BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO E ASSISTENCIAL COVID-19 (Edição...

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Nº 03, Semana Epidemiológica 19 Data da atualização: 11/05/2020 1 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS COES MINAS COVID-19 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO E ASSISTENCIAL COVID-19 (Edição Especial) Número 03

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Nº 03, Semana Epidemiológica 19 Data da atualização: 11/05/2020

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS

COES MINAS COVID-19

BOLETIM

EPIDEMIOLÓGICO E

ASSISTENCIAL

COVID-19

(Edição Especial)

Número 03

DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDES

DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA

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Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva Secretário de Estado Adjunto Luiz Marcelo Cabral Tavares Chefia de Gabinete João Márcio Silva de Pinho Assessora de Comunicação Social Virgínia Cornélio da Silva Subsecretaria de Políticas e Ações de Saúde Marcilio Dias Magalhães Subsecretaria de Regulação do Acesso a Serviços e Insumos de Saúde Nicodemus de Arimathea e Silva Junior Subsecretaria de Inovação e Logística em Saúde André de Andrade Ranieri

Subsecretaria de Gestão Regional Darlan Venâncio Thomaz Pereira Subsecretaria de Vigilância em Saúde Dario Brock Ramalho Organização Janaina Fonseca Almeida Souza Monique Fernanda Felix Ferreira Colaboração Erniria Carvalhais Silva Rejane Balmant Letro

Apresentação

Este boletim tem como objetivo descrever

os aspectos epidemiológicos e assistenciais

relacionados aos casos de COVID-19 no

estado de Minas Gerais e orientar as ações

de vigilância, prevenção e controle.

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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 10 de maio de 2020, foram confirmados 3.917.366 casos de COVID-19 no mundo, com 274.361 óbitos. Os Estados Unidos da América são o país com maior número de casos (1.245.775) no mundo. Em relação aos países da América, o Brasil está em 2º lugar neste ranking, ficando os Estados Unidos na primeira posição.

Figura 1: Distribuição espacial dos últimos 7 dias de casos confirmados de COVID-19 pelo mundo em 2020.

Fonte: www.who.int. Situation Report 111. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200510covid-19-sitrep-111.pdf?sfvrsn=1896976f_2. Acesso em 11/05/2020.

Figura 2: Curva de casos confirmados a partir do 100º caso – Brasil e países selecionados

Fonte: Boletim ABIN - ATUALIZAÇÃO – COVID-19 BRASIL Nº 059/2020 – 6 maio 2020.

1. SITUAÇÃO NO MUNDO

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No Brasil, até o dia 11 de maio de 2020, foram confirmados 162.699 casos e 11.123 óbitos de COVID-

19. A taxa de incidência é de 77,4/1.000.000 habitantes e a taxa de letalidade é de 6,8%. A maior parte dos

casos concentra-se na região Sudeste (70.342; 44,6%), devendo-se levar também em consideração o aporte

populacional, seguido das regiões Nordeste (52.700; 31,5%) e Norte (27.195; 16%). Dentre as Unidades

Federadas, São Paulo apresentou o maior número de casos confirmados da doença (45.444), seguido de Rio

de Janeiro (17.062), Ceará (16.692), Pernambuco (13.275) e Amazonas (12.599).

Figura 3: Distribuição espacial dos casos de COVID-19. Brasil, 2020.

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em

11/05/2020.

2. SITUAÇÃO NO BRASIL

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Segundo dados do Boletim Epidemiológico Especial COE COVID-19 N° 15, as regiões de saúde com os

maiores coeficientes de incidência foram a 1ª Região de Fortaleza, no Ceará (3.523,3); Alto Solimões, no

Amazonas (3.470,1) e Rio Negro e Solimões, também no Amazonas (3.366,3). Com relação ao coeficiente de

mortalidade, as regiões de saúde que mostraram os maiores valores foram Rio Negro e Solimões, no

Amazonas (251,7); 1ª Região Fortaleza, no Ceará (249,9) e Manaus, Entorno e Alto Rio Negro, no Amazonas

(238,0).

Figura 4: Coeficiente de incidência de COVID-19 por região de saúde de notificação – Brasil, 2020.

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em

11/05/2020.

