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Boletim Epidemiológico 66 • Setembro 2017 1
Boletim EpidemiológicoEquipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis
66Set/17
Coordenadoria Geral de Vigilância em SaúdeSecretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre
Este Boletim visa informar e
registrar que após 16 anos Porto Alegre
realiza a 2ª Conferência da Vigilância em
Saúde (CMVS). A primeira ocorreu em
outubro de 2001. Já no Brasil será a
primeira, bem como no Estado do Rio
Grande do Sul.
Em junho de 2017, o Ministério
da Saúde envia as diretrizes da 1ª
Conferência Nacional de Vigilância em
Saúde, com o objetivo de construção da
Política Nacional de Vigilância em Saúde,
sendo o tema central da Conferência
“Vigilância em Saúde: Direito, Conquistas e
Defesa de um SUS Público de Qualidade”.
Na construção da 2ª CMVS,
sobcoordenação do Conselho Municipal
deSaúde/CMS da cidade e da Secretaria
Municipal de Saúde/SMS, por meio da
Coordenadoria Geral de Vigilância em
Saúde/CGVS (leia na página 2 texto-
saudação do titular da SMS e da
coordenação do CMS e da CGVS), optou-se
pelo modelo de Conferência Livres que
foram realizadas no período de 10 dejulho
a 14 de agosto. As Conferências Livres
poderiam escolher entre os oito subeixos
que decorrem do eixo principalda
Conferência "Política Nacional deVigilância em Saúde e o fortalecimentodoSUS como direito à Proteção e Promoçãoda Saúde do povo Brasileiro.
A seguir, seguem listados ossubeixos da 2ª CMVS e o número deConferências Livres que os discutiram:I - o papel da vigilância em saúde naintegralidade do cuidado individual ecoletivo em toda a Rede de Atenção àSaúde, 18;II - acesso e integração das práticas eprocessos de trabalho das vigilânciasepidemiológica, sanitária, em saúde
Editorialambiental e do trabalhador e doslaboratórios de saúde pública, 6;III - acesso e integração dos saberes eepidemiológica, sanitária, em saúdeambiental, do trabalhador e doslaboratórios de saúde pública, 5;IV - responsabilidades do Estado e dosgovernos com a vigilância em saúde, 9;V -gestão de risco de estratégias para aidentificação, planejamento, intervenção,r e g u l a ç ã o , a ç õ e s i n t e r s e t o r i a i s ,comunicação e monitoramento de riscos,doenças e agravos à população, 7;VI - monitoramento de vetores e deagentes causadores de doenças e agravos,inclusive as negligenciadas, 5;VII - implementação de polít icasintersetoriais para promoção da saúde eredução de doenças e agravos, inclusive asnegligenciadas,15;V I I I - a p a r t i c i p a ç ã o s o c i a l n ofortalecimento da vigilância em saúde, 11.
Um total de 1.073 pessoasparticipou das Conferências Livres e 250estavam presentes nos dias 25 e 26 deagosto na 2ª CMVS para discutir, aprovar aspropostas municipais e escolher osdelegados para a etapa estadual queocorrerá em 06 a 08 de outubro.
Um grande momento da etapamunicipal foi a decisão da plenária denomear a 2ª Conferência Municipal deVigilância em Saúde como "MárciaCalixto", em uma justa homenagem àenfermeira que foi uma grande guerreirada saúde, especialmente na vigilância daTuberculose, e que, infelizmente, foi vítimade violência.
Todo o registro de fotos, além depalestras, apresentações, regulamento,regimento e propostas realizadase s t ã o d i s p o n í v e i s n o :https://confvigilancia.wixsite.com/2cmvs
Sugestões e colaboraçõespodem ser enviadas para:
Av. Padre Cacique, 372 - EVDT
Menino Deus - Porto Alegre - RS
Secretário Municipal de Saúde
Erno Harzheim
Coordenador da Coordenadoria
Anderson Araújo Lima
das Doenças Transmissíveis
Benjamin Roitman
Membros da Equipe de Vigilância
Geral de Vigilância em Saúde
Chefe da Equipe de Vigilância
das Doenças Transmissíveis
Jornalista Responsável
Patrícia Costa Coelho de Souza
M b 5691 - DRT/RST
Editorial....................................1
Conferência livre EVDT........... 3
Conf. livre Monitoramento........4
2
Tabela Notificações.................
