Boletim estatístico - Celpa · 2018. 1. 12. · Produção e do volume das Vendas. A produção...

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  • Boletim estatísticoIndústria Papeleira Portuguesa

    2016

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    Eng. Carlos Amaral Vieira Director Geral

    O Sector Industrial da Pasta e Papel representado pela CELPA continuou, no ano de 2016, a mostrar interessantes níveis de crescimento ao nível da Produção e do volume das Vendas. A produção total de Pasta Papeleira de Fibra Virgem aumentou 2,5% em relação ao ano anterior.A produção total de papel registou igualmente um acréscimo da ordem de 3,6%. As vendas de Pasta aumentaram 2,3% e as de Papel e Cartão 2,0% face a 2015.O valor das vendas, em 2016, das Empresas associadas da CELPA cifrou-se em 2,54 mil milhões de euros o que corresponde a 1,37% do PIB desse ano.A actividade da CELPA durante o ano de 2016, no plano nacional, foi claramente dominada pela dedicação dos recursos e pelo emprego de imensa energia que o tema florestal exigiu.Por muito boas, mas também por más, preocupantes, razões.A CELPA lançou e organizou a primeira edição do “Prémio Floresta e Sustentabilidade” destinado a promover, divulgar e premiar os bons exemplos no domínio das Boas Práticas de Silvicultura, relevar a importância da Gestão Florestal Sustentável, atestada pela Certificação, dar visibilidade e reconhecimento ao Associativismo e à Gestão Florestal agregada, em particular do minifúndio e, finalmente, estimular e valorizar o trabalho da Ciência e da Academia na Investigação e Desenvolvimento na área dos temas florestais.Contámos com um júri constituído por um diversificado conjunto de prestigiadas personalidades que orientaram a elaboração do Regulamento do Prémio, apreciaram as 75 candidaturas apresentadas às quatro categorias e escolheram os vencedores.Consideramos que a realização deste Prémio inovador, que faltava no domínio dos temas da Floresta, que convocou toda a comunidade florestal, sem distinção de actores, fileiras ou espécies foi uma iniciativa bem acolhida, muito bem-sucedida e merecedora de continuação.

    Terá a sua segunda edição no próximo ano de 2018.O “Projecto Melhor Eucalipto” ganhou durante o ano de 2016 um enorme dinamismo, foi provido de recursos e meios dedicados e obteve uma adesão e reconhecimento considerável por parte dos seus destinatários: os produtores florestais, as suas Associações, os gabinetes técnicos dos Municípios, os prestadores de serviços e os técnicos florestais presentes nestas organizações. A missão de transferência, de disponibilização e partilha do conhecimento e das boas práticas adquiridas e desenvolvidas pelas Empresas associadas da CELPA, com património florestal exemplarmente gerido, para os outros agentes da fileira florestal, de modo a melhorar a produtividade dos povoamentos, aumentar o seu valor económico e, assim, o seu rendimento, tem vindo a ser cumprida com sucesso.Significativo número de guiões e de vídeos pedagógicos sobre preparação de terreno, manutenção do povoamento, aplicação de nutrientes, controlo de pragas, controlo e combate de infestantes, etc, foi produzido e apresentado durante as sessões técnicas que, incluindo visitas de demonstração, se realizaram pelo país com maior e crescente expressão já durante o presente ano de 2017. A realização do “Prémio Floresta e Sustentabilidade” e do “Projecto Melhor Eucalipto” permitiu momentos, espaços e oportunidades para comunicar a importância económica e social do sector em que se movem as Empresas Associadas da CELPA, o seu apego ao cumprimento escrupuloso das obrigações e práticas ambientais, algumas voluntárias, a excelência tecnológica das suas operações, processos e produtos, e a particular adequabilidade da matéria prima fibrosa nacional para a obtenção de produtos papeleiros ímpares.Estes foram alguns exemplos das boas razões, que referimos acima, e às quais dedicámos, com gosto e entusiasmo, energia e recursos.Mas o ano de 2016 foi também um período de más notícias motivadas pela preocupante génese, desenvolvimento e

    Mensagem do Director Geral

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    preparação de legislação altamente penalizadora da fileira do eucalipto e, consequentemente, de todo o sector florestal. O compromisso político associado à formação da actual solução governativa e os fogos da época passada criaram a pressão que conduziu à elaboração de um pacote legislativo, a chamada Reforma da Floresta.Nesse conjunto legislativo impõe-se a limitação de novas áreas de plantação de eucalipto, e mesmo a sua redução.Sabemos hoje que, apesar da clara e fundamentada oposição da quase totalidade dos agentes do sector florestal, ignorando a opinião da comunidade científica e universitária, desprezando o conhecimento e a experiência do sector industrial da fileira do eucalipto, não acautelando as consequências que resultarão do desinvestimento, degradação e abandono da floresta, promovendo o risco de incêndios e, finalmente mas não menos importante, privando de rendimento milhares de pequenos proprietários e produtores e obrigando ao aumento das importações de madeira, a maioria do pacote de leis foi aprovada embora sem o consenso desejado.Em face desta situação, mais determinante se revela o aumento da produtividade da floresta existente, aplicando as boas práticas de gestão florestal nos povoamentos ainda viáveis ou promovendo a reflorestação nas áreas irreversivelmente degradadas, e o aprofundamento da investigação no melhoramento genético de modo a produzir plantas mais resistentes e tolerantes às pragas e doenças, às dificuldades de enraizamento, às condicionantes do solo e do clima. A nível europeu, em sede da CEPI, Confederação Europeia da Indústria Papeleira, de quem a CELPA é associada, contribuímos e acolhemos com agrado a criação de um Comité Florestal independente e separado do Comité de Reciclagem.O número, complexidade e especificidade dos dossiers florestais em discussão a nível europeu neste momento, encontram melhor tratamento com esta solução organizativa. Foi assim que acompanhámos, envolvidos, o debate da necessária compatibilização entre a gestão sustentável da floresta, provendo as necessidades de madeira, de fibra e de energia que a indústria e a sociedade pedem, e o sequestro e armazenamento de carbono

    que as Alterações Climáticas “exigem” à floresta (LULUCF & Climate Changes); que discutimos os critérios de sustentabilidade para o uso de biocombustíveis; que endereçámos a problemática das alterações pretendidas e anunciadas por esquemas internacionais de Certificação Florestal, algumas inaceitáveis.Assuntos muito importantes, que continuarão a estar presentes na nossa agenda e que serão determinantes para o nosso sector.Se o ano findo foi particularmente preenchido pelas boas e más razões referidas no tema Florestal, não deixámos de ter presentes os dossiers Industriais, de Energia e Ambiente.Merecem referência a elaboração de um Guia de Interpretação do BREF P&P, que teve o bom acolhimento e aprovação da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e que, de forma exemplar, reuniu apoio, adesão e contributo de outra Associação de Industriais de Papel e Cartão e de empresas não associadas, e que constituirá um documento essencial, para as Empresas e para as Autoridades Ambientais nacionais, sobretudo aquando dos processos de licenciamento ambiental; o continuado e difícil tratamento dos dossiers de desclassificação de resíduos.Ao nível Europeu, e alinhada com as posições da CEPI, a CELPA fez a advocacia das posições da Indústria sobre a Directiva ETS (que estabelece o enquadramento jurídico em torno do mercado de carbono e cujo objectivo é conduzir à descarbonização da indústria e do sector energético) junto dos Eurodeputados Portugueses e do REPER.Vimos com preocupação a aprovação do BREF para as Grandes Instalações de Combustão (LCP) que penaliza particularmente as caldeiras a Biomassa.Os eventuais benefícios, dificuldades, ameaças e oportunidades do chamado “Energy Winter Package”, proposto pela Comissão Europeia, e que compreende os dossiers da eficiência energética, da governança da energia na EU, da energia renovável e do mercado da electricidade começaram a ser discutidos e serão seguidos atentamente.Por fim, e com mais um Boletim Estatístico publicado, resta-nos agradecer às empresas associadas da CELPA, bem como a todos os seus colaboradores que se voltaram a empenhar e se mobilizaram para a sua concretização.

    Mensagem do Director Geral

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    Empresas Associadas da CELPA

    The Navigator Company

    Altri

    Tel. 233 900 100

    Tel. 265 709 000

    Tel. 265 709 000

    Tel. 234 910 600 Tel. 265 709 000

    Tel. 265 709 000 Tel. 233 900 100

    www.thenavigatorcompany.com

    www.caima.pt www.altri.pt www.altri.ptTel. 249 730 000Tel. 249 730 000 Tel. 272 540 100

    Rua Marquês Sá da Bandeira, nº 74, 2º 1069-076 LisboaTel. 217 611 510 Fax: 217 611 511 email: [email protected]

    CELPA - Associação da indústria Papeleira

    Navigator Pulp Figueira, SA

    Navigator Forest Portugal, SA

    The Navigator Company, SA

    Navigator Pulp Cacia, SA

    Portucel Florestal, SA

    Navigator Paper Figueira, SA

    About the Future, SA

    Caima - Indústria de Celulose, S.A.

    Altri Florestal, S.A. CELTEJO - Empresa deCelulose do Tejo, S.A.

    www.celbi.ptTel. 233 955 600

    Celulose Beira Industrial(CELBI), S.A.

    www.wellbeingworld.com

    Tel. 249 830 200

    Renova - Fábrica de Papeldo Almonda, S.A.

    www.europacgroup.com/pt/

    Tel. 258 739 600

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    “Indústria Papeleira” é a designação geral dada a um conjunto de entidades relacionadas com a produção de pastas para papel e de diferentes tipos de papéis. Na realidade, a actividade desta indústria expande-se a quase todo o ciclo de vida dos produtos de papel, estando envolvida desde a produção de matérias-primas (produção florestal) até ao tratamento dos produtos no fim de vida (através de reciclagem ou valorização energética de papéis velhos). Estamos, portanto, perante um tipo de indústria de características únicas no panorama industrial português e mundial.

    A actividade principal desta indústria está relacionada com as várias etapas do processo produtivo do papel, iniciando-se na produção de madeira (a indústria papeleira portuguesa é responsável pela gestão directa de cerca de 200.000 hectares de floresta), a sua exploração e transformação em pasta para papel, e a transformação de pasta em diferentes tipos de papel.

    A este circuito principal acrescem diversas actividades de apoio ou de suporte à actividade principal, das quais se destacam:

    1. Viveiros Florestais - Esta actividade destina-se a produzir as plantas que darão origem, após plantação, à futura floresta. Esta produção destina-se, obviamente, às matas próprias da indústria, e também aos proprietários privados.

    2. Gestão das Áreas Florestais - A gestão directa de áreas florestais, próprias ou arrendadas, pelas empresas produtoras de pasta, papel e cartão constitui uma forma privilegiada de intervenção no sector florestal. Permite às empresas garantir parte do abas-tecimento em madeira e intervir ao nível da modernização de práticas, da optimização de recursos e da introdução de tecnologias mais exigentes de intervenção na floresta. Utilizada frequentemente como demonstração ou como motor da sua promoção a terceiros, a gestão florestal das empresas industriais conduziu ao pioneirismo na adopção voluntária de códigos de boas práticas florestais e no desenvolvimento de programas de l&D em parceria com universidades e outras instituições.

