRAÇA-ME NO ESCURO”, que vai iluminar as noites do teu Verão.

Para além da abordagem apelativa e criativa da prevenção do VIH, que já se tornou uma marca da ABRAÇO, foi possível distribuir ao longo destas duas noites cerca de seis mil preservativos masculinos e cerca de 1000 preservativos femininos, dando a elas a autonomia no processo de tomada de decisão da sua vida sexual.

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Exposição Andrea Mendes - Galeria ABRAÇO - Fevereiro 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

A artista Andrea Mendes

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Exposição Andrea Mendes - Galeria ABRAÇO - Fevereiro 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

LINHA TELEFÓNICA DA ABRAÇO 800 225 115Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

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Exposição Dia da Mulher - Galeria Abraço - MDM - MAR 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

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Exposição Dia da Mulher - Galeria Abraço - MDM - MAR 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

GRUPOS DE AUTO-AJUDA Email: [email protected]

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ESEL - Escola Superior de Enfermagem nas Instalações da Abraço - Março 2010

ABRAÇO RECEBEU ALUNOS DA ESEL...

...durante o mês de Março. Um grupo de 60 alunos da ESEL - Escola Superior de Enfermagem de Lisboa - realizou Visitas de Observação, assistindo a palestras e conhecendo os projectos da ABRAÇO, na Delegação de Lisboa.

Foram seis dias de convívio com os profissionais que respondem pelo CAD – Centro de Apoio Domiciliário, CAAP – Centro de Atendimento e Apoio Psicossocial, Gabinete Médico-Dentário, Marketing, Boletim, Newsletter, Prevenção Nacional e Cooperação Internacional.

Em sessões interactivas e dinâmicas, os estudantes tiveram a oportunidade de ver de perto como funciona a Abraço no seu dia-a-dia e como está inserida no contexto da sociedade civil.

Nas actividades estiveram envolvidos os colaboradores António Guarita, Coordenador do Encontro, responsável pelo Boletim, Newsletter e Cooperação Internacional; Catarina Sousa, assistente social do CAAP, Ana Rosa, psicóloga CAD/CAAP, Sara Carvalho, Assistente Social, Coordenadora do CAD/AAT, Leonor Policarpo, Técnica de Reabilitação e Inserção Social do CAD/AAT, Marcos Veiga, Médico Dentista residente do GAMDA - Gabinete Médico-Dentário da Abraço, Sérgio Luís, Coordenador da Prevenção Nacional e Heloísa Flôres, Assistente de Marketing. No apoio logístico deram o seu contributo, Isabel Martins e Milton Santos.

A iniciativa, por parte da professora Eunice Henriques e direcção da ESEL, em acordo firmado com a Direcção da Abraço, foi louvável e possibilitou uma visão mais aprofundada por parte dos alunos envolvidos, uma vez que houve muita troca de experiências entre eles e os profissionais da Abraço. E teve tanto êxito, que já há interesse da Escola em programar novas turmas ainda no ano de 2010.

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

Page 43: Boletim_Especial_Ano_13

ESEL - Escola Superior de Enfermagem nas Instalações da Abraço - Março 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

GABINETE DE APOIO AO UTENTETel: 937146310 Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feiraEmail: [email protected]

Page 44: Boletim_Especial_Ano_13

Simone de Oliveira e Margarida Martins

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

50+ EXPO SÉNIOR 2010

50+ EXPO SÉNIOR 2010

50+ EXPO SÉNIOR 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

GABINETE PSICOLÓGICOEmail: [email protected]

EXPO SENIOR 50+

A ABRAÇO na 50+ Expo Sénior 2010

Promovida pela Hipereventos - Comunicação e Imagem, a Feira teve lugar no Pavilhão Atlântico – Sala Tejo, nos dias 26, 27 e 28 de Março de 2010.

O evento contou com Conferências, Workshops e colocou à disposição vários produtos e serviços, em um projecto inovador dirigido exclusivamente ao mercado sénior.

