BOLETIM da Serva de Deus · para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes...

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A Irmã Lúcia deixa-nos um exemplo de grande fidelidade ao Senhor e de gozosa adesão à sua divina vontade. S. João Paulo II BOLETIM da Serva de Deus Maria Lúcia do Coração Imaculado Nº 19 | Ano 6 | Setembro a Dezembro | 2014

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A Irmã Lúcia deixa-nos um exemplo de grande fidelidade ao Senhor e de gozosa adesão à sua divina vontade. S. João Paulo II

BOLETIM da Serva de DeusMaria Lúcia do Coração ImaculadoNº 19 | Ano 6 | Setembro a Dezembro | 2014

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Conta-nos a Irmã LúCIaDia 13 de Julho de 1917

Momentos depois de termos chegado à Cova de Iria, junto da carrasqueira, entre numero-sa multidão de povo, estando a rezar o terço, vimos o reflexo da costumada luz e, em se-guida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.– Vossemecê que me quer? – perguntei.– Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer… Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em espe-cial sempre que fizerdes algum sacrifício:

Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos

contra o Imaculado Coraçãode Maria.

Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados.O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de fogo. Mergulhados em esse fogo, os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flu-tuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que hor-rorizava e fazia estremecer de pavor…

Assustados e como que a pedir socorro, le-vantámos a vista para Nossa Senhora que nos disse, com bondade e tristeza:

– Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio Xl co-meçará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imacu-lado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pe-didos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, pro-movendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniqui-ladas. Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé.

(In Memórias da Irmã Lúcia I)

o amor é que vaLorIza a nossa oração e os nossos sacrifícios

Na visão do inferno, que Nossa Senhora mos-trou aos pastorinhos, via-se fogo, mas o que não sei é que classe de fogo era esse. Por certo que não era um fogo material, como os fogos que estamos habituados a ver cá na terra. Na esfera do sobrenatural não existe material do qual um fogo se possa sustentar. Jesus Cristo, falando do inferno, diz que aí haverá pranto e ranger de dentes. O que pa-rece significar o fogo da raiva, do desespero, do ódio, do espírito de vingança, etc. Seja como for, o que é certo é que o infer-no existe, e é para Nossa Senhora objecto de uma grande preocupação. Assim o manifesta na Sua Mensagem, pedindo repetidas vezes orações e sacrifícios pela conversão dos pe-cadores.Porque, para salvar os pobres pecadores, Nossa Senhora pede a devoção ao Seu Ima-culado Coração? Ela nos responde: É porque Deus o quer. Sim, Deus quer servir-Se d’Ela, como Mãe do povo de Deus, porta salvadora, porta do Céu, refúgio dos pecadores que a Ela recorrem com fé, esperança e amor, au-xílio dos cristãos, Mãe do Salvador, que pela Sua intercessão junto de Deus nos alcança a graça do perdão para aqueles que, sincera-mente arrependidos, o supliquem, e a graça da conversão. Mãe da Divina graça, Mãe do Divino amor, de que o Seu Imaculado Co-ração é símbolo, é receptáculo do amor de Deus e às almas remidas pela obra Redentora de Jesus Cristo Seu Filho, que as confiou a Seus cuidados de Mãe, no cimo do Calvário ao expirar, pregado na Cruz: “Mulher, eis aí o Teu filho.” É que Maria sofreu no Seu Coração de Mãe toda a ofensa cometida contra Deus, Jesus Cristo Seu Filho. Assim, a nossa oração e os nossos sacrifícios, unidos à oração a ao sacrifício de Jesus Cristo, completam o que falta à Sua obra Redentora, que é a parte que nos toca a nós, como membros que somos do Seu corpo místico; toca-nos levar com fé e amor, o peso da nossa cruz, dizendo como Nossa Senhora nos ensina: “Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores...”