    3. Abastecimento de Madeira - Os elevados volumes de madeira transformados pela indústria são produzidos por um grande número de produtores florestais, na sua maioria com diminutas áreas de intervenção. O impacto desta actividade ao nível do sector de serviços nas áreas da exploração florestal e do transporte é extremamente importante, uma vez que dele depende em grande medida a manutenção da competitividade da indústria nacional.

    4. Captação, Tratamento e Rejeição de Água - As unidades de tratamento de água destinam-se a garantir o abastecimento de água com a qualidade suficiente para o processo industrial (água de abastecimento), assim como a garantir que o efluente produzido tem, no mínimo, as características orgânicas, físicas e químicas especificadas pelas autoridades para cada unidade (efluentes líquidos).

    5. Produção de Energia - A indústria produz e consome quantidades consideráveis de energia, sob várias formas e ao longo do processo produtivo: no digestor da madeira; na máquina de pasta; na máquina de papel; no tratamento de efluentes líquidos e gasosos; na recuperação de papéis velhos. A maior parte da energia é produzida pelas próprias unidades industriais com recurso à queima de combustíveis. Entre estes destaca-se a utilização de biomassa, resultante da preparação de madeiras (casca e outros desperdícios), da dissolução da lenhina da madeira (licor negro).

    6. Recuperação de Químicos - Na produção de pastas e papéis são utilizados vários produtos químicos, principalmente no digestor de madeira, nos processos de branqueamento e na máquina de papel. Alguns destes químicos funcionam em circuitos quase fechados, sendo utilizados no processo industrial e seguidamente recuperados para novas utilizações. Deste modo, existem normalmente no parque industrial instalações dedicadas a esta recuperação.

    A Indústria da Pasta, Papel e Cartão

    A INDÚSTRIA DA PASTA, PAPEL E CARTÃO

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    7. Separação e Tratamento de Resíduos Sólidos - Esta indústria não produz resíduos considerados perigosos. No entanto, produz quantidades consideráveis de resíduos sólidos. A maior parte das unidades possui hoje aterros controlados para a deposição segura destes resíduos, assim como dispõe de mecanismos para a sua separação por tipos, o que permite o tratamento, reciclagem, reutilização ou valorização energética de parte dos resíduos produzidos, reduzindo deste modo a necessidade de deposições em aterro.

    8. Recuperação de Papéis - Algumas unidades utilizam como matéria-prima, para além de fibra virgem, fibra proveniente da reciclagem de papéis recuperados, realizada em instalações dedicadas a essa função.

    9. Controlo de Processo e de Qualidade - Dada a complexidade deste tipo de instalações industriais e a necessidade de garantir a articulação de processos e a qualidade de produtos, estão montados complexos sistemas de amostragem e controlo nas principais fases de produção.

    10. lnvestigação & Desenvolvimento - A evolução constante do perfil de qualidade exigido aos produtos papeleiros, a necessidade de criar e adaptar os produtos às condições e exigências dos principais mercados e utilizações, assim como a necessidade de optimizar de forma crescente os processos produtivos, desde a gestão florestal até à produção industrial, tem ditado a orientação es-tratégica para uma abundante actividade de investigação e desenvolvimento, realizada com recursos próprios ou recorrendo a parcerias com diversas organizações, como universidades e institutos de investigação.

    A articulação entre estas diversas actividades é ilustrada esquematicamente na Figura da página seguinte.

    A INDÚSTRIA DA PASTA, PAPEL E CARTÃO

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    Índice

    01 - Enquadramento Macroeconómico

    1.1 Enquadramento Macroeconómico

    1.2 O Sector da Pasta e Papel em Portugal

    02 - Indicadores Florestais

    2.1 Floresta Nacional

    2.2 Floresta das Associadas da CELPA

    2.3 Época de Incêndios 2016

    2.4 Certificação de Gestão Florestal Sustentável

    2.5 Investigação e Desenvolvimento Florestal

    2.6 Formação Profissional Florestal

    03 - Indicadores de Produção - Indústria de Pasta

    3.1 Aquisição e Consumo de Madeira de

    Eucalipto

    3.2 Consumo de Papel para Reciclar

    3.3 Produção de Pastas de Fibra Virgem

    3.4 Produção de Pastas de Fibra Recuperada

    3.5 Produção Própria para Integrar

    04 - Indicadores de Produção - Indústria de Papel

    e Cartão

    4.1 Consumo de Pastas para Papel

    4.2 Produção de Papel e Cartão

    05 - Indicadores de Comércio

    5.1 Pastas para Papel

    5.2 Papel para Reciclar

    5.3 Papel e Cartão

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    06 - Indicadores Ambientais

    6.1 Captação e Utilização de Água

    6.2 Efluentes Líquidos

    6.3 Emissões Gasosas

    6.4 Gases com Efeito de Estufa

    6.5 Resíduos Sólidos

    6.6 Investimento Ambiental

    6.7 Certificação de Qualidade, de Ambiente,

    de Segurança e de Laboratório

    07 - Indicadores Energéticos

    7.1 Consumo de Combustíveis

    7.2 Produção e Consumo de Electricidade

    7.3 Estrutura Energética do Sector Pasta e

    Papel no Contexto Nacional

    08 - Indicadores Sociais

    8.1 Caracterização do Tecido Laboral

    8.2 Qualificação e Formação

    8.3 Segurança Ocupacional

    8.4 Acidentes de Trabalho

    09 - Indicadores Financeiros

    10 - O Sector Pasta e Papel na Região CEPI e

    no Mundo

    10.1 Pastas para Papel

    10.2 Papel e Cartão

    10.3 Papel para Reciclar

    11 - Glossário

  • 01ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    16

    O Ano de 2016

    Portugal

    Em 2016, a economia nacional apresentou uma recuperação moderada com um crescimento do PIB de 1,4%, dando assim continuidade à modesta recuperação que se tem vindo a sentir desde 2014.

    Apesar do crescimento positivo da economia em 2016, este foi ligeiramente inferior ao de 2015 que se situou nos 1,6%. Na realidade, de uma forma geral, o ano de 2016 foi marcado por uma diminuição do crescimento das variáveis que compõem o PIB, tendo apenas aumentado o contributo da procura externa líquida. O investimento (medido através da formação bruta de capital fixo) foi praticamente nulo, quando comparado com um crescimento de 4,5% em 2015. A procura interna também baixou, tal como as exportações.

    Apesar deste crescimento moderado em 2016, as previsões do Banco de Portugal apresentam-se optimistas com crescimentos do PIB de 2,5% para 2017, e de cerca de 2% para os anos seguintes (ver Tabela 1). Estas estimativas devem-se essencialmente à expectativa de um aumento significativo do investimento e das exportações, variáveis estas pouco controláveis internamente. Como tal, acreditamos que estas expectativas de crescimento mais elevado, devem ser vistas com precaução.

    Europa

    A tendência de crescimento moderado também se fez sentir a nível europeu. Em 2016, o PIB da União Europeia (a 28 países) cresceu 1,9%, quando em 2015 tinha aumentado 2,2%. Também nos EUA o crescimento do PIB foi inferior ao do ano anterior, tendo atingido em 2016 1,6%, significativamente abaixo do registado em 2015 de 2,6%. Não há dúvida de que as economias ocidentais estão numa trajectória de crescimento moderado evidenciando ainda sinais de fragilidade.

    Fonte: Banco de Portugal, últimos dados provenientes do Boletim Económico de Junho de 2017 (p) = Previsão

    Tabela 1

    1.1 Enquadramento Macroeconómico

    2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017(p) 2018(p) 2019(p)

    PIB 1,4 -1,6 -3,2 -1,4 0,9 1,5 1,3 1,6 1,5 1,5

    Consumo Privado 2,0 -4,0 -5,6 -1,7 2,1 2,6 2,3 2,3 1,7 1,7

    Consumo Público 3,2 -3,8 -4,4 -1,8 -0,7 0,8 0,5 0,4 0,6 0,3

    FBCF -4,8 -11,3 -14,5 -6,6 2,3 4,5 -0,1 8,8 5,3 5,5

    Procura Interna Total 0,8 -5,7 -6,7 -2,6 2,1 2,5 1,5 2,6 2,2 2,1

    Exportações 8,7 7,6 3,2 6,1 3,4 6,1 4,4 9,6 6,8 4,8

    Importações 5,3 -5,3 -6,7 2,8 6,2 8,2 4,4 9,5 6,9 5,2

    Contributo da Procura Interna para o PIB 0,9 -6,2 -7,0 -2,6 0,3 1,1 0,5 0,8 0,8 0,8

    Contributo da Procura Externa Líquida para o PIB 0,5 4,6 3,8 2,3 0,6 0,4 0,9 1,8 1,2 0,9

  • ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    17

    Esta moderação do consumo na zona euro é justificada pelo ligeiro decréscimo do nível de confiança que os consumidores têm face à economia. Desde Maio de 2015 que se identifica uma pequena tendência de diminuição da confiança na economia, o que é espelhado num consumo moderado.

    A grande diferença ocorre em Portugal, pois os portugueses aumentaram a sua confiança na economia e, como tal, as vendas a retalho aumentaram 3,8%.

    Este crescimento moderado é visível ao analisar algumas variáveis associadas com o comportamento dos agentes económicos consumidor e sector industrial. As vendas a retalho aumentaram, em 2016, cerca de 1,1% na zona euro, tendo a produção industrial aumentado 2%. Estes dados indicam alguma moderação por parte dos consumidores europeus e um aumento da dependência do crescimento europeu relativamente às exportações para fora da Europa.

    Figura 2 Figura 3

    Fonte: Key Indicators for the Euro Area

    Taxa de Crescimento Anual do PIB (a preços de mercado)

    Portugal Estados Unidos da AméricaUnião Europeia (28 países)

    Figura 1

    Fonte: EUROSTAT E BANCO MUNDIAL

    3,0

    1,0

    -2,0

    -3,0

    -4,0

    -5,0

    2,0

    -1,0

    0,0

    4,0

    5,0

    2006

    3.3

    2.1 2.2

    0.2

    -1.1

    1.7 1.91.7

    2.5

    1.7

    -1.8

    1.6

    3.1

    2.5

    1.8

    0.40.2

    -0.3

    -4.4-4.0

    -0.5

    -3.0-2.8

    2.7

    2007 2008 2010 2014 20152015 2016

    1.92.4

    2.22.6

    1.6

    2009 2011 2012 2013

    0.9

    1.6 1.61.4

  • ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    18

    Na zona euro, a indústria aparenta estar mais optimista do que os consumidores. A evolução do sentimento de confiança da indústria continua a crescer, mas ainda abaixo dos níveis de 2007 e 2011.

    A indústria em Portugal atinge níveis de confiança próximos dos sentidos em 2008, antes da crise financeira. Isto indica que o sector industrial português está bastante mais optimista do que o restante sector europeu, podendo indiciar alguma sobrevalorização do crescimento económico vigente.