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3.1 Análises Epidemiológicas relacionadas ao SIVEP-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância

Epidemiológica da Gripe):

Até o dia 8 de maio de 2020 foram notificados em Minas Gerais, na base do Sivep-Gripe, 8.089 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), destes, 3.237 (40%) casos foram notificados nas semanas epidemiológicas 12 a 14. Comparando-se os dados de 2019 com o ano de 2020 (até a SE 19) observa-se elevação de 512,8% no número de casos por SRAG. Da mesma forma o número de óbitos pela síndrome também registrou elevação de 495,8%, passando de 167 em 2019 a 995 em 2020. A taxa de letalidade1 (TL) relacionada a SRAG em 2020 no estado de Minas Gerais, até a semana epidemiológica 19 é de 12,3%. Figura 5: Distribuição de casos e óbitos por SRAG notificados no Sivep-Gripe, por semana de sintomas – Minas Gerais,

2019 e 2020.

Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/2020

1 Taxa de Letalidade: relaciona o número de óbitos por SRAG e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença (resultado confirmado),

3. SITUAÇÃO EM MINAS GERAIS

33 48 31 21 34 31 33 3258 46 51

88 7099 111 123 146 122 143

33 39 52 45 43 45 55 70114

158

436

10771123

1037

923883

933

794

229

0

200

400

600

800

1000

1200

SE 01 SE 02 SE 03 SE 04 SE 05 SE 06 SE 07 SE 08 SE 09 SE 10 SE 11 SE 12 SE 13 SE 14 SE 15 SE 16 SE 17 SE 18 SE 19

mer

o d

e C

aso

s e

Ób

ito

s

Semana de Inicio de Sintomas

CASOS NOTIFICADOS 2019 (N =1320)

CASOS NOTIFICADOS 2020 (N = 8089)

ÓBITOS 2019 (N = 167)

ÓBITOS 2020 (N = 995)

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A distribuição do número de casos e óbitos por SRAG por macrorregião do estado de Minas Gerais nos mostra que a macrorregião centro é a responsável por 49,8% dos casos notificados de SRAG e 37,5% dos óbitos, seguida das macrorregiões sul e triângulo norte com 9,1% e 8,3%, respectivamente (Figura 6).

Figura 6: Distribuição dos casos e óbitos por SRAG por macrorregião – Minas Gerais, 2020.

MACRO REGIÕES DE MG Casos Notificados Óbitos

Centro 4032 373

Sul 737 150

Triângulo do Norte 670 91

Sudeste 583 86

Oeste 423 62

Centro Sul 331 46

Leste 354 46

Norte 261 42

Triângulo do Sul 271 40

Nordeste 194 33

Noroeste 104 13

Leste do Sul 85 8

Jequitinhonha 44 5 Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/2020

O coeficiente ou taxa de incidência de SRAG por 100.000 habitantes foi calculado considerando a projeção do IBGE para 2019, obtendo o valor para Minas Gerais de 39,8 casos/100.000 hab. Para divisão das macrorregiões de acordo com critérios específicos e cores, foi utilizada a seguinte metodologia:

“Emergência”: Coeficiente de incidência 50% acima da incidência estadual; “Alerta”: Coeficiente de incidência entre 50% e a incidência estadual; “Atenção”: Coeficiente de incidência abaixo da incidência estadual.

A macrorregião Centro, de acordo com os critérios estabelecidos está em situação de “emergência”,

com coeficiente de incidência de 60,8 casos por 100.000 habitantes, 52,8% acima do índice do estado de Minas Gerais. As macrorregiões do Triângulo Norte, Leste e Centro Sul estão em situação de “alerta”, as demais em situação de “atenção”.

Casos Notificados

8.089

Óbitos Notificados

995

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Figura 7: Coeficiente de incidência de SRAG/100.000 hab. por macrorregião – Minas Gerais, 2020.

Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/2020

A faixa etária mais acometida pela SRAG é a de 60 anos e mais, independente da macrorregião do

estado. A distribuição por sexo mostra maior percentual de registros no sexo masculino, com exceção das

macrorregiões Centro, Oeste e Nordeste (Figura 8).

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Figura 8: Distribuição dos casos notificados de SRAG por macrorregião, sexo e faixa etária – Minas Gerais, 2020.

