Boletim informativo

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BOLETIM INFORMATIVO 5. o Festival Rosa dos Ventos 15, 16 e 17 de Setembro Mais um grande evento que promove esta nossa Vila de Sintra! Nos próximos dias 15, 16 e 17 de Setembro realizar-se-á o 5. o Fes- tival Rosa dos Ventos. Irá ter lugar na Praia Grande, mais concretamente no Village e conta com a presença de várias bandas de reggae, jazz, rock e música portuguesa. Terá animações, dança contemporânea, bancas informativas e vários workshops, além de dois palcos e uma tenda de chil-out, terá também uma zona de Electro Poesia... A Associação 3pontos — Ambiente, Arte e Cultura, também aposta neste evento participando activamente com workshops e divulgação. Dia 17, além de contar com a colaboração de conhecidas ban- das, conta também com a presença de uma Lua cheia para iluminar este evento, para que cada um de nós possa desfrutar ainda mais de um ambiente agradável e familiar como sempre tem acontecido no Festival Rosa dos Ventos. O festival é organizado pelo movimento associativo CoolTour- Art e por Diogo Pessoa Lopes, gerente do espaço comercial S’pontâneo (junto ao Centro Cultural Olga Cadaval — Sintra), local onde tem funcionado a sede provisória deste movimento. Também aqui se registam vários acontecimentos musicais e culturais, com noites de música jazz, reggae e alternativa, dando momentos tão espontâneos como o próprio nome do espaço indica. NESTE NÚMERO PODE LER A uma só voz — Uma apreciação sobre o festival Live 8 e a sua contribuição para acabar com a fome em África. O selvagem que nada compreende — Carta do chefe índio Seattle da tribo Suquamish a Franklin Pierce, presi- dente dos Estados Unidos. A educação ambiental é um investimento na qualidade de vida — Um projecto que apresentamos aos leitores. ICZM — o que é? — Preservar as áreas costeiras e as suas fontes naturais (marinhas e terrestres) é uma estratégia para a sustentabilidade. A nova Roda dos Alimentos — A nutrição é um meio de prevenção das doenças, como a diabetes, doenças cardio- vasculares, cancros; entre outras... veja como pode ser mais saudável. A medicina aiurvédica — Corpo, mente e espírito — o seu estado de saúde reflecte a harmonia destes três factores. Editorial O mês de Setembro é para muitos o começar de um novo ano. O acabar das férias, o final dos dias quentes de Verão e o início das aulas e do trabalho, pode até trazer uma maior energia e vitalidade, que na prática, trarão com certeza exce- lentes resultados. É com este espírito, que a 3pontos inicia este novo ciclo de actividades. Depois da I. a Feira do Livro Usado realizada no passado mês de Julho, está prevista para o dia 24 de Setembro a II. a Feira do Livro Usado, desta vez associada à venda de plantas aromáticas. Na I.ª Feira do Livro Usado em Fontanelas, durante todo o dia, estiveram, para venda, no Largo do Coreto, livros dos mais variados temas. À noite, um pequeno teatrinho de sombras encantou, verdadeiramente, miúdos e graúdos! No seguimento do workshop e concurso de fotografia reali- zado em finais de Agosto, terá então início uma nova exposição de fotografia. A partir do dia 23 de Setembro as 20 melhores fotografias levadas a concurso, serão expostas, nos café/bar Janeca Bar, Bar Loureiro e Terraço da Azenha. No dia 2 de Setembro um grupo de oito colaboradores da 3pontos partiu para Itália a fim de participar num intercâmbio no âmbito do Programa Juventude intitulado: «European Youth for New Water Culture». Este encontro promoverá uma base de debate e troca de experiências em questões relacionadas com a gestão dos recursos hídricos. A 3pontos gostaria de agradecer aos Meninos da Avó, ao Bem-me-Quer, à Naturanima e à Ozono Mais todo o apoio pres- tado, e de felicitar, uma também recentemente criada associação, a Alagamares. BOLETIM INFORMATIVO AVENIDA N . SR . A DA ESPERANÇA , 114 2705-616 FONTANELAS PUBLICAÇÃO PERIÓDICA BIMENSAL ANO I SETEMBRO DE 2005 N . O 1 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA I. a Feira do Livro Usado

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Jornal de expressão livre e criativa, tem como temas dominantes a Arte, o Ambiente e a Cultura. Visa dar voz à sociedade civil sintrense e não só, através de textos, fotografias, desenhos, etc. Este projecto corresponde a um núcleo de trabalho da Associação 3pontos

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BOLE T IMI N F O RMA T I V O

5.o FestivalRosa dos Ventos15, 16 e 17 de Setembro

Mais um grande evento que promove esta nossa Vila de Sintra!Nos próximos dias 15, 16 e 17 de Setembro realizar-se-á o 5.o Fes-tival Rosa dos Ventos.

Irá ter lugar na Praia Grande, mais concretamente no Village econta com a presença de várias bandas de reggae, jazz, rock emúsica portuguesa. Terá animações, dança contemporânea, bancasinformativas e vários workshops, além de dois palcos e uma tendade chil-out, terá também uma zona de Electro Poesia... A Associação3pontos — Ambiente, Arte e Cultura, também aposta neste eventoparticipando activamente com workshops e divulgação.

Dia 17, além de contar com a colaboração de conhecidas ban-das, conta também com a presença de uma Lua cheia para iluminareste evento, para que cada um de nós possa desfrutar ainda maisde um ambiente agradável e familiar como sempre tem acontecidono Festival Rosa dos Ventos.

O festival é organizado pelo movimento associativo CoolTour-Art e por Diogo Pessoa Lopes, gerente do espaço comercialS’pontâneo (junto ao Centro Cultural Olga Cadaval — Sintra),local onde tem funcionado a sede provisória deste movimento.

Também aqui se registam vários acontecimentos musicais eculturais, com noites de música jazz, reggae e alternativa, dandomomentos tão espontâneos como o próprio nome do espaçoindica.

NESTE NÚMERO PODE LER

A uma só voz — Uma apreciação sobre o festival Live 8e a sua contribuição para acabar com a fome em África.O selvagem que nada compreende — Carta do chefeíndio Seattle da tribo Suquamish a Franklin Pierce, presi-dente dos Estados Unidos.A educação ambiental é um investimento na qualidadede vida — Um projecto que apresentamos aos leitores.ICZM — o que é? — Preservar as áreas costeiras e as suasfontes naturais (marinhas e terrestres) é uma estratégia paraa sustentabilidade.A nova Roda dos Alimentos — A nutrição é um meio deprevenção das doenças, como a diabetes, doenças cardio-vasculares, cancros; entre outras... veja como pode ser maissaudável.A medicina aiurvédica — Corpo, mente e espírito — o seuestado de saúde reflecte a harmonia destes três factores.

EditorialO mês de Setembro é para muitos o

começar de um novo ano. O acabar dasférias, o final dos dias quentes de Verãoe o início das aulas e do trabalho, podeaté trazer uma maior energia e vitalidade,que na prática, trarão com certeza exce-lentes resultados.

É com este espírito, que a 3pontos inicia este novo ciclode actividades.

Depois da I.a Feira do Livro Usado realizada no passado mêsde Julho, está prevista para o dia 24 de Setembro a II.a Feira doLivro Usado, desta vez associada à venda de plantas aromáticas.