8
Adelaide Kreutz Pustai, Ana Salete de GraawMunhoz, Andréia Rodrigues Escobar, BenjaminRoitman, Elisângela da Silva Nunes, FabianeSaldanha Barcellos, Isete Maria Stella, Laís HaaseLanziotti, Letícia Possebon Muller, Lisiane MoréliaWeide Acosta, Maria de Fátima Pinho de Bem,Marilene Ribeiro Mello, Maristela Fiorini, MelissaSoares Pires, Olino Ferreira, Patrícia ZancanLopes, Raquel Cristine Barcella, Raquel BorbaRosa, Roselane Cavalheiro da Silva, SandraRegina Rosa da Silva, Simone Sá Britto Garcia,Sonia Eloisa Oliveira Freitas, Sônia ReginaCoradini, Sônia Valladão Thiesen
Saudação Coord. CMVS........
bit.ly/boletinsepidemiologicos
Acesso a esta e a edições anteriores:
Conf. livre Comunicação..........5
7
Homenagem a Márcia Calixto..

A Secretaria Municipal de Saúde está extremamente honrada empromover a II Conferência Municipal de Vigilância em Saúde. A Vigilância emSaúde é estratégia fundamental para assegurar a saúde da população e étransversal a todos os níveis assistenciais, atuando desde a promoção de saúdeaté a reabilitação.
Nossa Conferência permitirá aprofundar o debate sobre o papel,estratégias e ações da Vigilância em toda sua amplitude. Os oito eixosacertadamente definidos nas etapas de organização permitirão que adiscussão e as proposições geradas durante a Conferência fortaleçam ecoloquem em evidência a Vigilância em Saúde como eixo fundamental para segarantir um sistema de saúde universal!
Certamente, esta Conferência será fundamental para que a inegávelqualidade da Coordenação de Vigilância em Saúde de Porto Alegre siga aindamelhor seu caminho em defesa da saúde dos cidadãos de Porto Alegre!
Boa conferência a tod@s!
Erno Harzheim
Em outubro de 2001 aconteceu em Porto Alegre a primeira Conferência deVigilância em Saúde. Na época, o modelo e conceito de vigilância em saúde com aintegralidade das Vigilâncias Epidemiológica Sanitária e Ambiental era um sonho euma grande aposta; era um modelo pouco conhecido ainda e às vezes criticado.
Hoje, quase dezesseis anos se passaram e o modelo de Vigilância em Saúdeestá consagrado, no qual as ações de Promoção à Saúde e de Prevenção de Doençase Agravos fazem parte de um SUS que todos, sem exceção, são usuários. Paracelebrar, aperfeiçoar e evitar retrocessos nesta Vigilância em Saúde, com integraçãode todo o Sistema de Saúde, convido a todos para a 2ª CMVS. Boa conferência paratodos!
José Carlos Sangiovanni
Ao longo dos anos, as conferências proporcionaram avanços históricospara a saúde no Brasil. Em 1986, ocorreu a 8ª Conferência Nacional de Saúde,marco da força dos movimentos sociais e da democracia, que garantiu a saúdecomo dever do estado na Carta Magna, em 1988. As deliberações dasConferências Nacionais, previstas pela Lei nº 8.142/1990, são resultantes dosdebates ocorridos nos estados e municípios.
É importante destacar o papel fundamental das Conferências Livres,que são discussões preparatórias da etapa municipal, pelo seu caráter defortalecimento do controle social por meio da mobilização das comunidades eda sociedade civil organizada.
Os debates em torno do tema "Vigilância em Saúde: Direito, Conquistase Defesa de um SUS Público de Qualidade" possibilitarão a construção dediretrizes que garantam equidade, redução das desigualdades sociais eterritoriais que deverão ser incluídas nas ações dos gestores da pasta.
Com certeza, esta conferência irá reforçar o papel fundamental que a vigilância ocupa no dia a dia das pessoas,no cuidado, na prevenção e na promoção de saúde.
O Conselho Municipal de Saúde deseja um grande encontro para todos!
Mirtha Zenker
Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre
Coordenação CGVS
Coordenadora do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre
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Saudação da SMS, CMS e CGVS

Boletim Epidemiológico 66 • Setembro 2017 3
A Conferência Livre da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis
(EVDT)Equipe de Vigilância da EVDT Residentes de Vigilância em Saúde - Andrei da Rocha e João Vinicius Ribeiro Azambuja
A Conferência Livre da EVDT foi realizada no dia 18 de julho, no auditório da CGVS Márcia Calixto, com a abertura deJosé Carlos Sangiovani (Coordenador Adjunto da CGVS) e Representante da Comissão Organizadora da Conferência Livreda EVDT.
