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BLITZ PRÓ MASTER PORTUGUÊS A e D Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas, a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na luz, falta a firmeza; Na formosura, não se dê constância, E, na alegria, sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza: A firmeza, somente na inconstância. Gregório de Matos. In: AMORA, Antônio S. Panorama da poesia brasileira. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959. 01. (FGV-SP) As afirmações abaixo referem-se a diferentes períodos da poesia feita no Brasil. Tendo em vista os traços presentes neste soneto, a afirmação que a ele se aplica é: a) Por meio de uma linguagem que procura fugir das formas tradicionais, a poesia resvala, muitas vezes, para a confissão da angústia existencial, do tédio da vida e até mesmo do desejo de morrer. b) Com base em temas pastoris e bucólicos, preconiza o retorno ao equilíbrio e à simplicidade. A noção de natureza está presente como a constante mais forte. c) É uma poesia descritiva, dotada de exatidão e economia de imagens. Constitui uma corrente objetivista que se impôs ao subjetivismo do estilo anterior. d) Manifestando um gosto acentuado pelas contradições, lançava mão de técnicas argumentativas para abordar temas como a fugacidade do tempo e a instabilidade do mundo. e) Procura registrar a impressão que a realidade provoca no espírito do artista. Não é o objeto que interessa, mas as sensações e emoções que ele desperta. Daí ter contribuído para a reespiritualização da arte. 02. (FGV-SP) Dentre os elementos estruturantes presentes no texto e próprios do estilo de época a que ele pertence, destaca-se o uso recorrente de a) termos em ordem inversa. b) frases nominais. c) verbos de ligação. d) sujeitos elípticos. e) períodos simples.

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BLITZ PRÓ MASTER

PORTUGUÊS A e D

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da luz, se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas, a alegria.

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?

Se é tão formosa a luz, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na luz, falta a firmeza;

Na formosura, não se dê constância,

E, na alegria, sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza:

A firmeza, somente na inconstância.

Gregório de Matos. In: AMORA, Antônio S. Panorama da poesia brasileira. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959.

01. (FGV-SP) As afirmações abaixo referem-se a diferentes períodos da poesia feita no Brasil. Tendo em vista os traços presentes neste soneto, a afirmação que a ele se aplica é:

a) Por meio de uma linguagem que procura fugir das formas tradicionais, a poesia resvala, muitas vezes, para a confissão da angústia existencial, do tédio da vida e até mesmo do desejo de morrer.

b) Com base em temas pastoris e bucólicos, preconiza o retorno ao equilíbrio e à simplicidade. A noção de natureza está presente como a constante mais forte.

c) É uma poesia descritiva, dotada de exatidão e economia de imagens. Constitui uma corrente objetivista que se impôs ao subjetivismo do estilo anterior.

d) Manifestando um gosto acentuado pelas contradições, lançava mão de técnicas argumentativas para abordar temas como a fugacidade do tempo e a instabilidade do mundo.

e) Procura registrar a impressão que a realidade provoca no espírito do artista. Não é o objeto que interessa, mas as sensações e emoções que ele desperta. Daí ter contribuído para a reespiritualização da arte.

02. (FGV-SP) Dentre os elementos estruturantes presentes no texto e próprios do estilo de época a que ele pertence, destaca-se o uso recorrente de

a) termos em ordem inversa. b) frases nominais. c) verbos de ligação. d) sujeitos elípticos. e) períodos simples.

BLITZ PRÓ MASTER 03. (FGV-SP) Deve-se entender como conjunção subordinativa e não como pronome pessoal a

partícula se que ocorre no verso

a) 2. b) 5. c) 8. d) 10. e) 11.

04. (Uem-PR) Assinale o que for correto sobre o poema a seguir, de Cláudio Manuel da Costa:

Leia a posteridade, ó pátrio Rio,

Em meus versos teu nome celebrado;

Por que vejas uma hora despertado

O sono vil do esquecimento frio:

Não vês nas tuas margens o sombrio,

Fresco assento de um álamo copado;

Não vês ninfa cantar, pastar o gado

Na tarde clara do calmoso estio.

Turvo banhando as pálidas areias

Nas porções do riquíssimo tesouro

O vasto campo da ambição recreias.

Que de seus raios o planeta louro,

Enriquecendo o influxo em tuas veias,

Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.

01) No poema, a oscilação da métrica, do ritmo e das rimas, apesar de não se traduzir em completa liberdade formal, demonstra como o poeta afasta-se das tendências e preceitos clássicos, fato recorrente na lírica de Cláudio Manuel da Costa.