Na I.ª Feira do Livro Usado em Fontanelas, durante todo odia, estiveram, para venda, no Largo do Coreto, livros dos maisvariados temas. À noite, um pequeno teatrinho de sombrasencantou, verdadeiramente, miúdos e graúdos!

No seguimento do workshop e concurso de fotografia reali-zado em finais de Agosto, terá então início uma nova exposiçãode fotografia. A partir do dia 23 de Setembro as 20 melhoresfotografias levadas a concurso, serão expostas, nos café/barJaneca Bar, Bar Loureiro e Terraço da Azenha.

No dia 2 de Setembro um grupo de oito colaboradores da3pontos partiu para Itália a fim de participar num intercâmbio noâmbito do Programa Juventude intitulado: «European Youth forNew Water Culture». Este encontro promoverá uma base dedebate e troca de experiências em questões relacionadas com agestão dos recursos hídricos.

A 3pontos gostaria de agradecer aos Meninos da Avó, aoBem-me-Quer, à Naturanima e à Ozono Mais todo o apoio pres-tado, e de felicitar, uma também recentemente criada associação,a Alagamares.

BOLE T IMI N F O RMA T I V OA V EN I D A N . S R . A DA E S P E R ANÇ A , 1 14 — 2705-616 FON T AN E L A S • P U B L I C A Ç ÃO P ER I Ó D I C A B I M EN S A L • A NO I • SETEMBRO D E 2005 N . O 1 • D ISTR IBU IÇÃO GRATU I TA

I.a Feira do Livro Usado

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Avenida Nossa Sr . a da Esperança, 1 14 — 2705-616 FONTANELASPubl icação per iód ica b imensa l • Ano I • Setembro de 2005 • N. o 1 • Dis t r ibu ição gra tu i taColaboradores : Andrea Nata le , Car los Zo io , Fernando Cerque i ra , Isabe l Marques, JoãoMoura , Jorge Falcão, Minerva de Carva lho , Ri ta Bicho, Rute Candeias , Sof ia F lorênc io , Tú l ioMi l i tão , Verón ica SousaGraf ismo: Lu ís Borda loCompos ição e pag inação: A l fanumér ico , Lda.Impressão e acabamento : Gráf ica Manuel Barbosa & Fi lhos , Lda.T i ragem: 1000 exemplaresDepós i to lega l n . o 231 603/05

3pontos Bole t im In format ivo dest ina-se a dar eco das op in iões dos sóc ios e não sóc ios , daAssoc iação 3pontos — ambiente , ar te , cu l tu ra , sendo uma t r ibuna de l iv re op in ião e umespaço aber to a todos. Os ar t igos pub l icados responsabi l i zam unicamente o seu autor .

Horário: terça a sexta-feira das 9:30 h às 12 h edas 14 h às 18 hSábados, domingos e feriados das 14 h às 18 hEspólio do Mestre Pedro Anjos Teixeira e seupai Artur Anjos Teixeira

Museu Arqueológico S. Miguel de OdrinhasAv. Prof. Dr. Fernando de AlmeidaS. Miguel de Odrinhas2705-735 S. João das LampasTelef. 21 961 35 74Horário: quarta-feira a domingo das 10 h às13 h e das 14 h às 18 hPreço por Bilhete: B 2,50Exposição permanente «O Livro de Pedra»,epigrafia latina e medieval, incluindo visitaguiada às ruínas arqueológicas

Museu do BrinquedoRua Visconde de Monserrate, 282710-591 SintraTel. 21 924 21 71Horário: terça-feira a domingo das 10 h às 18 hPreço por bilhete: B 3

TEATRO

«Acredita, estou possuído!»De Ronaldo CiambroniDe 10 de Agosto a 2 de OutubroTeatro VillaretAv. Fontes Pereira de Melo, 30-ATelef. 21 003 63 00http://www.uau.pt

FESTIVAIS

5.o Festival Rosa dos VentosDias 16, 17 e 18 de SetembroPeninha — Serra de SintraOrganização — CoolTourArtTelef. 96 257 57 82http://[email protected]

CASA DA AVÓ

6 de SetembroRicardo Ventura na Casa da AvóApresentação do livro Tratados de Prisciliano,tradução de Ricardo Ventura, editado pelaImprensa Nacional-Casa da Moeda. O tradutorfará uma introdução sobre a figura e os textos, elerá excertos. Rui Lopo fará também uma apre-sentação, do tradutor e uma apresentação daobra. Prisciliano é figura fundamental para com-preender as origens do religiosidade peninsular.

21 de SetembroFernando Dias Antunes na Casa da AvóO poeta Fernando Dias Antunes irá ler poemasseus. Poeta de raiz sintrense e universal,activista cultural de Sintra, a sua poesia é umvoo sobre as paisagens da multiculturalidade, dasimbologia do quotidiano, os mitos e o quoti-diano da sociedade coeva. Uma poesia aoencontro da música dos Xutos e Pontapés. A suaapresentação será feita pelo crítico literárioAntónio Martins Gomes.Os recitais de poesia, apresentações de livros,simples encontros de amigos com amor pelaliteratura e por Sintra, é uma proposta de «OsMeninos da Avó». Sempre nas primeiras e nasterças quartas-feiras de cada mês, na Casa daAvó, Rua Visconde de Monserrate, Sintra, entreas 22 h e a 1 h.

Alguma coisa acontece...

A Associação 3pontos, apesardos seus escassos meses de vida, jádinamizou a I.a Feira do LivroUsado e está agora a promover umainiciativa cultural ligada à fotogra-fia e desenvolvida em três fases.Esta actividade desenvolve-se numciclo que abre com uma pequenaexposição em três bares da zona, dealguns trabalhos de três membrosda Associação ligados à fotografiae que pretende ser o ponto de par-tida para a divulgação desta activi-dade cultural.

Assim, como primeira fase —aprender — teve início a 27 deAgosto um workshop em que osparticipantes têm, primeiro, umaabordagem teórica, seguida de umaabordagem prática — fazer — ondeexercitam os conhecimentos adqui-ridos. Mais tarde vem a fase dolaboratório em que se experiencia oprocesso de revelação e ampliaçãoa preto e branco.

A segunda fase consta de umconcurso em que, de entre os traba-lhos apresentados, o júri seleccio-nará as vinte melhores fotografiasque serão expostas — divulgar —nos mesmos espaços da exposiçãoinicial. Esta será a terceira fase, ter-minando assim um ciclo dedicado àfotografia e à promoção de umaactividade que reúne o pedagógico,o lúdico e o social.

Parabéns à 3pontos pela activi-dade cultural que promove e peloexercício de cidadania de que éexemplo!

