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Ano XII - Nº 153 De 03 de abril a 03 de maio de 2017 Caixa Cultural relembra oito décadas de J. Borges, o xilogravurista pernambucano. Pág. 7 Divulgação Bodega do Brasil: culto à Cultura Popular. A Ação Educativa é o “templo” onde, mensalmente, o Sarau Bodega do Brasil, que é um culto à cultura popular, reúne poetas, músicos, atores, bailarinos, cantadores, cantores e contadores de histórias. Pág. 3

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Ano XII - Nº 153De 03 de abril a 03 de maio de 2017 Caixa Cultural

relembra oito décadas

de J. Borges,o xilogravurista pernambucano.

Pág. 7

Divulgação

Bodega do Brasil: culto à Cultura Popular.

A Ação Educativa é o “templo” onde, mensalmente, o Sarau Bodega do Brasil, que é um culto à cultura popular, reúne poetas, músicos, atores, bailarinos, cantadores, cantores e contadores de histórias. Pág. 3

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2 SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição: Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboração: Cecília Queiroz - Edição de Arte: Binho Moreira

Tiragem desta edição: 15 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é publicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expediente

LINHAS CENTRAISDireito e Justiça

Helena Amazonas

Quando empregador e INSS não se entendem

quem sofre é o trabalhador

Quando o trabalha-dor fica doente por mais de 15 dias

pode receber auxílio doença do INSS e seu contrato de trabalho fica suspenso. Ao receber a alta médica deve retornar ao trabalho.

Ocorre que muitas vezes a empresa não reintegra o trabalhador em suas funções. Ao passar por médico vincu-lado ao empregador é comum que este não o considere apto ao trabalho e o mande de volta para o INSS.

Começa o jogo de em-purra-empurra. A empresa o encaminha ao INSS e este o encaminha de volta a em-presa. O trabalhador, neste caso, fica numa situação desesperadora - não recebe salários e nem o benefício previdenciário.

Recentemente uma deci-são do Tribunal Superior do Trabalho determinou a rein-tegração do trabalhador em suas funções e obrigou a em-presa a pagar-lhe os salários correspondentes.

Muitas vezes o empre-

gador não quer receber de volta o empregado por consi-derá-lo ainda sem condições para o trabalho. Só que o pa-recer do médico da empresa não pode se sobrepor à con-clusão da perícia do INSS.

Durante o afastamento do trabalhador com a percep-ção de auxílio doença, consi-dera-se suspenso seu contra-to de trabalho. Se houve a alta do INSS, deixa de existir o motivo para a suspensão do contrato e ele volta a trans-correr normalmente. Ambas as partes devem cumprir com suas obrigações: o emprega-do deve prestar os serviços e o empregador deve pagar os salários.

Se a empresa não acha o trabalhador capaz para o exercício da função para o qual foi contratado, deve recolocá-lo em outra função mais compatível com a even-tual limitação que passa a ver neste indivíduo. Por vezes, de fato, há uma redução em sua capacidade de trabalho. Pode já não ser apto para a atividade para a qual foi con-tratado, mas é plenamente capaz para exercer outra fun-ção, cabendo ao empregador oferecer-lhe função compatí-vel com eventual redução em sua capacidade de trabalho.

Ou, se preferir, respei-tando-se as hipóteses de do-ença profissional ou acidente de trabalho, que garante di-reito à estabilidade no em-

prego, o empregador poderá dispensar o empregado, res-pondendo, neste caso, com todos os custos da demissão sem justa causa, pagamento de aviso prévio, férias e 13º salários proporcionais, libera-ção do FGTS com 40% etc.

O que não se pode ad-mitir é deixar o trabalhador totalmente desamparado, sem qualquer meio de sub-sistência.

Ainda que o empregado, insatisfeito com a decisão do INSS, tenha recorrido da decisão de alta médica, o empregador deve responder pelos salários até que seja restabelecida a normalidade da relação de emprego ou até que seja oficialmente afasta-do pela Previdência Social. Este é o entendimento de nossos tribunais.