Um relato sobre a a importância e metodologia da Conferência Livre de da 2ª Conferência Municipal de Vigilânciaem Saúde foi realizado pela servidora Sônia Regina Coradini e pelo Residente Andrei da Rocha e após foram feitas asseguintes apresentações :a) Histórico e a Perspectiva da vigilância em Saúde -
Servidora Lisiane Acosta;b)As redes de atenção à saúde - Servidora Fátima Ali;c) O Nascimento da Medicina Social - Servidora LetíciaMuller.
A discussão dos sub-eixos I - o papel davigilância em saúde na integralidade do cuidadoindividual e IV - responsabilidades do Estado e dosgovernos com a vigilância em saúde foi realizada comuma metodologia ativa sendo os participantesdivididos em 2 grupos separados de acordo com osubeixo contando com o apoio de facilitadores, oResidente João Vinicius Azambuja e a ServidoraSimone Garcia, de onde foram produzidas aspropostas eleitas para a 2ª CMVS.
As propostas finais da Conferência Livre da EVDT foram:
Eixo I – Proposta 1 - Integrar o processo de vigilância em toda rede de atenção em saúde, de forma sistemática, de acordocom a competência de cada serviço.Proposta 2 - Compor uma rede de assistência que se mantenha conforme os princípios da territorialidade e domonitoramento.Proposta 3 - Fortalecer a integralidade das ações de vigilância epidemiológica com as redes de atenção à saúde mantendoo plantão epidemiológico 24 horas.
Eixo V - Proposta 1 - Garantir e fortalecer a vigilância em saúde, compondo o SUS como política de Estado, sob aresponsabilidade de servidores de carreira pública.Proposta 2 - Assegurar o financiamento do SUS de forma a garantir as ações (Vigilância em saúde, Atenção Básica, média ealta complexidade, assistência farmacêutica, gestão e investimento), de forma equânime e com responsabilidade tripartite.Proposta 3 - Aprimorar e criar canais de comunicação públicos que possibilitem acesso às informações produzidas pelavigilância em saúde para uso da gestão pública e dos cidadãos.
Um importante registro na Conferência Livre da EVDT foi o Banner dos 20 anos de publicação dos BoletinsEpidemiológicos manufaturado pela própria equipe com a história da vigilância das doenças transmissíveis de Porto Alegreque moldura a foto dos participantes abaixo.

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A Conferência Livre coordenada pelo grupo doMonitoramento da Coordenadoria de Vigilância emSaúde foi realizada no dia 11 de agosto, no auditório daCGVS Márcia Calixto, com a participação de 45 pessoasrepresentantes de grupos de monitoramento dasGerências de Saúde, da Assessoria de Planejamento(ASSEPLA), alunos, residentes e servidores do Estado.Na abertura cada participante do GT do Monitoramentoda CGVS se apresentou referindo a gerência distrital queparticipa, e após houve a apresentação do Observatórioda Vigilância em Saúde pela responsável do mesmo, abióloga servidora da CGVS Maria AngélicaWeber.Segui-se a exposição dos representantes do GT demonitoramento da GD Partenon-Lomba do Pinheiro quemostraram a evolução do seu GT de monitoramento esua planilha de indicadores que foi disponibilizada aospresentes.
A discussão dos sub-eixos I - o papel da vigilânciaem saúde na integralidade do cuidado individual e VII -implementação de políticas intersetoriais parapromoção da saúde e redução de doenças e agravos,inclusive as negligenciadas foi realizada de formacoletiva, no grande grupo, após a apresentação de cadaparticipante da conferência.As propostas finais da Conferência Livre - Desafios daVigilância em Saúde no ConsolidaSUS de Porto Alegreforam:
Eixo I - Proposta 1 - Garantir que os grupos demonitoramento sejam fóruns técnicos regionaispermanentes, compostos por representantes dasgerências distritais, dos seus serviços de saúde, docontrole social, instituições de ensino, equipe dep l a n e j a m e n t o e d a V i g i l â n c i a e m S a ú d e .
