Boletim do PAE fevereiro 2016

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1 Para o enredo místico os talismãs são objetos de proteção, imantados de força magnética, aos quais se atribui um poder sobrenatural de realização dos de- sejos do usuário. Os amuletos são os ob- jetos consagrados através da magia que devem ser usados junto ao corpo (anéis, correntes, medalhas). Segundo creem, um objeto sagrado tem uma função (pro- teger, vincular, aproximar) determinada pela sua forma no plano material (gravura, anel, estátua, medalha, porta-incenso). Acatamos fraternalmente o nível moral de quem usa e crê na eficácia dos talismãs e amuletos; entretanto, quem utiliza cristaliza a fé, razão pela qual não recomendamos o uso de im- plementos místicos, até porque são inúteis e completamente dispensáveis. Os Espíritos que aconselham si- nais, palavras extravagantes ou recei- tam determinadas fórmulas secretas são seres primários que caçoam e brincam com a ingênua credulidade dos incautos. Há pessoas que atribuem poderes às de- fumações domésticas a fim de afastar os “maus” espíritos do lar. Será isso eficaz? Obviamente, não! Quando muito, a fu- maça poluirá a atmosfera e, quem sabe, espante alguns mosquitos Aedes Aegyp- ti, muriçocas e carapanãs! Mas quanto aos obsessores, não haverá qualquer efeito. A fumaça defumatória tão so- mente sinalizará aos espíritos zombe- teiros (obsessores) que em tal ambiente existem crendices e superstições, que se traduz em ambiente fértil e facilmen- te influenciável por eles. Portanto, não exercendo qualquer controle sobre os Espíritos (bons ou maus), a defumação é completamente ineficaz para supos- ta proteção da influência dos Espíritos. Por razões lógicas, o Espiritis- mo não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgên- cia, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pi- râmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de cul- to exterior. Até porque os Espíritos são atraídos somente pelo pensamento. Portanto, nenhum talismã, amuleto, pa- lavra sacramental, sinal cabalístico ou qualquer tipo de fórmula exterior poderá exercer qualquer influência sobre eles. Respeitamos os que creem na influência dos talismãs na felicidade pessoal, porém somos convidados a informar que o talismã para a felicidade pessoal, definitiva, constitui-se de um bom coração, sempre afeito à harmo- nia, à humildade e ao amor; no integral cumprimento dos desígnios de Deus. Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 8 - Fevereiro de 2016. Editorial

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Para o enredo místico os talismãs são objetos de proteção, imantados de força magnética, aos quais se atribui um poder sobrenatural de realização dos de-sejos do usuário. Os amuletos são os ob-jetos consagrados através da magia que devem ser usados junto ao corpo (anéis, correntes, medalhas). Segundo creem, um objeto sagrado tem uma função (pro-teger, vincular, aproximar) determinada pela sua forma no plano material (gravura, anel, estátua, medalha, porta-incenso).

Acatamos fraternalmente o nível moral de quem usa e crê na eficácia dos talismãs e amuletos; entretanto, quem utiliza cristaliza a fé, razão pela qual não recomendamos o uso de im-plementos místicos, até porque são inúteis e completamente dispensáveis.

Os Espíritos que aconselham si-nais, palavras extravagantes ou recei-tam determinadas fórmulas secretas são seres primários que caçoam e brincam com a ingênua credulidade dos incautos. Há pessoas que atribuem poderes às de-fumações domésticas a fim de afastar os “maus” espíritos do lar. Será isso eficaz? Obviamente, não! Quando muito, a fu-maça poluirá a atmosfera e, quem sabe, espante alguns mosquitos Aedes Aegyp-ti, muriçocas e carapanãs! Mas quanto aos obsessores, não haverá qualquer

efeito. A fumaça defumatória tão so-mente sinalizará aos espíritos zombe-teiros (obsessores) que em tal ambiente existem crendices e superstições, que se traduz em ambiente fértil e facilmen-te influenciável por eles. Portanto, não exercendo qualquer controle sobre os Espíritos (bons ou maus), a defumação é completamente ineficaz para supos-ta proteção da influência dos Espíritos.

Por razões lógicas, o Espiritis-mo não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgên-cia, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pi-râmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de cul-to exterior. Até porque os Espíritos são atraídos somente pelo pensamento. Portanto, nenhum talismã, amuleto, pa-lavra sacramental, sinal cabalístico ou qualquer tipo de fórmula exterior poderá exercer qualquer influência sobre eles.

Respeitamos os que creem na influência dos talismãs na felicidade pessoal, porém somos convidados a informar que o talismã para a felicidade pessoal, definitiva, constitui-se de um bom coração, sempre afeito à harmo-nia, à humildade e ao amor; no integral cumprimento dos desígnios de Deus.

Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 8 - Fevereiro de 2016.

Editorial

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Livro: O Consolador / Psicografia: Chico Xavier / FEB

Questão 381: Muita gente procura o Espiritismo, quei-xando-se de perseguições do Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações estão, de algum modo, abando-nados de seus guias espirituais?

“A proteção da Providência Divina estende-a a todas as criaturas. A perse-guição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se no quadro das prova-ções redentoras, mas, os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre, devem consultar o próprio coração an-tes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturba-dor não está neles mesmos. Há obsessores terríveis do homem, denominados “orgulho”, “vaidade”, “preguiça”, “avareza”, “ignorância” ou “má-vontade”, e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa-vontade.”

Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel

............ Espaço da Codificação ............ “O Livro dos Médiuns” - (Cap. XXIV, item 268)

Natureza e Identidade dos Espíritos

Pergunta: Por que sinais se pode reconhecer a superioridade ou a infe-rioridade dos Espíritos?

