BOLETIM INFORMATIVO DO Agência Nacional de Caju da …ano 2016” com foco no aspecto de produção...
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Caracterização do País
República da Guiné-Bissau Área: 36.125 Km2 Capital: Bissau Localização: Costa Ocidental da Áfr ica População: 1.7 Milhões de Habitantes (est. ONU-2012) Taxa de Crescimenmto da População: 2.3% (anual) Moeda: Franco cfa Integração Regional: CEDEAO, UEMOA. Principal Sector de Actividade: Agr icultura, Silvicultura e Pesca Principal Produto de Exportação: Castanha de Caju em Bruto
PRINCIPAIS INDICADORES DO SECTOR DE CAJU NA GUINÉ-BISSAU
N E S T A E D I Ç Ã O :
Nota do PCA. 2
Produção Nacional da Cas-
tanha de Caju. 3
Processamento Local da
Castanha de Caju. 4
Comercialização da Casta-
nha de Caju. 5
Participação da ANCA-GB
nos eventos ligado ao Caju.
Acção de Formação promo-
vida pela ANCA-GB.
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Factores que contribuíram
positivamente na presente
campanha.
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10 principais Exportadores—
2014. 8
Opinião de 3 Assoc. da
fileira de Caju. 9
Principais Activ desenvol-
vidas pela ANCA-GB. 10
Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau
BOLETIM INFORMATIVO DO
SECTOR DE CAJU J U L H O 2 0 1 4 2 ª E D I Ç Ã O
Nota Editorial
A síntese informativa do presente Boletim pretende centrar-se nos temas de maior relevo para o sector de caju com o objec-tivo de informar os intervinientes e in-teressados no proces-so de produção, trans-formação e comercia-lização da castanha e amêndoa de caju. As informações contidas neste boletim são frutos de um trabalho de pesquisa e análise das tendências nos mercados interno e externo.
Produção Nacional ( Potencial ) 200.000 TM/ano Superficie coberto por Cajueiros +445 000 ha
Rendimento por hectare 350-450 kg/ha
Propriedades (Tipos/Dimenções)
Pequenas 1-3 ha Médias 3-10 ha Grandes 10-1300 ha
Rendimento (4,8 Kg Caastanha Bruta)
1 Kg de Amêndoa
OutTurn (Lb) 52-54
Account Number 180-220
N° de exportadores (2014) 54
Principais Destinos da Castanha in Natura
Índia (+95%) Vietnam Outros
Unidades Processamento 39 Fabricas
Processamento (Potencial) 30.574 TM/ano
Taxa de transformação 1%
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Caju na Guiné-Bissau precisa de
Politicas Públicas estruturantes de Curto, Médio e
Longo prazo e sobretudo com Marcos Regulatórios
estáveis que não mudem em função de circunstâncias
Conjunturais.
N O T A D O P C A
“ P A P E L D A E N T I D A D E R E G U L A D O R A ”
Regulação como “Marco Regulatório” da Actividade Económica
A Regulação envolve na sua essência, toda a actividade directa e indirecta que
permita aos Sistemas em presença funcionarem de forma eficiente, eficaz, e
socialmente adequada, quando possível tirando partido dos mecanismos do
Mercado, quando temos Mercados capazes de produzirem situações de
Optimo de Pareto (“To deliver Pareto Optimal Solutions”) ou muito próximo
disso.
O trabalho de qualquer Agência de Regulação tem que ter uma visão clara e
global de todo o circuito de produção de valor, dito de outra forma, de toda a
cadeia de valor, e preferencialmente ser capaz de interagir com todos os atores
no circuito por forma a evitar intervenções que possam alterar as condições de
Mercado e de funcionalidade dos Sistemas, sem ter garantido que a Agência vai
ter a última palavra de “garantia” que toda e qualquer intervenção vai de facto
“no bom caminho” e não perturbará a funcionalidade e qualidade de
funcionamento dos Mercados.
