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ELEIÇOE nrm DE OOCUMEN

CONSTITUINTE E CONSTITUIÇÃO

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ASSUMIR (Distribuição interna)

BOLETIM FORMATIVO E INFORMATIVO DAACO

VINCULADA AO SETOR LEIGOS UNHAI -CNBB

ENDEREÇO PARA PEDIDOS:

RUA DO CHICHORRO, 62 (SOBRADO) BAIRRO CATUMBI CEP 20211 - RIO DE JANEI RO - RJ TELEFONE: 242-7732

LEIA, REFLITA E DIVULGUE

INOICE

> EDITORIAL ■ Engajamento e Sacramentos

Moacir ■ Constituinte e Eleições

Edilberto Sales da Silva ■ Plano Cruzado, Constituinte e

Participação Popular Normando Cayouette

■ Experiência de RVO Moacir

■ O Papel da ACO em Relação ao Movimento Operário e à Igreja Mário Prigol

■ ACOINFORMA ■ Plano de Ação da ACO para os

Próximos 4 Anos Nina e Cecília

■ Visita ao NE 1 — Maio de 86 Lázaro Siivano Ferreira

■ Entrevista com Zacarias, Tesoureiro Nacional da ACO

■ A ACO na Bahia Bernardo

■ Carta à Companheira Sônia Miranda — Osasco Arabela, Volta Redonda

■ Padre Bernardo Hervy Viaja à França Salvador Martinon

■ Carta de Remédios ■ NOTICIAS SINDICAIS ■ Acidente no Alto Forno 3 de V.R. ■ 250 Famílias Ocupam Terra em V.R.

Zezinho e Dário ■ NOTICIAS INTERNACIONAIS ■ Mensagem de Solidariedade do

MMTC Traduzida por Otília do Conselho Executivo do MMTC (INFOR - Agosto de 1986) NOTICIAS D

■ NOTICIAS DE IGREJA ■ A Religiosa e a Missão Junto aos

Operários Clarinda Guerra de Faria - MJC

■ Suplemento com os Títulos dos Artigos e Notícias Publicados no Assumir desde 1982 a 1986. I

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M lb.il EDITORIAL

A capa deste ASSUMIR chama a atenção sobre o tema do momento político atual: Eleições, Constituin- te e nova Constituição. Para que a nova Constituição seja realmente inovada, isto é, de acordo com as aspirações da maioria do povo, pre- cisa de nossa contribuição e parti- cipação. Daí a importância da refle- xão que Edilberto e Normando nos apresentam no artigo: Constituinte e Eleições e Plano Cruzado, Consti- tuinte e Participação Popular.

RVO da ACO de Macuco que Moacir escreveu, a carta de Remé- dios, a riqueza de informações for- necidas por Lázaro em sua visita ao Nordeste 1 e a reportagem sobre o nascimento da ACO na Bahia fazem crescer e aprofundar nossa visão so- bre a realidade nacional e nosso compromisso como militantes no fortalecimento do movimento ope- rário e popular. Ao mesmo tempo mostram que é necessário todos tra- balharmos para a expansão e cresci- mento dos grupos de ACO para o fortalecimento também de um novo sindicalismo que liberte de verdade os trabalhadores de todas as suas escravidoes internas e externas.

A Mensagem do MMTC, o Plano de Ação para os Próximos 4 Anos, o Papel da ACO hoje. Engajamento e Sacramentos, nos ajudam a apro- fundar nosso compromisso com a ACO e a classe operária.

A entrevista com Clarinda sobre a missão das Missionárias de Jesus Crucificado junto aos operários e a notícia sobre o curso de recicla- gem do Bernardo, nos convidam a manter bom relacionamento e aber- tura com as congregações religiosas que muito nos podem ajudar em nossa formação.

Neste Assumir, está sendo incluí- do um Suplemento contendo o tí- tulo dos artigos e acontecimentos publicados nos números do Assumir desde 1982 a 1985 com indicação da página e ano. Todos os números do assumir deste período estão reu- nidos num único volume.

Vale a pena adquirir, reler e apro- fundar as reflexões bíblicas aí con- tidas e os artigos de análise econô- mica, social, política e ideológica pelos 4 lados à luz da fé dentro do método: VER, Julgar e Agir, con- forme está indicado no Suplemento.

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ENGAJAMENTO E SACRAMENTOS

Domingos Moacir da Silva

Logo que nascemos e começamos a vida somos educados a viver os sa- cramentos. Mesmo em fase embrio- nária, nossos pais já se comprome- tem por nós a participar deste pro- cesso de sacramento, fazendo a pre- paração ou curso de Batismo, é um compromisso muito sério, que é jo- gado sobre nós. Mas nossos pais acreditam que a gente vai assumir este desafio de entrar na caminhada cristã.

Não basta ser batizado para dei- xar de ser pagão; e não basta ser ba- tizado para verdadeiramente entrar na vida cristã. Tudo isto é muito importante, mas quando há um pro- cesso de continuidade neste sacra- mento: sacramento vida, sacramen- to cotidiano.

Os sacramentos são vários, e to- dos de suma importância na nossa vida. Mas não podemos deixar de lado a ligação da vida aos mesmos. Sendo nós militantes de um movi- mento que se preocupa com a inte- gridade do homem, mas do homem por inteiro, porque fazemos parte de uma igreja que acredita na res- surreição de Cristo e sabemos que

mais cedo ou mais tarde, somos chamados a esta ressurreição com o Pai. Temos que nos preocupar para que quando chegar este dia, esteja- mos preparados. Esta preparação não basta para sermos apenas bons filhos ou bons pais; temos que ser realmente cristãos. E para ser cristão não basta ser só batizado. Temos que levar a sério aquilo que nossos pais prometeram por nós na pia Batismal: um compromisso de luta, de constru- ção do Peino de Deus.

Investir na criação de sindicatos alternativos e combativos; investir na criação de partidos políticos que representem os anseios do povo; investir em movimento que venha libertar o povo de tantas pressões que nos cercam. Teríamos muitas espécies de engajamento para desta- car, mas tudo isto é compromisso adquirido no Batismo. Todos estes tipos de luta se tornam saudáveis quando colocamos Jesus Cristo em nossa vida como nosso coordenador e inspirador. Nunca podemos ter 2 pesos e 2 medidas; não podemos acreditar em Jesus Cristo sem dei- xar de acreditar na luta. Muitas ve-

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zes quando o desânimo nos ataca, deixamos até de participar de nos- sos compromissos, engajamentos; é porque esquecemos de convidar Jesus a lutar com a gente e esque- cemos do compromisso do Batismo; sempre tem que haver um equilí- brio de Fé e vida com presença de Cristo, e luta. Muitos grupos em or- ganização esfacelaram-se, cairam no vazio, muitas vezes por falta de liga- ção da luta com o engajamento; os sacramentos não são um simples ri- tual, são um verdadeiro compromis- so com a vida e construção de um reino novo devida.

Para realizar a missão do Messias, Deus não mandou qualquer um; mandou o seu próprio Filho Jesus, o filho de Deus que realizou a pro messa do Pai, trouxe a libertação para o povo e anunciou a Boa-Nova do Reino aos pobres. A pregação de Jesus não agradou a todos. Os dou tores da lei, os fariseus, os saduceus e os sacerdotes imaginavam a vida do Reino como uma simples inver são da situação, sem mudanças reais no relacionamento entre os homens e entre povos. Eles (os judeus) eram dominados pelos romanos; estes fi- caram por cima e seriam os senho- res do mundo. E os que estavam por cima com poder no sinédfio — Governo dos Judeus— ficariam por baixo diante dos romanos. Mas não era assim que Jesus entendia o Rei- no do Pai. Ele queria uma mudança radical. Para Ele, o povo de Deus tinha de ser um povo irmão e servi dor, e não um povo dominador a ser servido pelos outros povos.

Jesus iniciou essa mudança: colo cou se do lado dos pobres margina- lizados pelo sistema capitalista que até hoje nos cerca. Denunciou este

sistema como contrário à vontade do Pai e convoca todos para mudar de vida. Os sacramentos até hoje nos convidam a mudar de vida. O engajamento alimentado pelos sa- cramentos faz a gente mudar de vi- da. Sempre quando nós tentamos, valorizamos a vinda de Jesus, desco- brimos que Ele está sempre dando pistas ou maneiras de encararmos nossa luta do dia a dia. Jesus é a chave para poder entender o verda- deiro sentido da longa caminhada. Os primeiros cristãos usando esta chave, conseguiram abrir a porta de suas primeiras lutas.

Os profetas no passado, como nós hoje, tinham esperanças que, com acertos e erros, viriam dias me- lhores. Caindo e levantando, o povo foi andando, procurando ser o povo de Deus e buscando atingir os bens da promessa divina. Muitas vezes, porém, esquecendo o chamado de Deus se acomodava. Em vez de ser vir a Deus, queria que Deus servisse ao projeto que ele mesmo tinha in- ventado.

O povo invertia a situação, é

nestas horas que surgiam os profe- tas para denunciar o erro e para anunciar de novo a vontade de Deus ao povo. E é nestas horas que nós temos que fazer o papel do profeta: denunciar os erros e anunciar nossas lutas.

Somos hoje uma Igreja compro- metida com a salvação do homem em todo homem e de todos os ho- mens. Esta igreja tem um papel mui to importante que é de ligar nossa fé à vida e nossa militância aos sacra- mentos. Os sacramentos alimentam nossas esperanças para lutar, e os sa cramentos devem nos fortalecer para a luta.

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CONSTITUINTE E ELEIÇÕES

A Constituinte e as eleições ainda não são assuntos muito discutidos em nossa sociedade. Estes temas são importantes para a vida da nação bra- sileira. Mas por razões diversas a Constituinte está coincidindo com as Eleições Gerais do país, onde todo eleitor brasileiro, elegerá a 15 de no- vembro o Congresso Constituinte (deputados federais e senadores), os governadores e deputados estaduais.

A proposta dos movimentos popu- lares (Associações de bairros. Sindi- catos, clubes de mães, etc.) e dos Par- tidos Políticos de Oposição, era pela realização de uma Assembléia Nacio- nal Constituinte com ampla partici- pação popular, pois devido a sua im- portância, uma Constituição deve ser elaborada de forma democrática, ou- vindo todos os segmentos da socie- dade. As forças reacionárias de nosso Parlamento, no entanto, entenderam que o processo melhor para a realiza- ção de uma nova Constituição seria através da eleição de um Congresso Constituinte, em 15 de novembro próximo.

Edilberto Sales da Silva

A proposta popular e de oposição seria um processo democrático de participação; na proposta do gover- no, vencedora no congresso, existe algo que deve nos preocupar. No Bra- sil a confiança popular não existe. Além do mais o que existe é a forma de delegação de poderes. O nosso povo não se julga intérprete e perso- nagem da história; julga-se um espec tador indefeso, um impotente cobaia para promoção de vontades e interes ses alheios, um mero coadjuvante de uma comédia da qual o povo, é ex clu ido, no dia seguinte das eleições.

Como nessas condições é possível o povo ter vontade própria e livre arbítrio? Um fenômeno destes em nosso país escapa a muita gente. Sempre que se propõe alguma mano bra ou artifício, se faz referência à democracia e ao direito de participar nas decisões que interessa a toda nação. Isso se dá porque as pessoas estão desinformadas.

Longe de nós propor aqui que o voto seja restrito aos iluminados ou aos bens informados; isso seria, um recuo histórico, além de ser agora to talmente impraticável; o que se quer dizer é que a primeira tarefa de qual- quer cidadão não é ficar ocupado com bobagens e alheios aos proble mas que os cerca, mas penetrar nas discussões, para que possamos contri- buir na formação de cada indivíduo, a partir do seu dia-a-dia. Nunca tere- mos aqui no Brasil um sistema que

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funcione e um regime operacional antes que se transforme o homem absolutamente ignorante de tudo em um ser participante.

0 regime está jogando tudo nessa Constituinte, pois há uma tentativa de se estabelecer uma nova ordem de atuação do regime capitalista em nos so país, dando a impressão de que o povo participa democraticamente; porém, lançando mão de artifícios que malogram a população: Exemplo concreto é o decreto lei, criando o plano de Estabilização Econômica,

empunhando bandeiras populares como: congelamento dos preços, sa- làrio-desemprego, etc. Ao mesmo tempo a Nova República impõe re- gras casu ísticas como, a regulamenta- ção para a eleição, não permitindo a todos os partidos igual tempo na pro- paganda eleitoral gratuita no rádio e televisão; alguns partidos foram até exclu idos de participar.

E importante descobrirmos para que lado joga o Estado, e como nesse jogo desconhece a presença do povo, tornando-o mero espectador.

PLANO CRUZADO, CONSTITUINTE E PARTICIPAÇÃO POPULAR

^15JS Narmando Cayovette

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No dia 28 de fevereiro/86 vai ficar como um marco importante na histó- ria da política brasileira dos últimos anos. Todos se lembram que, naquela época, a chamada "Nova República" estava enfrentando seríssimas dificul- dades: perda quase total de crédito junto ao povo, uma inflação galopante que ameaçava chegar logo aos 500%, problemas crescentes com os credo- res internacionais insatisfeitos com a instabilidade da economia e a pers- pectiva de um ano quente no campo social, onde os movimentos sindicais

e populares estavam se organizando para irem à rua... E, aí, veio o Plano Cruzado! O milagroso Plano de esta- bilização econômica!

Foi a salvação imediata — embora provisória da Nova República. De um dia para outro esta recuperou a con- fiança da comunidade financeira in- ternacional e nacional, e mais impor- tante ainda, recuperou sua credibili- dade interna junto à opinião pública brasileira. A imprensa oficial enalte- ceu a aparição dos novos funciona rios federais, os "fiscais do Sarney",

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defensores espontâneos do plano pre- sidencial e de seu cumprimento. Ja- mais presidente algum terá chegado a níveis tão elevados de aceitação po pular!