    Esta moderação na actividade económica repercute-se também num aumento de 1,1% do índice de preço harmonizado dos consumidores europeus e num crescimento de 0,9% em Portugal, sendo assim evidente que ainda estamos longe de pressões inflaccionistas decorrentes de um excesso de procura face à oferta. Como tal, as taxas de juro mantêm-se em níveis historicamente baixos, quer no curto quer no longo prazo, prevendo-se assim que esta tendência se mantenha.

    Figura 5

    Evolução do Sentimento de Confiança da Indústria

    Fonte: EUROSTAT

    0

    -20

    -50

    -10

    -40

    -30

    10

    PortugalEuropa

    0

    -20

    -50

    -60

    -10

    -40

    -30

    Figura 4

    Fonte: EUROSTAT

    Evolução do Sentimento de Confiança dos Consumidores

    Europa Portugal

    Jan-

    06

    Mai

    -06

    Set-0

    6

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    07

    Mai

    -07

    Set-0

    7

    Jan-

    08

    Mai

    -08

    Set-0

    8

    Jan-

    09

    Mai

    -09

    Set-0

    9

    Jan-

    10

    Mai

    -10

    Set-1

    0

    Jan-

    11

    Mai

    -11

    Set-1

    1

    Jan-

    12

    Mai

    -12

    Set-1

    2

    Jan-

    13

    Mai

    -13

    Set-1

    3

    Jan-

    14

    Mai

    -14

    Set-1

    4

    Jan-

    15

    Mai

    -15

    Set-1

    5

    Jan-

    16

    Mai

    -16

    Set-1

    6

    Jan-

    06

    Mai

    -06

    Set-0

    6

    Jan-

    07

    Mai

    -07

    Set-0

    7

    Jan-

    08

    Mai

    -08

    Set-0

    8

    Jan-

    09

    Mai

    -09

    Set-0

    9

    Jan-

    10

    Mai

    -10

    Set-1

    0

    Jan-

    11

    Mai

    -11

    Set-1

    1

    Jan-

    12

    Mai

    -12

    Set-1

    2

    Jan-

    13

    Mai

    -13

    Set-1

    3

    Jan-

    14

    Mai

    -14

    Set-1

    4

    Jan-

    15

    Mai

    -15

    Set-1

    5

    Jan-

    16

    Mai

    -16

    Set-1

    6

  • ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    19

    Fonte: Key Indicators for the Euro Area

    Figura 8

    Figura 10

    Figura 9

    Mundo

    O comércio internacional continua a evidenciar um fraco crescimento desde 2012, tendo o ano de 2016 sido marcado por um crescimento de 1,3% face a 2015, inferior aos 2,1% que ocorreram entre 2014 e 2015. De uma forma geral, as exportações de bens e serviços mantiveram-se próximas dos níveis de 2015, tendo-se verificado uma ligeira diminuição das encomendas para exportação durante a primeira metade de 2016, que depois aumentaram para níveis de 2008 e 2011. Apesar deste contexto incerto, existiu um ligeiro aumento do preço do petróleo, para valores próximos dos 56 USD por barril.Esta incerteza quanto ao crescimento do comércio mundial vem assim reforçar a necessidade de se analisarem com precaução as estimativas de crescimento do PIB nacional para 2017 e 2018, que assentam no pressuposto de um aumento significativo das exportações.

    Fonte: Key Indicators for the Euro AreaFigura 6 Figura 7

  • ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

    20

    Analisando o peso do sector referente à “Indústria da madeira, pasta, papel e cartão e seus artigos e impressão” para o ano de 2014(2) a preços correntes no total da economia, concluímos que correspondeu a:

    Com os dados de 2016 disponíveis podemos afirmar que:

    (1) Fonte: INE, Produto interno bruto a preços de mercado (preços correntes; anual)(2) Os dados mais recentes de contas nacionais disponíveis pelo INE correspondem ao ano de 2014(3) PIB a preços de mercado

    • A Rendibilidade líquida das vendas atingiu os 14,4%;

    • A Rendibilidade dos capitais próprios alcançou os 20,5%;

    • A Rendibilidade dos capitais investidos alcançou os 9,7%.

    • 7,8% do VAB dos sectores da “Indústria, energia, água e saneamento” e a 1,4% do VAB nacional;

    • 7,7% da Produção dos sectores da “Indústria, energia, água e saneamento” e a 2,5% da Produção nacional;

    • 7,8 % do emprego dos sectores da “Indústria, energia, água e saneamento” e a 1,2 % do emprego total da economia;

    • 6,1% da formação bruta de capital fixo realizada pelos sectores da “Indústria, energia, água e saneamento” e a 1,5 % de toda a formação bruta de capital fixo realizada em Portugal;

    • A produção do ramo representa 4,4% do PIB nacional.(3)

    • As exportações do Sector “Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (des-perdícios e aparas); papel e suas obras” representaram 4,9% do total das exportações;

    • O Saldo da Balança Comercial do Sector “Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão para reciclar (desperdícios e aparas); papel e suas obras” representou 0,7% do PIB de 2016, a preços correntes.

    Neste contexto, onde os portugueses estão relativamente mais optimistas perante a economia do que a média dos europeus, onde as estimativas de crescimento económico nacional se apresentam positivas, mas num cenário de incerteza ao nível do crescimento interna-cional, o sector da pasta e do papel manteve os seus níveis de crescimento, tendo a produção total de pasta (de fibra virgem e de papel para reciclar) aumentado 2,5%, registando-se também um crescimento na produção total de papel na ordem de 3,6%. Na produção de papel, contribuíram para a evolução positiva os papéis para usos gráficos, o kraftliner e os papéis sanitários e de usos domésticos.

    Ao nível do comércio, as vendas de pasta aumentaram 2,3% e as de papel e cartão 2,0%, face a 2015.

    O volume de vendas, em 2016, das empresas associadas da CELPA fixou-se nos 2,54 mil milhões de euros, que corresponde a 1,37% do PIB de 2016(1).

    Assim, os indicadores financeiros das empresas associadas da CELPA, em 2016, podem ser sumariados da seguinte forma:

    1.2 O Sector da Pasta e do Papel em Portugal

  • 02INDICADORES FLORESTAISEm 2010, a floresta portuguesa ocupava 3,2 milhões de hectares, ou seja, 35,4% do território nacional, tendo diminuído 57 mil hectares desde 2005.

    De acordo com os resultados preliminares do IFN6, em 2010, o eucalipto é a espécie florestal que ocupa maior área em Portugal continental, com 812 mil hectares, seguido pelo sobreiro e pelo pinheiro-bravo com 737 e 714 mil hectares, respectivamente.

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • INDICADORES FLORESTAIS

    22

    2.1 Floresta Nacional

    Segundo os resultados preliminares do 6º Inventário Florestal Nacional (IFN6), realizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a floresta portuguesa ocupava, em 2010, 3,2 milhões de hectares, ou seja, 35,4% do território nacional, registando-se uma diminuição de 57 mil hectares desde 2005.

    Apesar desta diminuição, o uso do solo dominante em Portugal continental continua a ser a floresta. Os matos e pastagens constituem a classe seguinte de uso do solo com maior área, com 32% do território e as áreas agrícolas ocupam 24% de Portugal continental.

    O decréscimo da área de floresta explica-se devido à diminuição das superfícies temporariamente desarborizadas (superfícies ardidas, cortadas e em regeneração), sendo de destacar o aumento da área arborizada.

    Actualmente é o eucalipto a espécie florestal que ocupa maior área em Portugal continental, com 812 mil hectares, seguido pelo sobreiro e pelo pinheiro bravo, com 737 e 714 mil hectares, respectivamente.

    Arborizada

    Floresta

    Ardida

    Agricultura

    Cortada

    Matos ePastagens

    Em regeneração

    ÁguasInteriores

    ImprodutivosUrbano

    1995

    1995

    2005

    2005

    2010

    2010

    Fonte: Resultados preliminares do IFN6, ICNF

    Fonte: Resultados preliminares do IFN6, ICNF

    Figura 2.1

    Figura 2.2

    Distribuição da área por uso do solo (1000 ha), em Portugal Continental

    Distribuição da área por tipo de floresta (1000 ha), em Portugal Continental

    3,5003,0002,5002,0001,5001,000

    3,000

    2,500

    2,000

    1,500

    1,000

    500

    0

    5000

  • INDICADORES FLORESTAIS

    23

    Fonte: Resultados preliminares do IFN6, ICNF

    Figura 2.3

    Distribuição da área de povoamentos florestais, porespécie dominante, em Portugal continental, em 2010

    Azinheira

    10.5%

    Outras Folhosas5.6%

    Pinheiro manso5.6%

    Outras Resinosas2.3%

    Castanheiro1.3%

    Alfarrobeira0.4%

    Acácias0.2%

    Carvalhos2.1%

    Pinheiro bravo

    22.7%

    Sobreiro

    23.4%

    Eucaliptos

    25.8%

    Entre 1995 e 2010 a principal alteração das áreas das espécies florestais ocorreu com o pinheiro bravo, cuja área diminuiu cerca de 263 mil hectares e com o eucalipto, cuja área aumentou cerca de 95 mil hectares.

    1995 2005 2010

    Fonte: Resultados preliminares do IFN6, ICNF

    Figura 2.4

    Evolução da área de povoamentos florestais (1000 ha), porespécie dominante, em Portugal continental

    Euca

    lipto

    s

    Sobr

    eiro

    Pinh

    eiro

    bra

    vo

    Out

    ras F

    olho

    sas

    Pinh

    eiro

    man

    so

    Out

    ras R

    esin

    osas

    Azin

    heira

    Carv

    alho

    s

    Cast

    anhe

    iro

    Alfa

    rrob

    eira

    Acác

    ias

    100

    500

    300

    700

    200

    600

    400

    800

    900

    1,000

    0

    De acordo com o ICNF, a área total pinheiro-bravo diminuiu 263 mil hectares entre 1995 e 2010, sendo que a maior parte desta área se transformou em “matos e pastagens” (165 mil hectares), 70 mil em eucalipto, 14 mil em espaços urbanos e 14 mil em áreas florestais com outras espécies arbóreas.

  • INDICADORES FLORESTAIS

    24

    As empresas associadas da CELPA são responsáveis pela gestão directa de cerca de 199,2 mil hectares, em propriedades próprias e arrendadas, o que corresponde a 2,2% do território nacional. Destes, 165,0 mil estavam ocupados com floresta, o que representa 5,2% da floresta nacional.

    Fonte: Resultados preliminares do IFN6, ICNF

    Fonte: CELPA

    Figura 2.5 Figura 2.6

    Tabela 2.1

    2.2 Floresta das Associadas da CELPA

    2.2.1 Área Florestal

    As empresas associadas da CELPA são responsáveis pela gestão directa de 199,2 mil hectares, ou seja, 2,2% do território nacional, que se encontra certificada tanto pelo FSC® como pelo PEFC©.

