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E stamos prestes a iniciar Quaresma: tempo de reafirmação do nosso Baptismo. Como cristãos comprometidos, sabemos que é um tempo privilegiado também para a oração. Por que não iniciar este tempo com um Retiro de Catequistas? Ou então realizar um dia de reco- lecção com o Grupo de Catequistas ou mesmo proporcionar essa experiência aos catequizandos? Este tempo tem uma proposta de caminhada, como vem sendo habito, que termina no Domingo de Pentecostes. Tal como a cam- panha de Advento, a realização esteve a cargo dos P.e Mário, P.e Paulino, P.e Francisco, Diác. Sérgio e Diác. Tiago, do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão. Obrigado pela partilha! editorial B O L E T I M *08 fevereiro 2008 . boletim trimestral . ano 2

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BOLETIM 1

Estamos prestes a iniciar Quaresma: tempo de reafirmação do nosso Baptismo.Como cristãos comprometidos, sabemos que é um tempo

privilegiado também para a oração. Por que não iniciar este tempo com um Retiro de Catequistas? Ou então realizar um dia de reco-lecção com o Grupo de Catequistas ou mesmo proporcionar essa experiência aos catequizandos?Este tempo tem uma proposta de caminhada, como vem sendo habito, que termina no Domingo de Pentecostes. Tal como a cam-panha de Advento, a realização esteve a cargo dos P.e Mário, P.e Paulino, P.e Francisco, Diác. Sérgio e Diác. Tiago, do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão. Obrigado pela partilha!

editorial

B O L E T I M *08fevereiro 2008 . boletim trimestral . ano 2

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BOLETIM 2

Secção OPINIÃO

O Sínodo dos Bispos sobre “A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”, que terminou no

dia 26 de Outubro, deverá ser um marco importante e decisivo da presença da Bíblia na Igreja Católica. Este lema, que presidiu aos trabalhos do Sínodo, diz bem da importância maior que a Bíblia deveria ter para todos os católicos. Nestas palavras, vamos cingir-nos apenas à VIDA. Vida é, em primeiro lugar, conhecimento da Bíblia; pois esta nunca entrará real-mente na vida dos cristãos em particular e na vida da Igreja em geral, sem que a conheçamos previamente; pois não é possível viver o cristianismo sem conhecer o Livro onde está escrito o que é ser cristão. Ora, este conhecer implica necessariamente termos e acções que são estranhos a muitos católicos: estudo da Bíblia, participação em cursos de formação bíblica, uso diário da Bíblia, a sua utilização na catequese, na pregação, na oração diária… (Dei Verbum, 25). Este conhecimento da Bíblia, como Palavra de Deus, levará a amar a Palavra, e só o amor à Palavra pode levar ao “casamento” com a Palavra e a ter uma vida em comum com ela, ou seja, com o Deus da Palavra. Nada disto carece de ser provado, pois ninguém ama quem desconhece. Com maior razão, não é possível viver uma Palavra, que se desconhece. Portanto, a Bíblia é o livro dos cristãos em geral e de cada cristão em particular. Cada um de nós, que se diz cristão, deveria possuir a sua Bíblia pessoal e levá-la sempre consigo, como quem leva um amigo íntimo, de quem não consegue separar-se. Só neste contacto íntimo e permanente com o Deus da Bíblia – e não há outro! – será possível colocar a Bíblia na vida dos cristãos católicos individualmen-te, na vida das comunidades cristãs, a fim de que as palavras da Bíblia sejam o paradigma, o ponto de referência fundamental da vivência dos nossos cris-tãos. As intervenções dos padres sinodais vão neste sentido, tentando apresentar meios para que este ideal se torne uma realidade na Igreja do séc. XXI. O Movimento de Dinamização Bíblica dos Francis-canos Capuchinhos – que é anterior ao Vaticano II – tentou, desde meados do século passado, levar a

Bíblia ao povo, que é o mesmo que levar-lhe o Deus da Bíblia. Um slogan resume esta actividade: Com a Bíblia na mão e o Deus da Bíblia no coração. A formação bíblica nem sempre encontrou o ambien-te capaz, o terreno bem preparado, para dar frutos. E penso que é isso que falta na Igreja portuguesa. Não havendo uma pastoral bíblica a nível nacional, diocesano e local, todos os esforços individuais são dificilmente aceites, e o trabalho torna-se, em grande parte, inglório. Depois do Sínodo, a Igreja não pode continuar a ser a mesma. Ele deve marcar um antes e um depois na relação dos católicos

com a Bíblia, isto é, com o próprio Deus falante da Bíblia. De

facto, estes têm feito uma dicotomia anti-teológica, operando uma diferença entre Deus e

a Bíblia, entre Deus e a sua Palavra, quando se trata, fundamentalmente, da mesma coisa. Isto acontece quando pensam prestar um verdadeiro culto a Deus, sem prestar atenção à sua Palavra. Mais ainda, os católicos têm feito uma outra dicotomia ilegíti-ma entre sacramentos e palavra de Deus, quando,

A Igreja vive da Palavra

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na realidade, os sacramentos supõem a Palavra, já que não pode haver sacramentos – e outros rituais litúrgicos – sem a raiz da palavra de Deus.Para obviar a tudo isto, é necessário que sejam criadas verdadeiras estruturas pastorais dentro da Igreja e pela Igreja, para dar o devido relevo à Palavra. A Dei Verbum 21 colocou a premis-sa teológica há 43 anos, na qual se dá o mesmo valor à Palavra e à Eucaristia (e sacramentos): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais (…) de tomar e dis-tribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da Palavra de

Deus, quer do Corpo

de Cristo”. Ora, estas estruturas apenas serviriam para pôr em prática a Dei Verbum de há 43 anos! Estas estrutu-ras deveriam ter um alcance maior que a simples criação dos ministros da Palavra, que foram objecto de algumas intervenções no Sínodo. Ora, o Sínodo deve ir mais longe – esperemos que vá – criando, por exemplo, a Escola da Palavra, ou a Escola Bíblica

pa-ro-

quial, como meio

de dar o devi-do relevo à Palavra

nas comunidades. Por-que é que o pároco há-de

ter como tarefa fundamental a celebração da Eucaristia todos

os dias, sem nunca haver Escola da Palavra, onde se explique e se reze a Palavra,

segundo o método da Lectio divina, de que tanto se tem falado nos documentos da Igreja? É por demais evidente que o domingo, Dia do Senhor, é o dia por excelência da Eucaristia. Mas, porque não aproveitar alguns dias da semana para a formação bíblica e a oração, na comunidade reunida na igreja com a Bíblia na mão, sem a Eucaristia? Este é apenas um exemplo, entre tantos, que poderiam dar um real valor – pedido pelo Vaticano II – à palavra de Deus.

Frei Herculano Alves, OFMCap.