“Pela linguagem, como distinguis um doidivanas de um homem sensato. Já dissemos que os Espíritos superiores não se contradizem nunca e só dizem coisas aproveitá-veis. Só querem o bem, que lhes constitui a única preocu-pação. “Os Espíritos inferiores ainda se encontram sob o influxo das ideias materiais; seus discursos se ressentem da ignorância e da imperfeição que lhes são característi-cas. Somente aos Espíritos superiores é dado conhecer todas as coisas e julgá-las desapaixonadamente.”

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Breve reflexão para o efetivo engajamento institucional de todos - Jorge Hessen -

Em 2016, o PAE continuará como um posto avançado da Espiritu-alidade. Sendo assim, ele precisa cumprir com as tarefas de consolar os sofredores e esclarecê-los acerca das verdades relacionadas com o espíri-to imortal. É importante o conjunto de normas administrativas fundadas no bom-senso e nas instruções de Kardec. Para isso, o PAE manterá um programa doutrinário básico, onde estarão incluídas reuniões públicas, atendimentos material e espiritual às pessoas ne-cessitadas, cursos de formação e reciclagem para principiantes e trabalhadores espíritas, estudos das Obras Básicas, propagandas do Espiritismo e atividades a fim de criarmos fontes de recursos para a sobrevivência da Instituição.

Também serão partes essenciais das ativida-des, as sessões de intercâmbio espiritual, onde se fomenta o desenvolvimento das faculdades me-diúnicas e atividades desobsessivas. O PAE não deixará de mover-se pela trilogia que orienta suas atividades: aprender, ensinar e assistir.

Neste ano, uma das primeiras providências a serem adotadas pelo Conselho Diretor será definir o corpo de associados (os efetivos e os contribuintes) que constitui a Instituição. Ressaltamos que é espontânea a definição do valor de contribuição financeira (taxa mensal), que cada um dos membros (diretores, trabalhadores e frequentadores) recolhe junto à secretaria do PAE. Tal subsídio destina-se a formar o “Caixa Espírita”, justamente como previa Allan Kardec, na administração da Sociedade Pa-risiense de Estudos Espíritas, visando o pagamento dos gastos mensais e a melhoria dos serviços prestados à comunidade.

Deste modo, o PAE necessita alimentar uma fonte de recursos finan-ceiros, destinada ao pagamento dos gastos comuns, tais como impostos, taxas de energia elétrica, água e esgoto, manutenção e reparos gerais, im-pressão de mensagens e boletins. Além disso, o Posto tem outras despe-sas de custeio que englobam as compras de material de limpeza e higiene, material de consumo e o pagamento de salário do funcionário que zela pela limpeza e arrumação da Instituição.

Livro “O Consolador”, questão 66: “(...) Todos os homens são usufrutuários dos bens divinos e os convocados ao trabalho de administração desses bens devem encarar a sua responsabilidade como problema dos mais sérios da vida.”

Comunicado

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Conselho Diretor:Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge Hessen

Secretária: Diomarsi G. Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva Melo /Tesoureiro: João Batista de Souza

Conselho Fiscal: José Amin Cury Nasser, Francisco S. de Sousa e Marcos MarquesEditores: Jorge Hessen e Fabiano Augusto

QNM 40 AE 02, Taguatinga Norte - Telefone: (61) 3491-2552Associe-se e colabore com o PAE!

Expediente

Temos visto demandas judiciais, traições, mortes, prosti-tuição, mentiras, loucuras pela busca animalizada do dinheiro ou na “defesa” deste. Lares sendo desfeitos, empresas fe-chando, corrupção em todas as classes, o vício do jogo, a criminalidade de-senfreada e mais, muito mais... O cenário em torno do dinheiro na sociedade materialista dos dias atuais é deplorável na acepção mais pura deste vocábulo.

O dinheiro deveria ser entendido como um meio e não como objetivo fi-nal. A busca dos bens, do poder, do status alimenta nosso egoísmo e a vaidade nos fala alto. Na condição de moralmente fracos, produzimos, por vezes sem perceber, vigorosas algemas mentais que nos prenderão por décadas, se não séculos, às inomináveis e tormentosas cobranças conscienciais pela extremada ausência do bom senso cristão na gestão dos recursos materiais.

Sabiamente, precisamos introjetar os luminosos ensinamentos do Evange-lho do Cristo que nos concita a compreender que:

- A posse do dinheiro se configura em imensa responsabilidade.- O uso do dinheiro deve ensejar bem estar e progresso a todos que este-

jam ao nosso alcance sem promover os excessos da ociosidade.- Submeter conceitos e a vida ao dinheiro é certeza de tempo perdido.- O dinheiro é empréstimo divino e seremos convocados pela Justiça Maior

a prestar contas da sua utilização.- Ninguém pode usufruir do dinheiro em detrimento dos direitos alheios.- Um dia, a verdadeira vida, pelas portas da desencarnação benfajeza, nos

apontará a desnecessidade da demasia do dinheiro.- Devemos administrar o dinheiro e não ser conduzidos por ele.- O dinheiro deve ser resultante do trabalho digno e honesto.- O destino do dinheiro define a sua orientação que projetará um céu de

felicidades ou um inferno de fantasias.Lembremos que Jesus, o “Senhor do Mundo”, nada teve, nada juntou. Que a aceitação dos valores imortais nos ajude a superar o apego mundano,

direcionando nosso pensamento para aspectos nobres como a simplicidade e a fé na vida futura, a fim de que, libertados das convenções sociais, elevemo-nos em relação ao caminho das pesadas sombras do materialismo.

DinheiroFabiano Augusto