Bizu. PF

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA AN DRADE, RGIO BONICIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 1) LÍNGUA PORTUGUESA  Odiombar Rodrigue s Apresentação  O “Bizu”   é um projeto sólido,  pois os candidatos  buscam “socorro”  na semana que antecede o Concurso.  Podemos dizer que dois tipos de clientes  surgem: os que estudaram pouco e buscam um conhecimento  rápido para recuperar o tempo perdido e os que estudaram muito e agora  buscam a sistematização  do programa de forma resumida.  A estes dois grupos  o Bizu pretende  atender,  mas o segundo  tem um rendimento maior,  pois o conhecimento  linguístico não se adquire  em poucas horas.  O desafio é fazer uma  revisão em poucas páginas,  mas os desafios  são para os que têm coragem de arriscar.  Vamos ao desafio,  coragem e força.  A prova está chegando,  mas o nosso esforço sempre terá recompensa.  CESPE - uma palavrinha.  Os concurseiros  têm uma preocupação  muito grande em conhecer a banca.  Eles têm razão,  pois cada banca  é diferente.  O CESPE tem provas simples,  com exploração  de conteúdos tradicionais.  É uma  banca temática,  ou seja,  os textos  selecionados  são da  área de conhecimento do concurso,  retirados  da imprensa,  internet e raramente de obras impressas.  Outra característica é que os textos são sobre temas da atualidade,  informativos e em linguagem simples.  Não é hábito do CESPE incluir  textos literários.  Bizu - uma palavrinha  O nosso trabalho  está organizado sob dois princípios: exame das últimas provas aplicadas pela banca e exame das últimas  provas  aplicadas  à Polícia Federal.  Assim podemos captar  a tendência  atual da banca e o tratamento  dispensado  os concursos  da instituição.  Tendo estes princípios como parâmetros,  selecionamos  dez pontos  mais recorrentes  em provas.  São assuntos  básicos,  aplicados  em questões elaboradas  pela própria banca.  O Bizu não é uma bola de cristal,  não prevê nada,  mas  pela avaliação  de  provas passadas  pode  projetar um conjunto  de probabilidades  que orientam o candidato nos momentos finais  do estudo.  Ponto - 1 - Interpretação  de texto 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON 

MARQUES 

1) LÍNGUA PORTUGUESA – Odiombar Rodrigues 

Apresentação 

O  “Bizu”  já  é  um projeto  sólido,  pois  os  candidatos  buscam “socorro”  na  semana  que

antecede o Concurso. Podemos dizer que dois tipos de clientes surgem: os que estudaram pouco e 

buscam  um  conhecimento  rápido  para  recuperar  o  tempo  perdido  e  os  que  estudaram  muito  e

agora  buscam  a  sistematização  do  programa  de  forma  resumida.  A  estes  dois  grupos  o  Bizu

pretende  atender,  mas  o  segundo  tem  um  rendimento  maior,  pois  o  conhecimento  linguístico

não se adquire em poucas horas. 

O desafio é fazer uma revisão em poucas páginas, mas os desafios são para os que  têm

coragem de  arriscar. Vamos  ao  desafio, coragem e  força.  A prova  está chegando, mas  o  nosso

esforço sempre terá recompensa. 

CESPE - uma palavrinha. 

Os  concurseiros  têm  uma  preocupação  muito  grande  em  conhecer  a  banca.  Eles  têm

razão, pois cada banca é diferente. O CESPE  tem provas simples, com exploração de conteúdos

tradicionais. É uma banca  temática, ou seja, os  textos selecionados são da área de conhecimentodo concurso, retirados da imprensa, internet e raramente de obras impressas. Outra característica é 

que  os  textos  são  sobre  temas  da  atualidade,  informativos  e  em  linguagem  simples.  Não  é

hábito do CESPE incluir textos literários. 

Bizu - uma palavrinha 

O  nosso  trabalho  está  organizado  sob  dois  princípios:  exame  das  últimas  provas

aplicadas  pela  banca  e  exame  das  últimas  provas  aplicadas  à  Polícia  Federal.  Assim  podemos

captar a  tendência atual da banca e o  tratamento dispensado os concursos da  instituição. Tendoestes  princípios  como  parâmetros,  selecionamos  dez  pontos  mais  recorrentes  em  provas.  São

assuntos básicos, aplicados em questões elaboradas pela própria banca. 