Lembrar que os Mercados quando têm condições de funcionarem minimamente
bem, são os mecanismos de “engenharia social” que melhor resultado obtêm,
sempre com vantagem em relação a outros processos decisórios com carácter
arbitrário, ainda que tecnicamente bem suportados.
A informação e o conhecimento são instrumentos essenciais para o bom
funcionamento dos Sistemas, para apoio dos processos de mudança e para
minimizar custos e potenciar benefícios.
É necessário construir “mecanismos” de suporte Institucional, com carácter
internacional e com estatuto de independência, que possam garantir um “Up
Grade” da confiança de todos os agentes intervenientes, em termos de
independência, capacidade técnica, transparência e visibilidade, como é o caso
da ARECA-Autoridade de Regulação de Algodão e Castanha de Caju da Costa
Marfim; CEPEA-Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da
ESALQ da Universidade de São Paulo; REDISA/CPLP do CIAT-Centro
Internacional de Agricultura Tropical do ISA da Universidade Técnica de
Lisboa inclusive Embrapa Agro-indústria Tropical de Fortaleza (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária)) com os quais a ANCA-GB mantem
acordos de Parceria.
HENRIQUE JOSÉ MENDES
PCA—ANCA-GB
Mestre em Ciência e Enge-nharia Alimentar pelo ISA -Instituto Superior de Agro-nomia da Universidade Téc-nica de Lisboa (UTL).
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Relativamente a Produção da Castanha de Caju a nivel nacional é indispensável a realização de
“georeferenciamento de plantação de Caju” na Guiné-Bissau, não obstante mantem-se as estimati-
vas de que a plantação de caju cobre mais de 445.000 ha do território nacional com maior
predominância para as pequenas propriedades familiares (80% do total dos Pomares), caracteriza-
das por excessivas irregularidades e desordem no espaçamento entre os Pomares. Na realidade
não existe um critério uniforme e nem a sensibilidade por parte dos produtores em termos de ma-
nuseamento e espaçamento entre os Cajueiros. Esta situação tem grande influência no fraco rendi-
mento dos Cajueiros por hectares.
A este proposito, foi levado acabo duas acções ligadas ao segmento da produção, que são:
Acção de formação (Março 2014) sobre “Boas Práticas Agrícolas, promovida pela
ANCA-GB e destinada a todos os actores da fileira de Caju com o objetivo de for-
mar e capacitar os mesmos sobre os aspectos ligados a produção.
Acção de sensibilização sobre Boas Práticas Agrícolas a nivel nacional, realizada
pelas Associações da fileira de Caju (Colégio de Actores) sob a supervisão e monito-
ramento da ANCA-GB, tendo como propósito informar e demonstrar aos agriculto-
res e os demais intervinientes a importância das Boas Práticas Agrícolas no aumento
da produtividade dos cajueiros.
Produção Nacional da Castanha de Caju
IMAGENS DOS PARTICIPANTES NA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS ACTORES DA CADEIA DE VALOR DE CAJU
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Apesar de ser consensual a importância do processamento local da castanha in natura e de todo o valor acrescentado que dele pode resultar, entretanto é importante sublinhar que recentemente foi a aprovado um Decreto sobre as “Condições para a obtenção de Licença e Exportação da castanha bruta a partir do ano 2016” com foco no aspecto de produção local, estando a aguardar a sua promulgação. A pesar de existir 39 unidades de transformação da castanha no país com um potencial de 30.574 TM/ano representando 15,29% do total da nossa produção (estimada), na realidade a média da castanha in natura transformada no nosso país não ultrapassa 1%. De acordo com o Relatório sobre as Unidades de processamento de Amêndoa e Sub-Produtos (Julho 2014) do Dptº de Monitorização de Unidades Fabris e Produtos – ANCA-GB reforçada pela opinião do representante da ATC-Caju, o Sr Florentino Nanque existem várias razões que podem explicar a fraca capacidade de transformação local da nossa castanha:
Fundo de maneio; Garantia da Matéria-prima; Altos custos de Investimento; Dificuldade no acesso ao crédito (alta taxa de juro e ausencia de um Banco de
investimento); Dificuldade no acesso ao Mercado Internacional; Inexistência do Mercado Doméstico; Falta de insentivo (financeiro/isenções fiscais) por parte do Estado; Ausencia de uma Entidade de certificação de Amêndoa de Caju.