A Abraço fez-se presente com Banca de materiais promocionais, distribuição de laços e preservativos e informações sobre prevenção VIH/SIDA, além de uma Sessão de Esclarecimento sobre a temática da SIDA na 3ª Idade, coordenada pela Assistente Social Sara Carvalho.

O Evento, em sua estreia, foi coroado de êxito e certamente reúne todas as condições para ser ainda melhor na suas próximas edições.

Page 46: Boletim_Especial_Ano_13

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O papel da liderança política

Em primeiro lugar agradeço ao Prof. Dr. Henrique de Barros o convite que me foi feito para fazer parte desta mesa. Estou aqui como representante da Rede + PLP e como Presidente da Associação Abraço - Organização Não Governamental que começou o seu trabalho em Julho de 1992.

Uma associação que começou no Hospital Egas Moniz, em Lisboa,

III Congresso da CPLP, Lisboa, Março 2010Discurso de Margarida Martins

tendo desde o princípio o apoio do Dr. José Luís Champalimaud e sendo neste momento uma organização ao nível nacional com centros em Lisboa, Porto, Gaia, Funchal, Setúbal.Agradeço a presença de todas as entidades oficiais e pessoas presentes e em especial aos representantes das Organizações Não Governamentais - ONG de Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné, Brasil, Portugal, lamentando só Timor não estar presente.

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

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Começo por recordar, por pertinente e a propósito do assunto que debatemos neste painel, que o tema do dia mundial da luta contra a sida, 1 de Dezembro de 2009, foi o “acesso universal e direitos humanos”, o que faz agora e para aqui todo o sentido e tem toda a oportunidade já que sendo a “saúde”/”prevenção”, a “assistência na doença” e o “acesso aos cuidados de saúde” são direitos humanos universais fundamentais (consagrados, reconhecidos e plasmados em diversas convenções, declarações e cartas universais pelos homens), desventuradamente, em muitas regiões do mundo ou são totalmente ignorados, ou, apesar de formalmente aceites, são na prática inexistentes ou insuficientes.

Esta pandemia ao nível mundial mantém-se assustadoramente elevada, e o continente africano continua o mais afectado, com o terrível cenário do crescente número de órfãos devido à sida que afecta alguns dos países que fazem parte da Rede + PLP e da CPLP, nossos irmãos.

A situação crítica e endémica nesta região do mundo é o sintoma e a consequência de violações sistemáticas e prolongadas dos direitos humanos, mas muito e também da falta de vontade dos governos de promover verdadeiras e eficazes políticas/

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III Congresso da CPLP, Lisboa, Março 2010Discurso de Margarida Martins

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

CENTRO DE ATENDIMENTO - FUNCHALENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO Tel: (+351) 291 236 700Horário: 10H-19HEmail: [email protected]

Page 48: Boletim_Especial_Ano_13

III Congresso da CPLP, Lisboa, Março 2010

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

respostas de acesso universal aos cuidados médicos, ao tratamento, e á prevenção (todos corolários do direito à saúde). Dito isto reconhece-se que muitos países deste continente e nomeadamente os que fazem parte da CPLP têm efectuado progressos e esforços a este nível mas que para terem eficácia e sucesso necessitam absolutamente do apoio de organismos internacionais e transnacionais.

Urge, assim, sensibilizar e consciencializar para o tema, todos, com o enfoque naqueles que, querendo, podem ,porque lhes assiste o poder para tal (ao nível de cada país, duma região ou grupo de países como a CPLP, de organismos internacionais transnacionais), tratar estas questões como uma prioridade de agenda.

