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^ M ir** SEMEAN BOLETIM INFORMATIVO DO PROJETO CAMPO CIDADE/VIDA i : Um dia, a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito, mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco, a reverência pela sagrada terra. então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco- íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos guerreiros do Arco-fris". (profecia feita mais de 200 anos por Olhos de Fogo, uma velha índia.) Projeto Campo Cidade/Vida um desafio para o terceiro milênio Especial para o IV Encontro do Sertão Alimentação Alternativa pág. 3 PCC/V5 anos de caminhada pags. 4 e 5 ONGs se organizam na região págs. 6 e 7 PCC/V integra o Comitê de Com- bate a Fome. última página Escola agrícola de Ibiúna e São Roque última página

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^ M ir**

SEMEAN BOLETIM INFORMATIVO DO PROJETO CAMPO CIDADE/VIDA

• • i :Um dia, a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os

mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando

esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito, mas vão recuperá-lo para ensinar

ao homem branco, a reverência pela sagrada terra.

Aí então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-

íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos

guerreiros do Arco-fris". (profecia feita há mais de 200 anos por Olhos de Fogo, uma

velha índia.)

Projeto Campo Cidade/Vida um desafio para o terceiro milênio

Especial para o IV Encontro do Sertão

Alimentação Alternativa pág. 3

PCC/V5 anos de caminhada pags. 4 e 5

ONGs se organizam na região págs. 6 e 7

PCC/V integra o Comitê de Com- bate a Fome.

última página

Escola agrícola de Ibiúna e São Roque

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Apresentação

os participantes do IV Encontro do Sertão e demais integrantes doPCCW. A partir deste encontro de abril de 93, entraremos no 5° ano de nosso Projeto em busca de mais "vida"' para a cidade e para o campo, em nossa e em outras regiões aonde o

PCC/V está chegando. Pretendíamos ao invés deste boletim, di vulgar umarevista" "especial"'dos 5 anos deati vidades que estamos elaborando, com relatos daorigem, evolução, dificuldades.desafiose espe- ranças de nosso movimento.porém, decidimos esperar as contribuições que certamente colhere- mos nos debates e conclusões finais de mais este Encontro do Sertão.

Neste ano, ao contrário dos anteriores, teremos umaparticipação reduzida mas representativa. Esta opção foi tomada para que possamos colocar os pés no chão e partirmos para umanova etapa do Proj eto.

De antemão, acho que somos todos tei mosos em querer continuar com o Projeto Campo-Cidade / Vida. Essa busca e interesse, demonstra que é possível resgatar a alimentação como direito de todos e a pequena produção agrícola como meio viável para esse fim.

O resultado da política econômica recessiva implantandanestes anos, teirou o fôlego de muitas iniciativas populares como a nossa. Entendemos que é isso mesmo que as elites nacionais e os credores estrangeiros querem, ou seja. inviabili/ar qualquer trabalho que possa surgir dos meios populares. No nosso caso especí fico, não se sabe se socorremos o consumidor com salários achatados ou o pequenos produtor, cada vez mais com custos insupertáveis de sua pequena produção, às vezes com acúmulos de prejuízos no plantio. O que todos sabemos e temos consciência é que os dois lados caminham para um empobrecimento total, fenômeno de massa do terceiro mundo e do Brasil.

Cremos no entanto, que ao entrarmos no quinto ano de nossas atividades a partir deste momento, possamos nos senti r como quem está atravessando o mar vermelho de nossos dias, que nos parece intransponível.

Mas com determinação, coragem, dignidade e muita fé temos que enfrentar. Atrás de nosso povo

cativo está o temor dos indiferentes à tragédia nacional.

A Sociedade civil organizada demonstrou que podesuperarporsiprôpriaasociedade política, que nunca deseja fazer nada para a trasnformação que tanto buscamos. O sofrimentohumano, a degrada- ção da terra e outras injustiças já não permitem esperar mais, é preciso acreditar que das entranhas da terra. Deus fará brotar nossa semente.

É preciso que nessa curva da história, rumo ao terceiro milênio, não nos sintamos omissos diante do escândalo da fome e da falta de uma política agrária para os que querem continuar ou se instalar no campo e produzir.