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sim, porque o amor é que valoriza a nossa oração e os nossos sacrifícios, unidos à ora-ção a ao sacrifício de Cristo.“E terão paz”, essa paz que é fruto do nosso encontro com Deus, na fiel e constante ob-servância da Sua Lei – os Mandamentos da Lei de Deus.“A guerra vai acabar.” Refere-se à guerra que foi de 1914 a 1918 – “Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI come-çará outra pior.” Em que sentido, esta guerra viria a ser pior? No sentido de que viria a ser uma guerra ateia, contra a fé, contra Deus, contra o povo de Deus, que pretendia exter-minar o judaísmo, donde nos vieram Jesus Cristo, Nossa Senhora e os Apóstolos, que nos transmitiram a palavra de Deus e o dom da fé, da esperança e da caridade.“Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida…” Não é que Deus queira a guerra, Deus é o Senhor da paz, do bem e do amor: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado.” É o preceito do Senhor, o pri-meiro e último Mandamento da Lei de Deus. Mas permite as guerras, assim como toda a outra multidão de pecados que se cometem sobre a terra, em virtude do dom da liber-dade que concedeu à Humanidade, porque quer ser servido, obedecido e amado, livre-mente, e não por força. Se os homens se ser-vem deste dom para fazer o mal, eles são os responsáveis perante Deus, a própria cons-ciência, e perante a Humanidade que sofre as consequências dos seus erros. Para o povo de Deus, estas consequências são purificadoras, pelos próprios pecados e pelos pecados em que a Humanidade se afunda.“Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, e a Comu-nhão reparadora nos primeiros Sábados.”Sim, porque a consagração ao Imaculado Coração de Maria é um laço de união com a Mãe do Corpo místico de Cristo, e com Cris-to presente na Eucaristia, feito nosso Pão da cada dia.

“Por fim – quer dizer, depois de tudo isto – o Meu Imaculado Coração triunfará” de todas estas guerras promovidas em todo o mundo, pelos erros espalhados pela Rússia.“O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá”.A palavra “converterá” que vem da palavra “conversão” quer dizer que haverá uma mu-dança de mal para bem. Esta consagração foi feita pelo Santo Padre João Paulo II, em Roma, publicamente, no dia 25 de Março de 1984, diante da imagem de Nossa Senhora, que se venera na Capelinha das Aparições na Cova da Iria, Fátima, que o Santo Padre – depois de ter escrito a todos os Bispos do mundo pedindo que se unissem a Sua San-tidade neste acto de consagração que ia fazer mandou levar a Roma propositadamente, para marcar bem que a Consagração que ia fazer diante desta imagem era a pedida por Nossa Senhora em Fátima.Bem conhecido é de todos que se estava num dos momentos mais críticos da história da Humanidade, em que as grandes potências, hostis entre si, projectavam, preparando-se para uma guerra nuclear (atómica), que viria a destruir o mundo, se não em todo, na maior parte, e o que ficasse, com que possibilidades de sobrevivência? “E será concedido ao mundo algum tempo de paz”Esta promessa refere-se às guerras promovi-das em todo o mundo, pelo comunismo ateu, e é dessas guerras que a Senhora diz que o Seu Imaculado Coração triunfará; que é do que está falando.“Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé.” Esta promessa indica que em Portugal sem-pre haverá fé; ainda quando os ateus quises-sem extingui-la.

(In Como vejo a Mensagem)

envoLvIDos no aMor DE DEUs PeLo munDo O tema do Santuário de Fátima para o ano pastoral 2013/14 é tirado do conselho de Nos-sa Senhora aos pastorinhos, recomendando--lhes que sempre que pudessem oferecer ora-ções e sacrifícios dissessem: “Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados feitos contra o Ima-culado Coração de Maria”. Tema maravilhoso que implica uma compreensão grande do mis-tério do amor que Jesus tem por nós e da nossa retribuição a esse amor no desejo de não negar nada Àquele que nos deu e dá tudo.

É POR VOSSO AMOR. Quem medita o amor de Jesus Redentor, Bom Pastor, Bom Samaritano, Amigo de pecadores, que nos ama sem limites e que foi à Cruz como prova máxima do amor, não pode deixar de querer retribuir tanto amor, louvando, reparando, sofrendo, amando. Meditar o amor que Jesus nos teve e nos tem fará desabrochar em nós um desejo de amá-Lo sempre mais e melhor. Tudo por amor d’Ele: oração, sofrimento, tra-balho, penitência, a vida toda, cada segundo. Sermos “hóstias vivas” oferecidas com Cristo por amor. Já que foi o amor d’Ele que nos sal-vou tentarmos amá-Lo e amar o mundo com

esse mesmo amor, sendo colaboradores na redenção.