ISABEL MARQUES

Agenda — Setembro-Outubro de 2005

EXPOSIÇÕES DE PINTURA

Casa Museu Leal da CâmaraCalçada da Rinchoa, n.o 67 — Rio de MouroTel. 21 916 43 03Horário: terça a sexta-feira das 10 h às 12:30 he das 14 h às 18 hSábados, domingos e feriados das 14 h às 18 hExposição Permanente da Pintura de Leal daCâmara

Sintra — Museu de Arte Moderna — Colec-ção BerardoAv. Heliodoro Salgado — 2710-575 SintraTel. 21 924 81 70Horário: todos os dias das 10 h às 18 h (exceptoà segunda-feira)Entrada gratuita para as escolas e às quintas--feiras para o público em geral.Visitas guiadas e ateliers para crianças commarcação prévia.Preço normal: B 3Até 7 de NovembroExposição de Júlio Pomar, intitulada «Auto-biografia»Esta mostra é a história de uma vida, contadapor quem a pintou. Como o próprio artistaescreveu, «o coração daquilo a que chamo oassunto é a própria pintura». Assim, em causa,está a própria essência da pintura! A exposiçãoinclui obras desde 1944 e completa-se até 2004.Nesta selecção, destacam-se obras muito impor-tantes — algumas inéditas — e todas represen-tativas de Júlio Pomar e da singularidade do seucaminho.

MUSEUS

Museu Ferreira de CastroRua Consiglieri Pedroso, n.o 342710-550 SintraTelef. 21 923 88 28Horário: terça a sexta-feira das 9:30 h às 12 h edas 14 h às 18 hSábados, domingos e feriados das 14 h às 18 hEspólio do escritor Ferreira de CastroAté 31 de Dezembro exposição «Retratos e Ca-ricaturas de Ferreira de Castro» — conjunto de19 retratos e caricaturas

Museu Anjos TeixeiraAzinhaga da Sardinha, Volta do Duche — Riodo Porto — 2710-631 SintraTelef. 21 923 88 27

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A UMA SÓ VOZ

A banda alemã Die Toten Hosen no Live 8 em Berlim

ESPECTÁCULOS

Foi com grande entusiasmo que váriosmilhões de pessoas assistiram no dia 2 deJulho ao pomposamente apelidado «maiorevento musical da História», o Live 8.Vinte anos depois do Live Aid, o organiza-dor do evento, Bob Geldof, reuniu cercade 100 artistas e figuras bem conheci-das do universo mediático. Uma ati-tude de louvar, não fosse o facto doque realmente resulta deste evento.

Ao ouvir o discurso insistente-mente proferido pelo Live 8 há umacaracterística que salta imediata-mente à vista. A mesma caracterís-tica dos discursos de quem o eventopretendia atingir, ou seja, a dinâmicageralmente utilizado pelo G8. Tra-tou-se de assinalar as conse-quências trágicas das dívidasde África, da pobrezaextrema, do comércio justo,entre outras, mas nunca assi-nalar os responsáveis ou as causasque levam às mesmas. Aliás, é apre-sentar os causadores dos problemascomo líderes conscientes da grandetragédia que ninguém sabe nem quersaber como começou. Uma manobra depropaganda habilmente conseguida.É dizer que os sistemas Ocidentais funcio-nam, aceitam a crítica, evidentemente deforma pacífica, fomentam a luta contra apobreza bastando para isso umas quantasacções de entretenimento sobrecarregadasde símbolos da própria indústria do entre-tenimento.

É uma receita simples já muito vistanos média. Passa-se um dia a gritar alertasque há fome no mundo, ao melhor estilod’O Rei vai nú, causada sabe-se lá peloquê. A isto basta reunir umas bandas Oci-dentais, pois segundo Geldof «os artistasafricanos não garantem as audiênciasnecessárias a um evento desta dimensão»,e no dia seguinte o tema de conversa vaiser a união dos Pink Floyd e a actuação doSting e U2. Daí para a frente cada umsegue a sua vida com um sentimento deboa acção do ano cumprida.

Infelizmente, o que o Live 8 não dissefoi que o dinheiro enviado para África nemchega a sair da Europa, entra directamentenas contas bancárias espalhadas por essemundo fora dos governantes africanos.Também não disse que nos últimos 40 anosa ajuda de um conjunto de países Oci-

dentais a África totalizou uma quantia de220 mil milhões de libras. Contudo, a«Economic and Financial Crimes Com-mission» da Nigéria anunciou que desde asua independência da Inglaterra, em 1960,

os responsáveis do regime militar quegovernou aquele país até 1999 se apro-priaram da quantia de... 220 milmilhões de libras! Resta dizer que dois

terços da população nige-riana vive abaixo do limiarde pobreza, enquanto 40%dessa mesma população nemsequer tem acesso a água

potável. Enquanto isso, o dinheiro aeles destinado está depositado embancos ocidentais. Custa dar voz e,

por acréscimo, dinheiro, para queJosé Eduardo dos Santos tenha um

luxuoso Boeing particular epara que a sua mulher dê as jáfamosas gorjetas de 10 mil

dólares em hotéis, enquanto apopulação angolana vive na misé-

ria total.Visto isto, talvez o Live 8 devesse

chegar à conclusão que o perdão puro esimples das dívidas externas dos paísesafricanos não é uma ideia tão feliz comoparece à primeira vista. O responsável pelaAMI sugeriu o congelamento das contasmilionárias que os líderes africanos têmnos bancos ocidentais. Outra ideia seriafazer persistir a obrigação do pagamentodas dívidas, embora com a sua directa eimediata afectação a iniciativas de desen-volvimento e a programashumanitários muitoconcretos, atravésda UNICEFou de outroso r g a n i s -mos dasNaçõesUnidas.M a s ,m u i t op r o v a -v e l -m e n t e ,os líde-res afri-c a n o sconside-r a r i a me s s a s

iniciativas uma inaceitávelingerência nos assuntos internosdos seus países, e exigiriam con-

tinuar a ser eles próprios,como até agora, os únicosresponsáveis pela adminis-

tração dos fundos recebidos.A título de curiosidade, um

caso bem mais próximo de nós, oRock in Rio Lisboa. Ao pagar 53 euros pordia para assistir ao segundo concorrente a«maior evento musical do mundo», fique--se a saber que 2 % da receita foi doada ainstituições de ajuda a crianças em todo omundo. Fique-se também a saber que essareceita doada soma o montante de cerca de250 mil euros. Só da Câmara Municipal deLisboa a organização do Rock in Rio rece-beu um milhão de euros.

Concluindo, o Live 8 foi sem dúvidaum rude golpe em todos os movimentosanti-globalização e anti-capitalistas. Foiaproveitar a efemeridade do mediático parafazer esquecer a pobreza por uns tempos eatacá-los quer em número, quer em ideolo-gia, quer em impôr a ideia de que o únicocaminho possível é delegar ao próprio G-8a responsabilidade política de actuar porum mundo justo. Geldof resume: «Fazercom que esses oito homens, se reúnamnuma sala para impedir que 30 mil crian-ças morram, todos os dias, vítimas dapobreza extrema». Louvável.

João MOURA

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A feira do livro organizada pela 3pon-tos, proporcionou-me a compra de umlivro, onde encontrei aquilo que consideroser uma verdadeira lição de educaçãoambiental, cultural e até muito espíritual.Assim, considerei que nesta minha pri-meira colaboração com a associação, amelhor forma de agradecer a todos, os quepara levar por diante este projecto têmdado de si o seu melhor, devia transcrevere partilhar este achado.

Propositadamente não quero referir otítulo nem o autor do livro. Essa é a magiaque uma feira do livro tem. Descobrir.Olharmos as capas, mexermos nos livros esentirmos que temos nas mãos sonhos quetambém são nossos.

