Boletim 57

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57 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM Destaque Abril Maio Junho 2011 Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR Voluntariado e Economia Social A Resolução 40/212, de 17 de Dezembro de 1985 da Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o dia 5 de Dezembro como sendo o “Dia Interna- cional dos Voluntários” e pela Resolução 52/17, de 17 de Dezembro de 1985 foi proclamado o “Ano Internacional do Voluntariado”. De acordo com o n.º 1 do Art.º 2º da Lei 71/98 de 3 de Novembro, volunta- riado é “o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas”. No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Euro- peia, declarou oficialmente 2011, Ano Europeu do Voluntariado” com o objectivo de contribuir para a criação de um ambiente mais receptivo à reali- zação do voluntariado e com mais pessoas a participar em actividades cívicas em toda a Europa. O ano de 2011 constitui, ao mesmo tempo, uma celebração e um desafio para um quarto da população europeia que, nos seus tempos livres, traba- lham de forma gratuita nas suas comunidades dando apoio em escolas, hos- pitais e clubes desportivos ou em actividades de protecção do ambiente com especial relevância para os serviços sociais e apoio às populações de países em desenvolvimento. Os seus esforços fazem de alguma forma uma enorme diferença na vida dos mais carenciados. O voluntariado é uma actividade inerente ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária para com o próximo, participando, de forma livre e organizada, na solução dos problemas que afectam a sociedade em geral. Estamos eternamente gratos a todos (as) Voluntários (as) que diariamente dispõem, na Santa Casa da Misericórdia de Santarém, do seu tempo em prol dos que mais necessitam. A Santa Casa da Misericórdia de Santarém e a Associação Coração Delta, com o apoio do Grupo Nabeiro, celebrou no I Encontro "Tempo para Dar", realizado no dia 18 de Junho, um protocolo de colaboração em que 20 traba- lhadores do grupo virão juntar-se aos 61 Voluntários (as) que já somos, dan- do 40 horas por mês do seu tempo, transmitindo e partilhando a sua energia e entusiasmo assim como os seus êxitos, conhecimento e experiências. «Seja voluntário! Faça a diferença» Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt Abertura da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção [ Págs. 12 ] Editorial A economia social, como sublinha a Resolução do Parlamento Europeu [2008/2250 (INI)], de 19 de Fevereiro de 2009, “ao aliar rentabilidade e solida- riedade, desempenha um papel essencial na eco- nomia europeia, criando empregos de elevada qualidade, reforçando a coesão social, económica e regional, gerando capital social, promovendo a cidadania activa, a solidariedade e um tipo de eco- nomia com valores democráticos que põe as pes- soas em primeiro lugar, para além de apoiar o desenvolvimento sustentável e a inovação social, ambiental e tecnológica”. A Economia Social constitui a esfera do chamado terceiro sector que está ligada à economia solidá- ria como o associativismo, o cooperativismo e o mutualismo, formas de organização da actividade produtiva nas quais as nossas Santas Casas e as Instituições Particulares de Segurança Social têm um papel relevante. Verifica-se que a Economia Social representa, em Portugal 5% do PIB empregando 750.000 pessoas e na Europa abrange 11 milhões de trabalhadores ou seja, 7% da população e mais de 5 milhões de voluntários. Caminhando com esperança, a nossa caminhada, a Todos (as) o nosso Bem Haja! cortesia radioelvas.c om

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Boletim 57

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  • 57 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Des

    taq

    ue

    Abril Maio

    Junho

    2011

    Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    Voluntariado e Economia Social

    A Resoluo 40/212, de 17 de Dezembro de 1985 da Assembleia Geral das Naes Unidas estabeleceu o dia 5 de Dezembro como sendo o Dia Interna-cional dos Voluntrios e pela Resoluo 52/17, de 17 de Dezembro de 1985 foi proclamado o Ano Internacional do Voluntariado.

    De acordo com o n. 1 do Art. 2 da Lei 71/98 de 3 de Novembro, volunta-riado o conjunto de aces de interesse social e comunitrio, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no mbito de projectos, programas e outras formas de interveno ao servio dos indivduos, das famlias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades pblicas ou privadas.

    No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da Unio Euro-peia, declarou oficialmente 2011, Ano Europeu do Voluntariado com o objectivo de contribuir para a criao de um ambiente mais receptivo reali-zao do voluntariado e com mais pessoas a participar em actividades cvicas em toda a Europa.

    O ano de 2011 constitui, ao mesmo tempo, uma celebrao e um desafio para um quarto da populao europeia que, nos seus tempos livres, traba-lham de forma gratuita nas suas comunidades dando apoio em escolas, hos-pitais e clubes desportivos ou em actividades de proteco do ambiente com especial relevncia para os servios sociais e apoio s populaes de pases em desenvolvimento. Os seus esforos fazem de alguma forma uma enorme diferena na vida dos mais carenciados.

    O voluntariado uma actividade inerente ao exerccio de cidadania que se traduz numa relao solidria para com o prximo, participando, de forma livre e organizada, na soluo dos problemas que afectam a sociedade em geral.

    Estamos eternamente gratos a todos (as) Voluntrios (as) que diariamente dispem, na Santa Casa da Misericrdia de Santarm, do seu tempo em prol dos que mais necessitam.

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm e a Associao Corao Delta, com o apoio do Grupo Nabeiro, celebrou no I Encontro "Tempo para Dar", realizado no dia 18 de Junho, um protocolo de colaborao em que 20 traba-lhadores do grupo viro juntar-se aos 61 Voluntrios (as) que j somos, dan-do 40 horas por ms do seu tempo, transmitindo e partilhando a sua energia e entusiasmo assim como os seus xitos, conhecimento e experincias.

    Seja voluntrio! Faa a diferena

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    Abertura da Unidade de Cuidados Continuados

    de Longa Durao e Manuteno

    [ Pgs. 12 ] Ed

    itor

    ial

    A economia social, como sublinha a Resoluo do Parlamento Europeu [2008/2250 (INI)], de 19 de Fevereiro de 2009, ao aliar rentabilidade e solida-riedade, desempenha um papel essencial na eco-nomia europeia, criando empregos de elevada qualidade, reforando a coeso social, econmica e regional, gerando capital social, promovendo a cidadania activa, a solidariedade e um tipo de eco-nomia com valores democrticos que pe as pes-soas em primeiro lugar, para alm de apoiar o desenvolvimento sustentvel e a inovao social, ambiental e tecnolgica. A Economia Social constitui a esfera do chamado

    terceiro sector que est ligada economia solid-ria como o associativismo, o cooperativismo e o mutualismo, formas de organizao da actividade produtiva nas quais as nossas Santas Casas e as Instituies Particulares de Segurana Social tm um papel relevante. Verifica-se que a Economia Social representa, em

    Portugal 5% do PIB empregando 750.000 pessoas e na Europa abrange 11 milhes de trabalhadores ou seja, 7% da populao e mais de 5 milhes de voluntrios. Caminhando com esperana, a nossa caminhada,

    a Todos (as) o nosso Bem Haja!

    cortesia radioelvas.c om

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    Voluntariado e Economia Social 1

    Percursos de Excelncia 2

    Celebrao da Eucaristia 2

    BOIAL - Final do Ano Lectivo 2010/11 3

    Tecidos de Outrora e de Agora 4

    Dia da Anciania 4

    Faustino de S Nogueira 5

    O 511 Aniversrio da Misericrdia 6

    Festa da Amizade 6

    Memrias do Tempo 6

    Notcias Breves 7

    Patrimnio Uma viagem com o Dr. Cotonete 8

    Obras de Misericrdia 10

    Abertura da Unidade de Cuidados Conti-nuados de Longa Durao e Manuteno 12

    I Conferncia Anual em Economia Social 12

    Exploso (poema) 9

    Chama da Solidariedade 9

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Carona Henriques Rebelo

    EDITOR

    Eng Emlia Daniel Leito

    EXECUO GRFICA

    Antnio J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL 112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Grfica GALDETE - Santarm

    PERCURSOS DE EXCELNCIA Sndrome de Exausto

    [ Filipe Madeira ] Realizou-se no dia 27 de Maio na Sala do

    Definitrio da Santa Casa da Misericrdia mais um encontro anual Percursos de Excelncia no mbito das comemoraes do aniversrio desta Instituio. O encon-tro incidiu na temtica O Sndrome de Exausto e contou com uma apresenta-o realizada pelo psiquiatra e psicanalis-ta Dr. Jorge Cmara.