    Ocupação das áreas das empresas associadas da CELPA (ha)

    Espécie 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Eucalipto 151.650 152.502 151.944 154.450 155.885 155.612 154.349 155.616 153.256 151.734

    Pinheiro bravo 8.412 8.385 7.836 8.119 7.587 7.097 7.011 6.887 6.434 6.009

    Sobreiro 6.471 6.479 6.812 7.198 7.031 7.065 7.076 7.228 7.168 7.227

    Outras espécies / outros usos 31.750 34.146 34.980 35.659 37.440 38.108 39.273 35.396 35.038 34.264

    Total 198.283 201.512 201.572 205.427 207.943 207.883 207.709 205.127 201.896 199.234

    A área total de eucalipto aumentou 95 mil hectares entre 1995 e 2010. Para este aumento contribuíram 70 mil hectares de áreas ocu-padas por pinheiro-bravo em 1995, 14 mil hectares de superfícies ocupadas por matos e pastagens e 12 mil hectares de áreas agrícolas.

    Pinheiro manso Pinheiro mansoOutras resinosas Pinheiro bravoOutras folhosas Outras resinosas

    Improdutivo Matos e PastagensEucalipto ImprodutivoCortes CortesCastanheiro CastanheiroCarvalhos CarvalhosAzinheira AzinheiraArdidos ArdidosÁguas Interiores Águas InterioresAgricultura AgriculturaAcácias Acácias

    Matos e Pastagens Outras folhosas

    Sobreiro SobreiroUrbano Urbano

    -180 -180-60 -60-120 -1200 0-150 -150-30 -30-90 -9030 3060 6090 90120 120150 150180 180

    Alteração da área de pinheiro bravo entre 1995 e 2010 Alteração da área de eucalipto entre 1995 e 2010

    1000 hectares 1000 hectares

  • INDICADORES FLORESTAIS

    25

    2.2.2 Silvicultura e Exploração Florestal

    A evolução da área florestal das associadas da CELPA resulta tanto de alterações fundiárias (compra e venda de património, cessação e celebração de contratos de arrendamento), como de alterações do perfil de ocupação do solo nas áreas existentes.

    No final de 2016, a gestão do património florestal das empresas associadas da CELPA encontrava-se certificada pelos sistemas FSC® e PEFC™. O interesse da indústria papeleira na certificação da gestão florestal prende-se com a promoção da Gestão Florestal Sustentável da floresta portuguesa e com o acesso a mercados evoluídos que exigem produtos com origem em florestas cuja gestão é certificada por entidades independentes.

    As empresas associadas da CELPA procuram, através de boas práticas no terreno, optimizar o potencial produtivo da estação e, ao mesmo tempo, minimizar potenciais impactes ambientais negativos. Assim, recorrendo às melhores técnicas disponíveis e a intervenções culturais adequadas, procuram criar-se condições para que os povoamentos, maioritariamente de eucalipto, se desenvolvam e atinjam os objectivos pretendidos.

    Em 2016, o esforço de plantação desenvolvido pelas empresas associadas da CELPA foi de 4354 hectares, na sua maioria áreas de eucalipto.

    Áreas sob a gestão da indústria papeleira

    Fonte: CELPAFigura 2.7

    Áreas plantadas pelas empresas associadas da CELPA (ha)

    Espécie 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Eucalipto 2.383 3.340 3.436 4.763 5.659 4.297 3.659 4.271 5.981 4.321

    Pinheiro bravo 0 0 5 0 0 0 0 0 2 0

    Sobreiro 11 2 7 15 3 2 0 10 22 29

    Outras espécies 0 18 4 76 16 33 194 45 18 4

    Total 2.394 3.360 3.452 4.854 5.678 4.332 3.853 4.326 6.023 4.354

    Fonte: CELPATabela 2.2

  • INDICADORES FLORESTAIS

    26

    Em 2016, foram fertilizados 22,4 mil hectares, ou seja, 13,6% da área florestal total. A maioria do esforço de fertilização foi realizado em acções de manutenção e os adubos mais utilizados foram os compostos ternários (NPK) e os compostos com boro.

    Na actividade de exploração florestal as empresas visam acautelar potenciais impactes negativos. Em 2016, nas áreas geridas pelas em-presas associadas, foram explorados 1,3 milhões de m3 de madeira de eucalipto com casca.

    Em 2016, a distribuição da rolaria de eucalipto transportada das matas próprias para as várias fábricas de pasta foi efectuada, na sua totalidade, por via rodoviária confirmando-se a tendência dos últimos anos.

    A produção de plantas de qualidade de várias espécies florestais para arborização e rearborização de áreas próprias e venda a terceiros é o objectivo principal dos viveiros das empresas associadas da CELPA. Estes viveiros têm delegação de competências, atribuídas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., para certificar a qualidade das suas próprias plantas.

    A produção dos viveiros das empresas associadas da CELPA cifrou-se, em 2016, nos 17,4 milhões de plantas.

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Tabela 2.3

    Tabela 2.4

    Tabela 2.5

    Áreas fertilizadas pelas empresas associadas da CELPA (ha)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    13.491 15.759 29.547 23.267 25.827 20.181 24.783 26.589 26.945 22.371

    Volume de eucalipto explorado pelas empresas associadas da CELPA (1000 m3 cc)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    1.724 1.411 1.544 1.838 1.360 1.516 1.456 1.249 1.360 1.340

    Transporte de rolaria de eucalipto das matas próprias para a fábrica

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Ferroviário 17% 5% 5% 9% 3% 2% 1% 0% 0% 0%

    Rodoviário 83% 95% 95% 91% 97% 98% 99% 100% 100% 100%

    2.2.3 Produção de Plantas em Viveiros Próprios

    Eucalipto

    Pinheiro Bravo

    2007 2009 20112008

    16

    18

    14

    12

    10

    8

    6

    4

    2

    02010 2012 2013 2014 2015 2016

    Produção dos viveiros das empresas associadas da CELPA (milhões de plantas)

    Outras espécies

    Sobreiro

    Fonte: CELPA

    Figura 2.8

  • INDICADORES FLORESTAIS

    27

    Ocorrências

    hect

    ares

    ocor

    rênc

    ias (

    nº)

    Área ardida de povoamentos

    ReacendimentosÁrea ardida de matos

    2008 20112007 20102009 2012 2013 2014 2015 2016

    Fonte: ICNF

    Figura 2.9

    Área ardida em Portugal Continental

    2.3 Época de Incêndios 2016

    2.3.1 Área ardida Nacional

    Em 2016, arderam 161,5 mil hectares, sendo 84,0 mil de matos e 77,5 mil de povoamentos florestais. Esta área ardida representa 1,8% do território continental e um aumento de 151% face a 2015.

    Existe uma variabilidade anual no que respeita às áreas ardidas, que seguem de perto as condições climatéricas, sendo recorrente salien-tar a existência de vários factores na causa e propagação dos fogos e respectivas áreas ardidas, como por exemplo, algumas actividades humanas e factores naturais.

    Em 2016 contabilizaram-se, em Portugal Continental, 13.261 ocorrências, das quais 21,3% correspondem a incêndios rurais (com área ardida igual ou superior a 1 hectare) e 78,7% a fogachos (ocorrências com área ardida inferior a 1 hectare. O total de ocorrências de 2016 traduz-se em reduções de 16,3% em relação a 2015 e de 31,1% face à média do decénio anterior.

    As estatísticas de 2016 compreenderam 1.346 reacendimentos registados, os quais representaram 10,2% do total das ocorrências.

    Em 2016, arderam 84,0 mil hectares de matos e 77,5 mil hectares de povoamentos florestais, o que representa 1,8% do território conti-nental e uma área 151% superior à ardida em 2015.

    180.000 27.000

    24.000

    21.000

    18.000

    15.000

    12.000

    9.000

    6.000

    3.000

    0

    160.000

    140.000

    120.000

    100.000

    80.000

    60.000

    40.000

    20.000

    0

  • INDICADORES FLORESTAIS

    28

    Considerando os últimos dez anos, 2016 foi o ano com a maior área ardida.

    Entre 2007 e 2016, os matos e pastagens foram a ocupação do solo mais afectada pelos incêndios, que contabilizaram, em média, 57,2% da área ardida anual, seguida dos outros usos (16,6%), eucalipto (10,6%), pinheiro-bravo (8,7%) e outras espécies (6,6%).

    Em 2016, 49,0% da área ardida estava ocupada por matos e pastagens, 23,8% por eucalipto, 13,2% por outros usos, 8,6% por pinheiro-bravo e 4,6% por outras espécies.

    Entre 2007 e 2016, em termos relativos, arderam anualmente, em média, 1,7% dos matos e pastagens, 1,2% do eucaliptal e 1,1% do pinhal-bravo nacionais.Em 2016, arderam, respectivamente, 4,7% do eucaliptal, 2,8% dos matos e pastagens e 1,9% do pinhal-bravo nacionais.

    Área ardida em Portugal Continental, por ocupação

    Percentagem de área ardida em função da área ocupada em Portugal Continental

    2008

    2008

    2010

    2010

    2007

    2007

    0%

    0

    1,0%

    0,5%

    2,0%

    3,0%

    4,0%

    5,0%

    4,5%

    3,5%

    2,5%

    1,5%

    100%

    90%

    80%

    70%

    60%

    50%

    40%

    30%

    20%

    10%

    2009

    2009

    2011

    2011 2012 2013 2014 2015 2016

    2012 2013 2014 2015 2016

    Não discriminado

    Outras espécies Total

    Pinheiro bravo

    Matos e pastagens

    Eucalipto

    Outras espécies

    Matos e pastagens

    Eucalipto

    Outros usos

    Pinheiro bravo

    Fonte: ICNF

    Fonte: ICNF

    Figura 2.10

    Figura 2.11

  • INDICADORES FLORESTAIS

    29

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Uso do Fogo

    Indeterminadas Acidentais

    NaturaisIncendiarismo

    Estruturais

    Reacendimentos

    Ocorrências investigadas

    2.3.2 Causas dos Incêndios Florestais

    2.3.3 Acções de Prevenção e Combate das Associadas da CELPA

    Em 2016, 35% dos incêndios investigados tiveram causa indeterminada, 26% deveram-se ao uso negligente do fogo e 22% foram intencionais.

    Tal como nos anos anteriores, em 2016 as empresas associadas voltaram a contratar meios aéreos e terrestres para combate a incêndios rurais.

    Em 2016, arderam 3.520 hectares geridos pelas empresas associadas da CELPA, correspondentes a 1,8% da área sob sua gestão.

    A investigação das causas dos incêndios rurais compete ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (GNR/SEPNA).

    Em 2016, cerca de 78% das 13.261 ocorrências foram alvo de investigação e, dos resultados investigados, não foi possível identificar a causa da ignição em 35% das averiguações.

    Do universo das ocorrências investigadas, cerca de 26% estão associadas a comportamentos negligentes, essencialmente pelo uso do fogo, com destaque para as queimadas. Em sede de incendiarismo, as motivações imputáveis (classe que enquadra motivações como o vandalismo, a provocação para os meios de combate aos incêndios, as manobras de diversão, conflitos com vizinhos e vinganças) estiveram na origem de 22% das ignições com investigação concluída pela GNR/SEPNA.