O  Bizu  não  é  uma  bola  de  cristal,  não  prevê  nada,  mas  pela  avaliação  de  provas

passadas pode projetar um conjunto de probabilidades que orientam o candidato nos momentos

finais do estudo. 

Ponto - 1 -  Interpretação de texto 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON 

MARQUES 

A  interpretação de  texto, nas provas do CESPE, abrange, mais ou menos, 20% do  total

de questões. Em geral, não são questões que exijam um preparo teórico muito intenso. Chamo a

atenção  para  dois  pontos:  a)  os  conceitos  de  “tema”  e  “ideia  principal”.  b)  “o  conhecimento

prévio”. 

“Tema”  refere-se  aos  conteúdos  abordados  no  texto  enquanto  que  “ideia  principal”

refere-se aos objetivos do autor ao escrever o  texto. Podemos dizer que “tema” é o conjunto de

assuntos que  o autor  utiliza  para  nos  convencer de  sua  “ideia  principal”.  O  CESPE  utiliza  esta

distinção em suas provas. Vejamos no texto abaixo: 

Texto I 

1  Já existe, felizmente, em nosso país, uma consciência nacional — em formação, é certo 

2  —, que vai  introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa  legislação e para a qual a 

3  escravidão, apesar de hereditária, é uma verdadeira mancha de Caim que o Brasil traz na fronte. 

4  Essa consciência, que está  temperando a nossa alma e, por fim, há de humanizá-la, resulta da 

5  mistura  de  duas  correntes  diversas:  o  arrependimento  dos  descendentes  de  senhores  e  a 

6  afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos. 

7  Não  tenho,  portanto,  medo  de  não  encontrar  o  acolhimento  por  parte  de  um  número 

8  bastante considerável de compatriotas meus, a saber: os que sentem a dor do escravo como se 9  fora própria, e ainda mais, como parte de uma dor maior — a do Brasil, ultrajado e humilhado; 

01  os que têm a altivez de pensar — e a coragem de aceitar as conseqüências desse pensamento — 

11  que a pátria, como a mãe, quando não existe para os  filhos mais  infelizes, não existe para os 

21  mais dignos; aqueles para quem a escravidão, degradação sistemática da natureza humana por 

31  interesses  mercenários  e  egoístas,  se  não  é  infamante  para  o  homem  educado  e  feliz  que  a 

41  inflige,  não  pode  sê-lo  para  o  ente  desfigurado  e  oprimido  que  a  sofre;  por  fim,  os  que 

51  conhecem as influências sobre o nosso país daquela instituição no passado e, no presente, o seu 

61  custo ruinoso, e prevêem os efeitos da sua continuação indefinida. 71  Possa ser bem aceita por eles esta lembrança de um correligionário ausente, mandada do 

81  exterior, donde se ama ainda mais a pátria do que no próprio país. 

91  Quanto a mim,  julgar-me-ei mais  do que  recompensado,  se as  sementes  de  liberdade, 

02  direito e  justiça derem uma boa colheita no solo ainda virgem da nova geração. 

(Londres, 8 de 31 abril de 1883) Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do 

Brasil, vol. I, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, p. 21 (com adaptações). 

As questões de 1 a 9 são oriundas da prova do CESPE para a Polícia Federal no ano de 

2004, segundo consta, último concurso para o cargo. 

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MARQUES 

Questão nº 1.  (CESPE - PF/2004) 

Em relação ao texto I e ao tema (grifo nosso) nele abordado,  julgue os itens a seguir. 

O que Joaquim Nabuco escrevia em sua época vai ganhando densidade nos dias de hoje.

Prova  disso  é  o  atual  debate  a  respeito  da  política  afirmativa,  a  qual,  envolvendo,  inclusive,  a

adoção  de  cotas,  tem  por  objetivo  reduzir  as  enormes  desigualdades  sociais  geradas  pela

escravidão. 

Comentár io da questão 1.  C 

Observe  que  a  ordem da  questão  fala  em  “tema”  e  o  enunciado  traz  assuntos  que  não

estão  presentes  no  texto,  mas  foram  introduzidos  pela  construção  “nos  dias  de  hoje”,  como

políticas afirmativas e adoção de cotas. Esta expressão estabelece uma ponte entre o passado de

Joaquim  Nabuco  e  o  nosso  presente,  mas  o  tema  permanece  o  mesmo.  Os  assuntos  que  não

estavam no original são da mesma área semântica e podem servir como exemplificação, embora

não  presentes  na  literariedade  do  texto.  Quando  a  banca  aborda  “tema”,  o  importante  é  que  a

afirmativa não “fuja do tema”, como costumam falar. 