Foi o primeiro momento, de entu- siasmo e até de euforia. Mas pouco a pouco a poeira foi caindo no chão e o povo passou a enxergar a realidade com mais objetividade. Enfim para que veio o Plano Cruzado? Para pro- teger o trabalhador ou para atender aos interesses dos industriais e ban- queiros? Para corrigir as distorções da sociedade ou para consagrar defi- nitivamente os privilégios dos donos do poder? Aliás — e o povo começou a se perguntar mesmo — como expli- car que "eles" lá fora estavam tão fe- lizes com as novas medidas econômi- cas no Brasil? Será que, de repente, os interesses do F.M.I. e dos banquei- ros internacionais estavam coincidin- do com os interesses do povo brasi- leiro???!

Nesta altura já enxergava-se clara- mente que o Plano Cruzado tinha en dereço certo: atender às pressões in- ternacionais, de um lado, e, do outro lado refazer a credibilidade do regi- me liberal em vista das eleições de novembro que elegerão um novo Congresso. A instabilidade econômi- ca de 85 e dos primeiros meses de 86 estava acabando com as pretensões eleitorais da Aliança Democrática (PMDB, PFL) neste sentido.

0 segundo pacote de julho passa- do próximo, veio com o intuito de- clarado de frear o consumo, especial- mente nas coisas supérfluas, porque ameaçavam o plano de inflação zero. Daí: empréstimo compulsório sobre compra de carros, e sobre combustí veis e também sobre viagens ao exte rior. A classe média sentiu, e muito...

e está sentindo ainda. Mas, doa a quem doer, o Plano Cruzado tem que dar certo.

E assim vai o país, curtindo as suas contradições em vez de procurar sa ná-las. As eleições estão se aproxi mando e o regime continua investin do para ganhá-las a todo custo. Este congresso que vai ser eleito em no- vembro é especial pois será também Constituinte, o que significa que te- rá como primeira tarefa escrever a nova constituição do país. Importan- tíssimo' As classes dominantes estão se preparando através de caixinhas gordas que deverão abastecer as cam- panhas dos candidatos comprometi dos com eles. A União Democrática Ruralista (U.D.R.) já está instalada em vários Estados e assume aberta mente a postura da direita, a mais reacionária do país. E não devemos pensar que ela não tem força e base pois fala não só em nome de um pe queno grupo de fazendeiros, mas ex pressa o pensamento muitas vezes escondido, por conveniência de uma grande parte da classe dirigente do país. Um núcleo da UDR foi criado recentemente em Barra do Piraí, per tinho de nós.

Por aí se vê que toda proposta sé ria de mudança no país está destina da a enfrentar obstáculos seríssimos. E juntemos a este quadro sombrio o fato da eleição a governador ser jun to à do Congresso, como forma de regionalizar os debates, e desviar as sim a atenção do povo dos importan tes temas nacionais em torno da Constituinte.

Dentro deste quadro, será que há alguma esperança para o povo? Há ai guma chance do povo fazer ouvir sua voz?

Embora achemos a situação extre

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mamente delicada, achamos que sim. E acreditamos que essa esperança passa necessariamente pela participa- ção, pela pressão popular e, numa certa altura, pelo voto. Esta esperan- ça passa pela organização do povo, não só durante a campanha eleitoral, mas também durante os trabalhos de elaboração da constituição em 87, acompanhando e pressionando a As- sembléia reunida; e também durante os anos seguintes para se exigir o cumprimento das leis que porventu- ra forem favorecer ao povo. A pres- são popular, organizada, esclarecida, consciente, é a única força que pode se contrapor à fúria gananciosa dos dominadores, para permitir aos do- minados influírem significativamente nas eleições de novembro e no con-

teúdo da constituição a ser elaborada no ano que vem.

0 Comitê Municipal da Constiuin- te existe para este fim E só para este fim. Ele quer ser um espaço de parti cipação popular, de despertar da consciência do povo sobre a impor tância do momento histórico atual Ele quer ajudar o povo a definir o que quer e a defende Io na rua e na

praça pública. Ele não é contra os partidos políticos, muito pelo con- trário, deseja a participação deles. Mas ele é supra partidário, o que quer dizer que não está voltado para cima, com aquela ânsia de tomar o poder, mas está voltado para baixo, para a participação do povo. Acredi ta que toda transformação sairá daí. Ele quer ajudar o povo a votar escla- recido, consciente, mas também não

se limita a isso, pois, sabe que o voto não basta para definir a democracia. Importante mesmo é participar da elaboração do grande projeto nacio- nal duma sociedade mais justa, mais equilibrada, mais autônoma. Impor tante é participar de tudo:das decisões pequenas como das grandes, pois é assim que o povo brasileiro vai acor- dar para a cidadania plena aquela dignidade que lhe foi sempre negada.

É utópico? É sim. Mas porque não começar já, juntando a nossa força à força de todos aqueles que acreditam na possibilidade de um Brasil me- lhor? Quem sabe? Talvez seja por aí o caminho que vai, pouco a pouco, transformar a utopia sonhada na rea lidade equilibrada e solidária que to dos nos desejamos

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EXPERIÊNCIA DE R-VQ Moacir

Esta experiência de RVO vem confirmar a situação de exploração que existe entre os trabalhadores nos lugares onde as leis passam longe das pessoas.

Macuco é uma cidade onde há 3 fábricas de cimento e grandes latifún dios.

Depois que cada companheiro co locou um fato resumido, embora cada um liga a outros, sentimos a ne cessidade de aprofundar um dos fa tos que mais se destacou

VER

A nossa situação na fábrica, di ziam, é muito difícil, não temos um sindicato para nos defender A expio ração cada dia que passa fica pior Por exemplo, um operário trabalha no britador aonde há muito pó e não ganha insalubridade. outro trabalha na produção e não ganha produtivi dade; nossos salários foram congela dos, mas as mercadorias por aqui não são congeladas por falta de fiscaliza ção No passado havia um sindicato

muito pelego. mas havia embora só oferecesse assistência social Nós não tínhamos consciência do que era um sindicato. As fábricas montaram As sistência Social com médicos e ime diatamente correu uma lista para as sinarmos nossa desfiliação Devido à falta de consciência, todos assinaram e acabou o sindicato Com a chegada da ACO fomos nos conscientizando e agora vemos a falta que nos faz o sm dicato

VER PELOS 4 LADOS

Em seguida aprofundamos o fato pelos 4 lados e vimos LADO ECONÔMICO os lucros das fábricas aumentam cada vez mais porque não repassam para nós o sala no-produtividade

LADO SOCIAL os trabalhadores desorganizados estão sem saber como participar das lutas e reivindicações

L ADO POUTICO os patrões apro veitam nossa falta de consciência P

acabam com o sindicato

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LADO IDEOLÓGICO = criam assis- tência social para nos iludir e desfi- liar do sindicato

VER DE JESUS

Ao compararmos com o ver de Jesus vimos que Ele dava muita aten- ção às pessoas e ao povo da Palestina daquela época. Jesus via o que havia por trás das situações de miséria; por trás das estruturas do Templo e da realidade da Palestina. Percebia que havia uma grande exploração a partir dos impostos. Jesus via o Império Romano, onde uma maioria vivia do trabalho dos escravos. Este enrique- cia às custas de outros. Jesus via as multidões como ovelhas sem pastor.

JULGAR

Por que isto acontece? Nós achamos que isto acontece

porque os patrões estão organizados, e o sistema capitalista é fruto de tu- do isto. Por exemplo, os patrões têm maneiras de nos explorar usando os próprios operários; os encarregados e supervisores com salários altos; dan- do a eles prêmio de produção; produ- ção que nós produzíamos. Eles nos exigem o máximo de produção e um cala-boca no fim do ano.

JULGAR PELOS 4 LADOS

No julgar também avaliamos pelos 4 lados:

LADO ECONÔMICO s nosso salário é minguado, enquanto a produção é de alto lucro certo. Os patrões se tor- nam mais ricos e os trabalhadores mais pobres.

LADO SOCIAL = todos nós estamos

nas mãos dos patrões porque temos família e precisamos do trabalho. Com o trabalho a coisa está difícil; sem trabalho será pior.

LADO POLÍTICO = O sr. Antônio Ermírio de Morais que é dono de uma das fábricas, como os outros patrões usam o sistema político do país para dominar, aproveitando o congelamento como desculpa para não melhorar nossas condições de vi- da.

LADO IDEOLÓGICO = Precisamos nos conscientizar melhor através da ACO. Precisamos de um sindicato. Do outro lado a gente precisa ver como os patrões usam nossos pró- prios colegas ganhando mais; esta é uma estratégia do poder para nos massacrar.

JULGAR DE JESUS

Vimos depois como Jesus na Pales- tina questiona a religião dos sacer- dotes, escribas e fariseus que permi- tiam à classe dominante, em nome de Deus, manter os seus privilégios, ex- plorar o povo através de impostos exorbitantes, e deixar o povo sem orientação e sem lideranças.

AGIR

Diante desta situação não sabemos como será nosso agir. Mas de uma coisa sabemos: não podemos apare- cer; mas faremos um trabalho em conjunto sem aparecer lideranças e procuraremos expandir nossas equi- pes de ACO, porque na ACO apren- demos muito e nós descobrimos que temos valor. Adquirindo consciência, aos poucos vamos nos organizando.

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AGIR PELOS 4 LADOS

No agir também precisamos atingir pelos 4 lados:

LADO ECONÔMICO = de acordo com nossas possibilidades lutaremos para conseguir o salário de nossa pro- dutividade e insalubridade.

LADO SOCIAL = aos poucos vamos nos organizando e conscientizando nossos companheiros.

LADO POLÍTICO = devemos ter também nossa regra; é à maneira de buscar nossos direitos.

LADO IDEOLÓGICO = devemos nos preocupar em levar nossas idéias para

nossos companheiros que não parti cipam da ACO.

AGIR DE JESUS

Procuraremos seguir o AGIR de Jesus:

ECONÔMICO = ao expulsar os ven dilhõesdo tempo;'

SOCIAL = ao dar lugar à mulher na sociedade;

POLÍTICO = ao falar do templo a ser destru ido;

IDEOLÓGICO = ao contestar, por toda sua maneira de ser e agir / con- tra a dominação exercida pelos sacer dotes.

O PAPEL DA ACO EM RELAÇÃO AO MOVIMENTO OPERÁRIO EA IGREJA

Mario Prigol

A melhor maneira de aprofundar o compromisso da ACO com o movi- mento operário e a Igreja hoje é olharmos o passado. Até o final deste ano será publicada a História da ACO. 0 4? Caderno da História da Classe Operária, já publicado, e os próximos números 5 e 6, que esperamos editá- los em 1987, principalmente a Decla- ração de Princípios aprovada no últi- mo Congresso, mostram como a ACO sempre foi e contínua sendo parte integrante do movimento ope- rário.

Em 1971, o III Congresso da ACO teve como tema:

"Os sinais de esmagamento e de ressureição da classe operária ".

Nesta época além da forte repres são ao movimento popular e sindical.

a grande imprensa e as universidades controladas pela censura diziam e en sinavam que essa história de "classe operária " tinha sido criação da ima ginação de Marx, mas na verdade nunca existiu. O congresso realizado pela ACO sobre o tema acima mencio nado, a partir de uma pesquisa, deci diu defender com mais empenho ainda a existência de uma classe ope rária. Daí a idéia de reescrever a His tória da Classe Operária. A partir da divulgação da "História da Classe Operária" pela ACO, outros estudos foram aparecendo e hoje ninguém sequer levanta alguma dúvida da exis téncia e força da Classe Operária Desde a sua fundação, a ACO tam bém sempre defendeu que o campo específico de ação de seus militantes

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é a fábrica, o bairro e suas organiza- ções sindicais, associativas ou políti- co-partidárias, mas particularmente de 1967 a 1971 a ACO apesar dessas organizações serem controladas for- temente pela ditadura, procurou for mar seus militantes dentro de uma linha de sindicalismo livre, autônomo e democrático contra todo atrela- mento ao Regime, tentando superar a tentação de luta armada como úni- ca forma de mudança das estruturas... Neste ponto a ACO influiu muito na organização das oposições sindicais, criando condições para o crescimen- to e fortalecimento do movimento operário e popular mais combativo.

E a partir de 1978, através de seus militantes marcou presença decisiva nas greves do ABC e em quase todos os grandes centros urbanos como Volta Redonda, Niterói, Recife, For taleza, Teresina, Caxias do Sul, Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Osasco, Sorocaba, Botucatu, etc. De 1982 para cá o número de mili tantes que estão na direção de sindi catos e associações profissionais ou educativas ou de bairro e favelas, aumentou consideravelmente.

Além de muitas propostas de luta da CUT ainda antes de sua oficializa ção, já faziam parte do Plano de Ação da ACO no período de 1982 1986, conforme se lê no livrinho do Plano de Ação dos próximos 4 anos do Congresso de 1982. Lembramos ai guns itens como as lutas pelas 40 hs de trabalho semanais, sem redução de salário; a luta por um sindicalismo livre, autônomo e democrático; o grande número de seminários aí anunciados e em seguida realizados de formação política e sindical para militantes da ACO e outros

Os estudos feitos sobre a realidade

econômica, social, política e ideoló- gica que aparecem neste boletim As sumir. Como também o tema do últi- mo Congresso e o novo Plano de Ação de 1986 a 1990, centralizados sobre a formação de consciência de classe e a formação de uma sociedade mais jus- ta, igualitária e participativa, certa- mente demonstram como a CO as- sume e defende concretamente os va- lores fundamentais da classe operá- ria.

