Índice O que é um Boato?;

De Onde vêm os Boatos?;

A desconfiança em torno dos boatos;

A Notícia do Boato;

A influência dos boatos a nível pessoal;

A influência dos boatos a nível profissional;

Qual o poder da comunicação social nos boatos;

Como estão as entidades protegidas dos boatos de uma forma legal.

O que é um Boato?

Os boatos são ondas noticiosas que circulam ao sabor das contribuições colectivas, isto é, vão passando de boca em boca.

  O motivo dos boatos funciona como um motor, que

propaga o mesmo em ondas sequenciais, que confirmam as anteriores, e criam expectativas de outras.

  Para que este motor funcione, existem motivações

localizadas, as quais fazem mover esta onda gigante, chamada de boato.

 

O que é um Boato?

Num boato, qualquer que seja ele, o único factor limitador é o próprio contexto, o território no qual o boato age e tende a produzir consequências.

Os boatos, os rumores, os falatórios, enfim, as formas socialmente não autorizadas de circulação da informação, têm hoje em dia um poder inimaginável.

Os boatos são um fenómeno intrínseco das pessoas, e são gerados por aqueles que estão em situações incertas ou duvidosas e buscam desesperadamente uma explicação.

O que é um Boato?

Existem diversos tipos de boatos: enquanto uns podem expressar algo muito desejado, outros são uma mera forma de propaganda ou de difamação.

  Estes podem gerar consequências devastadoras, como a

falência de bancos, estagnação de acções, denegrir pessoas socialmente identificáveis entre outras.

Rumores tem como objectivo denegrir e difamar os serviços e a imagem de uma pessoa, empresa, ou outras entidades.

  Existem casos, onde os boatos se transformam em mitos e

acabam por ter verdadeiras legiões de seguidores.

De onde vêm os Boatos?

Um boato pode surgir como compensação a um desejo frustrado de alguém ou de um grupo social, da necessidade de tornar público alguma confidencialidade, de interesses perturbadores de uma ordem que não convém, das fantasias (ou fantasmas) que povoam as narrativas míticas de uma cultura, de mal entendidos, de interpretações distorcidas, etc...

De onde vêm os Boatos?

Entre o boato e seus eventuais mentores, dificilmente se conseguirá identificar, sem grande margem de equívoco, este ou aquele indivíduo, este ou aquele grupo como mentores do boato.

 O melhor caminho para pesquisar a origem e entender

a força do boato não é retrospectivo. Apoiado na sua razão de ser, isto é na razão de existir este boato, e na proporção que o mesmo toma e o que vai atingir.

A desconfiança em torno dos boatos

Como costumamos dizer, não há fumo sem fogo, ou seja, não há boato sem motivação, ou seja, sem algum fundamento.

  Existe uma verdadeira desconfiança em torno dos

boatos, recorrendo a um conhecido ditado popular: “ todo o boato tem um pouco de verdade”, e é esta pouca quantidade de verdade, que gera desconfiança em torno dos boatos e que transforma o imaginário das pessoas num turbilhão de ideias e hipóteses para justificar a pouca ou muita verdade do boato.

A desconfiança em torno dos boatos

O boato dirige-se a alguém porque possui motivação suficiente para chegar aopúblico que pretende atingir.

Cria na mente da pessoa que o recebe uma outra versão equivalente ou mais desenvolvida, que seguirá em frente alterada e adulterada pelas contribuições dos intervenientes anteriores.

A Notícia do Boato

Os boatos correm e ganham peso, cor, textura e riqueza de detalhes, revelando não apenas a potencialidade criativa do grupo que o dissemina, como também os elementos activos do imaginário colectivo desse mesmo grupo.

 E por que correm os boatos?

  Os boatos correm porque são notícias, porque trazem

novidades, mesmo que a novidade não esteja no facto narrado mas, como não raras vezes acontece, na forma de como é narrado.