FEMININO MASCULINO

Sul

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Centro Sul

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Centro

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

JequitinhonhaMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

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FEMININO MASCULINO

Oeste

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Leste

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Sudeste

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Norte

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

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FEMININO MASCULINO Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/2020

NoroesteMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Menor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Leste do SulMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

NordesteMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Triangulo do SulMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

Triangulo do NorteMenor 6 meses6 - 11 meses1 - 4 anos5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 29 anos30 - 39 anos40 - 49 anos50 - 59 anos60 anos e mais

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Ao analisar os dados da associação das principais comorbidades com os casos de SRAG, percebe-se que, do total de casos notificados no Sivep-Gripe no estado de Minas Gerais (8.089 casos), 27,5% dos pacientes sofriam de Doenças Cardiovasculares, seguido da Diabetes Mellitus com 17,2%. Na figura 9 apresentamos a associação das principais comorbidades com SRAG, por macrorregião no estado.

Figura 9: Percentual de comorbidades associadas aos casos notificados por SRAG por macrorregião – Minas Gerais,

2020.

Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/20

É estabelecido que a classificação final dos casos notificados por SRAG seja por: 1. SRAG por influenza, 2. SRAG por outros vírus respiratórios, 3. SRAG por outro agente etiológico, nesse caso deve ser especificado qual agente, 4. SRAG não especificado e 5. COVID-19.

A análise do banco de dados de Minas Gerais revelou que 74,6% dos casos notificados foram classificados como SRAG não especificado, 16,6% encontram-se em investigação. Os casos de COVID-19 somam 6,9%%. SRAG por influenza foi 1,3% e por outro vírus/agente foi de 0,5%. Estes dados corroboram a necessidade de qualificação constante do SIVEP-Gripe, especialmente em relação ao encerramento dos casos por critério laboratorial. A Figura 10 apresenta a classificação distribuída por macrorregião de saúde:

8,6 6,9 10,62,9 7,1 5,7 6,4 7,1 7,9 6,2 8,1 3,5 7,8

23,414,4

16,817,1

17,9 15,8 19,5 12,823,7

16,9 14,411,3

16,8

8,3

2,9

6,95,7

5,6 6,86,6

6,6

3,96,2 6,3

6,9

6,5

35

28,5

27,151,4

24,1 23,330,8

22,3

30,3

21,5 23,128,1

24,6

4,7

4,7

5,1

11,4

4,7 4,7

5,6

5,7

7,9

4,6 3,8 6,55,8

11

10,1

14,2

20

11,58,6

7,1

11,8

9,2

3,111,3 10,4

14,3

0,7

1,1 1,3 1,8

0,7

1,3

0,5 0,61,3 2,2

2,7

0,7

2

0,9 1,4

1,5

0,5

5,3

3,1

1,3

2,5

Sul

Ce

ntro

Sul

Ce

ntro

Jeq

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ho

nh

a

Oe

ste

Leste

Sud

este

No

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Sul

No

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ste

Triângu

lo d

o Su

l

Triângu

lo d

o N

orteAsma Diabetes Mellitus Imunodeficiência Doença Cardiovascular

Doença Renal Cr Pneumopatia Cr Doena Hepatica Cr Obesidade

N = 8.089

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Figura 10: Classificação final dos casos de SRAG, por macrorregião, MG, 2020

Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/202

A Figura 11 mostra o número de hospitalizações em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até a semana epidemiológica (SE) 19 de 2019 e de 2020. Observa-se incremento de 301% em 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Até o dia 08 de maio de 2020, dos 8.089 casos notificados por SRAG em Minas Gerais, 2.157 (26,7%) necessitaram de hospitalizações em leitos de UTI, destes 484 (22,4%) foram a óbito.

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Figura 11: Distribuição das internações por SRAG em leito de UTI por semana epidemiológicas de sintomas – Minas Gerais, 2020.

Fonte: SIVEPGRIPE, acesso em 08/05/202

3.2 Análises relacionadas aos dados trabalhados na Sala de Situação e Boletins Epidemiológicos Diários:

Figura 12: Evolução do número de casos notificados, descartados e confirmados de COVID-19 em Minas Gerais, 2020.

Fonte: Boletim Epidemiológico – SES-MG

15 21 11 9 13 12 17 10 17 21 25 29 31 40 48 58 53 4464

519 18 14 13 14

23 2024

50

140

254 263 258241 245

256

232

68

0

50

100

150

200

250

300

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

mer

o d

e in

tern

açõ

es e

m U

TI

Semana de inicio de sintomas

2019 (N = 538)

2020 (N = 2157)

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Em relação às notificações em geral, observa-se redução do quantitativo diário, que pode ser efeito da mudança do protocolo de testagem ou afrouxamento dos mecanismos de vigilância municipal.

