Boletim Informativo - SCMPLima · Agosto 2009 | Ano IX | N.º 17. Ficha Técnica. índice...

Boletim InformativoS a n t a C a s a d a M i s e r i c ó r d i a d e P o n t e d e L i m a

Agosto 2009 | Ano IX | N.º 17

índiceFicha Técnica

CoordenaçãoDr. João Maria CarvalhoDr. Adelino Tito de Morais

Edição e PropriedadeSanta Casa da Misericórdia de Ponte de Lima

Redacção e AdministraçãoCasa da Fonte do PinheiroRua General Norton de Matos, 103

ColaboradoresCoord. e Educadoras do Jardim de InfânciaCoord. e Educadoras da CrecheDir. Téc. do Lar D. Maria PiaDir. Téc. do Lar S. JoséEquipa Técnica do R.S.I.Equipa Técnica Programa DomJosé Gonçalves AraújoEnfermeiros Lar de IdososFisioterapeuta Lar de IdososDoutora Lessa

Arranjo GráficoGráfica da Graciosa, LdaPonte de Lima

FotografiasArquivo Municipal de LisboaArquivo SCMPLFoto LehtesJoão Maria Carvalho

Tiragem 500 exemplares

Distribuição Gratuita

Capa Solar de Bertiandos e Busto do Conde de Bertiandos (escultura de Mário Truta, 1967)), com o Hospital de Ponte de Lima (ou da Misericórdia), desde 1977 designado de Conde de Bertiandos, como fundo.

Editorial

80 anos da Morte do Conde de Bertiandos

Visita da Secretária de Estado da Reabilitação

O Fundo Musical da Santa Casa da Misericórdia e o compositor António da Silva Leite (1759-1833)

Actividades e Valências

Notícias Breves

Extractos de Deliberações

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NOVO HORÁRIO

P H A R M Á C I A

BRIT O

SEGUNDA A SEXTA-FEIRA: 8:30H ÀS 22H00SÁBADO: 9:00 ÀS 13H00

rua do souto, 70 4990-107 ponte de lima

portugal

Medidas de Protecção contra a Gripe A (H1N1)

Administração de Primeiros Socorros

Administração de injectáveis e vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação

Entregas de medicamentos ao domicílio no Concelho de Ponte de Lima e concelhos limítrofes, (serviço sujeito a taxa a partir de um raio de 10km)

CONTACTE-NOSTel. 258 941 167

Fax. 258 941 108 E-mail: [email protected]

- Medição da Tensão Arterial- Controlo dos níveis de:

1. Glucose2. Colesterol Total3. Triglicéridos4. Ácido Úrico5. PSA

NOS PRIMEIROS 2 MESES A ENTREGA É GRATUITA

1. O que é o novo vírus da Gripe A?É um subtipo do vírus que afecta o ser humano, em contraste com o vírus típico de gripe suína.

2. Quais são os sintomas da doença causada pela Gripe A?São semelhantes aos provocados pela gripe sazonal:

•Febre;•Tosse;•Narizentupido;•Dordegarganta;•Dordecabeça;•Doresmusculares;•Arrepios;•Fadiga;•Vómitos;•Diarreia.

Nãosendoesteúltimostípicosdagripesazonal,verificou-seoseuaparecimento em casos de Gripe A.

3. Como se transmite o vírus da Gripe A?Este vírus transmite-se de pessoa para pessoa, em contactospróximos, quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. O contágio pode-severificarindirectamentequandohácontactocomgotículas

ou outras secreções da garganta de uma pessoa infectada (porexemplo,ocontactocomasmaçanetasdasportasetorneiras).

4. Como evitar a transmissão do vírus da Gripe A?•Evitarcontactopróximocompessoasinfectadas;•Seestiverdoentemantenha-seemcasaatéqueossintomasdesapareçam;

•Setossirouespirrarcubraabocaeonarizcomumlençodepapel, colocando este de imediato no lixo, ou na ausência do lençoprotejacomoantebraço;

•Lave as mãos frequentemente com água e sabão. Podemtambémserusadostoalhetesdescartáveis,soluçõesegeldebase alcoólica.

5. Qual o tratamento contra o vírus da Gripe A?Aindanãoexistevacinaqueprotejaaspessoascontraonovovírus,no entanto existem medicamentos antivirais que são prescritos pelo médiconocasodeinfecção.

6. O que fazer em caso de dúvidas?Contactar a Linha Saúde 24 pelo número 808242424.

Pelas Farmacêuticas da Farmácia Brito

Extractos de Deliberaçõesda Mesa Administrativa

O Espírito da Misericórdia

Editorial

22 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

08.12.02 a 09.06.16

2008.12.02:Adjudicação do fornecimento de uma câmara frigo-rífica;Renovar contrato anual para assistência técnica ao software;Adquirir e instalar programa anti-virus;Adquirir louças de sala de jantar;Autorizar as Téncias Sociais a participarem na Conferên-cia “Eu falo contigo”.”Fala comigo.”Adjudicar proposta para fornecimento de bens alimenta-

res, após concurso:

2008.12.16:Autorizar o processamento de actualizações salarias de 2008;Autorizar que utentes participem no “acantonamento de Natal” das Guias de Portugal;Adquirir dois ventiladores mecânicos para o Lar de Idosos;Deliberar a renovação de três contratos de trabalho a termo;Conceder tolerância de ponto aos funcionários nos dias

24 e 31 de Dezembro;

2008.12.31: Adjudicar serviços de mecânica-auto;Deliberar sobre o representante da Misericórdia na As-socição de Pais da Escola C+S de P. de Lima;Adjudicar a compra de óculos para dois utentes do Lar S. José;Adjudicar a compra de um esquentador a gás;Admitir uma menor para o Lar Maria Pia;Arrendar a quinta da Cavada, na freguesia da Facha;Adjudicação de fornecimento e colocação de bases de chuveiro no Lar de Idosos;Arrendar uma habitação da Casa da Lapa;Adjudicar o fornecimento e colocação de um portal nas

instalações do parque-auto,

2009.01.13:Deliberar sobre participação no IX Congresso Nacional da Misericórdias Portuguesas,que se realizará no mês de Junho,na Madeira;Adjudicar fornecimento de medicamentos par o ano de 2009;Adjudicar serviço da poda da vinha da quinta da Vila

Morais;

2009.01.27:Autorizar a participação de utentes das Valências de jovens, em visitas de estudo;Actualizar as remunerações que sejam inferiores ao salário mínimo;Admitir um jovem para o Lar S. José;Adjudicar a colocação de pavimento flutuante numa hanitação da Casa da LapaArrendar um apartamento na rua General Norton de Matos, n.º85;Adjudicar o fornecimento de pão e afins para o ano em curso;Nomear os avaliadores para procederem ao processo de avaliação de desempenho dos trabalhadores, com referência a 2008;Adjudicar fornecimentos de bens alimentares para o ano de 2009;Adjudicar fornecimento de combustíveis para o ano em curso;Aprovar os projectos curriculares das Valências da Infân-cia, para o ano em curso;

2009.02.10:Adjudicar às mesmas Firmas que, no ano transacto, forneceram produtos de higiene e limpeza à Instituição;Aderir ao projecto “Formação Acção para Entidades da Economia Social, promovido pela União das Misericórdias Portuguesas;Admitir uma jovem para o Lar Maria Pia;Adquirir dois aspiradores para as Valências da Juven-tude;Adjudicar o fornecimento de produtos hortícolas, de congelados, de leite e derivados, carnes, material de

incontinância, para o ano de 2009;Atribuir uma gratificação mensal ao trabalhador que as-segura aos Domingos o serviço da Igreja da Misericórdia;Tomar conhecimento do Despacho de comutação de encargos estatutários e respectivos legados, do Reveren-díssimo Bispo da Diocese;Adjudicar a venda de árvores existentes numa proprie-dade da Instituição, em Rendufe;Tomar conhecimento do Visto à conta de gerência de 2007, do senhor Director do Centro Distrital da Segurança Social;Tomar conhecimento do início dos trabalhos de inven-tariaçãp do património artístico e cultural,a realizar por técnicos da União das Misericórdias Portuguesas;Adjudicação de mesas circulares para o refeitório do Lar de Idosos.