Já não estamos (consumidores e produtores) mais sozinhos, veja nesta edição quantas ONGs se juntaram a nós em nossa região. Outras virão na caminhada. E preciso acreditar... sempre...

Tenham todos um bom e contínuo encontro em busca da vida.

Valdo Andrade - Coordenação do PCC/V

SEMEANDO O boletim" SEMEANDO" "é um informativo do Projeto Campo-Cidade / Vida (PCC/V). Responsabilidade: Equipe de comunicação do PCC/V. ColaboraçSo: Nuestra América Editora e Vídeo S/C Ltda Redatores: Valdo Andrade - Ordana Vieira - pe Lino Flori - João Luiz (Joca) - Conceição Aparecida(Ceiça). Endereço para correspondência: São Pau- lo - Rua Antônio Martins Costa 430 - Jd Boa Vista - Butantã - CEP 05584-000; Ibiúna: Rua Francisco de Barros 62 (Capelinha da pedra) - Centro - CEP 18140-000. Circula em Ibiúna, Piedade, Votorantim, Sorocaba, Osasco, Cotia, São Roque, Carapicuiba, Barueri, Itapevi, Jandira, Mairinque, Vargem Grande Paulista, Itapeva, Ribeirão Branco, Iperó, São Paulo (zona Leste e Oeste) Tiragem desta edição: 3.000 exemplares.

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Todos sabemos da evolução da espécie humana c dos hábitos ali- mentares cm sua história.Durante milhões de anos, nossos ancestrais, nômades, se alimentaram de frutos, raízes, grãos, brotos, ovos de pás- saros e eventualmente insetos. Durante milênios, habituamos nosso organismo a uma dieta só- bria, com ingredientes específicos, que exigiam determinada soma de trabalho de mastigação c digestão. De um momento para o outro, nos últimos cem anos. alteramos radi- calmente essa dieta, à custa de aperfeiçoamentos disponíveis: fogões sofisticados, embalagens, refrigeradores, fomos micro-ondas. Não c possível aceitar que tais mudanças, feitas cm tão pouco tempo, pudessem ser aceitas pelo organismo sem os traumatismos

ilmoço aberuatiyo à hase de folhas, talos, brotos e legumes. Sede do PCC/l'

COMPANHIAS NORTE-AMERICANAS DOMINAM INDÚSTRIA MUNDIAL DE AUMENTOS

Os cem primeiros grupos agroindustriais no mundo segundo os faturamentos agroalimentares em 1987

Faturamento» acumulados

Estados Unidos

Outros países

Fonte: Agrodata

hoje consignados pela medicina. Ingeriralimentos crus e naturais

não nos devolve a ancestralidade. Fibras(farelo) não são macias como mingaus. mas fazem bem. Gordu- ras fritas constituem golpe rude e inesperado. Os açúcares existem nos frutos e no mel, mas nunca participaram da dieta na tentadora variação de sabores orferecidos hoje em dia. É preciso meditar sobre essa súbita c radical agressão à vida humana hoje. lutar pela vida unidos - campo e cidade - é a solução !!!.

Já descobrimos a sabedoria da frase de Hipócrates: " que o teu

remédio seja o teu alimen- to c que o teu alimento seja teu remédio". O mais é ir á luta.

Portanto, lutadoras e lutadores em defesa da vida, vamos nos tornar membros multiplicadores desta busca, A fome e a doença estão batendo à porta de muitos brasilei- ros. O combate à fome e a prevenção das doenças está ao nosso alcance.

A classe política dirigente não está fazendo nada e será ilusão esperar que possa ser feito algo para os 32 milhões de pes- soas que vivem na indi- gencia. Quando se faz alguma coisa é puro assistencialismo que não

resolve definitivamente o proble- ma e nem isso está ocorrendo. A saída hoje está cm juntar e aperfei- çoar a sociedade civil organizada. Tudo o mais está insensível e a hora é agora. Não da para esperar mais.

Nossa proposta concreta é pro- mover cursos de formação de ali- mentação e medicina alternativas (AMA) onde as boas experiências de uns se tornem a prática de todos.