A Conferência Livre - Desafios da Vigilância em Saúde no ConsolidaSUS de
Porto Alegre
Grupo do Monitoramento da CGVS
Grupo de Monitoramento da CGVSNOME SERVIDOR EQUIPE RAMAL GD
Daura Pereira Zardin NVPA 2459 SCS
Francilene Rainone EVEV 2464 CENTRO
Guaracy Bomfim Vianna NVPA 2450 NHNI
Juarez Cunha EVEV 2464 NHNI
Letícia Possebom Müller EVDT 2474 RES
Letícia Vasconcellos Tonding EVESIS 2432 PLP
Lisiane Morelia Weide Acosta EVDT 2475 GCC
Maria Angélica Weber COORD 2450 LENO
Maria Inês M. R. Bello EVSAT 2466 SCS
Patrícia Conzatti Vieira EVEV 2461 CENTRO
Roxana Pinto Nishimura EVA 2447 GCC e RES
Sirlei Fajardo EVSAT 2466 LENO
Proposta 2 - Garantir que os sistemas de informaçãodisponíveis atendam as necessidades de monitoramentolocais, permitindo que todos os níveis de assistência eVigilância possam acessar e registrar, visandoacompanhamento integral do indivíduo. Proposta 3 -Assegurar que o planejamento em saúde seja baseadoem informações sócio econômicas, epidemiológicas,sanitárias e ambientais produzidas a partir de baseterritorial, garantindo o conceito de territorializaçãocomo unidade de ação das Políticas Públicas.
Eixo VII - Proposta 1 - Fortalecer a integração ensino eserviço com foco nos fóruns de monitoramento na buscado conhecimento teórico – prático para qualificação dosfóruns.
Proposta 2 - Criar fóruns de monitoramento intersetorial,visando assegurar a integralidade do cuidado e oenfrentamento dos agravos prioritários em cada região,de acordo com análise de saúde, usando indicadores devigilância ambiental, epidemiológica e sanitária.Proposta 3 - Garantir o acesso a informação intersetorialde forma permanente e qualificada que atinja todos ossegmentos sociais, por vários meios de comunicação,como também de Observatórios Institucionais ePúblicos.
A importância desta Conferência Livre, além doestímulo para a realização de 10 outras conferênciaslivres dos Grupos de Monitoramento das Gerências deSaúde, foi a definição que este trabalho está sendo agrande aproximação entre da Vigilância em Saúde e aAtenção Básica em saúde na analise da situação de saúdedos territórios.

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Três convidados foram palestrantes na conferênciaLivre O Olhar e o Papel da Comunicação sobre aVigilância emSaúde, realizada em 10 de agosto, no âmbito da 2ªConferência Municipal de Vigilância em Saúde. A professorada UFRGS Cristianne Famer Rocha (foto, E) e os jornalistasGabriel Galli e Vitor Necchi (foto, D) foram recebidos por 52pessoas, a maioria trabalhadores da área da saúde, mastambém profissionais da área da comunicação, gestores erepresentantes do Conselho Municipal de Saúde.
Em quase quatro horas de duração, os debatesgiraram em torno de temas como a relevância dacomunicação direta entre a vigilância em saúde e apopulação, uso de ferramentas digitais como as redes sociais e dos tradicionais meios de divulgação de informação(panfletos, folderes e cartazes, entre outras peças). De acordo com o jornalista Gabriel Galli, 54% dos brasileiros têmacesso à internet, o que justifica maior investimento na criação de canais para comunicação com esse público. “Noentanto, outros 46%, muitos dos quais pessoas que mais precisam dos serviços de saúde públicos, não têm acesso àinternet. Como incrementar e tornar mais efetivo o diálogo com esse público?”, perguntouVitor Necchi.
Para Cristianne Famer Rocha, entre os desafios quese apresentam para a área da comunicação estão aampliação do acesso às informações governamentais, dodireito da população de falar e de ser ouvido, ou seja, umacomunicação pautada nos princípios do SUS, garantirmaior visibilidade pública para os temas da vigilância emsaúde e mais e melhor acesso às e ao uso das tecnologias.Os três convidados foram unânimes em destacar aimportância da democratização da comunicação parasuperação desses desafios. Temas como uma carreira deEstado, com profissionais concursados, na estruturapública nos três níveis da federação, importância daespecialização dos profissionais de comunicação queatuam em veículos da mídia regional e nacional e ofinanciamento da comunicação pública também foram
debatidos.