    O Sndrome de exausto, ou burn-out, no motivado por exausto devido a excesso de trabalho, cansao, ou tenso, podendo at ser uma medida da gratifica-o que se retira do trabalho, pois advm da energia com que cada indivduo ou equipa enfrenta os desafios (ou dificulda-des) no seu local de trabalho. de desta-car que este sndrome afecta particular-mente as profisses de ajuda (tcnicos sociais e tcnicos de sade) e manifesta-se com sintomas de ordem fisiolgica, comportamental, psicolgica.

    As estratgias de preveno e combate exausto passam por factores externos e internos ao sujeito, sendo de destacar no primeiro grupo a promoo de um senti-

    mento da autonomia individual no con-texto de trabalho e a partilha com colegas em contextos de reflexo (grupo de superviso, interviso, ou outros). Quanto aos factores internos fundamental uma base pessoal que garanta uma boa auto-estima, bem como uma interioridade slida, enquanto suporte de confiana pessoal e segurana. Em suma, o ambien-te profissional dever gerar condies e estar orientado para fomentar capacida-des de manter um elevado nvel de prazer no trabalho

    semelhana de anos anteriores este encontro contou com a participao de cerca de 60 tcnicos e dirigentes de vrias entidades pblicas e privadas do conce-lho de Santarm.

    O tema em anlise foi tratado de uma forma directa e ilustrado com exemplos claros, promovendo uma reflexo impor-tante sobre comportamentos e sentimen-tos associados s situaes de tenso em grupo (equipas de trabalho) e na relao individual de cada tcnico com os uten-tes.

    Celebrao da Eucaristia - 31 de Maio

    A SENHORA DAS MISERICRDIAS

    No dia 31 de Maio foi celebrada missa pelo senhor Bispo, D Manuel Pelino Domingues. A celebrao teve lugar na Igreja de Jesus Cristo, onde estiveram os membros da Mesa Administrativa, cola-boradoras da Santa Casa da Misericrdia, crianas, jovens e idosos, pertencentes a todas as respostas sociais da Instituio e tambm alguns voluntrios.

    A celebrao da Eucaristia foi preparada por algumas tcnicas da Santa Casa da Misericrdia, envolvendo membros da Mesa Administrativa e de todas as respos-tas sociais da Santa Casa da Misericrdia com destaque para a participao nas leituras, na orao dos fiis, na prepara-o do altar e na apresentao dos dons, e no momento ps comunho, no qual se construiu uma flor, ptala a ptala, ao ritmo de uma orao dedicada a Nossa Senhora e respostas sociais da Instituio.

    De salientar que a atitude de Nossa Senhora, que foi ao encontro de sua pri-ma Isabel para a ajudar est actualizada no servio dirio que todos os membros da Mesa Administrativa, Voluntrios e Colaboradores prestam aos 530 clientes que a Santa Casa apoia ao longo dos 365 dias do ano.

    Que Nossa Senhora inspire amor e muita dedicao a todos os que tm por misso servir os mais frgeis e abandonados. O Senhor Bispo manifestou o seu reconhe-cimento e gratido pela aco social desenvolvida pela Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm, com uma Histria grandiosa, no s pelos 511 anos desde a sua fundao, mas tambm pela diversi-dade das 14 respostas sociais que desen-volve. Ao salientar a importncia de se trabalhar cada vez mais em parceria reco-nheceu o contributo imprescindvel da Santa Casa da Misericrdia fruto da longa experincia (511 anos) no campo da soli-dariedade.

    [ Padre Vtor Joo ]

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    Realizou-se no passado dia 17 de Junho, no Centro de Activida-des de Tempos Livres Quinta do Boial, mais uma festa de final de ano lectivo e o acampamento que no se realizou no dia 20 e 21 de Maio devido s condies atmosfricas, como tinha sido programa-do. Assim sendo, houve dois momentos distintos, a festa de final de ano e o acampamento que se distendeu at sbado s 11 horas.

    Apesar de todas as condicionantes, pois os horrios e as activida-des escolares ocupam a maior parte do tempo que as crianas pas-sam no Centro, todos trabalhmos com muito afinco e com muita perseverana, contando sempre com a ajuda de dois voluntrios. Ensaimos algumas canes e exercitmos alguns passos de dana.

    O projecto de msica apoiado pelo professor Jos Joaquim teve o seu momento alto no decorrer do espectculo.

    FINAL do ANO LECTIVO 2010/11 no CATL - Quinta do Boial

    [ Eva Garcia ]

    As canes foram escolhidas pelas nossas crianas que alm de cantarem, tambm acompanhavam o professor na parte instrumental. O primeiro grupo apresentou uma cano traba-lhada por eles dont wory be happy; a Cinderela de Carlos Paio, foi cantada pelo segundo grupo. Por fim o terceiro grupo cantou Vive o teu talento.

    O Francisco Delgado foi o promotor do workshop de dana, tal como nos ensaios de msica as dificuldades foram supera-das. Porm as aulas de dana exigiram um maior esforo e empenho por parte de todos. Uma das dificuldades foi no haver um espao amplo, para os ensaios, de modo que todo o grupo pudesse ensaiar em simultneo.

    Assim, houve necessidade de dividir as crianas em grupos e acertar coreografias para todos. Na perspectiva de agradar a todos e de ningum ficar de fora, coreografmos um grupo de meninos, depois o grupo das meninas e para contento de todos, uma dana de pares, um samba, que encerrou o espec-tculo. Para a entrega das pastas aos finalistas, foram dez as crianas que transitaram para o 2 ciclo, contmos com a pre-sena do Sr. Jos Cunha e do Dr. Gonalo Eloy, mesrios desta nossa Santa Casa. Contmos ainda com a presena da Dr Maria Jos Casaca que partilhou connosco estes momentos.

    Por fim houve um jantar promovido pelos pais, onde reinou a boa disposio e um salutar convvio.

    Na continuao dessa convivncia decorreu o nosso acam-pamento. Foi deveras gratificante ver a azfama dos pais na montagem das tendas e nos preparativos para a passagem da noite. O grupo no era grande, sensivelmente 35 pessoas, entre adultos e crianas. Mas, com toda a certeza para o prximo ano o nmero aumenta. A alvorada aconteceu s 7:30h precedida do dejejum e de uma higinica caminhada que foi aproveitada pelo grupo para apreciar as belezas campesinas. Cedo chegou a hora de partir, rapidamente se desmancharam as tendas e de alma cheia partimos para as nossas casas.

    No posso deixar de registar, uma de entre algumas opinies que as nossas crianas me deixaram. Dizia o Bernardo de 10 anos: Foi a festa de final de ano mais brutal, adorei danar o waka-waka e o samba.