Este maravilhoso texto custou-me «umeuro», foi escrito em 1854 e dirigido aoentão presidente dos EUA, Franklin Pierceque pretendia comprar os territórios perten-centes, desde sempre, aos índios chefiados,na época, por Seattle que lhe diz assim:

Como se pode comprar ou vender ofirmamento, ou ainda o calor da Terra?Tal ideia é-nos desconhecida. Se nãosomos donos da frescura do ar, nem dofulgor das águas, como poderão vocêscomprá-los?

Cada parcela desta terra é sagradapara o meu povo. Cada brilhante mata de

pinheiros, cadagrão de areia

das praias, cada gota de orvalho nosescuros bosques, cada outeiro e até o zum-bido de cada insecto é sagrado para amemória e para o passado do meu povo.A seiva que circula nas veias das árvoresleva consigo a memória dos peles-verme-lhas.

Os mortos do homem branco esque-cem-se do seu país de origem quandoempreendem as suas viagens no meio dasestrelas; Ao contrário, os nossos mortosnunca podem esquecer-se desta bondosaterra, pois ela é a mãe dos peles-verme-lhas. Somos parte da terra e do mesmomodo ela é parte de nós próprios.

As flores perfumadas são nossas irmãs,o veado, o cavalo, a grande águia sãonossos irmãos; As rochas escarpadas, oshúmidos prados, o calor do corpo docavalo e do homem, todos pertencemosà mesma família. Por tudo isto, Quando ogrande-chefe de Washington nos envia amensagem de que quer comprar as nossasterras, está a pedir-nos demasiado.

Também o grande-chefe nos diz quenos reservará um lugar em que possamosviver confortávelmente uns com os outros.Ele se converterá, então, em nosso pai enós em seus filhos. Por essa razão consi-deraremos a sua oferta de comprar as nos-sas terras.

Isto não é fácil, já que esta terra ésagrada para nós. A água cristalina quecorre nos rios e ribeiros não é somente

água. Representa também osangue dos nossos antepassa-dos. Se lhe vendermos a terra,devem recordar-se que ela ésagrada e, ao mesmo tempoensinar aos vossos filhos queela é sagrada e que cadareflexo nas claras águas dos

lagos conta os acontecimentos ememórias das vidas da nossagente.

O murmúrio da água é a voz dopai do meu pai. Os rios são nossos

irmãos e saciam a nossa sede; São por-tadores das nossas canoas e alimentam

os nossos filhos. Se lhe vendermos a terra,devem recordar-se e ensinar aos vossosfilhos que os rios são nossos irmãos e tam-bém o são deles e que, portanto, devemtratá-los com a mesma doçura com que setrata um irmão.

Sabemos que o homem branco nãocompreende o nosso modo de vida. Elenão sabe distinguir um pedaço de terra deoutro pedaço de terra, porque ele é umestranho que chega de noite e tira da terrao que necessita. A terra não é sua irmã,mas sim sua inimiga e, uma vez conquis-tada, ele segue o seu caminho, deixandoatrás de si a sepultura de seus pais, sem seimportar com isso! Rouba a terra aos seusfilhos e também não se importa! Tanto asepultura dos seus pais como o patrimóniodos seus filhos são esquecidos. Trata a suamãe, a terra, e o seu irmão, o firmamento,como objectos que se compram, se explo-ram e se vendem como ovelhas ou contascoloridas. O seu apetite devorará a terradeixando atrás de si só o deserto.

Não sei, mas a nossa maneira de viveré diferente da vossa. Só de ver as vossascidades entristecem-se os olhos do pele--vermelha. Mas talvez seja porque o pele--vermelha é um selvagem e não com-preende nada. Não existe um lugar tran-quilo nas cidades do homem branco, nãohá sítio onde escutar como desabrochamas folhas das árvores na Primavera oucomo esvoaçam os insectos. Mas talvezisto também seja porque sou um selvagemque não compreende nada. O próprioruído parece um insulto para os nossosouvidos.

Depois de tudo, para que serve a vidase o homem não pode escutar o grito soli-

LITERATURA • LIVROS • LEITURAS

O SELVAGEMQUE NADACOMPREENDE

Chefe índio Seattle

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Esse destino é um mistério para nóspróprios, pois não percebemos porqueexterminam os bisontes, porque domam oscavalos selvagens, saturam os mais escon-didos recantos dos bosques com a respira-ção de tantos homens e mancham a paisa-gem das exuberantes colinas com os fiosdo telégrafo. Onde se encontra já o mata-gal? Destruído! Onde está a águia? Desa-pareceu! Terminou a vida e começou asobrevivência.

Promonitórias e sábias as palavras dochefe índio Seattle. Mal sabia ele, que hojejá não atiramos aos bisontes até porquerealmente já não há bisontes para atirar.Em vez disso, educamos os nossos filhosde forma a que entrem nas escolas armadose a disparar sobre os outros filhos, que láestão a ser educados não se sabe como.

Não é preciso um grande esforço, paraperceber que hoje já nem somos sobrevi-ventes. Somos o mau resultado de umaconta que começou a ser mal feita à muitotempo atrás. Todos temos um longo cami-nho a percorrer. Longo e díficil, mas emen-dar a conta é a única opção que resta, seainda quisermos fazer deste planeta ummelhor lugar para os nossos filhos, e paraos filhos dos nossos filhos.

Sinto-me selvagem o bastante paraacreditar, que a GANÂNCIA e o EGOÍSMO dealguns, não tantos como isso, podem devez ser metidas num contentor gigante eque neste em local bem vísivel se escreva«NÃO RECICLÁVEL», em todos os idio-mas conhecidos pelo homem branco, umavez que peles-vermelhas e outros índiostambém já acabámos com eles.

O tempo escasseia e muito mal já foiirremediavelmente feito, mas a esperançanão morre enquanto se unirem selvagensque nada compreedem como eu, aos filhosque cada um da sua maneira alguma coisaaprenderão e souberam erguer a 3pontos.

FALCÃO AO LUAR

cendo nas pradarias, mortos a tiro pelohomem branco da janela de um comboio

em andamento. Sou um selvagem enão compreendo como é que

uma máquina fumegante podeser mais importante que obisonte que nós só matamospara sobreviver.

Que seria do homem semos animais? Se todos fossemexterminados, o homem tam-bém morreria de uma grandesolidão espíritual. Porque oque suceder aos animaistambém sucederá ao homem.

Tudo está ligado. Devem ensi-nar aos vossos filhos que o solo que

pisam são as cinzas dos nossos avós.Inculquem nos vossos filhos que a terraestá enriquecida com as vidas dos nossossemelhantes, para que saibam respeitá-la.Ensinem aos vossos filhos aquilo que nóstemos ensinado aos nossos, que a terra énossa mãe. Tudo quanto acontecer à terraacontecerá aos filhos da terra. Se oshomens cospem no solo, cospem em si pró-prios.

Isto sabemos: A terra não pertence aohomem; O homem é que pertence à terra.Isto sabemos. Tudo está ligado, como osangue une uma família. Tudo está ligado.Tudo o que acontece à terra aconteceráaos filhos da terra. O homem não teceu arede da vida, ele é só um dos seus fios.Aquilo que ele fizer à rede da vida ele ofaz a si próprio. Nem mesmo o homembranco, cujo Deus passeia e fala com elede amigo para amigo, fica isento do des-tino comum.