Questão nº 2.  (CESPE - PF/2004) 

A  expansão  do  sistema  educacional  brasileiro,  especialmente  nas  redes  escolarespúblicas,  resultou  na  eliminação  quase  total  das  diferenças  quanto  a  acesso  e  permanência  nas

escolas e desempenho escolar de brancos, negros e pardos. Essa realidade  transportou-se para o

mercado  de  trabalho,  como  demonstra  a  igualdade  de  salários  pagos  a  cidadãos  de  diferentes

raças. 

Comentár io da questão 2.  E 

Observe  que  a  questão  aborda  assuntos  como  “sistema  educacional”,  “desempenho

escolar”  e “mercado  de  trabalho”.  Nenhum deles  pertence ao  mesmo  tema  do  texto, por  isso a

questão  é  errada.  Para  resumir,  é  importante  ter  presente  que  tema  é  um  conceito  teórico  quepertence ao campo semântico (área semântica). 

Questão nº 3.  (CESPE - PF/2004) 

A  idéia pr incipal (grifo nosso) do  texto I pode assim ser expressa: O amor à pátria é

mais forte quando se está longe dela e a dor do escravo é sentida como se fosse própria. 

Comentár io da questão 3.  E 

Agora a questão fala diretamente em “ideia principal”, portanto, devemos descobrir se o

que  está  sendo  afirmado  corresponde  à  intenção  do  autor.  A  idéia  principal  é  conteúdo 

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MARQUES 

pertencente  à  área  da  “intencionalidade”,  ou  seja,  ao  nível  ideológico  do  texto.  Ao  escreve  o

texto,  Joaquim  Nabuco  pretende  mobilizar  a  população  para  apoiar  a  condenação  ao  regime

escravocrata (sua ideia principal, sua intenção). O amor à Pátria e o sentimento de solidariedade

são apenas “argumentos” utilizados para nos convencer. 

Vamos agora ao outro assunto sobre interpretação de texto: O “conhecimento prévio”. 

Texto II 

1  Os  atentados  terroristas  a  Nova  Iorque  e  Washington  são  a  evidência  de  que o  atual 

2  modelo de globalização afeta os esforços de implantação mundial dos direitos humanos. Graças 

3  ao avanço da  tecnologia de comunicações — dos meios de  transporte à  Internet —, o Planeta 

4  tornou-se, de fato, uma grande aldeia. Somos todos vizinhos uns dos outros e podemos assistir, 

5  em tempo real, ao que se passa no hemisfério oposto ao que habitamos. 

Frei Betto. Internet: <www.dhnet.org.br/denunciar>  (com adaptações) 

Questão nº 4.  (CESPE - PF/2004) 

Com base no  texto II e considerando as múltiplas  implicações do tema (grifo nosso) 

que ele focaliza,  julgue o item seguinte. Um caso extremo de terrorismo, que espalhou o pânico nos Estados Unidos da América 

(EUA) e  assustou a  opinião pública  mundial,  foi o  atentado de 11 de  setembro de 2001, que

atingiu o Pentágono e as torres do World Trade Center. 

Comentár io da questão 4.  C 

Novamente  a  questão  tem  como  área  de  conhecimento  o  “tema”  e  alerta  para  “as

múltiplas  implicações  do  tema”,  ou  seja,  chama  a  atenção  para  o  fato  de  que  pode  estabelecer

relações intertextuais,  mantendo o tema. No caso, a questão não remete a outro texto, mas exige

do  leitor  um conhecimento (prévio) do assunto. Quem não  sabe que “Os atentados  terroristas aNova  Iorque e Washington”  (no  texto) correspondem ao “atentado de 11 de setembro de 2001,

que atingiu  o Pentágono  e  as  torres  do World Trade Center  (na  questão),  pode  errar  a  questão

por  não  estabelecer  nexo  entre  as  duas  informações.  O  conhecimento  prévio  do  leitor  é  que

sustenta a coerência da afirmativa e fundamenta a questão como correta. 