No seio e no âmbito dos países da CPLP e da rede assistimos a vários cenários distintos ao nível da pandemia, já que na Europa e em Portugal o acesso universal e gratuito ao tratamento retroviral é uma realidade, bem como no Brasil, sendo que noutros países ainda assim não é. Ora sendo esta uma questão que a todos nós afecta e que pela sua desconcertante e assustadora dimensão deveria estar nas agendas políticas mundiais, permanentemente, e ser considerada prioritária o que não acontece, a CPLP e a rede como comunidade transnacional e transversal é um espaço ideal para, recolocá-la de forma a que as boas práticas de alguns dos países que a constituem se estendam aos demais tanto no âmbito da prevenção como do tratamento uniforme em todos os territórios da CPLP.E se a liderança política, no sentido e alcance de poder instituído aos vários níveis já enunciados é crucial e vital para alcançar resultados e inverter os números actuais e lutar de forma eficaz contra esta pandemia, não é menos verdade que o peso das ONG´s e outras formas organizadas colectivas da sociedade civil que actuam nesta área pertencentes ao “terceiro sector” é enorme, sendo nalgumas sociedades a único recurso e apoio das pessoas que vivem com esta doença pelo que devem ser tratadas pelos “poderes políticos e pelas lideranças” como parceiro e não como parente pobre, devendo ser dotadas e criadas das condições para de forma eficaz, continuada e sustentada desenvolverem a sua actividade.

A Rede + PLP das pessoas que vivem e lutam contra a SIDA nos países de língua portuguesa foi criada em 2008 no 2º Congresso de SIDA da CPLP.

Não pode ficar INVISIVEL/INDIFERENTE junto da cimeira da CPLP.

Urge que a Sociedade Civil tenha lugar INSTITUCIONAL na estrutura da CPLP para expressar o que de facto acontece nos nossos países.

Sem Sociedade Civil NÃO HÁ PREVENÇÃO, nem tratamento e, sem apoio formal da CPLP, a representatividade civil fica neste fórum COMPROMETIDA.

Margarida Martins - Lisboa, 17 de Março de 2010

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III Congresso da CPLP, Lisboa, Março 2010Assinatura da Carta de Lisboa

Carta de Lisboa, assinada a 19 de Março, no III Congresso da CPLP, formaliza criação da RIDES IST-SIDA CPLP.

A Carta de Lisboa reúne os compromissos e as conclusões assumidas pelos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no último dia do III Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA e Infecções de Transmissão Sexual (ITS), que decorreu em Lisboa, de 16 a 19 de Março.

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

GABINETE DE APOIO AO UTENTE Tel: (+351) 291 236 700Horário: 2ª, 3ª e 5ª feiras - 10H-19H4ª feira - 10h-15h, 6ª feira - 10H-18HEmail: [email protected]

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

O III Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA e Infecções de Transmissão Sexual estruturou-se sobre quatro pilares temáticos:

• Prevenção e Tratamento, • Mundo do Trabalho,• Cooperação, • Recursos Humanos.

Antecedendo os trabalhos do Congresso, as organizações da Sociedade Civil da CPLP realizaram uma reunião específica, no dia 16, no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT).

Na manhã de dia 17, e também no IHMT, tiveram lugar Oficinas de Trabalho em que todos os inscritos no Congresso puderam participar.

Entrevista a TV da Guiné-Bissau

O programa de abertura oficial do congresso, que decorreu no dia 17 de Março das 14.30h às 18h, no Centro de Congressos de Lisboa (CCL), incluiu duas mesas temáticas.

O programa dos dias 18 e 19 de Março decorreu no CCL e teve uma configuração semelhante em ambos os dias: as sessões de abertura e fecho foram efectuadas em plenário, decorrendo no auditório principal. Nessas sessões plenárias todos os países da CPLP foram convidados a intervir, através de um orador, que apresentou a realidade vivida no seu país relativamente à temática em discussão. Também a Sociedade Civil esteve presente em todas as sessões

III Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA e Infecções de Transmissão Sexual

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

CENTRO DE ATENDIMENTO - GAIA ENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO Tel: 22 375 66 55Horário: 10H-13H e 14H-19HEmail: [email protected]

plenárias, nomeadamente num espaço de apresentação das conclusões decorrentes da actividade realizada no dia 16 de Março.

