Boletim SNA Academia
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Boletimwww.aeronautas.org.br
Belém/PA Av. Senador Lemos, Passagem São Luiz 19, Sacramenta (ao lado do terminal de passageiros do Aerop. Brig. Protásio) CEP: 66123-650Tel.: (91) 3254-8642
Belo Horizonte/MG Praça Bagatelle, 204 Aeroporto da PampulhaVista Panorâmica S/N - São Luís CEP: 31270-705 Tel.: (31) 9133-4563
Brasília/DF SRTVS, Quadra 701, Conj. E Bl 2/4 Sala 102Ed. Palácio do Rádio II CEP: 70340-902Tel.: (61) 3321-5497
Campinas/SPCentro Empresarial ViracoposSPE - Rod. Santos DumontKm 66 - S/N - 2º Andar, Sala 217CEP: 13052-901Tel.: (19) 3725-6579
Goiânia/GOAvenida dos Índios, 472 Qd. 124 Lt. 54 - Sala 01Santa GenovevaCEP: 74672-450Tel.: (62) 3637-6131
Macaé/RJAv. Dr. Geraldo Menecuci de Oliveira (Pestalozzi), 612 Parque Aeroporto (Junto ao Sind.Aeroviários de MA)CEP: 27963-500Tel.: (22) 2762-3654
Sede e Subsede RepresentaçõesRio de Janeiro/RJAv. Franklin Roosevelt, 194 Salas 802/803 - Centro CEP: 20021-120 Tel.: (21) 3916-3800
São Paulo/SP Av. Washington Luis, 6817Sala 101 - CongonhasCEP: 04627-005 Tel.: (11) 5531-0318
Porto Alegre/RS Rua Augusto Severo, 82 São João (Anexo ao Sind. Aeroviários)CEP: 90240-480Tel.: (51) 3094-6619
Poucas perguntas na aviação são tão difíceis de responder como
a seguinte: “Como estará o mercado de trabalho daqui um, dois,
cinco, dez ou 20 anos?”. Se levarmos em conta que há cerca de dez
anos a Varig e a Vasp ainda voavam, percebemos a dificuldade em
elaborar com alguma precisão uma resposta neste sentido.
Hoje, o setor apresenta uma situação relativamente estável, depois
de expressivas reduções nos postos de trabalho nos últimos
anos, em especial na Gol e na TAM e com o fim da Webjet. Apesar
de ainda tímidas, as contratações foram retomadas pela maior
parte das empresas e devem continuar em 2015. Muitas destas
contratações também se dão pelo grande número de aeronautas
buscando oportunidades de emprego fora do país, especialmente
na China e no Oriente Médio. Estima-se que, atualmente, cerca de
2.000 pilotos brasileiros atuem no exterior.
Este cenário que se desenha positivo em termos de contratações
tem reflexo direto nas demais aviações, como táxi aéreo, aviação
executiva e instrução de voo, notórios formadores de mão de
obra especializada para as companhias de aviação regular. O
aquecimento da aviação regular abre oportunidades nestes setores
para os que desejam adquirir experiência ou até mesmo seguir
carreira nestes campos.
A aviação agrícola, com suas mais de 2.000 aeronaves em
operação, também apresenta um quadro favorável e deve manter
o expressivo crescimento dos últimos anos. Na contramão de todos
as outras aviações, o offshore passa por dificuldades decorrentes
especialmente da crise na Petrobrás. O encerramento ou redução
dos contratos resultou em demissões e, por ora, o horizonte é negro
para a aviação embarcada.
Um aspecto que pode modificar e acelerar as contratações é o
Pdar (Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional), criado
através da Medida Provisória 652 em julho do ano passado. Esta
MP autoriza a União a conceder subvenção econômica nos serviços
oferecidos pelos aeroportos regionais, como o pagamento dos
custos relativos às tarifas aeroportuárias e de navegação aérea
em aeroportos regionais. A união poderá também intervir no
pagamento de parte dos custos de voos em rotas regionais e no
pagamento dos custos correspondentes ao Adicional de Tarifa
Aeroportuária. Este será um grande passo para resgatar um ramo
da aviação comercial há muito preterido pelas companhias aéreas.