Neste particular o próprio método de Revisão de Vida pelos 4 lados ajuda o militante a rever continua- mente as causas de seu esmagamento e de toda a classe e ao mesmo tempo o leva a reunir e encaminhar ações mais eficientes de solução, dos pro- blemas que impedem o surgimento de uma nova sociedade onde todos tenham melhores condições de reali- zação em suas aspirações mais pro- fundas.

O testemunho de vida do militan te, isto é, seu modo de ver, avaliar e agir de uma maneira coerente e cora- josa em todos aspectos de vida: fami- liar, sindical, político, é uma força de inovação e fator de maior união e mudança no relacionamento entre pessoas e grupos.

O papel, portanto, da ACO, ou se- ja, sua missão hoje, se dá de muitas maneiras como foi dito, sobretudo pela decisão da ACO de se organizar junto às categorias mais frágeis e áreas com maiores dificuldades em receber apoio.

é o que a ACO tenta no momento reaíizar em todo o nordeste, particu- larmente na Bahia, Norte (Pará, Ama- zonas e Amapá) e Nordeste 1.

f nessas áreas que os liberados vão marcar maior presença nesses últimos meses do ano de 86

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Missão da ACO junto á Igreja

Nos referimos aqui à Igreja como um todo, mas mais particularmente ao relacionamento com os grupos e movimentos afins: PO, ACR, JOC, MAC...

A ACO certamente pode oferecer sua contribuição como está fazendo com suas publicações: Além das pu- blicações já mencionadas lembramos aqui: Jesus, sua terra, seu povo, sua proposta;

Revisão de Vida: Conhecer para Transformar; Conhecer as Sociedades.

Dentro em breve: A História do Povo de Deus (em colaboração com a PO), que será em dois volumes: 2 6 3, da mesma coleção. O número 2 abrangerá o Antigo Testamento des- de Abraão até o ano 500 antes de Cristo. O número 3 do período pós exílio até o 29 século após Jesus Cristo.

Em breve, a História da ACO e os números 5 e 6 da História da Classe Operária, fornecerão talvez uma be- líssima síntese não apenas das expe- riências da ACO como também das lutas operárias durante todo o perío- do da ditadura.

A ACO como movimento leigo, evoluindo mas conservando sempre suas características básicas, conquis- tou junto a todas às áreas da Igreja confiança porque assimilou as várias análises da realidade dentro do mé- todo já conhecido e adotado por muitos grupos.

O Livro Revisão de Vida: Conhe- cer para Transformar (para militan- tes) é muito rico em experiências de análises pelos 4 lados (econômico,

social, político e ideológico) e de propostas para superação dos confli- tos sociais à luz sempre do Evangelho e da sábia orientação da Igreja com- prometida com a libertação do pobre.

A ACO ao defender sua autono- mia mesmo frente à hierarquia, se re- fere à liberdade de se organizar aonde a classe operária mais precisa de sua presença. £ na preocupação de ser fermento e luz para os companheiros não conscientizados que os militan- tes da ACO dão toda prioridade em sua ação nos ambientes de trabalho, de moradia e organizações operárias e populares, sem descuidar evidente de sua participação na comunidade eclesial. Um compromisso especial assumido pela ACO no último Con- gresso é na ajuda ao MAC e JOC em sua expansão.

Resumindo, hoje como ontem a ACO quer ser um apoio e espaço aberto para todos os trabalhadores que querem avaliar sua ação e pro- postas de libertação da classe operá- ria e construção de uma nova socie- dade dentro dos critérios do Evan- gelho e da defesa dos valores bási- cos de um novo sindicalismo livre, autônomo e democrático, conforme as aspirações mais autênticas da- maioria dos trabalhadores.

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PLANO DE AÇÃO DA ACO PARA OS PRÓXIMOS

OUATRO ANOS

Nina e Maria

Os militantes da ACO reunidos em seu último Congresso Nacional em Sete Lagoas, Minas Gerais, fizeram uma avaliação de sua caminhada e propuseram atividades que consti tuem este Plano de Ação para os pró ximos 4 anos. Estas atividades estão centradas em seis pontos principais:

/ - Formação 2 Expansão

Publicações Finanças Igreja - ACO e Outros Movi- mentos Desemprego

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1 - FORMAÇÃO

A formação, nestes próximos qua tro anos, deve ter presente:

- a necessidade de aprofundamen to do nível de consciência de classe;

ACO

INFORMA

- a prioridade aos seminários lo- cais e regionais por atingirem um maior número de pessoas;

- o aprofundamento sobre os sa- cramentos pois isto pode nos ajudar em nosso engajamento;

- a utilização da RVO pelos qua- tro lados como forma de garantir a formação na ação;

- a inclusão da formação bíblica; - o conhecimento da ideologia

dos partidos políticos e das tendên- cias para ter uma clareza política em torno da sociedade que queremos.

Já estão programados os seguintes Seminários:

1986 - Seminário Nacional sobre Conjuntura Política — Sociedade que queremos - Constituinte e Constitui- ção.

1987 — Seminário Nacional sobre Sindicalismo.

Seminário Nacional sobre Forma- ção Bíblica e Sacramentos.

Seminário Nacional sobre Movi- mento Popular.

Preparação da Assembléia Mundial do MMTC.

1988 — Seminário Nacional sobre Metodologia, partindo da prática dos militantes.

Seminário Nacional sobre Política Partidária, relação Sindicato x Parti- do x Movimento Popular.

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1989 Preparação do Congresso Nacional da ACO Encontros a serem programados de acordo com a reah dade das cidades e regiões

Encontro de mulheres de militan tes da ACO Objetivo Consciência de Classe.

Encontros Regionais de casais mi litantes da ACO Dificuldades e expe riências de superação das dificulda des entre o casal e entre pais e filhos.

2 - EXPANSÃO

Para que aconteça uma expansão do Movimento é preciso que haja uma consciência clara da importância da ACO na vida do trabalhador Co- mo estratégias de expansão foi pro posto:

— o mapeamento de pólos de con centração de operários;

— a participação no movimento popular onde podem surgir novas equipes;

— o reforço e o incentivo, dentro do trabalho dos liberados, aos grupos de trabalhadores que estejam se orga- nizando;

— a mobilização de cada equipe de militantes no sentido de divulgar o movimento e fazer surgir novas equi pes.

3 - PUBLICAÇÕES

As publicações da ACO são, sem sombra de dúvida, uma riqueza do Movimento. É importante uma poli tica adequada para as publicações no sentido de adequá-las aos diferentes tipos de engajamento dos militantes.

As publicações são um veículo de expansão do movimento e uma for ma de financiamento.

A produção do material publicado está a cargo da Equipe Nacional de

Publicações mas cada região devera organizar a sua Equipe Regional de Publicações que irá buscar nas bases, sugestões de artigos a serem publica dos e ficará também encarregada da divulgação das publicações da ACO

Dentro do Piano de Publicações estão sendo preparados os seguintes livros: 59 Caderno da História da Classe Operária.

A Historiada ACO. A História do Povo de Deus: volu

mes 2 e 3, completando a coleção VER, JULGAR E AGIR PELOS 4 LADOS A LUZ DO EVANGELHO.

4 - FINANÇAS

As finanças do Movimento são um fator importante para o seu desenvol vimento e expansão. A cotização é a forma concreta e regular dos militan- tes se comprometerem com a manu- tenção e expansão da ACO.

A questão do dinheiro é delicada mas é preciso reafirmar a mística da cotização. É bom garantir a responsa bil idade de cada um mas devemos destacar a responsabilidade dos te- soureiros das equipes de base, de ci- dade e dos regionais no sentido de garantir a regularidade da cotização.

Definir uma política clara de admi nistração é uma forma de caminhar para o autofinanciamento e a inde- pendência econômica da ACO.

5 - IGREJA, ACO E OUTROS MOVIMENTOS

A ACO, como movimento de tra- balhadores leigos cristãos, deve dar lhes oportunidade de crescimento na fé e participação na Igreja.

A ACO não pode esquecer das cri ancas, dos jovens trabalhadores, dos filhos dos operários e camponeses. É

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preciso fortificar o relacionamento com o MAC, a JOC e a ACR

Destacam-se três pontos no rela- cionamento da ACO com a Igreja

1 - Autonomia da ACO com re lação á hierarquia da igreja.

2 - Garantia de autonomia da ACO frente a outros movimentos e pastorais.

3 - Defesa da Teologia da Liber tação e contribuição para a sua cons trução.

6 - DESEMPREGO

A ACO deve levar a sério a quês tão do desemprego. O fato do desem prego não ter solução dentro do sis tema capitalista pode levar ao imobi lismo é preciso pois lutar contra o capitalismo e com uma proposta de socialismo, buscar formas de luta e pressão contra o desemprego.

O movimento vai abraçar a bandei- ra de luta das centrais sindicais contra o desemprego.

LIBERADOS Visita do Liberado Lázaro aos Estados do Marahão e Piauí e Fortaleza, no IME 1, no mês de

maio de 1986.

Lázaro Silvano Ferreira

No estado do Maranhão, em São Luís (capital) há muitos desempre gados e subempregados. Predominam biscaterros na área da construção ei vil. A nova prefeita eleita em 15 de novembro último, logo após sua pos se despediu cerca de 15 000 funcio nários públicos, além do mais, os que estão empregados, ficaram sem paga mentos ou se encontram com paga mentos atrasados.

Os empregados nos transportes co- letivos ficaram vários dias de greve reivindicando piso salarial e jornada de oito horas de trabalho; em conse qüência houve muita repressão por parte da polícia e endurecimento dos patrões.

O 19 de maio foi comemorado tendo à frente a CUT e entidades sin dicais e o Movimento Popular parti cipando

O clima de violência é muito forte, com mortes principalmente nos con flitos do campo e choques políticos em várias regiões. Nesses dias foi as- sassinado por pistoleiros em Imoera- tnz, opadreJosimo da CPI Comis são Pastoral da Terra.

O pacote econômico não é respei- tado, mesmo sendo a terra natal do presidente da república.

Notamos também que a periferia continua sem nenhum avanço quanto à infra-estrutura e saneamento bási- co, estando a cidade em condições muito precárias, quanto à limpeza das ruas, e de abandono geral quanto às necessidades da população por parte do Poder Público.

Em São Luís, há três equipes: Santa Cruz I, Santa Cruz II e Areinha. Um grupo novo está nascendo em Vera Cruz Há contatos em Santa Inês e Imperatriz, além de outros. A pers- pectiva de expansão é muito grande e a maior dificuldade é a questão fi- nanceira para manter os contatos; há muitos desempregados nas equipes.

A formação tem sido boa e existe a preocupação em aprofundar o que

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é a ACO, conhecer a realidade atual e discutir a Constituinte, Reforma Agrária, Pacote Econômico e o mo- mento político local.

O engajamento maior é no Movi- mento Popular. Houve boa partici- pação no 19 de maio, e na celebra- ção da comunidade com boa reper- cussão, é importante e muito fir- me a participação dos militantes na Comunidade (igreja do bairro), in- clusive dentro da própria coordena- ção pastoral e administrativa.

Em Teresina, Piauí, vários Sindica- tos conseguiram derrubar os pelegos que há muitos anos ocuparam suas diretorias. Além dos sindicatos dos comerciários, conquistaram os sindi- catos dos Gráficos e dos Transportes. Foi lançada a chapa de Oposição dos Bancários e as perspectivas na área sindical é para mudança.

A organização Popular também avança e a luta pela possa da terra, melhores transportes, habitação. 0 mutirão é uma característica muito interessante na área, demonstrando a solidariedade entre as pessoas princi- palmente na época das enchentes.

A participação dos militantes da ACO no Sindicato, Bairro e Partido Político é muito grande; havendo forte engajamento e até com excesso. Notamos esta situação com preocu- pação por que está faltando uma ar- ticulação como Movimento, reuniões de RVO e mesmo para discutir as questões do Movimento. O relaciona- mento entre os militantes é bom, se encontrando, mantendo contatos, mas faltando se organizar melhor. Foi feita uma avaliação da realidade e nasceu uma nova proposta de re- articulação com acompanhamento ao bairro São Francisco e Parque Piauí. A Formação é uma nova preocupa-

ção. As Equipes São Joaquim e São Francisco, estão dando passos con- cretos e contribuindo muitto na luta dos oleiros e organização dos com panheiros da Construção Civil.

Dom Miguel Câmara foi por nós visitado. Apoia e incentiva a ACO de Teresina e está cuidando para a ACO e JOC terem melhores condi- ções para se reunir e se organizar, se reunir e se organizar.

Houve participação dos Militantes na Semana do Trabalhador e na Co- memoração do 19 de maio local.

Em Fortaleza, Ceará, logo na nos- sa chegada fomos surpreendidos por uma greve dos transportes coletivos que durou 5 (cinco) dias seguidos e as reivindicações eram pelo piso sala- rial, jornada de oito horas diárias e não pagamento das peças que que- bravam dos ônibus em seu percusso.

Além da greve dos transportes es- tava acontecendo outras: professores em nível estadual e municipal, greve de algumas indústrias metalúrgicaspor causa de mudança no piso salarial de- vido ao Pacote Econômico do Gover- no. O que chamou nossa tenção foi a greve do funcionalismo público mu nicipal durante vários dias em todas as áreas por causa dos atrasos nos pa- gamentos.

A situação física da cidade está muito mal e o prestígio da prefeita municipal está muito baixo.

A ACO está de certa forma desar ticulada e a partir de uma reunião de avaliação se constatou a necessidade de se articular de forma maisorgani zada. Viu-se a necessidade de partir para a expansão de forma mais con creta, começando pelos contatos no bairro Mecejana em Maracanã, atra vés de Arimatéia e Damião

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De modo geral existe a necessida- de de uma avaliação mais constante dos engajamentos e dos objetivos do Movimento, para se dar continuidade ao compromisso com a classe e opção pelo Movimento ACO.