Os restantes trabalhos do congresso desenvolveram-se em simultâneo, em quatro salas, cada uma dedicada a um dos pilares.

III Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA e Infecções de Transmissão Sexual

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

III Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA e Infecções de Transmissão Sexual

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Na tarde do dia 29 de Abril, recebemos a equipa da TV Canção Nova (Canal da Zon TV Cabo) para a gravação de um programa apresentado pelo Padre Borga, figura conhecida e querida dos portugueses. A conversa esteve centrada na vida da fundadora e Presidente e sua trajectória junto à Associação ABRAÇO, contando a luta travada diariamente para apoiar pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA.

MARGARIDA MARTINS ENTREVISTADA PELO PADRE JOSÉ LUIS BORGA NAS DEPENDÊNCIAS DA ABRAÇO – LISBOA

Na altura, foi contactada a Assistente Social Sara Carvalho, para a realização de um programa especial sobre o CAD - Centro de Apoio Domiciliário e ATT - Apartamentos de Acolhimento Temporário, do qual é coordenadora, juntamente com Leonor Policarpo. Na foto, Sara Carvalho, da Abraço, com Sandra Dias e Telma Freire, ambas da produção da TV Canção Nova de Portugal (Canal da Zon TV Cabo).

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ACTIVIDADES DA ABRAÇO

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Tel: 22 375 66 55Horário: 10H-13H e 14H-19HEmail: [email protected]

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Grupo da Rede +PLPLisboa, 19 Março 2010

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CAMPANHAS

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RECEITA DE SOBREMESA

CENTRO DE ATENDIMENTO - SETÚBAL ENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO Tel: 265 228 882Horário: 10H-13H e 14H-19HEmail: [email protected]

Bolo de Morango, Pêssego e Natas

Ingredientes:

1 lata de pêssego grande500 ml de nata fria1/2 lata de leite condensado1 caixa de morango maduro1 pão-de-ló cortado em 3 camadas médiasGeleia ou compota de morango para decorar o boloCaldo de canela*

Modo de Preparação:

1o. passoBata as natas até aumentarem de volume, depois adicione o leite condensado e coloque um pouco de parte. Corte metade dos morangos e dos pêssegos em pequenos cubos e divida as natas em duas partes - uma para o recheio e a outra para a cobertura.

2o. passoMisture as natas com as frutas picadas para fazer um creme suave e consistente, pegue numa camada do pão-de-ló, coloque numa bandeja para bolo e regue com o caldo de canela. Coloque o recheio e um pouco da geleia de morango até terminar de montar o bolo. Por último, cubra o bolo com as natas e decore com os morangos, os pêssegos e a geleia. Servir fresco.

Sugestão: Se preferir, pode utilizar qualquer outro tipo de fruta, ou chocolate branco ou preto.

*Caldo de canela - 1 pau de canela, 1 copo de água e uma colher de sopa de açúcar. Junte tudo e ferva. Já está pronto para regar o seu bolo.

Delicie-se, mas sem abusar!!!

Autor: Rejivan dos Santos OliveiraEmail: [email protected]

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SUGESTÃO LITERÁRIA

ISBN 978-989-8087-99-7 ISBN 978-989-684-000-6

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AGRADECIMENTOS + SUGESTÃO LITERÁRIA

Agradecimentos

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Agenda Nacional

Agenda Internacional

III Congresso da CPLP, em Lisboa, a 17, 18 e 19 de Março de 2010

Depois de Angola (Luanda) e Brasil (Rio de Janeiro) coube a Portugal a responsabilidade de organizar em 2010 o III Congresso da CPLP sobre Infecção VIH/SIDA e Doenças de Transmissão Sexual.

Dia Nacional de Prevenção e Segurança no TrabalhoLocalização: Avª Conde Valbom, nº 63, Lisboa, Auditório do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.