    Depois da festa fomos jantar, estivemos a brincar e depois fomos dormir nas tendaseles no se calavam, uns riam, outros conversavam at que se calaram todos e dormimos um bocado.

    s 7:30h no paravam de gritar alvorada e de bater na panela com a colher. Acordmos bem de manhzinha e fomos tomar o pequeno-almoo e fomos fazer a caminhada, foi engraadoFoi a experincia mais engraada que tive. Era fixe se fosse isso todos os dias. No tenho palavras para descrever as coisas que eu adorei fazer.

    Quero aproveitar o momento para deixar aqui o agradeci-mento a todos os que tornaram possveis estes momentos. A todos o meu muito obrigada. Bem-hajam. E at para o ano!

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    No mbito das comemoraes do 511. aniversrio da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, decorreu, no dia 24 Maio de 2011, o Dia Aberto da Anciania, um dia dedicado aos afectos.

    Do programa, constou uma sesso de esclarecimento sobre: A importncia dos Afectos, muito participada e emotiva, em grande parte devido abertura proporcio-nada pela oradora Dr. Georgete Lima, que visou essencialmente sensibilizar e escla-recer os familiares dos clientes da Ancia-nia (Lar de Idosos/ Lar de Grandes Depen-tentes/ CATEI/ Apoio Domicilirio e Centro de Dia), relativamente a algumas questes globais, bem como a partilha de experin-cias e angustias pessoais que muitas vezes so comuns a quem tem familiares prxi-mos nestas condies.

    A tarde de animao, que se seguiu contou com a actuao da tuna da UTIS, terminando num lanche partilhado que honrou o objectivo inicialmente delineado de fomentar a partilha / convvio entre familiares/clientes e diferentes respostas sociais da anciania da SCMS;

    Foi um dia trabalhoso que implicou muita logstica e envolvimento, mas fran-camente positivo e recompensado pelos sorrisos e emoes que proporcionou.

    Dia da Anciania

    Subordinada a este tema, realizou-se uma palestra proferida pelas Mesrias Emlia Daniel Leito e Cremilda Salvador e uma exposio, na Igreja da Misericrdia, com a finalidade de dar a conhecer parte do patrimnio artstico e cultural da SCMS, ligado aos txteis.

    A UNESCO promoveu, em 1972, um tratado internacional denominado Con-veno sobre a proteco do patrimnio mundial, cultural e natural visando pro-mover a identificao, a proteco e a preservao do patrimnio cultural e natural de todo o mundo, considerado especialmente valioso para a humanida-de.

    O Conselho da Europa desenvolveu um programa de cooperao no mesmo domnio que visa essencialmente a defini-o de polticas e nomenclaturas comuns, bem como o desenvolvimento de redes de cooperao transnacionais, apoio tc-nico aos pases membros e iniciativas de sensibilizao dos valores e do patrim-nio.

    O sistema portugus de proteco do patrimnio remonta a D. Joo V quando este determinou, em alvar rgio de Agos-to de 1721, atribuir Academia Real da Histria Portuguesa Eclesistica e Secular a providncia para se conservarem os monumentos antigos, que podem servir para ilustrar e certificar a verdade da mes-ma histria

    Actualmente novas normas e regras regem a defesa, proteco e conservao deste patrimnio, nomeadamente a Lei 13/85 e a Lei 107/2001 que estabelece as bases polticas e do regime de proteco e valorizao do patrimnio cultural como realidade da maior relevncia para a com-preenso, permanncia e construo da identidade nacional e para a democratiza-o da cultura.

    As dificuldades inerentes conservao e restauro das obras de arte que a SCMS possui, so por demais conhecidas de todos, pois que vrias aces se tm esta-belecido para contrariar este bice e pro-curar a cooperao dos Irmos e famlias da cidade, para apadrinharem a recupera-o de uma obra de arte, deixando assim, o seu nome indelevelmente ligado ao patrimnio de Santarm. Continua, pois, a SCMS esperando que os Irmos e a socie-dade se unam e estejam receptivos a este tipo de apoio.

    Sendo uma das intenes da SCMS dar a conhecer o seu patrimnio artstico e cultural, tem vindo a abrir a Igreja da Mise-

    ricrdia a vrias actividades que aproxi-mem mais o pblico.

    Assim tm sido realizados concertos, exposies, palestras e outros eventos dos quais referimos agora a exposio que esteve patente ao pblico durante duas semanas, subordinada ao tema: Tecidos de Outrora e de Agora.

    A SCMS mostrou algumas das peas txteis que possui, nomeadamente as alvas, estolas, casulas e outros paramen-tos, tendo aproveitado para alargar esta mostra a outro vesturio e acessrios anti-gos. Estiveram em exposio vestidos de 1830 e dos recentes anos 60, bem como sapatos, carteiras, luvas, leques e chapus de coleces particulares.

    Foi dada relevncia seda e ao algodo por serem dos mais antigos txteis utiliza-dos. As Mesrias Emlia Daniel Leito e Cremilda Salvador apresentaram, depois da palestra, um workshop onde se expla-naram as diferentes tcnicas que levam na sericicultura, da borboleta s obras de arte, em seda e das plantaes e colheita do algodo at pintura de t-shirts, sendo que algumas pinturas em seda e algodo foram muito apreciadas, bem como os bordados de Castelo Branco e Viana do Castelo, entre outros.

    Este evento decorreu com muito inte-resse, pelo que dadas as solicitaes, outras aces sero levadas a efeito.

    A todos que amavelmente nos cederam as suas peas, que vieram enriquecer esta exposio, aqui fica o nosso reconheci-mento.

    Tecidos de Outrora e de Agora

    [ Emlia Leito | Cremilda Salvador ] [ Cludia Redol ]

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    Faustino de Paiva de S Nogueira nasceu a 8 de Fevereiro do ano de 1845, sendo o segundo da famlia numerosa de 9 filhos de Jos Cabral de S Nogueira e de Maria de Guada-lupe de Paiva de Magalhes e Vas-concelos.

    Casou com a sua prima direita Lu-sa Agla Fanny de S Nogueira, filha do seu tio Bernardo de S Nogueira de Figueiredo, 1 marqus de S da Bandeira, que no casou mas que legitimou esta criana. Desta unio no houve descendncia.

    Casa em segundas npcias com Maria Teresa Nazar Soares dos San-tos, filha de Jos Antnio dos Santos e de Nazar Soares. Deste casamento teve os seguintes filhos, Maria Teresa de S Nogueira (1874) que casou com Arnaldo Freire de Almeida Dias, Joo de S Nogueira (1878) que casou com Adlia Duro da Silveira, Faustino de S Nogueira (1880) que casou com Maria Helena Freire de Almeida Dias, Elisa Adelaide de S Nogueira (1883) que casou com Alberto Moreno Sanches de Dion, e Jos de S Nogueira (1884) que casou com Oflia Elisa de Vasconce-los Raposo Botelho.

    Foi Governador Civil interino de Santarm de 7 de Agosto a 15 de Novembro de 1888. O rei D. Carlos sobe ao trono em 1889 e durante todo o seu reinado, o pas encontrou-se a braos com graves crises polti-cas e econmicas, que se estende-ram ao ultramar. Essas crises decor-riam do envelhecimento do sistema conhecido como Rotativismo, pelo qual os dois principais partidos, o Partido Regenerador e o Partido Pro-gressista, se alternavam no poder. Durante estas convulses polticas Faustino de S Nogueira foi Presiden-te da Cmara no ano de 1898.