Por fim, talvez sejamos irmãos. Vere-mos isso. Sabemos uma coisa que talvez ohomem branco descubra um dia: O nossoDeus é o mesmo Deus. Vocês podem pen-sar nesta altura que Ele vos pertence, domesmo modo como desejam que as nossasterras vos pertençam: Porém não é assim.Ele é o Deus dos homens e a Sua compai-xão reparte-se por igual entre o pele-ver-melha e o homem branco. Esta terra temum valor inestimável para Ele e, se aestragarmos, isso provocaria a ira docriador.

Também os brancos acabarão um dia,talvez antes que as demais tribos. Conta-minem os leitos dos vossos rios e umanoite morrerão afogados nos vossos pró-prios resíduos. Contudo, vocês caminha-rão para a vossa destruição rodeados deglória, inspirados pela força do vossoDeus que os trouxe a esta terra e que, poralgum desígnio especial, lhes deu o domí-nio sobre ela e sobre os peles-vermelhas.

tário do noitibó nem as discussões noctur-nas das rãs nas margens de um charco?Sou pele-vermelha e nada entendo.

Nós preferimos o suave sus-surrar do vento sobre a super-fície dum charco, assim comoo cheiro desse mesmo ventopurificado pela chuva domeio-dia ou perfumado com oaroma dos pinheiros. O ar temum valor inestimável para opele-vermelha, uma vez quetodos os seres partilham ummesmo alento, seja o animal,a árvore, o homem todos respi-ramos o mesmo ar. O homembranco não parece estar consciente doar que respira; Como um moribundo queagoniza durante muitos dias é insensívelao mau cheiro. Mas se lhe vendermos asnossas terras, devem recordar-se que o aré, para nós inestimável, que o ar partilhao seu espírito com a vida que o mantém.O vento, que deu aos nossos avós o pri-meiro sopro de vida, também recebe osseus últimos suspiros. E, se lhes vender-mos as nossa terras, devem conservá-lascomo coisa á parte e sagrada, como umlugar onde até o homem branco possasaborear o vento perfumado pelas flores

das prada-rias.

Por tudoisso, conside-raremos avossa ofertade compraras nossas ter-ras. Se deci-d i r m o saceitá-la, euporei umac o n d i ç ã o :O h o m e mb r a n c odeverá trataros animaisdesta terracomo seusirmãos. Souum selvageme não com-preendo outromodo de vida.

T e n h ovisto milha-res de bison-tes apodre-

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Muito se fala de Ambiente, de Conser-vação da Natureza e de DesenvolvimentoSustentável. São palavras que se vão gas-tando e perdendo o sentido na boca dosque as usam sem critério e muitas vezes sópelo marketing que lhes está associado,como se fosse uma moda. Infelizmente oproblema é sério, afecta a todos e se nadase fizer a tendência é para piorar cada vezmais. O planeta está ameaçado. Sentimo-loao de leve quando vimos os incêndios natelevisão, as estações do ano baralhadas, afalta de água nos rios, o silêncio nas flores-tas... No entanto, felizmente nas nossas tor-neiras continua a correr água, o lixo érecolhido (separado ou não), o ar parecelimpo, enfim, nem parece assim tão grave.Na realidade, quando nos apercebemos quealgo se passa, consideramos que este é ummal de todos, mas mais dos outros do quenosso. Muito se fala, mas pouco se faz eainda há quem considere que o seu papelsó por si é insignificante.

Cada um só por si conta muito. Separaros resíduos que produzimos no dia-a-dia,usar racionalmente a água que consumi-mos, poupar energia, ser participativo nas

questões de cidadania local, são atitudesque podem melhorar o futuro.

Foi assim que surgiu a NaturAnima,com esta vontade de existir, e de acordarmentalidades, de abanar consciências, de

fazer algo pelo Ambiente,começando pelas mentes maisabertas, os cidadãos de ama-nhã, mas não esquecendo osque ainda querem, podem edevem ajudar a criar um pla-neta melhor.

Especialmente vocacio-nada para projectos e activida-des de sensibilização e Educa-ção Ambiental, a NaturAnimaconta com uma equipa pluri-disciplinar, com formação nasáreas do ambiente e animaçãoe com uma vasta experiênciaem Educação Ambiental. Umdos principais objectivos dasnossas acções consiste naindução de mudanças de ati-tude, de uma forma descon-traída e divertida.

Ao longo de todo o ano, realizamosdiversas actividades de Educação Ambien-tal em escolas e ATL. As temáticas aborda-das centram-se sobretudo nas principaisquestões ambientais: a água, os resíduos, aenergia, a biodiversidade, prevenção dosfogos florestais, entre outros. Os ateliersiniciam-se com um slideshow introdutórioao tema, onde são esclarecidas algumasdúvidas iniciais. Seguidamente realizam-seas actividades práticas, que decorrem deuma forma dinâmica e participativa, comjogos didácticos, demonstrações e expe-riências, que facilitam o processo de apren-dizagem e sensibilização.

Os temas propostos são abordados deacordo com a escolaridade dos participan-tes e tendo em conta o seu contexto socio-cultural.

Para além desta vertente pedagógica, aNaturAnima dispõe de actores profissio-nais que complementam os programasambientais com a vertente animação. Aspersonagens da Natureza estão presentes,sobretudo nos Dias Especiais alusivos auma temática ambiental, como no Dia

AMBIENTE

A EDUCAÇÃO AMBIENTALÉ UM INVESTIMENTONA QUALIDADE DE VIDAum presente pelo ambiente, que garante um futuro melhor!

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PUB

Mundial da Floresta, Dia Mundial da Água ou Dia da Terra, queorganizamos igualmente junto de autarquias ou empresas.

Na Horta da NaturAnima, situada em Gouveia — Aldeia emVerso, decorrem vários ateliers relacionados com agricultura e jar-dinagem. Nos ateliers escolares, os participantes aprendem a iden-tificar os vários legumes da horta e a conhecer os principios bási-cos da agricultura e do jardim-horta. Cada grupo participanteconstrói a sua hortinha seguindo as instruções dos monitores —atelier «Mãos na Terra». Decorrem também neste espaço os ate-liers «Propriedades das Plantas», «As Lições do Hortinhas» e«O Mel e as Abelhas».

Para além das actividades dedicadas aos mais jovens, realiza-mos também acções de sensibilização em empresas, formação com

professores e aindamini-cursos de plan-tas aromáticas emedicinais, de ini-ciação à jardinageme ao jardim-horta,em colaboração coma Bem-me-quer —Criação e Manuten-ção de Espaços Ver-des, Lda.

Se estiver inte-ressado não deixe denos contactar ouvisitar. Pela nossaterra e pela Terra detodos nós!

RUTE CANDEIAS

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As zonas costeiras e os seus recursosnaturais (marinhos e terrestres) têm umpapel estratégico na resposta às necessida-des e aspirações das actuais e futuras popu-lações da Europa.