Ponto - 2 - Referenciação 

O  texto não é apenas uma  sequência de palavras, mas uma unidade coesa e coerente,

resultante  das  relações  que  se  estabelecem  entre  seus  elementos.  A  gramática  tradicional  dá 

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MARQUES 

pouca  atenção  ao  assunto,  mas  a  sua  importância  é  muito  grande.  As  bancas  de  concurso

público  têm  preferência  muito  grande  pela  exploração  deste  tema.  Com  certeza  você  já  se

defrontou com ordens de questões como: 

Questão nº 5.  (CESPE - PF/2004) 

Em “humanizá-la (linha 4 do texto I), o pronome, cujo emprego é um recurso de coesão

textual, refere-se ao vocábulo “consciência” (linha 4 do texto I). 

Comentár io da questão 5.  E 

A questão não exige a avaliação do pronome oblíquo “lá”, mas solicita que o candidato

avalie  a  relação  (referenciação)  que  se  estabelece  entre  o  pronome  e  a  palavra  “consciência”.

Neste tipo de questão devemos retomar o  texto para análise. Vejamos a frase: Essa consciência, [

que está temperando a nossa alma (e, por f im, há de humanizá-la),] resulta da mistura de duas 

correntes  diversas(...).  Observe  que  isolamos  as  orações  subordinadas  entre  colchetes  e

parênteses,  a  oração  principal  está  sublinhada.  Agora podemos  reconhecer  que  o pronome  “lá”

refere-se  à  “nossa  alma”  e  não  à  “consciência”.  Como  prova,  podemos  reescrever  o  texto,

substituindo o pronome pelo seu referente: Essa consciência, que está temperando a nossa alma e, 

por  f im,  (essa  consciência)  há  de  humanizar  (a  nossa  alma),  resulta  da  mistura  de  duas 

correntes diversas(...). Agora fica claro que a expressão “essa consciência” é sujeito da frase enão o referente do pronome “lá”. 

O  nosso  comentário  ficou  um  pouco  longo,  mas  é  um  assunto  muito  importante  e,

acredito,  que  auxiliará  muito  na  hora  da  prova.  São  muitas  as  questões  que  dependem  da

identificação das referências no texto para chegar à solução correta. 

Ponto - 3 - Sinonímia e antonímia 

O  CESPE  tem  uma  predileção  muito  grande  por  questões  que  abordam  a  significação

das palavras, principalmente os casos de sinonímias e antonímias. O cuidado que devemos  ter éque não podemos avaliar o caso através das palavras isoladas, mas pelo contexto. Não podemos

ter  pressa,  voltar  ao  texto  não  é  perder  tempo,  mas  ganhar  “pontinhos”.  Em  geral  são  termos

bem conhecidos, apenas empregados  em casos particulares, o que exige atenção. Vejamos  uma

questão da mesma prova: 

Questão nº 6. 

No contexto em que está empregada, a palavra “hereditária” (linha 3 do texto I) reforça a 

idéia de que a escravidão é uma questão genética. 

Comentár io da questão 6.  E 

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MARQUES 

Observe  que  o enunciado  da  questão  induz  o candidato  ao erro, pois  liga  o  significado

de  “hereditária”  com  “genética”.  Isoladamente,  a  relação  entre  os  dois  termos  é  muito  grande,

mas  no  texto  não  podemos  atribuir  à  genética  a  escravidão,  embora  esta  condição  social  possa

ser  transmitida  de  geração  à  geração  (hereditária).  A  genética  do  negro  é  a  mesma,  antes,

durante e após a escravidão. O que muda é a condição social que se modifica, interrompendo a 

“hereditariedade”.   No  texto,  o  termo  “hereditária”  não  está  sendo  empregado  com  o  sentido

biológico  (transmissão  de  caracteres  genéticos),  mas  com  uma  visão  social,  no  sentido  de

transmissão  da  condição  de  escravo.  Quem  fica  no  enunciado  da  questão,  cai  na  armadilha  e

perde um precioso “pontinho”. Com certeza, quem erra uma questão destas, após a prova, bate a

mão  na  cabeça  e  exclama:  “como  pude  errar  uma  questão  tão  simples!!!!!!!!!!!  Fácil,  foi

apressado! 

Agora vamos a um caso de antonímia. 

Questão nº 7. 

Sem prejuízo para os sentidos do  texto, a  forma verbal “inflige”  (linha 14 do  texto  I) 

poderia ser substituída por supor ta. 