    Anualmente, as empresas associadas da CELPA levam a cabo acções de silvicultura para prevenção de incêndios que consistem no controlo de vegetação, limpeza de caminhos e aceiros e manutenção e construção da rede viária e divisional. Em 2016, estas acções incidiram sobre uma área de 30,3 mil hectares, ou seja, 18,4% da área de floresta das empresas associadas e representaram um encargo de 3,5 milhões de euros.

    Causas dos Incêndios Florestais

    Fonte: ICNF

    Figura 2.12

    100%

    60%

    80%

    40%

    20%

    0%

  • INDICADORES FLORESTAIS

    30

    Investimento em acções de silvicultura preventiva e área alvo de controlo de vegetação

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Investimento em acções de silvicultura preventiva (mil euros) 1.190 1.785 2.702 2.279 2.387 2.342 2.166 2.370 3.278 3.522

    Área alvo de controlo de vegetação (ha) 15.824 17.675 24.457 21.678 25.707 21.753 24.654 23.466 29.301 30.313

    Fonte: CELPA

    Fonte: AFOCELCA

    Fonte: AFOCELCA

    Tabela 2.6

    Tabela 2.7

    Tabela 2.8

    As empresas associadas da CELPA criaram, em 2002, um Agrupamento Complementar de Empresas denominado AFOCELCA, com o objectivo de gerir o combate aos incêndios rurais que ameacem o seu património.

    De resto, estas empresas, através da CELPA, foram durante anos pioneiras, a nível nacional, na promoção de acções ligadas ao combate de incêndios rurais.

    Desde 1987 que, para além dos meios próprios, as empresas associadas da CELPA contratam e coordenam meios terrestres e aéreos para o combate a incêndios que ameacem o seu património florestal, agindo em áreas próprias ou de outros proprietários, em íntima colaboração com Autoridade Nacional de Protecção Civil.

    Em 2016, arderam 3520 hectares em áreas geridas pelas empresas associadas da CELPA.

    Ocorrências das campanhas de prevenção e combate a incêndios florestais da AFOCELCA

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Média 2007 2015

    Ocorrências em áreas próprias (nº) % %

    Incêndios com dano 78 67 199 167 171 153 143 38 107 126 11,5% 125 18,4%

    Incêndios com perigo 201 201 618 464 603 706 1.103 329 730 968 88,5% 554 81,6%

    Total 313 268 817 631 774 859 1.246 367 837 1.094 100,0% 679 100,0%

    Incêndios particulares (nº) 1.052 1.050 3.752 3.499 4.048 2.863 2.657 1.171 2.604 2.043 - 2.522 -

    Total de ocorrências 1.365 1.318 4.569 4.130 4.822 3.722 3.903 1.538 3.441 3.137 - 3.201 -

    2.3.4 Área ardida das Associadas da CELPA

    Área ardida, por espécie, às empresas associadas da CELPA (ha)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Média 2007 2015

    Eucalipto 297 548 621 987 379 981 2.027 425 636 3.359 95,4% 767 76,5%

    Pinheiro bravo 19 15 61 276 14 8 221 2 94 161 4,6% 79 7,9%

    Outras espécies 14 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0,0% 2 0,2%

    Outras áreas 146 121 112 670 343 0 0 0 0 0 0,0% 155 15,4%

    Total área ardida 476 685 797 1.932 737 988 2.247 427 730 3.520 100,0% 1.002 100,0%

  • INDICADORES FLORESTAIS

    31

    Fonte: AFOCELCATabela 2.9

    Nos últimos dez anos, apenas em 2016 é que a percentagem da área florestal que, em média, arde anualmente às empresas associadas da CELPA se aproximou dos 2% da área total, chegando aos 1,8%.

    Os helicópteros ao serviço das empresas associadas da CELPA voaram, nos últimos dez anos, em média, 158,2 horas por campanha, ten-do-se registado um máximo em 2009, com 223 horas de voo.

    A certificação da gestão florestal é um instrumento voluntário que permite melhorar a qualidade da gestão florestal e demonstrar que a mesma é realizada de uma forma responsável, tendo em conta os aspectos económicos, sociais e ambientais. Esta preocupação abrange também os recursos naturais com que a floresta interage, bem como as populações que dela dependem e adquiriu um estatuto de âmbito internacional a partir da Conferência Interministerial para a Protecção da Floresta da Europa, em Helsínquia (1991) e da Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro.

    Tempos de actuação e horas de voo dos helicópteros contratados pelas empresas associadas da CELPA

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Média 2007 2015

    Tempos de actuação (minutos)

    Despacho 00:32 01:15 01:32 02:19 01:20 01:22 01:51 01:03 01:04 01:07 - 01:22 -

    Chegada 28:02 25:28 30:20 32:14 29:46 27:55 30:05 26:01 30:17 32:35 - 28:54 -

    Horas de voo dos helicópteros

    Afocelca 136,7 169,8 223,0 129,8 150,8 132,1 178,5 70.5 167.5 196,4 100% 151,0 98,1%

    Outras instituições 3,3 0,0 0,0 0,0 0,0 2,2 17,8 0.0 3.5 0,0 0% 3,0 1,9%

    Total horas de voo 140,0 169,8 223,0 129,8 150,8 134,3 196,3 70.5 171.0 196,4 100% 153,9 100,0%

    2.4 Certificação de Gestão Florestal Sustentável

    2.4.1 Evolução da Certificação Florestal no Mundo

    No final de 2016, a área florestal gerida em todo o mundo sob a certificação dos sistemas PEFC™ e FSC® foram respectivamente 301 e 194 milhões de hectares.

    Percentagem de área ardida às empresas associadas da CELPA

    Fonte: CELPA e AFOCELCA

    Figura 2.13

    Eucalipto Outras áreas

    Pinheiro bravo Total

    2008 20112007 20102009 2012 2013 2014 2015 20160

    1%

    2%

    3%

    4%

  • INDICADORES FLORESTAIS

    32

    O PEFC™ (Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes) continua a ser o sistema com maior área florestal certificada, com 301 milhões de hectares, localizados maioritariamente na América e Europa. O FSC® (Forest Stewardship Council) representa 194 milhões de hectares de floresta certificada também localizados maioritariamente na América e Europa.

    Por outro lado, o número de certificados de Cadeia de Custódia/Responsabilidade, que se aplica a indústrias ou agentes que transformam, processam e/ou vendem produtos de origem florestal, é bastante superior no caso do FSC®, com 31,9 mil, do que no PEFC©, com 11,1 mil.

    As empresas associadas da CELPA, como transformadores responsáveis de madeira, reconhecem ser da maior importância a Gestão Sustentável dos recursos florestais do país e encontram-se, desde o final da década de 90, activamente envolvidas no estabelecimento de requisitos de Gestão Florestal Sustentável, na implementação de esquemas de certificação florestal e na comunicação da madeira como uma matéria-prima de excelência.

    A CELPA integra, desde a sua formação, a entidade responsável pela criação da Norma Portuguesa 4406 “Sistemas de Gestão Florestal Sustentável – Aplicação dos Critérios e Indicadores” (NP4406), o Conselho da Fileira Florestal Portuguesa. Este organismo foi também responsável pelo desenvolvimento do “Código de Boas Práticas para a Gestão Florestal Sustentável”, como apoio à implementação da NP4406.

    Em 2004 foi realizada a revisão de conformidade do Sistema de Certificação da Gestão Florestal Sustentável (PEFC™ Portugal) com os critérios para o mútuo reconhecimento de sistemas do PEFC™ Council. Em Dezembro desse ano o sistema foi formalmente reconhecido, estando, desde então, disponível para ser utilizado pelos produtores florestais portugueses.

    Fonte: PEFC© Council e FSC®

    Figura 2.15

    Evolução mundial do número de certificados de cadeia de custódia/responsabilidade - FSC® e PEFC©

    2.4.2 Certificação de Gestão Florestal Sustentável em Portugal

    Em 2016, a gestão florestal praticada pela The Navigator Company e pelo Grupo Altri encontrava-se certificada pelo PEFC™ e pelo FSC®.

    25000

    30000

    35000

    15000

    20000

    10000

    5000

    Oceânia

    Oceânia

    Europa

    Europa

    América

    América

    África

    África

    Ásia

    Ásia

    Fonte: PEFC© Council e FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    FSC®

    PEFC

    ©PE

    FC©

    PEFC

    ©PE

    FC©

    PEFC

    ©PE

    FC©

    PEFC

    ©PE

    FC©

    PEFC

    ©PE

    FC©

    PEFC

    ©

    PEFC

    ©

    PEFC

    ©

    PEFC

    ©

    PEFC

    ©

    PEFC

    ©

    Figura 2.14

    Evolução mundial da área florestal com gestão certificada - FSC® e PEFC©

    250

    300

    2009

    2009

    2010

    2010

    2011

    2011

    2012

    2012

    2013

    2013

    2014 2015 2016

    2014 2015 2016

    150

    200

    100

    50

    0

    0

    (milh

    ões d

    e he

    ctar

    es)

  • INDICADORES FLORESTAIS

    33

    2.5 Investigação e Desenvolvimento Florestal

    2.6 Formação Profissional Florestal

    Anualmente, as empresas associadas da CELPA realizam fortes investimentos nos seus programas de investigação e desenvolvimento florestal.

    Os objectivos destes programas passam por promover a Gestão Florestal Sustentável, a qualidade da madeira para a produção de pasta para papel e a produtividade dos povoamentos de eucalipto, principalmente através do melhoramento genético, mas também da protecção contra pragas e doenças, da fertilização e nutrição e da eficiência das operações de exploração e transporte.

    Em meados de 2006, a WWF assumiu a responsabilidade de implementar a Iniciativa Nacional FSC®, compromisso tornado público num fórum de âmbito nacional no dia 6 de Dezembro de 2006. Ao longo de 2007 coordenou as reuniões técnicas de adaptação dos Princípios e Critérios FSC® ao contexto socioeconómico e ecológico português e acompanhou a constituição formal da associação ambiental que iria representar as actividades do FSC® em Portugal.

    No final de 2016, a gestão praticada pelas empresas associadas da CELPA encontrava-se certificada pelos sistemas FSC® e PEFC™, o que corresponde a 53,3% da área total cuja gestão se encontra certificada em Portugal pelo FSC® e a 76,6% pelo PEFC™, respectivamente.

    Em 2016, as empresas associadas da CELPA também detinham as suas Cadeias de Custódia/Responsabilidade certificadas tanto pelo PEFC™ como pelo FSC®.

    As empresas associadas da CELPA tomam a seu cargo a formação e sensibilização para o desempenho dos colaboradores com responsabilidades operacionais, estabelecendo anualmente planos de formação adequados às suas necessidades específicas.

    Estas acções não se restringem aos seus quadros próprios, estendendo-se a todos os prestadores de serviços, aos fornecedores de madeira e a técnicos das associações de produtores florestais, tendo em vista a melhoria da eficiência das operações, bem como o cumprimento das normas essenciais de segurança e de respeito pelo ambiente.