O trabalhador que deixa de receber seu auxílio doença e é impedido pela empresa de reassumir suas funções deve recorrer à Justiça do Trabalho. Esta tem garantido os salários devidos desde a alta médica até a efetiva reintegração, condenando ainda o emprega-dor, em alguns casos, à inde-nização por danos morais.

Helena AmazonasAdvogada cível e trabalhistaRua Dom José de Barros, 17, conj. 24 - CentroRua Dom José de Barros, 17, conj. 24 - CentroTel.: 3258-0409

“As páginas reunidas neste pequeno livro re-fletem todas, em graus

diversos, o sentimento de angústia gerado pelas incer-tezas que pairam sobre o futuro do Brasil. Relutei em pô-las ao alcance de um pú-blico maior, que transcende os círculos universitários, mas decidi-me por assumir o risco, pois há momentos na vida dos povos em que a falta mais grave dos membros da intelligentsia é a omissão.” (O grande intelectual pa-raibano Celso Furtado na abertura do livro “Brasil, a construção interrompi-da”, publicado em 1992).

“Desde abril último, presenciamos a imposição de um programa de ruptura do pacto social brasileiro, estabelecido pela Constitui-ção de 1988. Por mais que tentem aprová-lo a toque de caixa no Congresso Nacio-nal, salta aos olhos que tal programa não fez parte de qualquer candidatura vito-riosa nas eleições de 2014: nem para o Poder Executivo, nem para o Poder Legislati-vo. Sendo um governo tran-sitório, falta-lhe, pois, norte, tempo e popularidade para

A paralisação é um recado necessário

“Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão” (Amós 5,7)

implementar as mudanças de fato exigidas pelo país.” (Ma-nifesto “A urgência de um novo projeto de nação”, publicado em 31 de março de 2017).

“... desejamos manifestar nossa máxima preocupação diante do momento político e social que vivemos em nosso país. O ritmo célere da tramita-ção de propostas polêmicas em torno de temas delicados faz--nos recordar a pressa de Judas Iscariotes para entregar Jesus aos poderosos. Neste caso, en-tregue de bandeja ao interesse dos detentores do poder e do dinheiro está o povo brasi-leiro, especialmente os mais simples: trabalhadores e assa-lariados.” (Conferência dos Frades Menores do Brasil, da Ordem fundada por São Francisco em 1209, Carta Aberta ao Povo Brasileiro contra a Subtração de Direi-tos Fundamentais, Olinda/Pernambuco, em março de 2017).

“O debate sobre a Previ-dência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-par-tidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses. Quando isso acon-tece, quem perde sempre é a verdade. O diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado até à exaustão... Às senhoras e aos senhores parlamentares, fazemos nossas as palavras do Papa Francisco: “A vossa di-fícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subven-ções indispensáveis para a subsistência dos trabalhado-res desempregados e das suas

famílias. Não falte entre as vossas prioridades uma aten-ção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como a assistência à mater-nidade que sempre deve tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidiana-mente. Tutelai as mulheres, o trabalho das mulheres! Nunca falte a garantia para a velhice, a enfermidade, os acidentes relacionados com o trabalho. Não falte o direi-to à aposentadoria, e subli-nho: o direito - a aposenta-doria é um direito! - porque disto é que se trata.” (Nota da Confederação Nacio-nal dos Bispos do Brasil divulgada em 23 de mar-ço de 2017).

Leitoras e amigos que acompanham essas páginas. A greve convocada para o dia 28 de abril não busca causar transtornos, distúr-bios, não é contra o Brasil nem a favor de qualquer partido ou figura política em particular. É um instrumen-to legitimo da população em sua longa caminhada por condições mais dignas de existência. É importante ter essa compreensão nesse mo-mento de dificuldades. Um governo sem mandato da po-pulação está querendo jogar a conta da crise no lombo dos mais pobres, restringin-do direitos e ampliando de-sigualdades. Não é possível aceitar isso calado.

Antonio FreitasDiplomata e gestor da Tapera Taperá

Antonio Freitas

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3SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017

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No mês de outubro o Sarau Bodega do Brasil completará 8

anos de existência, conso-lidado como um verdadeiro culto à cultura popular, re-alizado uma vez ao mês, no auditório da Ação Educa-tiva. Sim, um culto, consi-derando-se suas caracterís-ticas desde que foi criado, em outubro de 2009, ainda na sede do Cineclube Baixo Augusta.