A professora Cristianne ressaltou que o Ministério da Saúde detém a grande maioria dos recursos paraprodução de materiais de divulgação no país, muitas vezes produzindo peças que não têm adequação regional ouque não retratam situações epidemiológica,sanitária ou ambiental específicas. Para ela, épreciso “repassar recursos e apoiar tecnicamenteestados e municípios para desenvolver suacapacidade comunicativa e criar condições paraque a polifonia social seja ouvida e de fatoconsiderada”, frisou em sua apresentação.
Participaram do encontro os gestores daCGVS, Anderson Lima e José Carlos Sangiovanni.Participantes, convidados e gestores debruçaram-se sobre a construção das propostas de acordo comtrês sub-eixos escolhidos pela comissãoorganizadora da conferência l ivre : IV -Responsabilidade do Estado e dos Governos com aVigilância em Saúde, V - Gestão de risco de
Conferência Livre debate importância da comunicação com a cidade
Patrícia Coelho de SouzaJornalista/Técnica em Comunicação Social CGVS/SMS

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estratégias para a identificação, planejamento, intervenção, regulação, ações intersetoriais, comunicação emonitoramento de riscos, doenças e agravos à população, e VII - implementação de políticas intersetoriais parapromoção da saúde e redução de doenças e agravos, inclusive as negligenciadas. Foram elencadas seis propostas,levadas à etapa municipal da 2ª CMVS, três para o sub-eixo IV, uma para oV e duas para oVII:
Propostas sub-eixo IV (Responsabilidade do Estado e dos Governos com aVigilância em Saúde):- Criar estrutura de comunicação na Vigilância em Saúde, com servidor de carreira, para garantir o acesso contínuo epermanente à informação para população.- Garantir debate e transparência na destinação e uso de recursos de publicidade de acordo com critériosepidemiológicos e sanitários, em ações da vigilância em saúde.- Garantir inserções gratuitas na programação dos meios de comunicação de concessão pública para difusão deinformações essenciais para a saúde pública, considerando critérios epidemiológicos, ambientais e sanitários.Proposta sub-eixo V (Gestão de risco de estratégias para a identificação, planejamento, intervenção, regulação, açõesintersetoriais, comunicação e monitoramento de riscos, doenças e agravos à população):- Criar o Observatório de Vigilância em Saúde, com vistas à atualização, interação e divulgação de planos deintervenção em todos os níveis de atenção à saúde, nos cenários epidemiológicos, ambientais e sanitários.Propostas sub-eixo VII (implementação de políticas intersetoriais para promoção da saúde e redução de doenças eagravos, inclusive as negligenciadas):- Identificar a situação das doenças negligenciadas no município para definir pesquisas, estratégias, prioridades eações de comunicação para redução de agravos e promoção da saúde.- Construir e manter um programa permanente de educação e informação em saúde para capacitação de profissionaise divulgação junto à população, em parceria com universidades, sindicatos, organizações da sociedade civil eassociações comunitárias.
Registros da 2ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde podem ser acessados no site:https://confvigilancia.wixsite.com/2cmvs

Agravos
2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017
Acidentes com animais peçonhentos 43 15 43 15 15 6 15 6
Aids 789 398 789 398 639 310 639 310
>13 anos 773 392 630 307
< 13 anos 16 6 9 3
Portadores de HIV 578 511 578 511 477 446 477 446
>13 anos 568 503 468 441
< 13 anos 10 8 9 5
Atendimento anti-rábico 3094 1099 3094 1099 3066 1094 3066 1094
Botulismo 0 0 0 0 0 0 0 0
Carbunculo ou Antraz 0 0 0 0 0 0 0 0
Caxumba 1624 532 NA NA 1563 499 NA NA
Cólera 0 0 0 0 0 0 0 0
Coqueluche 50 72 33 54 27 50 18 38
Dengue 2132 384 490 4 1703 309 354 2
Autóctone Porto Alegre 301 0