A Igreja vive da Palavra

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Secção NOTÍCIAS

500 catequistas, dos quais cerca de 50 da Arquidiocese de Braga, rumaram a Fátima nos

dias 23 a 25 de Janeiro para as Jornadas Nacio-nais, desafiados a encontrarem na Palavra a força interpeladora para a sua vida. O objectivo é que enquanto catequistas e responsáveis pela for-mação de crianças e adolescentes, os formandos possam estar, consequentemente, mais próximos da Palavra de Deus e mais experientes na Lectio Divina. Este é o objectivo central das Jornadas que este ano decorrem sob o tema «A Palavra de Deus na catequese». Em cada formação, o Secretariado Nacional de Educação Cristã está atento às solicitações e neces-sidades de formação que os catequistas sentem. O Sínodo sobre a Palavra, que decorreu em Outubro passado, no Vaticano, “é muito oportuno e vem de encontro às expectativas dos catequistas que sen-tiam necessidade de eles próprios se confrontarem com a Palavra”, explica Cristina Sá Carvalho, do de-partamento de formação do Secretariado Nacional de Educação Cristã. O primeiro passo é “falar da Palavra ao catequista enquanto pessoa. Se ele vai falar da fé na catequese, essa mesma fé tem de ser cultivada pessoalmente”, exprime Cristina Sá Carvalho. Foi precisamente este o desafio que o Pe. Jo-aquim Garrido Mendes, sacerdote Dehoniano quis levar aos catequistas. “A Palavra de Deus sempre ecoou através das palavras de homens, que chamamos profetas”, explica o sacerdote. As provocações de Deus destinavam-se a que o povo encontrasse “vida, caminho de felicidade e de realização”. O sacerdote aponta que “quando o homem ignora estas palavras, fatalmente resvala para caminhos de infelicidade, que não deixa a própria pessoa crescer, mas ganha contornos dramáticos na construção social, egoísmo e auto suficiência”. Sobre a dificuldade de perceber a actualidade da Palavra, o Pe. Garrido lembra que os profetas “são pessoas muito concretas, situados num tempo

muito próprio”. A provocação profética “continua a ser uma poderosa interpelação pela sua actualidade e simplicidade, para a realidade dos nossos dias. Quando uma pessoa lê e se deixa provocar, acon-tece o mesmo que acontecia há anos atrás”, frisa apontando que “são sempre questões muito actuais, intimamente ligadas ao concreto do dia-a-dia”. O Pe. Garrido afirma que a mensagem é de uma “actualidade e força espantosa, também pela sua crueza e realismo, mas por falar de realidade pro-fundamente humanas”. Tal como antigamente, hoje há também pessoas que não ouvem. O desafio lançado pelo Pe. Gar-rido Mendes visa a interpelação pessoal de cada catequista. “Só assim é que podemos tocar os outros com verdade”. O apelo à mudança de atitudes e comportamentos foi apresentado em três aspectos: o amor, a partilha e o serviço. “São três dimensões sempre presentes no nosso caminho que, se completas, constituem uma alteração profunda da existência pessoal”. Esta conversão “ganha implicações no mundo à nossa volta. As instituições podem ser mais ou menos justas mas mudar as instituições sem mudar o coração do homem de nada vale”. A soma das conversões “é que via transformar a realidade”. Cristina Sá Carvalho frisa que a primeira preocupa-ção “é que os catequistas sejam essencialmente cris-tão maduros e fortalecidos”, sublinhando que apesar das dificuldades organizacionais das paróquias, “há um espírito de renovação e transformação” e esta deve ser a tónica a dominar a formação dos catequistas. Os catequistas estiveram organizados em trabalhos de grupo, na óptica das crianças e adolescentes para, “de acordo com as fases estabelecidas, os ca-tequistas encontrarem formas de, adequadamente, falar com as crianças e adolescentes sobre a Lectio Divina”, explica Cristina Sá Carvalho. Os participantes nas Jornadas Nacionais integram, no final da formação no Domingo, 25, a celebração nacional do Ano Paulino, no Santuário de Fátima.

Catequizandos mais próximos da Palavra de Deus

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No dia 31 de Janeiro, das 15 às 18h, reuniram-se no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese

de Braga 83 catequistas, para concluírem a forma-ção de coordenação paroquial.A formação decorreu nos CAFCAS�s (Centros Arqui-diocesanos de Formação de Catequistas) S. Barto-lomeu dos Mártires (Braga), Samaritana (Barcelos), Emaús (Taipas), Faz-te ao largo (V. N. Famalicão) e Pedacinho de Deus (Cabeceiras de Basto), de Outubro a Janeiro, com encontros semanais de duas hofras.Estas acções de formação tiveram como objectivo capacitar os coordenadores para implantarem e desenvolverem, em equipa e em articulação com a pastoral comunitária um projecto catequético, inte-grando e relacionando a catequese com as diversas dimensões da pastoral eclesial. O Serviço de Formação tem ainda agendada duas acções de formação. A primeira, Curso de Introdu-ção, destinado a jovens com o 10.º ano de cate-quese, dos 16 aos 18 anos que pretendam auxiliar a catequese. Vai realizar-se na Casa de Nazaré, em

Formação Arquidiocesana de Coordenadores

Carapeços, Barcelos, das 19h30 do dia 20 de Feverei-ro às 16h00 do dia 22 de Fevereiro.A segunda, o Curso Acreditar para animadores, no Cen-tro Pastoral e Cultural da Arquidiocese de Braga, aos Sá-bados, das 9h00 às 12h00 de 7 de Março a 23 de Maio.

No passado dia 6 de Dezembro os Catequistas de Cabeceiras de Basto realizam um encontro subor-

dinado ao tema «Rezar a Palavra - Cartas de S. Paulo». Esta iniciativa da Equipa de Catequese Arciprestal decorreu no Centro de Catequese de Refojos.

Cabeceiras ao Ritmo da Palavra

No mesmo Arciprestado, mas promovido pelo Serviço de Formação do DAC, através do

CAFCA «Pedacinho de Deus» está-se a realizar lá o Curso Geral de Catequese. Decorrido que foi o trabalho do primeiro módulo – História da Catequese e Catequética –, terminado a 2 de Janeiro último, é tempo de continuar, desta feita, com o módulo de «Pedagogia e Didáctica».Agora mais voltado para a coordenação paro-quial, está também a decorrer nesse local, desde o mês de Novembro, o Curso de Coordenadores Paroquiais, em sintonia com outros locais da Arquidiocese.

E da formação de Catequistas

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Secção NOTÍCIAS

No dia 28 de Fevereiro realizar-se-á o Encontro Arciprestal de Catequistas, no Centro Cívico de

Vila Nova de Famalicão.Será um momento de formação, organizado por ateliers, à semelhança do ano passado, destinado a todos os catequistas do Arciprestado. Para a realização deste encontro a Equipa Arcipres-tal contará, com a ajuda dos Salesianos.Subordinado ao tema da Palavra, em consonância com o tema proposto pela nossa Arquidiocese para o triénio 2008-2011, o encontro decorrerá ao longo da tarde desse dia, no Centro Pastoral de Famalicão, obedecendo ao seguinte programa:

Encontro Arciprestal do Catequista de Famalicão

14h00 – Acolhimento 14h30 – Conferência 15h15 – 1º Atelier16h15 – 2º Atelier17h15 – Intervalo17h45 – Encerramento com Concerto de Oração (com a duração de meia hora); Cada catequista poderá, no dia, escolher e fre-quentar dois dos ateliers disponíveis, estando essa escolha condicionada a um limite de pessoas por atelier. Os temas dos ateliers estarão directamente relacio-nados com a temática da Palavra de Deus.