O Bodega, ou a Bodega - o público trata o sarau das duas formas -, coloca para contracenar a literatura, a música, o teatro e a dança. Por isso, o evento também é chamado de “movimen-to cultural”, por muitos poetas e artistas que dele participam habitualmente. Independente da maneira como é chamado(a), fomen-ta a cultura popular nessas quatro vertentes da arte, seus gêneros e expressões.

O fato é que o nome Bodega do Brasil materiali-za as atividades que acon-tecem no espaço da Ação Educativa - realizadas por poetas, músicos, atores, bailarinos, cantadores, cantores e contadores de histórias -, fiel ao objetivo de fortalecer e divulgar os artistas e poetas populares perante o público geral.

De acordo com o poeta e multiartista Costa Senna, curador e um dos funda-dores e apresentadores do evento, “no Sarau Bodega

Bodega do Brasil: culto à Cultura Popular.

do Brasil, independente da origem e expressão ar-tística ou gênero literário, o participante tem a opor-tunidade de expor, para venda ao público, livros, cordéis, CD’s e DVD’s. Os artesãos e fotógrafos tam-bém têm oportunidade de realizarem mostras de seus trabalhos”. Ele acrescenta: “o nosso processo é muito democrático.”

No ano passado, duran-te a comemoração do 7º aniversário do Sarau, acon-teceu a entrega do “Prêmio Bodega do Brasil”, pela primeira vez. A láurea foi entregue à poetisa Maria Vilani e a Antonio Eleilson Leite, gestor da Ação Edu-cativa, cujo trabalho faz diferença na cena cultural paulistana.

Ao lado de Costa Sen-na, na coordenação des-se “movimento cultural”,

estão o também poeta, compositor e cantor Cacá Lopes, o poeta e radialis-ta Adão Santos, a poeta

Cleusa Santo, a bailarina e professora de dança Angela Dizioli e o percussionista Jubilo Jacobino.

Neste sábado, 08 de abril, tem Bodega, que acontece todo 2º sábado de cada mês, das 18h30 às 21h30, com entrada fran-ca. Neste local funciona também um ponto de cul-tura chamado Espaço Cul-tural Periferia no Centro. O endereço é Rua General Jardim, 660 - Santa Cecília.

O Cordel é proibido na Paulista Aberta

No dia 25 de janeiro, data de comemoração do aniversário de São Paulo os poetas João Gomes de Sá e Varneci Nascimento mon-tavam uma banca do mo-vimento “Cordel na Rua”, na Avenida Paulista - que integra o programa “Rua Aberta”, criado pela gestão municipal anterior -, como já haviam feito anterior-mente, e foram cercados por “agentes vistores” e guardas civis metropolita-nos como se fossem contra-ventores, sendo proibidos de apresentar e vender os seus livretos de Cordel alí.

Depois da ocorrên-cia, os poetas buscaram os meios possíveis para obter uma explicação da Prefeitura a respeito, sem alcançar êxito. Solicitaram uma manifestação/parecer da Secretaria Municipal de Cultura, das Prefeituras Regionais Sé e Pinheiros sobre a proibição, mas até o momento não receberam uma resposta. Os poetas cogitam entrar na Justiça com uma ação que lhes garantam a obediência, ou cumprimento, da Lei Mu-nicipal nº 15.776, por par-te da Prefeitura. Segundo eles, esta Lei sumiu do site da prefeitura e não se sabe dizer o por quê.

“O Cordel sempre teve vocação para estar no meio da rua, oferecendo ao povo alegria, descontração, in-formação, além de propor reflexão sobre os aconteci-mentos do dia-a-dia e de in-teresse da sociedade”, ex-plicar Varneci Nascimento. Por Carlos Moura

Fotos: Divulgação

Poeta Varneci Nascimento

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4 SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017COMUNIDADE

O governo e a imprensa estão manipulando informações para te

fazer acreditar que as mu-danças nas regras da apo-sentadoria são necessárias e te convencer a trabalhar até morrer; enquanto isso, nada muda para quem já é muito rico e continuará ganhando mais

No final de 2016, o go-verno Temer apresentou um projeto de reforma da Pre-vidência que, se aprovado pelo Congresso Nacional, vai obrigar os brasileiros a traba-lharem até os 65 anos para se aposentar.