A Formação deve ser uma preocu- pação constante.

A perspectiva de expansão é muito grande e deve ser encarada com mui to carinho.

Na RVO, a ligação da ação com a proposta de Jesus Cristo através do Evangelho é que vai fortalecer e unir os companheiros de cada equipe e o conjunto do Movimento.

Entrevista

Zacarias, tesoureiro Nacional da ACO

ASSUMIR: Você assumiu a res- ponsabilidade de Tesoureiro nacional.

ZACARIAS: Eu queria um cargo mais leve, mas na 1? reunião da Coordenação depois do Congresso, pediram-me assumir esta função.

Estive olhando as cotisações do mês de Janeiro até Junho e vi que é difícil a gente se autofinanciar só com a cotização.

Nós temos muitos militantes, mas a maioria não está pagando e mesmo os que pagam, uma parte não paga o I9f (um por cento). Quem ganha um salário teria que pagar 08 cruzados. Isso é difícil para quem ganha um salário; para quem ganha 3 ou 4 sala rios não é difícil

Eu espero que os companheiros venham cumprir com aquilo que nós aprovamos em Congressos.

ASSUMIR: Você acha importante a participação do militante?

ZACARIAS: A cotização, ela não é só importante ela é necessária. Ela dignifica o trabalhador. A cotização é onde a pessoa vai sentir que seu Movimento vai ser auto financiado pelos próprios membros. A gente se sente mais seguro quando nós mes mos construímos aquilo que é nosso

Nós damos mais valor àquilo que conseguimos fazer.

ASSUMIR: Será que a cotização tem ligação com a nossa fé?

ZACARIAS: A cotização é para colocar em comum nossos bens co- mo os primeiros Cristãos. "TODOS OS QUE CRERAM CON- TINUAVAM JUNTOS E UNIDOS E REPARTIAM UNS COM OS OU- TROS O QUE TINHAM... REPAR TIAM O DINHEIRO COM TODOS, DE ACORDO COM A NECESSIDA DE DE CADA UM" Atos 2,44-45

ASSUMIR: Como a cotização está repartida?

ZACARIAS: No Congresso de 1978 foi decidido este critério de pa gar 1% do salário no mês de Maio.

A cotização é dividida em 4 par tes:

Nacional: Janeiro, Maio,Setembro. Regional: Fevereiro, Junho, Outu-

bro. Cidade: Março, Julho, Novembro. Equipe de base: Abril, Agosto, De

zembro Eu peço que os companheiros co-

loquem a cotização em dia e que os tesoureiros zelem por este dinheiro Que os militantes apanhem o ônibus

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em vez de apanhar um taxi por exem- plo.

Busquem contribuintes voluntá- rios e permanentes.

Sejamos criativos, fazendo promo- ções tais como: rifas, bazares, feijoa- das, barracas nas festas...

Aceitamos ajuda de amigos, desde que não prejudiquem a liberdade do nosso trabalho e enquanto não con- seguimos o autofinanciamento.

Temos que incentivar também as Publicações que nos ajudam financei- ramente. Elas nos trazem muitas coi-

sas que não aprendemos na escola nem nos jornais. Inclusive temos no Movimento um estojo com três fitas k7. Pode ser um bom presente a fa- zer neste fim de ano. 0 preço é ape- nas 150 cruzados. Tem cantos de luta, cantos religiosos e cantos popu- lares.

Tenho certeza que à medida que os militantes assumem a cotização eles assumem também o Movimento. Estou pedindo que o tesoureiro de cada equipe desenvolva uma reflexão sobre a mística da cotização.

A ACO NA BAHIA

ftuxlo AlyoTiso

MAÇARh Om Divio-

Bernardo

A ACO na Bahia nasceu em 1981, num setor industrial novo, sito a 40 Km de Salvador, em Camaçari.

BAHIA — uma vocação rural

A Bahia é conhecida como um estado de economia rural.

Já na época dos engenhos, os escra- vos eram explorados como base de sustentação da produção da cana.

Hoje, como ontem, a região de Ilhéus-Itabuna ficou famosa por suas ricas plantações de cacau onde impe ra o latifúndio.

Recentemente, no norte do esta do, à margem do rio São Francisco, se desenvolve a produção de frutas, legumes e verduras, onde são utiliza das modernas máquinas para plantar e colher, irrigar e exportar de avião, produtos hortigrangeiros.

A "prosperidade" dessas duas re giões rurais, na realidade, é resultado duma grande exploração por parte de alguns latifundiários e poderosos gru

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pos de investimentos, em cima duma população nativa, carente, sem recur sos, sem apoio político para defender os parcos alqueires de chão que lhes vem de seus avós Itabuna e Rio São Francisco (Juazeiro), são as regiões da Bahia em que a luta pela posse da terra se dá com maior violência, com matanças, chacinas, impunidade dos mandantes, proteção aos pistoleiros e insegurança generalizada do lado do povo camponês.

A região de Salvador sempre se destacou, por estar situada na ponta duma região particularmente fértil e verde, conhecida como o Recôncavo. Ali se origina a vocação de Salvador para o comércio Mais ainda, por ter sido construída na entrada da baía de Todos os Santos, Salvador é o ber ço histórico de várias culturas espe- cialmente portuguesa e afro-brasilei ra. Ali se origina a criação artística que alimenta o artesanato do turismo baiano, sem falar dos múltiplos servi- ços hoteleiros e comerciais.

Salvador é a principal cidade do li- toral, com indústria da pesca, uma das bases da alimentação baiana; co- mo em toda a orla marítima, verifi- cam-se comportamentos, maneiras de viver diferentes ás do interior campo- nês.

BAHIA — começo da Industrialização

A tradicional economia agrícola da Bahia ficou fora da onda de indus- trialização que se desenvolveu no sul do Brasil, nos anos 50 e deixou todo o Nordeste à margem.

A única exceção foi com a utiliza- ção dos recursos naturais.

A descoberta de poços de petróleo na região do litoral levou a Petrobrás a começar a exploração, criar plata-

formas marítimas, continuar as son- dagens e abrir refinarias.

Em decorrência disso se criou, bem mais tarde, no fim dos anos 70, o Pólo-petroquímico de Camaçari, hoje em crescimento com a chegada de firmas multinacionais; ali traba- lham cerca de 35.000 funcionários.

Em 1955 começou também a se planejar a criação duma pioneira usi- na hidrelétrica em Paulo Afonso, no Rio São Francisco. Hoje o projeto continua em expansão; abriu espaço para nova mão-de-obra, como tam- bém aumentaram os problemas: o de- semprego periódico, desapropriação de terras sem a devida indenização, etc...

Pelos anos 70, criou-se a CIA — Centro Industrial de Aratu na entrada de Salvador; hoje está em declínio, com apenas 15.000 operários; as fir- mas ali implantadas eram filiais de matrizes instaladas em São Paulo e Rio de Janeiro. Além de não atrair mais os investimentos, a CIA vê cer- tas firmas fechar, alegando ter prejuí- zo...

Tendo entrado tardiamente na competição industrial brasileira, a Bahia, hoje, enfrenta um sério desa- fio em decorrência duma numerosa mão-de-obra rural que vem engrossar o proletariado urbano e cuja única alternativa para muitos é se tornar um biscateiro a mais, por causa da ausência de pol ítica de empregos.

A A.C.O. nasce em Camaçari

E significativo a ACO ter nascido num desses pólos industriais, Cama- çari.

Camaçari e Salvador já conheciam a JOC e por isso tinham contato com jocistas de Aracaju e Recife.

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Alguns militantes mais antigos de Recife, João Francisco, Luís Barros e mais tarde Ananias, visitavam o pes soai de Camaçan. )à desde os anos 1980. Tinham 2 preocupações

- ajudar a categoria da Constru ção Civil a se constituir em associa ção. Isto era importante nessa fase de implantação de novas fábridas que exploravam numerosa mão-de-obra recém chegada do campo.

— iniciar a ACO. Os dois objetivos coincidiam. O grupo começou a se formar em

1981, com Irineu, pedreiro; Dan, motorista (Limpec); Geraldo, pedrei ro; José Vicente também da Constru ção Civil. As reuniões se faziam de 15 em 15 dias.

Margarida que acompanhava a JOC exerceu o papel de Coordena- dora do novo grupo durante alguns meses até a chegada do pe. Jacques em 1983 em Dias D'Ávila.

A recém-formada equipe de ACO mandou um representante no Con- gresso Nacional de 82.

Aos poucos, a equipe, com mais clareza nos seus objetivos, elegeu sua coordenação em 83: Irineu como Co- ordenador, Maria da Purificação co- mo Secretária, Zé Britto como tesou reiro, Dan para relações públicas, Jacques, como Assistente.

A equipe participava de encontros regionais, através de representantes: Olinda (81); Recife (83); Natal (84) — Irineu e Dan representavam a equi- pe de Camaçari na Coordenação re- gional do Nordeste-2 do Recife.

Alguns companheiros desistiram, outros novos entraram nesses últimos 2 anos, 2 deles antigos da JOC.

Os desafios que se colocam para os militantes de Camaçari hoje se refe rem à organização da categoria da

Construção Civil, à participação polí- tica e profissional de alguns membros da ACO na prefeitura de Camaçari, e à criação de um novo grupo de ACO que logo deveria surgir a partir de contatos com novos companheiros.

A.C.O. em Dias D'Avila.

Dias D'Avila é outro setor que cer ca o mesmo Pólo Petroquímico. A primeira equipe de ACO nasceu ali em 1983.

Pe. Jacques, recém-chegado de Volta Redonda, ajudou a ACO nas- cer nesta área. Depois de uma primei- ra tentativa fracassada, foi lançado um desafio aos trabalhadores através da Comunidade Cristã Qual o pro blema que, de imediato, nos preocu pa? O Transporte. As idéias partiam das necessidades do povo poucos ônibus, preço único elevado

O povo se organizou, conseguiu depois de 1 ano de luta, ônibus mais freqüentes e preços parcelados.

Criou-se uma Associação de Mora- dores para dar continuidade à luta.

A ACO nasceu no meio de todo esse processo de mobilização e orga- nização do povo de Dias D'Avila.

O processo dessa nova equipe, constituída principalmente de mili- tantes jovens, foi progressivo e em constante descoberta.

Hoje a equipe conta com 8 mili tantes, presentes em diversas catego- rias: Construção Civil (Redimix), Tu bulação (Tigre), Ferroviária(RFFSA), Metalúrgica (Pólo), com várias orga- nizações de luta - Associação de Mo- radores, Associação Desportista, Ação militante nos setores de traba- lho.

A equipe está em fase de aprofun damento e expansão: já nasceu um grupo novo em Dias D'Avila e o maior

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desafio, ó descobrir como atuar nas organizações sindicais e políticas.

A.C.O. em SALVADOR - Periperi

Depois de ter iniciado no pólo pe- troquímico, precisava abrir caminhos para a ACO se implantar também em Salvador, na Capital. Isso coincidiu com a chegada de Bernardo, assisten- te da ACO do ABC paulista que veio morar com pe. Oliveira, na periferia de Salvador, em Periperi. Era neces- sária uma convivência com a luta desse povo; alguns militantes já esta- vam atuando junto com suas bases: eles aceitaram a proposta da ACO, como uma oportunidade para se revi- sar e, se motivar melhor dentro dos seus engajamentos.

Assim criou-se em Periperi, no "Vale do rio Paraguari", o primeiro grupo, em 1985. 0 pessoal já estava lutando com as lavadeiras, ou em mutirão na reconstrução de barracas, através da cooperativa de costureiras, na associação de moradores ou no Movimento de Defesa dos Favelados. Ninguém tinha escutado falar da ACO. Quiseram conhecer o Movi- mento, decidiram se constituir em equipe de ACO e mandaram uma de- legada ao Congresso Nacional.

Logo se apresentou um 29 grupo, já articulado, com maioria de jovens- adultos, comprometidos com a Asso- ciação de Bairro, Movimento de Jo- vens em Meio Popular, Partido Polí- tico. Esse grupo já está querendo se assumir como equipe de ACO em Pe- riperi. Um 39 grupo, também em Periperi, está se articulando em outro local - Alto da Bela Vista, a partir duma Comunidade recém-formada, e com acompanhamento de um ou outro, militante de ACO das outras equipes.

A presença e ajuda dos assistentes locais, Bernardo e Oliveira, o vigário, foram e continuam fundamentais para firmar a ACO em Periperi; mas, apesar de ser principiantes na ACO, os militantes das 2 primeiras equipes já estão se assumindo por si próprios, com bastante clareza de objetivos sobre movimento e estão se articu- lando para estabelecer uma coorde- nação na cidade.

Perto de Periperi, há esperança du- ma futura equipe, na Plataforma, e possivelmente em outros bairros da Capital.

A ACO da Bahia se organiza...

A recente ACO da Bahia vem en- frentando vários desafios:

19 — De se aprofundar — pois os assistentes são poucos e os militantes aumentando. Como acompanhar as equipes e novos grupos? Como asse- gurar a Revisão de vida? Já foram or- ganizados seminários locais para os militantes poderem se atualizar no problema político, consciência de classe. Constituinte e reflexão evan- gélica.

29 - Se expandir — a partir de contatos já existentes com Ilhéus, Valença, Pojuca, Amália Rodrigues, Paulo Afonso, Juazeiro da Bahia e outros bairros de Salvador. Como manter esses contatos, sem se disper- sar? Cada equipe fica encarregada de visitar uma cidade.

... conjuntamente com Sergipe.

O Conselho Nacional/86 veio con- firmar uma articulação que já funcio- nava há 1 ano entre a ACO baiana e a sergipana, criando uma nova região de ACO, o Nordeste 111 que se desta- cou do Nordeste II (Recife).