2009.02.25:Admissão de um jovem no Lar S.José;Autorizar a reparação de um máquina industrial de lavar roupa;Autoriar alguns jovens a participarem num Retiro na Casa da “Legião de Maria”;Adjudicar o fornecimento e colocação de prateleiras em inox na cozinha do Lar de Idosos;Adjudicar o fornecimento de materiais médico-cirúrgico;Aprovar proposta sobre as condições para admissão de utentes para o Lar de Idosos;Contratar no regime de termo resolutivo, um Prefeito

para o Lar Maria Pia;

2009.03.10:Ratificar decisão do júri que procedeu à abertura e adju-dicação da proposta de honorários para a elaboração do projecto de arquitectura para a construção de um Centro Comunitário na Freguesia de Arcozelo;Admitir uma utente para o Lar de Idosos;Adjudicar a compra de armários e toalheiros para equi-par o Lar Maria Pia;Aprovar horários de frequência da piscina Municipal pelas crianças do Jardim Infantil;Aprovar os planos de férias dos trabalhadores;

Aprovar o relatório e conta de gerência de 2008;

2009.03.24:Adjudicar o serviço para actuação na procissão da Via-Sacra, à Banda de Música de Estorãos;Admissão de uma menor no Lar Maria Pia e de um me-nino no Lar S. José;Tomar conhecimento da data de início das obras de ampliação da urgência do Hospital;Contratação a prazo de um Prefeito, para assegurar as férias dos trabalhadores;Homologação das avaliações de desempenho dos tra-balhadores, referentes a 2008; Tomar conhecimento da aprsentação do projecto de arquitectura para construção de um Centro Comunitário,

na Vila de Arcozelo;

2009.04.07:Arrendar à “COOTAPE” – Cooperativa de Ensino, as instalações que estiveram arrendadas à EDP,ep, no Largo Dr. Vieira Araújo;Aquisição de electrodomésticos para a cozinha do Lar de Idosos;Adjudicação de materiral de secretaria;Tomar conhecimento dos termos e condições que a Jun-ta da Vila de Arcozelo doa à Misericórdia um terreno para implantação de um Centro Comunitário;Aprovar o protocolo com o Município local, sobre as comparticipações a conceder para a construção do mencionado Centro Comunitário;

2009.04.21:Autorizar a realização anual do passeio das crianças do Jardim Infantil;Celebrar contrato de assistência técnica para o Posto de Transformação de energia eléctrica;Contratar a termo incerto, uma Educadora de Infância, por motivos de substituição de outra;Preparar a recepção à senhora, Secretária de Estado da

Segurança Social e da Reabilitação;

2009.05.05 :Participação do senhor Secretário da Mesa, na Acção de Formação sobre “Arquivos das Misericórdias”, em Braga, promovido pela União das Misericórdias Portu-guesas;Tomar conhecimento da aprovação, pelo Município, do projecto de arquitectura do Centro Comunitário de Arco-zelo desta Santa Casa;Adjudicar fornecimento e colocação de prateleiras numa câmara frigorifica;Deliberar abrir concurso para elaboração de projectos de especialidades para o Centro Comunitário.

2009.05.19:Contratar, no âmbito do Programa Emprego-Inserção, três desempregadas para exercerem funções de serviços gerais, nas Valências da Infância e Terceira Idade;Autorizar a actualização dos salários de 2009;Contratar a termo incerto, uma unidade, na Categoria de Prefeito para substituição de um trabalhador por ausência temporária;Autorizar o “Passeio Anual” das crianças do Jardim Infantil;Apresentar candidatura ao Programa de Ocupação de Tempos Livres (OTL’s);Admitir uma utente para o Lar de Idosos;Fazer-se representar na IV DESCIDA DO RIO LIMA, pelo Director, senhor Dr. João Maria de Carvalho.

2009.06.02:Participação de jovens na “Caminhada da Catequese”;Participação de jovens no III Acampamento Natureza e Mundo Rural;Aprovação de proposta para a celebração do “Dia Mun-dial de Criança”;Contratação de um trabalhador a termo incerto, por ausência temporária de um Prefeito do Lar S.José;Autorizar estágio de um utente do Lar S. José, na área da restauração;Arrendar um apartamento na rua General Norton de Matos, n.º85;Abrir concurso para rentabilidade de capitais.

2009.06.16:Autorizar o calendário da época balnear dos utentes do Jardim Infantil, que terá lugar na praia de Carreço e abrir concurso para o respectivo transporte; Autorizar o estágio a 5 jovens do Agrupamento Educativo de Coura, no Lar de Idosos e na área de geriatria;Admitir um utente para o Lar de Idosos, no regime de pensionista;Autorizar a realização da festa dos finalistas do Jardim Infantil no dia 26 de Junho;Comemorar o dia de S. João (24 de Junho), extensivo aos utentes, funcionários de dirigentes;Apreciar os relatórios do aproveitamento escolar dos jovens dos Lares Maria Pia e S. José, relativos ao 2º período;Tomar conhecimento da atribuição do 1.º Prémio aos utentes do Lar de Idosos pela participação na II edição do Projecto “Horta Para Todos”, promovido pelo Município local, na Quinta pedagógica de Pentieiros;Autorizar a participação de um jovem num torneio de andebol, na Iha de Faial, nos Açores, promovido pela EDL (Escola Desportiva Limiana).

2009.06.30Adjudicar edição do Boletim InformativoAdjudicar compra de atoalhadosAquisição de uma moto-ceifeiraAdjudicar proposta para execução de material de escritórioAdmitir na Irmandade seis confrades

Adjudicar transporte para a época balnear

Serviços Administrativos da SCMPLIMA-2009.06.26

É dia 2 de Agosto, e nele a justifica-ção para a comemoração de mais um aniversário, o 479º.

E é de comemorar, porque a San-ta Casa da Misericórdia de Ponte de Lima deve ser para todos nós motivo de verdadeiro orgulho, quer pela obra social já realizada, quer pela obra em projecto.

Com efeito, o seu percurso aproxi-ma-se a passos largos dos cinco sécu-los de bem-fazer.

Tudo começou em momento de esplendor e riqueza no país: o final do séc. XV e o século XVI.

D. Manuel I sonhou os descobri-mentos e lançou-se na árdua tarefa de levar Portugal ao mundo, com verdade e afirmação. Fez riqueza e a Rainha Regente D. Leonor, irmã de D. Manuel, tendo em vista a criação de um clima propício à prática das obras de Misericórdia, uma necessi-dade premente face às dificuldades de muitas famílias do tempo, fundou as Misericórdias em 1498.

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima nasceu pouco depois, em 1530, e com ela o objectivo cris-tão do cumprimento das obras de Misericórdia, quer espirituais quer temporais: alimentar necessitados, vestir e dar pousada aos peregrinos e assistir os enfermos fazem parte des-tas últimas.

Ponte de Lima já prestava servi-ços de saúde a partir do séc. XII, e em Ponte de Lima vários foram os hospitais que depois da fundação das Misericórdias passaram para a gestão da Santa Casa da Misericórdia, respondendo assim às formulações

de protecção e solidariedade social, dentro do espírito cristão de respeito pela pessoa humana. A Misericórdia de Ponte de Lima, uma das mais antigas do país, tinha a seu cargo, já a partir de inícios do séc. XVII a gestão do Hospital de Fora (ou dos Peregrinos) que, depois de demolido, foi comprado em hasta pública em 1879 para se tornar Asylo de Infância Desvalida e, posteriormente, Lar D. Maria Pia. O mesmo aconteceu com o hospital da Praça que, para acudir às necessidades de melhor prestação de serviços, foi posteriormente usan-do espaços como os Quartéis e o Paço do Alcaide.

A partir de 1958, a prestação de serviços hospitalares passou para o Hospital Conde de Bertiandos, cons-truído de raiz, mercê do gesto sublime de doação, entrega e amor ao próximo do mesmo Conde de Bertiandos que, assim, possibilitou materializar um dos grandes objectivos das Misericór-dias: a prestação de cuidados de saúde a uma população desfavorecida.

Mantendo o nome de tão ilustre benemérito associado à obra, o hos-pital passou para a administração do Estado após as convulsões do 25 de Abril de 1974, o que permitiu a aber-tura do caminho para que a Miseri-córdia, livre deste encargo, pudesse consolidar a sua acção em prol dos mais desfavorecidos e realizar com maior força e dinamismo a sua obra de carácter social. É esse o espírito dos Lares S. José (já a funcionar a partir de 1943) e D. Maria Pia, os ser-viços de Creche e Jardim de Infância, Apoio Domiciliário e prestação de

serviços à terceira idade através do Lar de Idosos.

No presente, a Santa Casa da Mi-sericórdia alarga as suas fronteiras e vai de encontro às cada vez maiores necessidades por que passam os mais idosos e a sociedade em geral – a construção do Centro Comunitário de Arcozelo, em parceria com a Junta de Freguesia da vila de Arcozelo.

Na verdade, uma das valências do novo Centro em projecto vai ser a de prestação de Cuidados Continuados Integrados, no prolongamento da acção realizada pelos hospitais. Desta forma, a Santa Casa, já mais conso-lidada, como que retorna às origens, fecha o círculo, e reassume o seu es-pírito inicial de sensibilidade para a prestação de cuidados de saúde.

Continuando a Instituição a apostar numa assistência social de reconhecida qualidade, através de profissionais competentes e zelosos, aprofunda agora a sua acção com a prestação de serviços de saúde, num prolongamento de complementarida-de aos serviços hospitalares.

O círculo fecha-se e completa-se o espírito de missão que preside e orienta a vocação das Misericórdias, muito concretamente a de Ponte de Lima.

Bem-haja, Santa Casa da Miseri-córdia de Ponte de Lima, e parabéns pela juventude dos teus 479 anos de idade, em espírito de misericórdia e doação.

(João Maria de Matos Carvalho, Dr.)

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 21 4 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

GrandeBeneméritodaMisericórdia

80 anos da morte do Conde de Bertiandos

Passaram no dia 19 de Junho oitenta anos da morte do terceiro e último Conde de Bertiandos, considerado o maior benemérito de sempre, da Santa Casa da Mise-ricórdia de Ponte de Lima

Uma efeméride de tão signi-ficativa importância na história económica e social da região, merece ser aflorada neste Boletim informativo.