A Notícia do Boato

Nesse sentido, o boato é um factor de coesão social, na medida em que é comungado por um grupo, passa a ser o conhecimento oficial: ganha notoriedade, frequenta os grupos de conversa, torna-se o assunto principal em torno do qual cada participante do grupo se pronuncia e se posiciona.

A cada repetição do boato, este confirma-se, ganhando, assim, enorme poder para convencer.

Por referir-se normalmente a situações do interesse do grupo que o sustenta, o boato não pode ficar confinado, há que o passar para frente, acrescido das próprias contribuições, o que significa libertar-se de um peso e sentir-se incluído no rol dos que partilham o boato.

A Notícia do Boato

A velocidade com que correm é outro aspecto que os aproxima das notícias da comunicação social.

Os boatos espalham-se tal como as notícias se espalhavam nas civilizações orais, com a sensível diferença de que se antes as notícias eram condições de sobrevivência, aqui os boatos são atestados de convivência.

  As notícias, quando divulgadas, tendem a fechar

possibilidades. Elas afirmam alguma coisa a respeito de outra ou de alguém, deixando de fora as demais possibilidades que não figuram na afirmação.

A Notícia do Boato

O efeito da notícia é, portanto, redutor, porque ao afirmar algo, a mensagem reduz-se a confirmar muito menos aspectos do que aqueles que exclui.

  Ao noticiar, por exemplo, que “nenhuma mulher desapareceu”, a

imprensa, devidamente informada pelas investigações policiais, extinguiu toda e qualquer possibilidade de o boato prosperar.

  E ninguém duvida de que o boato era mais rico e surpreendente, do que

a notícia que o anulou.  Se a notícia é redutora e exclui possibilidades, o boato é complexo e

inclui possibilidades.

A Notícia do Boato

Por isso, ambas as formas trabalham em sentidos radicalmente diferentes: enquanto o boato tem tendência a alastrar-se, a notícia tem tendência a murchar, atrofiando as diferentes possibilidades de o boato progredir.

A influência dos boatos a nível pessoal

Os boatos são um instinto natural do ser humano para tentar entender o mundo, eventos, pessoas, e tudo o que possa ser compreendido. A compreensão é um desejo humano.

  As pessoas não gostam quando as coisas não estão claras e quando

não fazem sentido.  Assim desta forma, utilizam os boatos para confirmar ou não

determinadas informações.  Ao nível pessoal, esta forma de arrancar informações, é muito

utilizada.

A influência dos boatos a nível pessoal

Podemos verificar isso, por exemplo, com alguns actores tão bem conhecidos do nosso meio televisivo, ou políticos.

Esta situação é facilmente verificável em pessoas socialmente expostas.

  Quando os meios de comunicação pretendem fazer noticia,

vender mais revistas, mais jornais, ser mais sensacionalistas, lançam um boato acerca das pessoas “alvo”, e ai fazem delas capas, de maneira a que a situação incomode tanto a personalidade envolvida, que esta, acaba por vir a público confirmar, ou esclarecer a situação polémica ou não gerada em seu torno.

A influência dos boatos a nível pessoal

Ao nível pessoal, para estas personalidades torna-se uma situação quase de prisão, as pessoas são aprisionadas dentro da sua própria liberdade.

  Existem inúmeras implicâncias que um boato pode trazer

para a vida de uma pessoa, como sejam: falta de identidade, isto é ser alguém publicamente ou agir publicamente de uma forma não natural; criação de imagem negativa acerca dessa pessoa, falta de liberdade, depressão, entre outras.

  No entanto o boato também pode trazer consequências mais

positivas, como por exemplo: reconhecimento social, rampa de lançamento para a fama, mediatismo, dinheiro entre outros.

A influência dos boatos a nível profissional

Ao nível profissional os boatos podem prejudicar ou não de uma forma mais severa.