A equipe do AMA do PCC/V oferece para os grupos organiza- dos de compras c outros inte- ressados a seguinte programação;

* Curso de seis meses( todo o último sábado de cada mês, das 9 às 16 horas). Taxa de inscrição/ manutenção: Cr$ 150.000,00. Iní- cio: 29 de maio de 1993. Destinatá- rios: Agentes multiplicadores da prevenção à doença e combate à fome, do PCC/V.

A metodologia do curso será de juntar elementos teóricos e práti- cos e devolver para as comunida- des.

A próxima reunião do AMA será na Comunidade do Jardim Mutinga, Osasco ás 14 horas do dia 08 de maio.

Outras informações com: Ceiça (0152) 41.1164 Ibiitna; Alice (011) 706.1217; Cristina (011) 702.2268 - Osasco.

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Projeto Campo Cidade/Vida... m cinco anos de atividade cons- tante, o Projeto Campo-Cidade/ Vida, apesar de muitas dificulda- des se sente mo- tivado em mos-

trar e divulgar sua proposta e seus trabalhos na tentativa de recupe- rar a Vida, e por isso,unindo aos poucos os esforços dos pequenos do campo e dos pequenos dacidade.

PONTO DE VISTA DO CAMPO.

Se as terras dos pequenos dei- xarem de produzir ali mentos. Se os pequenos agricultores continuarem sendo forçados amigrarem paraa cidade.

Se os filhos e as filhas dos lavradores não encontrarem apoio concreto para enxergarem na terra a possibilidade de um futuro, as nossas regiões agrícolas serão em breve, regiões de morte enão mais devida.

Na maior parte das terras bra- sileiras foi plantadaamonocultura, aagro-industriaou "agrotóxica'", que envenenou as terras e o povo que planta e que consome. Esta agricultura ''moderna"' já se mostrou insensata para quem aprendeu amedirnão com o metro do lucro e das leis de mercado e sim com o metro da vida e da saúde.

Mas há saídas? Há como re- verter este quadro de morte em vida?

É possível impedir que a morte chegue e venha a engolir a vida que aindaexiste em nossas regiões

Joviano (lodinho, pequeno produtor filiailo à AI'1'JiI e ao PCC/l'

agrícolas? Apesar da morte da pequena

agricultura ter sido planejada, decretada, eexecutadahá décadas em nosso brasil, (só sobraram mais ou menos 3 milhões de pequenos agricultores) ainda há gente que aposta na vida, na preservação e recuperação da terra.

Há cinco anos foi posta na terra uma semente chamada "Projeto Campo-Cidade". Era uma semente que pareciainsignifican- te, de tão pequena.

Mas quem a semeou, o fez com muita esperança. Quando nasceu a plantinha, e foi desenvolvendo, elamereceu o apelido de' 'VIDA".

Vida, porque impediu que um bomgrupodefamílias desistissem da lavoura. Vida, porque fez com que um grupo de violeiros resgatasse sua cultura e a do seu povo. Vida. porque fez um grupo de lavradores se ajuntarem em associação, para resistir contra a opressão e procurar novos cami-

nhos na plantação e na comer- cialização.

Vida, porque está fazendo os lavradores (as) acreditarem em si e criarem sua organização (Sindi- cato dos trabalhadores rurais de I bi una), perdendo o medo dos gran- des. Vida, porque os pais, osjo vens e as comunidades estão querendo implantar as Escolas Famílias Agrí- colas (EFAS) em nossa região, junto com o apoio de entidades de solidariedade. Vida, porque está nascendo, em união com a cidade a usina de lixo reciclavel, "lixo esperança de vida nova" em par- ceria com a Cáritas Diocesana de Osasco.

Vida, porque o povo do campo e da cidade já questiona a alimen- tação industrializada e descobre o caminho da alimentação natural, alternativa

Vida, porque entre o povo da floresta, do "sertão" de Ibiúna, um bom grupo de famílias estão dispostas a resistir, a não sair das

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... a difícil caminhada terras, a mostrar para as autorida- des que quem estraga o meio ambiente não são os pequenos e sim os interesses econômicos dos grandes e poderosos. Mais de mil famílias queaindavivemna flores- ta, a partir de setembro de 92. data dacriação do Parque Ecológico do Jurupará, (Município de Ibiúna e Piedade) estão sendo pressiona- das, impedidas de carpir, plantar feijão, milho, mandioca; es- tão sendo multadas porque trabalham e plantam, pres- sionadas paraassinarem no- tificação em '"não altera- rem nadado ambiente"" as- sinando enganadas a pró- pria condenação.