02) Embora não apresente especificamente a demanda do locus amoenus, o espaço a que o poema remete traduz a tendência de representação da natureza verificada na produção de Cláudio Manuel da Costa e de seus colegas de escola literária.

04) O poema apresenta uma particularidade de Cláudio Manuel da Costa: a representação de cenários brasileiros, destacando a importância da temática nativista – no presente caso, a mineração – para o autor.

BLITZ PRÓ MASTER 08) A temática da exploração dos recursos minerais – no caso, o ouro – remete o leitor ao espaço geográfico em que ocorreu a Inconfidência Mineira, movimento do qual Cláudio Manuel da Costa fez parte juntamente com outros poetas.

16) O enfoque nacionalista do poema, com destacada preocupação de natureza política e econômica, demonstra como o poeta insere-se no contexto da primeira geração romântica brasileira, chamada de “nacionalista” em função de tal abordagem.

05. (Udesc) Leia e analise as proposições sobre a estética romântica na literatura brasileira.

I. O Romantismo brasileiro pregava a valorização do elemento local e dos aspectos particulares de cada povo como material de criação artística; há, portanto, uma grande analogia entre as propostas românticas e o momento histórico e social vivenciado pelo País na primeira metade do século XIX.

II. A primeira geração romântica apresentava como cerne de suas atenções a pátria recém independente, para a qual procurava uma forma de expressão autêntica. O Romantismo dessa geração era marcado predominantemente pelo nacionalismo.

III. Os poetas da segunda geração estavam voltados para a própria individualidade, preocupavam-se com a demonstração de seus sentimentos e suas frustrações.

IV. Também o teatro inseriu-se no projeto nacionalista do romantismo. A grande figura do teatro romântico foi Nelson Rodrigues, considerado o criador da Comédia brasileira.

V. A terceira geração da poesia romântica passou a valorizar uma produção voltada para os problemas sociais que trazia à tona tópicos abolicionistas e republicanos, entre outros.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

06. (Uem-PR) Considerando o movimento romântico na literatura brasileira, assinale o que for correto.

01) A primeira geração romântica, cujo marco inicial é a publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, antecipa, com sua tendência nacionalista, fatos históricos importantes para a independência política do Brasil, como a chegada da família real portuguesa ao país.

02) Gonçalves Dias, expoente da primeira geração romântica brasileira (também chamada de “indianista” e/ou “nacionalista”), explorou diversos elementos de nossa realidade cultural e natural, colocando em destaque a figura do indígena como importante elemento da formação da identidade nacional brasileira.

04) A valorização de aspectos ligados à cultura brasileira levou a segunda geração romântica a criticar e a repelir a influência de grandes nomes da literatura europeia, como Goethe e Byron, em prol de uma produção autenticamente nacional.

BLITZ PRÓ MASTER 08) A tendência egocêntrica, com a celebração dos excessos da paixão, do pessimismo e da morbidez, impediu que a segunda e a terceira gerações românticas produzissem obras capazes de contemplar temáticas de cunho social que levassem em conta questões importantes do contexto brasileiro do século XIX.

16) Apesar da configuração como escola literária, o Romantismo brasileiro apresentou, em suas três gerações, posturas e tendências diversificadas, permitindo, até mesmo, o surgimento de um nome como o de Sousândrade, cuja produção original, à frente de seu tempo, dificultou o reconhecimento de seu valor por parte de seus contemporâneos.

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas oh não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroxima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A antirrosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.

07. (Fuvest-SP) Neste poema,

a) a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto. b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa

a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.

BLITZ PRÓ MASTER c) o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração

formal. d) o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de

canção popular. e) o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto

do texto e pelo vigor de sua mensagem.

08. (Fuvest-SP) Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem-se apontar a sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos

a) 2 e 17.

b) 1 e 5.

c) 8 e 15.

d) 9 e 18.

e) 14 e 3.

Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna.

O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.

— Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador?

— Sim, eu também sangro...

— Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali que é uma praga.

— Homem, eu da cirurgia não entendo muito...

— Pois já não disse que sabe também sangrar?

— Sim...

— Então já sabe até demais.

No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta.

Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.

Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.

Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.