Comentár io da questão 7.  E 

A  questão  aborda  substituição  de  verbos,  não  é  uma  questão  de  morfologia,  mas  designificação  de  palavras,  pois  o  que  interessa  é  saber  se  podemos  substituir  o  verbo  “infligir”

pelo verbo “suportar”. O primeiro significa “aplicar algo sobre alguém”, enquanto o segundo é o

contrário:  “sofrer algo  aplicado  por  alguém”.  São  verbos  com sentido contrário e um não pode

ser  empregado  pelo  outro.  É  uma  questão  muito  simples,  mas  exige  o  nosso  conhecimento  de

palavras, o que a questão avalia é a extensão de nosso vocabulário. Aprender Língua Portuguesa

é,  também,  ampliar  vocabulário,  pois  esta  atitude  torna  o  falante  proficiente  no  uso  da

linguagem. 

Ponto - 4 - Regência nominal e verbal 

O estudo da regência nominal é um dos aspectos mais complexos da  linguagem, pois os

usos  vão  sendo  modificados  através  dos  tempos,  fazendo  com  que  construções  consideradas

inadequadas,  passem  a  ser  aceitas.  O  que  se  deve  ter  presente  é  que,  assim  como  a  regência

verbal,  a  nominal  também  depende  do  sentido  da  frase.  Mais  uma  vez:  só  o  texto  é  capaz  de

definir o uso correto das palavras. Vamos examinar dois casos de regência nominal que ocorrem

no texto II. 

Questão nº 8. 

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Na  linha  2,  a  substituição  de  “graças  ao”  por  devido  o  prejudicaria  a  correção

gramatical do texto. 

Comentár io da questão 8.  E 

A palavra “graças” exige a preposição “a”; “graças a”, assim como “devido a”, portanto, a 

substituição  não  é  possível,  pois  a  expressão  substituta  deveria  ser  “devido  ao”.  A palavra 

“devido”  tem  sido  empregada  sem  a  preposição  na  linguagem  coloquial,  mas  este  emprego

contraria o uso culto da  linguagem o que significa “a correção do  texto” como diz o enunciado

da questão. 

Vamos  explorar  mais  um  pouco  a  palavra  “graça”.  Ela  pode  ter  outra  regência  com

significado  diferente:  “graça  em”  Ex:  Não  há  graça  em  fazer  piada  com  tragédias.  Observe,

também, que as duas  regências (graça em  /  graças a) exigem variação de número. Fica o alerta

de muita atenção no emprego de cada palavra. 

Questão nº 9. 

Na linha 5 do texto II, o emprego de preposição em “ao que se passa”  justifica-se pela

regência do verbo assistir (linha 4) 

Comentár io da questão 9.  C 

Este é um caso clássico de regência verbal em concursos, parece que o verbo “assistir”tem  um  “charme”  muito  grande.  O  verbo  “assistir”  no  sentido  de  “dar  assistência”,  “prestar

socorro”  é  transitivo  direto  (Ex:  O  bombeiro  assistiu  o  acidente.  -  prestou  socorro  às  vítimas).

No sentido de “presenciar”, “ver” é transitivo indireto. (Ex: (...) e podemos assistir (...) ao que se

passa no hemisfério (...). (linhas 4 e 5 do texto II). 

Alguns verbos têm regência dupla e, só para facilitar, vamos incluir mais alguns muito 

“apreciados” pelas bancas. 

Verbo  Regência  Exemplo Agradar  Como pronominal  O cliente agradou-se do carro novo. 

TI - contentar, agradar  O artista agradou ao público no último espetáculo. Intransitivo - ser agradável  Nada agrada mais do que um bom feriado. 

Ansiar  TD - causar mal-estar  A demora da noiva ansiou os convidados na igreja. TI - desejar, querer  A noiva anseia pela hora do casamento. 

Aspirar  TD - inalar, cheirar  O trânsito nos obriga a aspirar poluição. TI - desejar, pretender  Todos aspiram ao cargo de chefe. 

Implicar  TD - acarretar, ocasionar  O descuido no trânsito implicou multa e pontos na carteira. TDI - envolver, enredar  Falsos amigos implicaram o funcionário em corrupção. 

Proceder  Intransitivo - ter fundamento  As acusações contra o réu não procedem. TI - derivar, provir (prep. de)  Muita maldade procede da falta de educação. TI - realizar, fazer (prep. a)  O presidente procedeu aos debates sobre o assunto. 