Actualmente e de acordo com alguns relatórios e relatos de várias personalidades ligadas ao sector de caju, os Pomares apresentam idade relativamente avançada em quase todo o território nacional (Boletim Informativo nº1) embora existem grande quantidades de plantações novas com idades a variar entre os 3-5 anos.
Segundo a opinião da ANAG, a província Norte é constituida maioritariamente por pomares relativa-mente velhos contrariamente ao verificado na província Leste onde os pomares são na totalidade no-vos. Já na província Sul verifica-se um contraste em termos da idade dos pomares. Há zonas com po-mares novos e zonas com pomares velhos (São João e Tite).
Produção 2014
Num pequeno inquerito realizado pela ANCA-GB à algumas associações da fileira de caju (ANAG, ATC-CAJU e ANING-GB) relativamente a produção do corrente ano e de acordo com ponto de vista da ANAG a produção de 2014 foi fraca devido as mudanças climáticas, idade avançada dos pomares e Pragas ( Antracnose, Resinose, Oidio, Broca de Caule e Broca da Raiz). Estas pragas que embora de forma tímida vêm provocando estragos nas plantações já identificadas (Sectores de Quinhamel, Prabis e na província Sul).
Processamento Local da Castanha de Caju
Empresas (Proprietárias) Local Unidades Capac. Instalada/Unid. (TM)
Total Inst. (TM)
Laicco Quinara/ Nhacra/Bula
3 2.500 7.500
Intanha Bula (Capafa) 1 2.000 2.000
Baux.Angola Bissorã/Outras 4 2.000 8.000
AMANN Bissau Safim 1 5.000 5.000 Total (Grandes Unidades) 22.500
Micro/Pequenas/Médias Vários 30 34 - 1500 8.074
Capacidade Nacional Instalada 30.574
Capacidade das Principais Unidades de Processamento (TM/Ano)
Fonte: ANCA-GB – Dptº Monitorização de Unidades Fabris e Produtos Elaboração: ANCA-GB – Dptº Comercial e Mercados Externo / Dptº Estatistica, Observatório dos Mercados e Prod. Agricolas (Commodities)
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A presente campanha de comercialização e
exportação de caju “in natura” em
comparação com a campanha de 2013 esta
a decorrer de uma forma ordeira e positiva
sem grandes divergências e contradições
entre os principais actores da fileira do
caju.
Em 2013, a campanha foi marcada
negativamente por vários factores.
Comercialização da Castanha de Caju—2014
FACTORES QUE MARCARAM NEGATIVAMENTE A COMERCIALIZAÇÃO DA CASTANHA DE CAJU 2013:
I. Inércia na fixação do valor do FUNPI (10 Fcfa/Kg/50 Fcfa/Kg); II. Incumprimento do Preço de Referencia (210 Fcfa/Kg) anunciado pelo governo aquando da abertura
da campanha (preço médio ao produtor = 125 Fcfa/Kg); III. Divergência no valor da Base Tributária; IV. Encerramento por duas vezes da Báscula das Alfandegas; V. Paralização das operações de embarque da castanha de caju durante dezanove dias (19 dias)
causando prejuízos à Agência Portline na ordem de 1.000.000 US$ com o regresso do Navio que tinha acostado e 12.000 US$/dia imputados aos operadores económicos que haviam iniciado as operações de embarque de Castanha.