    Assim, em 2016, desenvolveram-se acções de formação, de sensibilização e de divulgação técnica, ambiental e de segurança, maioritariamente a colaboradores internos, mas também com a presença de fornecedores de serviços e de madeira, num total de 5777 horas.

    Em 2016, as empresas associadas da CELPA investiram 5,6 milhões de euros em investigação e desenvolvimento florestal.

    Em 2016, as empresas associadas da CELPA desenvolveram acções de formação num total de 5777 horas.

    Investimento em investigação e desenvolvimento florestal (mil euros)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    2.589 2.875 2.803 2.500 2.955 3.456 4.458 4.024 3.305 5.648

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Tabela 2.10

    Tabela 2.11

    Formação profissional florestal (horas)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    2.575 6.038 9.123 5.425 7.360 4.148 7.426 7.289 5.052 5.777

  • 03INDICADORES DE PRODUÇÃO INDÚSTRIA DE PASTA

    A aquisição e o consumo de madeira de eucalipto aumentaram 2,8% e 0,5% em 2016, respectivamente.

    As importações representaram 25% da madeira adquirida em 2016.

    Em 2016, a produção nacional de pastas de fibra virgem aumentou 2,5%.

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO – INDÚSTRIA DE PASTA

    36

    3.1 Aquisição e Consumo de Madeira de Eucalipto

    Fonte: CELPA

    Figura 3.1

    Fonte: CELPA

    Tabela 3.1

    0

    1000

    m3

    eq. s

    / cas

    ca

    A aquisição e o consumo de madeira de eucalipto aumentaram 2,8% e 0,5% em 2016, respectivamente.

    As importações representaram 25% da madeira adquirida em 2016.

    1,000

    2,000

    3,000

    4,000

    5,000

    6,000

    7,000

    8,000

    2007 2009 20112008 2010 2012 2013 2014 2015 2016

    Aquisição de madeira de eucalipto por origem

    Mercado Externo

    Mercado Nacional

    Aquisição de madeira de eucalipto por origem, (1000 m3 eq. s/ casca)

    Origem 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Nacional 5.327 5.504 4.225 4.462 4.627 5.179 5.151 5.469 6.033 5.981

    Mercado Externo 497 878 1.031 2.169 2.402 1.574 2.324 2.206 1.679 1.949

    Total Eucalipto 5.824 6.382 5.256 6.631 7.029 6.753 7.474 7.675 7.712 7.930

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO – INDÚSTRIA DE PASTA

    37

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Figura 3.2

    Figura 3.3

    Tabela 3.2

    Taxa de importação de madeira de eucalipto

    Eucalipto

    80 %

    90 %

    100 %

    40 %

    70 %

    30 %

    60 %

    20 %

    50 %

    10 %

    0 %

    Aquisição e consumo de madeira de eucalipto (1000 m3 eq. s/ casca)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Aquisição 5.824 6.382 5.256 6.631 7.029 6.753 7.474 7.675 7.712 7.930

    Consumo 5.375 5.503 6.145 6.400 6.728 7.046 7.498 7.695 7.760 7.795

    Aquisição

    Consumo

    Aquisição e consumo de madeira de eucalipto

    2007 2009 20112008 2010 2012 2013 2014 2015 2016

    8,000

    7,000

    3,000

    6,000

    2,000

    4,000

    5,000

    1,000

    0

    1000

    m3

    eq. s

    / cas

    ca

    2007 2009 20112008 2010 2012 2013 2014 2015 2016

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO – INDÚSTRIA DE PASTA

    38

    Por alterações na metodologia de reporte, a comparação directa entre 2016 e os anos anteriores não é possível.

    Em 2016, a produção nacional de pastas de fibra virgem aumentou 2,5%.

    Em 2016, a produção nacional de pastas de fibra virgem fixou-se em 2.729 mil toneladas, mais 2,5% do que no ano anterior, resultante da subida de 2,5% na pasta de eucalipto e de 2,7% na pasta de pinho.

    Em 2016, apresentamos o consumo de papel para reciclar do Universo das Associadas da CELPA.

    Fonte: CELPA

    Tabela 3.3

    3.2 Consumo de Papel para Reciclar

    3.3 Produção de Pastas de Fibra Virgem

    Evolução do consumo de papel para reciclar (1.000 ton)

    Designação 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Não Escolhidos 7319%63

    17%41

    11%49

    13%46

    14%69

    25%71

    19%71

    20%71

    19%0

    0%

    Papéis para Cartão Canelado 24364%24765%

    25871%

    26270%

    23269%

    16157%

    23062%

    23063%

    24164%

    17679%

    Papéis para Destintagem 00%0

    0%0

    0%0

    100%0

    200%1

    0%6

    2%6

    2%205%

    00%

    Todos os Outros Tipos de Papéis 6617%68

    18%64

    18%61

    16%56

    17%51

    18%63

    17%58

    16%45

    12%47

    21%

    Total 382,0 377,9 362,8 373,2 333,5 281,8 371,2 365,6 376,8 222,4

    Tabela 3.4

    Produção total de pastas de fibra virgem (1.000 ton)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Eucalipto

    Produção IntegrarProdução MercadoProdução Total

    744 756 840 965 1.171 1.120 1.163 1.170 1.100 1.109

    1.065 1.077 1.191 1.074 1.048 1.204 1.288 1.293 1.400 1.454

    1.809 1.833 2.032 2.039 2.219 2.324 2.451 2.463 2.500 2.563

    Pinho

    Produção IntegrarProdução MercadoProdução Total

    171 178 150 163 150 164 170 168 162 166

    112 10 0 62 81 0 0 0 0 0

    283 188 150 224 231 164 170 168 162 166

    Total

    Produção IntegrarProdução MercadoProdução Total

    915 935 991 1.128 1.321 1.284 1.333 1.338 1.262 1.275

    1.177 1.087 1.191 1.136 1.129 1.204 1.288 1.293 1.400 1.454

    2.092 2.022 2.182 2.263 2.4450 2.489 2.621 2.631 2.662 2.729

    Fonte: CELPA

    Nota: devido a alterações na estrutura associativa da RECIPAC, esta edição do Boletim Estatístico deixou de contar com a incorporação dos dados que connosco eram partilhados, não sendo por isso possível a comparação directa entre o ano de 2016 e os anteriores.

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO – INDÚSTRIA DE PASTA

    39

    Por alterações na metodologia de reporte, a comparação directa entre 2016 e os anos anteriores não é possível.

    Em 2016, 43% da pasta de eucalipto produzida foi posteriormente integrada em papel na mesma unidade fabril, continuando a pasta de pinho a ser totalmente integrada em papel e cartão.

    Conforme referido anteriormente, em 2016 apresentamos a produção de pastas de fibra secundária do Universo das Associadas da CEL-PA, tendo esta se fixado nas 197 mil toneladas.

    3.4 Produção de Pastas de Fibra Recuperada

    Fonte: CELPA

    Figura 3.5

    Proporção de pastas de fibra virgem para integração

    Eucalipto

    Pinho

    2007 2009 20112008 2010 2012 2013 2014 2015 2016

    Produção de pastas de papel para reciclar por tipo (1.000 ton)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016Produção

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalProdução

    TotalPara

    MercadoPara

    Integrar

    Destintadas 34 46 45 41 78 34 41 39 41 33 0 33

    Não Destintadas 315 282 270 285 242 223 268 262 274 164 0 164

    Total 349 328 315 326 320 258 309 301 315 197 0 197

    Fonte: CELPA

    Tabela 3.5

    80 %

    90 %

    70 %

    100 %

    40 %

    60 %

    50 %

    30 %

    10 %

    20 %

    0 %

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO – INDÚSTRIA DE PASTA

    40

    Fonte: CELPA

    Tabela 3.6

    3.5 Produção Própria Para Integrar

    Em 2016, a produção própria de pastas de fibra virgem aumentou 1%.

    Produção de pastas para integração em papel (1000 ton)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Pastas de Fibra Virgem 915 938 991 1.128 1.321 1.284 1.333 1.338 1.262 1.275

    Fibra secundária /Papel para reciclar 349 328 315 326 320 258 309 301 315 197

    Total 1.264 1.263 1.306 1.453 1.641 1.542 1.642 1.639 1.577 1.472

  • 04INDICADORES DE PRODUÇÃO INDÚSTRIA DE PAPEL E CARTÃOO consumo de pastas para papel aumentou 1,2%.

    A produção total de papel e cartão aumentou 3,6%.

    A produção de papéis de impressão e escrita aumentou 2,1%.

    A produção de coberturas para cartão canelado aumentou 10,7%.

    A produção de papéis de uso doméstico e sanitário aumentou 3,2%.

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO - INDÚSTRIA DE PAPEL E CARTÃO

    42

    4.1 Consumo de Pastas para Papel

    4.2 Produção de Papel e Cartão

    O consumo de pastas para produção de papel cifrou-se, em 2016, em 1.785,2 mil toneladas, mais 1,2% do que no ano anterior.

    A produção total de papel e cartão, em 2016, foi de 2.300,2 mil toneladas, representando um acréscimo de 3,6%, relativamente a 2015.

    Consumo de pastas para produção de papel por origem

    Pasta de Mercado(Interno e Externo)

    Fibra Secundária / Papel para reciclar

    Pasta Integrada

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Figura 4.1

    Tabela 4.1

    1000

    tone

    lada

    s

    02008 20102007 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Consumo de pastas para produção de papel por origem (Un.1000 ton)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Pasta Integrada 915,1 934,8 991,0 1.127,6 1.320,6 1.284,4 1.332,9 1.334,6 1.261,6 1.274,9

    Pasta de Mercado (Interno e Externo) 169,0 173,6 175,6 193,7 175,3 163,4 183,3 176,6 188,5 194,2

    Fibra Secundária / Papel para reciclar

    349,4 327,9 314,8 325,8 296,3 257,7 309,2 301,1 314,6 316,1

    Consumo 1.433,5 1.436,3 1.481,4 1.647,1 1.792,2 1.705,6 1.825,3 1.815,4 1.764,6 1.785,2

    A produção total de papel e cartão aumentou 3,6%.

    A produção de papéis de impressão e escrita aumentou 2,1%.

    A produção de coberturas para cartão canelado aumentou 10,7%.

    A produção de papéis de uso doméstico e sanitário aumentou 3,2%.