O crescimento da aviação — e por consequência dos postos de
trabalho — apresenta atualmente um descolamento da realidade
econômica do país nos últimos anos, o que leva a crer que, mesmo
com a recessão que se avizinha, o mercado de trabalho ainda
absorverá os aeronautas que ainda não se recolocaram e os que
ingressarão no apaixonante mundo da aviação.
Desta forma, mesmo não sendo o céu de
brigadeiro desejado, as perspectivas são boas
para pilotos e comissários.
ACADEMIAano 1 - n0 3
Em geral, muitos de nós têm desconfiança com entidades de
representação, seja por alguma experiência negativa ou pelo
preconceito natural em relação a algo que enxergamos com uma
“obrigação” que façam por nós.
Sempre esperamos que alguém
faça por nós, que lute por nós
— assim como fazemos com a
política, por exemplo. O político
que foi eleito pelo seu voto
“distraído” também se distrai com o alheio, porque não é cobrado
nem fiscalizado. Temos o péssimo hábito de dar o poder e depois
nos resignarmos.
O representante de classe e seu representado passam pelo mesmo
processo de transferência de poder e confiança, muitas vezes não
correspondido.
Apesar da ligação aculturada da política partidária aos movimentos
de classe, historicamente verificados, o sindicato é uma ferramenta
política muito importante para o equilíbrio na relação do capital
e do trabalho. Porém é essencial que seja uma ferramenta política
apartidária — nenhum interesse deve se sobressair aos da
coletividade, muitos menos de partidos políticos que mascaram a
defesa dos interesses dos trabalhadores em prol de fortalecimento
econômico de suas bases.
Todas as categorias precisam entender que a “Ferramenta Sindicato”
não é formada pelo grupo gestor. Precisamos aprender que, além da
obrigação de participar, o resultado alcançado pela representação
será proporcional ao número de participantes ativos.
Uma categoria deixa de avançar
em suas reivindicações quando
cai num ciclo vicioso, em que o
representado perde confiança no
representante, que por sua vez
perde credibilidade nas negociações. Isso reflete nas conquistas ou
na manutenção de direitos e abre espaço para corrupção e desvios.
Tudo faz parte de um ciclo no qual nossas ações ou omissões têm
relação direta. Se você participa, fiscaliza, contribui e fortalece
seu representante, então este traz melhores
resultados para você e para o coletivo. Sempre
temos escolha: a resignação ou resiliência.
“Precisamos aprender que, além da obrigação de participar, o resultado alcançado pela
representação será proporcional ao número de participantes ativos.”
Para que nossa categoria continue
cada vez mais forte, é preciso
voarmos todos na mesma direção. Junte-se a nós!
Só falta você.www.aeronautas.org.br
PARTICIPAÇÃO
SINDICATO FERRAMENTA
FUTURO
MERCADO DE TRABALHO NA AVIAÇÃO
Comte. Rodrigo Spader Vice-presidente do SNA
Comte. Adriano CastanhoPresidente do SNA
04 Boletim SNA Academia
Em termos de empregabilidade, faz-se muito “pano preto”
relacionado à atividade profissional de pilotos, principalmente sobre
o chamado Q.I. (Quem Indica), que é o sistema de recomendações
e indicações informais para que um piloto consiga emprego. Quem
não tem Q.I. pode se achar injustiçado, mas poucos entendem que
é possível “fabricar” seu próprio Q.I. — isso não é uma característica
exclusiva do “filho do comandante”. Para tal, é preciso entender por
que o Q.I. existe, em primeiro lugar.