    Tendo-se destacado como mem-bro do Partido Progressista, em 1908 aps o Regicdio, adere ao Partido Republicano Portugus, onde foi

    presidente da Comisso Liberal, e nesta incurso foi acompanhado por outros santarenos ilustres como, por exemplo, Ablio Caldas Nobre da Vei-ga e Anselmo Braamcamp Freire.

    Como presidente da Comisso Liberal foi um dos organizadores de uma Manifestao Liberal, realizada no dia 18 de Maio, data comemorati-va da entrada das tropas liberais de D. Pedro IV, em Santarm, e realizada em memria de Passos Manuel, S da Bandeira e do Visconde da Serra do Pilar. A manifestao parou em casa de Fau st in o S No g u e ira glorificando-se em estrepitosos vivas memria de Passos Manuel, correspondidos com vivas comis-so liberal organizadora dos festejos, e ao povo liberal de Santarm. Faus-tino de S Nogueira fez um discurso inflamado no cemitrio, Santarm excedeu-se a si prpria. Santarm uma terra liberal, e noite ilumina-ram-se as casas em sinal de jbilo.

    Faustino de S Nogueira foi nomeado Presidente da Comisso Administrativa da Santa Casa da Misericrdia de Santarm em 3 de Janeiro de 1905, como substituto do Provedor Padre Joo Rodrigues Ribeiro, at realizao de novas eleies para Provedor, cargo que posteriormente exerceu, durante cinco mandatos consecutivos, at 1914.

    A sua liderana foi marcada pelo terramoto de 23 de Abril de 1909, que teve consequncias muito trgi-cas nomeadamente nas povoaes vizinhas de Benavente, Salvaterra de Magos e Samora Correia..

    Santarm tambm no foi imune a esta destruio e Faustino de S Nogueira promoveu a vistoria dos edifcios da Instituio de forma a avaliar estragos e propor as obras necessrias sua conservao e res-tauro. A praa de toiros foi tambm alvo da ateno deste Provedor que promoveu a festa dos toiros como forma de angariao de fundos. Em perodo de mudana poltica tam-bm aqui se sentiu a mo republica-na deste Provedor que empossou uma Comisso de Irmos da Santa Casa com a misso de proceder reviso do Compromisso de 1870.

    no decorrer de um dos seus man-datos que morre o Conselheiro Figueiredo Leal (10 de Julho de 1909) o qual, em testamento, deixa bens importantes Instituio.

    Em 1913 nomeado Governador Civil substituto mas no chegou a assumir o lugar.

    Faleceu a 18 de Maio de 1920.

    Faustino de Paiva de S Nogueira foi homenageado com o ttulo de Irmo Perptuo, ttulo consagrado pelo artigo 12 do Compromisso da Santa Casa da Misericrdia de Santa-rm, de 1870, que diz Irmos perpe-tuos, so aquelles que por benefcios de caridade christ, para com a mise-ricrdia ou hospital de Jesus Christo desta cidade so dignos de que o seu nome seja respeitado e a sua memoria conservada. 1 - Compete ao definitorio, sob proposta da mesa, votar os irmos perpetuos e determi-nar qual a homenagem que se lhes deve prestar. 2 Haver um livro especial para inscrever os nomes destes irmos, a comear pelos mais antigos doadores.

    Faustino de S Nogueira

    [ Lurdes Vstia ]

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    O 511 aniversrio da Santa Casa da Misericrdia

    Comemorou-se no ms de maio o 511 aniversrio da SCMS, com inmeras acti-vidades, no s ldicas, como a nvel de uma maior partilha do conhecimento, do convvio e da solidariedade.

    Assim desenvolveram-se aces de divertimento, animao e confraterniza-o entre as diferentes respostas sociais, para os mais jovens e para os mais idosos, nomeadamente com a organizao de festas, exposies, palestras, visitas e diversas actividades que promoveram o convvio entre Clientes, familiares, cola-boradores e amigos, tais como a celebra-o da Eucaristia, o Dia Aberto da Ancia-nia e a Festa da Amizade, entre outras.

    Dadas as dificuldades que a nossa sociedade atravessa, entendeu-se que as comemoraes de mais um aniversrio da SCMS, mantendo, embora a mesma alegria, genuinidade e determinao, teriam de ser mais contidas e mais solid-rias

    Ento, no se realizou o habitual jantar comemorativo, que se transformou em ofertas, a favor de todos os colaboradores que connosco trabalham para atingirmos os pressupostos que perseguimos.

    A todos os colaboradores, voluntrios e outros que indo alm das suas funes e horrios de trabalho, deram o seu melhor e se excederam em diferentes formas de apoio para que as comemoraes dos 511 anos desta instituio decorressem com alegria, dignidade, harmonia e ani-mao aqui ficam os melhores agradeci-mentos e o reconhecimento da Mesa Administrativa. A todos o nosso MUITO OBRIGADO!

    Gazeta de Lisboa, Edies 1-151 pg. 507

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    Santarm, 16 de Maio de 1825

    A Mesa da Santa Casa da Misericor-dia da Villa de Santarm, desejando no esquecer Maio algum e de mostrar-se reconhecida e grata a Sua Magestade Fidelissima El-Rei Nosso Senhor pelas Graas e relevantes benefcios que o mesmo Augusto Senhor tem realisado a esta Santa Casa solemoisou o memo-rvel dia 13 da Maio da maneira seguinte:

    O sumptuoso Templo estava rica e pomposamente adornado. Hum mag-nifico, e bem dirigido concerto de Musica instrumental, e vocal, desempe-nhando as mais escolhidas e apropria-das peas, deo principio quela festivi-dade, seguindo-se hum solemne Te Deum, no qual officiou o Desembarga-dor Vigario Geral da mesma Villa, acompanhado de seis Sacerdotes dos mais condecorados. O Corpo do Sena-do da Camara, a Casa dos Vinte e Qua-tro, a Insigne Collegiada de Santa Maria de Alcaova, a Irmandade dos Clerigos Pobres, o Clero regular, e secular, a Magistratura, as Corporaes Civis e Militares, e hum numeroso concurso de ambos os sexos, compunha hum ajuntamento, e hum festejo bem digno do dia, e da Augusta Pessoa a quem era consagrado.

    Ao passo que se mandavo ao Ceo cnticos de jubilo, os circunstantes como que se congratulavo entre si, e atravs do esplendor e da magnificen-cia do regosijo e do applauso, reluzia a gratido e o reconhecimento, o amor e o respeito ao melhor dos Reis.

    No foi porm s a esta Santa Casa que coube tanta glria: os habitantes de Santarm, sobejamente conhecedores de seus deveres, e no menos zelosos de os cumprir, tomaro partes nas justas demonstraes de amor a to bom Monarca, tornando publico e geral o regosijo que de alguma sorte se havia particularisado naquella Igreja; juntan-do os habitantes de Santarm por esta occasio mais huma prova de amor, s que por tantas vezes tem dado de patriotismo e fidelidade ao seu Rei.

    MEMRIA DOS TEMPOS

    Como uma iniciativa dos voluntrios da Santa Casa, realizou-se uma vez mais "A Festa da Amizade", no dia 3 de junho.

    A mesma decorreu, como em anos anteriores, nos jardins da Santa Casa que se enfeitaram com festes coloridos, ban-deirolas e bales num ambiente de autntico arraial, a que se juntaram as barraquinhas decoradas com originalida-de e garridice, contribuindo para um sentimento festivaleiro.

    Estiveram presentes as diversas respos-tas sociais que com a ajuda das tcnicas e crianas se empenharam em vender os seus "mimos" artsticos, que primaram em trabalhos criativos e teis, pois o tempo no est para desperdcios. Um grupo de voluntrios organizou uma grande quermesse, recheada de prendas, todas oferecidas por gente solidria, a que no foram alheios os "Ahs" de espan-to no desdobrar das rifas.