De seu nome oficial Gonçalo Pereira da Silva de Sousa e Mene-zes é oriundo da Casa dos Biscaí-nhos na cidade de Braga, onde ini-ciou a sua carreira política como deputado às Cortes, no mandato de 1875/78, tendo antes concluído o seu bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra.

Naquele último ano, a 3 de Maio, é nomeado Par do Reino, um órgão de consulta do Rei, ao qual presidirá por escolha em 30 de Dezembro de 1909, de D. Ma-nuel II.

No currículo do Conde de Bertiandos, destaque ainda para o

cargo de Governador Civil do dis-trito de Viana do Castelo em 1890/91, de veador da rainha D. Maria Pia, de aio dos príncipes D. Luis Filipe e D. Manuel, de fundador da Real Associação de Agricultura Portuguesa, de Presidente do Con-selho Superior da Causa Monár-quica, de sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Oficial – Mór honorário.

Repartia suas residências entre a capital, o antigo palacete dos Condes da Feira, (à rua da Cruz de Pedra, que comprara em 1884), a capital do Minho, e o solar na Ribeira Lima. Aqui, localizava-se a sua principal propriedade, com sede do título de Conde de Ber-tiandos, criado por D. Maria II em 14 de Abril de 1852, cujo destino deixara escrito no seu testamento.

Nesta sua vontade, o último titular de Bertiandos, desejava que no solar ou Paço, outrora duas residências, unificado por casa-mento celebrado em 1792, fosse instalada uma instituição para necessitados “ … a minha casa em Bertiandos com todo o recheio … para nela ser fundada uma casa de Caridade …”

Para sustento do seu desejo em prol dos pobres, o benemérito legava “ … todos os meus prédios que possuo no concelho de Ponte de Lima, em Arcos de Valdevez e em Calvelo, para com o seu rendimento custear a mesma casa …”

Esta disposição testamental do conde não foi cumprida, face ao litígio interposto por parentes, pois do matrimónio celebrado a 3 de Junho de 1876 com D. Ana de Bragança de Sousa e Ligne, da Casa dos Duques de Lafões, não

houve descendência.Recursos nos tribunais prolon-

gam-se por anos seguidos, até que em 1937 é celebrado um acordo entre a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, com irmãos e sobrinhos do grande benfeitor, entre os quais, o escritor Conde de Aurora (1896-1969) de quem fora tutor. Em 1940 falecia a condessa, e só seis anos mais tarde é reali-zado o mapa de partilha e posse dos bens entre os intervenientes. O ilustre causídico local, então Provedor, Dr. Luis da Cunha No-gueira, foi um dos intervenientes no acordo assinado, cujo sucessor, o Dr. Eduardo Malheiro Correia Peixoto, viria a salientar no seu mandato (Um Relatório da Comis-são Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, Ponte de Lima, 1948).

Aquele dirigente máximo da administração da Misericórdia, viria também a lançar as bases dum novo hospital concelhio, ao comprar uma parcela de terreno na quinta do Olho Marinho com a área de um hectare, aos herdei-ros do benemérito João Fiúza da Rocha, de Arcozelo por mil euros, verba arrecadada a partir da he-rança Bertiandos.

O património da nossa Ir-mandade é então alargado, com a entrada de várias propriedades so-larengas como a quinta de Penteei-ros, em S. Pedro de Arcos (hoje da Câmara Municipal), as do Outeiro e do Boução, em Moreira de Lima, a de Anho Bom e do Bodilhão, em Sá e a da Cavada, na Facha.

A herança integrou outros pe-quenos prédios rústicos, designa-damente na veiga de Bertiandos, essa vasta área agrícola onde a

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Adelino Tito de Morais

Continuados integrados inserido no projecto do Centro Comunitário de Arcozelo, tendo em vista a candidatura àquele projecto.O Provedor da

Misericórdia fez a apresentação do projecto, tendo sido discutidas as linhas orientadoras do serviço de Cuidados Continuados. Aí foi dito

ser necessário proceder a um diagnóstico das necessidades por concelho, bem como encorajar as instituições para a criação deste serviço, tanto mais que os lares não conseguem, sozinhos, dar resposta às necessidades e os utentes destes serviço têm características diferentes porque, além de carências de nível social também têm problemas de saúde. Procura-se pois, um serviço de proximidade, capaz de responder aos cidadãos, no próprio concelho.Foi apresentada uma lista dos serviços já a operar ou a iniciar trabalhos no distrito e, também, a

lista de necessidades. Foi referido existirem serviços deste tipo em Monção, nos próximos tempos em Arcos de Valdevez e em Tregosa (Barcelos), uma candidatura para o programa modelar, em Darque, e ainda a proposta de uma unidade em Paredes de Coura. Por isso, e face à dimensão do concelho, foi dito que a proposta de Ponte de Lima, por si só, justifica a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados na Rede.Seguidamente, o Gabinete de Arquitectura Traços fez a apresentação do projecto que mereceu o elogio da equipa da ARS.

No mesmo dia foi também recebido pelo Provedor da Instituição um

embaixador da cultura brasileira, Eduardo Neto, também ele

já Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, cônsul

honorário de Chipre e responsável pelo sector de exportação da Federação das Indústrias do

Estado do Ceará. Teve a seu lado, também a recebê-lo, o Secretário da Instituição, amigo pessoal de

Eduardo Neto e conhecedor da cultura brasileira.

Notícias Breves

No passado dia 16 de Abril, o Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Engº Daniel Campelo, recebeu no Salão Nobre dos Paços do Concelho o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, António Veloso, juntamente com os representantes de outras instituições de solidariedade. A cerimónia teve como objectivo a celebração e assinatura de um protocolo de cooperação entre a autarquia e a Instituição em que a Câmara Municipal garantiu a comparticipação de 20% do valor de todas as candidaturas do Centro Comunitário a construir na vila de Arcozelo tornando, assim, menos onerosos os encargos com a obra em questão.

Na segunda feira da Semana Santa, deslocaram-se à ARS Porto uma delegação da Instituição, presidida pelo Provedor, António Veloso, e a Junta de Freguesia de Arcozelo, nas pessoas de Manuel Soares, Eng.º João Barreto e Dr. Alípio Matos , respectivamente Presidente, Secretário e Presidente da Assembleia.A delegação foi recebida pela Dr.ª Isabel Oliveira, Vogal do Conselho Directivo com o Pelouro dos Cuidados Continuados e pela Dr.ª Maria do Carmo Ferreira, da Equipa Regional dos Cuidados Continuados Integrados e Presidente do Conselho Directivo da A.R.S. – Norte.O Objectivo da deslocação foi o de apresentar o serviço de Cuidados

Em 24 de Abril passado, a Santa casa da Misericórdia de Ponte de Lima recebeu no salão nobre das suas instalações uma delegação da Associação de Estudantes da Universidade Fernando Pessoa que, num gesto de simpatia e dedicação aos mais novos, teve a gentileza de oferecer a cada um dos lares de jovens da Instituição (D. Maria Pia e S. José) um exemplar virtual da Diciopédia.

A Instituição recebeu, também, em 29 de Maio último, a visita do Dr. Paulo Rangel, na qualidade de

candidato a deputado do Parlamento Europeu, que se inteirou das

necessidades e dos problemas com que se debate a Instituição e as

IPSS’s em geral.

20 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 5

Misericórdia possuiu cerca de 54% dos terrenos, valores depositados em bancos e o recheio do solar de Bertiandos. Uma leiloeira lisboeta encarregou-se da alienação, mas várias peças regressaram à famí-lia, arrematadas na almoeda.

Abastado proprietário, des-cendente duma antiga e ilustre família com actos de patriotismo e filantropia reconhecidos ao longo de séculos, escritor e político de acentuado valor e apreciação, o último conde de Bertiandos viu o seu trabalho reconhecido dentro e fora de fronteiras, como justifica-mos.

O rei Humberto de Itália, no-meou Gonçalo Pereira da Silva de Sousa e Menezes Cavaleiro da Grã – Cruz e Grande Cordão da Or-dem da Coroa (1886); o Vaticano atribuiu-lhe a Comenda de S. Gre-

gório Magno e Cruz de Beneme-rência (1909); de Espanha, recebeu o grau de Cavaleiro e Grã-Cruz da Ordem Civil de Afonso XIII e no seu país, a Comenda da Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade

e Mérito, e D. Luis I, por decreto de 23 de Setembro de 1874, o título de 3º Conde de Bertiandos.

Visita da Secretária de Estado da Reabilitação

Palacete dos Condes da Feira c. 1940 (Colecção Arq. Municipal de Lisboa)

A Santa Casa da Misericórdia recebeu a visita de Sua Excelência a Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Drª Idália Moniz, no âmbito duma digressão ao norte para se inteirar das instituições contempladas com o Programa DOM (Desafios, Oportunidades e Mudança).

A governante foi recebida pelo Provedor, António Veloso, o vice-presidente da Câmara, engº Vítor Mendes, o Director do Centro Distrital de Solidariedade Social, Dr. António Correia, colegas Mesários e utentes das nossas valências.

Após uma deslocação ao Lar de S. José, onde constatou das recentes obras de recuperação de sanitários e outras divisões, a titular da pasta da reabilitação presidiu à sessão solene na Casa da Fonte do Pinheiro (sede administrativa).