PELA CONVERSãO DOS PECADORES. A primeira intenção proposta por Nossa Se-nhora é a conversão dos pecadores. O amor oferecido a Jesus é para alcançar a graça da conversão dos pecadores. Todos, como batiza-dos, temos esta responsabilidade: ser redentor com Cristo, colaborar na conversão dos peca-dores, oferecer tudo para que o mundo seja salvo e encontre o amor de Jesus, sua Palavra e sua Verdade. O pecado que existe no mundo necessita de reparação que é outro nome do amor. Os pecadores precisam de conversão e só o amor, a vida oferecida em amor os pode ajudar a converter. Todos responsáveis por este empreendimento, por esta colaboração, por este desafio.

EM REPARAçãO DOS PECADOS CON-TRA O IMACuLADO CORAçãO DE MA-RIA. A Senhora é nossa Mãe. Temos que re-parar os pecados que A ofendem e magoam. Temos que A consolar. Há muitas blasfémias, insultos, profanações do nome da Virgem Maria, muitas negações da sua virtude, da sua Imaculada Conceição, da sua Virgindade. Muitas ofensas contra seu coração, contra suas imagens, contra o seu amor e sua missão. Re-parar é tentar amar a Senhora e seu Coração por aqueles que A não amam e A ofendem. A Mãe merece todo o amor do nosso coração de filhos e filhas. E amar pelos que não A amam, e rezar pelos que não Lhe rezam, e fazer compa-nhia pelos que não Lhe fazem esse obséquio.

P. Dário Pedroso, s.J.

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dos pela santidade de Deus e pela Sua vontade, Lúcia e Karol ensinam-nos a não adiar, a não ter medo de viver com ousadia e com fidelidade o chamamento que Ele faz a cada um de nós. Diz-nos Lúcia acerca da vocação como car-melita em duas cartas que podemos ler na sua biografia: «mal as pessoas no mundo imaginam a felicidade íntima que o bom Deus comunica às almas que se Lhe consagram e O servem com fidelidade […] Aqui é onde melhor as posso aju-dar numa imolação mais completa e vida mais íntima de união e oração com Deus» (Um cami-nho sob o olhar de Maria, p. 348 e 345).Como grandes ‘apóstolos da Paz’ e testemunhas da fidelidade e da santidade de Deus, com o seu amor filial à Virgem Maria, estes nossos irmãos Lúcia e João Paulo II apontam-nos como ca-minho seguro para a santidade o caminho da ‘amizade teologal’ com Deus e com o mundo, isto é, um caminho quotidiano cheio de Evan-gelho e pleno de Vida. um caminho onde o

humano se vive e celebra com o ‘perfume’ da ternura e da misericórdia e onde a fé se partilha com simplicidade e em gestos concretos de mi-sericórdia e amor para com os últimos, sobre-tudo para com ‘os pobres pecadores’, de quem a Senhora mais brilhante que o sol pediu que fossemos intercessores e consoladores. Interceder e consolar os pecadores, não com um juízo severo mas com a força sempre lu-minosa da fidelidade e da oração, em gestos de conversão, que façam do nosso quotidiano ‘um caminho que conduz ao céu’. Eis, portanto, o ‘testamento’ que nos deixam estes grandes san-tos nossos contemporâneos, a certeza de que ‘uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro’.

Pe. Luís MirandaVice-reitor do Pontifício

colégio Português em roma

HORÁRIO:De 3ª feira a 6ª feira10.00 horas - 12.00 horas15.00 horas - 18.00 horasSábados, Domingos e Feriados15.00 horas às 18.00 horas

Encerra à Segunda-feiraDe 1 de Novembro a 1 de Abril o horário da tarde é das 14.00h às 17.00h.

Marcação de grupos:Telef. 239 781 [email protected]

Memorial da Irmã LúciaCom o objectivo de dar a conhecer melhor a vida da Irmã Lúcia,

especialmente enquanto Carmelita, e de expor alguns dos seus objectos pessoais, o Carmelo de Santa Teresa criou um espaço, que alberga o espólio daquela que,

daqui, elevou ao Céu, tantas orações e sacrifícios por toda a humanidade, através da divulgação da Mensagem de Fátima e da devoção ao Coração Imaculado de Maria