O CAFCA “ Faz-te ao Largo!”, sediado em Vila Nova de Famalicão, realizou nos dias 27 e 28 de De-

zembro, um Curso de Introdução, onde participaram jovens que colaboram na catequese das seguintes paróquias: Antas, Bairro, Belinho, do Arciprestado de Esposende, Cavalões, Esmeriz, Fradelos, Lousado e Ribeirão. Neste encontro de formação para além da boa disposição e empenho dos jovens, constatou-se que o espírito de serviço em Igreja, em particular através da Catequese, tem um futuro promissor. Esta é mais uma realidade que a nova organização Arquidiocesana da Formação de Catequistas está a “trazer à superfície”, explorando-a e potenciando-a. O CAFCA “ Faz-te ao Largo!”, que iniciou a sua ac-

tividade em 16 de Setembro de 2008, no Centro Cívico de Vila Nova de Famalicão, já se encontra a funcionar em instalações autónomas, gentil-mente cedidas pela paróquia de Santo Adrião. As novas instalações localizam-se junto à entrada para o parque de estacionamento público, entre a Câmara Municipal e o Centro Cívico, ao lado da Estátua de Santo Adrião.Entretanto, iniciou um Curso de Iniciação, no pas-sado dia 12 Janeiro, já nas novas instalações. Este curso, com final previsto para o dia 21 de Feverei-ro, conta com formandos provenientes de várias paróquias: Antas, Brufe, Delães, Fradelos, Oliveira Sta. Maria, Ribeirão e Vilarinho das Cambas.

CAFCA «Faz-te ao Largo»

O Dia Arciprestal do Catequista do Arciprestado de Barcelos, que se realizou n o passado dia 3

de Janeiro, no Centro Paroquial de Rio Côvo Santa Eugénia contou com cerca de 200 catequistas.

Equipa Arciprestal de Barcelos reúne catequista em dia de oração, formação e convívio

Esta actividade, da responsabilidade da Equipa Arciprestal local, iniciou-se pelas 09h30 com uma oração. A manhã foi passada em formação com ate-liês de lectio divina, reuniões com pais, reuniões de

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catequistas, catequese com adolescentes, e festas e celebrações.Paralelamente foi dado início ao projecto de uma bíblia manuscrita que seguirá agora pelas paróquias do Arciprestado.O almoço foi partilhado. No final do almoço teve lugar uma breve palestra sobre São Paulo.Seguiu-se uma celebração eucarística presidida pelo assistente cessante da Equipa Arciprestal, P.e Araújo. No final da Eucaristia houve uma sentida homenagem ao P.e Araújo em agradecimento pelo excelente trabalho efectuado como assis-tente da ECA. Esta homenagem pelos cinco anos nessa missão, caracterizada por uma presença constante, confiança sempre manifestada à equi-pa, dedicação, perseverança e defesa da ECA em momentos difíceis e de resistência por parte de

alguns que, apenas, falavam em seu nome, salien-tado a sua humildade e abertura às decisões do grupo nas reuniões. Assistindo sem impor, desbra-vando caminhos em muitas das nossa paróquias para que a ECA pudesse actuar deu-nos exemplo permanente de visão e de trabalho. Para além do ramo de flores e de uma salva com a inscrição “Agradecimento dos Catequistas de Barcelos” foram feitas afirmações como “foi uma honra trabalhar com o senhor ao serviço da nossa Igreja, Igreja que tanto amamos”, e que reflecte o momento vivido.Ao revº padre Araújo, agora na qualidade de arci-preste, desejamos-lhe todo o êxito pastoral e ao amigo toda a felicidade.Entregaram-se também diplomas do curso acreditar e de alguns módulos do curso geral. Foram ainda apresentadas as equipas coordenadoras de zona.

No incessante enriquecimento interior do cate-quista e dentro do plano de formação contínua

proposto pela Arquidiocese, realizou-se no Arcipres-tado de Vieira do Minho, no mês de Dezembro, o módulo “A Espiritualidade do Catequista”.Devido a dispersão geográfica das paróquias de Vieira do Minho, o curso decorreu em três locais estratégicos (Vieira, Rossas e Ventosa).Com uma grande assiduidade, os catequistas viveram este momento de um modo especial. Estes agentes da pastoral sentiram-se: encontrados pela Palavra de Deus através do manuseamento da Bíblia; sensibilizados pelo servir a comunidade com humildade; tocados no silêncio do momento de oração, encontro profundo e sublime com Deus.No mesmo tempo, foi, também, vivido pelas paró-quias do Arciprestado a Caminhada de Advento-Natal, tendo por base o tema “Encontrados pela Palavra” e S. Paulo, sugerido para o ano 2008-09. Esta caminhada envolveu os cristãos com a Palavra de Deus (a Bíblia). Para tal, cada paróquia construiu uma estrutura que simbolizava a Bíblia dentro das suas limitações, mas com o mesmo espírito de uni-dade e de meditação neste tempo de Advento.

Posteriormente, no dia 07 de Fevereiro (sábado), pelas 14h30, na Igreja Paroquial de Vieira do Minho, teve lugar uma reunião entre a Equipa Arciprestal e os Coordenadores Paroquiais, com a presença do Coordenador Arquidiocesano, P. Luís Miguel Rodri-gues e o Assistente Arciprestal P. José Alves.Na reunião começou-se por fazer uma avaliação da formação iniciada no mês de Dezembro, deba-tendo-se sobre a sua continuidade nas mesmas condições. No entanto, chegou-se à conclusão de que seria mais sustentável fazer formação a todos os catequistas no Dia Arciprestal do Catequista a realizar em 23 de Maio do corrente ano. Seguindo o plano de actividades foi comunicado aos coorde-nadores que se podem inscrever na formação de coordenadores com inicio em Março.Por último, foi apresentada aos presentes a Cami-nhada Quaresma-Páscoa bem como os moldes em que a mesma se realizará, sendo disponibilizada mais informação através do boletim Pontes.

Catequistas de Vieira em formação e com ritmo diocesano

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A Quaresma é um tempo que convida à reflexão e à conversão interior, preparando-nos para a ale-

gria Pascal da Ressurreição de Jesus, que nos salva e irremediavelmente nos compromete com Ele. Deste modo, segue-se uma proposta de caminhada Qua-resmal, que se prolonga depois até ao fim do tempo Pascal. Em ano dedicado ao tema “Encontrados pela Palavra”, esta caminhada pretende ajudar-nos a descobrir na Palavra, ao ritmo da liturgia de cada domingo, os “Sinais do Encontro”, isto é, os sinais que ela nos vai dando para que cada um de nós se encontre consigo mesmo, com os outros, com a alegria da vida nova pascal, ou seja, para que cada um se encontre com Jesus, Palavra Encarnada, Vivo e Ressuscitado.