    Tambm as voluntrias ofereceram e venderam bolos, cada um o mais tenta-dor e a UTIS marcou presena com sal-gadinhos apetitosos.

    A partir das 13 horas, as sardinhas e febras com o acompanhamento apro-priado provocavam o olfacto, apelando

    gula e faziam crescer gua na boca; tudo para ajudar esttica neste tempo de calor e praias frescas.

    tarde trs grupos musicais duma forma solidria espalharam alegria e rit-mo, a que os idosos no ficaram alheios, participando no baile ou nos cantares e noite muita gente j conhecedora desta festa se lhes juntou participando da ani-mao at perto da meia noite.

    Uma palavra de apreo tambm para os Pais que estiveram presentes e colabo-raram.

    Para o ano h mais e queremos que a alegria se expanda por mais tempo, pois soube-nos a pouco!

    "Alegra-te no que fazes. Quem no se realiza no que faz... infeliz!"

    FESTA DA AMIZADE [ Cremilda Salvador ]

    [ Emlia Leito ]

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    xNo ms de Abril, estiveram presentes na reunio da Segurana Social o Provedor Mrio Rebelo, o Vice-Provedor Lus Valen-te e a Coordenadora Geral Maria Jos Casaca e na reunio preparatria da che-gada da Chama da Solidariedade esteve presente o Mesrio Casimiro Santos.

    xNo almoo comemorativo do 96 aniver-srio da Sociedade Recreativa Operria, esteve presente o Vice-Provedor Lus Valente e nas comemoraes dos 135 anos da PSP de Santarm, representou a SCMS, a Mesria Emlia Daniel Leito, sendo que assistiram s comemoraes dos 100 anos da SCM de bidos, o Prove-dor e os Mesrios Emlia Leito, Jos Cunha e Cremilda Salvador.

    xA Mesria Cremilda Salvador inaugurou uma Exposio de Arte Africana, no Forum Mrio Viegas, inserida na Semana Africana da UTIS.

    xO Provedor Mrio Rebelo esteve presente na AG da Escola Profissional Vale do Tejo, SA, para deliberar sobre o Relatrio e contas de 2010, na inaugurao da Casa Museu Passos Canavarro e no almoo dos 80 anos do Padre Borges.

    xNa receo delegao cubana estive-ram presentes o Provedor e os Mesrios Jos Cunha e Cremilda Salvador, alm da Coordenadora Geral.

    xDeslocaram-se a Lisboa, para a assinatura do Acordo de Cooperao entre o Minis-trio da Sade, a Segurana Social e a SCMS, o Provedor Mrio Rebelo, O Mes-rio Jos Cunha e a Coordenadora Maria Jos Casaca.

    xNa palestra proferida pelo Dr. Jorge Cmara sobre Sindroma da Exausto a SCMS fez-se representar pelo Provedor Mrio Rebelo e pela Secretria Emlia Leito, sendo que na palestra sobre A importncia dos Afetos, proferida pelas Dras. Georgette Lima e Margarida Almei-da estiveram presentes as Mesrias Emlia Daniel Leito e Cremilda Salvador.

    xNas festividades do Dia da Anciania esti-veram presentes os Mesrios Cremilda Salvador, Emlia Leito, Jos Cunha e Casimiro Santos.

    xNa abertura da FNA estiveram presentes o Provedor Mrio Rebelo, o Vice-Provedor Lus Valente e os Mesrios Jos Cunha e Casimiro Santos, sendo que na palestra sobre Medidas Florestasis no mbito da Poltica de Desenvolvimento Rural Europeia, realizada tambm no CNEMA representou a SCMS, o Mesrio Casimiro Santos. Tambm presente no espectculo de Solidariedade do Campo Pequeno, organizado pela UMP e na reu-nio do Conselho Municipal de Seguran-a.

    xNa Festa da Amizade participaram todos os Mesrios.

    xA MA recebeu a visita de elementos dos partidos polticos PS e CDS/PP, no mbito da campanha eleitoral e ainda o Juiz Armando Leandro por ocasio da reunio da CPCJ Nacional, onde estiveram repre-sentadas as 22 Comisses Nacionais.

    xNa missa realizada pelo Senhor Bispo de Santarm, por ocasio do 511 anivers-rio da SCMS, estiveram presentes o Pro-vedor Mrio Rebelo e os Mesrios Emlia Leito, Jos Cunha e Casimiro Santos.

    xA Mesria Cremilda Salvador esteve pre-sente na aco de formao O envelhe-cimento ativo na perspectiva dos afetos, organizada pela SCMS para os familiares dos Clientes e Tcnicas do Apoio Domici-lirio, proferida pelo Dr. Tiago Figueiredo, psiclogo voluntrio e representou a SCMS no arraial promovido pela Farpa

    xO Vice-Provedor Lus Cunha participou na palestra sobre Certificao de Respostas Sociais, realizada no CNEMA e na aco O Centro de Estudos Judicirios.

    xNa festa do Lar de Santo Antnio, no II Congresso dos Avieiros, na representao do teatro da UTIS, em Santarm e em Coruche e no encerramento do ano lecti-vo da UTIS representou a SCMS, a Mesria Emlia Daniel Leito.

    xO Provedor Mrio Rebelo, o Vice-Provedor Lus Valente e o Mesrio Casimi-ro Santos estiveram presentes no X Con-gresso da UMP, em Coimbra tendo tam-bm o Provedor participado na reunio Supraconcelhia, como representante da

    UMP, na Segurana Social, na AG da UMP e na reunio do Secretariado Regional das Misericrdias acompanhado do Vice-Provedor.

    xDeslocaram-se a Campo Maior para a assinatura do Protocolo com a Delta Cafs, para aces de voluntariado, o Provedor Mrio Rebelo, a Secretria Em-lia Leito e o Tesoureiro Jos Cunha, ten-do os mesmos participado no 1 Encon-tro de Economia Social, alm do Vice-Provedor Lus Valente.

    xO Mesrio Jos Cunha representou a SCMS na apresentao do livro Cultura e utilizao das plantas medicinais e aro-mticas da autoria de Antnio Proena da Cunha, Odete Roque e Natlia Gaspar.

    xO Provedor esteve presente na AG da UMP para aprovao do Relatrio e Con-tas e na reunio do CP da UTIS, onde tambm esteve presente a Mesria Emlia Leito.

    xO Provedor Mrio Rebelo e o Mesrio Casimiro Santos participaram na AG da Associao de Agricultores do Ribatejo.

    xAs Mesrias Emlia Daniel Leito e Cremil-da Salvador participaram com uma apre-sentao de uma palestra subordinada ao tema Tecidos de Outrora e de Agora, seguida de um workshop, na inaugura-o de uma exposio sobre o mesmo tema, realizada na Igreja da Misericrdia.

    xDecorreu com tanto interesse a festa na Quinta do Boial, onde estiveram presen-tes os Mesrios Jos Cunha e Gonalo Eloy, onde os pais acamparam com os filhos que os pais prometeram repetir para o prximo ano.

    xO Mesrio Jos Cunha esteve presente na entrega do prmio da SCMS para o melhor aluno da ESSS e na reunio do Conselho Fiscal do CNEMA.

    xEsteve presente na UATI - Universidade do Algarve da Terceira Idade, a Mesria Emlia Daniel Leito, tendo oferecido vrios livros biblioteca local, por oca-sio da entrega de um prmio referente sua participao nos XVIII Jogos Florais da UATI.