A Figura 13 traz a distribuição dos casos notificados e óbitos. É preciso atenção especial para aquelas

regiões que, apesar de não configurarem como regiões com grande volume de notificações, apresentam quantitativo alarmante de óbitos – o que pode ser indicativo de possíveis falhas no processo de notificação.

Figura 13: Distribuição espacial dos casos notificados e óbitos confirmados por COVID-19 no Estado de Minas Gerais,

2020.

Fonte: Boletim Epidemiológico SES-MG

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Figura 14: Evolução dos casos confirmados de COVID-19 – Minas Gerais, 2020.

Fonte: Boletim Epidemiológico SES-MG

Figura 15: Número de casos confirmados de COVID-19/1.000.000 habitantes segundo macrorregião de saúde – Minas

Gerais, 2020.

Fonte: Boletim Epidemiológico SES-MG

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Outro indicador utilizado para acompanhar o transcorrer de uma epidemia é o R0, que mede o número médio de infecções geradas por cada pessoa infectada. Em síntese, o indicador diz como a infecção está se disseminando (aumentando ou reduzindo), desta forma permite fazer previsões para fundamentar decisões dos gestores.

O R0 é uma medida que reflete o comportamento médio observado durante a pandemia, e o Rt é uma medida instantânea que diz sobre o número médio de casos secundários que surgiram de um caso primário infectado no tempo t.

Para estimar o Rt de Minas Gerais utilizou-se a metodologia desenvolvida pela Imperial College London. Aplicando a metodologia aos dados do estado, tem-se:

Figura 16: Número médio de casos secundários oriundos de um caso primário (Rt) – Minas Gerais.

Fonte: Boletim Epidemiológico SES-MG

3.3 Projeções de novos casos, número de leitos necessários e óbitos

Para acompanhamento da evolução da pandemia em Minas Gerais, são realizadas estimativas periódicas

considerando o padrão brasileiro.

Até o momento foram realizadas sete estimativas2:

a) 16 de março de 2020;

b) 30 de março de 2020;

2 A metodologia adotada pela SES-MG encontra-se descrita na Nota Informativa nº 11/2020. Disponível em: https://www.saude.mg.gov.br/images/noticias_e_eventos/000_2020/coronavirus-legislacoes/04-05_NI-11-COES.pdf

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c) 06 de abril de 2020;

d) 13 de abril de 2020;

e) 21 de abril de 2020;

f) 28 de abril de 2020;

g) 04 de maio de 2020.

Figura 17: Comparativo das estimativas de novos casos – Minas Gerais tendência Brasil.

Fonte: SES-MG

Ao observar o comportamento das curvas, percebe-se que o deslocamento a direita está se tornando cada vez mais sutil, as últimas projeções realizadas praticamente se sobrepõem.

Subsidiados pelas duas últimas projeções de casos, foram realizadas as estimativas do quantitativo

necessário de leitos clínicos e leitos de UTI (Figura 18).

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Figura 18: Comparativo das estimativas de leitos necessários para suprir a demanda – Minas Gerais tendência Brasil.

Fonte: SES-MG

Para estimar o número esperado de óbitos, foi utilizada a taxa de letalidade e o comportamento da

evolução dos casos observados em Minas Gerais. Para o estado, é esperado 200 óbitos no pico da epidemia.

Figura 19: Comparativo das estimativas de óbito – Minas Gerais.

Fonte: SES-MG

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Para dar margem de confiança nas estimativas, o exercício supracitado foi reproduzido considerando o padrão observado em Minas Gerais, doravante, “Minas Gerais padrão Minas Gerais”. Se realizarmos as estimativas considerando o cenário “Minas Gerais padrão Minas Gerais” tem-se 2.300 casos novos estimados para o pico (início de julho) e necessidade de cerca de 3.200 leitos clínicos e 1.300 leitos de UTI.

Ao comparar as estimativas realizadas em 27/04/2020 para “Minas Gerais padrão MG” e “Minas

Gerais padrão BRA” tem-se um deslocamento da curva para a direita, indicando progressão mais lenta de Minas Gerais comparado ao observado no Brasil, conforme observado nos gráficos abaixo.

