BLIKISTEIN, Isidoro, técnicas de comunicacao escrita.docx
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BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita - 16ª Edição. São Paulo: Editora
Ática, 1998.
Escrever bem, não é luxo.
O livro Técnicas de comunicação escrita de Izidoro Blikstein, publicado pela editora Ática,
1998, possui sete capítulos subdivididos em tópicos, e mostra maneiras para se estabelecer
uma comunicação satisfatória na escrita. O foco do autor é mostrar através de diversos
exemplos, erros cometidos ao escrever, que causam interferências e que impedem que a
informação chegue de maneira clara ao seu destino. O livro é de fácil entendimento, mas o
ponto negativo, é que o conteúdo é muito repetitivo, tornando a leitura cansativa.
Entretanto, pode ser indicado para os estudantes do Ensino Médio, acadêmicos de Letras e
Comunicação Social.
O primeiro capítulo intitulado “Quem não escreve bem... perde o trem!” inicia-se com uma
historinha de um gerente apressado. Ele deixa para a sua secretária um bilhete com uma
solicitação, mas algumas falhas na escrita como pontuação incorreta, falta de clareza e
duplo sentido, fazem com que a moça execute uma ação “errada”, decorrente da
interpretação sugerida pelo bilhete. De fácil entendimento, o primeiro exemplo do autor
serve de base para o desenvolvimento dos próximos capítulos do livro, como o segundo –
Segredos da comunicação escrita -, que trata sobre o que é escrever bem.
Blikstein (1998) expõe que é preciso escrever bem para receber a “resposta correta” e a
cooperação humana; sendo de grande importância saber transmitir a mensagem e tornar
comum aos outros indivíduos nossas idéias. Sintetiza ainda, que a eficácia da comunicação
escrita é possível ao: tornar o pensamento comum, produzir resposta - que é areação à
mensagem, e persuadir o leitor. Contudo, o autor afirma que na prática sempre haverá
intervenções, os ruídos, que podem atingir parcialmente ou o todo do processo
comunicativo - de maneira física, como grafia ruim; cultural, que pode ser a falta de
assimilação por parte do leitor; e psicológica como a agressividade. Blikstein (1998) cita
que, para evitar essas interferências, é necessário que se conheça a “Estrutura e
funcionamento da comunicação”- título do terceiro capítulo.
Funciona como um ciclo: o remetente é aquele que, a partir de um repertório, transmite a
mensagem, que chega como código ao destinatário, e esse envio é possível por meio de
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um veículo. De acordo com o autor, mensagem é a ideia acrescida de estímulo físico, e é
composta de um ou mais signos. Segundo Saussure, o signo é como duas faces de uma
mesma moeda: de um lado o significado (ideia) e do outro o significante (imagem psíquica,
som, palavra). No processo de envio e recebimento da mensagem, muitas vezes não se
nota a importância dos signos, mas é só através deles que a comunicação se torna
possível, com a codificação e descodificação.
O que seriam esses termos? Bem, a codificação trata-se de juntar o significante ao
significado. Já no processo de descodificação, o destinatário pega o significante e emprega
o significado que lhe convém, de acordo com seus conhecimentos prévios. “No caso da
secretária, a descodificação incorreta levou a uma resposta não esperada”, “pois a
mensagem já começou erradamente codificada” por parte do gerente (Blikstein, 1998). O
autor mostra que, para descodificar a mensagem de maneira eficaz, além de conhecer o
código e a bagagem cultural do destinatário (repertório), devem-se utilizar também códigos
fechados (aqueles com interpretação limitada) e o veículo coerente com a mensagem que
se pretende passar.
No capítulo quatro, “Ganchos para agarrar o leitor!”, o autor apresenta mais técnicas para
tornar o texto atrativo: escrever de maneira simples e enxuta, ter atenção na formatação e
sugere que quando possível, que se faça a utilização de recursos visuais, como esquemas
e gráficos, onde a informação é captada imediatamente. Principalmente esse capítulo,
possui muitos exemplos e pouca voz do autor, de forma que não é um formato interessante
para o leitor. No último capítulo aqui tratado, “Receita para a eficácia da comunicação
escrita”, o autor resume todo o livro em poucas páginas, o que faz o leitor pensar que todo o
conteúdo anterior foi desnecessário. Mas independe de aspectos desfavoráveis, o conteúdo
é muito importante, pois é através da linguagem, que é inerente ao ser humano, que a
comunicação existe, logo este processo deve ser estudado e compreendido.
Resenhado por: Mariana Santos, acadêmica de Letras.
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