“uma aLma que se eLeva,ELEVa o MUNDoiNTEiro”«A Irmã Lúcia deixa-nos um exem-plo de grande fidelidade ao Senhor e de gozosa adesão à sua divina von-tade. Lembro com emoção os vários encontros que tive com ela e os vín-culos de amizade espiritual que ao longo do tempo foram-se intensifi-cando. Sempre me senti amparado pela oferta quotidiana da sua oração, especialmente nos duros momentos de provação e de sofrimento. Que o Senhor a recompense amplamente pelo grande e escondido serviço que prestou à Igreja»

(Mensagem do Papa João Paulo II para o funeralda Irmã Lúcia, 14 de Fevereiro de 2005)

«Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois…» (Mc 6, 7). É deste modo que o Evangelho nos introduz na missão confia-da aos doze. Desde o início que o mandato de anunciar a salvação nos faz entrar nesta ‘comunhão pascal’ que nasce do encontro e que gera fraternidade, partilha, comunidade. uma comunhão que em cada tempo, e no coração da história, Deus vai reescrevendo através de tantos homens e mulheres que nos precederam. Foi assim, por exemplo, com

Francisco e Clara, com João da Cruz e Teresa de Ávila e, creio não ser demasiado ousado ou forçado dizer que, foi assim também com João Paulo II e com a Ir. Lúcia.Vem tudo isto a propósito da recente canoniza-ção de João Paulo II e da sua profunda ligação com a pequena Carmelita de Coimbra. Afinal, o que os unia assim tão profundamente? Creio que podemos falar desta profundíssima “ami-zade espiritual” a partir de 3 realidades que marcaram as suas vidas, e que nos interpelam também a nós: a experiência dolorosa da guer-ra, a sua consagração total a Deus e o seu amor filial ao Coração Imaculado da Virgem Maria.Lúcia, ainda adolescente, e Karol, o jovem de coração inquieto e órfão, veem as suas vidas serem atravessadas por uma ‘espiral de inferno’ que é sempre gerada pela guerra, por qualquer guerra, dentro ou fora de nós. Esta experiência, dolorosamente vivida, marca profundamen-te os seus corações e modela-os, tal como faz um artesão com o ouro ou um oleiro com o barro, para que sejam ‘tabernáculos vivos de paz’, construtores daquela paz que faz com que cada homem e mulher sejam chamados filhos de Deus (cf. Mt 5). Modelados por este dese-jo de paz e de reconciliação entre os homens, as vidas de Lúcia e Karol iniciam um ‘pequeno ofertório’, uma peregrinação, que os conduzirá ao dom total de si mesmos a Deus. Enamora-

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prendido naturalmente. Disse ao meu marido que me parecia que a Irmã Lúcia se chamava do Coração Imaculado, que se fosse assim o bebé se chamaria sofía Lucía. Hoje já tem 6 meses e é muito saudável, graças à Irmã Lúcia a quem estaremos eternamente agradecidos.

alejandra Mariela | argentina

a minha cunhada contraiu uma pan-creatite e ficou muito mal. eu tinha uma estampa com a oração à Irmã

Lúcia e comecei a rezar por ela, entregando o caso à Irmã Lúcia. De repente a minha cunhada começou a melhorar causando surpresa a todos, médicos e parente, que a tínhamos visto tão mal. Ficámos muito feli-zes com a recuperação dela e por isso estou aqui a agradecer a graça alcançada. que a Irmã Lúcia seja beatificada logo é o meu desejo de coração. agradecida.

Maria Marta Jaqueta | Brasil

tive que ser operada a um seio, ficou de estar presente no bloco um ana-lista que não compareceu, entretanto

o cirurgião resolveu retirar o tumor e uma parte do seio e fechou sem deixar dreno, pois, segundo ele, eu devia voltar ao bloco em menos de duas semanas. o resultado deu que tinha um carcinoma, mas locali-zado e que as margens da parte retirada já não apresentavam alterações. Daí que decidiram que não voltaria ao bloco, mas iria fazer tratamentos. Como não fiquei com o dreno começou o meu “calvário” de complicações. Por sete vezes me foi extraí-do líquido do peito, mas sempre voltava ao mesmo. Comecei a radioterapia e quando me faltavam duas sessões tive que parar pois sofri uma intoxicação, tinha o seio queimado com feridas enormes, tudo in-