A 28 de Abril assinala-se o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho que, este ano, tem como tema “Prevenir é Investir no Futuro”. O evento conta com a participação da Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, do Inspector-Geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho, e do Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, Luís Lopes.

2ª Conferência Italiana sobre SIDA e anti-retrovirais, a 20 de Junho de 2010, em Brescia, Itália

Esta conferência tem como objectivo a apresentação dos resultados originais mais importantes sobre as investigações levadas a cabo em Itália.

As crianças e o VIH - O Apoio da Família PrimeiroTrabalhando juntos para alcançar o apoio universal

e o acesso ao tratamento, a 16 de Julho de 2010, Viena-Áustria

É um simpósio internacional que vai apresentar as evidências mais recentes e partilhar os modelos mais recentes sobre os cuidados centrados na família e serviços para crianças afectadas pelo VIH/SIDA.

Conferência Internacional sobre SIDA, de 18 a 23 de Julho de 2010Viena, Áustria

Uma vez que o prazo dado pelos líderes mundiais em relação ao Acesso ao Tratamento, está a terminar neste ano de 2010, a AIDS 2010 vai coincidir com uma pressão importante direccionada para o acesso à prevenção, ao tratamento, aos cuidados e apoio ao VIH.

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AGENDAS

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Tel: 265 228 882Horário: 10H-13H e 14-19HEmail: [email protected]

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Salada de Queijo Fresco com Penne

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RECEITA VEGETARIANA

Eis uma refeição ligeira, saudável, e... acima de tudo.... acessível!!!

Esta é uma sugestão do profissional de cozinha, Rejivan dos Santos Oliveira,[email protected]

Ingredientes (para 4 pessoas):

400 g de massa penne cozida150 gr de tomate cherry cortado ao meio80 gr de pepino cortado em cubos pequenos1 colher de sopa de azeiteSal a gosto200 g de queijo fresco cortado em cubos médiosSalsa para decorarPimenta preta moída na hora, a gosto.

Modo de preparação

Coloque todos os ingredientes numa travessa, menos o queijo fresco e o azeite.

Depois de misturar tudo, de forma harmoniosa, para que a travessa fique bem decorada, adiciona-se o queijo fresco, misturando-o delicadamente com os outros ingredientes.

Para finalizar, a pimenta preta moída na hora e azeite para regar a salada.

BOM APETITE!!!

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FICHAS

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PROJECTOS ABRAÇO LISBOACENTRO DE ATENDIMENTO E APOIO PSICOSSOCIALGonçalo Lobo, Andreia Rodrigues, Filipa Farrajota, Cata-rina Sousa e Sofia Relvas10h-13h e 14h-19h Email: [email protected]: [email protected]

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GABINETE DENTÁRIOAntónio Mata, Marcos Veiga & Fátima Lourenço10h-13h e 14h-19hEmail: [email protected]

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SETÚBALCENTRO DE ATENDIMENTO SOCIAL E PSICOLÓGICORua Mormugão, 352900-506 SetúbalTel: (+351) 265 228 882 Fax: (+351) 265 230 111Gonçalo Lobo & Filipa FarrajotaSegundas, 10h-13h e 14h-18h306as feiras (1x mês), 10h-13h e 14h-18h30Email: [email protected]

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GAIAVALÊNCIA DE APOIO PSICOSSOCIALAna Santos & Bruna Leandro. Admin: Carla Baptista & Joaquim PinheiroEmail: [email protected]:30-13:00 - 14:30 -18:30h

CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO JOÃO CARLOSCristina Sousa, Carla Pereira & Teresa Patrão Rua de Vila Nova, nº 3154100-504 PORTOTel: (+351) 223 756 655/6 - Fax: (+351) 223 756 652Email: [email protected] e 14.30h-19h