A produtividade das lagoas costeiras,salinas, sapais e estuários desempenha umafunção importante na produção de alimen-tos — através da manutenção dos recursospiscatórios e da aquacultura — e na preser-vação da natureza e da biodiversidade. Aszonas costeiras também contribuem para acriação de postos de trabalho, o cresci-mento económico e a qualidade de vida.Estas zonas estão a ser, porém, flageladaspor conflitos crescentes entre utilizadores,e por problemas institucionais e políticosque conduzem à sua degradação progres-siva e, por vezes, irreversível.

O programa ded e m o n s t r a ç ã osobre a GestãoIntegrada das ZonasCosteiras (ICZM),da Comissão Euro-peia, foi lançadoem 1996, comouma iniciativa con-junta, com contri-buições substan-ciais da EuropeanE n v i r o n m e n t a lAgency (EEA).O Programa baseia--se em cerca de35 projectos locaise regionais, quevisam demonstrar aaplicação da ICZM(Gestão Integradadas Zonas Costei-ras), numa série de análises temáticas hori-zontais e de projectos de investigação e,complementarmente, em reuniões regula-res com um grupo de peritos (compostopor especialistas nacionais e representantesdas administrações locais, dos agentessocioeconómicos e de ONG) e em amploscontactos com outras organizações externas.Os resultados do programa de demonstraçãoconfirmam a hipótese apresentada nodocumento COM 511/95, segundo a qual adegradação e má gestão contínuas de muitas

AMBIENTE

zonas costeiras da Europa se podem imputara problemas relacionados com:

• Uma informação insuficiente ouinadequada sobre o estado daszonas costeiras e o impacto dasactividades humanas (económicas enão económicas);

• uma coordenação insuficiente entreos diferentes níveis e sectores deadministração, e entre as respecti-vas políticas;

• uma participação e consulta insufi-cientes dos interessados.

O programa de demonstração forneceexemplos concretos de boas práticas deGestão Integrada das Zonas Costeiras(ICZM), numa variedade de condiçõessocioeconómicas, culturais, administrativas

e físicas. A partirdestes exemplosd e s t a c a r a m - s ediversos princípiosfundamentais e,nomeadamente, ode que a gestão sus-tentável das zonascosteiras deve:

• Ter uma perspec-tiva abrangente;

• basear-se numconhec imen todas condiçõesespecíficas daárea abrangida;

• trabalhar comprocessos natu-rais;

• recorrer ao pla-neamento participa-

tivo por forma a obter um con-senso;

• garantir o apoio e o envolvimentode todas as entidades administra-tivas interessadas;

• utilizar uma combinação de instru-mentos;

• garantir que as decisões do presentenão limitem as opções do futuro.

Tendo em conta a importância estraté-gica das zonas costeiras para o futuro daEuropa, as obrigações contidas nos trata-

Falésia da Aguda

dos relativamente à coesão e à integraçãode considerações de carácter ambiental nasdemais políticas e o papel crucial que aactual política da União Europeia jádesempenha no desenvolvimento daszonas costeiras, conclui-se ser necessáriauma estratégia europeia de ICZM. Estaestratégia deverá ter em consideração osvários instrumentos jurídicos, económicose políticos que poderão ser postos ao ser-viço da ICZM, bem como as condições emque cada um deles poderá revelar-se ade-quado. Deverá ter igualmente em conta asresponsabilidades relativas dos diversosníveis administrativos (em aplicação doprincípio da subsidiariedade), e a base deinformação necessária em cada um dessesníveis, a fim de que as respectivas respon-sabilidades possam ser assumidas. Não sepretende que uma futura estratégia euro-peia de ICZM venha a aumentar o valortotal das despesas europeias nas zonascosteiras, mas sim que aponte caminhospara uma melhor utilização dos actuaisníveis de financiamento.

Espera-se ainda que muitos dos princí-pios e lições em matéria de gestão integradaresultantes deste programa também possamvir a ser aplicados na gestão de outraszonas, não costeiras, do território europeu.

Várias são as opções que permitemestruturar uma tal estratégia, quer se traba-lhe estritamente com base nas políticasexistentes e numa melhor coordenação dasmesmas, quer se desenvolvam novos pro-gramas, ou mesmo, eventualmente, umquadro legislativo europeu.

Como cidadãos europeus temos umpapel activo neste processo. Teremos dedesempenhar este papel e dar asas à susten-tabilidade deste projecto. O trabalho con-junto das ONG é fundamental para a imple-mentação e controlo do processo do ICZM.

É importante que os jovens desempe-nhem um papel activo, no âmbito do Pro-grama da Juventude, e através dele cons-truam uma nova Europa.

Juntos, será possível...

Adaptado por Dr. ANDREA NATALE

Resp. ICZM & Marine EnvironmentItália

www.europa.eu.int/comm/environment/iczm

ICZM — O QUE É?Uma estratégia europeia para a sustentabilidade

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Charlie e a Fábrica de Chocolate é otítulo em português do livro infantil doescritor galês Roald Dahl (1916-1990),escrito em 1964, com o título original eminglês Charlie and the Chocolate Factory.O livro é conhecido por sua linguagem fácile espontânea, bem como pelas suas detalha-das descrições. Há quem o descreva comoum livro de ficção científica para crianças.

A história já mereceu duas adap-tações para o cinema. A última trans-posição do conto para a tela foi como filme homónimo do director TimBurton, com o actor Johnny Depp nopapel de Willy Wonka. Charlie e aFábrica de Chocolate, o contoinfantil, foi publicado em 1964 nosEstados Unidos e obteve grandesucesso nas livrarias. Isso levou MelStuart a filmá-lo em 1971, comadaptação para o cinema feita pelopróprio escritor. Essa primeiraversão para o cinema teve GeneWilder no papel do polivalente sr. Wonka.

O enredo do livro é sobre um meninochamado Charlie Bucket, que vive com a

mãe, o pai e os quatro avósnuma casa sem tecto, de umacidade industrial. A famíliaBucket é tão pobre que o jan-tar é sempre sopa de couve.Como a maioria das crianças,o pequeno Charlie adora cho-colate mas só lhe sente ocheiro uma vez por ano. Nasua festa de aniversário.

Próximo da casa de Charlieestá localizada a maior fábricade chocolate de sempre, pro-priedade do sr. Willy Wonka, omaior e mais inventivo produ-tor de chocolate. Todo o tipode deliciosas guloseimas,incluindo algumas que pare-cem não poder existir, comoum gelado que nunca derrete euma pastilha elástica quenunca perde o seu sabor sãoproduto do sr. Wonka. Porculpa da espionagem indus-trial, durante mais de 15 anos,nunca mais alguém foi visto aentrar ou a sair daquela

CINEMA

CHARLIEE A FÁBRICA DE CHOCOLATE

fábrica. Assim, a curiosidade com o que sepassa lá dentro, é muito grande, até que oexcêntrico Willy Wonka decide lançar umconcurso mundial, cujo prémio é umavisita à fábrica, guiada pelo próprio Willy,para as cinco crianças (e um acompa-nhante) que encontrem os cinco BilhetesDourados em cinco chocolates espalhadospelo mundo, além de um prémio surpresano final do dia. Miraculosamente Charlieconsegue encontrar um dos Bilhetes Dou-rados e assim ele e seu avô Joe entram nafábrica de Willy Wonka, onde conhecem assuas muitas criações maravilhosas —incluindo alguns protótipos que causamefeitos imprevistos de arrepiar os cabelos.As outras quatro crianças, durante a visita,comportam-se como crianças desobedien-tes e irresponsáveis, e uma por uma termi-nam em situações bizarras, quase fatais,que os forçam a abandonar a visita.