A ANCA-GB, na qualidade de entidade regulador do sector, desenvolveu nos finais do ano transacto e durante este ano uma série de reuniões de concertação envolvendo todas as entidades que intervêm no sector seguida da implementação de algumas medidas que constam no documento “Medidas de Aplicação Imediatas para a Campanha 2014”, associada as “inovações” no âmbito de reformas iniciadas pela ANCA-GB destacadamente a “Anàlise e Certificação da Castanha destinada a exportação que tiveram repercussões no preço de exportação. Estas actividades permitiram, até a presente data, ao país ter sucesso na campanha de comercialização e exportação da castanha de caju.
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Ainda continua a verificar-se os
problemas invocados por vários
intervenientes no sector, nomeadamente
os intermediários, Exportadores,
investidores estrangeiros, seguradoras e
afretadores de Navios que prendem com
os seguintes:
1. Elevados Custos Portuários e de
fretes Marítimos do País em
relação aos nossos concorrentes
directos do Continente. (Os
Gráficos abaixo ilustram os custos
dos principais Portos africano);
2. Excesso de Impostos e Taxas;
3. Inúmeras Barreiras não Tarifarias;
4. Condições Portuárias inadequadas
para operações do género;
5. Disponibilidade dos Contentores
vazios para a consolidação da
Castanha.
Acção de Formação promovida
pela ANCA-GB em 2014
1. Determinação de Out Turn
(Características e Qualidade
da Castanha e Amêndoa de
caju);
2. Boas Práticas Agrícolas e
Produção de Caju;
3. Técnicas Comerciais e de
Negociação da Castanha de
Caju;
4. Sistema Integrado HACCP,
5. Formação sobre Certificação
da Castanha;
6. Formação especializado sobre
OBM-Caju – Observatório dos
Mercados de Produtos
Agrícolas (Commodities) no
CIAT/CD/ISA do ISA –
Universidade Lisboa.
Participação da ANCA-GB nos eventos ligados ao
Caju
i) Apresentação conjunta ANCA-GB/PAM de
resultados preliminares relativo ao Inquérito
Aprofundado de Avaliação da Segurança Alimentar
em situação de emergência (GSAN-Grupo
Segurança Alimentar e Nutricional);
ii) VIIIª Conferência Anual da ACA, Acra – Gana;
iii) XXIIª Feira Internacional de Dakar (FIDAK);
iv) Missão oficial a Abidjan com o objectivo de se
inteirar da Política local de Desenvolvimento de
Caju;
v) Encontros sobre impacto da Campanha de Caju na
S,egurança Alimtar e Nutricional;
vi) Encontro sobre o impacto da Campanha de Caju na
Segurança Alimentar promovido pelo PAM;
vii) Mesa redonda sobre o IV Simpósio de Segurança
Alimentar e Desenvolvimento Sustentável em Cabo
-Verde realizada pela REDISA-CPLP/CIAT-CD no
Instituto Superior de Agronomia – ISA;
viii) Iº Simpósio Internacional de Agronegócio da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em
Santa Maria, Rio Grande - Brasil.
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Factores que contribuiram positivamente no
bom desenvolvimento da presente campanha
de comercialização e exportação da castanha
de caju:
a. Várias reuniões de concertação entre a
ANCA – GB, a Comissão Paritária de
gestão do FUNPI e os actores da fileira de
caju;
b. Consenso geral a nivel dos actores da
fileira de Caju relativamente ao “Preço de
Referencia”, Valor do “FUNPI” e valor
da “Base Tributária”;
c. Acompanhamento e divulgação do Preço
da Castanha de Caju no Mercado Interno e
Externo (publicação de Relatório de
evolução da campanha e Boletim
períodico);
d. Participação no grupo de seguimento da
campanha de comercialização e
exportação instalado no Ministério do
Comércio;
e. Várias acções de Formação e capacitação
dos atores da cadeia de valor de caju;
f. Participação na Comissão Multidisciplinar
de atribuição das Licença de Exportação
da castanha de Caju 2014;
g. Análise e Certificação da qualidade da
castanha “in natura” destinada à
exportação;
h. Carimbagem dos sacos de juta destinados
à exportação;
i. Levantamento das condições dos armazens
(Loteamento, Ventilação, ,Fumigação etc).