1) Ideias base:* Tema Arquidiocesano/Igreja Universal: “Encontra-dos pela Palavra” e S. Paulo;* Proposta com base na liturgia quaresmal e pascal e simbolizada por sinais e regras de trânsito;* Iniciativa de um Deus que continua a falar-nos através da Sua Palavra, uma Palavra que comuni-ca vida, orienta e conduz a nossa vida, como a de Paulo;* “Sinais do Encontro” é o tema/título da caminhada;* Quaresma/Páscoa, tempo de descoberta de inú-meros sinais do encontro com a vida nova pascal na

e pela Palavra Encarnada, Jesus Cristo;* A Quaresma apresenta uma via com prioridade, ou seja, opções ou caminhos alternativos a outros não aconselhados e que requerem um conjunto de cuidados/”proibições”;* Estar atento aos sinais e propostas de liberdade que a Palavra me apresenta e que me conduzem na estrada da vida nova pascal;* A Páscoa como via que me introduz num caminho de liberdade, obrigando-me a viver na autenticida-de e na exigência cristãs;* Viver e celebrar a Páscoa de Jesus, como trânsito – em Via Verde –, isto é, com grande alegria, muita felicidade e vontade interior de continuar a desco-brir, durante o tempo pascal e por meio da Palavra, os sinais “obrigatórios” do encontro com Jesus Vivo e Ressuscitado;* A Páscoa como tempo de viver e cumprir alegre-mente a obrigação a que ela me convida;* Sabendo que a Palavra orienta a minha vida para a ressurreição e a partir da ressurreição, como me posso deixar encontrar e conduzir por Ela?

2) Cenário:* Em cada domingo haverá um cartaz, tal como podemos ver no exemplo, que pretende exprimir o sentido da liturgia e da dinâmica subordinada ao tema “Sinais do Encontro”.

CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA 2009

Tema: Sinais do Encontro

Secção CADERNO TEMÁTICO

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Ou seja, “sinais do encontro” com a Vida Nova Pascal a partir do encontro com a Palavra Encarnada, Jesus Cristo;* Durante o tempo quaresmal, tal como nos aparece no grafismo, o cartaz será encabeçado por uma pla-ca a indicar o destino a que nos propomos (Páscoa), seguido da descrição da temática da caminhada, do sinal correspondente à liturgia, da respectiva frase explicativa do sinal e do título do domin-go que se celebra. Ou seja, a Palavra de Deus em tempo quaresmal conduz-nos à Páscoa, bastando para isso, ler e descobrir os sinais que me levam ao encontro com ela, com a Vida nova pascal. Isso exige que, neste tempo e neste caminho, se defina uma prioridade, fazendo, desta forma, uma opção séria e determinada de paragem, reflexão e oração;* Durante este tempo da Quaresma, depois da 2ª leitura, poder-se-ia rezar sempre uma oração em conjunto, distribuída em prospecto, seguida do re-frão do cântico “Pára, escuta e olha” (F. Silva, A Igreja canta), também como aclamação ao Evangelho que se segue;*Na quarta-feira de cinzas, 1º domingo da Quares-ma e Dia de Ramos propõe-se como cântico de entrada o refrão e a 1ª estrofe deste mesmo cântico “Pára, escuta e olha”;* No tempo pascal, a oração seria rezada, em conjunto, apenas antes da bênção final (depois dos avisos);

CAMINHADA QUARESMA-PÁSCOA 2009

Tema: Sinais do Encontro

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* Uma vez ou outra, a começar no próprio dia de Páscoa, o cântico “Pára, escuta e olha” pode cantar-se também como cântico pascal;* A Partir do dia de Páscoa, e também segundo o grafismo, para além da dinâmica e simbologias diferenciadas de cada domingo, a placa não será de direcção, mas de localidade/Páscoa. Note-se no tempo pascal os sinais obrigatórios descober-tos por quem, depois de ter procurado sinais que conduzem ao encontro com Jesus Ressuscitado, quer agora comprometer-se. Daí que a Páscoa comunique ao longo dos vários domingos alguns sinais “obrigatórios”, algumas exigências próprias de quem fez este caminho e sente esta responsa-bilidade de ser salvo.

Caminhada da Catequese: sendo esta uma propos-ta de caminhada para a comunidade, a catequese também deverá encontrar formas simples de a con-cretizar com as suas crianças e adolescentes. Desta forma, propõe-se que cada comunidade paroquial, criando equipas de trabalho com catequistas e por fases (1º - 4º; 5º - 6º; 7º - 10º), construa dinâmicas apropriadas para cada fase/idade, relativas aos do-mingos da Quaresma e do tempo Pascal (em vez de todos os domingos, pode optar-se por realizar uma actividade apenas em alguns, visto que se trata de um período de tempo muito longo). Propõe-se que este grupo de preparação crie uma dinâmica para a primeira catequese da Quaresma que explique o sentido deste tempo às crianças e adolescentes. Nos encontros seguintes, e sempre que existir actividade, o catequista será convidado a propô-la, integrando-a no contexto do encontro de catequese. Para além das propostas concretas de cada actividade, este grupo de trabalho poderá dar orientações e propor, se assim se justificar, uma adaptação da sequência dos temas dos catecismos daquela fase, de acordo com a liturgia e a actividade ou caminhada a realizar própria deste tempo.

QUARTA-FEIRA DE CINZASSinal do Placard: Via com PrioridadeFrase: Via com Prioridade

* O Tempo quaresmal/pascal que inicia na quarta-feira de cinzas é um caminho/via que deve me-recer prioridade na vida dos cristãos. As cinzas são expressão da atitude necessária durante esta caminhada. A cinza é sinal desta consciência huma-na e atitude humilde que permitirá percorrer este caminho de verdadeira conversão do coração em direcção à Páscoa;* S. Paulo também faz este caminho de conversão, torna-se cinza, depois do encontro e do confronto com Jesus, dando prioridade à via da Evangelização e do anúncio de Cristo a todos os homens;* Referência ao programa quaresmal baseado nas 4 atitudes: oração, jejum, esmola e penitência (Evangelho);* Referência ao Contributo Penitencial/Esmola;* Os recipientes da cinza deverão ser colocados em frente ao placard. Depois da homilia, segue-se a imposição das cinzas sobre as pessoas.