    NOTCIAS BREVES

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    [ Vnia Paula | Lurdes Vstia ] Integrado nas comemoraes dos 511 anos da Santa Casa da

    Misericrdia de Santarm e no mbito do dia dos Museus e dos Stios, teve lugar no dia 20 de Maio, na Igreja da Misericrdia, atravs da rea de Patrimnio Cultural Sala da Conservao e Restauro, com a colaborao do Pr Escolar Os amiguinhos a realizao de uma atividade denominada de Uma Viagem com o Dr. Cotonete.

    O projeto consistiu na organizao de uma visita guiada com atividades pedaggicas integradas, tendo como pblico-alvo crianas do Pr Escolar os Amiguinhos. O objetivo, foi o de sensibilizar as crianas para o valor histrico e artstico do Patri-mnio em geral, cativando-os para a realizao de atividades pedaggicas in situ despertando-os para a preservao e salva-guarda dos bens artsticos existentes.

    A visita dividiu-se por vrios espaos a dinamizar, a Igreja da Misericrdia, Arquivo Histrico, Sala do Definitrio e a Sala de Conservao e Restauro. Recebemos dois grupos, que se dividi-ram numa visita de manha e outra de tarde, em cada espao mencionado foi feita uma contextualizao histrica e artstica pela animadora Lurdes Vstia tendo o papel de guia da via-gem. A visita foi complementada com uma atividade pedaggi-ca de Conservao e Restauro orientada pela ajudante do Dr. Cotonete, a tcnica Vnia Paula, que dando as noes bsicas de higiene e segurana, realizou em conjunto com as crianas pequenas intervenes de conservao e restauro em livros de histria trazidos pelas crianas, dando uma maior proximidade com o trabalho realizado.

    PATRIMNIO Uma viagem com o Dr. Cotonete

    Terminada a viagem, as crianas fizeram uma avaliao perso-nalizada da viagem atravs de votos e para levarem de recorda-o, coloriram um desenho da mascote criada para a execuo da atividade.

    indispensvel a sensibilizao dos mais novos para a necessi-dade de preservar o Patrimnio que nos define como sociedade e seres individuais, pois so elas o nosso futuro e o nosso testemu-nho. Foi gratificante a aderncia das crianas tendo em conta o seu interesse e sensibilidade, agradecemos a colaborao da Cre-che para a realizao desta atividade.

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    Exploso

    Tinha uma nsia profunda e imensa De beber em todos os riachos, em todas as fontes. Havia uma vontade entranhada e tensa De cruzar vastos e infindos horizontes. Havia um desejo no ar, de liberdade eclodindo, De soltar as amarras e partir para grandes mares. Havia melodias em orquestras explodindo, Em todas as galxias, por todos os ares. E eu fiquei ali, tranquila, feliz a sorrir Fascinada, extasiada, tolerante e subtil, A ver o mundo, de amor intenso, explodir, Em abraos e alvoradas risonhas de Abril

    Emlia Daniel Leito

    Poema premiado com uma meno honrosa nos XVIII Jogos Florais da

    UATI - Universidade do Algarve da Terceira Idade.

    Mais uma vez a Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm mostrou a sua disponibilidade de participao em aces que visam reforar as parcerias, mobilizando-se desde os elementos da Mesa Administrativa, Colaboradores, Voluntrios e Clientes que vieram rua dizer estamos presentes, contribuin-do para uma manifestao de cidada-nia ao colaborarmos no Transporte da Chama da Solidariedade.

    Este acto aconteceu no mbito do Congresso Rumo Solidrio para Portu-gal, que teve lugar em Santarm, nos dias 20 e 21 de Maio de 2011 e foi pro-movido pela Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade.

    A Marcha Solidria teve lugar no dia 20 de Maio, com a transmisso simb-lica da Chama entre Castelo Branco e Santarm. A Chama Solidria que che-gou Ribeira de Santarm atravs das guas do Rio Tejo foi transportada pelas vrias instituies de Solidarieda-de at ao seu local de Destino Casa do Campino.

    O papel dos idosos do Lar da SCMS nesta marcha dividiu-se em dois momentos: por volta das 19h00 um grupo foi assistir chegada da Chama Solidria, Ribeira de Santarm e fez o seu acompanhamento at cidade. Mais tarde e prximo das 21h00, esta era transmitida Santa Casa da Miseri-crdia de Santarm, onde elementos da Mesa Administrativa, dois idosos do

    Lar, Voluntrios e Colaboradores, fize-ram o transporte e acompanhamento da Chama Solidria pela Rotunda do Shopping e Avenida Afonso Henri-ques, at passagem do seu testemu-nho s meninas do Lar das Raparigas de Santo Antnio.

    Para o grupo de idosos do nosso Lar, que puderam acompanhar esta mar-cha, a experincia foi bastante positiva, como os seus testemunhos o demons-tram:

    Tenho a dizer da minha parte que fiz o que foi necessrio com todo o gosto e admirao por tudo o que vi, a ani-mao e unio, de todos os que assisti-ram Festa Solidria. Uma palavra amiga para a Dr. Carla e colaboradora Rita sempre amveis e sorridentes durante a caminhada, at passagem da Chama Solidria Sr. Pedro Quei-jeiro (que fez o transporte da Chama Solidria)

    Todo o sacrifcio que fiz foi com todo o gosto, gosto esse que me deu foras para eu ir onde supunha que no era capaz. Acima de tudo e mais importante que encontro para dizer que a palavra Solidariedade tem extre-ma importncia, e esta marcha ajudou-nos a relembrar que todos ns no nos podemos esquecer que devemos isso ao prximo Sr. Elsio de Jesus (fez o acompanhamento da Chama Solid-ria).

    CHAMA DA SOLIDARIEDADE [ Carla Ferreira ]

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    OBRAS DE MISERICRDIA - Dar de comer a quem tem fome - Dar de beber a quem tem sede

    [ Antnio Monteiro ]

    Dando continuidade leitura dos vrios painis de azulejos que ornamen-tam a Sala do Definitrio desta Santa Casa, vamos observar mais atentamente o painel seguinte, o qual ilustra as Obras de Misericrdia inscritas no Compromisso de 1577 como a 4 e 5 obra: DAR DE COMER AOS FAMINTOS e DAR DE BEBER AOS QUE TM SEDE que, pela envolvncia da aco social nos nossos dias, decidimos abord-las em conjunto. Questionmo-nos quan-to separao destas duas Obras de Misericrdia em termos de leitura e inter-pretao das representaes, quer no enquadramento dos princpios orientado-res da misso assistencial da Misericrdia de Santarm no antigo regime, quer na sua linha de actuao nos tempos moder-nos, e achmos que, apenas faz sentido do ponto de vista teolgico, o que no , de todo, o objectivo deste pequeno arti-go. Levmos pois, em ateno, a mensa-gem evanglica de S. Mateus: Vinde, benditos de meu Pai (). Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber (Mt 25, 34-35), assim, optmos por englobar estas duas obras no mesmo texto.