No decorrer do seu discurso, o nosso Provedor solicitou contribuição do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social para com o futuro empreendimento da Mesa Administrativa.

Trata-se da construção do Centro Comunitário da vila de Arcozelo, cuja primeira fase está concluída: a doação do terreno com 20.000 m2 no lugar de Sabadão pela Junta de Freguesia, junto do acesso ao miradouro de Santo Ovídio, e a elaboração do respectivo projecto elaborado pela equipa técnica dos jovens arquitectos Duarte Cerqueira, Catarina Enes e Marta Cruz (Traços Arquitectura), já

custeado pela Santa Casa.Seguiu-se uma troca de impressões

com os Directores do pelouro, Drs. João Maria Carvalho e Tito de Morais, as técnicas em serviço nos Lares S. José (rapazes) e D. Maria Pia (raparigas) no âmbito do Programa DOM, com a Secretária de Estado, e coordenação nacional e regional do respectivo projecto de apoio às crianças/jovens em risco deste país.

No passado dia 31 de Março, o Gabinete de

Arquitectura TRAÇOS, (a quem foi adjudicado o projecto de arquitectura

do Centro Comunitário da Santa Casa da Misericórdia

de Ponte de Lima na Vila de Arcozelo), fez

a apresentação digital daquele projecto.

Notícias Breves

Em 28 de Março passado, realizou-se a reunião Ordinária da Assembleia Geral em que foi apresentado e aprovado por unanimidade o Relatório e Contas relativo ao ano 2008. Na mesma sessão foram informados os Irmãos da Instituição sobre a situação referente à criação do Centro Comunitário da Instituição na Vila de Arcozelo.

A Santa Casa, dando satisfação às suas características de associação de fiéis constituída na ordem jurídica canónica com o fim de satisfazer

carências sociais e outras, e de realizar actos de culto canónico, celebrou em 5 de Abril, na Capela do Lar de Idosos, as cerimónias

do dia de Ramos que foram presididas pelo Capelão da Instituição, Pe João Lopes e concelebradas pelo Presidente da Mesa da

Assembleia Geral, Pe Dr. José Gomes de Sousa.

No dia 11 de Março, dia de Páscoa e Ressurreição, os Lares D. Maria Pia e Lar de Idosos receberam a visita do Compasso Pascal. O Provedor da Instituição deu a Cruz a beijar, enquanto o Pe José Pinto, da Comunidade Franciscana, a todos transmitia a bênção pascal e a cada um, em particular, dirigia palavras amigas de conforto, amizade e paz.

Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quan-do uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue. Isto sucede sempre que um coágulo se for-ma num vaso sanguíneo cerebral ou é transportado para o cérebro depois de se ter formado noutra parte do corpo, interrompendo o fornecimento de sangue a uma região do cérebro. Pode, também, resultar da ruptura de uma artéria cerebral e, neste caso, o san-gue que dela extravasa vai destruir o tecido cerebral circundante. Em qualquer dos casos, o tecido cere-bral é destruído e o seu funcionamento afectado.

É do cérebro que partem os estímulos para mo-vimentar os músculos. A metade direita do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo e vice-versa. Por conseguinte, uma lesão na metade direita do cérebro pode causar paralisia do lado esquerdo, enquanto que uma lesão da metade esquerda do cérebro pode causar paralisia do lado direito. As lesões da metade esquerda do cérebro podem dar origem a perturba-ções da fala e levar o doente a perder a percepção do lado direito do corpo ou do ambiente que o rodeia.

À paralisia de um dos lados do corpo dá-se o nome de hemiplegia (esquerda ou direita); a perda da capacidade da linguagem chama-se afasia. Podem

dia de S. João

Realizou-se no dia 24 de Junho, no Lar de Idosos, a festa do dia de S. João. Nesta festa colaboraram as equipas Técnicas dos Lares de Infância e Juventude e Lar de Ido-sos. Para animar a festa tivemos como convidados a Ronda Típica da Facha.

o passeio da Junta

ainda ocorrer outros problemas, como a perda da sensibilidade ou da força no lado afectado, perturba-ções do equilíbrio e alterações da Uma pessoa que sofre um acidente vascular cerebral deve sempre ser observada num hospital, no mais curto espaço de tempo, para se avaliar a necessidade de internamen-to e ser estabelecido tratamento adequado, até para evitar que o acidente se repita.

Quando vai para casa, não obstante a sua incapa-cidade, é importante que o doente procure executar tarefas da vida diária, como sejam, virar-se na cama, levantar-se e sentar-se na beira da cama, lavar-se, comer, reeducar os intestinos e a bexiga ou utilizar a cadeira de rodas.

As pessoas que sofreram um AVC devem, por si próprias e o mais cedo possível, procurar a autono-mia e desempenhar um papel activo na sua recupe-ração. É natural que tenham receio de experimentar novas ocupações.

Alguns aspectos a valorizar nos cuidados aosdoentescomAVC:

• Deve ser dada apenas a ajuda necessária para

que a pessoa consiga executar determinada tare-fa, deve deixar-se que execute sozinho as tarefas, mesmo que demore mais tempo.

• Deve-se encorajar o doente sem se lhe exigir de-masiado. É necessário ser firme, mas compreen-sivo, e nunca se mostrar impaciente ou zangado.

• Depois do AVC, o doente pode ter reacções es-tranhas, como chorar ou rir, sem motivo aparente. Isto não deve causar preocupação, porque se trata de uma manifestação normal da doença, que desaparece progressivamente com a sua evolução.

• O doente deve ser encorajado a receber visitas, a sentar-se na varanda ou no jardim e a passear na rua. Não deve ficar isolado.

• Não esquecer que, apesar da sua incapacidade, este doente deverá ser tratado com respeito, ser integrado nos assuntos da família, sendo-lhe pedi-da ajuda em pequenos trabalhos domésticos.

• Deve estimular-se o doente a sair de casa e inte-grar-se na comunidade, quanto mais ocupado e activo estiver, melhor será a sua atitude, disposi-ção e recuperação.

O Fisioterapeuta: Pedro Rodrigues

COMO AJUDAR ALGUÉM QUE SOFREU UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


ActividadeseValênciasOFundoMusicaldaSantaCasadaMisericórdia

eocompositorAntóniodaSilvaLeite(1759-1833)Lar de Idosos

António da Silva Leite (1759-1833), natural da cidade do Porto, onde exer-ceu notável actividade de compositor, professor, mestre de capela e exami-nador de canto chão do Bispado é au-tor de uma vasta e diversificada obra, quer profana, quer religiosa.

Segundo Ernesto Vieira, António da Silva Leite estudou provavelmente com o compositor italiano Girolamo Sertori, ocupando o cargo de Mestre de Capela da Catedral Portuense a partir de 18141. Passados dez anos, António da Silva Leite mantinha ainda o cargo de mestre de capela da catedral portuense2. De acordo com a inscrição inserida na parte de órgão do 6º Responsório do Natal concertado a 4 (P-Ln, MM 301/7) António da Silva Leite era em 1794, Mestre de Música no Real Colégio dos Meninos Orfãos. Roberth Stevenson indica ter sido António da Silva Leite organista dos Conventos de S. Bento e Santa Clara do Porto e ainda Mestre Capela do Convento de Avé Maria por volta de 17923. Segundo Manuel Valença António da Silva Leite pertenceu à Fra-ternidade da Ordem Terceira e era em 1799, Mestre de Capela da Ordem 3º da Pe-nitência do Porto, anexa ao Convento de S. Francisco4.

Em 1787, com apenas 28 anos, Silva Leite imprimiu na oficina de António Alva-rez Ribeiro um compêndio de música intitulado Rezu-

mo de todas as regras, e preceitos da cantoria, assim de Musica metrica, como de Cantochão. Em 1792, foram publicadas Seis sonatas de guitarra, com acompanhamento de um violino e duas trompas ad libitum que, segundo um anúncio publicado na “Gazeta de Lisboa”, foram impressas na Holan-da5. Em 1795, António da Silva Leite editou o método Estudo de Guitarra em que se expoem o meio mais facil para aprender a tocar este instrumento (…) com reedição no ano seguinte.6 Em 1806, Silva Leite fez publicar o seu Novo Directorio funebre, com as cerimónias fúnebres de acordo com o Ritual Romano. O Tantum Ergo, a 4 vozes, flauta, violinos, viola e basso, cantado pela primeira vez na catedral portuense em 1815, foi publicado em Londres. Pela editora de Ignace Pleyel, em Paris, Silva Leite publicou o Hymno patriotico a grande orchestra. A produção musical de António da Silva Leite encontra-se espalhada por diversas instituições, sendo o espólio do Real Mosteiro de Monjas de S. Bento do Porto, também designado Convento de Avé Maria, um dos mos-teiros femininos mais importante da congregação beneditina o que contém maior número de obras do composi-tor7.