Além disso, quem quiser contar com o valor do benefí-cio integral terá de contribuir por 49 anos. A desculpa uti-lizada pelos defensores dessa proposta seria um suposto déficit bilionário na Previ-dência. O que o governo es-conde é que mais da metade desse “rombo” tão propagado e difundido com a colabora-ção da imprensa tem causas não relacionadas diretamente à Previdência. Por exemplo, os benefícios concedidos a empresas.

A segunda grande menti-

Entenda as notícias falsas sobre a Reforma da Previdência

ra é o cálculo utilizado pelo governo e massivamente vei-culado pela imprensa para se chegar ao tal rombo. Essa conta refere-se apenas às contribuições das empresas e dos trabalhadores.

Só que, de acordo com o que rege o artigo 195 da Constituição Federal, a Pre-vidência Social está inserida em um sistema chamado de Seguridade Social, que abran-ge também Assistencial So-cial e Saúde.

Esse sistema como um todo conta com diversas fon-tes de financiamento previs-tas no artigo 195 da Consti-tuição Federal: Cofins, CSLL e Pis/ Pasep, além das contri-buições das empresas e dos trabalhadores. O problema é que o governo descumpre a Constituição Federal desvian-do receitas que deveriam ser destinadas especificamente à Seguridade Social, para o pagamento da dívida públi-ca por meio de mecanismos como a Desvinculação de Re-ceitas da União (DRU).

Recursos que deixam os cofres públicos para benefi-ciar os bancos que estão en-tre os principais detentores

dessa dívida, assim como são os maiores interessados na falência desse sistema de se-guridade, para dar espaço à previdência privada da qual são donos.

“O governo Temer quer obrigar os brasileiros a tra-balharem até morrer sem o direito de se aposentar. Não podemos aceitar essa injusti-ça calados, envie e-mail para deputados e senadores dei-xando claro que é contra essa reforma que tira direitos dos trabalhadores”, afirma Ivone

Silva, secretária-geral do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Existem as alternativas:A principal e mais eficaz

medida para enfrentar pro-blemas da Previdência Social seria o crescimento da eco-nomia, a geração de empre-gos e renda. Portanto, esse deveria ser o modelo de polí-tica econômica e não um que despreza o papel do Estado e suas políticas sociais. Além disso, sem tirar dos trabalha-dores, também seria possível:

- Reduzir a taxa de juro Selic, que remunera deten-tores de títulos da dívida pública, que capturaram, em 2015, mais de R$ 500 bilhões do orçamento do go-verno federal que pertence a toda a sociedade;

- Rever radicalmente a política de isenções fiscais para setores econômicos e fa-mílias de alta renda, que reti-ra R$ 280 bilhões anuais dos cofres públicos federais;

- Combater a sonegação de impostos que, segundo

estudos do Banco Mundial, atinge R$ 860 bilhões anuais (ou 13,4% do PIB);

- Promover reforma tri-butária que, de forma justa, cobre impostos dos lucros, dividendos, latifúndios, das grandes fortunas, heranças volumosas, dos ativos finan-ceiros, do patrimônio;

- Recuperar montantes inscritos na dívida ativa da União, estimados em mais de R$ 1,5 trilhão (por ano, o go-verno somente recupera 1,3% do estoque dessa dívida).

Fotos: SEEB/SP

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5SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017 5

Oportuna a portaria do Ministério da Saúde incluindo a meditação

entre as práticas da Política Na-cional de Práticas Integrativas e Complementares a serem ofertadas à população através do Sistema Único de Saúde; coincidiu com a chegada do Outono, esta-ção propícia à pratica da Meditação.