BLITZ PRÓ MASTER

09. (Fuvest-SP) Das seguintes afirmações acerca de diferentes elementos linguísticos do texto, a única correta é:

a) A expressão sublinhada em “para curar a gente a bordo” (5º parágrafo) deve ser entendida como pronome de tratamento de uso informal.

b) A fórmula de tratamento (6º parágrafo) com que o barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom cerimonioso do início do diálogo.

c) O destaque gráfico da palavra “muito” (6º parágrafo) produz um efeito de sentido que é reforçado pelas reticências.

d) O pronome possessivo usado nos trechos “saiu o nosso homem” e “lanceta do nosso homem” (12º parágrafo) configura o chamado plural de modéstia.

e) A palavra “fortuna”, tal como foi empregada no 10º parágrafo, pode ser substituída por “bens”, sem prejuízo para o sentido.

10. (Fuvest-SP) Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte frase:

a) “era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo”. b) “você estava bem bom, se quisesse ir conosco”. c) “Pois já não disse que sabe também sangrar?”. d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro”. e) “logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros”.

11. (Fuvest-SP) Neste trecho, em que narra uma cena relacionada ao tráfico de escravos, o narrador não emite julgamento direto sobre essa prática. Ao adotar tal procedimento, o narrador

a) revela-se cúmplice do mercado negreiro, pois fica subentendido que o considera justo e irrepreensível.

b) antecipa os métodos do Realismo_Naturalismo, o qual, em nome da objetividade, também abolirá os julgamentos de ordem social, política e moral.

c) prefigura a poesia abolicionista de Castro Alves, que irá empregá-lo para melhor expor à execração pública o horror da escravidão.

d) contribui para que se constitua a atmosfera de ausência de culpa que caracteriza a obra. e) mostra-se consciente de que a responsabilidade pelo comércio de escravos cabia, principalmente,

aos próprios africanos, e não ao tráfico negreiro.

12. (Fuvest-SP) A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem exemplificada em:

a) “quando tem pouco que fazer”; “cumpria sabê-lo aproveitar”.

b) “Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”.

c) “saber fazer render a nova posição”; “Chegaram com feliz viagem ao seu destino”.

d) “puxar conversa”; “entendedor do riscado”.

e) “adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”.

BLITZ PRÓ MASTER GABARITO

01. D 02. A 03. B 04. 14 (02, 04, 08) 05. A 06. 18 (02, 16) 07. B 08. C 09. C 10. B 11. D 12. D

BLITZ PRÓ MASTER

PORTUGUÊS B

Atenção: leia o texto abaixo para responder as questões de 1 a 7.

Garantindo o exercício dos direitos Marcelo Semer Durante longo período, o dogmatismo estabeleceu limites ao Judiciário, como aplicador neutro e apolítico de normas positivas, afastando-o do questionamento sobre valores, como de resto a própria teoria de um direito puro. Não é preciso ir longe para vero desatino. Bastam as atrocidades praticadas quando nazismo e fascismo vigoraram sob estruturas formalmente legais. No pós-guerra, germinou a ideia do novo constitucionalismo, moldado à luz da dignidade humana e com a incorporação, pelo estado de bem-estar, de pautas econômicas e sociais. As novas Constituições passaram a assegurar expressamente o direito à educação, saúde, cultura e outros. A revanche do positivismo, expressão do conservadorismo jurídico, deu-se com a teoria das normas programáticas, segundo a qual esses novos direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam aplicáveis quando ou se transformados em leis. Premidos pelos conflitos da vida real, com a insuficiência dos critérios propostos pela dogmática jurídica, os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas quais estariam obrigados a aplicar todas as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos, exceto os políticos. Devem fazê-lo, sobretudo, por três motivos: a) princípios também são direitos, superiores às leis, pois previstos na Constituição; b) nenhuma lesão de direito pode deixar de ser apreciada, cláusula pétrea que representa o direito aos direitos; c) a função do Judiciário é impedir o abuso de poder, limitando a atuação dos demais poderes aos termos da Constituição. É disso que trata a obrigatoriedade que vem sendo imposta ao Executivo, em decisões judiciais, quanto ao fornecimento de remédios a pacientes com gravíssimas moléstias e sem condições de adquiri-los. Situações-limites, nas quais muitas vezes arecusa pode significar a morte. No fundo, é uma questão relativamente prosaica, que, ante o tradicionalismo jurídico, ganha ares revolucionários: tutelar os direitos é garantir o seu exercício. Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral, não pode o direito ser restringido por administradores. Se o direito ao tratamento é direito à saúde, como negar que o acesso a medicamentos indispensáveis à vida também seja obrigação pública? Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos, alocando verbas suficientes para a inclusão social que determina a Constituição, em detrimento de outras despesas menos relevantes, ainda que politicamente mais recompensadoras. Em relação aos direitos humanos de primeira geração, limitar o abuso do poder é impedir mecanismos que constranjam a liberdade. 01. Assinale a opção gramaticalmente correta em que a ideia exposta vai ao encontro do que informa o texto. a)No período posterior à guerra, houve o nascimento do constitucionalismo, baseado numa visão

humanista e com preocupações sociais, em oposição ao positivismo, que reagiu formalizando a teoria das normas programáticas.