O estudo em curso no Fundo Mu-sical da Santa Casa da Misericórdia veio agora revelar a existência de obras deste importante compositor no seu espólio, confirmando a existência de uma prática musical sacra de relevo na segunda metade do século XVIII

e início do século XIX. Algumas das obras de António da Silva Leite tornam-se particularmente curiosas pelo facto de terem sido compostas ou por encomenda das Abadessas e monjas músicas designadas Senhoras Cantoras, Tangedoras de órgão e outras Instrumentistas, ou a elas dedicado. O Moteto a solo e órgão de António da Silva Leite, conservado no Fundo Mu-sical da Santa Casa da Misericórdia, tem indicado na partitura Para uzo da Excelentíssima Senhora D. Gestrudes Magna de Jezus Andrade. As pesquisas até agora efectuadas não nos permi-tem confirmar se D. Gertrudes era monja do Mosteiro de Avé Maria do Porto ou de outro mosteiro da região. No Fundo Musical da Santa Casa da Misericórdia existem ainda mais duas obras do mestre capela portuense: Psalmos para as Vésperas das festivida-des de N. Senhora A4 e órgão do Sen.r António Leite para dois sopranos, Alto, Basso e Órgão e um Tantum Ergo a 4, Tiple, Alto, Tenor Baixo e orgão. Estas duas obras têm além das partes para quatro vozes, partes instrumentais para primeiros e segundos violinos, violoncelo, contrabaixo, flauta e cla-rinete.

O trabalho de estudo e inventa-riação do Fundo Musical da Miseri-córdia vai continuar, estando prevista a edição do seu catálogo no final do corrente ano.

Elisa Lessa

(Professora Associada Universidade do Minho)

1 - Ernesto Vieira, Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes, II volume, Lisboa, Lambertini, 1900, pp. 19-26. 2 - Na partitura da obra “Dixit Dominus a três vozes e órgão (P-Ln, MM 302) de António da Silva Leite, encomendada em 1824, pela Mestre de Capela do Mosteiro de Avé Maria, D. Maria Amália, o autor vem mencionado com este cargo.3 - Robert Stevenson, “António (Joaquim) da Silva Leite”, The New Grove Dictionary of Music and Musicians, vol. 10, London, Macmillan, 1980, pp. 643-644.4 - Manuel Valença, A Arte Musical e os Franciscanos no Espaço Português (1463-1910), Braga, Editorial Franciscana, 1997, p. 102.5 - José Paulo Torres Vaz de Carvalho, Antóniuo da Silva Leite, (1759-1833) Aspectos seleccionados da Vida e Obra, Diss. De Mestrado, (Dact.), Coimbra, Faculdade de Letras, 1993, pp.8-10.6 - P-Ln, Ms7A. Macario Santiago Kastner publicou a edição fac-similada do Estudo de Guitarra de António da Silva Leite (Lusitana Musica, II) Lisboa, Departamento de Musicologia do IPPC, 1983.7 - Sobre a obra do compositor António da Silva Leite, conservada na sua maior parte, na Biblioteca Nacional, ver: Elisa Lessa, “Os Mosteiros Beneditinos Portugueses (séculos XVII a XIX): Centros de Ensino e Prática Musical”, Dissertação de Doutoramento. Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, 1998, pp. 490-494.


ActividadeseValências

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 7

ActividadeseValências RendimentoSocialdeInserção

Tendo em conta que um dos principais objectivos da intervenção da Equipa de Rendimento Social de Inserção (RSI) consiste na integração profissional dos beneficiários, de forma a contribuir para a autonomização das famílias, no passado mês de Abril, a Equipa de RSI da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, em conjunto com o protocolo de RSI da Casa de Caridade Nossa Senhora da Conceição de Ponte de Lima, desenvolveu uma acção de sensibilização designada “Emprego, Formação e Oportunidades”. Esta acção foi realizada nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, nos dias 28, 29 e 30 de Abril de 2009, tendo a sessão de abertura contado com a participação do Sr. Provedor da Instituição e o seguimento da acção levada a cabo pelos elementos das respectivas Equipas

Técnicas, recorrendo a uma metodologia participativa, tendo os beneficiários oportu-nidade de esclarecer as suas dúvidas através da realização de actividades.Participaram cerca de 45 utentes, de várias faixas etá-rias, níveis de escolaridade e de diferentes freguesias do

Concelho, divididos em três grupos com 15 pessoas.A finalidade principal desta iniciativa foi fa-cilitar o acesso a oportunidades de empre-go e formação profissional aos beneficiá-rios de RSI acompanhados pelas Equipas, pretendendo-se que no final da acção os participantes fossem capazes de:

• Conhecer as entidades que prestam serviços no âmbito da inserção profis-sional, a nível concelhio e distrital;

• Conhecer as ofertas formativas na loca-lidade e na área envolvente;

• Elaborar um Curriculum Vitae;• Adoptar uma postura adequada numa

entrevista de emprego;• Saber onde estão localizados os Cen-

tros de Novas Oportunidades (CNO`s) no concelho;

• Compreender o papel das Ajudantes de Acção Directa que trabalham nas equi-pas, ao nível da procura de emprego;

• Distinguir as diferentes modalidades de formação;

• Valorizar a inserção profissional e for-mativa.

No final da actividade foi distribuído um panfleto com o resumo da acção, tendo alguns beneficiários verbalizado que a sua participação foi positiva porque permitiu aceder a informação que desconheciam ao nível da procura de emprego/formação profissional, manifestando, inclusivamente, intencionalidade em dirigir-se a deter-minadas entidades para efectuar a sua inscrição.Decorridos três meses, verificamos que

uma grande percentagem dos participantes nesta Acção de Sensibilização, alteraram a sua situação face ao emprego, estando actualmente a frequen-tar Cursos de Educação For-mação de Adultos (EFA) e/ou Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) nos CNO´s. Uma per-centagem inferior conseguiu

arranjar emprego, através da integração em medidas do IEFP, como as Empresas de Inserção e os Programas Ocupacionais, em articulação com outras entidades do Concelho. Aqueles que permanecem desempregados, adoptaram uma postura mais pró-activa na procura de emprego.

O papel das Ajudantes da Acção Directa (AAD) no processo de

(re)inserção profissional:

Na sua intervenção com as famílias, e no seguimento do trabalho da Equipa Técnica, as AAD´s procuram reforçar a motivação dos utentes para o emprego, tentando co-meçar por perceber as razões que levam o indivíduo a não trabalhar (p.ex. acomo-dação, falta de qualificação profissional ou baixa escolaridade, idade avançada, experiências profissionais negativas no passado, dependentes a cargo, isolamento geográfico associado a escassez de trans-portes, problemas de saúde, entre outros.) e prestar suporte informativo sobre o pro-cesso de procura de emprego (eventuais ofertas de emprego/formação). Depen-dendo do motivo apontado, a intervenção será estruturada de forma diferente. No caso de se reunirem as condições para o trabalho, a AAD ajuda o/a beneficiário/a a fazer uma reflexão acerca das vantagens e possíveis mudanças que ocorrem no quo-tidiano quando se exerce uma actividade profissional. Quando este/a se apresenta desmotivado/a e /ou com baixa auto-confiança e auto-estima, bem como com reduzidas competências sociais, torna-se necessário a intervenção da Equipa Téc-nica, podendo existir a necessidade de as AAD`s acompanharem o/a utente às enti-dades com ofertas de emprego/formação para efectuar inscrição. Poderão ainda, sendo necessário, apoiar na elaboração do currículo ou noutras técnicas de procura de emprego.É frequente, na fase inicial do acompanha-mento, alguns beneficiários mostrarem-se reticentes, colocando impedimentos para a inserção profissional. Porém, depois de se comprometerem a cumprir as acções definidas com a Equipa Técnica, e de se focalizar a intervenção em aspectos que potenciem a integração profissional, acabam por fazer diligências a fim de organizarem a sua vida nos contextos familiar/social/escolar, encontrando-se, presentemente, integrados ou a aguardar integração, reconhecendo posteriormente, os benefícios que o trabalho lhes trouxe ao nível da melhoria da auto-estima, alarga-mento da rede de suporte social (amigos), diminuição da dependência dos serviços formais e, fundamentalmente, o impacto no aumento dos rendimentos.

“Não há progresso sem mudança. E, quem não consegue mudar-se a si mesmo, acaba por não mudar coisa alguma.”

George Bernard Shaw

Lar de Idosos

actividades desenvolvidas no Lar de Idosos

Ao longo deste ano, os nossos idosos mais uma vez participaram noprojectohortaSénior,ondese

proporcionou aos nossos utentes do Laralgumadescontracçãoealegria.

No dia 06/06/09, os nossos idosos participaram nas actividades desenvolvidas

na Quinta de Pentieiros, tendo sido novamente contemplados com com o

1.ºPrémio

A Associação dos Josés de Ponte de Lima vieram ao Lar de Idosos. Visitaram os utentes, conversaram, trouxeram alegria…

A Directora Técnica: Rosa Caldas

ActividadeseValências


Educadoras: Conceição Redondo, Cristina Miranda, Diana Cunha, Elsa Machado e Gorete Pereira.

Coordenadora: Maria das Dores Serrenho

ActividadeseValências Lar de IdososJardim de Infância

cantinho da saúdeCá estamos nós para mais uma edição do “Cantinho da Saúde”, desta vez com um tema relacionado com a estação do ano em que nos encontramos, ou seja, o Verão. Este, acarreta diversos cuidados essenciais para que a nossa qualidade de vida não seja afectada. Assim, encontrarmo-nos informados sobre os cuidados que devemos ter e a adopção de medidas adequadas tornam-se fundamentais.