Figura 20: Projeção de novos casos “Minas tendência BRA” e “Minas tendência MG”

Fonte: SES-MG

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Figura 21: Projeção de leitos “Minas Gerais tendência BRA” e “Minas Gerais tendência MG”

Fonte: SES-MG

Dada a incerteza frente a uma pandemia, a SES-MG acompanha diariamente a evolução dos óbitos, casos confirmados e notificados, além de produzir estimativas semanais para aperfeiçoar o modelo de análise e atribuir maior segurança às ações realizadas. É importante frisar que as estimativas são dinâmicas e dependem do transcorrer da epidemia no Brasil e em Minas Gerais. Para reduzir o nível de incerteza frente a pandemia, os dados são analisados a luz do impacto da epidemia nas internações realizadas (que para o setor público, se traduz nas solicitações de internações e internações efetivadas).

3.4 Internações e ocupação dos leitos

Para acompanhamento do impacto da pandemia nas internações e análise de um possível esgotamento da capacidade de resposta do sistema de saúde, a SES-MG utiliza dois Sistemas de Informações: o SUSfácil/MG e o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES-MG).

Em síntese são avaliados: a) evolução das solicitações de internações de pacientes com diagnóstico

clínico ou laboratorial (se houver) de COVID-19; b) evolução das internações de pacientes com diagnóstico clínico ou laboratorial (se houver) de COVID-19 e c) a proporção de leitos de terapia intensiva ocupados.

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A primeira internação no SUS-MG de paciente com diagnóstico clínico de COVID-19 ocorreu no dia 16 de março de 2020, em leito clínico. Desde então, observa-se uma média de 47,87 internações-dia em leitos clínicos e 7,44 internações-dia em leitos de UTI Adulto. Até o momento foi observado tempo médio de permanência de 13,09 dias em leitos de terapia intensiva e 8,02 em leitos clínicos.

Até o fechamento deste relatório, foram realizadas 2.585 internações em leitos clínicos de pacientes

com COVID-19 (diagnóstico clínico), dos quais 536 permanecem internados. Em relação ao leito de terapia intensiva, foram registradas 387 internações em leitos de UTI Adulto e 140 pessoas permanecem internadas.

A seguir são apresentados os dados de evolução diária das internações realizadas em leitos clínicos

e leitos de UTI no período analisado. Figura 22: Internações-dia em leitos de terapia intensiva e leitos clínicos – Minas Gerais

Fonte: SUSfácilMG

Quanto a ocupação de leitos de UTI Adulto, é importante frisar que há inúmeras possibilidades de fórmulas de cálculo, unidade de análise (nível de agregação) e base de dados para realizar as estimativas, por conseguinte, poderão haver possíveis divergências no indicador ao ser comparado com outras fontes de informação e agregações realizadas.

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Em síntese, a proporção de leitos ocupados corresponde à:

𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠 = 𝑁º 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠

𝑁º 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

Onde: Nº de leitos ocupados: somatório do número de internações sem indicação de alta no momento de extração dos dados (realizado diariamente às 00:00). Nº de leitos existentes: somatório do número de leitos disponíveis na unidade de análise (que pode ser o hospital, microrregião ou macrorregião).

Além disso, é possível realizar recortes por tipo de leito (como por exemplo, leitos clínicos e de terapia intensiva), CIDs que motivaram a internação e nível de análise (estabelecimento hospitalar, município, microrregião de saúde, macrorregião de saúde).

Em um cenário em que todos os municípios com central de regulação própria possuem interface completa com o SUSfácilMG, é esperado que, independentemente do nível de agregação, os resultados sejam semelhantes.

Sabendo que nem todos os municípios possuem essa interface, a SES-MG adotou como referência a unidade de análise hospitalar com internações registradas no SUSfácilMG e optou por calcular o indicador considerando todas as internações (independente do CID), como forma de identificar um possível estrangulamento do sistema de saúde.

Destarte, o indicador é calculado por estabelecimento hospitalar agregado no nível da macrorregião de saúde conforme disposto a seguir – é apresentado também a participação relativa das internações com diagnóstico clínico de COVID-19. Figura 23: Proporção de leitos de UTI Adulto SUS ocupados segundo macrorregião de saúde - Minas Gerais, 2020.

Fonte: SUSfácilMG/CNES

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Ressalta-se que a SES-MG vem empreendendo esforços para qualificar as análises e espera-se que em breve as informações assistenciais sejam publicizadas no painel de acompanhamento de acesso público.

Este Boletim foi produzido através do

trabalho integrado e multidisciplinar dos

técnicos atuantes no COES MINAS COVID-

19. Os dados estão sujeitos a alterações e

revisões diárias em razão da dinamicidade

da pandemia.