Claro que Charlie Bucket no final teráa recompensa pelo seu bom comporta-mento, mas o próprio sr. Wonka receberáuma lição de vida e também obterá a suarecompensa.

Os maravilhosos cenários, a interpreta-ção de Johnny Depp e também os Oompa--loompas (os trabalhadores pigmeus todosinterpretados pelo actor indiano DeepRoy) são razões para ver este filme.

Nota: em português Charlie e aFábrica de Chocolate está publicado peloCírculo de Leitores e pela Terramar. Háainda mais um pela Terramar do mesmoautor e seis publicados pela editorialteorema.

FERNANDO CERQUEIRA

PUB R. Pedro Álvares Cabral, 6PRAIA DAS MAÇÃS

[email protected]

Telefs: 21 929 25 81

21 929 24 42Praia das Maçãs

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SAÚDE

O aiurveda é a ciência milenar doconhecimento da vida que teve origem naÍndia há cerca de 6000 anos, sendo consi-derada como a origem de toda a saúde, jáque foi a partir do aiurveda que emergirammuitas outras formas de medicina. Foiensinada de mestre para discípulo, dentroda tradição oral, durante milhares de anos.Infelizmente, por isso, muito do seu saaberfoi-se perdendo. O conhecimento existenteem livros, hoje em dia, é apenas umapequena parte desta tradição de curavédica. Os seus antigos conhecimentos têmsido preservados mais pelas famílias que,geralmente, não compartilham os seussegredos.

O aiurveda ensina que o homem é umuniverso dentro de si mesmo, compostopor corpo, mente e espírito e que o seuestado de saúde reflete a harmonia destestrês factores. Aiur = vida; veda = conheci-mento. Representa a simples e prática ciên-cia da vida baseada na eterna sabedoria dopovo, adquirida através da experiência emeditação.

O aiurveda teve origem nos Vedas, amais antiga literatura do mundo, ondeeram registados todos os conhecimentosque pudessem ser úteis à humanidade: filo-sofia, engenharia, teologia, astrologia, bio-logia, física, toxicologia, etc.

Da mesma maneira que temos umrosto, uma impressão digital próprios, tam-bém temos uma energia individual comcaracterísticas físicas, mentais e emocio-nais que estão em constante mutação. Essaconstituição é determinada quando somosconcebidos e mantém-se por toda a vida.Os factores externos e internos actuam,perturbando o nosso equilíbrio, interfe-rindo com a nossa constituição natural.Alguns desses

o aiurveda a massagem deverá ser feitadiariamente. A massagem aiurvédica equi-libra o corpo e a mente, actuando tantofisicamente como mentalmente. Feita regu-larmente relaxa os músculos, as articula-ções e o corpo todo. O calor gerado pelafricção faz circular a energia, aliviandodores e tensões, promove uma respiraçãomais profunda e natural, actua nos sistemaslinfático e circulatório sanguíneo e no sis-tema nervoso, estimula o apetite, nutre oorganismo, cura doenças, rejuvenesce,revigora e revitaliza, combate o stress,aumenta a virilidade.

A massagem aiurvédica é feita comóleos medicinais adequados a cada um dosdoshas — vata, pitta, kapha, que vãomelhorar os benefícios da massagem tera-pêutica indiana. Os óleos são nutritivospara a pele pois contêm proteínas e carbo--hidratos que são absorvidos pela epidermee assimilados, prevenindo a secura, melho-rando o brilho e evitando o envelheci-mento prematuro. Os melhores tipos deóleos são aqueles que são prensados a frioe de origem biológica.

A libertação da tensão muscular e ner-vosa que se sente depois da massagem,melhora e transforma os sentimentos eredirecciona-os, transformando facilmenteum sentimento depressivo ou de tristezanum sentimento positivo e de alegria,tendo além disso também um efeito de ali-nhamento bioenergético ou electroquímicodo organismo, abordando desta forma avertente espiritual.

O toque da massagem permite tambémmelhorar o relacionamento entre as pes-soas, favorecendo um contacto físico tãoesquecido no ocidente, ajudando também amelhorar a relação entre um casal.

TÚLIO MILITÃO

Massagista

A MEDICINA AIURVÉDICAfactores são o estado emocional, adieta ou a escolha dos alimentos, asestações do ano, o clima, traumasfísicos, o trabalho e as relaçõesfamiliares. Quando esses factoressão compreendidos podemos eliminaras causas e restabelecer a nossa cons-tituição original. Equilíbrio é ordemnatural. O nosso corpo está em constanteinteracção entre a ordem e a desordem.Entendendo a natureza ou a origem dadesordem podemos restabelecer o equilí-brio.

Os princípios aiurvédicos baseiam-sena nossa composição. Diz o aiurveda quetodo o ser humano é uma criação docosmos, tendo duas energias: a energiamasculina chamada purusha e a femininachamada prakuti. A nossa constituiçãoestrutural é formada pela combinação doscinco elementos: espaço, ar, fogo, água eterra. Esses cinco elementos manifestam-sepor intermédio de três forças diferentesque representam o nosso aspecto funcio-nal: vata, pitta e kapha. Estas três forçasou doshas estão presentes em todas ascélulas, tecidos ou órgãos do nosso corpo.A saúde só é perfeita quando os três doshasestão em equilíbrio.

Existem vários tipos de tratamentosaiurvédicos que incluem aromaterapia,desintoxicação, alimentação, exercícios,respiração, fitoterapia, massagem, yoga,meditação, musicoterapia... a combinaçãode alguns destes métodos, dependendo doseu tipo de dosha trás o equilíbrio dese-jado.

A nossa vida é baseada em relaciona-mentos e de acordo com o aiurveda, damesma maneira que nos relacionamos comos nossos familiares, crianças e amigos é

importante também anossa relação com onosso corpo, mente,consciência e com osdoshas — vata, pitta,kapha. A massagemaiurvedica é uma das

artes que nos ajuda amanter este relaciona-

mento, trazendo-nos harmo-nia, equilíbrio e satisfação.Existem muitas abordagens

terapêuticas na medicina aiurvédica ea massagem é uma delas. De acordo com

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A NOVA RODA DOS ALIMENTOSTodos nós ouvimos velhos adágios tais como: «Diz-me o que comes e dir-te-ei quem és.»

«Abrimos a nossa cova à garfada.» «Comer para viver e não viver para comer...!»Actualizar e adaptar estes adágios às práticas alimentares é de todo importante,

de modo a optimizar a alimentação saudável.A nutrição é um meio de prevenção das doenças, como a diabetes,

doenças cardiovasculares, cancros; entre outras...A nova Roda dos Alimentos serve de guia para mantermos uma alimentação saudável diária

e ajuda-nos assim a prevenir doenças.

SAÚDE

Fonte: www.portalimentar.pt

alimentos. A água é fundamental e émesmo imprescindível à vida. As necessi-dades de água podem variar entre 1,5 e 3litros por dia.

Dentro de cada grupo estão reunidosalimentos nutricionalmente semelhantes,devendo ser substituídos uns pelos outrosde modo a variar o mais possível dentro decada grupo.