    2.000

    1.800

    1.600

    1.400

    1.200

    1.000

    800

    600

    400

    200

  • INDICADORES DE PRODUÇÃO - INDÚSTRIA DE PAPEL E CARTÃO

    43

    Fonte: CELPA

    Tabela 4.2

    Evolução da produção de papel por tipos (Un.1000 ton)

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Papel e Cartão não revestido (UWF)

    1.056,1 1.064,2 1.088,3 1.430,6 1.551,7 1.553,0 1.559,8 1.581,7 1.597,8 1.631,5

    64,2% 64,0% 67,2% 70,3% 72,9% 73,3% 71,7% 72,3% 71,9% 70,9%

    Papéis Sanitários e de Usos Domésticos

    72,3 72,6 89,0 117,4 111,9 92,0 100,5 97,2 106,2 109,5

    4,4% 4,4% 5,5% 5,8% 5,3% 4,3% 4,6% 4,4% 4,8% 4,8%

    Coberturas de Cartão Canelado

    356,6 390,2 368,1 432,3 402,2 395,4 393,9 386,4 395,7 438,1

    21,7% 23,5% 22,7% 21,2% 18,9% 18,6% 18,1% 17,7% 17,8% 19,0%

    Papéis e Cartões para embalagem e empacotamento

    133,4 131,0 72,1 53,7 47,0 40,1 79,7 79,7 78,6 78,6

    8,1% 7,9% 4,5% 2,6% 2,2% 1,9% 3,7% 3,6% 3,5% 3,4%

    Outros papéis26,4 3,5 2,2 1,9 15,1 39,6 42,6 42,6 42,6 42,6

    1,6% 0,2% 0,1% 0,1% 0,7% 1,9% 2,0% 1,9% 1,9% 1,8%

    Total 1.644,8 1.661,6 1.619,7 2.035,9 2.127,8 2.120,1 2.176,5 2.187,5 2.220,9 2.300,2

    Fonte: CELPA

    Figura 4.2

    1000

    tone

    lada

    s

    2008 20102007 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Produção de papel por tipo

    Em 2016, os Papéis para Usos Gráficos representaram 70,9% da produção nacional de papel, as Coberturas de Cartão Canelado representaram 19,0% e os Papéis Domésticos 4,8%.

    Outros

    Papéis e Cartões para Embalagem e Empacotamento

    Papéis para usosGráficos

    Papéis Domésticos

    Coberturas de CartãoCanelado

    2.500

    2.000

    1.500

    1.000

    500

    0

  • 05INDICADORES DE COMÉRCIO

    A quantidade de pasta vendida aumentou 2,3% em relação a 2015.

    A quantidade de papel e cartão vendida aumentou 2,0% face a 2015.

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • INDICADORES DE COMÉRCIO

    46

    5.1 Pasta para Papel

    Fonte: CELPA e INE

    Fonte: CELPA e INE

    Figura 5.1

    Tabela 5.1

    Vendas totais de Pasta para Papel

    2008 20102007 2009 2012 2013 2014 2015 20162011

    Mercado Nacional

    Exportações

    1000

    tone

    lada

    s

    Venda de Pasta para Papel (Un.1000 ton) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Comunitário 451,4 477,4 635,3 678,3 873,1 959,6 986,9 912,7 994,9 955,6

    Outros Países da Europa 2,8 1,9 11,9 10,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

    Continente Americano 0,0 0,0 0,0 3,5 6,1 4,9 0,1 1,7 0,1 0,0

    Médio Oriente, Ásia e Oceania 28,2 17,0 61,2 50,7 128,0 111,4 158,4 212,2 171,5 277,6

    África 6,3 1,8 14,4 9,2 6,6 4,9 20,4 17,6 23,4 6,9

    Não especificado 497,7 383,3 276,0 163,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Exportações 986,4 881,4 998,7 915,0 1.013,7 1.080,7 1.165,8 1.144,2 1.190,0 1.240,2

    Mercado Nacional 104,1 82,8 49,6 90,2 81,0 74,7 87,5 78,5 106,2 86,5

    Vendas 1.090,5 964,3 1.048,3 1.005,2 1.094,7 1.155,4 1.253,3 1.222,7 1.296,2 1.326,6

    Em linha com os sinais de retoma económica, as importações nacionais de pasta para papel têm vindo a aumentar desde 2010, situando-se em 2016 nas 153 mil toneladas, ou seja, mais 21,0% face a 2015.

    O mercado comunitário, incluindo Portugal, é o principal destino da pasta para papel nacional, absorvendo, em 2016, 78,6% das vendas. Seguem-se o Médio Oriente, a Ásia e a Oceânia com 20,9%.

    Em 2016, Portugal, segundo dados do INE, exportou pasta para papel para 23 países, verificando-se um aumento nas vendas de 2,3% face a 2015.

    Este capítulo apresenta valores revistos relativamente a edições passadas.

    Em 2016, a quantidade de pasta vendida aumentou 2,3%.

    O mercado comunitário absorveu 77,1% das exportações nacionais e o mercado nacional foi o destino de 6,5% das vendas de pasta para papel.

    1.400

    1.200

    1.000

    800

    600

    400

    200

    0

  • INDICADORES DE COMÉRCIO

    47

    5.2 Papel para Reciclar

    Fonte: INE

    Fonte: INE

    Figura 5.3

    Tabela 5.2

    Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfato

    Pasta Química para Dissolução

    Outras

    Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfato

    Pasta Mecânica e Semi-Química

    Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfito

    Pasta de Coníferas Crua ao Sulfato

    Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfito

    A maior parte da pasta importada é de coníferas branqueada ao sulfato, que representa 62,1% do total importado e que não se fabrica no nosso País, seguida da pasta branqueada de folhosas ao sulfato, com 33,6%.

    A exportação de papel para reciclar aumentou 23,0% face ao ano anterior, com Espanha a representar o principal destino, com 61,0% do volume total exportado.

    Importações de Pastas para Papel por Tipo (Un.1000 ton) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Pasta Mecânica e Semi-Química 0,4 0,3 0,2 0,3 1,2 1,9 5,8 10,7 3,2 2,4

    Pasta Química para Dissolução 0,0 11,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfato 19,1 27,5 13,1 12,6 74,3 70,2 84,4 80,5 90,7 95,3

    Pasta de Coníferas Crua ao Sulfato 6,9 5,0 4,5 6,0 5,5 6,3 5,8 4,0 3,9 3,5

    Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfato 7,7 7,5 14,0 14,6 12,8 15,5 25,3 26,5 26,9 51,6

    Pasta de Coníferas Branqueada ao Sulfito 0,3 0,3 0,4 0,5 0,5 0,4 0,5 0,3 0,1 0,3

    Pasta de Folhosas Branqueada ao Sulfito 0,4 0,9 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2

    Outras 0,1 0,2 0,5 0,2 0,2 0,1 1,0 0,1 1,9 0,2

    Não discriminada 46,8 31,9 59,4 25,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Total 81,7 85,5 92,5 61,8 94,7 94,5 122,9 123,2 126,9 153,5

    O volume de exportações de papel para reciclar aumentou 23,0% face a 2015.

    As importações de papel recuperado aumentaram 5,6% em relação a 2015.

    Importações de Pastas para Papel por Tipo em 2016

    33,6%

    1,6%0,2%0,0%0,2% 0,1%

    62,1%

    2,3%

    Fonte: INE

    Figura 5.2

    Importações Totais de Pastas para Papel

    2008 20102007 2009 2012 2013 2014 2015 20162011

    1000

    tone

    lada

    s 120

    140

    160

    0

    20

    40

    60

    80

    100

  • INDICADORES DE COMÉRCIO

    48

    A importação de papel para reciclar também aumentou, em 2016, 5,6% face ao ano anterior.

    Tal como na pasta para papel, também os principais consumidores do papel e cartão produzido em Portugal são Europeus: Espanha (18,7%), Portugal (10,9%) França (9,5%), Alemanha (8,6%) e Itália (6,7%).

    A seguir, e fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos da América, com 5,9%.

    Em 2016, Portugal, segundo dados do INE, exportou papel e cartão para cerca de 160 mercados internacionais (países e regiões administrativas), verificando-se um aumento nas vendas para mercado de 2,0% face a 2015.

    Importações de Papel para Reciclar (Un.1000 ton)2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Comunitário 6,4 14,0 10,5 36,8 13,7 15,5 20,1 23,4 18,2 20,1

    Espanha 6,3 14,0 10,3 36,7 13,6 15,4 19,8 20,5 17,9 19,8

    Resto do Mundo 1,8 1,8 0,0 0,3 1,5 2,5 3,6 2,2 0,8 0,0

    Total 8,1 15,8 10,6 37,1 15,2 18,0 23,7 25,6 19,1 20,1

    A quantidade de papel e cartão vendida aumentou 2,0% em relação a 2015.

    As exportações de papel e cartão aumentaram 2,3%, mas as vendas no mercado nacional desceram 0,1%.

    A União Europeia absorveu 58,7% das exportações nacionais de papel e cartão.

    As importações de papel e cartão diminuíram 3,5% em relação ao ano anterior.

    5.3 Papel e Cartão

    Fonte: CELPA e INE

    Tabela 5.4

    Vendas totais de Papel e Cartão

    Fonte: CELPA e INE

    Figura 5.4

    Mercado Nacional

    Exportações

    1000

    tone

    lada

    s

    2008 20102007 2009 2012 2013 2014 2015 20162011

    Fonte: CELPA e INE

    Tabela 5.3

    Exportações de Papel para Reciclar (Un.1000 ton)2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Comunitário 403,3 388,2 374,2 398,9 387,0 353,3 338,8 321,2 331,7 335,4

    Espanha 366,9 341,6 301,6 347,8 331,2 311,1 312,9 294,7 299,7 270,1

    Resto do Mundo 36,2 51,1 100,2 80,4 91,5 58,9 53,9 52,7 28,0 107,2

    Total 439,5 439,5 474,3 479,3 478,5 412,2 392,7 373,9 359,7 442,6

    2.500

    2.000

    1.500

    1.000

    500

    0

  • INDICADORES DE COMÉRCIO

    49

    Em 2016, as importações de papel e cartão diminuíram 3,5% face a 2015. Tal como em anos anteriores, os tipos de papel e cartão mais importados correspondem a produtos onde a capacidade de produção nacional é inexistente, caso do papel de jornal, ou inferior às necessidades, como é o caso dos papéis e cartões para embalagem e empacotamento.