Tempo de transição, o outono e suas cores e tons nos inspira natural-mente, à imersão interna e à quietude reflexiva. A natureza se contrai, arvo-res se desapegam das fo-lhas recolhendo-as na raiz e se fortalecendo para o inverno. O mestre taoista Liu Pai Lin, dizia que deve-mos estar em sintonia com a natureza, aprendendo

Tai Chi Pai Lin - Meditação Outonal

com ela a harmonizar nos-sa vida com seus ciclos... ‘eternos instantes que for-mam a vida e nós coadju-vantes’ “ (R. Bitencourt).

Com o movimento ou-tonal, podemos promover

a ‘poda ‘interior’, o desfa-zimento do ‘que não nos serve’, faxinando mente e alma. A meditação fun-ciona como uma forma de auto-cuidado, de ‘se ou-vir’; reciclando emoções,

motivando o recolhimento necessário para o fortale-cimento da essência, tal como as árvores.

O treino chamado de ‘Postura da Árvore’ ou ‘Abraço do Universo’ é

um exercício meditativo em pé. A postura de ali-nhamento vertical trilha o mote taoista enraizar, esvaziar, serenar e relaxar. Com a intenção no baixo ventre (berço da energia

vital); braços como que abraçando uma árvore na linha do coração, o circu-lar da energia advindo dos pés, percorre e integra o corpo como um todo. Pa-rafraseando os Mestres Taoistas, ‘a cabeça esvazia e o corpo serena’ susci-tando intenso bem-estar e paz de espírito.

Venha praticar Tai Chi Pai Lin: às 2as e 4as feiras, às 7h30, na Pça. Roosevelt; e às 4as feiras, às 10h, na Rua Líbero Ba-daró, nº 137, 4º andar. Neste segundo endereço, aulas de Liang Gong, com prof. Edson Nascimento, às 3as feiras, às 8h30.

Lenny Blue de OliveiraMonitora de Tai Chi Pai [email protected]

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6 SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017EMPREENDIMENTO CENTRAIS6 SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017

Médico alerta para rotina de saúde e monitoramento das mortes de câncer

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer

A data do dia 8 de abril, Dia Mundial de Com-bate ao Câncer, foi

criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar atenção de to-dos para esta doença que vem atingindo altos índices.

Aqui no Brasil, é a se-gunda causa de morte. “Te-mos que usar a data para conscientizar a população da importância de se fazer o diagnóstico prematuramente ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis”, relata Celso

Massumoto, onco-hemato-logista e coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho.

Segundo o Instituto Na-cional do Câncer, o INCA,

os tipos de câncer mais in-cidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 mi-lhão). Nos homens, os mais frequentes foram pulmão, próstata, intestino, estôma-go e fígado. Em mulheres, a doença foi encontrada com maiores frequências na mama, intestino, pulmão, colo do útero e estômago.

Além dos tipos citados, no Brasil, o Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin e leucemias também fazem

parte da estatística. “O linfoma de Hodgkin, por exemplo corresponde a 30% de todos os linfomas, com maior pico de incidência na faixa etária de 20-30 anos e um menor pico após os 50 anos”, relata Massumoto. Já o linfoma de não-Hodgkin acomete pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas atingem homens e mulhe-res e ainda não se conhece a causa exata.

O médico alerta que maus hábitos como beber, fumar e obesidade podem

enquadrar a pessoa num grupo de risco de ter câncer futuramente, além das cau-sas como a pré-disposição genética. Embora mudanças de hábito possam ajudar ao combate de neoplasias ma-lignas, ainda não é possível prevenir (com raras exce-ções) o surgimento do cân-cer.

“Diante desses altos ín-dices, é fundamental que se incorpore na rotina de saúde um monitoramento das mortes por câncer, pois só assim teremos um instru-

mento essencial para esta-belecer ações de prevenção, controle da enfermidade e os fatores de risco para a população”, finaliza Massu-moto.

O dr. Celso Massumo-to é diretor da Oncocenter, coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho e membro da Associação Brasileira de Lin-foma e Leucemia (Abrale).