fetado. Como nem a medicação oral podia tomar fiquei com o corpo todo em ferida, com horrível sofrimento. sentia-me pior que antes de me ter sido extraído o tumor e fiquei com um nódulo de 4,5 cm no peito. Fiz vários exame e estava cada vez mais as-sustada com o que os médicos me diziam, falando inclusive em nova operação. o ci-rurgião marcou-me a consulta para o dia 13 de Fevereiro, logo me lembrei que era o aniversário da morte da Irmã Lúcia. angus-tiada como estava, peguei numa foto dela que tenho exposta no meu quarto e pedi--lhe com muita fé e confiança, que retiras-se o mal do meu seio e que me ajudasse a passar por tudo com energia e força. senti que era ouvida e não me enganei! Passados dois dias estava no duche e ao fazer os mo-vimentos do banho reparei espantada que o seio apresentava uma depressão formando uma “cova” no local do nódulo. Descrever o que senti é impossível, mas de imediato me invadiu uma gratidão muito grande à Irmã Lúcia. também senti melhoras físicas e as dores foram passando. no dia 13 de Fevereiro, como combinado, fui ao médico e levava comigo a ressonância que tinha fei-to. o médico disse que o resultado não era animador, contei-lhe então do desapareci-mento recente do nódulo, ele ficou admira-do quis ver e mandou-me fazer nova bióp-sia. o resultado desta não podia ser melhor, acusando ausência de células neoplásticas e a redução da dimensão do nódulo. o mé-dico ficou admirado e não conseguia expli-car o que aconteceu, mas eu sabia bem o que tinha sido a intercessão da Irmã Lúcia. Comunico o que me aconteceu esperando contribuir para o Processo de beatificação da Irmã Lúcia, a quem tento devo.

Maria Joaquina roda | PortugalGRA

ÇA

Stenho um filho que está desempregado há meses e há pou-

cos dias a minha nora ficou também desempregada, fiquei muito aflita com a situação, mas a fé nunca me faltou. À

noite queria ler algo que me acalmasse e as minhas mãos leva-ram-me a tirar da prateleira o livro das memórias da Irmã Lúcia. olhei para a capa e vi a sua fotografia, agarrei-me ao livro e pedi para que a Irmã Lúcia junto do Coração Imaculado de maria nos concedesse a graça de eles arranjarem um trabalho. no dia se-guinte o meu filho recebe um telefonema para ir a uma entrevis-ta, depois da qual me disse que tinha sido aceite e ia começar a trabalhar. sei que foi a Irmã Lúcia que me concedeu esta graça por isso lhe agradeço e peço que seja publicada.

Maria da cruz sequeira | Portugal

quero agradecer muito uma graça obtida por intercessão da Irmã Lúcia. todos os dias rezava a oração a pedir a sua beatificação, pedindo a graça da operação que a

minha filha tinha que fazer ao fígado corresse bem, visto que ti-nha um tumor que os médicos temiam que, se fosse maligno, se tratasse de um carcinoma. apesar de a operação ser de risco confiámos em Deus e na intercessão da Irmã Lúcia. a operação correu bem e no fim foi analisado o tumor que, graças a Deus, era benigno. agradeço muito a intercessão da Irmã Lúcia pela minha filha, que está a recuperar lentamente, mas bem. que a Irmã Lúcia interceda sempre por todos nós. envio uma oferta simbólica.

Maria da conceição Mateus | castelo Branco

estava casada há 9 anos sem conseguir engravidar. Fiz vários tratamentos médicos, mas todos sem resultado. até que em março, recebi nas minhas mãos uma estampa com a

oração a pedir a beatificação da Irmã Lúcia, guardei-a e depois coloquei-a sobre a minha mesa de cabeceira começando a rezá--la. Decidi então fazer um novo tratamento, embora tanto eu como o meu marido já nos estávamos a conformar com a ideia de que não íamos ter filhos. Passado 5 meses confirmaram-me que estava grávida de uma bebé que viria a nascer precisamente no mês de março, um ano depois de eu ter recebido a estampa da Irmã Lúcia. tive a minha bebé por cesariana e os médicos disseram-me que a minha placenta e útero tinham a forma de coração e o cordão umbilical inseria-se de forma anormal no centro do coração, ramificando-se, o que me poderia ter pro-vocado a perda de muito sangue e outras consequências graves tanto para mim como para o bebé, caso este não se tivesse des-