O Movesi (Movimento Vida e Ecologia no sertão de Ibiúna) é o grito de vida deste povo que se organiza e não tem medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma e a vontadedeviver. Vidapor- que estas experiências con- cretas já estão sendo prati- cadas em outras regiões do Estado de São Paulo e em outros estados do Brasil.

PONTO DE VISTA DA CIDADE.

A alimentação brasileira corresponde a desigualdade soci- al, 66% de nossa população passa fome pois não tem uma ração calórica suficiente. Em geral os países pobres são os exportadores de grãos, fibras e energia. Esta contradição, além de questionada e pesquisada não consegue ser superada pelas promessas de uma soluçãodefinitiva. pois são mani- puladas por interesses de fortes grupos econômicos nacionaise in-

ternacionais. Nossa população desnutrida,

necessitada, torna-se sem perce- ber aprisionada por estruturas arcaicas e perversas do poder e da dominação.

Na épocas de eleição a dema- gogiados discursos toma conta, e a cada período se repetem as mes- mas coisas. A alimnetação foi transformada em programas

eleitoreiros de quase todos os políticos. Mas de concreto nada existe de fato que possa amenizar a questão.

No projeto Campo-Cidade/ Vida a questão da alimentação e produção étrabalhadano conjunto deumainter-relaçãocontínuaentre as duas pontas, onde a preocupa- ção vai além da pura e simples comercialização. Entendemos assim, que parahaver uma melho- ra dequalidade dos alimentos ricos emnutri entes e garantir um futuro alimentar sem aindústriadossemi- mortos (enlatados - congelados - etc.) é preciso um contacto cada vez maior com as pessoas que vivem no campo. O problema da

superpopulação urbana também consideramos que está estrita- mente relacionado com aterra. A reforma agrária só existirá de fato com a nossa participação, em conj unto com as forças orga- nizadas do campo. Também a nossa vida de uma manei rageral está intimamente ligada com a '"nossa mãe terra" isso nós te- mos aprendido quando visitamos o campo e reaprendemos a ver natureza, a sentir o cheuro da terra, do mato e das coisas puras aindaexístentes.

Aprendemos com a organiza- ção de nossos grupos de compra e feirinhas, o valor dagratuidade, da partilha e da solidariedade. Sentimos que aos poucos vamos educando e sendo educados para \ alorizarmaisoqueénosso...bem Brasileiro e Latino Americano. Vamos percebendo e fazendo per- ceber em nível local e internacio- nal que os frutos nas mesas dos pobres são marcados pelaganân- cia e pujança de poucos que não tem o menor respeito pela vida humana de seus semelhantes. En- fim, nos unimos com o campo e aliamos com a vida. Temos tido alguns problemas no rela- cionamento, mas vamos superando. No futuro próximo, esperamos dar uma resposta às diversas injustiças sociais como moradia, transporte, faltade lazer, falta de empregos com salário justo etc.

Nesta relação entre a cidade e o campo, esperamos contribuir muito mais paraqueonosso irmão da "roça" continue plantando sem os agro-tóxicos que nos en- venenam e que a paz no campo prevaleça para garantia de nósmesmos, de nossos filhos e gerações futuras.

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Sociedade civil organizada em nossa região O Projeto Campo Cidade Vida se alia com outras entidades que buscam os

mesmos objetivos e abre a possibilidade para somar forças com outros grupos que estão se iniciando. Veja o quadro 1 abaixo, e 2 página seguinte.