Informação da Máxima Assessoria de Imprensa

Neste 7 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial da Saú-

de, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu a de-pressão como o tema da cam-panha de 2017. Um trans-torno que pode surgir em qualquer idade e em qualquer etapa da vida, acometendo de forma mais intensa alguns grupos, como, por exemplo, o de obesos. Atualmente, estima-se que há, no mundo, 350 milhões de pessoas com depressão, sendo que 30% destes, aproximadamente, são pessoas que procuram trata-mentos para emagrecer. Daí a recomendação de que o com-bate à obesidade seja feito de forma multidisciplinar, sem-pre contando com a presença de um psicólogo na equipe.

O Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica (RJ), criado em 2010 pelo médico Cid Pi-tombo, implementou o acom-panhamento de psicólogos no período pré-operatório e por pelo menos dois anos após a

Obesidade e depressão em debate no Dia Mundial da Saúde

cirurgia. “É um trabalho de resgate desses pacientes, rea-lizado com muita dedicação e seriedade por toda a equipe. Devolvemos à sociedade o paciente antes obeso que não trabalhava, que tinha vergo-nha de comprar roupas e que não tinha mais vida afetiva”, conta o doutor, que é o coor-denador do Programa.

A psicóloga Jacqueline Machado, que coordena esse trabalho no Hospital Estadual

Carlos Chagas, em Marechal Hermes, explica: “O paciente obeso chega, na maioria dos casos, com baixa autoestima, vítima de preconceitos, mui-tas vezes sem trabalho, com problemas nos relacionamen-tos e dificuldades até mesmo para fazer sua higiene pesso-al. Trabalhamos com eles a mudança de pensamento. A mudança de hábitos precisa começar antes de algo tão ra-dical como um procedimento

cirúrgico”.Assim como a OMS re-

comenda falar mais e cole-tivamente sobre depressão para aprender a detectá-la, os encontros dos pacientes can-didatos a cirurgia bariátrica pelo SUS no Rio de Janeiro são feitos em grupo, para que todos se apoiem, uma vez por semana. “A comida não é somente alimento para essas pessoas. Cumpre com frequ-ência a função de antidepres-

sivo, ansiolítico e até de com-panhia. A mudança é mesmo difícil e precisa ser feita para que a operação aconteça num corpo saudável, para que a re-cuperação seja rápida, dentro de um processo integrado de consciência e saúde”, destaca Jacqueline Machado.

A média mensal de aten-dimentos ambulatoriais do Programa é de 2 mil pacien-tes, sendo 40 operados a cada 30 dias. Ao todo, mais

de 1.600 pessoas já passaram pelo procedimento, com taxa de sucesso de 99% - eficiên-cia equivalente aos principais centros mundiais de cirurgia.

Resultado não demora - Es-tudo inédito feito pela equipe do dr. Cid Pitombo apontou que a vida sexual e financeira dos ex-gordinhos só melhorou após a cirurgia. Cerca de 40% dos pacientes afirmaram que a vida sexual passou de ruim para muito boa. Outros 14% disseram que a vida entre quatro paredes passou de boa para muito boa. Os novos ma-grinhos também relataram au-mento de mais de 30% na ren-da familiar. Foi ouvida amostra de pacientes do Programa Es-tadual de Cirurgia Bariátrica, homens e mulheres, entre 20 e 50 anos, moradores de todo o Rio de Janeiro.

Informação deCID Palombo Cirúrgia Bariá[email protected]

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7SP - De 03 de abril a 03 de maio de 2017 ARTES E CULTURA

Em cartaz, desde 18 de março, no palco do Teatro Jaraguá,

três peças, três cenários, três figurinos em um mes-mo espetáculo. Malefícios do Amor reúne três tex-tos cômicos, considerados obras-primas integrantes de uma trilogia do drama-turgo e escritor russo An-ton Tchekhov, que é muito conhecido por seus dramas profundos e psicológicos, quase sempre caracteriza-dos pela presença do hu-mor e do cinismo em seus diálogos. A peça cumpre temporada até 28 de maio.