b)O exemplo do nazismo e do fascismo foram utilizados como recurso de argumentação para a tese de que o dogmatismo estabeleceu limites ao Judiciário como aplicador neutro e político de normas positivas.

c)Os juízes, em função dos conflitos sociais que o positivismo impunham, começaram a aplicar as leis efetivas e necessárias a todos, inclusive aos políticos.

d)A principal função do Judiciário é impedir o abuso do poder, por isso devem apreciar todos os conflitos, inclusive o político.

02. Assinale, dentre as frases abaixo retiradas do texto, a única que não pode ser transformadas em voz passiva. a)“Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado”. b)“Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas”. c)“que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos” d)“mecanismos que constranjam a liberdade”. 03. Assinale a opção em que relações entre os modos e tempos verbais estejam bem empregadas. a)Se, no pós-guerra, germinasse a ideia do novo constitucionalismo, moldado à luz da dignidade humana

e com a incorporação, pelo estado de bem-estar, de pautas econômicas e sociais, as ideias de liberdade são mais bem estruturadas.

b)A nova Constituição só passara a assegurar expressamente o direito à educação,saúde, cultura e outros, porque o povo lutou por seus direitos.

BLITZ PRÓ MASTER c) A revanche do positivismo deu-se com a teoria das normas programáticas, segundo a qual esses novos

direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam aplicáveis quando transformados em leis. d)Premidos pelos conflitos da vida real, os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas

quais estarão obrigados a aplicar todas as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos, exceto os políticos.

04. As frases abaixo, retiradas do texto, tiveram sua pontuação alterada. Assinale aquela em que a alteração causou erro. a)A revanche do positivismo – expressão do conservadorismo jurídico – deu-se com a teoria das normas

programáticas, segundo a qual esses novos direitos eram meras "cartas de intenção" e só seriam aplicáveis quando ou se transformados em leis.

b)Premidos pelos conflitos da vida real (com a insuficiência dos critérios propostos pela dogmática jurídica), os juízes começam a superar armadilhas do positivismo, pelas quais estariam obrigados a aplicar todas as leis, menos as fundamentais, e apreciar todos os conflitos, exceto os políticos.

c)É disso que trata a obrigatoriedade que vem sendo imposta ao Executivo em decisões judiciais quanto ao fornecimento de remédios a pacientes com gravíssimas moléstias e sem condições de adquiri-los.

d)Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral não pode o direito ser restringido por administradores.

05. Assinale a opção em que há erro em pelo menos um dos segmentos assinalados. a)Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal

igualitário à ações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral, não pode o direito ser restringido por administradores.

b)Se o direito ao tratamento é direito à saúde, como negar que o acesso a medicamentos indispensáveis à vida também seja obrigação pública?

c)Ao Estado cabe a adoção de políticas públicas que permitam ao indivíduo o gozo desses direitos, alocando verbas suficientes para a inclusão social que determina a Constituição, em detrimento de outras despesas menos relevantes, ainda que politicamente mais recompensadoras.

d)Em relação aos direitos humanos de primeira geração, limitar o abuso do poder é impedir mecanismos que constranjam a liberdade.

06. Assinale a frase em que o verbo entre parênteses deve ser flexionado no plural para preencher a lacuna da frase. a)Aos cidadãos _____ não existirem direitos que sejam eternamente garantidos pelos governos a que

se submetem. (parecer) b)Não se pode negar que as distribuições de medicamento indispensável à vida do cidadão _____

obrigação do Estado. (ser) c)Ainda existem países para os quais não _____ dirigentes sérios interessados no bem comum. (haver) d)_____ que os cidadãos estejam conscientes de seus direitos para que possam cobrá-los de seus

dirigentes. (convir) 07. Assinale a frase que apresenta termo desempenhando a mesma função sintática do termo destacado em: Se a Constituição determina que saúde é direito de todos e dever do Estado, impõe o acesso universal igualitário à sações e serviços para sua promoção e se funda na diretriz do atendimento integral, não pode o direito ser restringido por administradores. a)O Ministério da Saúde enviou os medicamentos às cidades da região sul. b)O Ministro da Saúde viajou às expensas do Estado. c)O Ministério da Saúde enviou os medicamentos necessários ao tratamento dedeterminadas doenças