  Os boatos fazem parte da vida empresarial e é muito difícil

livrarmo-nos deles, eles geram medo, desconfiança, incerteza, ao profissional dentro da sua empresa.

  Para termos noção desta situação, existem alguns exemplos

que se calhar, passam-nos despercebidos como tendo forma de boatos algumas vezes.

 

A influência dos boatos a nível profissional

Por exemplo, o caso das tão famosas OPAS, que tanto se especulam, e aceleram as acções, ou então os boatos acerca de despedimentos, quando na realidade, não passam de informações mal transmitidas.

   Os boatos têm diversas influências ao nível profissional:

medo, angustia, incerteza, desconfiança entre profissionais, má produtividade, falência, entre outros. Mas também podem ter algumas influências positivas, como sendo: dinheiro, crescimento, geração de postos de trabalho, competitividade.

Qual o poder da comunicação social nos boatos

A comunicação social exerce hoje em dia um forte poder sobre a propagação e criação dos boatos.

Hoje em dia qualquer notícia gera milhões de euros, que enriquecem os cofres das revistas cor-de-rosa, dos jornais sensacionalistas, dos jornais semanais, ou mesmo dos canais televisivos.

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Qual o meio mais rápido de fazer circular um boato!? Para essa pergunta, a resposta é a comunicação social. Quer seja verdade ou mentira, quantos de nós já se atreveram a parar numa bancada de revistas e jornais para ler os títulos dos mesmos.

Qual o poder da comunicação social nos boatos

A comunicação social, tem o poder, quase de transformar as mentes, de moldar personalidades, caracteres ou grupos sociais e de controlar massas de uma forma quase imperceptível.

Desta forma ao lermos ou ouvirmos uma afirmação sobre algo ou alguém, é quase certo que vamos ver esse boato em muitos órgãos de comunicação social, e que vamos esperar pela confirmação do mesmo, vamos esperar que a figura pública, a empresa ou outra, seja de tal forma denegrida que tenha que vir a publico expor-se e desmentir a situação.

Qual o poder da comunicação social nos boatos

Os órgãos de comunicação social para além de serem óptimos transmissores de notícias, também são óptimos transmissores de boatos, e certamente estes geram muito mais dinheiro do que as verdadeiras notícias, pois as noticias, aparecem e desaparecem rapidamente e os boatos aparecem e duram até se achar a confirmação ou o desmentir do mesmo.

Qual o poder da comunicação social nos boatos

Os órgãos de comunicação social, exercem quase que uma pressão psicológica, através de um boato, que é lançado, quase que, como para ver se a carapuça serve a alguém, e é assim que a comunicação social tem tanto poder junto da população.

Qual o poder da comunicação social nos boatos

Como estão as entidades/pessoas protegidas dos boatos de uma forma legal

Artigo 180.º Difamação

Artigo 181.º Injúrias

Artigo 182.º Equiparação

Artigo 183.º Publicidade e calúnia

Artigo 184.º Agravação

Artigo 187.º Ofensa a pessoa colectiva, organismo ou serviço

Artigo 192º Devassa da vida privada

Exercício Prático

Identifiquem de que maneira podem estes boatos, afectar os intervenientes, em termos sociais, psicológicos e profissionais.

Boato positivo Boato Negativo

Exemplos de respostas

Caso de boato positivo:

Socialmente – Fica famoso, conhecido, divulgado, cobiçado;

Psicologicamente – ego mais elevado, mais confiança;

Profissionalmente – nova oportunidade de carreira, rampa de lançamento, pode ser cobiçado entre clubes.

Exemplos de resposta

Caso de boato negativo

Socialmente - ser identificado na rua e associada a uma acção negativa, descriminação social, prisão, tribunais, investigação criminal, exclusão familiar

Psicologicamente - depressão, angustia, fuga da exposição social

Profissionalmente - perda do emprego, exclusão no acesso ao emprego devido ao mediatismo associado á sua imagem negativa