Quem contrata pilotos tem um enorme risco para mitigar. Imagine-
se, por exemplo, como um operador da aviação geral que precisa de
um novo piloto de King Air. Para este sujeito estar apto a trabalhar,
você tem que enviá-lo a um Centro de Treinamento nos EUA, o que
irá custar algumas dezenas de milhares de dólares. E, na volta, esse
sujeito estará com a habilitação do King na carteira dele, pessoal, o
que significa que ele poderá, a qualquer momento, decidir-se por
trabalhar para um outro operador, eventualmente ganhando mais,
e deixar você a ver navios — quer dizer, aviões! E aí, meu caro, além
de ter perdido o dinheiro gasto com o seu treinamento, você ainda
por cima ficou sem o piloto e seu avião não poderá voar. Percebeu
o drama? O risco de uma contratação de pilotos dar errado é
gigantesco, e os contratantes sempre procuram meios de evitá-lo
— ou, pelo menos, de reduzi-lo.
É aí que entra o Q.I. Se esse piloto tivesse um “fiador” — alguém que
se comprometesse com o operador sobre sua conduta futura —,
a situação seria muito mais confortável para o contratante. Numa
situação de, por exemplo, o piloto se demitir logo após receber o
treinamento, se essa atitude prejudicasse este “fiador”, pode ser
que o piloto pensasse duas vezes antes de efetivá-la. Daí ser este o
papel fundamental do “padrinho” numa contratação: ele funciona
como um avalista, proporcionando alguma segurança para quem
contrata.
Conhecendo a lógica original do Q.I., fica bem mais fácil estabelecer
estratégias para conseguir uma indicação relevante para um
emprego. Imagine-se precisando de um fiador para um aluguel,
ou de um avalista para um empréstimo. O que você faria? Quanto
mais confiança houver em você, melhor, não é? E se, além disso, ele
achasse que você teria como retribuir o favor no futuro de alguma
maneira, a chance de esta pessoa ser o seu “padrinho” aumentaria
bastante. É assim que se “fabrica Q.I.”: com a construção de uma
reputação de confiabilidade e reciprocidade.
Não tem mistério — o que não significa que
será fácil.
Av. Washington Luís, 6817 - Sala 101Congonhas - CEP: 04627-005 São Paulo – SPTel: +55 (11) 5531-0318
www.aeronautas.org.br
PresidenteComte. Adriano Castanho
Secretaria Geral Rodrigo Spader
Expediente:
Diretor de ComunicaçãoComte. Diego Schilling
ConsultorSergio Lerrer
Projeto Gráfico Adriano Mathias
Produção Gráfica/CirculaçãoCristofer Guardia - [email protected]
Jornalista Responsável - MTB 31475Eduardo Vieira da Costa - [email protected]
sindicatonacionaldosaeronautas
@aeronautas_sna
02 Boletim SNA Academia
Eduardo Faraco, Dir. de Ensino da VOEFLORIPA Escola de Aviação Civil
TREINAMENTO
A FORMAÇÃO DE UM AVIADOR
NETWORKING
O Q.I. E A ENTRADA NO MERCADO DE TRABALHO
Raul Marinho - Representante da Aviação Geral e de Instrução do SNA, editor do blog Para Ser Piloto, autor de livros sobre Negociação & Estratégia Profissional, e Piloto
Comercial de Avião.
“Conhecendo a lógica original do Q.I., fica bem mais fácil estabelecer estratégias
para conseguir uma indicação relevante para um emprego.”
03 Boletim SNA Academia
“Os maiores obstáculos para um aviador ainda são os custos da formação e a
conquista do primeiro trabalho”
Pilotar aeronaves sempre foi o sonho de muitos jovens que desde
pequenos andam no chão com os olhos voltados para os céus
e os aviões. E embarcar nesse desafio de se tornar um aviador
profissional já foi muito mais distante e difícil.
Nas ultima década, a formação no Brasil se desenvolveu bastante.
Surgiram mais escolas, houve melhora na qualidade da frota e o
material didático produzido no país ficou mais completo, didático
e acessível, inclusive nas mídias digitais. Isso elevou a qualidade
da formação, quebrando uma realidade passada em que apenas
alguns aeroclubes forneciam um ensino semelhante ao praticado
nos EUA, referência no setor.