IDOSOS: CUIDADOS A TER ESTE VERÃO

Aproveitar o que o sol e o calor têm de melhor, sem prejudicar a saúde, deve ser o lema deste Verão, para a população em geral e, sobretudo, para os idosos. Manter o organismo sempre hidratado e evitar a exposição a elevadas temperaturas são factores fundamentais. Com o Verão, sobe a temperatura e há maior probabilidade de os idosos desidratarem, mas este problema é transversal a todas as estações. Várias causas ligadas ao envelhecimento contribuem para que seja frequente a desidratação nos mais velhos. Avança a idade e com ela os mais velhos sentem menos sede e bebem menos água. Esta situação, aliada à “redução da capacidade de concen-tração da urina, às alterações da com-posição corporal, a uma diminuição

da elasticidade da pele (perde-se água por esta via) e à ingestão excessiva de alimentos doces e salgados, devido à redução da capacidade sensorial que leva a uma maior apetência para um consumo abusivo destes alimentos”, contribui para haver casos de desidra-tação, sendo indispensável incentivá-los a beberem água.A exposição excessiva ao sol, a atmos-fera seca e o uso de diuréticos são, também, potenciais factores de risco sendo a ingestão de água essencial, mesmo no caso de não sentirem von-tade de o fazer.

ÁGUA, FRUTA E HORTÍCOLAS A COLORIREM O VERÃO

Uma dieta rica em fruta e hortícolas pode ajudar a prevenir a desidrata-ção nos idosos, mas deve ser acom-panhada pela ingestão apropriada de água que é, regra geral, de 2 litros diários. Mas, deve ser evitada a ingestão de frutas e saladas mal la-vadas e de alimentos deteriorados pela temperatura, que pode originar complicações gastrointestinais. Por isso, recomenda-se que se faça uma lavagem adequada dos produtos hor-tícolas e frutas e que se conservem os alimentos a uma temperatura fresca.

FREQUENTAR LOCAIS FRESCOS

Os idosos devem, no Verão, optar por fazer os seus passeios em locais à sombra e frescos e não é conveniente que realizem actividade física intensa, devendo passar duas a três horas num ambiente fresco. O tipo de vestuário também é im-portante para amenizar a sua tem-peratura corporal. Por isso, a roupa deve ser fresca e solta, de cores claras, de algodão e, na cama, não é preciso manterem o edredão de Inverno. A temperatura da habitação também precisa de ser amena, daí serem fun-damentais adoptar medidas como o fecho das persianas e do arejamento da casa, durante a noite, para manter

sempre uma circulação de ar.A ida à praia deve ser feita por toda a população fora do horário de risco - compreendido entre as 11h e as 16h - com o uso de protectores superiores a 15, no caso dos adultos, e superior a 20, no caso das crianças. Só com o se-guimento destas medidas preventivas se pode dar resposta às necessidades de uma larga franja da população portuguesa que tem pele clara e sus-ceptível, embora a vulnerabilidade dos idosos aos efeitos prejudiciais do sol na pele seja idêntica à do resto da população.

- Sinais de golpe de calor- Modificação do comportamento

habitual- Fraqueza ou grande fadiga das

pessoas- Dificuldade recente em se movi-

mentar- Tonturas, vertigens, perturbações

de consciência, convulsões- Náuseas, vómitos, diarreiras, cãi-

bras- Temperatura corporal elevada- Sede e dores de cabeça

Recomendações- Transferir a pessoa para uma divi-

são climatizada- Avaliar a sua temperatura corporal- Refrescar a pessoa o mais rapida-

mente possível- Consultar o médico- Recorrer ao Saúde 24 (número na-

cional de socorro) 808242400 ou o 112.

Prevenir é o melhor remédio…

Cuide da sua saúde.

Cuide de SI!!!

Consulte a equipa de saúde à menor suspeita de aparecimento dos sinais de alerta!!

A Enfermeira: Rita Campelo


ActividadeseValências LarS.José Jardim de InfânciaActividadeseValências

Visita ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima Durante as férias da Páscoa, as crianças ejovens que permaneceram no Lar tiveram aoportunidade de visitar o Quartel dos Bombeiros VoluntáriosdePontedeLima.Estavisitafoimui-to interessante, porque permitiu que os nossos residentes fossem informados in loco da impor-tânciadeumaCorporaçãodosBombeiros.AliáscomorefereojovemJoelSilva(13anos)“(…)vi ambulâncias e camiões e ouvi as suas utilidades, depois de seguida fui ver o seu Museu que está cheio de recordações(…)”.

Festa de São João Como tem vindo a acontecer todos os anos, o Lar de Idosos organiza um arraial minhoto para celebrar o dia de São João. Este ano teve a co-laboraçãodascriançase jovensnaconstruçãodos manjericos, das fitas, das lanternas e dosbalões. Tendo estes também participado nadecoração do espaço, onde se realizou o ar-raial. Neste evento estiveram presentes alguns voluntários, concretamente o Prof. Rui Passos queprestaapoioaoestudonoLarSãoJoséeaRondaTípicadaFachaqueproporcionaramummomentodeanimaçãoaesteconvívio.

Descida do rio Lima de canoa Nodia29deJunho,osPrefeitosdoLarSãoJosé,concretamenteoSr.FranciscoPintoeoSr.PauloPereira, organizaram uma actividade desportiva norioLimacomascriançasejovensdoLar.Paraaconcretizaçãodestaactividadecolaboraram,atítulo gracioso, o Clube Náutico de Ponte de Lima, que cederam as canoas e os coletes, bem como osBombeirosVoluntáriosdePontedeLima,que

asseguraramobem-estareasegurançadosintervenientes, acompanhando num barco a motor todo o percurso realizado. Segundo os jovens do Lar São José, “gos-tamos muito desta actividade, porque foi um dia diferente e para alguns foi uma nova expe-riência, uma vez que nunca tinham andado de canoa”.

Karaoke As técnicas do “Plano Dom”, no dia 30 deJunho, organizaram uma actividade musical noLar,que tevecomoobjectivosdespertarascapacidadesmusicaisdosnossosjovens,bem como promover o espírito de equipa e solidariedade entre eles. Desta forma, astécnicas trouxeram o jogo “Singstar”, quepermitiuaosjovensrealizaremduasequipase cantar as músicas por estes escolhidas, tendo todos evidenciado os seus dotes musicais, empenhando-se afincadamentenesta tarefa.

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima é uma instituição de cariz religioso,que defende a participação das criançase dos jovens que manifestem vontade emseguir os ensinamentos da religião Católica, através das várias actividades religiosasdesenvolvidas pela Paróquia de Santa Maria dosAnjos.

Baptizado OjovemLucasdeSousaBaía,éumdessesexemplos, em que após dois anos da sua en-trada no Lar, decidiu receber o sacramento do Baptismo, percorrendo todo o percurso necessário para o efeito. Neste sentido, no passado dia 13 de Junho, o Lucas foibaptizado, tendo no dia seguinte recebido o sacramento da Comunhão, bem como reali-zadoaComunhãoSoleneemconjuntocommaisdoisjovensdoLarSãoJosé.

Comunhão Solene Nodia 14 de Junho, o Lucas, o Tiago e o Luísrealizaram a Comunhão Solene com os colegas do6ºanodacatequese.Foiumdiaimportantenavidadestesjovens,tendoasfamíliasdoTiagoedo Luís se deslocado a Ponte de Lima para assis-tirem à cerimónia religiosa, bem como os padri-nhos do baptismo do Lucas se disponibilizaram em o acompanhar nesta cerimónia.Posteriormente, após ter finalizado a cerimóniareligiosa foi servido no Lar de Idosos desta Insti-tuição,umalmoçoparatodososconvidados.

actividades RELIGIOSAS

Ao longo dos últimos seis meses deram entrada noLarseisjovens,tendo desses seis, três regressado ao meio naturaldevidajuntodas respectivas famílias biológicas. No entanto, gostaríamos de salientar a transferência do Hugo JesuínoedairmãVânia

Jesuíno para a Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, uma vez que a mãe destes está a residir a 22Km deste local. ÈcomgrandesatisfaçãoquefinalmenteoHugovai poder estar perto da família, pois desde o seu acolhimentonoLarSãoJoséquenãovoltouaestarcomamãe,devidoàdistânciageográfica.ParaoHugoémuitoimportanteirparaAlbufeira,porque“Como vou estar perto da minha mãe se calhar vou poder ir a casa ao fim de semana e poder estar com a minha mãe que já não a vejo há quase três anos. Estou curioso por conhecer o sítio para onde vou, porque como é um lar misto acho que vai ser diferente”. Todavia,tambémvaideixarsaudadesatodos,inclusiveànossa“FamíliaAmiga”,D.CarmindaeSr.JoséPinto,que acompanharam o percurso do Hugo, sempre queesteiapassarosfins-de-semanacomestes.NaspalavrasdoHugoasaudadetambémvaiestarpresentequando refere “Eu gostava de ficar aqui, mas como a minha mãe está longe (…). Fico com saudades de todos, mas podemos falar pelo messenger (MSN)”.ParaqueoHugoficassecomasmelhoresrecordaçõesdoLar,nopassadodia13deJulho,aequipadetrabalhodoLarSãoJoséorganizouumlancheajantaradoparafestejaroúltimodiadepermanênciadoHugonoLar.Forammomentosmuitoagradáveisquejamaisesqueceremos.DesejamosaoHugoeàVâniamuitas felicidades!