r ~*>

ONGs Sede A que se destina 1) APPRI - Associação de Pe- Ibiúna Junta de forma associativa os pequenos pro- quenos Produtores Rurais de dutores rurais na região em função PCC/V. Ibiúna. 2) CAPRA - Consultoria e As- São Roque Desenvolve e financia cursos práticos e infra sessoria a Produtores Rurais estrutura para pequenos produtores Alternativos. rurais(sementes puras, mel e leite de cabra). 3) COOPERNATURA - Coo- São Roque Assessora, orienta, comercializa, pesquisa e perati v a de Prod utores e Pesq u i - forma jovens para práticas alternativas de sadores de Produtos Naturais. vida e do uso do solo.. 4) CAPIDE - Centro de Apoio São Roque Desenvolve projetos nas áreas da Ecologia. ao Programa de Integração e Educação e Atividades Socio-cullurais Desenvolvimento. 5) APPRUPI - Associação de Piedade Núcleo de produtores para comercialização Pequenos Produtores Rurais de no sistema Kits - Campo Cidade. Piedade. 6) COMUNHÃO - Cooperativa São Paulo Assessoria e formação na área da saúde pre- de Consumo e Integração Hu- ventiva, cooperativa de consumo de produ- mana. tos naturais e integrais. 7) ADVC - Associação em De- Osasco Integra, orienta, assessoraepromoveeventos fesa da Vida e Cidadania. culturais na região do Novo Osasco e

Adjacências 8) CEP - Centro de Estudos t Osasco .Anexo ao ADVC, dispõe de um Centro de Pesquisas. I Estudos e Pesquisas Sociais 9) GRUPO TERNURA. Osasco Trabalha na áera urbana buscando um novo

conceito da utilização do espaço e tempo com as crianças.

10) NUESTRA AMÉRICA São Paulo Trabalha na áera da comunicação, assesso- EDITORA E VÍDEO rando o PCC/V. Produz os jornais; Muito

Mais. Voz da Região e Semeando. Dispõe de vídeo locadora com temas socio-políticos- culturais-religiosos.

11) EFAI - Escola Família Ibiúna Dispõe de um terreno e de um grupo de Agricolade Ibiúna. famílias para a construção da escola famíla

agrícola para os seus filhos, em comunhão com o PCC/V

12) ESCOLINHA DO São Roque Em funcionamento há vários anos, forma GUAIANÃ, Jovens e crianças para a agroecologia.

13) MOVESI - Movimento Vida Ibiúna Defende cerca de 1200 famílias sem pers- eEcologiado Sertão de Ibiúna. pectivas de sobrevivência após a decretação

do Parque do Jurupará.

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Quadro 2 continuação

14) AMPARC- Associação de Ibiúna Os mesmos propósitos do MOVESI. Moradores eProprietários Adja- centes ao Ribeirão e Campestre

15) MST- Movimento Sem Ter- Iperó Acampamento em busca de solução defi- ra nitiva para 810 famílias da Fazenda

Ipanema. 16) CETERI - Centro Terceira São Roque Busca de vidaalternativaatravés de arte- Idade. sanatos, alimentação, produção eexpres-

são cultural. 17) SERPROMI - Serviço de Ibiúna Assistência, formação e colocação no mer- Proteção aos Menores de Ibiúna. cado de trabalho.

18) CENTRO DE Osasco Paraaintegraçãoeparlicipaçãonadefesa PARTCIPAÇÀO POPULAR da cidadania emelhoriade vida. DO JARDIM VELOSO. 19) FUNDAÇÃO CAMPO- Ibiúna Fomentar e receber no seu quadro C1DADE. associativo, grupos juridicamente

constituidos para somar esforços na melhoria de vidado campo e da cidade.

20) SINDICATO DOS TRA- • Ibiúna Em formação, na tentativa de defesa dos BALHADORES RURAIS DE interesses coletivos dos que sobrevivem da IBIÚNA terra.

21) ASSOCIAÇÃO DE PE- Ribeirão Branco Organização de4 comunidades rurais para QUENOS PRODUTORES RU- comercialização nosistemaKitsefeirinha RAIS DE RIBEIRÃO BRAN- CO

doPCC/V

22) ASSOCIAÇÃO DOS MO- São Paulo Agrupaemotivacriançase adultos paraa RADORES DOS JARDINS buscadesolucões alternativas desobrevi- CAMARGOS E . vênciana região ADJACÊNCIAS. 23) USINA DE LIXO Ibiúna Em fase de instalação, junto à Cáritas RECICLÁVEIS. ' Diocesana de Osasco e PCC/V.Trabalha

na defesa do meio ambiente e da natureza quenãoreproduzamatériaprimaretirada de seu meio.