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Ponto - 5 - Pontuação 

Em  todas  as  provas  do  CESPE  ocorrem  pelo  menos  duas  questões  sobre  pontuação,

abordando o uso da vírgula ou a substituição dela por travessões ou parênteses. Há casos em que a 

substituição  não provoca erro, porém há  situações  em que não é  recomendada. O  importante é

sabermos com clareza o uso básico de cada um dos elementos. 

A  vírgula  dupla  tem  por  função  principal  isolar  elementos  intercalados  na  frase,  neste

caso pode  ser  substituída pelos  travessões ou  parênteses. A  vírgula  simples, usada  para  separar

elementos de mesma função sintática, não deve ser substituída por outros elementos. 

O  travessão  tem por  função  principal marcar a  fala dos  interlocutores  e  neste  caso  não

tem  substituto.  Quando  o  travessão  serve  para  isolar  uma  frase  ou  expressão  no  meio  de  uma

oração, pode ser substituído pela vírgula, sem problema. 

Os parênteses são usados para  isolar pequenas  frases ou elementos explicativos. Pode

ser substituído por vírgulas duplas ou travessões, sem prejuízo da frase. 

Dois  pontos  são  usados  em  diversas  situações  como:  para  indicar  a  fala  de  uma

personagem, para transcrever uma citação textual, para isolar aposto na frase ou para indicar um

esclarecimento.  No  caso  da  citação,  o  trecho  citado  deve  estar  destacado  por  aspas  ou  poritálico. 

Texto III 

1  Embora  a  produção  total  de  grãos  deva  ser  menor  que  a  da  safra  2007-2008,  as 

2  condições  de  abastecimento  em 2009  deverão  ser  satisfatórias,  de  modo  geral,  e,  no  caso  de 

3  alguns  alimentos,  melhores  que  as  da  temporada  anterior.  Considerando-se  produção, 

4  importação, consumo e exportação, os estoques de arroz em casca, feijão, farelo de soja, óleo de 

5  soja e trigo serão maiores no final do que no início da temporada 2008-2009. 

6  A colheita do trigo estará em curso quando começar o plantio da safra de verão 2009- 

7  2010.  Ainda  faltam  cinco  meses,  mas  o  governo  deve  começar,  com  urgência,  a  planejar  o 

8  financiamento  dessas  lavouras.  Segundo  o  presidente  da  CONAB,  os  agricultores  deverão 

9  dispor  de  R$  100  bilhões  para  as  despesas  da  próxima  safra.  Como  o  ano  será  de  aperto 

01  financeiro,  o  governo  terá  de  pular  miudinho  e  de  programar  cuidadosamente  o  suprimento 

11  desse dinheiro. Uma boa safra em 2009-2010 será essencial para facilitar a superação da crise 

21  no Brasil. 

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O Estado de S.Paulo. Editorial, 12/4/2009 (com adaptações). As  questões  de número  10 a pertencem à  prova  elaborada  pelo  CESPE para Técnico

agrícola da ADAGRI/Ceará em 2009. 

Questão nº 10.  (Adagri/2009) 

Nas linhas 3 e 4, o emprego da vírgula após “produção” e após “importação”  justifica-se

por separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração. 

Comentár io da questão 10.  C 

Como  vimos  acima,  uma  das  funções  principais  do  uso  da  vírgula é  separar  elementosde  mesma  função  gramatical.  Neste  caso  não  se  recomenda  a  substituição  por  travessão  ou

parênteses. Estas substituições só ocorrem nos casos de vírgulas duplas. 

Questão nº 11.  (Adagri 2009) 

Na linha 1 do texto IV (logo abaixo), o emprego do sinal de dois pontos indica inserção

de citação de outro texto. 

Comentár io da questão 11.  E 

Os  dois  pontos  neste  caso  não  servem  para  indicar  a  inserção  de  citação,  tem  função

explicativa,  de  esclarecer  qual  é  a  “melhor  notícia”.  Um  detalhe  importante  é  observar  que  o

trecho que está após os dois pontos não está com destaque (aspas ou itálico) o que significa que

pertence ao mesmo discurso do autor do texto. 

Ponto - 6 - Emprego dos modos verbais. 

Os  modos  verbais  têm  emprego  especial  e  não  podem  ser  substituídos  entre  si.  O

indicativo  é  para  expressar  certezas,  realidades,  o  subjuntivo  serve  para expressar  dúvidas  e/ou

desejos e o  imperativo  para designar ordem ou  súplica.  Nas  orações  subordinadas  substantivas,

em geral, o modo subjuntivo é obrigatório. No caso das orações adverbiais concessivas é usual o

subjuntivo na oração subordinada. 