entradas e saídas das Crianças e Jovens do Lar

Fernanda Maria Alves Directora Técnica do Lar São José


CENA V“Dia de

S. Martinho”

CENA VI

“Dia Mundial doNão Fumador”

CENA VII

“Dia dos Direitos

das Crianças”

EPISÓDIO:

“ O início do Ano Lectivo”

POR: Felisbela Alves Margarida CarneiroCristina Sá Irina Brandão

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 15

ActividadeseValências Lar Maria Pia ActividadeseValências LarS.José

“… Subitamente o céu foi tapado por um lençol branco, que era nem mais nem menos do que o vestido da Convenção. E dele choveram centenas de palavras. Palavras bonitas como criança, pais, bem, casa, alimento, pátria. Palavras doces que caíam no chão seco e faziam nascerem plantinhas tenras, com nomes

uma aventura na Terra dos Direitos

de novas famílias. Palavras frescas como saúde, protecção e ajuda… Palavras fortes como cultura, paz e vida e transformaram o desfiladeiro em mais um canteiro do Jardim das Crianças.” (Uma Aventura na Terra dos Direitos, pp 26, Paula Guimarães)

Um DESAFIO diário à procura da MUDANÇADESAFIO… Palavra-chave que melhor caracteriza o

nosso dia-a-dia, o nosso percurso ao longo destes meses, o nosso trabalho no Lar D. Maria Pia.

De facto, estamos a trabalhar com seres humanos, crianças e jovens que todos os dias nos surpreendem, exigindo que, todos os dias, tenhamos estratégias novas para as compreender e, assim, ser possível dar-lhes o apoio e a atenção necessária. Este é o nosso primeiro desafio que se transforma, de forma silenciosa, numa grande OPORTUNIDADE. Trabalhar com crianças e jovens que trazem consigo uma bagagem de experiências tão grande e marcante é para nós uma oportunidade para reflectirmos e desenvolvermos competências e capacidade de vermos a insignificância de alguns problemas que encontramos todos os dias. Isto é gratificante e muito enriquecedor, tanto

a nível profissional como pessoal.Pretende-se que, ao estar numa Instituição como a nossa,

as crianças e jovens tenham uma segunda oportunidade de viver dignamente e conseguirem uma MUDANÇA na sua vida. No entanto, esta mudança deve ser desejada, pensada e estimulada, por nós, técnicas. Para tal, temos desenvolvido: um acompanhamento às crianças e jovens, no sentido de lhes proporcionar o máximo de estabilidade emocional e bem-estar; um acompanhamento às famílias para que haja co-responsabilização na educação e desenvolvimento do projecto de vida das suas filhas; e uma série de actividades que procurem estimular as residentes, aumentar a sua auto-estima e proporcionar-lhes todas as oportunidades possíveis.

Alexandra Trigueiro, Daniela Barros e Susana Costa

Com o objectivo de tornar o Lar um local acolhedor, com o qual

as crianças e jovens se identifiquem, tem sido feito um trabalho de

decoração dos diversos espaços, tentando sempre valorizar o gosto

e a criatividade das residentes.

a nossa casa

Agradecimentos

De forma regular, pessoas anónimas e entidades têm efectuado ofertas ao Lar D. Maria Pia. Todas as palavras são poucas para agradecer a: Frutaria/Charcutaria Elisabete, Pomar Sta. Justa, Talho Faria, Restaurante Gaio, Pastelaria Vilar, Cabeleireiro “Nova Imagem” (D. Paula), Foto Central, Câmara Municipal de Ponte de Lima, Clube Náutico de Ponte de Lima, Associação para o Desenvolvimento de Sta. Leocádia (ADSL) e diversos particulares.

a intervenção sócio-educativa no Lar de São José “Sabemos tanto acerca do que deve ser feito para garantir os direitos e o bem-estar das crianças! Sabemos que é possível dar um significativo salto no desenvolvimento humano se asse-gurarmos que cada obtém o melhor encaminhamento e acompanhamento possível nos primeiros anos de vida; se garantirmos que cada criança recebe uma educação básica de boa qualida-de; e se dermos aos adolescentes todas as oportunidades de desenvolverem as suas capacidades e participarem plenamente na sociedade” (Annam, 2001:5).

Nemtodasascriançasdomundopodemviver, plácida e comodamente, com os pais e irmãos.Muitascriançasvêem-seobrigadasa viver em Lares de Infância e Juventude, que substituem durante um período mais ou menos longo de tempo, o ambiente do núcleo familiar.

Assim, no momento em que recebemos umacriança/jovemnoLarprocuramosdesdelogo que esta se sinta segura, acolhida, total-

mente à vontade, num ambiente agradável, harmonioso e caloroso. As crianças/jovensvivem esta separação do núcleo familiarcomo um acto violento, extremamente duro, ilógico, sem sentido e muito desagradável. Destemodo,eapesardetodasasdificulda-des, procuramos que a criança/jovem leveumavidaomais“normalizada”possível.

Assim,umdosnossosprincipaisobjec-tivos visa proporcionar o acolhimento das crianças/jovens,tendocomobaseaaproxi-maçãodasestruturasdevidadestasàsdassuas famílias, para assim se desenvolverem física, intelectual e moralmente, para se inte-grarem na sociedade.

Na concretização deste objectivo éfundamental que se desenvolva um trabalho multidisciplinar e interinstitucional entre os membrosenvolvidosnaprestaçãodeservi-çosdentroeforadainstituição.Aprotecçãoea intervenção juntodascriançase jovensenvolve todo um trabalho que implica a parti-cipaçãodeoutrosorganismoseinstituições.

Deste modo, a intervenção a nível dascompetências pessoais e sociais tem sido intensiva, no sentido de levar os menores a mostrar uma atitude de aceitação e derespeito pelos outros, organizar e completar as tarefas, cumprir as regras, desenvolver a responsabilidade e a capacidade de inicia-

tivaepromoversessõesdesensibilizaçãoeconsciencialização relativamente a atitudessocialmente correctas. O aproveitamento escolar é outro dos focos de trabalho queé arduamente trabalhado, uma vez que aaquisição de competências académicas eprofissionais será para estes jovens umamais-valiaparaagarantiadasuaautonomiade vida.

À Equipa Técnica DOM do Lar de SãoJosé cabe o papel de estar alerta, atentaàs necessidades e carências, aos possíveis desviosedesmotivaçõesquepossamocorrer, porque o menor, quando entra no lar, não pode ser confundido com o colectivo. O menoréumelementosingulareúnico,comumtrajectodevidaqueéprecisovalorizareumpercursoescolarqueéprecisolevaremlinhadecontaparaqueaequipaoajudeaconstruiroseuprojectodevidademodoa

quemaistardesejacapazdeserautónomo.

Equipa Técnica – DOM do Lar São José: Célia Duarte (Psicóloga)

Maria João Moutinho (Educadora Social)Olga Silva (Educadora Social)

Paula Gonçalves (Assistente Social)

actividades PEDAGÓGICAS desenvolvidas pelo LarOs Lares de Infância e Juventude, en-quanto resposta social, apresentam comoumdosseusobjectivos“assegu-rar os meios necessários ao (…) desen-volvimento pessoal e á formação escolar e profissional [das crianças e jovens], em cooperação com a família, a escola, as estruturas de formação profissional e a comunidade”.(www.seg-social.pt)

Neste sentido, a missão desta Instituiçãovisa promover actividades diversificadaspara fomentar o desenvolvimento integral destapopulação-alvo,ouseja,assegurarasnecessidades básicas, educativas e emocio-naisdascriançasedosjovensacolhidosnosseus Lares de Infância e Juventude. Tendo em consideração o volume das ac-tividades desenvolvidas, destacar-se-ãoaquelas que tiveram maior impacto e parti-cipação das crianças/ jovens acolhidos noLarSãoJosé.

Celebração do Dia de São José No passado dia 19 de Março, realizou-seuma festa convívio no Lar São José paracelebrarestediadeSãoJosé.Acelebraçãodesta data iniciou-se com uma Eucaristia,presidida pelo Capelão, Sr. Padre Lopes, na capela do Lar. Posteriormente houve um copo de água servido no exterior do Lar, comapresençadoselementosdaDirecção (Provedor e Mesários),crianças e jovens dos Lares deInfância e Juventude (Lar SãoJosé e D. Maria Pia), bem comotodos os funcionários destas duas valências.

Porfim,esteeventoculminoucomuma peça de teatro encenadapelos jovens do Lar São José,em que retrataram a vida de São José. Para que esta festafosse memorável para todos os intervenientes,tambémaempresade catering “Restaurante FátimaAmorim”,contribuiugraciosamente

com algum equipamento logístico, desde mesas, cadeiras, entre outros. Desta formagostaríamos de agradecer ao “RestauranteFátima Amorim” a sua colaboração, bemcomo a toda a equipa de trabalho do Lar São JoséeaoPárocodeRebordõesSantaMariaportercedidooseuprojectormultimédia.