Hoje, contamos com modernas escolas que em nada deixam a
desejar comparadas às americanas. Referência na padronização
das linhas aéreas, aeronaves mais completas e programas de
treinamento que formam o aviador nos padrões do exigente
mercado da aviação civil são fundamentais para a carreira.
A evolução da aviação no Brasil também trouxe um cenário mais
competitivo para os iniciantes. Nos últimos anos, as empresas
profissionalizaram seus processos seletivos seguindo a tendência
mundial e a seleção não está mais restrita às horas de voo. É necessário
uma formação completa, com treinamento de introdução ao jato,
proficiência em inglês de nível 4, para então participar das etapas
do processo. São provas teóricas que envolvem todas as áreas de
conhecimento aeronáutico, psicotestes, dinâmicas de grupo e
testes toxicológicos que dão mais competitividade à seleção.
Por isso, é imprescindível qualificar-se ao máximo com formação
que envolva operação de aeronaves mais equipadas, como os
Cessnas 152, 172, Cherokees, Seneca, ou similares que viabilizem a
operação diuturna e até com alguma intempérie.
A familiarização e uso dos instrumentos de navegação tradicionais,
como VOR e ADF, e modernos GPS, além da operação em
aeroportos controlados e movimentados, traz aprendizados únicos
no gerenciamento do voo. Os instrutores, por sua vez, devem
estar atentos a cada passo do aluno, orientando-o e cobrando seu
enquadramento em toda a padronização prevista no SOP da Escola,
sendo exigentes em todos os aspectos e mantendo tranquilidade
na instrução.
O mercado é muito concorrido e exigente, mas uma boa formação
ajuda em muito. Contudo os maiores obstáculos para um aviador
ainda são os custos da formação e a conquista do primeiro trabalho,
que trará as horas de experiência para o aviador ingressar nas linhas
comercias ou executivas.
Em termos de empregabilidade, faz-se muito “pano preto”
relacionado à atividade profissional de pilotos, principalmente sobre
o chamado Q.I. (Quem Indica), que é o sistema de recomendações
e indicações informais para que um piloto consiga emprego. Quem
não tem Q.I. pode se achar injustiçado, mas poucos entendem que
é possível “fabricar” seu próprio Q.I. — isso não é uma característica
exclusiva do “filho do comandante”. Para tal, é preciso entender por
que o Q.I. existe, em primeiro lugar.
Quem contrata pilotos tem um enorme risco para mitigar. Imagine-
se, por exemplo, como um operador da aviação geral que precisa de
um novo piloto de King Air. Para este sujeito estar apto a trabalhar,
você tem que enviá-lo a um Centro de Treinamento nos EUA, o que
irá custar algumas dezenas de milhares de dólares. E, na volta, esse
sujeito estará com a habilitação do King na carteira dele, pessoal, o
que significa que ele poderá, a qualquer momento, decidir-se por
trabalhar para um outro operador, eventualmente ganhando mais,
e deixar você a ver navios — quer dizer, aviões! E aí, meu caro, além
de ter perdido o dinheiro gasto com o seu treinamento, você ainda
por cima ficou sem o piloto e seu avião não poderá voar. Percebeu
o drama? O risco de uma contratação de pilotos dar errado é
gigantesco, e os contratantes sempre procuram meios de evitá-lo
— ou, pelo menos, de reduzi-lo.
É aí que entra o Q.I. Se esse piloto tivesse um “fiador” — alguém que
se comprometesse com o operador sobre sua conduta futura —,
a situação seria muito mais confortável para o contratante. Numa
situação de, por exemplo, o piloto se demitir logo após receber o
treinamento, se essa atitude prejudicasse este “fiador”, pode ser
que o piloto pensasse duas vezes antes de efetivá-la. Daí ser este o
papel fundamental do “padrinho” numa contratação: ele funciona
como um avalista, proporcionando alguma segurança para quem
contrata.