1º DOMINGO DA QUARESMASinal do Placard: STOP (Paragem obrigatória em cruzamentos ou entroncamentos)Frase: Obrigatório Parar

* A Quaresma é tempo de parar, de fazer STOP;* “Antes de dar início à Sua pregação, Jesus en-trega-se à oração, uma atitude quaresmal; antes de se apresentar em público, vai para o deserto; antes de Se misturar com o povo, retira-se para a solidão. Antes de ir ao encontro dos homens, busca a intimidade do Seu Pai, que está no Céu” (K. Rahner);* O deserto como espaço de paragem obrigatória, de reflexão, oração, introspecção para quem quer fazer um caminho sério em direcção à Páscoa, isto é, em direcção a uma vida nova;

Secção CADERNO TEMÁTICO

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* Para se encontrar o caminho certo, o caminho que nos conduz ao encontro com Cristo, é preciso parar. Foi o que fez S. Paulo, mergulhou no deserto da sua cegueira, olhando para si mesmo, para dentro de si, onde ecoava a voz que o chamou; parou para mudar radicalmente o rumo do seu caminho, parou para encontrar os sinais que conduzem à alegria plena em Cristo Ressuscitado.

2º DOMINGO DA QUARESMASinal do Placard: Estacionamento ProibidoFrase: Proibido Estacionar

* Parar sim, mas não estacionar;* A Quaresma convida a parar interiormente, a cons-truir tendas do encontro com Jesus, mas simultane-amente a agir, a descer do monte e a anunciar a boa nova de Jesus Cristo transfigurado;* A experiência, breve mas maravilhosa, que foi dado viver aos apóstolos na transfiguração, cons-titui uma antevisão da situação de Jesus, depois da ressurreição. “O seu rosto ficou resplandecente como o Sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”, ou seja, este acontecimento quer ilumi-nar o nosso caminho, quer que descubramos a ver-dadeira missão do Messias e a coragem necessária para seguirmos os seus ensinamentos e a Sua vida de Ressuscitado. Mostra que é na cruz que desco-briremos o verdadeiro sentido da vida, a verdadeira luz. A transfiguração é o prenúncio de que o triunfo da vida e da dignidade do homem nasce da cruz, no dar a vida, concretizando-se no homem transfigu-rado, no homem que deixa branquear as vestes do seu Baptismo pela luz da ressurreição;* Tal como Cristo, cada um é chamado a dar-se, a as-sumir a sua cruz, transfigurando-se e dignificando-se. Mas, este dar-se tem de ser permanente e sem barreiras. S. Paulo dá-nos um excelente testemunho de alguém, que após mudar a direcção do seu caminho, jamais pára em direcção Àquele que é a sua “meta”, Jesus Cristo. Nada o detém na tarefa de anunciar o amor de Deus a todos os homens!

3º DOMINGO DA QUARESMASinal do Placard: Proibição de inversão do sentido de marchaFrase: Proibido Inverter a Marcha

* Fazer caminhada quaresmal significa seguir em frente, não inverter a marcha;* Quem acredita em Jesus fica “proibido” de olhar apenas ao que já passou; não pode ficar preso ao passado, agarrado apenas a um templo material, como os judeus, a um lugar físico, mas a uma Pessoa viva que reunirá à sua volta todos os crentes;* Enquanto, até aqui, o lugar do encontro com Deus era o Templo de Jerusalém, a partir de agora, o Corpo de Jesus, destruído pela morte e reedificado com a Ressurreição, passa a ser o novo lugar, a nova morada onde Deus se encontra com cada crente;* Também Paulo rompe definitivamente com o pas-sado, com o homem velho, perseguidor dos cristãos, para fazer um caminho novo, “apontado” para Cristo. Uma vez encontrados por Jesus, Palavra Encarnada, nós, tal como Paulo, estamos proibidos de voltar atrás, de inverter a marcha, voltando ao pecado.

4º DOMINGO DA QUARESMASinal do Placard: Sentido proibidoFrase: Sentido Proibido

* A Quaresma convida-nos a identificar o(s) sentido(s) proibidos e a encontrar caminhos alter-nativos que nos conduzam à verdadeira Páscoa;* A cruz e o perdão que nela se gerou são esse cami-nho de luz, em oposição às trevas, que tantas vezes nos limitam e prendem;* Neste domingo, Jesus propõe-nos um caminho novo, um caminho de luz, um encontro com a Sua Palavra, cujo centro é este mistério da cruz de Jesus, que ilumina e transmite paz a todos os que se dei-xam encontrar por ela;* Referência a uma das atitudes do programa qua-resmal: Penitência;

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BOLETIM 12

* Na comunidade e na catequese, deve incentivar-se à prática do sacramento da reconciliação, como sinal de encontro com a luz que Deus me dá;* Explicar, mesmo na catequese, o sentido e o valor do sacrifício quando contribui para o bem próprio e dos outros, integrado no sentido das atitudes quaresmais da penitência/sacramento da reconciliação e da esmola/contributo peni-tencial;* A reconciliação obriga cada um a olhar para dentro de si mesmo, fechando os olhos para as luzes do mundo, que erradamente nos iludem e atraiem, conduzindo-nos às trevas. É preciso cair na cegueira, como S. Paulo, para que depois pos-samos ver a Luz nova que é Cristo, alcançada na conversão e no perdão que nos é dado pele Pai, na cruz do Seu Filho;* Acreditar em Jesus, Luz do mundo, é acreditar no dom da vida e da reconciliação do homem consigo, com os outros e com Deus, como caminho alternativo àquele ou àqueles que nos conduzem às trevas;* Aquele que vive na Luz, é capaz de ver a sua sombra, é capaz de identificar o que o afasta dessa mesma Luz, podendo seguir os sinais que condu-zem ao encontro com a vida nova pascal.

5º DOMINGO DA QUARESMASinal do Placard: Passagem estreitaFrase: Passagem Estreita

* Vamos descobrir que passar da morte à vida, com Jesus, é uma “passagem estreita”, exigente e compro-metedora, e ao mesmo tempo difícil de concretizar e viver;* É, no entanto, possível e, sobretudo, recompensa-dor e gratificante;* O cristão é chamado a dar fruto. Para isso tem de morrer e dar a vida;* Esta é uma missão que nem todos aceitam pela renúncia e entrega que exige;* Encontrar a vida nova pascal é encontrar motivos e graça que me seduzam nesta proposta radical de seguir Jesus neste caminho estreito, neste caminho mais difícil de passar;

* Saulo, perseguidor de Jesus, morre, para dar lugar ao apóstolo Paulo, zeloso e fervoroso anunciador da Boa Nova. Paulo renuncia a si mesmo, morre: “Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim.” (Gl 2, 20). A partir daí faz um caminho difícil, estreito, que o conduz muitas vezes à prisão e ao sofrimento, mas é este o caminho que o salva;* Este domingo convida à prática do jejum, uma atitude que me propõe renunciar e jejuar àquilo que me satisfaz apenas a mim, sugerindo-me uma entrega mais radical aos outros.

6º DOMINGO DA QUARESMA – DOMINGO DE RAMOSSinal do Placard: Sinalização luminosa (semáforo)Frase: Pára! Escuta! Olha!