crônicas. d)Aos cidadãos cabe o direito de reclamar os medicamentos de uso frequente de que necessitam para

uma vida saudável. GABARITO 1-A 2-B 3-C 4-D 5-A 6-B 7-C

BLITZ PRÓ MASTER

PORTUGUÊS C

Policiais paulistanos Sempre fui fã de romances policiais. Conheço pessoas para quem a leitura só pode ser séria, para quebrar a cabeça. Penso o contrário. Um bom livro também ajuda a relaxar. Até agora fãs de mistérios como eu eram obrigados a deglutir penhascos ingleses ou correrias por Los Angeles e Nova York. Há algum tempo surgiu uma safra de romances policiais cujo cenário é São Paulo, com seus bairros e tipos humanos. O último é Morte nos Búzios, de Reginaldo Prandi. Não nego. Conheço o Reginaldo há uns... puxa, trinta anos! (É nessas horas que vejo como o tempo passa.) Para mim, sempre foi o tipo acabado do intelectual. Professor titular de sociologia da USP, passou anos estudando as religiões afro-brasileiras. Fez teses. Há uns meses, encontrei-me com ele em um evento literário. – Vou lançar um policial! – contou-me. Estranhei. Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives. Quanto mais escrever! Assim que saiu, enviou para minha casa. Não nego, sou exigente. Adolescente, já era fã de Sherlock Holmes. Mas adorei Morte nos Búzios. Reginaldo misturou seus conhecimentos sobre as religiões afras com a imaginação. Os crimes acontecem a partir das previsões de uma mãe-de-santo da Freguesia do Ó. Aos poucos, o delegado Tiago Paixão começa a descobrir suspeitos entre os frequentadores do terreiro. . 01. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. a) Há algum tempo surgiu vários romances policiais cujo cenário é São Paulo. b) Já fazem uns trinta anos que conheço o Reginaldo! c) É nessas horas que vejo com que rapidez passa os dias. d) Até agora, obrigavam-se fãs de mistérios a deglutir penhascos ingleses. e) Conheço pessoas para quem a leitura têm de ser séria. 02. Quanto ao emprego de pronome, segundo a norma culta, a frase – ... encontrei-me com ele em um evento literário. – pode ser reescrita da seguinte forma: a) ...encontrei-no em um evento literário. b) ...encontrei ele em um evento literário. c) ...encontrei-o em um evento literário. d) ...encontrei-lhe em um evento literário. e) ...encontrei-lo em um evento literário. 03. Assinale a alternativa em que o termo em destaque tem a mesma função sintática que a expressão destacada na frase: - Vou lançar UM POLICIAL! a) Penso o contrário. b) ... contou-me. c) Sempre fui fã de romances policiais. d) ... surgiu uma safra de romances policiais. e) Um bom livro também ajuda a relaxar. 04. Articulando as duas orações do período – Não nego, sou exigente. – obtém-se, sem perda do significado: a) Não nego, mas sou exigente. b) Não nego que sou exigente. c) Não nego em que sou exigente. d) Não nego de que sou exigente. e) Não nego qual sou exigente. 5. Analise os períodos. Interpretação de 300 Textos (FCC/CESPE/ESAF) I. É nessas horas que vejo como o tempo passa. II. Assim que saiu, enviou para minha casa. A oração destacada em I exerce função sintática de_________ ; a destacada em II expressa circunstância de _________. Os espaços devem ser preenchidos, respectivamente, com

BLITZ PRÓ MASTER a) sujeito ... consequência b) complemento nominal ... conformidade c) aposto ... causa d) predicativo ... condição e) objeto direto ... tempo 06. Analise as afirmações. I. O substantivo fã tem o mesmo emprego que o substantivo vítima na forma masculina e na feminina. II. Está correta, quanto à grafia, a frase: Um bom livro também ajuda a relaxar, mas se fosse um mal livro, isso não aconteceria. III. O plural de mãe-de-santo é mães-de-santo. Está correto o que se afirma apenas em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 07. Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives. Quanto mais escrever! Assinale a alternativa em que a frase, reescrita numa linguagem formal, mantém os sentidos propostos no texto. a) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, tanto que não lhes

escrevem. b) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, mas que não as

escrevem. c) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, embora que não lhes

escrevem. d) Intelectuais em geral não confessam sequer que leem histórias de detetives, porque não as escrevem. GABARITO 01. D 02. C 03. A 04. B 05. E 06. C 07. E