Conhecendo a lógica original do Q.I., fica bem mais fácil estabelecer
estratégias para conseguir uma indicação relevante para um
emprego. Imagine-se precisando de um fiador para um aluguel,
ou de um avalista para um empréstimo. O que você faria? Quanto
mais confiança houver em você, melhor, não é? E se, além disso, ele
achasse que você teria como retribuir o favor no futuro de alguma
maneira, a chance de esta pessoa ser o seu “padrinho” aumentaria
bastante. É assim que se “fabrica Q.I.”: com a construção de uma
reputação de confiabilidade e reciprocidade.
Não tem mistério — o que não significa que
será fácil.
Av. Washington Luís, 6817 - Sala 101Congonhas - CEP: 04627-005 São Paulo – SPTel: +55 (11) 5531-0318
www.aeronautas.org.br
PresidenteComte. Adriano Castanho
Secretaria Geral Rodrigo Spader
Expediente:
Diretor de ComunicaçãoComte. Diego Schilling
ConsultorSergio Lerrer
Projeto Gráfico Adriano Mathias
Produção Gráfica/CirculaçãoCristofer Guardia - [email protected]
Jornalista Responsável - MTB 31475Eduardo Vieira da Costa - [email protected]
sindicatonacionaldosaeronautas
@aeronautas_sna
02 Boletim SNA Academia
Eduardo Faraco, Dir. de Ensino da VOEFLORIPA Escola de Aviação Civil
TREINAMENTO
A FORMAÇÃO DE UM AVIADOR
NETWORKING
O Q.I. E A ENTRADA NO MERCADO DE TRABALHO
Raul Marinho - Representante da Aviação Geral e de Instrução do SNA, editor do blog Para Ser Piloto, autor de livros sobre Negociação & Estratégia Profissional, e Piloto
Comercial de Avião.
“Conhecendo a lógica original do Q.I., fica bem mais fácil estabelecer estratégias
para conseguir uma indicação relevante para um emprego.”
03 Boletim SNA Academia
“Os maiores obstáculos para um aviador ainda são os custos da formação e a
conquista do primeiro trabalho”
Pilotar aeronaves sempre foi o sonho de muitos jovens que desde
pequenos andam no chão com os olhos voltados para os céus
e os aviões. E embarcar nesse desafio de se tornar um aviador
profissional já foi muito mais distante e difícil.
Nas ultima década, a formação no Brasil se desenvolveu bastante.
Surgiram mais escolas, houve melhora na qualidade da frota e o
material didático produzido no país ficou mais completo, didático
e acessível, inclusive nas mídias digitais. Isso elevou a qualidade
da formação, quebrando uma realidade passada em que apenas
alguns aeroclubes forneciam um ensino semelhante ao praticado
nos EUA, referência no setor.
Hoje, contamos com modernas escolas que em nada deixam a
desejar comparadas às americanas. Referência na padronização
das linhas aéreas, aeronaves mais completas e programas de
treinamento que formam o aviador nos padrões do exigente
mercado da aviação civil são fundamentais para a carreira.
A evolução da aviação no Brasil também trouxe um cenário mais
competitivo para os iniciantes. Nos últimos anos, as empresas
profissionalizaram seus processos seletivos seguindo a tendência
mundial e a seleção não está mais restrita às horas de voo. É necessário
uma formação completa, com treinamento de introdução ao jato,
proficiência em inglês de nível 4, para então participar das etapas
do processo. São provas teóricas que envolvem todas as áreas de
conhecimento aeronáutico, psicotestes, dinâmicas de grupo e
testes toxicológicos que dão mais competitividade à seleção.
Por isso, é imprescindível qualificar-se ao máximo com formação
que envolva operação de aeronaves mais equipadas, como os
Cessnas 152, 172, Cherokees, Seneca, ou similares que viabilizem a
operação diuturna e até com alguma intempérie.