* Este domingo sugere-nos que a Páscoa é uma passagem obrigatória;* Para isso, precisei de parar, de estar atento aos apelos que me foram dirigidos e olhar e seguir em frente porque o sinal verde do semáforo está a aparecer;* Não se pode caminhar por caminhar, é necessário parar! Não se pode caminhar indefinidamente, sem saber para onde! É necessário saber o que se busca, qual a meta a alcançar;* Não se pode andar distraído e indiferente, é neces-sário estar à escuta;* Não se pode ficar do outro lado da margem; o sinal da luz nova exige que eu avance e passe para o outro lado obrigatoriamente;* Celebramos neste domingo dois aconteci-mentos da vida de Cristo, lembrados no nome litúrgico deste dia: Ramos, ou seja, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; e a Sua Pai-xão e Morte. Aqueles que o aclamaram na sua entrada em Jerusalém foram os mesmos que pouco tempo depois o mataram e suspenderam na cruz, na sexta-feira santa, três dias antes da ressurreição;* A cruz é o sinal por excelência deste tempo qua-resmal, tempo de morte, mas também de uma vida gerada a partir da cruz;* Bênção dos ramos fora da Igreja;

Secção CADERNO TEMÁTICO

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BOLETIM 13

* Celebração do Dia Mundial da Juventude;* Neste dia deve apelar-se, mesmo na catequese, à vivência e participação nas celebrações da Semana Santa e na celebração da Vigília Pascal e Dia de Páscoa;* Não podemos permanecer parados quando o sinal verde surge na nossa vida. Tal como S. Paulo, não podemos ficar indiferentes à voz de Jesus que nos chama. Temos de seguir em frente, pois Cristo Ressuscitado é passagem obrigatória, é a “meta”, é o encontro que se impõe na nossa vida, para o qual a Palavra nos foi conduzindo.

DOMINGO DE PÁSCOA/VIGÍLIA PASCALSinal do Placard: Via verdeFrase: Via Verde

* A Páscoa como via verde, ou seja, como via onde nada me impede de fazer esta passagem para a autêntica liberdade; uma via que, introduzindo-me num caminho diferente de liberdade, me obriga a viver na autenticidade e na exigência cristãs, no respeito pela nova lei do amor e da entrega aos outros;* A Páscoa como tempo de viver e cumprir alegre-mente a obrigação a que ela me convida;* A Páscoa como o grande sinal do encontro com o Ressuscitado, com a vida nova, com a Palavra Encar-nada e plena de vida nova pascal;* Viver e celebrar a Páscoa de Jesus, como trânsito - em Via Verde - , isto é, com grande alegria e vontade interior de continuar a descobrir, durante o tempo pascal e por meio da Palavra, os sinais “obrigatórios” do encontro com Jesus Vivo e Ressuscitado;* Na Páscoa nada me impede se passar, de ser livre, de me encontrar com Jesus Vivo e Ressuscitado, a Palavra Encarnada de Deus Pai;* O Círio Pascal é símbolo de Cristo Ressuscitado. É a nova luz que, acesa na noite de Páscoa, simboliza o encontro de toda a humanidade com a Vida e a nova Luz em Cristo Jesus. As trevas dão lugar à nova claridade da Páscoa. Representa a vida nova, o se-pulcro aberto, o maior Dom de Deus à humanidade

e que nos compromete a sermos sementes de vida uns para os outros;* Depois de ter procurado sinais que me condu-zissem ao encontro com Jesus Ressuscitado, a Páscoa vem agora comprometer-me, pois é uma passagem para uma liberdade que me “prende” a Cristo e aos outros, comunicando-me alguns sinais “obrigatórios”, algumas exigências próprias de quem fez este caminho e sente a responsabili-dade de ser salvo;* Depois de ser encontrado por Cristo Ressuscita-do, pela vida nova, livre do pecado, sou “obrigado” a seguir o Seu caminho, não porque este me seja imposto, mas porque sinto, tal como Paulo, uma tremenda inquietação e uma profunda necessida-de de O seguir e servir: “Ai de mim se não evange-lizar!” (1 Cor 9, 16).

2º DOMINGO DA PÁSCOASinal do Placard: Sentido obrigatórioFrase: Sentido Obrigatório

* Jesus Vivo e Ressuscitado é agora o sentido “obrigatório” para cada um de nós, Aquele que nos permite afirmar com todo o coração, tal como Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”;* Jesus Cristo mostra-nos, pelo apóstolo Tomé, que a fé é um risco e ao mesmo tempo um desafio: não se trata de tocar e de ver, mas sim de acolher o anúncio, que nos é transmitido, de acreditar, sentir e assumir com confiança o compromisso que a fé na ressurreição gera nos crentes;* Neste tempo novo, tem que se passar do que se vê para o que se sente e se ama, tem que se passar da visão à fé;* É a fé que nos permite “ver” em Cristo Ressuscita-do o sentido da vida e do caminho a seguir como cristãos, tal como aconteceu com S. Paulo, quando interpelado no caminho de Damasco;* É a Ressurreição que dá todo o sentido ao nosso caminho e nos conduz na estrada da verdadeira felicidade, não permitindo que troquemos de sentido ou de trajecto, não deixando que cada um se perca por atalhos que nos afastam de Jesus.

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BOLETIM 14

3º DOMINGO DA PÁSCOASinal do Placard: Sentidos obrigatórios possíveisFrase: Obrigatório Testemunhar

* Jesus Vivo e Ressuscitado, sentido “obrigatório” para todo o crente, não nos pode deixar indiferen-tes e apáticos;* A alegria de Jesus Ressuscitado não está reservada apenas aos apóstolos. Também a nós, na Eucaristia, o Senhor Jesus Se nos dá a conhecer, introduzindo-nos na Sua intimidade. Por isso, fortificados pela presença ressuscitada de Jesus em nós, que nos alimenta com a Sua Palavra e o Seu Corpo, não podemos ficar parados. Temos de partir, pelos caminhos da vida, a comunicar aos nossos irmãos a alegria da nossa fé. É a alegria do encontro com Jesus e, consequentemente, do envio e do anúncio da ressurreição a todos;* Nós, como os discípulos, acreditamos na ressur-reição de Jesus e reconhecemos que é obrigatório testemunhar esta alegria e esta fé;* Onde quer que estejamos, seja qual for a nossa circunstância, enquanto discípulos de Jesus temos o dever e a “obrigação” de levar o Evangelho da ressurreição a todos os homens, tal como S. Paulo o fez, levando Jesus a todos os homens, de perto e de longe, judeus e gentios, sem reservas nem condi-ções;* Ser livre, circular com via verde, passa por aceitar este desafio de “tocar” Jesus, de “ver” Jesus e sentir a liberdade que Ele nos traz, fazendo-a chegar aos outros;* Explicar e apelar à vivência da semana das vocações;* Alertar para a alegria da vocação, se alicerçada neste dever de testemunhar Aquele em quem acreditamos.