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que mais inquietam, mas sempre ciente que a vida não está na mão dos Homens, afirmei:- A essa pergunta, apenas poderei responder que só Deus poderá saber quanto tempo mais ainda reserva à nossa Irmã para permanecer na sua humana morada… Os critérios clínicos in-dicam a gravidade do seu estado, mas é impre-visível quanto tempo mais poderá permanecer assim… A Deus nada é impossível… o Senhor Bispo sabe-o melhor que eu!Então, respondendo, ele afirmou:- Vou concluir as orações, que seja feita a von-tade de Deus! Nesse momento retomou a recitação das jacu-latórias e preces anteriores. Os factos que se sucederam então, foram tão imprevisíveis como espantosos. Subitamente, a Irmã Lúcia desperta e abre os olhos. Com uma expressão, misto de maravilha, surpresa e en-levo, envolve-nos com o seu olhar parecendo que a todos nos quer abraçar e fitando cada um num gesto de ternura e gratidão. Da esquerda para a direita percorreu toda a assembleia de amigos que a acompanhavam nesta comunhão oblativa da sua vida que chegava agora ao seu epílogo. Foi então que, num último gesto, fixou o seu olhar no da sua querida Madre Superio-ra, companheira fiel de todos estes momen-tos de suprema dádiva. Debruçando-se então carinhosamente sobre ela, a Madre colocou o crucifixo diante do seu rosto, mostrando-lhe

Aquele que tinha sido o Amado de toda a sua vida.Nesse momento, a Irmã arregalando os olhos, numa expressão de assombro, fixou-os naquele crucifixo exprimindo na sua face a contempla-ção em que se encontrava. Envolta numa doce serenidade, cerrou ela própria os seus olhos para este mundo, embalada pela melodia dos cânticos e orações que todos entoávamos.No aconchego da presença e do amor fraterno de todas as Irmãs da Comunidade, suas com-panheiras e testemunhas da sua entrega total ao “Sim” que ela dera, muitos anos antes, à linda Senhora mais brilhante que o Sol, despediu-se deste mundo, doando a sua vida em rigorosa fidelidade ao pedido que a “Doce Mãe” lhe fize-ra quando trouxe o “recado do Céu”, para que muitas almas se salvassem.De olhos rasos de lágrimas, confirmei o óbito.Com o meu estetoscópio, que tantas vezes me tinha permitido ouvir os batimentos daquele coração que palpitava no seu peito e o som do seu respirar, que confirmavam o sopro que en-chia de vida aquele ser tão frágil e delicado, não conseguia agora senão escutar o silêncio da sua ausência, que nos confirmava que a Irmã Lúcia tinha voado para a Luz e repousava agora nos “braços de Deus”.

Dr.ª Branca Paúl

o voo Para a LUZ Alguns minutos depois das 15 horas, voltei ao Carmelo. Veio receber-me a Madre e logo o meu coração percebeu que ela me vinha preparando para algo que tinha ocorrido inesperadamente. Com ar sereno e comovido, comunicou-me: “Sr. Doutora, não sei, mas parece-me que já não irá ser preciso novo soro… A Irmã Lúcia, depois da saída da Sr.ª Doutora começou a dormir… e parece-me que já não quer acordar!... Não reage, não responde aos nossos apelos!... A Sr.ª Doutora verá, mas se verificar que não é prejudicial, era bom poupá-la ao sofrimento de mais picadas.”Com o coração “apertado” e expetante, ambas percorremos os claustros e chegámos à cela, onde ela no seu leito se encontrava efetivamente em profundo sono. Emocionada fiz-lhe o ade-quado exame clínico e constatei que entrara em coma, não reagindo já aos estímulos, nomea-damente aos dolorosos. A sua respiração tor-nara-se irregular como também os batimentos cardíacos, indicando o início da falência cardio--respiratória… e a consequente proximidade do fim da sua vida terrena, apesar do auxílio da oxigenoterapia sempre presentes. Como tinha ficado acordado com a minha enfermeira, ela chegou alguns momentos depois para voltarmos à introdução da terapia endovenosa. Contudo, dadas as circunstâncias, otámos por permanecer em vigília expetante, aguardando o desenrolar dos acontecimentos e poupá-la naquele momen-to a novos procedimentos invasivos que vinham já a revelar-se ineficazes.Em conjunto permanecemos orantes, e, já mui-to próximo das 17 horas, chegou o Sr. Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto. Ele tinha prometi-do, naquela manhã, à Madre, voltar ao fim do dia para fazer uma visita à Irmã Lúcia. Quando entrou na cela e se inteirou da situação, logo me perguntou quais as previsões prognósticas face àquela realidade que, ainda pela manhã,