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A nova região tem sua coordena- ção, sua tesouraria, seu conselheiro nacional (Gerson), e sua programa- ção. Depois de ter realizado 2 semi- nários regionais, a coordenação está preparando para os dias 13 e 14 de setembro/86 um encontro regional para todos os militantes e simpati- zantes da Bahia e Sergipe, sobre a questão política, e as eleições de Novembro/86.

VIVA A BAHIA...

A Bahia se abre à industrialização, surgem novos desafios para a classe operária, os primeiros plantios de ACO cresce.

A Bahia é o berço da cultura afro brasileira no Brasil, é significativo o fato da grande maioria dos militantes de ACO serem descendentes, inclusi ve pela cor, dessa cultura que tanto custou para se expressar à luz do sol da Bahia.

A Bahia é o berço da religiosidade popular importada de Portugal: fala- se em 365 Igrejas-Templos, no Re- côncavo. O povo gosta de festas... A ACO, sem rejeitar esses valores cul- turais, procura lembrar que vem a época em que não se adorará mais em templos materiais, mas sim Deus se encontra em "Espírito e Verda- de", no dia-a-dia da luta e da frater nidade na construção duma socieda de diferente.

CARTA DE REMÉDIOS A UM COMPANHEIRO DA COORDENAÇÃO

Publicamos esta carta porque é um depoimento da luta de toda uma ca- tegoria que está se conscientizando e encaminhando oara um novo sindica- lismo.

"Aqui a coisa está brava na nossa categoria. Este mês tivemos 3 greves no SENALBA. A mais recente foi a dos trabalhadores do SEN AC. E a orimeira greve em 40 anos de

SENAC. Estamos reivindicando 30% de aumento salarial real e implanta ção de um plano de cargos e salários. Já conseguimos 12% e implantação do plano em 180 dias.

Foi difícil chegar a um acordo entre nós da diretoria para encami nhamento na Assembléia. Os traba lhadores decidiram interromper a greve como estratégia para continuar mos as negociações. Senti sinais da presença de Deus nesse acontecimen to; muitos fatos ocorreram. Houve uma abertura e uma discussão para a conscientização da classe.

Quanto à minha candidatura a de- outada, eu fui procurada e até indica- da num encontro com 85 sindicalis tas no Vale do Aço. Pensei, conversei com companheiros e cheguei à con clusão de que no sindicato, prestarei um serviço maior, neste momento. Então não sou candidata. O nosso candidato a senador pelo PT é o Da

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■zinho e federal João Paulo PIRES E temos outros bons candidatos a esta dual.

Em Minas, oadres e irmãs estão co- meçando a assumir com coragem a ACO na base.

No Encontro dos Bispos do Leste 2 a ACO marcou presença. 20 mem- bros da ACO de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Sete Lagoas participaram deste encontro. Essa semana João está doente e eu f iouei preocupada - o atendimento pelo INPS é precário e saímos sem saber o que era. Apelei

aos amigos, conseguimos uma consul- ta.. Fiquei pensando em todo povo que não tem para quem apelar e senti que a luta nossa é grande e que os sindicatos não assumiriam pra valer essa luta dos trabalhadores.

Juraci deverá chegar, por estes dias do encontro do MOAC e MMTC, e nós estamos com saudades dela.

Estou com saudades de todos aí do secretariado.

Abraços a todos, de todos. Um abraço da amiaa e companhei-

ra". Remédios.

CARTA A COMPANHEIRA SÔNIA MIRANDA - OSASCO

Ao ler: "Os tempos de Escuridão" - Reli em forma de oração, digo, não deve ter sido somente eu que senti a força dos mártires da repres são (repressão que ainda existe,como agora a de Leme), quão importante foi o seu relato relato este dolorido (para nós que estamos lendo e viven do...?) cheio de experiências lamenta veis, que jamais serão superadas a não ser pela consciência de classe e a luta pela libertação do povo de Deus.

Deus abençoe a você e ao Joaquim! Pudemos ver que realmente "A mu lher fortç não é aquela que encontra rosas em seu caminho mas, é aquela que encontra espinhos"

O Joaquim foi maravilhoso, gran de, fortei Só não continuaria sendo se não tivesse encontrado esta mu lher forte, que soube incentiva Io nas renúncias, nas tantas abnegações e a superar (com certeza) o medo da morte, morte que o rondava diana mente Poucas mulheres seriam como foi você, passando por todos os mfor

túneos e nunca descrendo em Deus, transmitindo força aos companheiros e, tendo você mesma tanta coragem! - Sinto-me tão mesquinha... Mesqui- nha diante da grandeza que existe dentro do seu coração; como sou pequena!.. Que vergonha; nada faço pelos meus companheiros...

Você irmãzinha é, uma privilegia- da do Jesuzinho! Jesus há de amar você sempre! Mais uma vez, peço a Deus para abençoá-las. Oue suas fi- lhas sigam os seus passos! Que sejam realmente frutos destas duas árvores fincadas por fortes raízes.

Pedindo a Deus que, seu testemu- nho chegue a muitos militantes e outros. E que este exemplo de Fé e amor verdadeiro no Cristo passe aos seus semelhantes. Que Deus a aben- çoe irmãzinha!

Sua irmã em Cristo,

A rabei a. Volta Redonda 29/07/86

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Pe. BERNARDO HERVY VIAJA A FRANÇA

Salvador Martinon

Pe. Bernardo, do Instituto dos Filhos da Caridade, vindo da França há quase 20 anos, trabalhou como Padre Operário e Metalúrgico no Grande ABC (São Paulo).

Em 1984 com a autorização do Instituto dos F.C., o Conselho Nacio- nal da ACO pediu sua transferência para a periferia de Salvador, em Peri- peri. Morou com o pe. Oliveira; acom- panhou como Assistente as equipes e coordenações de vários estados do Norte e Nordeste.

Durante estes anos dedicou uma boa parte do seu tempo ao Movimen- to da Ação Católica Operária - ACO.

Ele deu uma contribuição impor- tante na Comissão de formação de São Paulo da ACO, especialmente na preparação e publicação da Coíeção VER-JULGAR e AGIR pelos4 lados à luz da Bíblia:

— Conhecer as Sociedades — História do Povo de Deus, vo-

lume nQ 2 (está em sua redação final) — Jesus, sua terra, seu povo e

sua proposta

- Revisão de Vida Pe. Bernardo escreveu também vá-

rios artigos no "Assumir", ajudou no suplemento n9 12 CONSTITUINTE COM PARTICIPAÇÃO POPULAR que está na sua 3? edição em um ano.

O Instituto pediu-lhe neste mês de setembro 86, de voltar à França a fim de fazer um curso de reciclagem de um ano.

Ao se despedir dos companheiros, no último Conselho Nacional, Ber- nardo dizia: Com estes 20 anos de experiências e de aprendizagem, me identificando com os problemas do trabalhador brasileiro, devo aceitar esta parada de reflexão como um dos desígneos de Deus".

A Comissão Coordenadora Nacio- nal agradece a dedicação, o empenho com que Bernardo Hervy desenvol- veu o trabalho de expansão e organi- zação da ACO no Nordeste; e sua contribuição importante nas publi- cações como também na assessoria e preparação de muitos seminários de formação.

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NOTÍCIAS SINDICAIS

ACIDENTE NO ALTO FORNO 3 DE V.R.

Um lastimável incêndio ocorreu no último domingo (29.06.86, das 6:30 às 15:00hs, destruindo a maior parte dos comandos elétricos e ele trônicos do Alto Forno 3 da CSN Somente depois de muita luta, várias corporações de bombeiros da região conseguiram debelar as chamas O prejuízo é incalculável, sem talar na produção de ferro gusa, que caíra em mais de 50°/' até que a operação do torno esteja regularizada Os compa nheiros que trabalhavam no local onseguiram escapar ilesos apesar da

gravidade do acidente

No mesmo domingo os trabalha dores toram convocados para micia rem os reparos A FEM colocou par te do seu pessoal nos trabalhos de recupei acào

O Sindicato não pode ignorar este acontecimento Muitas «/idas pode

riam ser perdidas. Não é o primeiro acidente dessa natureza. Na Aciaria LD e na Corrida Contínua, os prejuí zos foram grandes e as falhas conti nuam se repetindo.

A política adotada pela direção da empresa na apuração dos acidentes e na própria prevenção obriga os tra- balhadores a conviver com riscos des- sa natureza, senão, vejamos:

1 Nos incêndios ocorridos na Aciaria LD, depois na Corrida Conti- nua, no acidente da Laminação, Of trabalhadores não souberam do resul tado da apuração e as medidas paru evitá-los em outras áreas.

2 A corrupção da Reforma do Alto Forno nP 3 em 1984, foi pre miada com Aposentadorias e Afãs tamentos dos que dela se locupleta 'am Diz se que ladrão não passa re cibo fc è quase certo mas os proje tos deveriam ser revisados Inclusive

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o que anda se falando nos comentá- rios sobre a causa do incêndio, é que a tubulação de cabos incendiou-se porque estava próxima demais do canal onde corre gusa. Antes da re- forma do Alto-Forno essa condição insegura não existia.

3 — Outro incêndio já havia ocor- rido nas instalações elétricas do mes- mo forno, anos passados, e a Dire- ção da Empresa não tomou provi- dências de colocar sistema contra in-

cêndios no local. Nem a Direção anterior, nem a de agora, onde o le ma é produzir, produzir

4 - Será que mais uma vez vão acabar colocando a culpa nos traba- lhadores?

Ari Souto. Produção a Qualquer Custo dá Nisso'

0 Sindicato Vai Fiscalizar Tudo

(Nota do Sindicato dos Metalúrgicos de V.R. -04.07.86)

250 FAMÍLIAS OCUPAM TERRA EM VOLTA REDONDA

£7

A noite de sexta-feira, dia 23 de maio, ficará uma data importante para o grupo de famílias que ocupou uma área desativada há mais de 10 anos, no bairro Belmonte, denomina- da Divinéia, e de propriedade do Banco Nacional de Habitação (BNH) em Volta Redonda.

Já há 4 meses, cerca de 250 famí- lias vinham se encontrando e se orga- nizando com o apoio cfd várias pes- soas. Durante esse tempo, foram en- caminhadas negociações com os órgãos competentes, mas diante da demora e do nada feito, foi decidida a ocupação organizada, ordeira de uma área improdutivae inútil. Assim, pé firme e guiado por Deus, sob uma lua generosa, um pequeno povo atra- vessou no silêncio da noite, o mar

vermelho do medo e da dúvida e en- trou na área escolhida, convencido de que a terra é um direito do povo e não apenas uma propriedade privada.

Em poucas horas, o acampamento tomava forma e organização; várias equipes entravam em função para resolver problemas: de construção de barracos, vigilância, cozinha, limpe za, saúde, crianças, apoio.

Não é fácil para o pessoal entrela çar a precariedade de uma situação de acampamento e o duro cotidiano do trabalho ou do biscate As noites mal dormidas no chão duro e aciden tado, os encontros das comissões, as assembléias diárias, não falta porém a vontade de vencer o otimismo alé para agradecer a São Pedro por segu rar a chuva e o frio

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"NÃO HA COMO RESISTIR A UM POVO UNIDO

E ORGANIZADO"

Assim, com dois dias de ocupação, começaram as negociações e o prefei- to em visita ao acampamento, falou com otimismo a respeito dos enten- dimentos com o BNH.

É isso aí! Mais uma vez, é o povo de Deus se libertando, ocupando a terra prometida' Com essa fé expres- sa numa faixa, na entrada do acam pamento, o povo de Divinéia saúda os visitantes

DEUS DEU ATERRA, OS EXPLORADORES

TOMARAM-NA"

Mais adiante outra faixa diz assim "VIA SACRA DA TERRA", marcan do assim a 15? estação o povo se organizando, a justiça brotando e a RESSURREIÇÃO ACONTECEM DO.

Agora, com praticamente 2 meses de ocupação, muita coisa avançou, a vila terá o nome de JOSIMO, as áreas foram demarcadas pela prefei tura, cada família terá um lote de 300m2 para construir e 10 alqueires serão reservados ao cultivo Amplo apoio vem sendo dado aos acampa dos

NOTICIAS INTERNACIONAIS

Mensagem de solidariedade do MMTC aos trabalhadores do mundo por ocasião do 19 de maio de 1986.

Traduzida por Otília

Movidos pela solidariedade opera na internacional, o Movimento Mun- dial dos Trabalhadores Cristãos - MM TC. se une aos trabalhadores do mundo para saudá-los e celebrar o centenário da proclamação de 19 de maio como Jornada Mundial da Luta Operária

Saudámos e celebramos a minoria de todos os companheiros que ao longo destes 100 anos, tem sido os artesãos da solidariedade operária, como único meio de libertação do capitalismo, para os oprimidos.

Acolhemos com alegria e fraterni dade as conquistas da ação, da solida riedade vivida, a esperança da liberta ção.

Queremos comemorar com orgu lho a luta de todos os nossos compa nheiros que foram vitimas por causa de sua consciência e compromisso operário.

Com o conjunto dos trabalhado res, queremos assumir a responsabili dade da salvaguarda desta herança e dos novos desafios que temos de en frentar nas lutas pela dignidade e pe Io direito ao trabalho e à construção de uma sociedade melhor

Este período de reestruturação ca pitalista. que deixa na miséria mi Ihões de trabalhadores em todas as

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partes do mundo, nos revela a urgén cia de formar uma estratégia de soli danedade operária mundial que se|a capaz de fazer frente ás estratégias das multinacionais que, sem nenhum controle vão se espalhando de um continente ao outro, causando o em probecimento dos países do terceiro mundo, a neutralização da ação ope- rária e a divisão entre os trabalhado- res.

Movidos pela esperança que se ins- pira na história das lutas da classe operária e na mensagem de libertação e paz de Cristo, estamos decididos a continuar a ação com todos os traba- lhadores para construir a solidarieda- de operária internacional, único ca- minho que pode conduzir a uma so- ciedade fraterna, justa e pacifica.