4º DOMINGO DA PÁSCOASinal do Placard: Obrigação de contornar a placa ou obstáculoFrase: Obrigatório Contornar os Obstáculos

* Jesus é o nosso Bom Pastor e nós somos as ovelhas do seu rebanho e entre nós acontece um encontro obrigatório;* É a presença em nós de Jesus Vivo e Ressuscitado, o Bom Pastor, que nos dá a força para podermos contornar e ultrapassar os obstáculos, ou seja, todos os “mercenários” (Evangelho) egoístas e interessei-ros, geradores de divisão;* Encontrar em Cristo o Bom Pastor da minha vida, Aquele que me ajuda a vencer todas as barreiras;* Jesus é o Bom e Fiel Pastor, Aquele que chama as ovelhas a escutá-Lo para o seguirem e não se deixa-rem enganar por falsos pastores; * Jesus é o único Pastor, Aquele que conhece bem as suas ovelhas e dá a vida por elas;* Paulo, uma vez encontrado por Cristo, o Bom Pastor que conhece o seu zelo e o chama a anunciá-Lo, torna-se capaz de contornar todos os obstáculos, para cumprir fielmente a missão que lhe é confiada;* É a alegria do encontro com Jesus e, consequen-temente, do envio e do anúncio “obrigatório” da sua Palavra que chama alguns a serem pastores na adesão pessoal à vocação ao sacerdócio e à vida consagrada;* É dever do cristão alertar para a realidade vocacio-nal – ser cristão é seguir Jesus; e quem sabe segui-Lo, tomando-O como modelo, a Ele que é o Bom Pastor, pelo sacerdócio ou vida consagrada.

5º DOMINGO DA PÁSCOASinal do Placard: Sentido obrigatórioFrase: Obrigatório Permanecer

* É necessário e obrigatório permanecer em Jesus para dar muito fruto;* Como o ramo não dá fruto por si mesmo, mas precisa de estar ligado à videira, assim também o discípulo só dará fruto se permanecer unido a Jesus;* O caminho da Páscoa convida o cristão a manter-se sempre unido a Jesus, a seguir sempre em frente, sempre na mesma direcção, sem se desviar por outros caminhos mais fáceis, mais atractivos apa-rentemente;* Jesus é o nosso “sentido obrigatório”! Não há ou-tro caminho, não há outro sentido para a nossa vida enquanto cristãos;

Secção CADERNO TEMÁTICO

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BOLETIM 15

* Também S. Paulo nos ajuda a perceber que fora de Cristo nada somos, pois só permanecendo na Sua graça podemos dar muito fruto, seguindo no caminho da Vida – “pela graça de Deus sou o que sou” (1 Cor 15, 10).

6º DOMINGO DA PÁSCOASinal do Placard: Pista obrigatória para peõesFrase: Pista Obrigatória

* Com Jesus, aprendemos que o amor é pista obri-gatória para seguir e sermos felizes;* Não há outro caminho para quem quer percorrer o caminho de Jesus, caminhando de mão dada com os outros e com Ele;* Seguir pela via verde da Páscoa, que nos chama à liberdade, passa por percorrermos a via do amor e permanecer e viver Nele;* Só o caminho do amor nos torna fiéis discípulos de Cristo, determinados a viver a vida nova pas-cal, gerando-a também no coração de cada irmão. Que, tal como S. Paulo nos diz, nos possamos “revestir do amor, que é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14).

ASCENSÃO DO SENHORSinal do Placard: Obrigação de transitar à velocida-de mínima de ... km/hFrase: Velocidade Mínima Obrigatória

* Se com Jesus apreendemos que o amor é pista ou caminho obrigatório a seguir, também é verdade que ser cristão significa ter uma velocidade mínima recomendada para levar Jesus a todas as pessoas e a todos os lugares;* O cristão não pode viver na apatia, na indiferença ou no comodismo;* Antes, precisa de suar a camisola que defende, provar com a sua vida e a sua entrega que acredita na ressurreição, que se encontrou verdadeiramente com Jesus, Palavra Encarnada e Ressuscitada;

* O cristão deve dar o máximo de si em favor dos outros. O cristão, tal como Paulo, e tantos outros apóstolos, deve entregar-se à tarefa evangelizado-ra da Igreja, para que Cristo chegue a todos sem demora;* O cristão é agora sinal vivo da presença de Cristo Ressuscitado que subiu aos céus.

PENTECOSTESSinal do Placard: Obrigação de utilizar as luzes de cruzamento (médios) acesasFrase: Luz Obrigatória

* Depois de todo este caminho de encontros com os sinais da presença de Jesus, vem o Espírito, dom de Jesus, convidar-nos a viver agora o Tempo do Espírito, tempo de Deus em nós;* O domingo de Pentecostes convida a acolher o Espírito Santo, Aquele que dá força e nos envia a sermos discípulos;* É a experiência do Ressuscitado sentida e vivida por todos os crentes;* É o dom da vida nova da Páscoa que agora nos compromete e envia a sermos discípulos de Jesus, levando-O a todos;* Celebra-se a missão de Jesus agora prolongada por todos os que nele acreditam;* O envio do Espírito Santo a todos exige uma nova atitude em todos os cristãos;* Há uma nova Luz que necessita de chegar a todos e iluminar a todos;* Ser Luz e farol que ilumina é um desafio “obriga-tório” para todo aquele que acredita na Ressur-reição. O convite feito outrora a Pedro, Paulo, e tantos outros discípulos, de geração em geração, é agora feito a cada um de nós. É a nossa vez de dar testemunho; agora somos nós a assumir a missão de levar a alegria de Cristo a todos os homens; é sobre nós que agora desce o Espírito Santo, para que toda a nossa vida seja anúncio da salvação dada por Deus aos homens na morte e ressurreição de Jesus. Não podemos ficar indife-rentes a este chamamento;* Só na medida em que eu sou luz para o outro pos-so dizer que me encontrei com Cristo Ressuscitado, a Palavra Encarnada no coração de todos nós.

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BOLETIM 16

Secção CADERNO DE FORMAçÃO

Os tempos penitenciais1. Na pedagogia da Igreja, há tempos em que

os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência: a Quaresma e todas as Sextas-feiras do ano. A penitência é uma expressão muito signi-ficativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo da celebração anual da Páscoa, e a sexta-feira, enquanto dia da morte do Senhor, sugerem naturalmente a prática da penitência.

Jejum e abstinência2. O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência.

3. A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhá-vel manter esta forma de abstinência, particu-larmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requinta-dos e dispendiosos ou da especial preferência de cada um.Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretiza-ção pode não bastar para praticar a abstinência como acto penitencial. Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o

Os Dias de Penitência

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BOLETIM 17

que dizemos acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de carácter penitencial.

Determinações relativas ao jejum e à abstinência4. O jejum e a abstinência são obrigatórios em Quar-ta-Feira de Cinzas e em Sexta-Feira Santa.

5. A abstinência é obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coinci-dam com algum dia enumerado entre as sole-nidades. Esta forma de penitência reveste-se, no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.

6. O preceito da abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos completos.O preceito do jejum obriga os fiéis que tenham feito 18 anos até terem completado os 59.Aos que tiverem menos de 14 anos, deverão os pastores de almas e os pais procurar aten-tamente formá-los no verdadeiro sentido da penitência, sugerindo-lhes outros modos de a exprimirem.