    No quarto medalho, a avaliar pelos elementos de fundo, a representao cnica decorre dentro de uma casa senhorial: a alvenaria de pedra trabalha-da, o reposteiro e um janelo grande pelo qual se pode apreciar ao longe o arvore-do e os montes; ao centro uma mesa de estilo com ps curvos ricamente ornada com querubim, sinnimo de alegria e bondade e ainda uma cadeira de estilo chaise longue. So trs, as figuras huma-nas: do lado direito, o faminto a quem foi dado o lugar mais nobre da mesa, veste uma tnica e tem a capa descada atrs de si; ao centro, a dona da casa com tou-cado na cabea; e de p, o criado que leva mesa uma travessa com fruta da poca,

    de onde se destacam uvas e peras. A aco desenrola-se em clima de grande cordialidade j que se percebe o gesticu-lar entre as duas figuras centrais. Ambos seguram garfo com a mo direita embora o nico prato de onde possam partilhar a refeio se encontre em frente ao mendi-go. O mestre que executou a obra azule-jar coloca sobre a mesa outros elementos de leitura duvidosa, no entanto, - salvo melhor opinio - parece-nos certo identi-fic-los como, um pires com po, um pires com queijo, e na frente da dona da casa, uma molheira. Do lado esquerdo, peque-nos elementos que poderemos conside-rar como bolinhos secos, vulgares na poca.

    O medalho seguinte, aludindo quin-ta Obra de Misericrdia, d conta de um mendigo sentado perto de uma casa de habitao recebendo de um criado um copo de vidro com gua. O indivduo veste uma tnica tendo ao colo a capa. Encontra-se ligeiramente voltado esquerda com face e mo dirigidas na direco do criado com inteno de acei-tao da ddiva.

    Qualquer um destes gestos de doao nos remete para um dos smbolos icono-grficos mais emblemticos da aco social da Misericrdia, mas tambm dos mais desconhecidos. Referimo-nos representao da figura da CARIDADE lavrada a fresco na abbada da sacristia da Igreja da Misericrdia no ano de 1748 pelo grande mestre pintor Lus Gonalves de Sena tendo custado o total da obra 72.000 ris. Nela se v representada a caridade em frente a uma criana a quem d esmola com a mo direita, esconden-do a mo esquerda atrs de si e, tendo do lado direito, abaixo, a seguinte inscrio em cartela prpria: Nesciat sinistra tua quid faciat dextera tua. [Mateus 6, 3], o

    que em vernculo se pode traduzir como No saiba a tua mo esquerda o que faz a tua mo direita, e conclui S. Mateus a fim de que tua esmola permanea no segredo; e teu Pai, que v no segredo, te retribuir [6, 4], o mesmo dizer, que no se vanglorie o homem com as suas boas aces perante o seu prximo, pois de pouco isso vale aos olhos de Deus que tudo v.

    Nesse sentido de ddiva enaltecemos Joo Afonso como figura mpar de um santareno que melhor exemplo nos deu do seu sentido de partilha pelos pobres e famintos. Muito embora a sua vida esteja de imediato ligada instituio do Hospi-tal de Jesus Cristo, o certo tambm ter tido um papel bastante interventivo na proteco dos mais carenciados, quer nas suas necessidades assistenciais, quer nas necessidades bsicas de subsistncia. Na Provedoria da Santa Casa exibe-se uma imagem sua dando de comer aos que tm fome. Trata-se de uma pintura a leo sobre tela, atribuda ao pintor lisboeta Gregrio Antunes e datada de 1633-34, cujo ttulo Joo Afonso distribuindo po pelos pobres. Este quadro de boa pintura que esteve imensos anos no trio da portaria do Hospital de Jesus Cristo, foi intervencionado pelo Prof. Amrico Mari-nho entre 1973 - 76. Mais recentemente, em 1998, foi de novo restaurado pelo Gabinete de Restauro do Mestre Antnio Bustorf Silva, em Algs.

    Procurando no Arquivo Histrico da Misericrdia os primeiros registos que faam f da aplicao destas piedosas obras de Misericrdia, o primeiro Com-promisso do Hospital de Jesus Cristo insti-

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    tudo por Joo Afonso, j estipulava que, entre outras medidas, no estrito cumpri-mento do termo do regimento hospitalar, o enfermeiro-mor deveria observar aten-tamente os merceeiros para saber se recebiam comida suficiente, para recebe-rem mais se fosse necessrio, e se sobras-se, que fossem recolhidos os restos.

    J o Compromisso de 1577, o seu cap-tulo 26 estabelecia tambm regras para a figura dos chamados pedidores, os quais fossem homens de bem, e cari-dosos, que aos Domingos peam pela Vila esmola para os pobres e presos a quem a Misericrdia d de comer, os quais sero obrigados a trazer a esmola que tirarem assim de po como de dinheiro logo no dito dia ao Mordomo da Capela. E acres-centa o artigo 13, ter o Mordomo cuidado de repartir o po que os mam-posteiros ao Domingo pedem pelos pobres e Mandar amassar o po que cada semana for necessrio para os pre-sos, o que saber dos vizitadores, e o pedir ao Celeireiro .

    Passados alguns anos, acharam os Mesrios que no se cumpria o testamen-to do Instituidor no que respeitava a pro-vises. Para evitar suspeies, ordenava-se que em cada dia os homens e mulhe-res recebessem, cada um, arrtel e meio de peixe ou carne, segundo o dia, j cozi-dos e meia canada de vinho as mulheres e uma canada os homens, alm do po que lhe fosse necessrio e que parecesse suficiente, que seria amassado diariamen-te, pois os merceeiros eram pessoas de idade que teriam dificuldade em comer po duro.

    No livro de Acrdos da Mesa de 1612-1613, em nota sobre o exerccio dos por-teiros, a qual nos elucida das suas obriga-es, entre outras, teriam de: assegu-rar, em conjunto com suas mulheres, a assistncia aos presos na cadeia, levando-lhes gua, po e outros mantimentos. Tambm em aplicao de Obrigaes Pias mandava o Provedor para cumpri-mento testamentrio de benfeitores, no caso da Capela de Francisco Soares de Albergaria, se fretasse cada semana, nos meses de Junho, Julho e Agosto, uma carga de gua para os presos da cadeia.

    Como os atrs descritos, muitos outros exemplos poderamos dar, de como os vrios Provedores e respectivas Mesas

    Administrativas, de forma estruturada, conseguiram ao longo da vida da institui-o fazer a melhor gesto dos meios de subsistncia, quer do hospital como veio assistencial, quer dos seus ncleos de dependentes que viviam merc, como as merceeiras do Esprito Santo, os mer-ceeiros de Joo Afonso e de Palhais, lza-ros, rfos e entrevados.

    Como fontes primrias de bens essen-ciais de consumo de que a Santa Casa se socorria para fazer face aos avultados gastos com a sustentao dos referidos grupos, a sua provenincia residia no recebimento de Foros em gneros, sendo mais tarde e a pouco e pouco substitu-dos por moeda. O valor monetrio pago em foros e rendas esto na base dos pre-os mdios atribudos anualmente aos produtos de primeira necessidade que constituam uma dieta alimentar mais ou menos equilibrada, entre os quais pode-mos apontar o trigo, a cevada, o milho; o centeio, o feijo, as favas; lentilhas e gro; chcharos e ervilhas. No menos impor-tante o vinho e o azeite. E o po no podia faltar...

    Tambm o po, a carne e o vinho cons-tituam a base alimentar de qualquer exrcito que estacionasse em Santarm e de cujos militares viessem a ser assistidos no Hospital de Jesus Cristo. Na alimenta-o, o uso da carne salgada, de po e vinho, no seriam porventura as raes mais adequadas para o seu tratamento, no entanto, de notar, que deste modo se reparava uma subnutrio caracterstica desses pobres tempos.

    Em pocas mais conturbadas da hist-ria da cidade, muitas eram as dificuldades para superar as volumosas despesas de manuteno do Hospital da Misericrdia, isso levou algumas Mesas Administrativas a delinear estratgias de combate a essas dificuldades. nessa poltica de gesto que se insere a promoo de espectcu-los tauromquicos pela Santa Casa como fonte de receita, com o objectivo de reco-lher fundos para ajuda da sustentao do Hospital, e ainda a promoo de Cortejos de Oferendas, que tiveram um grande impacto no perodo do Estado Novo, e que se destinavam recolha de gneros alimentares pelos agricultores mais abas-tados da regio.