Difteria 0 1 0 0 0 0 0 0
Doença de Chagas ( casos agudos) 0 0 0 0 0 0 0 0
Doença de Creutzfeld-Jacob 1 1 0 0 1 0 1 0
Doença Exantemática 2 2 0 0 2 2 0 0
Rubéola 2 2 0 0 2 2 0 0
Sarampo 0 0 0 0 0 0 0 0
Esquistossomose 0 0 0 0 0 0 0 0
Eventos Adversos Pós-vacinação 250 283 250 283 250 283 250 283
Febre Amarela 1 0 0 0 1 0 0 0
Febre Chikungunya 105 69 34 5 92 53 30 5
Autóctone Porto Alegre 0 0
Febre do Nilo Ocidental 0 0 0 0 0 0 0 0
Febre Maculosa 0 0 0 0 0 0 0 0
Febre Tifóide 0 0 0 0 0 0 0 0
Febre pelo Virus Zika 200 17 28 2 157 15 28 2
Autóctone Porto Alegre 14 0
Gestantes HIV + e Criança Exposta 393 323 393 323 283 219 283 219
Hanseníase 36 35 36 35 8 7 8 7
Hantavirose 2 1 0 0 1 1 0 0
Hepatites Virais 1585 1126 1471 1104 1158 790 1081 777
Hepatite A 15 6 13 5
Hepatite B 238 173 176 110
Hepatite C 1206 912 885 651
Hepatite B+C 12 11 7 9
Hepatite B+D 0 2 0 2
Hepatite A/B ou A/C 0 0 0 0
Influenza com SRAG 1734 1352 509 196 1110 861 335 134
Leishmaniose Tegumentar Americana 0 5 0 5 0 3 0 3
Leishmaniose Visceral 1 27 1 3 1 24 1 3
Leptospirose 172 156 38 57 109 99 25 33
Malaria** 8 7 2 4 3 4 1 3
Meningites 344 406 243 277 200 231 142 147
Doença meningocócica 20 22 15 11
M. bacteriana 39 55 24 31
M. outras etiologias 16 26 12 15
M. haemophilus 1 2 1 1
M. não especificada 24 32 12 2
M. pneumococo 15 19 10 11
M. tuberculosa 21 27 12 19
M. viral 107 94 56 57
Peste 0 0 0 0 0 0 0 0
Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda 10 5 0 0 3 3 0 0
Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0
Sífilis Adquirida 1607 722 1607 722 1330 582 1330 582
Sífilis Congênita 561 455 561 455 409 335 409 335
Sífilis em Gestante 347 262 347 262 292 239 292 239
Síndrome da Rubéola Congênita 0 0 0 0 0 0 0 0
Tétano Acidental 3 4 2 3 1 3 0 2
Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0
Tuberculose( todas as formas clinicas) 1771 1634 1771 1634 1286 1271 1286 1271
Casos Novos 1177 1134 898 893
Tularemia 0 0 0 0 0 0 0 0
Varicela 311 519 NA NA 280 452 NA NA
Varíola 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 17756 10425 14469 8193
Confirmados
Casos Residentes em POA
Investigados Confirmados
Total de Casos
Investigados
Tabela comparativa dos casos notificados e investigados que constam no SINAN -Sistema de Informação dos Agravos de Notificação de Porto Alegre, diagnosticadosnos anos de 2016 e 2017 até a SE 35.*
NA: Não se aplica/ considerado caso pela notificação * dados sujeitos a revisão **casos confirmados importados
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Boletim Epidemiológico 66 • Setembro 2017
A 2ª CMVS de Porto Alegre teve, no início e ao final, a lembrança e homenagem àenfermeira Márcia Calixto. Na abertura, decisão unânime dos participantes, conferiu aoevento o nome da técnica da Vigilância em Saúde. O último ato foi uma homenagem: aleitura deste texto pela enfermeira Lisiane Morelia Acosta, integrante do Grupo MárciaCalixto:
Amigas (os), no dia 24 de julho de 2012 ficamos sem a presença de nossa colega eamiga Márcia Calixto e seu filho Matheus. Suas mortes violentas nos expuseram diretamentecom a violência à mulher, à criança e todas as formas de violência que nos confrontamdiariamente. Por esta razão, criamos o Grupo Márcia Calixto e, a cada ano, fazemos umahomenagem ou ação para lembrá-la e, com sua história, mostrar quanto o feminicídio estápresente no Brasil e no mundo, e que a violência doméstica atinge toda a sociedade.
Por seu trabalho na saúde, relacionamento afetivo e respeitoso com todos os colegase, especialmente por sua dedicação no combate à tuberculose, doença negligenciada,indicadora de iniquidade em saúde, junto a presidiários e pessoas vulneráveis, a plenária da2ª Conferência Municipal de Saúde decidiu homenageá-la dando seu nome ao encontro,uma justa homenagem a inesquecível guerreira da saúde.
2ª CMVS
Homenagem a Márcia Calixto