(Extraído e adaptado do IN FOR de março e abril)

O CONSELHO EXECUTIVO DO MMTC

ínfor - Agosto 86

A reunião anual do Conselho Exe- cutivo realizou-se em Colônia (Ale- manha) nos dias 2 13 de Junho de 1986.

Fora dos encontros de trabalho, o CE aproveitou sua presença neste país para conhecer a realidade operá- ria da Alemanha e sobretudo o gran- de Movimento da KAB, sua estrutu ra, seu funcionamento e suasperspec tivas de ação no desenvolvimento da Solidariedade Internacional.

Os principais pontos da pauta fo- ram estudados em vista de ajudar os Movimentos a caminhar juntos, den tro das orientações prioritárias do plano de 4 anos

1 AS REALIDADES E OS PRO BLEMAS MARCANTES DA VI DA OPERARIA NO MUNDO, NOS CHAMAM A VIVER UM ENGAJAMENTO SOLIDÁRIO

Da síntese das 8 conversações con tmentais ou regionais apresentada e aprofundada no Conselho, aparece uma realidade marcante e internacio- nal.

Aparece uma sociedade esfarcela- da que marca tanto a classe operária de hoje: esfarcelamento. oposição entre os que têm um trabalho e os que não têm Ameaça de racha e oposição entre os que ainda se defen dem e conseguem se expressar cole tivamente, e os que não têm possibi Iidade de defesa, de organização ou de expressão coletiva.

O CE, decidiu colocar à disposi ção dos Movimentos um documento de trabalho que retoma vários temas das conversações e das reflexões do Conselho que ajudam conhecer mais claramente a nova realidade interna- cional no contexto de cada país e de escolher um engajamento solidário em favor desta massa que cresce e das novas gerações de pobres sem-es peranças, desorganizados, sem voz, às vezes esquecidos pelas nossas pró prias organizações operárias.

0 Conselho insistiu para que o tema seja retomado durante a cam panha de solidariedade de 1987

2. APROFUNDAR A DIMENSÃO POLÍTICA DA AÇÃO E DO NOS SO ENGAJAMENTO

O essencial é desenvolver uma consciência operária e política a par tir da luta e da reflexão da vida ope rána Esta consciência da dimensão

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política dos problemas nos ajudará a escolher nosso engajamento dentro das organizações operárias, populares ou políticas.

3. A FÉ NA VIDA FOI 0 TEMPO FORTE DA REFLEXÃO DO CONSELHO.

A síntese das respostas dos Movi- mentos serviu de base para esta refle- xão. O aprofundamento da síntese permitiu entender melhor o que é conquista dos Movimentos, faz per- ceber nossas diferenças e identificar os obstáculos e questões que ficam.

Presentes na luta dos trabalhado- res, fiquemos abertos "aos não Cris- tãos", realidade evidente para a clas- se operária: quem são para nós os nãos-Cristãos? Qual nosso objetivo ao seguir na caminhada com eles?

As conquistas, a riqueza da diver- sidade, as questões levantadas condu- ziram o Conselho a aprofundar com os Movimentos o verdadeiro sentido da Evangelização e de nossa Missão específica dentro da realidade operá- ria e da Igreja para traçar a orienta- ção fundamental e o caráter próprio dos nossos Movimentos durante a próxima assembléia geral.

O Conselho considerou que a rea- lidade da Fé vivida no engajamento dos Movimentos, com suas conquis tas, suas diversidades e seus questio- namentos deve ser levada ao conhe- cimento da Igreja e dos Bispos do Sí- nodo que vão refletir sobre o laicato.

4. REFLEXÃO SOBRE A AVALIA ÇAO PERMANENTE DOS NOS- SOS MEIOS DE INFORMAÇÃO DE FORMAÇÃO E FINANCIA- MENTO EM VISTA DE SATIS- FAZER NOSSAS NECESSIDA- DES DE DESENVOLVIMENTO.

Nessa perspectiva, o Conselho pre- tende dar uma atenção especial aos grupos que iniciam e caminham para uma característica operária para aju- dá-los a se organizar em Movimen- tos, favorecer a cooperação entre os Movimentos, sustentar suas iniciati- vas na coordenação e apoiar projetos concretos de formação.

Estes são os meios que favorecem os Movimentos a participar mais efi- cazmente e para que estejam presen- tes na luta de libertação da Classe Operária hoje.

li V ÍÁ {} ]i i NOTICIAS DA IGREJA

A RELIGIOSA E A MISSÃO JUNTO AOS OPERÁRIOS

Clarinda Guerra de Faria — MJC

Assumir: Sabemos que a Congrega- ção das Missionárias de Jesus Crucificado, tem co- mo uma de suas priorida- des um trabalho com ope- rários. De que maneira vo- cês se colocam frente a esta missão e como a exer- cem?

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mo Prioridade um trabalho com operários. De que ma- neira vocês se colocam frente a esta missão e co- mo a exercem?

M J C: Antes de responder a per gunta, é bom situar um pouco a Congregação. Ela nasceu em Campinas, Esta- do de São Paulo, em 1928

— período de evolução industrial no Brasil. 0 Fundador, Dom Francisco de Campos Barreto, per- cebendo o grande desafio para a Igreja da época, de- cidiu criar a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. Dizia ele: "As necessidades da Igreja, são as necessidades das Missio- nárias". Pensou numa Con- gregação em que as Irmãs trajassem à secular, isto é, sem o hábito religioso e que tivessem "um pé no mundo e outro no Conven- to" e "tendo por clausura a rua e as casas dos mais necessitados". Nosso Caris- ma é IR EM BUSCA DOS MAIS NECESSITADOS. E quem são os mais necessita- dos? São os operários, os lavradores, as domésticas, os biscateiros, aqueles que não têm vez nem voz na sociedade. "Eis o grande campo de trabalho das Mis- sionárias: As visitas às fa- mílias, ás fábricas, princi- palmente os pobres e os operários". Vemos nestas palavras do Fundador, a chave de leitura para a mis-

são junto aos operários.

• De que maneira nos colo- camos junto aos trabalha dores?

Nossa presença é de escuta e de evangelização recíproca. Evangeliza mos e somos evangelizados pelos tra- balhadores. E uma presença de con- versão, de descoberta de Deus, atuan- te na vida e na história dos trabalha- dores. Presença que nos leva a assu- mir com maior profundidade nossa

.própria Identidade de MJC. Na me- dida em que vamos descobrindo a vi- da e a luta dos trabalhadores, suas as- pirações, sua consciência de classe, como Religiosas, vamos nos forman do e fazendo também a nossa opção pela classe trabalhadora. Com os ope- rários, assumimos a missão de anún cio e denúncia de tudo o oue nos es cravisa e os impede na busca de sua própria organização e libertação.

Esta missão específica caracteriza se através do nosso engajamento em três aspectos:

— Irmãs profissionalizadas que tra- balham numa categoria profissional, e que assumem com os companheiros as lutas da Categoria. Seu engajamen- to está no próprio movimento operá- rio.

— I rmãs a serviço da Pastoral Ope- rária, atuando em coordenações dio- cesanas e na formação d« grupos de PO.

— Irmãs ligadas a A.CO ou a JOC, como Assistentes do movimen to tendo como missão o acompanha mento às Equipes de base no método VER, JULGAR, AGIR, assumindo com os militantes a vida do Movi mento e com eles, exercitando a prática da RVO

Nosso serviço aos militantes opera

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rios, acontece também na partilha dos dons, na contribuição material ou intelectual, não nos esquecendo porém de que o nosso papel princi- pal como Religiosas Assistentes, é o de estarmos empre atentas à vida dos trabalhadores, valorizando suas expe- riências de luta e com eles fazendo a descoberta do Deus presente na his- tória e no dinamismo próprios da classe operária.

Outro aspecto da nossa missão com os operários é o trabalho de ar- ticulação entre os militantes, suas equipes de base e o movimento ope- rário. Como religiosas, pelo fato de estarmos mais presentes no bairro, temos mais chance de passar aos companheiros os comunicados e as informações que os ajudem a assumir com mais força o seu compromisso com o movimento e com a classe.

Assumir: Vocês tiveram na Congre- gação um Encontro Inter- Regional com as Irmãs de Minas, Rio, São Paulo e Campinas que estão no tra- balho com operários. Quais os desafios levantados e que compromisso assumi- ram, como NOVOS PAS- SOS, nesta missão especí fica?

M J C: — Um dos desafios está na formação das Irmãs para esta missão específica. Sentimos a necessidade de uma melhor prepração atra- vés do estudo sobre a His- tória da Classe Operária, o Sindicalismo, o Marxis- mo e outros. A clareza de opção neste trabalho espe- cífico é importante para um crescimento de quali

dade na caminhada com os nossos irmãos trabalhado- res. Nesta caminhada, te- mos muito* a aprender! Os operários são os nossos formadores.

- Outro desafio são os conflitos entre a autonomia da classe operária e a Igreja Hierarquia. Se a Igreja não entender a causa operária, o operário cristão não terá vez para assumir a sua própria causa. Como Relíosas, não podemos ficar indiferentes dian- te desses conflitos, certas de que a causa operária está dentro de um projeto que extrapola à própria Igre- ja.

- Um último desafio é a ligação entre a nossa missão com os operá- rios e as CEB's. As comunidades de base cobram a presença da Irmã em vários trabalhos pastorais, e isto im- possibilita-nos, de um certo modo, canalizar as forças para o trabalho com os operários. Precisamos dar um passo das CEB's, para a pastoral es- pecífica com operários, sem contu- do, perder de vista a dimensão da Comunidade Eclesial, como espaço de articulação, organização e celebra- ção da vida e da luta dos trabalhado- res, é no bairro que os trabalhadores e suas famílias se organizam através das lutas populares como: Associa- ções de Moradores, Movimento de Mulheres, Movimento de Crianças, etc. E as CEB's lhes favorecem os meios para a ligação: Fé-Vida, cele- bração-compromisso.

Como NOVOS PASSOS, em vista 3 Assembléia Congregacíonal, a rea- izar-se em Janeiro de 87, levanta- nos os seguintes pontos:

- Que na Assembléia Capitular Eletiva, haja maior representatívída- le de Irmãs que trabalham com ope-

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rários, a fim de clarear esta Priorida- de para toda a Congregação, conside- rando estar nesta missão as Irmãs que acompanham grupos de PO ou de A.CO. ou de JOC ou que estejam no movimento operário.

- Que a Congregação incentive o engajamento profissional em vista não apenas, à manutenção das ir- mãs, mas como meio de engajar mais na luta operária; e que as jovens que buscam a Congregação não deixem o trabalho profissional.

— Que a Congregação continue apoiando sempre mais o grupo de Irmãs que está nesta missão específi- ca com operários e que o próximo encontro, a ser realizado no 29 se- mestre de 87, seja para nós um passo a mais neste compromisso junto aos trabalhadores.

Finalizando, quero registrar aqui, as palavras de Jandira e José Emídio, casal militante de A.CO. que asses- sorou nosso Encontro Inter-Regional

Específico: "O ponto chave na transformação

da classe operária é a consciência de classe e a Igreja tem um grande pa- pel nesta conscientização. Como Igreja temos que querer a libertação dos pobres integral e radicalmente. E importante o intercâmbio entre as Congregações Religiosas para que ou- tras contribuam também com a clas- se trabalhadora. Um papel importan- te na Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado é o trabalho de visitas, de pé de ouvido. Isso ajuda muito na organização do trabalha- dor. Vocês que optaram pela pastoral com operários não podem esquecer a condição operária. Portanto precisam vestir a "camisa do trabalhador". Muitos aspectos desta missão é a Cruz mesmo".

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1986

BENVINDA AOS PADRES JOSÉ GATELIER E BERNARDO LEAU

Esses dois padres que a França nos enviou para aqui trabalhar alguns anos, têm uma experiência no acom- panhamento da classe operária e nc movimento de Igreja neste meio.

Eles estarão acompanhando o cur- so do CENFI, organizado pela CNBB para a aculturação dos missionários, no período de agosto a novembro.

Nos alegramos em acolher estes dois amigos.

Bernardo vai para Dias D'Avila, na Bahia, substituir Jacques Duquesne e José vai para São Mateus, em São Paulo.

Almejamos-lhes uma feliz estadia e que seu trabalho encontre repercus- são em nosso meio.

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GESTAÇÃO E NASCIMENTO 1500

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HISTORIA DA CLASSE OPERÁRIA NO BRASIL

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HISTORIA DA CLASSE OPERARIA NO BRASIL

idade Difícil 1920-45

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HISTORIA DA CLASSE OPERARIA NO BRASIL

Amadurecimento 1945 a 1964

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REVISÃO DE VIDA: CONHECER PARA TRANSFORMAR

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. 100 anos de suor

esangue HOMENS E JORNADAS DA LUTA OPERARIA DO NORDESTE

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CONHEÇA NOSSAS COLEÇÕES DE LIVROS PARA FORMAÇÃO DE MILITANTES

1. Ver, Julgar e Agir pelos 4 lados á luz da Bíblia.

Esta coleção compreende 5 livros, cada um aprofundando determina- dos aspectos. Três já foram publicados:

— Jesus, Sua Terra, Seu Povo, Sua Proposta - Conhecer as Sociedades - Revisão de Vida: Conhecer para Transformar, cujo subtítulo origi-

nou o nome desta coleção. Os dois primeiros já são bem conhecidos. Este último, nos dá uma visão global do Ver, Julgar e Agir de Jesus e

nosso método de formação da ACO - reconhecido hoje universalmente como a melhor ferramenta para a formação pastoral e compromisso com a libertação das pessoas e mudança das estruturas.