    E como nem s de po vive o homem

    Embora Santarm gozasse do privilgio de ter sido sempre bem servida de gua devido ao elevado nmero de fontes, poos e cisternas, em pocas de escassez muita da captao era feita das guas pluviais. Essas guas eram conduzidas para as cisternas, pelas calhas abertas no prprio lajeado de pedra dos claustros, constituindo assim, muitas vezes, as ni-cas condutas de alimentao desses

    reservatrios. Em 23 de Agosto de 1875, o Cnego Joaquim Maria Duarte Dias, efec-tuou a medio da cisterna do claustro do Convento de N Senhora de Jesus do Stio (Hospital de Jesus Cristo) deixando-nos as seguintes medidas: comprimento-16,30m, largura-10,48m, e altura no mais alto da abbada-17,50m. Por estas medi-das se pode aferir a importncia que tinha na vida hospitalar um reservatrio para gua potvel como lquido indispensvel na manuteno do hospital e tratamento dos seus doentes.

    O primeiro depsito de gua municipal viria a ser construdo e inaugurado nas Portas do Sol em 15 de Julho de 1878, mas a rede para abastecimento da cidade levou imensos anos a ficar completa, tan-to que em 1916 ainda no estavam aca-badas as instalaes nos edifcios milita-res na cidade. No conseguimos localizar a data concreta da ligao da rede de abastecimento de gua ao Hospital, mas se apontarmos 1892 como o ano provvel da sua instalao, no estaremos muito longe da verdade, pois em Maro desse ano ali feita a primeira conduta de esgo-tos daquele estabelecimento tanto pedi-da pelo Delegado de Sade e reclamada pelo Provedor Joo Rodrigues Ribeiro.

    Na actualidade a Santa Casa da Miseri-crdia fornece uma mdia anual de 438.000 refeies para um universo de 505 clientes e 180 colaboradores reparti-dos por 13 respostas sociais.

    No poderamos finalizar sem dizer que, a preocupao das condies de higiene, a qualidade e a conservao dos produtos a serem cozinhados, e uma rigo-rosa superviso das dietas alimentares dos clientes e dos seus colaboradores, so uma constante das vrias direces que tm administrado esta Santa Casa da Misericrdia, tudo fazendo para que se mantenha em boa harmonia a satisfao de todos aqueles que dela necessitam e colaboram.

    Conscientes de que no possvel num pequeno artigo desta natureza, fazer uma abordagem to aprofundada como dese-jaramos sobre um assunto de to grande relevncia para a vida desta instituio, e ainda, convictos que no se esgota aqui este assunto, deixamos aos nossos Irmos e leitores uma porta aberta para que pos-sam contribuir com as suas achegas e os seus comentrios, e dessa forma enrique-cer este tema de extrema importncia, da participao das Misericrdias no contex-to passado, presente e futuro.

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    A Santa Casa da Misericrdia de Santa-rm (SCMS) abriu no dia 1 de Junho a resposta social, Unidade de Cuidados Continuados de Longa Durao e Manu-teno, denominada Hospital de Jesus Cristo (HJC). Um nome que nos remete a todos para os valores da Misericrdia, pois at 1984 as primeiras instalaes situa-vam-se no antigo Hospital de Jesus Cristo, o qual era administrado pela SCMS. Desde sempre que ambas as instituies (SCMS e HJC), tm a funo de assistncia aos doentes e de auxlio de cariz social aos necessitados.

    uma Unidade de Internamento de carcter temporrio ou permanente, com prestao de apoio social e cuidados de

    sade de recuperao, reabilitao, manuteno e reinsero, a pessoas com doenas crnicas, com diferentes nveis de dependncia e que no renam condi-es para serem cuidadas no domiclio.

    Tem por finalidade proporcionar cuida-dos que previnam e retardem o agrava-mento da situao de dependncia, favo-recendo o conforto e a qualidade de vida.

    A UCCLD Hospital de Jesus Cristo tem capacidade para 21 pessoas, sendo a taxa de ocupao actual de 85%, atingin-do os 100% at ao final do ms. A presta-o de cuidados assegurada por uma equipa multidisciplinar, constituda por mdicos, enfermeiros, tcnica de servio

    social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacio-nal, psiclogo e auxiliares de aco mdi-ca, que trabalham em prol da promoo da autonomia e da qualidade de vida dos clientes e seus familiares ou representan-tes legais, atravs de um trabalho cuidado e tendo sempre como objectivo a satisfa-o e desenvolvimento individual do cliente.

    A resposta social UCCLD Hospital de Jesus Cristo, foi abenoada pelo Sr. Padre Vtor Joo, no dia 7 de Junho, contando com a presena do Provedor e dos (as) Mesrios (as) e Colaboradores da institui-o, como forma de celebrar o incio da prestao de cuidados aos clientes da Unidade.

    Abertura da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Durao e Manuteno Hospital de Jesus Cristo

    I Conferncia Anual de Economia Social Teve lugar no passado dia 12 de Maio

    de 2011, no auditrio do IPJ, a I Confern-cia Anual de Economia Social.

    Esta iniciativa tinha como objectivo promover a formao na rea da Econo-mia Social e fomentar o debate inter-institucional relativamente ao Estado Social e seus Atores.

    A Abertura de Sesso foi levada a cabo pelo Presidente da Unio das Misericr-dias Portuguesas, Dr. Manuel de Lemos, pela Diretora do Centro Distrital de Segu-rana Social de Santarm, Eng. Anabela Rato e pela Diretora do Centro Local da Lezria e Mdio Tejo da Autoridade para as Condies do Trabalho, Dr. Teresa Cardoso.

    No perodo da manh, o Professor Dou-tor Rui Medeiros, docente da Faculdade de Direito da Universidade Catlica Portu-guesa fez a sua apresentao abordando A Contratao Publica aplicada ao Tercei-ro Sector, seguido da Dr. Cristina Graa Rodrigues, Directora do Departamento de

    Apoio a Programas do Instituto de Segu-rana Social que tratou o tema A implica-o do Cdigo da Contratao Publica na Gesto dos Programas e das IPSS.

    No perodo da tarde, contmos com a comunicao do Dr. Pedro Furtado Mar-tins, docente da Faculdade de Direito da Universidade Catlica Portuguesa, O Direito do Trabalho e as Organizaes de Economia Social, e com a comunicao do Dr. Sal Loureno Inspector do Traba-lho no Centro Local da Lezria e Mdio Tejo da Autoridade para as Condies do Trabalho, com o tema As IPSSs e o nor-mativo laboral aplicvel: reas de especial sensibilidade ao cumprimento.

    O Encerramento ficou a cargo da Dr. Maria Amlia Morgado, Diretora Ajdunta da Segurana Social de Santarm.

    Foi com enorme satisfao que a Santa Casa da Misericrdia de Santarm regis-tou a grande aderncia a esta iniciativa, na medida em que contou com 118 parti-cipantes, nomeadamente, administrado-

    res e colaboradores de Santas Casas e Instituies Particulares de Solidariedade Social de todo o pas.

    O Senhor Provedor, em nome da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, convi-dou todos os participantes a reunirem-se para um almoo, nos claustros da Institui-o, promovendo assim o convvio e a partilha de experincias.

    Tendo em conta o sucesso da participa-o e envolvimento dos interessados nes-ta iniciativa, inteno da Instituio desenvolver novas Sesses anuais sobre o tema.