    Fonte: CELPA e INE

    Tabela 5.5

    Vendas de Papel e Cartão (Un.1000 ton)2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Comunitário 937,7 975,7 1.002,8 1.088,5 1.305,3 1.380,6 1.348,4 1.372,2 1.385,5 1.414,0

    Outros Países da Europa 18,5 26,1 30,3 34,3 36,1 37,1 28,9 27,7 30,0 35,7

    Continente Americano 3,5 26,5 29,3 48,3 195,2 196,5 234,2 235,9 241,6 210,9

    Médio Oriente, Ásia e Oceania 34,4 38,5 77,6 100,0 197,6 142,2 179,4 194,0 181,5 217,1

    África 55,6 66,0 84,6 117,4 216,7 220,8 240,1 255,9 258,6 267,3

    Não especificado 403,4 314,9 272,1 468,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Exportações 1.453,0 1.447,6 1.496,6 1.856,8 1.951,0 1.977,2 2.031,1 2.085,7 2.097,1 2.145,0

    Mercado Nacional 294,0 280,0 240,0 269,0 349,0 243,0 179,0 190,0 263,4 263,2

    Vendas 1.747,0 1.727,6 1.736,6 2.125,8 2.300,0 2.220,2 2.210,1 2.275,7 2.360,6 2.408,2

    Fonte: INE

    Figura 5.5

    1000

    tone

    lada

    s

    Importações Totais de Papel e Cartão

    2008 20102007 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    200

    600

    400

    800

    1.000

    1.200

    0

  • INDICADORES DE COMÉRCIO

    50

    Fonte: INE

    Tabela 5.6

    Tabela 5.7

    Tabela 5.8

    Importações de Papel e Cartão (Un.1000 ton)2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Papel de Jornal 120,2 107,7 98,7 77,4 69,7 58,6 57,5 49,9 56,3 47,1

    Papéis Gráficos com Pasta Mecânica 126,1 130,3 109,8 137,5 115,1 94,3 90,2 95,2 88,4 86,5

    Papéis Gráficos sem Pasta Mecânica 175,6 157,8 143,7 151,2 135,2 124,7 122,7 121,4 126,5 118,0

    Papéis de Uso Doméstico e Sanitário 95,8 94,0 97,9 103,6 90,6 84,3 77,6 85,2 82,2 66,1

    Coberturas de Cartão Canelado 260,8 247,0 250,0 274,6 280,7 274,1 300,7 331,0 332,2 328,7

    Papéis e Cartões para Embalagem e Empacotamento

    178,4 171,8 187,3 212,5 222,9 221,3 236,8 232,3 258,6 253,5

    Outros Papéis e Cartões 153,9 151,4 159,3 163,8 161,7 114,5 113,3 121,9 129,4 135,9

    Não Discriminados 3,2 3,7 4,3 3,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Total 1.113,8 1.063,7 1.051,1 1.124,2 1.076,0 971,8 988,7 1.036,9 1.073,7 1.035,8

    Consumo Aparente de Papel e Cartão (mil ton)2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    Consumo de papel e cartão (mil ton)

    1.305,5 1.277,6 1.174,2 1.303,3 1.252,8 1.114,7 1.134,1 1.138,7 1.197,4 1.191,1

    Variação 5,8% -2,1% -8,1% 11,0% -3,9% -11,0% 1,7% 0,4% 5,2% -0,5%

    Consumo de Papel e Cartão per capita2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

    População (mil habitantes) 10.543,0 10.558,2 10.568,2 10.573,1 10.557,6 10.514,8 10.457,3 10.401,1 10.358,1 10.325,5

    Consumo de papel e cartão (kg/habitante) 123,8 121,0 111,1 123,3 118,7 106,0 108,4 109,5 115,6 115,4

    Fonte: CELPA e INE

    Fonte: CELPA e INE

    O consumo aparente de papel e cartão, ou seja, a produção nacional somada das importações e subtraída das exportações (sem considerar a variação de stocks) diminuiu 0,5% face a 2015.

    Em média, cada português consumiu 115,4 kg de papel e cartão em 2016.

  • 06INDICADORES AMBIENTAISMelhorias ambientais na generalidade dos parâmetros de qualidade do efluente liquido e gasoso:

    • Carga de compostos halogenados (específico) decresceu cerca de 1%

    • Carga de fósforo reduziu cerca de 13%, por tonelada produzida

    • Redução na emissão de partículas em cerca de 9%, por tonelada produzida

    • Redução de cerca de 5% na emissão total de Gases com Efeito de Estufa.

    Indústria Papeleira Portuguesa

  • INDICADORES AMBIENTAIS

    52

    6.1 Captação e Utilização de Água

    Informação ambiental adicional sobre cada uma das empresas associadas da CELPA pode ser encontrada consultando a base de dados E-PRTR (Registo de Emissões e Transferências de Poluentes) disponível: http://prtr.ec.europa.eu/#/home

    As exigências ambientais, bem como o respectivo acervo legislativo ambiental a que as empresas estão sujeitas é cada vez mais exigente e constante, obrigando a grandes investimentos quer na implementação de melhorias em sistemas de gestão eficazes, quer na implemen-tação das melhores técnicas disponíveis, quer ao nível ambiental, energético, da qualidade e Segurança e Higiene no Trabalho.

    A utilização de água por tonelada produzida tem conhecido um sucessivo e consistente decréscimo ao longo dos últimos anos. Nos últi-mos 10 anos, a mesma quantidade de pasta é produzida com menos 5 m3 de água, o que equivale a uma redução de cerca de 19%. Em 2016, a captação de água total foi aproximadamente de 102 milhões de m3.

    Salienta-se a tendência observada nos últimos anos de melhoria na eficiência da utilização do recurso água.

    A utilização específica de água aumentou 0,4%, face a 2015.

    Quantidade total de água utilizada aumentou 2%, relativamente a 2015.

    Fonte: CELPA

    Figura 6.1

    2008 2010 2012 2013 2014 2015 201620092007 2011

    milh

    ões m

    3

    m3 p

    or to

    n de

    pro

    duçã

    oVolume CaptadoTotal

    Água Captada /ton. de Produção

    Captação de Água Total - Volume Captado Total

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    Fonte: CELPA

    Figura 6.2

    2008 2010 2012 2013 2014 2015 201620092007 2011

    milh

    ões m

    3

    Captação de Água Total - Origem da Água

    Águas Superficiais

    Águas Subterrâneas

    Em 2016, a água utilizada pela indústria papeleira, à semelhança de anos anteriores, teve origem principalmente em captações superficiais (rios e albufeiras) que representaram cerca de 65% do total de água captada.

    125

    100

    75

    70

    40

    60

    30

    10

    50

    20

    0

    50

    25

    0

  • INDICADORES AMBIENTAIS

    53

    6.2 Efluentes Líquidos

    Os resultados apresentados são o corolário dos constantes investimentos verificados nesta área. A modernização e a adopção das “Melhores Técnicas Disponíveis” para o sector, bem como o empenho das empresas associadas da CELPA na melhoria contínua do seu desempenho ambiental, permitiram que se atingissem níveis bastante positivos.

    Sendo que a maioria dos associados da CELPA se concentra junto à costa e no Vale do Tejo, o destino dos efluentes reflecte essa mesma localização. Em 2016, 63% dos efluentes líquidos foram descarregados no oceano, 23% em estuários e 14% em rios e albufeiras. As descar-gas realizadas no oceano são efectuadas a uma distância considerável da linha de costa com recurso a emissários submarinos, reduzindo assim o impacto nos ecossistemas locais.

    Quantidade de efluente específico diminuiu 1%.

    Carência Bioquímica de Oxigénio (específico) aumentou 2%.

    Carga de Fósforo (específico) decresceu 14%.

    Carga de compostos organoclorados reduziu 1%, por tonelada produzida.

    Relativamente a 2015:

    Oceano

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    Figura 6.3

    Figura 6.4

    milh

    ões m

    3

    1.00

    0 m

    3

    m3 /

    ton

    de p

    rodu

    ção

    Efluente LíquidoProduzido

    Rios, Albufeirase Lagos

    Efluente Líquido /ton. de Produção

    Estuários

    Rejeição de Efluentes Líquidos - Volume Total

    Rejeição de Efluentes Líquidos - Destino do Efluente

    2008 2010 2012 2013 2014 2015 201620092007 2011

    2008 2010 2012 2013 2014 2015 201620092007 20110 0

    20

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    0

    10

    4020

    6030

    80

    40

  • INDICADORES AMBIENTAIS

    54

    Todo o efluente líquido produzido é previamente tratado antes de ser libertado no meio receptor, traduzindo-se em 99,7% do efluente com tratamento primário seguido de um tratamento secundário (tratamento biológico).

    Figura 6.5

    Figura 6.6

    Qualidade do Efluente Líquido - Sólidos Suspensos Totais

    Qualidade do Efluente Líquido - Carência Química de Oxigénio

    Sólidos Suspensos Totais

    CQO Cr Carga Total

    CQO / ton. de Produção

    Sólidos Suspensos Totais/ ton. de Produção

    mil

    ton.

    mil

    ton.

    kg /

    ton.

    de

    prod

    ução

    kg /

    ton.

    de

    prod

    ução

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    2008

    2008

    2008

    2010

    2010

    2010

    2012

    2012

    2012

    2013

    2013

    2013

    2014

    2014

    2014

    2015

    2015

    2015

    2016

    2016

    2016

    2009

    2009

    2009

    2007

    2007

    2007

    2011

    2011

    2011

    Figura 6.7

    Qualidade do Efluente Líquido - Carência Bioquímica de Oxigénio

    mil

    ton.

    kg /

    ton.

    de

    prod

    ução

    Fonte: CELPA

    CB05 Carga Total

    CB05 / ton. de Produção

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    45

    5 2,5

    2,5

    2,0

    2,0

    1,5

    1,5

    1,0

    1,0

    0,5

    0,5

    0

    0

    2

    4

    1

    3

    0

    15

    10

    5

    0

    30

    15

    0

    0,0

  • INDICADORES AMBIENTAIS

    55

    Figura 6.8

    Figura 6.9

    Qualidade do Efluente Líquido - Compostos Organoclorados Adsorvíveis

    Qualidade do Efluente Líquido - Azoto Total e Fósforo Total

    AOX Carga Total

    Azoto Total / ton. de Produção

    AOX / ton. de Produção

    Fósforo Total / ton. de Produção

    ton.

    ton.

    kg /

    ton.

    de

    prod

    ução

    g / t

    on. d

    e pr

    oduç

    ãoAzoto Total

    Fósforo Total

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    375

    250

    400 120

    90

    60

    30

    0

    300

    200

    100

    0

    125

    0,000

    0,033

    0,066

    0,100

    02008

    2008

    2010

    2010

    2012

    2012

    2013

    2013

    2014

    2014

    2015

    2015

    2016

    2016

    2009

    2009

    2007

    2007

    2011

    2011

    6.3 Emissões Gasosas

    Redução na emissão de partículas por tonelada produzida em 8%.

    Redução na emissão de compostos reduzidos de enxofre por tonelada produzida em mais de 9%.

    Redução na emissão de Gases com Efeito de Estufa por tonelada produzida em mais de 6%.

    As principais fontes de emissões gasosas na indústria papeleira estão associadas à necessidade de produção de vapor e de electricidade, à recuperação dos químicos de processo e à produção de cal para o processo.

    O indicador “partículas totais” reflecte a quantidade de partículas em suspensão no efluente gasoso. Em 2016, este parâmetro diminuiu 6,6% face aos valores de 2015. Este decréscimo é ainda maior quando expresso por tonelada produzida, tendo decrescido mais de 8%.

    Relativamente a 2015:

  • INDICADORES AMBIENTAIS

    56

    Na emissão de gases acidificantes verificou-se, em 2016, um aumento global de cerca de 11% face a 2015.

    Figura 6.10

    Figura 6.11

    Qualidade do Efluente Gasoso - Partículas Totais

    Qualidade do Efluente Gasoso - Gases Acidificantes

    Emissões Directas por Tipo de Poluente

    PM Total Partículas Totais

    SO2 Óxidos de Enxofre

    NOx Óxidos de Azoto

    H2S Ácido Sulfídrico

    PM / ton. de Produção

    GA / ton. de Produção

    ton.

    1000

    ton.

    SO

    2 eq.

    kg /

    ton.

    de

    prod

    ução

    kg S

    O2

    eq. /

    ton.

    de

    prod

    ução

    Fonte: CELPA

    Fonte: CELPA

    2008