24) GRUPO "MARIA MAR- Alba-Itália Cooperação e solidariedade internacional. GARIDA ALVES." Está sintonizado com o PCC/V.

25) GRUPO FONDO Dl Bra - Itália Cooperação e solidariedade no setor da SOL1DARIETÁ formação humana anível internacional..

26)ISCOSPIEMONTE. Torino-Itália Cooperação esolidariedade internacional, na área sindical.

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Escola Família Agrícola de Ibiúna e São Roque ecentcmente, um gru- po de oito pessoas do PCC/V ( Ibiúna), CAPRA e Cooper- natura ( São Roque) participaram de um

encontro a nível nacional das Es- colas Famílias Agrícolas (EFAS). Foram oito dias de debates, refle- xões e tomadas de posição para garantir cada vez mais a perma- nência e o refluxo do homem ao campo.

Este encontro possibilita o PCC/V e Coopernatura instalar duas primeiras unidades escolares de 1. grau em nossa região rural. Neste sentido, o PCC/V adquiriu neste mês de abril uma área de terra de 40 mil metros quadrados, onde será construída a unidade de Ibiúna para funcionamento em 1995. A Coopernatura por sua vez, juntamente com o PCC/V, CAPRA e CAPIDE está se empenhando ao máximo para colocar em funcio- namento a unidade de São Roque para 94. Falta apenas readaptar as instalações no bairro do Guaianã, em São Roque.

Estágio

Neste sentido em maio próximo estamos enviando dois jovens para estágio de monitores no Espírito Santo e Bahia. Serão seis meses de estágio. No final, as unidades formadoras destes estágios, enviarão juntamente com os nossos estagiários, dois técnicos agríco- las para por em funcionamento a escola.

A escola família agrícola fun- cionará com a participação dos pais e das comunidades rurais, em sistema de alternância (15 dias na escola, prática x teoria, e 15 dias na família, prática x leitura àa realidade).

Contamos, apesar da força de integração das ONGs do campo, com a motivação e participação das entidades e grupos organiza- dos na cidade.

Trahalharores sem terra da Fazenda Ipanema,na luta pela terra

Fome; falta de remédios e roupas atingem os Sem Terra de Iperó

Apelamos para todos os inte- grantes do PCC/V para que faça- mos alguma coisa pelas 810 famílias acampadas a mais de 1 ano na fazenda Ipanema no município de Iperó (área de atuação do PCC/ V).

Atualmente a situação das fa- mílias é crítica: falta comida, remé- dios, roupas e principalmente visi- tas para mante-las motivadas. O desgaste da longa espera e oposi- ção de alguns políticos de Sorocaba tem tornado a situação ainda mais

difícil. Recentemente a direção do

acampamento enviou á Diocese de Osasco uma carta endereçada a Dom Francisco solicitando ajuda de todas as comunidades.

A área ocupada foi destinada pelo Governo Federal como sendo para reforma agrária.

A terra é para quem nela traba- lha. As famílias tiveram uma grande produção de feijão, melancia, milho e abóbora, no primeiro ano de ocupação.

PCC/V integra o Comitê pela Fome Foi criado recentemente em São

PaulooComitedeCombateàFome. O encontro foi realizado na Sede da CUT Nacional e contou com as entidades mais representativas do poder civil do estado.

O PCC/V, convidado pelo Plínio de Arruda Sampaio, um dos artículadores do Comitê, esteve pre- sente com representantes do campo e da cidade.

Assumimos entre outras ativi- dades, a de divulgação no interior e grande São Paulo onde o PCC/V atua. Outras informações poderão ser colhidas pelas comissões que esperamos compor no 4. Encontro do Sertão.

O lançamento da campanha será

no mês de junho em rede de televisão e outros meios de comu- nicação a nível nacional.

Todos os consumidores do PCC/V, em potencial são convi- dados para se tornarem agentes de divulgação e debate em busca de solução deste problema. Espera- mos motivação total!

Foi também sugerido que o confisco dos bens do ex presidente Collor seja revertido para esta fi- nalidade, em nome da dignidade do povo brasi leiro e unia crítica ao desrespeito e indiferença da classe política que pouco ou nada faz para resolver a triste situação dos 66% que passam fome hoje no Brasil.