UNIDADE RESIDENCIAL Carlos Maia, Cristina Sousa e Teresa Patrão. Susana Macedo,Ana Cravo, Tiago Teixeira, Daniela Vieira & Eva AntunesApoio 24 horasEmail: [email protected]

PASSO A PASSO IDT Bruna Leandro & Edite Coelho. Carla Baptista (Admin/Polivalente)Rua do Pinhal, nº 84400-259 GAIATel:/Fax: (+351) 223 751 276Email:[email protected]:30-13:00 - 14:30 -18:30h

MADEIRAPROJECTO ABC SER CRIANÇACristina Gouveia, Noémia Amaro, Marta Bettencourt, Verónica Jesus, Teresa Silva, Elisabete Gouveia & Margarida Rodrigues Admin: Mónica Santos & Luís Moniz

Rua de Santa Maria, 1119060-291 FUNCHALTel: (+351) 291 236 700 - Fax: (+351) 291 235 8002ª a 5ª feira - 9h30-19h, 6ª feira - 9h30-18hEmail: [email protected]

GABINETE DE APOIO AO UTENTEAna Medeiros & Elisabete Gouveia2ª, 3ª e 5ª feira -10h-19h, 4ª feira -10h-15h, 6ª feira -10h-18hEmail: [email protected]

CONTACTOS ÚTEISLINHA SIDA Tel.: 800 266 666(10h-20h, excepto Domingos)*Chamada gratuita, anónima e confidencial

LINHA DE APOIO E INFORMAÇÃO SOBRE HOMOSSEXUALI-DADE - ILGA PORTUGALSexta-feira, 21h-24hTel.: 21 [email protected]

Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobiaEC Arroios, 1009-001 LISBOAhttp://www.panterasrosa.comEmail (Lisboa): [email protected] Email (Porto): [email protected]

CAD AVEIROCentro de Saúde de AveiroPr. Rainha D. Leonor 3810 AVEIRO2ª a 6ª feiras, 14h-17hTel.: 234 378650 ext. 186

CAD CASTELO BRANCOR. Amato Lusitano, nº 25 6000-150 CASTELO BRANCO2ª Feira, 14h-19h3ª, 4ª e 6ª feiras, 9h-13h e 14h-19hTel.: 272 324 973

CAD COIMBRAAv. Bissaia Barreto – Edificio BCG3000 – 076 Coimbra2ª a 4ª feiras, 13h-17h303ª, 5ª e 6ª feiras das 9h à 13hTel.: 239 487400

PROJECTO STOP SIDA CENTRO LAURA AYRESR. Padre António Vieira, nº 123000 CoimbraTeste anónimos e gratuitos: 17h00-20h30Aconselhamento e encaminhamento: 21h00-23h30Tel.: 239 828711

CAD PORTOR. da Constituição, nº 16564250–169 Porto2ª feira, 14h-22h3ª, 4ª e 5ª feira, 8h30-20h006ª Feira, das 8h30 às 14h00Tel.: 228 317 518

CRAF - CENTRO RASTREIO ANÓNIMO DE FARORua Brites de Almeida, nº 6, 3º esqº8000-234 FARO2ª Feira, 14h-19h3ª e 5ª feiras, 9h-12h e 14h-17h304ª e 6ª feiras, das 9h às 17h30Tel.: 289 812 528 e 289 805 363

CAD LEIRIALaboratório de Saúde Pública – Centro de Saúde Gorjão HenriquesR. General Norton de Matos 2410–272 LEIRIA2ª e 4ª feiras, 14h-17h3ª e 5ª feiras, 9h-13hTel.: 244816483Fax.: 244816486

CAD LISBOACentro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIHFundação Nossa Senhora do Bom SucessoAv. Dr. Mário Moutinho (ao Restelo) 1400–136 LISBOATel.: 21 3031427Fax.: 21 3016980

CRA - Centro de Rastreio Anónimo de Infecção VIHCentro de Saúde da Lapa R. de São Ciro, nº 36, 1200–381 LISBOATel.: 21 3930151

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