Segundo a direção do espetáculo, os textos O Urso, O Jubileu e O Pedido de Casamento, são

de alto valor dramatúr-gico, “temperados” com as marcas típicas da poética

Um dos patrimônios vivos da cultura bra-sileira, o artista é ho-

menageado em exposição que chega a São Paulo depois de passar por Salvador e Recife, com curadoria de José Carlos Viana e Marcelle Farias

Até 7 de maio, os paulis-tanos podem conhecer um pouco do trabalho do artis-ta, pela exposição “J. Borges 80 anos”, na Caixa Cultural São Paulo. Trata-se de uma homenagem ao “melhor gra-vador popular do Brasil”, de acordo com o escritor Aria-no Suassuna (1927-2014). A exposição apresenta uma coletânea de 30 xilogravuras e suas matrizes, sendo dez inéditas. A entrada é gratui-ta, e a programação também conta com uma oficina de xi-logravura, que será realizada nos dias 18 e 19 de abril.

Autor de folhetos de cordel como “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina” e “O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm” - este último, o primeiro que tam-bém foi xilografado por ele. J. Borges completou oito dé-cadas em dezembro de 2015 e a exposição surgiu para homenagear sua trajetória. Com curadoria de José Car-los Viana e Marcelle Farias, a mostra tem uma coletânea de dez xilogravuras inéditas, cujos temas retratam diver-sas fases de sua trajetória. São elas: “No Tempo da Mi-nha Infância”, “Na Minha Adolescência”, “Vendendo Bolas Dançando e Bebendo”, “Serviços do Campo”, “Can-tando Cordel”, “Plantio de Algodão”, “A vida na Mata”, “Plantio e Corte de Cana”, “Forró Nordestino” e “Via-gens a Trabalho e Negócios”.

A mostra exibe ainda

Caixa Cultural relembra oito décadas de J. Borges,o xilogravurista pernambucano.

xilogravuras que notabilizam a jornada artística de Borges. Obras assinadas pelos filhos do artista - Pablo e Bacaro Borges - também são desta-ques. Um espaço dedicado à literatura de cordel permite um verdadeiro mergulho na poesia popular de J. Borges, na qual ele versa com genia-lidade os acontecimentos, fatos políticos, lendários, folclóricos ou pitorescos da vida como ela é. Na pro-gramação também está in-clusa uma cinebiografia do artista. “Estou muito alegre com essa exposição sobre os meus 80 anos. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a con-tinuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”.

OficinaNos dias 18 e 19 de abril

serão oferecidas oficinas gratuitas de xilogravura, mi-nistradas por Bacaro Borges, que também é filho do artis-ta. Trata-se de uma excelente oportunidade para aprender essa técnica milenar. A ativi-dade é voltada a estudantes e pessoas interessadas na arte da xilogravura, a partir dos 14 anos. As inscrições po-dem ser feitas na Caixa Cul-tural São Paulo.

Sobre o artistaNascido em 1935, filho

de agricultores, trabalhou

desde os dez anos na lida do campo, em Bezerros, onde vive e trabalha até hoje. É Patrimônio Vivo de Pernam-buco, título concedido pelo Estado aos mestres da cul-tura popular pernambucana, reconhecidos como patrimô-nio imaterial. O gosto pela poesia o fez encontrar nos folhetos de cordel um subs-tituto para os livros escola-res. “Eu me criei no sítio e a única informação era dada pelo cordel que meu pai comprava na feira pra gente ler. Era o jornalismo nosso”, revela Borges.

Ele fez sua primeira pu-blicação, em 1964: “O en-contro de dois vaqueiros no Sertão de Petrolina”, xilogra-vada por Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses. Animado com o resultado, escreveu o segundo cordel, intitulado “O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm”, que o conduziu pela primeira vez à xilogravura. Sem dinhei-ro para pagar um ilustrador, resolveu ele mesmo entalhar na madeira a fachada da igre-ja de Bezerros, usada no seu segundo folheto. Desde en-tão não parou mais de fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar as cen-tenas de cordéis que lançou ao longo da vida.

Serviço:

Exposição J. Borges - 80 Anos”CAIXA Cultural São Paulo - Praça da Sé, 111. Visitação: 12 de março a 7 de maio de 2017Horário: 9h às 19h (terça a domingo)

J. Borges desenha dire-to na madeira, equilibrando cheios e vazios com ma-estria, sem a produção de esboços, estudos ou rascu-nhos. O título é o mote para Borges criar o desenho, no qual as narrativas próprias do cordel têm seu espaço na expressiva imagem da gravu-ra. Descoberto, há décadas,

por marchands e coleciona-dores, seu trabalho ganhou imensa visibilidade sendo reconhecido internacional-mente, com exposições em países como França, Espa-nha, Estados Unidos, Vene-zuela, Alemanha e Suíça.