— História da Libertação dum Povo (a Bíblia) e "As Sociedades das Tribos de Israel" estão para sair.

2. História da Classe Operária

Esta coleção compreende também 5 cadernos. Os números 1, 2, 3 e 4 contam a história da classe operária desde a descoberta do Brasil, de 1500 a 1964. Os três primeiros já estão na 4? edição. O caderno n9 4, tão esperado, está saindo agora. Compreende o período de 1945 a 1964. Tem o subtítulo "Amadurecimento" da Classe Operária. Foi no final deste período que houve os primeiros ensaios de lutas por liberdade e autonomia sindical. Daí a im- portância da leitura deste caderno e divulgação do mesmo nesta nova fase de implantação do sindicalismo democrático.

Dentro em breve esperamos publicar o caderno n9 5, completando assim esta coleção tão procurada pelos grupos populares e operários de todo o país e da América Latina.

A coleção toda expressa o ponto de vista dos trabalhadores e sua par- ticipação na confecção da mesma.

Manoel do 0, embora se refira aos ferroviários do Nordeste, também foi incluído nesta coleção porque é um documentário Importante da História da Classe Operária daquela região.

3. Outros livros da ACO:

Caderno Verde (decisões dos Congressos) Caderno Amarelo (Conselho Ampliado de 1980) Estatuto Social História da ACO (no prelo) Assumir (boletim) com assinatura Construir (boletim) com assinatura Cantando Nossa Libertação (cancioneiro da ACO)

%

Comissão Nacional de Publicações da ACO

Para Pedidos: Ação Católica Operária - ACO Rua do Chichorro, 62 - Catumbi 20211 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 242-7732

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Suplemento "ASSUMIR" NP 15 - 19 Edição f

COLEÇÃO EM

VOLUME ÚNICO DE

TODOS OS NÚMEROS DO

ASSUMIR DE

1982 A 1985

Neste suplemento do Assumir estamos publicando os tftulos

dos artigos saídos em cada boletim com ano e página

e mesmo as notícias sobre ACO, movimento operário e

popular de 1982 a 1985.

Todos eles, inclusive os artigos e os cadernos do

Congresso de 1982 foram reunidos num único volume com

ótima encadernação. Vale a pena reler, aprofundar as reflexões

bíblicas aí contidas, os números, os artigos de análise

econômica, social, política e ideológica pelos 4 lados e à luz da

fé dentro do método: Ver, Julgar e Agir.

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AÇÃO CATÓLICA OPERÁRIA -ACO Rua do Chichorro, 62 sobrado - Catumbi

20211 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel. (021)242-7732

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íNDICE ANALíTICO Boletim Nacional da ACO (ASSUMIR E TEXTOS INDICADOS)

ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PAG

Acampamento A verdade sobre o acampamento do Ibirapuera - SP

1? Manoraci 1984 08 14

Acampamento 1027 famílias festejam a ocupação - Vila Paulistana

Salesiana 1984 08 38

ACO ACO de Mumucaba Angra - RJ

Ir. Berenice M.J.C.

1983 06 16

ACO ACO de Sete Lagoas - MG. Na família operária nasce um mundo novo.

Tchó Sete Lagoas -MG

1983 07 7e8

ACO ACO em Angra dos Reis - RJ - Nascimento de um grupo em Dias D'avila.

Ir. Berenice

M.J.C.

1983

1985

07

12

10

33

ACO História da JOC e ACO - Aracaju

P? Bernardo F. de C.

1985 13 32

Bíblia A oração: Esquecimento ou desafio?

Mário Aquino Suzano

1985 13 03

Armamento Armamentismo e Capitalismo.

Luiz Sárgio Nilópolis, RJ

1985 12 12

Assistentes Reuniões de Assistentes - RJ/ Olinda - PE

P? Salvador RJ.

1985 13 36

Bíblia Espiritualidade: Caminho de realização planado homem, como filho de Deus.

Mário Aquino e 19 Hoilis

1985 12 2

Bíblia Reflexão bíblica Atos, 2.

P? Salvador R.J.

1982 Relat CN.

1

Bíblia Bíblia e política Lucas, 20, 25.

Mário Aquino Suzano

1983 05 3e4

Bíblia Jesus e a organização do povo. Mc. 6,30,-44. João, 10,11.

P? Bernardo e Mário Aquino

1983 06 3e5

Bíblia Jesus e a família operária. Mt. 1,1 Luca, 3,31.

Mário Aquino Suzano

1983 07 2e4

Bíblia As estruturas econômicas no tempo de Jesus Mt. 21.12-19, 14,58

Mário Aquino Suzano

1984 08 2

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N? PÂG

Bíblia 0 poder político na Bíblia. Êxodo 3.

Mário Aquino Suzano

1984 09 02

Bíblia Natal hoje P? Roque R.G.S,

1985 13 02

Bíblia Tribos de Israel Mário Aquino 1984 09 02

Bíblia

Canaã. Lado Econ. Lado soe, pol. e Ideológico

Natal: Jesus nasce, a esperança renasce. Miq. 5,1-3; Is. 7,14

Mário Aquino 1984 10 Suzano

02

Bíblia De volta para nossa terra. Rom. 8,4

Mário Aquino Suzano

1985 11 02

Batizado Testemunho do casal Mário Aquino e Lenita

Mário Aquino Suzano

1983 05 10

Carajás O programa grande Carajás: Internacionalização da Amazônia.

P? Bernardo Hervy F. d. C.

1985 12 17

Carta de Princípios

Relatório do CN/82

Cons. Nac. 1932 CN 8-9 10

CELAM Relatório do CN da ACO - outubro

Txó Sete Lagoas M.G.

1982 CN 08

CLAT Relatório do CN/82

Geraldo Txó.

1982 CN

Conselho Nacional.

Aprofundamento trabalho da ACO para 4 anos.

Cons. Nac. 1982

Congresso Nacional da ACO

7 P Congresso Nacional

ACO 1985 35

CONCLAT OCONCLATea divisão do mov. sindical.

Abdias RJ.

1983 07 06

CONCLAT Históricos: CONCLAT/ ENCLAT/ Interslndlcal.

CEDAC 1983 07 23

Comemorações

Constituinte

20 anoa da ACO a 100 anos de Cardjin.

A posiçffo da CUT

Vários

CUT

1983

1985

06

11

20/:

08

Constituinte Momento Constitucional no Brasil

Txó Sete Lagoas M.G.

1985 12 07

Constituinte Constituinte com participação popular

N.E. 1985 sup. 12

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PAC

Constituinte Constituinte, constituição, a ordem é participar. BA

José Zanelli 1985 13 13

Crise Econômica

Crise Econ. e realidade da classe hoje

1984 08 04

Crise Econômica

Crise econ. desemprego/família operária.

Wilson Dias M.G.

1984 08 10

CCN Carta da CCN a 22? assembléia dos Bispos.

CCN-ACO 1984 09 30

CCN Mensagem da CCN ao P? Romano.

CCN 1985 11 35

CUT Comissão pró-Cut mobiliza os trabalhadores.

CUT 1983 05 11

Desafios e Plano.

Desafios e Plano de Ação para os próximos 4 anos.

Congresso 1982 Cad. 3

1/16

Desemprego Para não morrer e nem matar.

ACO-PE 83

1984 08 20

Expansáfo da ACO

Expansão da ACO S.P.

Encontro Regional 13/03/85

1982 06 19

Expansão da ACO

Caxias do Sul 1? Cecília Berro

1983 07 13

Expansão da ACO

Expansão do Bairro Lindéia - MG.

Carmen Panadas M.G,

1984 08 25

Expansão da ACO

Expansão da ACO no Nordeste Brasileiro.

P? Bernard Hervy

1985 11 40

Experiência Experiência de uma família operária. Depoimento de Maria Rodrigues Rocha. N.IG. RJ.

P? Salvador RJ.

1983 07 5/6

FMI Vamos reagir ao FMI

Construlr/22 1983 05 12

FMI Dívida Externa, FMI e Moratória.

CEDAC 1985 11 25

FMI Dívida Externa afeta a vida dos trabalhadores.

Abdias RJ.

1985 13 08

FMI Dívida Externa e Tchó Constituinte. Sete Lagoas

M.G,

Falecimento Pedro Alves Furtado Eridan Maria (Rossil da ACOde Pires eP9lvo Nova Iguaçu - RJ.

1985 13 10

1984 08 28

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PA

Sindicato Campanha Salarial dos Metalúrgicos do ABC, CUT e FIESP

Gilda Fioravanti Mauá

1985 11 50

Sindicato A greve dos metalúrgicos de Angra dos Reis

Ir, Berenice e Moacir RJ

1985 13 45

Sindicato A luta dos metalúrgicos de Niterói - luta para sobreviver como categoria.

Abdias - RJ Globo 6/3 JB 17/3 FSP 14/3

1985 11 52

Sindicato Começo do Trabalho sindical dentro da VOLKS.

Natal Cassem iro SP

1985 11 57

Sindicato Foto da Assembléia de aprovação da greve de São Bernardo.

Fernando A. Rodrigues

1985 11 60

Sindicato Operários da Joaquim 1985 11 61 Liqulgás, Centro Miranda operativo, paralisam Osasco — SP o trabalho. Osasco — SP

Sindicato Construção Civil - BH e Minas Gerais.

Remédios MG

1985 11 64

Sindicato Sindicalismo e Pol ftica

LULA SP

1985 12 04

Sindicato A CUT e a Reforma Agrária.

CUT 2/8/85 1985 12 37

Sindicato As conquistas da Greve dos metalúrgicos da CUT em São Paulo.

JB6/8 1985 12 39

Sindicato A campanha salarial dos metalúrgicos de São José dos Campos.

Moacyr Pinto da Silva

1985 12 42

Sindicato 0 que está por trás do julgamento dos 33 companheiros metalúrgicos de São José dos Campos.

João Batista Cindido

1985 12 46

Sindicato Metalúrgicos Indiciados São José dos Campos

CUT 1985 12 45

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ASSUNTO

Sindicato

Sindicato

TEMA AUTOR

Operários da GM FSP - 6/9 serão ouvidos pela (ustlça em março/86.

Sessenta dias de Nina greve dos professores do Rio Grande do Sul.

ANO N9 PAG.

1985 12 46

1985 12 47

Testemunho Pronunciamento de Flor e seu testemunho de vida.

Flor MG

1983 07 05

Testemunho Equipe de Santa Zita, conta sua história - ACO nasceu da JOC - São Paulo.

Equipe S, Zita SP

1984 09 25

Testemunho Depoimento: começo do trabalho sindical dentro da Fábrica.

Natal Cassemiro

1985 11 57

Testemunho 19 Encontro do Morro da Conceição. Recife

1985 12 25

Violência Violência e Classe Operária.

Abdias José dos Santos

1983 05 12e 13

Violência Polícia expulsa operários da SCANIA -S. Bernardo do Campo.

1983 05 12

Violência COFERRAZ- Vergonha Nacional.

P? Bernardo Hervy

1983 05 12

Violência Pró-CUT responsabiliza o Governo Federal pelos distúrbios em SP

1983 06 14

Violência Processo do Baiano continua. (APECCAR)

Ir. Berenice

M.J.C.

1983 06 15

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N? PÂG

Bíblia O poder político na Bíblia. Êxodo 3.

Mário Aquino Suzano

1984 09 02

Bfblia Natal hoje P? Roque R.G.S.

1985 13 02

Bíblia Tribos de Israel Mário Aquino 1984 09 02

Bíblia

Bíblia

Batizado

Carajás

Carta de Princípios

CELAM

CL AT

Conselho Nacional.

Congresso Nacional da ACO

CONCLAT

CONCLAT

Comemorações

Constituinte

Constituinte

Constituinte

Canaâ. Lado Econ. Lado soe, pol. e Ideológico

Natal: Jesus nasce, a esperença renasce. Miq. 5,1-3; It. 7,14

De volta para nossa terra. Rom. 8,4

Testemunho do casal Mário Aquino e Lenita

0 programa grande Carajás: 1 nternacional izaçao da Amazônia.

Relatório do CN/82

Relatório do CN da ACO - outubro

Relatório do CN/82

Aprofundamento trabalho da ACO para 4 anos.

7P Congresso Nacional

OCONCLATea divisão do mov. tindical.

Históricos: CONCLAT/ ENCLAT/ Interslndical.

20 anos da ACO e Vários 100 anos de Cardjin.

A posição da CUT

Mário Aquino 1984 10 02 Suzano

Mário Aquino 1985 11 02 Suzano

Mário Aquino 1983 05 10 Suzano

P? Bernardo 1985 12 17 Hervy F. d. C.

Cons. Nac.

Txó Sete Lagoas M.G.

Geraldo Txó.

Cons. Nac.

ACO

Abdias R.J.

CE D AC

Momento Constitucional no Brasil

Constituinte com participação popular.

CUT

Txó Sete Lagoas M.G.

N.Ê.

1985

1985

1985

11

12

sup. 12

8-9 10

08

1932 CN

1982 CN

1982 CN

1982

1985 35

1983 07 06

1983 07 23

1983 05 20/23

08

07

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N? PAG

Falecimento Assassinato de José Machado, militante da ACR - MA.

ACR 1984 08 37

Falecimento Severino Francisco 13/12/84.

ACO 1984 10 29

Falecimento P? Romano Zufferey Depoimentos militantes.

1985 11 31

Finanças Notícias das finanças, encontro dos tesoureiros regionais e nacionais. 26/27/05-84.

Tesoureiros 1984 09 29

Finanças Papel educador das cotizações.

Severino e Juracy.

1984 10 35

Igreja Igreja ao lado dos trabalhadores. Ribeirão Preto.

ESP-16/5/84 1984 9 42

Igreja Teologia da Libertação e ACO.

P? Mário 1984 10 38

Igreja Campanha da Fraternidade-85 Pão para quem tem fome.