A familiarização e uso dos instrumentos de navegação tradicionais,
como VOR e ADF, e modernos GPS, além da operação em
aeroportos controlados e movimentados, traz aprendizados únicos
no gerenciamento do voo. Os instrutores, por sua vez, devem
estar atentos a cada passo do aluno, orientando-o e cobrando seu
enquadramento em toda a padronização prevista no SOP da Escola,
sendo exigentes em todos os aspectos e mantendo tranquilidade
na instrução.
O mercado é muito concorrido e exigente, mas uma boa formação
ajuda em muito. Contudo os maiores obstáculos para um aviador
ainda são os custos da formação e a conquista do primeiro trabalho,
que trará as horas de experiência para o aviador ingressar nas linhas
comercias ou executivas.
Boletimwww.aeronautas.org.br
Belém/PA Av. Senador Lemos, Passagem São Luiz 19, Sacramenta (ao lado do terminal de passageiros do Aerop. Brig. Protásio) CEP: 66123-650Tel.: (91) 3254-8642
Belo Horizonte/MG Praça Bagatelle, 204 Aeroporto da PampulhaVista Panorâmica S/N - São Luís CEP: 31270-705 Tel.: (31) 9133-4563
Brasília/DF SRTVS, Quadra 701, Conj. E Bl 2/4 Sala 102Ed. Palácio do Rádio II CEP: 70340-902Tel.: (61) 3321-5497
Campinas/SPCentro Empresarial ViracoposSPE - Rod. Santos DumontKm 66 - S/N - 2º Andar, Sala 217CEP: 13052-901Tel.: (19) 3725-6579
Goiânia/GOAvenida dos Índios, 472 Qd. 124 Lt. 54 - Sala 01Santa GenovevaCEP: 74672-450Tel.: (62) 3637-6131
Macaé/RJAv. Dr. Geraldo Menecuci de Oliveira (Pestalozzi), 612 Parque Aeroporto (Junto ao Sind.Aeroviários de MA)CEP: 27963-500Tel.: (22) 2762-3654
Sede e Subsede RepresentaçõesRio de Janeiro/RJAv. Franklin Roosevelt, 194 Salas 802/803 - Centro CEP: 20021-120 Tel.: (21) 3916-3800
São Paulo/SP Av. Washington Luis, 6817Sala 101 - CongonhasCEP: 04627-005 Tel.: (11) 5531-0318
Porto Alegre/RS Rua Augusto Severo, 82 São João (Anexo ao Sind. Aeroviários)CEP: 90240-480Tel.: (51) 3094-6619
Poucas perguntas na aviação são tão difíceis de responder como
a seguinte: “Como estará o mercado de trabalho daqui um, dois,
cinco, dez ou 20 anos?”. Se levarmos em conta que há cerca de dez
anos a Varig e a Vasp ainda voavam, percebemos a dificuldade em
elaborar com alguma precisão uma resposta neste sentido.
Hoje, o setor apresenta uma situação relativamente estável, depois
de expressivas reduções nos postos de trabalho nos últimos
anos, em especial na Gol e na TAM e com o fim da Webjet. Apesar
de ainda tímidas, as contratações foram retomadas pela maior
parte das empresas e devem continuar em 2015. Muitas destas
contratações também se dão pelo grande número de aeronautas
buscando oportunidades de emprego fora do país, especialmente
na China e no Oriente Médio. Estima-se que, atualmente, cerca de
2.000 pilotos brasileiros atuem no exterior.
Este cenário que se desenha positivo em termos de contratações
tem reflexo direto nas demais aviações, como táxi aéreo, aviação
executiva e instrução de voo, notórios formadores de mão de
obra especializada para as companhias de aviação regular. O
aquecimento da aviação regular abre oportunidades nestes setores
para os que desejam adquirir experiência ou até mesmo seguir
carreira nestes campos.