7. As presentes determinações sobre o jejum e a abstinência apenas se aplicam em condições nor-mais de saúde, estando os doentes, por conseguin-te, dispensados da sua observância.

Determinações relativas a outras penitências8. Nas sextas-feiras poderão os fiéis cumprir o preceito penitencial, quer fazendo penitência como acima ficou dito, quer escolhendo formas de penitência reconhecidas pela tradição, tais como a oração e a esmola, ou mesmo optar por outras formas, de escolha pessoal, como, por exemplo, privar-se de fumar, de algum espectácu-lo, etc.

9. No que respeita à oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração mais prolongados e generosos, tais como: o exercício da via-sacra, a recitação do rosário, a recitação de Laudes e Vésperas da Liturgia das Horas, a participação na Santa Eucaristia, uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.

10. No que respeita à esmola, poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais. Essa partilha deve ser proporcional às posses de cada um e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem ou a gastos dispen-sáveis ou supérfluos.

11. Os cristãos que escolherem como forma de cum-primento do preceito da penitência uma participa-ção pecuniária orientarão o seu contributo peniten-cial para uma finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano.

12. Os cristãos depositarão o seu contributo peni-tencial em lugar devidamente identificado em cada igreja ou capela, ou através da Cúria diocesana. Na Quaresma, todavia, em vez desta modalidade ou concomitantemente com ela, o contributo poderá ser entregue no ofertório da Missa dominical, em dia para o efeito fixado.

As formas de penitência não se excluem mas completam-se mutuamente13. É aconselhável que, no cumprimento do preceito penitencial, os cristãos não se limi-tem a uma só forma de penitência, mas antes as pratiquem todas, pois o jejum, a oração e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade (Conferência Episcopal Portuguesa, Normas publicadas com data de 28 de Janeiro de 1985).

Os Dias de Penitência

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BOLETIM 18

Secção PROPOSTA DE REUNIÃO

1. Indicações Prévias– Se possível, dispor as cadeiras em círculo;

– Destacar o lugar da Bíblia com círio e flores; – Distribuir a introdução e as leituras.

2. Cântico de Entrada

3. Introdução: No centro da catequese está o anúncio explícito de Jesus Cristo e da Sua Palavra para levar o catequi-zando à fé n’Ele. O catequista não deve desejar senão conhecer Cristo e dá-Lo a conhecer àqueles que a Igreja lhe confiou para que os educasse. Era o desejo de conhecer Cristo e dá-Lo a conhecer que movia os Apóstolos até entregarem a vida pelo Evangelho: «Não podemos deixar de afirmar publicamente o que vimos e ouvimos» (Act 4,20); e o que move a Igreja em toda a sua vida é comunicar Cristo: «Ela existe para evangelizar, quer dizer, para pregar e ensinar, para ser canal do dom da graça, para reconciliar os pecadores com Deus e para perpe-tuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, memorial da sua Morte e Ressurreição» (EN 14). Estando o catequis-ta ao serviço da Palavra de Deus, ele deve entende-la cada vez melhor. Em silêncio, vamos reflectir um pouco se temos, de facto, procurado meditar sobre a Palavra que todos os dias anunciamos. Procuremos, pois, responder às seguintes questões:

4. Acto Penitenciala. Conheço suficientemente a Sagrada Escritura para poder transmitir fielmente a mensagem revelada? b. Leio com assiduidade a Palavra de Deus, medito na sua mensagem e dou testemunho dela em todos os momentos da minha vida?

De seguida, o sacerdote beija a Bíblia e passa-a de mão em mão, para que cada catequista possa também beijá-la, como forma de simbolizar a nossa saudação e acolhimento da Palavra de Deus.

5. OraçãoDai-nos, Senhor, o espírito de inteligência, de verda-de e de paz, para que, de coração sincero, conheça-mos a vossa vontade e a ponhamos em prática, na unidade e na concórdia.

6. Aclamação: A tua palavra, Senhor, é para nós testemunho, é amor…

7. Leitura do Evangelho (Mt 7, 21-27) Vamos, agora, escutar a Palavra de Deus: «Nem todo aquele que Me diz “Senhor, Senhor”, entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai que está no céu. Naquele dia muitos Me dirão: “Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos? Não foi em teu nome que expulsámos demónios? E não foi em teu nome que fizemos tantos milagres?”. Então, dir-lhes-ei: Nunca vos conheci, afastai-vos de Mim, malfeitores!Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que cons-truiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como o homem sem juízo, que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,

Anunciar a Palavra de Deus: celebração para Catequistas

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BOLETIM 19

vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!»

8. Comentário, que pode ser partilhado entre todos

9. Oração dos FiéisDai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma inteli-gência que Te compreenda; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma sensi-bilidade que Te sinta; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma alma que Te saboreie; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma sabe-doria que Te encontre;Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder um espíri-to que Te conheça; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder um cora-ção que Te ame; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder um pensa-mento para Ti orientado; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma acti-vidade que Te glorifique; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder ouvidos que Te escutem; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder olhos que Te saibam contemplar; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma lín-gua que a Ti se confesse; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma pala-vra de Te compraza; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma paci-ência que Te siga; Dai-nos, Senhor, a graça de nos conceder uma espe-rança que Te aguarde. Oremos ao Senhor

10. Oração Rezemos:

Ó Verbo! Ó Cristo! Como és belo e grande! Quem me dera conhecer-Te! Quem me dera compreender-Te! Faz, Ó Cristo, que eu Te conheça e Te ame. Tu, que és a luz, manda um raio dessa luz divina sobre a minha pobre alma, para que eu possa ver-Te e compreender-Te.Dá-me uma fé em Ti tão grande, que todas as tuas palavras sejam luzes que me iluminem, me atraiam a Tie me façam seguir-Te em todos os caminhos da justiça e da verdade. Ó Cristo! Ó Verbo!Meu Senhor e meu único Mestre! Fala, que quero escutar E pôr em prática a tua palavra. Quero escutar a tua divina palavra, que sei que vem do céu. Quero escutá-la, meditá-la e praticá-la, porque na tua palavra está a vida, a alegria, a paz e a felicidade. Fala, Senhor. És o meu Senhor e o meu Mestre. Quero escutar-Te só a Ti.

11. Pai-Nosso

12. Cântico FinalA vossa Palavra, Senhor, é luz dos meus caminhos.

Anunciar a Palavra de Deus: celebração para Catequistas

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impressão: Empresa do diário do minho lda.

O Departamento Arquidiocesano da Catequese, integrado na Comissão Arquidiocesana para a

Educação Cristã, realiza em parceria com esta um concurso artístico intitulado: «S. Paulo ao serviço da Palavra». O desafio consiste em dizer S. Paulo através de uma expressão artística: conto, poesia, pintura, escultura, desenho, música, filme, etc… a imaginação é o limite!Estão todos os catequistas e catequizandos convida-dos a participar neste concurso e na Festa da Palavra a realizar no dia 6 de Junho de 2009, onde todos os trabalhos poderão ser vistos

Concurso artístico:

«S. Paulo ao serviço da Palavra»