ActividadeseValências C r e c h e ActividadeseValências Lar Maria Pia

Como festejámos… o dia do pai

o dia da criança

a vaca das cordas e Corpo de deus

“No dia 19 de Março, pelas 18 horas, celebrámos o dia do pai no Lar São José. Foi uma festa muito divertida, principalmente porque estivemos com os nossos irmãos.” (Ivone Esteves, 15 anos)

o CarnavalEste ano, para festejar o Carnaval,

as meninas, juntamente com os

meninos do Lar São José, foram

até à cidade de Viana do Castelo

para ver o Desfile. Como todas se

mascararam, o passeio foi ainda

mais divertido…

“Adorei porque foi um dia diferente

que a Santa Casa nos proporcionou!

Espero que no próximo ano seja

igual…ou ainda melhor!”

(Maria da Ascensão Sousa, 34 anos)

“No dia 1 de Junho, organizámos uma festa para celebrar o Dia da Criança. Uns dias antes, fizemos umas lembranças para todos os funcionários, meninas e meninos. No próprio dia, convivemos,

conversámos e brincámos todos juntos. Acho que todos gostaram… Agradecemos às cozinheiras que prepararam o jantar com muito carinho e às restantes funcionárias e meninas que prepararam a festa.” (Ivone Esteves, 15 anos)

“No fim, houve bonecos para todos, tirámos fotografias, os rapazes

foram-se embora e nós ficámos a arrumar a casa.”

(Daniela Catarina, 10 anos)

o dia de s. joão

“Na véspera do feriado do Corpo de Deus é dia de festa na nossa vila. Durante a tarde a ansiedade no nosso Lar já se começava a sentir, pois todas estávamos preparadas para “enfrentarmos” mais uma Vaca das Cordas. Jantámos mais cedo e vestidinhas a rigor (com camisola vermelha) fomos para a rua. Umas com medo, outras com a curiosidade típica da novidade. Tudo correu bem, tirando a chuva que embora tivesse aparecido, não nos meteu medo e por lá permanecemos até ao início da noite. Por esta altura, a vaca foi recolhida e nós regressamos ao lar. Mas não por muito tempo. Por volta das 22h00 também nós quisemos participar numa das mais antigas tradições de Ponte de Lima, a feitura de tapetes floridos pelas ruas, por cima dos quais, no dia seguinte, passa a solene procissão. Assim sendo, com a colaboração de todas as meninas, fizemos um belo tapete em frente à nossa porta. Para o realizar utilizámos serrim pintado e verdes. Foi uma experiência muito agradável; a chuva caía, mas não impedia de continuarmos com o nosso trabalho. Quando terminámos ficámos orgulhosas, pois tinha ficado muito bonito. Sem dúvida que para o ano será uma actividade para repetir.”

(Dores Pereira – Prefeita)

No dia 24 de Junho, a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima proporcionou a todos os seus residentes e funcionários um Arraial de S. João, animado pela Ronda Típica da Facha.

O lema da nossa escolaÉ aprender a brincar

E com tanta brincadeira,Nem demos pelo tempo passar.Somos agora mais crescidos,E p’ró jardim vamos seguir

Vão ser muitas as saudadesMas sabemos que nos vamos divertir!


ActividadeseValências Lar Maria Pia ActividadeseValências Creche

…Piquenique em Bertiandos“NasfériasdaPáscoativemosumdiamuitodivertido.SaímosdemanhãefomosapéatéBertiandos,aomesmotempoquefazíamosumpeddy-papper(parecidocomacaçaaotesouro).(Flávia, 10 anos)

…Ida ao CircoNo dia 17 de Abril, algumas das residentesdoLarD.MariaPiativeram a oportunidade de viver e partilhar pequenos momentos de ilusão e de magia com o Circo VictorHugoCardinalli,aquemagradecemos a oferta dos convites.…A nossa “Avezinha”

AFláviaCardosoestámuitobemintegradanogrupo das Guias. Costuma participar em muitas

actividades,entreasquaisarealizaçãodostapetes,nanoitedaVacadasCordas.“Andeiatransportar sacos com serrim pintado com um

carrinho amarelo. Coloquei o serrim no chão, quandotiraramamadeira,repareiqueficou

umabússoladesenhadanochão.Gosteimuito.”(Flávia, 10 anos)

As meninas Mariana Anastácio (6anos)eFláviaCardoso(10anos)juntamentecomoseu

irmão, Luís Moreno, estão deparabéns,porqueforam

finalistas,respectivamente,noJardim-de-InfânciadePontedeLima e no Centro Educativo da

Ribeira. No próximo ano lectivo, iniciarão uma nova etapa do seu

ProjectoEducativo.

…Feira do CavaloNosdias26,27e28deJunhodecorreuaFeiradoCavaloemPontedeLima,quecontoucomaparticipaçãodajovemCarlaFernandes,noâmbitodasactividadesdaAPPACDMdePontedeLima.“Nofim-de-semanadaFeiradoCavalo,bordeievendit-shirts…houveaindaquemganhassemedalhas!Foramdiasmágicos,quejamaisesquecerei…Obrigado.”(Carla Fernandes, 30 anos)

…OTL no Jardim-de-Infância“Nasférias,costumoocuparasminhastardesnoJardim-de-infânciadaSantaCasa.Mas,esteVerão,tiveapossibilidadedeparticiparnumOTL(programadeocupaçãodostemposlivres)doIPJnomesmoJardim-de-infância.Istoémuitobomparamimporquegostomuitodecriançaseganhoexperiência,quepodeserútilparaomeufuturo.”(BárbaraFranco,15anos)“EstoumuitoagradecidaaoSr.ProvedoreaosrestantesSenhoresquefazempartedaMesapormeteremdeixadoparticiparnumOTL.Émuitodivertidoeascriançasgostammuitodemim.Brincocomelas,devezemquandoleio-lheshistórias,enfim,gostomuitodetrabalharlá.Estáaserumaexperiênciamuitodivertidae,jásabem,paraoanoqueromais!”(Ivone Esteves, 15 anos)

…Piscina Natura“Todososdias,logodemanhã,

nós,asraparigasdoLarD.MariaPia, acordamos cedo para tomar

opequeno-almoçoeparanosprepararmos para ir para a piscina. Às 9h30,lápartimostodascontentes.Ao

chegarlá,umasvãologoparaaáguaeoutraspreferemficaraosolafazercompanhiaà“Dona”quenosacompanha.Duranteamanhã,jogamosà

bola, nadamos, saltamos à corda, etc. Eu gosto muito destas manhãs, são muitodivertidas.Depois,porvoltadomeio-diatemosquenossecarpara

viremboraparacasaatéaodiaseguinte.” (Vitória, 14 anos)

Como vivemos em comunidade

…O final de mais uma etapa do Projecto Educativo

Sejam bem-vindas…

…Bárbara“No dia 20 de Março de 2009 foi a minha chegada ao Lar D. Maria Pia. Tudo correu bem e eu também sabia que estava aqui para o meu bem. Desde aí, houve momentos bons e outros menos bons, que já foram ultrapassados com a ajuda de todas. Neste momento, sinto-me integrada, já fiz algumas amizades e gosto de estar cá. Espero que no futuro continue assim…” (Bárbara Franco, 15 anos)

…VitóriaQuando cheguei aqui, ao Lar D. Maria Pia, eu pensava que tudo ia ser mais severo e estava com um pouco de receio. Mas, enganei-me pois adaptei-me muito facilmente. (…)”. (Vitória, 14 anos)

… Cristiana Depois de uma breve passagem pelo Lar D. Maria Pia, a doce Cristiana

Sampaio regressou ao meio natural de vida com os seus irmãos. Deixou-nos a seguinte mensagem: “… no primeiro dia pensei que se me

portasse mal, dormia num quarto escuro, que tinha de ser obrigada a comer tudo o que não gostava e que não podia ver a minha mãe. Mas depois pensei e enganei-me, afinal isto é fixe, arranjei “bué” amigas. E

agora, quando me for embora, vou deixar as minhas amigas mas, ao mesmo tempo, vou estar contente por estar à beira dos meus manos e da minha mãe, vou recomeçar uma vida nova com a minha família.

Agradeço ao Lar D. Maria Pia tudo o que fez por mim e por me ter ajudado…”

…VâniaDepois de dois anos e meio em Ponte de Lima, a jovem Vânia Jesuíno vai continuar a sua vida, na

companhia do seu irmão, numa Instituição mais próxima da família materna.“Queria vos dizer que nunca, mas mesmo nunca vos vou esquecer, significaram muito para mim,

foram maravilhosos amigos (as). Aqui em Ponte de Lima conheci pessoas espectaculares. Sei que fiz muitas asneiras, mas estou arrependida e quero seguir a minha vida para a frente. Melhorei, isso é bom ou mau? Para mim é óptimo, senão nunca iria ser alguém na minha vida, o que me interessa

é ser feliz. Sei que vou deixar pessoas que adoro, mas tinha de ir embora, já há “bué” que não via a minha mãe. Não queria nada ir embora, mas por outro lado queria estar com a minha família (…)

Pode ser que um dia venha visitar todos vocês…desejo-vos uma vida fixe, tranquila e nada de fazer asneiras! Com um beijo de uma amiga que vos adora. Vânia”

Até breve…

Pela equipa pedagógica constituída por: Felisbela Alves, Cristina SáMargarida Carneiro, Nadège Meireles

Boletim Informativo - SCMPLima · Agosto 2009 | Ano IX | N.º 17. Ficha Técnica. índice...

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