parecera tão distante. A comoção de todos era notória e, face à nossa conversa, Ex.cia Rev.ma decidiu iniciar a recitação das orações para moribundos. Todas as Irmãs da Comunidade foram entrando na cela e, também elas, com o olhar marejado de lágrimas, tomaram lugar ao redor do leito onde a Irmã Lúcia fazia a sua maior oblação. À sua direita ajoelhadas, a Ma-dre e a enfermeira. À sua esquerda, o Senhor Bispo e eu. Todas permanecíamos em oração, unindo-nos às preces que o Sr. D. Albino ele-vava ao Céu, num misto de súplicas e louvores pela dádiva da vida da nossa querida Irmã. As-sim, numa atmosfera envolvente de estranha serenidade, onde os sentimentos não se con-seguem definir com rigor, uma sublime leveza pairava inexplicavelmente, misto de tristeza e alegria, estranhamente radicada em nossos co-rações inquietos.Após alguns minutos nestas orações, novamen-te o Sr. Bispo me inquiriu sobre o estado clínico da Irmã que permanecia inalterado:- A Sr.ª Doutora prevê que este estado clínico possa permanecer por muito tempo?Com a comoção inevitável e a preocupação do rigor inerente à minha profissão, que tenta res-ponder às dúvidas legítimas e prever os factos

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Propriedade: causa de Beatificação da irmã LúciaCarmelo de santa teresa | Coimbra | Portugalsite www.lucia.pte-mail [email protected]. Legal 356212/13 | tiragem 19.000 exemplaresDesign terra Das IDeIas

oração Para PeDIr

a BeatIFICaÇão Da Irmã LúCIa

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente

e Vos agradeço as aparições da Santíssima Virgem em Fátima para manifestar

ao mundo as riquezas do seu Coração Imaculado. Pelos méritos infinitos

do Santíssimo Coração de Jesus e do Coração Imaculado de Maria,

peço-Vos que, se for para vossa maior glória e bem das nossas almas,

Vos digneis glorificar diante da Santa Igreja, a Irmã Lúcia, pastorinha de Fátima,

concedendo-nos, por sua intercessão, a graça que Vos pedimos. Amen.

Pai-nosso. Avé Maria. Glória.

Com autorização eclesiásticaPede-se o favor de comunicar as graças

recebidas ao Carmelo de Coimbra.

Este Boletim é distribuído gratuitamentea quem desejar colaborar nas despesas

da Causa de Beatificação da serva de Deus Irmã Lúcia, agradecemos o envio

dos donativos para: carmelo de santa Teresa, rua de santa Teresa, nº 16

3000-359 coimbra - PortugalesPÍrIto santo

Nº da conta: 0007 6839 2485N.i.B. 0007 0000 00768392485 23

iBaN Pt50 0007 0000 0076 8392 4852 3sWifT/Bic: BesCPtPL

agradecem-se todos os donativos recebidos para ajuda das despesas

da Causa de Beatificação da serva de Deus Irmã Lúcia.

BIoGraFIaLúcia Rosa dos Santos, nasceu em Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 28 de Março de1907. Na companhia de seus primos, os Bem-aventura-dos Francisco e Jacinta Marto, recebeu por três vezes a visita de um Anjo (1916) e por seis vezes a visita de Nossa Senhora (1917), que lhes pediu oração e penitência em reparação e pela conversão dos pecadores. A sua especial missão consistiu em divulgar a devoção ao Coração Imaculado de Ma-ria como alma da mensagem de Fátima.

Ingressou na Congregação de Santa Doroteia, em Espanha, onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus. Desejando uma vida de maior recolhimento para respond-er à mensagem que a Senhora lhe tinha confi-ado, entrou no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e ao sacrifício. Nossa Senhora veio buscá-la no dia 13 de Fevereiro de 2005 e o seu corpo repou-sa na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, desde o dia 19 de Fevereiro de 2006.