Periodo Humidade % Account Number Out Turn (Lb)
19/05 - 05/06 8,5 - 9,5 195 - 218 52 - 57
09/06 - 13/06 8,5 - 9,4 206 - 218 55 - 57
16/06 - 19/06 8,9 - 9,7 207 - 222 50 - 55
21/06 - 30/06 8,9 - 9,8 206 - 239 50 - 55
01/07 - 22/07 9,1 - 9,9 200 - 226 49 - 55
RAW CASHEW CROP – 2014
ORIGIN – GUINEA-BISSAU AGÊNCIA NACIONAL DE CAJU
Dizeres do carimbo de “Sacos de Juta”
Resultado das análises efectuadas pelo Dptº de Certificação e Controlo de Qualidade da
Castanha e Amêndoa da ANCA-GB, às Castanhas destinadas à exportação - 2014.
Fonte: ANCA-GB – Dptº de Certificação e Controlo de Qualidade da Castanha /Amêndoa Elaboração: ANCA-GB – Dptº Comercial e Mercados Externo / Dptº Estatistica, Observatório dos Mercados e Prod. Agricolas (Commodities)
Disposição dos sacos da castanha de caju
SACOS CARIMBADOS NAS DIFERENTES EMPRESAS
Empresas Quantidade
Gomes&Gomes 49.826
Cheta Guiné 9.611
Interlagos 7.464
Regal Holding 5.761
VK Trading 4.092
AMC Trading Sarl 12.173
CR Trading 2.941
Socobis 2.835
SMC Trading Sarl 2.464
Dja Dja Lda 1.775
Grupo Rama 616
General Trading 1.525
MAB, Sarl 3.600
Rio Mansoa 4.500
Total 109.183
O trabalho de carimbagem dos “Sacos de Juta”
destinados à exportação da Castanha de Caju,
iniciado em 23 de Maio do corrente ano con-
tou com recrutamento de 20 pessoas proveni-
entes de várias Instituições ligadas ao sector
de Caju (AC-GB, ANIN-GB e AMAE) sob coorde-
nação da Direção de Serviços de Pesquisa, Con-
trolo de Qualidade e Certificação e do Deptº
de Fiscalização e Monitoramento de Mercado
Interno.
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Fonte/elaboração: ANCA-GB – Dptº Comercial e Mercados Externo / Dptº Estatistica, Observatório dos Mercados e Prod. Agricolas (Commodities)
De acordo com o seguimento do Mercado e dos dados recolhidos sobre a exportação junto a ACE GLOBAL pelo Deptº Comercial e Mercados Externo e o Dptº Estatistica, Observatório dos Mercados e Produtos Agricolas (Commodities) da ANCA-GB, foram identificadas 10 principais Empresas com maior volume de exportação até a presente data (23/07/2014), representando em conjunto 66,30% (58.511 TM) do total da exportação nacional (88.247 TM) - Ver o gráfico.
Monitoramento das Castanhas provenientes das Ilhas de Bolama-Bijagós
10 PRÍNCIPAIS EXPORTADORES DA CASTANHA DE CAJU— 06/06-23/07/2014
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Opinião de três associações da fileira de Caju
Foi realizado no mês de julho do corrente ano, um pequeno inquérito com o objetivo de recolher
informações e opiniões de alguns intervenientes no sector de caju de forma a inteirar das condi-
ções dos Pomares, Unidades de Processamento e a evolução da Campanha de Comercialização e
Exportação da Castanha de Caju.
Secretário Executivo da ANAG Sr. Corca Djaló 1. Campanha de sensibilização sobre Boas Práticas Agrícolas. “Foi bom. Através dela consegui-
mos atingir os resultados. Mas esta campanha deve continuar por mais tempo”.