Ir. Dprmali Salesiana

1984 10 43

Igreja Advertência a Boff não afeta a teologia da libertação.

D. Aloysio - FSP CE.

1985 11 45

Igreja Seita Moon escraviza

Bispo de Curitiba, D. Fedalto.

1985 11 45

Igreja Fidel Castro pede os 4 livros de Leonardo Boff.

FSP-21/3 1985 11 46

Igreja Campanha da Fraternidade - Pão para quem tem fome.

Mário Aquino Suzano

1985 11 47

Igreja Declaração de Leonardo Boff, antes de aceitar a lei do silêncio.

Leonardo Boff RJ.

1985 11 68

Igreja Carta aberta para prestar conta da minha viagem à Nicarágua.

D. Pedro Casaldáliga. S. Félix.

1985 13 38

Igreja A Igreja e Reforma Agrária.

P? Bernardo Hervy

1985 13 43

índios Andreazza demite Presidente da FUNAI.

Globo - 1/5/84

1984 09 45

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PAG

índios TXUKAAHARÃE libertam os três reféns

FSP - 3/5 1984 09 45

índios Assinado o acordo com os Txukahamae

FSP - 4/5 1984 09 46

índios

Igreja e ACO

índios terão cargos de chefia - Fonseca Presidente da FUNAI

Evangelho e compromisso com a classe operária

FSP - 9/5

Congresso/82

1984

1982

09

Cad. 2

45

1/2

Igreja e ACO Notícias da Igreja. CEBs - Canindé. 04 a 08/07/83.

Ir. Berenice M.J.C.

1983 07 15

Igreja e ACO Campanha da Fraternidade - 84

Mário Aquino SP

1984 08 45

Igreja e ACO A Igreja frente a situação dos trabalhadores 22? Assembléia da CNBB.

CNBB 1984 09 30

Igreja e ACO Mensagem dos Bispos aos trabalhadores. 19 de maio.

CNBB 1984 09 32

Igreja e ACO Bispo denuncia o genocídio no Nordeste.

D. Manoel Edimilson

1984 09 34

Igreja e ACO Carta de D. Adriano sobre eleições diretas.

D. Adriano N. Iguaçu

1984 09 35

Igreja e ACO Eleições Diretas e muito mais.

D Pedro Casaldáliga. S. Félix

1984 09 35

Igreja e ACO Mensagem de Câmara para o P? Romano.

D. Hélder Recife

1985 11 34

Independência Desafio aos cristãos 1983 07 33

Internacional Entrevista com trabalhadores da África do Sul

Carmen Panadés

1983 07 30/33

Internacional Todos pagam pela guerra de Reagan.

1984 08 40

JOC 39 Congresso Nacional de Jovens trabalhadores

JOC 1983 06 16

JOC 39 Congresso - 22 a 25/07 em São Paulo.

Remédios M.G.

1983 07 13

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ASSUNTO

Seminário

Seminário

Seminário

Seminário

Seminário

Seminário

Seminário

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

P? Bernardo Hervy

P? Bernardo Hervy

Coorden. reg. de Minas

Pedrão

TEMA AUTOR

Seminário sobre a Bíblia família e militância. 19-20/11/83

Trabalhadores escrevem a sua própria história. Sem. Nac. Arrozal/ 84 - ACO

Seminário Nacional para formação de animadores.

Seminário Regional SP-Bíblia, Família e Militância.

Seminário da Nova Equipe regional — Minas Gerais

Seminário sobre política e sindicalismo Moquetá — Nova Iguaçu - 05-06-07 de março.

Seminário Nacional de ACO em Teresina Pol ítica e movimentos populares.

Campanha salarial dos metalúrgicos de Santo André.

Experiência de engajamento sindical.

Porque me lancei na luta sindical.

Notícias sindicais •- Greve dos Petroleiros.

21 de julho um marco histórico "Dia Nacional de lutas com greves e manifestações".

Eleição do sindicato dos metalúrgicos de VR.

Notícias sindicais 29 Congresso Metalúrgico de Sto. André. 27-29/01/84

ANO N9 PÂG.

Sônia Miranda 1984 08

1984 09

1984 10

Sônia Miranda 1985 Osasco — SP

11

Jpsé Carlos Silva Mauá

Abdias José dos Santos

Jorge Cândido

Gilda Gioravante Silva Mauá

28

20

30

37

1985 11 42

1985 12 30

P? Bernardo 1985 12 31

1983 05 10

1983 06 6/7

1983 06 8/10

1983 07 21/22

1983 07 22

1983 07 28

1984 08 31

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ASSUNTO

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

Sindicato

TEMA AUTOR

Eleição na indústria da extração de ferro brumadenho - MG.

Nova caminhada sindical em Erexim - RS.

Greve dos trabalhadores do ensino. MG - Notícias sindicais.

Bóias Frias de Guariba São Paulo

CUT e Conclat disputam o núcleo metalúrgico de São Paulo. Sindicato é conquistado por metalúrgicos de Angra dos Reis.

Vitória política dos metalúrgicos de Volta Redonda.

CUT no movimento Abdias sindical RJ

Posição da CUT CUT sobre o Pacto Social.

Tchó MG

CEDI

FSP 27/05/84

ANO N9 PAG

1984 08 39

1984 09 15

1984 09 38

1984 09 42

ACO-Angra 1984 09 43

1984 09 44

Greve do INPSem Brasília Carta.

Eleições da Construção Civil em São Paulo.

Eleições no Papel e Papelão. Mogi das Cruzes

Canavieiros de Pernambuco voltam vitoriosos ao trabalho.

Perspectiva do novo sindicalismo no Brasil

Liberdade e autonomia sindical.

59 Congresso Nacional das empregadas domésticas. Olinda 26-27/01

Convenção 87/OIT OIT-48

Carmem Panadés MG

José O lindo SP

Mário Aquino SP

Globo 23/10/84

Edilberto Sales RJ

Abdias RJ

1984

1984

1984

10 12

10 14

10 37

1984 10 44

1984 10 46

1985 11 04

1985

1985

11 06

11 22

1985 11 27

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ASSUNTO

JOC

Igreja

Igreja

Liberados

Liberados

Liberados

Liberados

Liberados

Liberados

TEMA

Semana Internacional da Juventude Trabalhadora 24 de abril a 01/05/84.

Bispos do NE Querem, Reforma Agrária Nacional.

Carta de D. Paulo Evaristo Arns, para Fidel Castro.

Visitas de Moacir — RJ, MG e SP.

Visitas de Zeneides -BH, NE, Pará e Teresina.

Visitas dos liberados em SP, Mauá, S. Vicente, Sorocaba e Pará.

Quem são os nossos liberados? João Francisco, Severino Francisco, Raimundo e José Olindo.

Visitas — Avaliaçáfo e Planejamento. PI, Norte e Camaçari.

Visitas — Ava.,dção e Planejamento. Setembro/83 - SP,. MG, RJ, NE 1 eZe R. G. do Sul.

AUTOR

JOC

ANO N9

1985 11

PAG.

43

CNBB

Cardeal Arns S.P.

Moacir Barra Mansa

Zeneides Juiz de Fora

P? Salvador RJ

Salvador RJ

P? Salvador RJ

P? Salvador RJ

1985 11 45

1985 12 35

1985 13 29

1985 13 28

1985 11 19

1983 05 14/15

1983 07 11

1984 08 22

Liberados Entrevista de Severino Francisco.

P? Salvador 1984 08 24

Liberados Visitas de Liberados PE, NE 1, Natal, Fortaleza, Teresina e Rio de Janeiro.

P? Salvador 1984 09 27

Liberados Palavras de Severino Severino Francisco -RJ

1984 10 6/1

Liberados Visitas dos Liberados-NE 1, Pará, PI, BA, MA, RJ e Minas Gerais.

Liberados P? Bernardo eleito assistente liberado da ACO, para o NE.

Entrevista

Liberados Quem é Zeneides? P? Salvador 1984 10 33

Liberados Quem é Lázaro? P? Salvador 1984 10 34

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PÁG.

Liberados Moacir, novo liberado Quem éele?

P? Salvador 1985 12 27

Maio 19 de maio dia de luta

1983 06 24/23

Maio 19 de maio - MG Remédios B.H.

1984 08 39

Maio 19 de maio - Avaliação - MG 1984 09 17

Maio Histórico do 19 de maio — Petrolândia -PE.

Teimo do Nascimento

1985 11 30

MMTC Solidariedade: Tema da Assembléia mundial.

Ruben 1984 08 41

MMTC Mineira do MMTC Juracy.

Entrevista P? Salvador

1984 10 52

MMTC Relatório do CN/82

Geraldo Tchó 1982 CN 9/10

MOAC Conversações V? assembléia Conselho executivo/nov. de 1983.

Geraldo Tchó 1983 05 16/19

MOAC 59 Encontro Latino-Americano

Tchó MG

1983 06 15

MOAC Encontro do MOAC no Paraguay.

Cecília Berno RGS

1985 13 47

MOAC Reunião do Tchó 1983 07 30 Executivo do MG MOAC em 7 Lagoas. 28/29/30 do/07.

MOAC Encontro MOAC - 08 a 09/11/83.

1984 08 44

MMTC Mensagens do 19 de maio

Juracy B.H.

1985 12 48

MMTC Solidariedade e a criação do fundo para o bem comum.

Juracy B.H.

1985 11 65

Nicarágua Pela paz na Nicarágua.

O S. Paulo 15 a 21/07 1983.

1983 07 17

Nicarágua Carta aberta de D. Pedro Casaldáliga

D. Pedro S. Félix de Araguaia

1985 13 38

Movimento Popular

CIFA - Itaquera Noticias do Mov Popular. Conselho de Saúde de São Mateus.

P? Salvador RJ

1984 09 47

Movimento Popular

Movimento popular sindical.

P? Carlos Tosar F. d. C.

1984 10 07

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ASSUNTO TEMA AUTOR ANO NP PAG.

Movimento Popular

Movimento Popular

Movimento Popular

Movimento Popular

Movimento Popular

Movimento popular e partidário

RVO sobre ação e popular.

Conflito entre posseiros e Prefeitura de Volta Redonda.

Política e Movimento popular Seminário de Teresina 29/30/06

Seminário Nacional sobre movimento popular e política.

Wilson Dias 1984 10 07 M.G.

Geraldo Tchó 1984 10 26 M.G.

P? Mário P? Pedro RJ. Saletinos

Bernardo 1985 12 31 Hervy F. d. C.

Sueli Braga 1985 13 34

PAPA O Papa e o povo - Centro-América

Pedro A. Ribeiro de Oliveira - IBSER (RJ)

1983 06 espe- cial

Pesquisa Desemprego

Desemprego e ação da classe operária.

ACO- IBASE Congresso/82

1982 cad. 1 1/20

Política Partidária

Entrevista PMDB e ACO

Maria M. Fernandes Remédios. B.H.

1983 05 5/6/7

Política Partidária

Entrevista PT e ACO

Joaquim Miranda Osasco - SP

1983 05 7/8/9

Política Política Partidária e a realidade da classe operária.

Mário Aquino SP

1983 07 17/21

Pol ítica Prò-diretas -SP, PE, BA, MG, RGS, RJ e GO.

Vários 1984 08 31

Política A crise, a sucessão e as diretas.

1984 08 33

Política Diretas já e classe operária.

Abdias RJ

1984 09 06

Política Nossa Militáncia partidária.

Joaquim Miranda e Sônia Osasco - SP

1984 09 08

Política Econômica Brasileira

Pol ítica Econômica

Damião/PE 1985 13 11

Pol ítica A crise política Fernando Bastos Ávila.

1984 09 10

Page 51: BOLETIM NACIONAL DA ACO Ano VH.maioasetembrodeW n'15 … · BOLETIM NACIONAL DA ACO Ano VH.maioasetembrodeW n'15 ... tidos Políticos de Oposição, era pela realização de uma Assembléia

ASSUNTO TEMA AUTOR ANO N9 PA(

Política Carta de D Adriano sobre eleições diretas.

D Adriano N. Iguaçu

t

1984 09 35

Política Eleições Diretas e muito mais.

D. Pedro S. Félix.

1984 09 36

Política Movimento popular e partidário.

Wilson Dias M.G.

1986 10 19

Política RVO com ação política e popular.

Geraldo Tchô M.G.

1984 10 26

Política Os trabalhadores e a Constituinte.

CUT 1985 11 08

Política Sindicalismo e política.

Lula S.P

1985 12 04

Política Momento Constitucional no Brasil.

Tchó M.G.

1985 12 07

Realidade Operária, sindical, política e popular.

Painel sobre a realidade operária na área sindical, política e popular

CN 1982 Rei. CN

2/4

Reforma Agrária

Reforma Agrária e Classe operária.

Luiz Sérgio R.J.

1985 13 19

Regimento interno

Relatório do CN CN 1982 CN 10

Roteiro para RVO.

CNP

RVO RVO Lázaro 1985 13 26 Campinas, SP

RVO e Novo Seminário Nacional 1982 06 11/13 Testamento. RVO e Novo

Testamento

RVO Experiência de um grupo de base (PE)

João FÇo da Silva

1985 12 23

RVO RVO de um grupo de Mauá (6 meses de ACO)

José Carlos e Gilda Mauá - SP

1983 06 17/18

RVOe Revisão de vida Mário Aquino 1983 07 4/5 família familiar SP

RVO Revisão de vida equipe de BH Avaliação do 19 de maio.

Remédios B.H

1984 09 1/8

RVO RVO - equipe de Venda Nova - MG

Remédios B.H

1984 09 21

RVO RVO sobre ação política e popular

Tchó 1984 10 26

RVO RVO sobre engajamento sindical

Lázaro 1985 11 14

RVO RVO sobre sindicalismo.

Lázaro 1985 11 17