A aviação agrícola, com suas mais de 2.000 aeronaves em
operação, também apresenta um quadro favorável e deve manter
o expressivo crescimento dos últimos anos. Na contramão de todos
as outras aviações, o offshore passa por dificuldades decorrentes
especialmente da crise na Petrobrás. O encerramento ou redução
dos contratos resultou em demissões e, por ora, o horizonte é negro
para a aviação embarcada.
Um aspecto que pode modificar e acelerar as contratações é o
Pdar (Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional), criado
através da Medida Provisória 652 em julho do ano passado. Esta
MP autoriza a União a conceder subvenção econômica nos serviços
oferecidos pelos aeroportos regionais, como o pagamento dos
custos relativos às tarifas aeroportuárias e de navegação aérea
em aeroportos regionais. A união poderá também intervir no
pagamento de parte dos custos de voos em rotas regionais e no
pagamento dos custos correspondentes ao Adicional de Tarifa
Aeroportuária. Este será um grande passo para resgatar um ramo
da aviação comercial há muito preterido pelas companhias aéreas.
O crescimento da aviação — e por consequência dos postos de
trabalho — apresenta atualmente um descolamento da realidade
econômica do país nos últimos anos, o que leva a crer que, mesmo
com a recessão que se avizinha, o mercado de trabalho ainda
absorverá os aeronautas que ainda não se recolocaram e os que
ingressarão no apaixonante mundo da aviação.
Desta forma, mesmo não sendo o céu de
brigadeiro desejado, as perspectivas são boas
para pilotos e comissários.
ACADEMIAano 1 - n0 3
Em geral, muitos de nós têm desconfiança com entidades de
representação, seja por alguma experiência negativa ou pelo
preconceito natural em relação a algo que enxergamos com uma
“obrigação” que façam por nós.
Sempre esperamos que alguém
faça por nós, que lute por nós
— assim como fazemos com a
política, por exemplo. O político
que foi eleito pelo seu voto
“distraído” também se distrai com o alheio, porque não é cobrado
nem fiscalizado. Temos o péssimo hábito de dar o poder e depois
nos resignarmos.
O representante de classe e seu representado passam pelo mesmo
processo de transferência de poder e confiança, muitas vezes não
correspondido.
Apesar da ligação aculturada da política partidária aos movimentos
de classe, historicamente verificados, o sindicato é uma ferramenta
política muito importante para o equilíbrio na relação do capital
e do trabalho. Porém é essencial que seja uma ferramenta política
apartidária — nenhum interesse deve se sobressair aos da
coletividade, muitos menos de partidos políticos que mascaram a
defesa dos interesses dos trabalhadores em prol de fortalecimento
econômico de suas bases.
Todas as categorias precisam entender que a “Ferramenta Sindicato”
não é formada pelo grupo gestor. Precisamos aprender que, além da
obrigação de participar, o resultado alcançado pela representação
será proporcional ao número de participantes ativos.
Uma categoria deixa de avançar
em suas reivindicações quando
cai num ciclo vicioso, em que o
representado perde confiança no
representante, que por sua vez
perde credibilidade nas negociações. Isso reflete nas conquistas ou
na manutenção de direitos e abre espaço para corrupção e desvios.
Tudo faz parte de um ciclo no qual nossas ações ou omissões têm
relação direta. Se você participa, fiscaliza, contribui e fortalece
seu representante, então este traz melhores
resultados para você e para o coletivo. Sempre
temos escolha: a resignação ou resiliência.
“Precisamos aprender que, além da obrigação de participar, o resultado alcançado pela
representação será proporcional ao número de participantes ativos.”
Para que nossa categoria continue
cada vez mais forte, é preciso
voarmos todos na mesma direção. Junte-se a nós!
Só falta você.www.aeronautas.org.br
PARTICIPAÇÃO
SINDICATO FERRAMENTA
FUTURO
MERCADO DE TRABALHO NA AVIAÇÃO
Comte. Rodrigo Spader Vice-presidente do SNA
Comte. Adriano CastanhoPresidente do SNA
04 Boletim SNA Academia