2. Preço de Referência e o Preço prati-cado ao Produtor. A sua repercussão na vida dos Agricultores”. “Foi bom ter um preço de Refe-
rência – ajudou os Agricultores a negociar, ganhar um pouco de margem”.
3. Produção de Caju 2014. “Este ano a produção foi fraca
devido as mudanças climáticas e a idade dos pomares”.
Presidente da ATC-Caju Dr. Florentino Nanque 1. Produção 2014. “Não posso avançar com uma opi-
nião porque careço de meio ou da-dos fiáveis que permite-me avaliar a produção”.
2. Unidades de processamento da Casta-nha de Caju.
“Que seja rentabilizada as Unidades de processamento da Castanha de Caju já existentes em todo o territó-rio nacional, e que seja criada con-dições para o aparecimento de mais Unidades”.
3. Quais as dificuldades na obtenção de créditos?
“Não existência de um Banco de Investimento”,
“Falta de uma politica do desenvol-vimento das Industrias de transfor-mação”.
Presidente da ANIN-GB Sr. Nelson Júlio Badinca
1. Papel da ANCA-GB na Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju 2014.
“A ANCA-GB, este ano realizou um trabalho excelente e de muita boa qualidade, sobretudo no aspecto da colaboração com as associações da fileira de caju, na atualização e informação sobre a evolução da campanha assim como na formação sobre Boas Práticas de colheita de Caju”.
2. Fuga clandestina da Castanha de Caju pelas fronteiras. “Isso pode acabar, mas é preciso antes um trabalho conjunto entre o Governo e os Atores da
fileira de Caju. Outra alternativa é montar brigadas de vigilância junto as Alfandegas e cons-truir armazéns comunitárias nas regiões”.
3. Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju. “A Campanha de 2014 é melhor do que o ano passado tanto em termos de organização, do
preço e do ambiente de negócio. Outro aspecto a salientar é o entendimento entre os atores da fileira de Caju, pagamento de FUNPI, sem reclamação e ausência de especulação e boatos no decorrer da Campanha”.
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Principais Atividades desenvolvidas no sector de Caju - 2014
Emissão de Certidão de Quitação para efeito da emissão de Licença de Exportação,
Emissão de Certificado de Qualidade da Castanha, Investimento em Equipamentos de Laboratório de Análise, Certificação e controle de qualidade de
Amêndoas de Caju e derivados para INPA, Investimento em Equipamentos da Análises, Certificação e Controlo de Qualidade de castanha
destinada à exportação,
Levantamento das condições dos principais Armazéns situadas em Bissau,
Recolha de Informação sobre as condições das Unidades de Processamento existentes no país,
Carimbagem dos Sacos de Juta para as Castanhas destinada a exportação,
Campanha de sensibilização sobre Boas Práticas Agrícolas,
Certificação da Qualidade da Castanha destinada a exportação,
Visita as fronteiras Norte e Senegal (Ziguinchor) com objetivo de constatar in loco o fenômeno da
saída clandestina da Castanha de Caju,
Assinatura do Protocolo de Cooperação Técnica com ARECA-Autoridade de Regulação de Algo-
dão e Castanha de Caju da Costa de Marfim,
Inscrição da ANCA-GB como membro da Aliança Africana de Caju – ACA,
Reunião do Conselho Geral,
Publicação do Boletim Informativo nº01,
Publicação de Relatórios (3 edições) sobre a evolução da Campanha de Comercialização e Expor-
tação da Castanha de Caju.
BOLETIM INFORMATIVO SOBRE SECTOR DE CAJU
FICHA TÉCNICA
PROPRIEDADDE
Agência Nacional Caju – ANCA-GB
PCA
Dr. Henrique José Mendes
TIRAGEM
50 exemplares
Edição nº 02 AGOSTO 2014
REDACÇÃO
Dr. Agnelo Correia
Dr. Tamble Cardoso
Lello Té
FOTOGRAFIA
Pedro dos Santos Lello Té