Cada um dos grupos apresenta funçõese características nutricionais específicas,não devendo ser substituídos entre si, ouseja, devemos variar o mais possível den-tro do mesmo grupo, mas não nas propor-ções dos grupos.

Como utilizar?

Comer diariamente porções de todos osgrupos de alimentos.

O número de porções recomendadasdepende das necessidades energéticas decada indivíduo.

O que é?

A Roda dos Alimentos é uma imagemou uma representação gráfica que ajuda aescolher e a combinar os alimentos quedeverão fazer parte da alimentação diária.

A Roda é um símbolo em forma de cír-culo que se divide em sectores de dife-rentes tamanhos que são designados porGrupos que reúnem alimentos com pro-priedades nutricionais semelhantes.

Houve necessidade em reestruturar aRoda dos Alimentos, uma vez que a situa-ção alimentar portuguesa sofreu diversasalterações.

A nova Roda dos Alimentosagora apresentada mantém o seuformato original, tornando-seassim mais fácil de identificar eassocia-se ao prato vulgarmenteutilizado. Ao contrário da pirâ-mide, o círculo não hierarquiza osalimentos mas atribui-lhes igualimportância.

As principais alterações incidi-ram na subdivisão de alguns dosanteriores grupos e o estabelecimentode porções diárias equivalentes.

Como é constituída?

Enquanto que a roda antiga era com-posta por 5 grupos de alimentos, a novaRoda é composta por 7 grupos de alimentosde diferentes dimensões, os quais indicamas proporções de peso em que cada um deveestar presente na alimentação diária:

Cereais e derivados, tubérculos — 28%(4-11 porções); hortícolas — 23% (3-5porções); fruta — 20% (3-5 porções); lac-ticínios — 18% (2-3 porções); carne, pes-cado e ovos — 5% (1,5-4,5 porções); legu-minosas — 4% (1-2 porções); gorduras eóleos — 2% (1-3 porções)

Embora a água não possua um grupopróprio, está também representada, poisfaz parte da constituição de quase todos os

As necessidades energéticas indivi-duais são calculadas através do Índice deMassa Corporal (IMC), que é uma medidaque permite avaliar a adequação entre pesoe altura, e tem a seguinte fórmula:

peso (kg)IMC =

[altura (m)]²

< 18,5 = baixo peso18,5-24,9 = peso normal25,0-29,9 = excesso de peso> 30,0 = obesidade

Para as crianças existem tabelas depercentil, segundo as quais os nutri-

cionistas/dietistas se guiam.A roda é um indicador pelo

qual nos devemos guiar, emboraas necessidades energéticas diá-rias variem de indivíduo paraindivíduo; sendo assim as crian-ças guiam-se pelos limites infe-riores, os homens activos e os

adolescentes pelos superiores e arestante população pelos valores

intermédios.A actividade física é fundamental

para obter um peso saudável. Esta deve sermoderada e regular, por exemplo caminhar30 minutos por dia.

Em conclusão, seguir as recomenda-ções da Roda dos Alimentos e praticarexercício físico regular e moderado ajuda--nos a adoptar um estilo de vida saudávele a prevenir doenças.

Comer para se alimentar, para viver epara pensar sendo uma actividade humanamuito importante, necessária ao dia-a-dia,várias vezes durante o dia, submetida àsmodas e aos caprichos do tempo, às tra-dições e às culturas, responde antes demais a uma necessidade fisiológica, comoo abastecer de «combustível o nossomotor»...

SOFIA FLORÊNCIO

IMC ={

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Reflexões

Quando me surgiu a hipótese de escrever para este jornal, pensei logo em escreversobre coisas alegres, sítios magníficos, curiosidades, histórias engraçadas, enfim tudoo que tivesse a ver com o lado bom deste mundo que nos rodeia...

Comecei a procurar e o que senti... foi diferente... comecei a reparar na diferençaque existe entre as pessoas, no egoísmo geral que parece crescer um pouco dentro decada um, na pobreza em África, na fome na América do Sul, no aquecimento global,nos fogos, na seca, na criminalidade, nas doenças, na poluição, corrupção, tráfico depessoas, burlas, guerra, fome e tantas, tantas outras coisas... afinal de contas para ondecaminhamos?!...

Faz-me confusão saber, por exemplo, que há bem pouco tempo um barco chamadoPrestige se afundou ao largo da nossa costa levando consigo milhares de litros desubstâncias altamente tóxicas, e ainda hoje está lá em baixo a deitar aquele rasto preto«engraçado», mas o mais incrível é que ninguém parece lembrar-se, ou simplesmente,não deve ter piada ver um barco a sair de dentro de água, e por isso eles NÃO SEINTERESSAM...

Tive a oportunidade de estar no festival Sudoeste com os meus amigos e assistia um concerto de um senhor da música internacional chamado Ben Harper, em quenuma das suas músicas ele diz «eu posso mudar o mundo com as minhas duasmãos»... Se por acaso aquelas 50 000(?) pessoas que ali estavam presentes pensassemcomo aquele homem, já se faria qualquer coisita não acham?... então agora tentemimaginar o mundo todo a fazer trabalhar as suas duas mãos, é difícil!! Sim, eu sei, eusei... mas se por acaso isso acontecesse, então aí, podem ter a certeza que eu iaescrever sobre outro assunto mais positivo, por enquanto vou tentando fazer ver aosque pensam que estamos quase a chegar a Marte, e que se acham no direito de estragaro que ainda resta de bom, que não deviam correr atrás do impossível, e sim perseguiro possível...

Só mais uma palavra em relação ao festival (desculpem-me se estou a fazer invejaa alguém) tive o prazer de ouvir serem cantadas as músicas de António Variações, poroutros grandes artistas (Humanos), e digo-vos o problema dele não era ser maluco, foiter nascido na altura errada...

CARLOS ZOIO

O «planeta vermelho»é algo de espectacular…

No mês de Agosto e Setembro, a aproximação entre aTerra e Marte será a mais reduzida de sempre.

Devido à gravidade de Júpiter, a órbita de Marte é alte-rada e os astrónomos dizem que nunca o «planeta verme-lho» se aproximou desta forma nos últimos 5000 anos e sóvoltará a acontecer daqui a 60 000 anos.

No dia 27 de Agosto, por volta das 12:30, Marte esteve a «apenas» 34 649 589 kmda Terra e foi o ponto mais brilhante ao lado da Lua, visível a olho nú.

Durante o mês de Setembro, o planeta Marte estará a afastar-se, podendo ainda serfácil de identificar devido à sua cor vermelha e ao seu tamanho.

Este facto está a ser alvo de estudo visto os cientistas não terem ainda apurado seé apenas a gravidade da Júpiter que interfere desta forma com o planeta Martelevando-o a este «comportamento» ou se será pelo facto do Humano interferir diaria-mente com o eco-sistema!

O que é certo é de que é um acontecimento que não voltará a ser visto por nenhumser que esteja vivo hoje...

VERÓNICA SOUSA

O pensamentomani fes ta-se na palavra

por isso observa o pensamentoe os seus caminhos com atenção

a palavramani fes ta-se na acção

e deixa que ele sur ja do amor nascidodo cuidado por todos os seres

ta l como a sombra segue o corpo,ass im nos tornamos no que pensamos.