A originalidade, irreve-rência e personagens ima-ginários são notáveis nas

suas obras. Os temas mais populares em seu repertório são: o cotidiano da vida sim-ples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os fol-guedos populares, a religiosi-dade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.

Informações: (11) 3321-4400Classificação LivreEntrada francaAcesso para pessoas com deficiênciaPatrocínio: Caixa Econômica FederalOficina: Xilogravura - Bacaro BorgesData: 18 e 19 de abril

(terça e quarta), uma turma por dia Capacidade: 25 vagas cada turmaDuração: 3 horasPúblico-alvo: estudantes e interessados na arte da xilogravura, a partir dos 14 anosInformações/inscrições: (11) 3321-4400

tckhoviana: brevidade e li-geireza dos diálogos, lin-guagem despojada e, princi-palmente, um humor ácido e crítico que os mantêm extremamente atuais para o mundo contemporâneo. E o autor, Anton Tchekhov, foi considerado um dos maio-res contistas de todos os tempos.

Com a direção de José Paulo Rosa, o elenco é com-posto por Warney Paulo, Lia Tucci, Francisco Carvalho e Liza Vieira; o cenário é de Antônio Ribeiro; o fi-gurino, de Lia Tucci, com confecção de Arlete Cas-tro; a iluminação, de Rafael Bugath; a trilha sonora, de Rafael Bugath; fotos, de Ba-tista Lima; e a produção é de Gabriel de Souza. Para o diretor, as obras do russo “representam um desafio

para os atores, bem como para o público, pois no lu-gar da atuação convencio-nal Tchekhov oferece um ‘teatro de humores’ e uma ‘vida submersa no texto’ ”.

Serviço:Temporada: De 18/03 a 28/05Sessões: 6ªs, às 21h30; sab, às 21h; e dom, às 19hDuração: 80 minutosGênero: comédia dramáticaClassificação etária: 12 anosTeatro Jaraguá Rua Martins Fontes, 71. Bela VistaMais Informações: 3255-4380www.ingressorapido.com.br e 4003.1212

Malefícios do Amor, no Teatro Jaraguá.

Page 8: Bodega do Brasil: culto à Cultura Popular.jornalcentroemfoco.com.br/PDF/153.pdf · Ano XII - Nº 153 De 03 de abril a 03 de maio de 2017 Caixa Cultural relembra oito décadas de

Carlos Moura apresenta e interage com poetas e artistas convidados.

PoesiaMúsica: vocal e instrumental

Contação de causosCordel

Acesso gratuito

Restaurante Cama & CaféRua Roberto Simonsen, 79 - Sé(próximo ao Solar da Marquesa)

O consumo gastronômico é opcional.

28/04/17

19h30

Jornalista Carlos Moura,

editor do jornal e

coordenador do Sarau.

SARAU DO JORNAL

39ª ediçãoAbril de 2017

Com Frei Alvaci Mendes da Luz.

O pontode partida é

sempre aescadaria do

TheatroMunicipal,

às 20hda quinta-feira.

Mais informações:3256-7909

e CaminhadaNoturna,

em páginaespecífica do FB.

06/04/2017Av. São João - O brilho

da noite PaulistanaCom o guia de turismo

Laércio Cardoso de Carvalho.

13/04/2017“Fantasma da Justiça”

pelo bairro da Liberdade

Com lançamento de HQ baseado em

fatos históricos reais, de André Zara,

criador e produtor do HQ VIGILANTE.Download Gratuito:

PROGRAMAÇÃO DE ABRIL

http://vigilantehq.com.br/

20/04/2017Dia do Índio

Herança na culinária, nos costumes, nos

toponímicos e na vida paulista.

Com a guia de turismo Vera Lúcia Dias.

27/04/2017370 anos da

presença franciscana

em São PauloVisita à exposição no

Santuário de São Francisco

Caminhadas temáticas