Questão nº 12.  (Adagri/2009) 

O emprego do subjuntivo em “deva ser menor” (linha 1 do texto III)  justifica-se por se

tratar de uma ideia de possibilidade, de probabilidade. 

Comentár 

io da questão 12.  C 

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Este é um exemplo de uso do subjuntivo com oração subordinada adverbial concessiva.

Vejamos:  Embora  a  produção  total  de  grãos  deva  ser  menor  que  a  da  saf ra  2007-2008,  as

condições  de  abastecimento  em  2009  deverão  ser  satisf atórias.  Colocando  a  frase  na  ordem

direta a idéia fica mais clara: “As condições de abastecimento em 2009 deverão ser satisfatórias,

embora a produção total de grãos deva ser menor que a da safra 2007-2008”. Como se vê o fato

da  safra  ser  menor  não  impede  o  abastecimento,   “embora  seja  menor  as  condições  de

abastecimento são satisfatórias. 

Texto IV 

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A  melhor  notícia  dos  últimos  tempos  para  o  álcool  de  cana  veio  da  Califórnia:  o  combustível

brasileiro  emergiu  como  uma  estrela  dos  estudos  realizados  para  a  elaboração  da  nova  regulamentação

ambiental  desse  estado  americano,  tradicionalmente   na  vanguarda  ambiental  dos  EUA.  Para  o  Conselho

de Recursos Aéreos da Califórnia, encarregado de propor a nova  regra, o álcool combustível produzido a

partir da cana-de-açúcar diminui em 72% as emissões de gases que agravam o efeito estufa. 

Ao  queimar  combustíveis  fósseis  como  a  gasolina,  os  automóveis  produzem  gases  —  por

exemplo, dióxido de carbono (CO 2 ) — que retêm radiação de origem solar na atmosfera, esquentando-a.

Para  combater  o  aquecimento  global,  a  Califórnia  adotou  a  meta  ambiciosa  de  reduzir  80%  de  suas

emissões de carbono até o ano 2050. A regulamentação em preparo visa garantir a meta  intermediária de

cortar 10% das emissões de carbono até 2020. O  álcool  obtido  da  cana  se  sai  bem  nesse  quesito  por  ser  combustível  renovável.  Sua  queima

também produz CO 2, mas boa parte desse carbono é recapturada pelos canaviais em crescimento no ano

seguinte. Já o ciclo de produção e queima  de derivados de petróleo não propicia nenhuma  reabsorção do

carbono liberado. 

Folha de S.Paulo. Editorial, 13/4/2009 (com adaptações). 

Ponto - 7 -  Inferência 

Um  assunto  importante  nas  provas  de  concurso  é  a  “inferência”.  A  inferência  é  a  dedução  quepodemos  retirar  do  enunciado  sem que  esteja expressa, ou  seja, o  texto pode  sugerir  mais do que diz. O

cuidado com a  inferência é não extrapolar a significação do  texto.  Inferir é deduzir dentro dos  limites da

significação,  ou  seja,  não  é  inferência  o  que  posso  entender  de  acordo  com  minhas  convicções  ou

subjetividades. A inferência é do texto e não da minha compreensão. 

O  CESPE  costuma  colocar  diversas  questões  sobre  inferência  em  suas  provas.  O  importante  é

localizar no  texto a passagem que nos autoriza a  fazer a  inferência, pois se não  tiver apoio no  texto, não

podemos considerar como correta a questão. 

Questão nº 13.  (Adagri 2009) 

Infere-se das  informações do  texto que a meta estabelecida pelo estado da Califórnia para corte

nas emissões de gases é limitada, moderada e modesta. 

Comentár io da questão 13.  E 

Podemos  localizar  no  texto a  frase: Para  combater  o aquecimento  global, a  Calif órnia adotou a

meta ambiciosa de reduzir 80% de suas emissões de carbono até o ano 2050. No  texto, esta frase é a que

faz  referência às metas  estabelecidas  pela  Califórnia,  portanto, é  aqui que  devemos  conferir  a  inferência.

Nesta  frase  temos  claramente  dito que  a  meta  é “ambiciosa”,  portanto  contraria  a  questão  que  fala  em 

“limitada,  moderada  e  modesta”.  Como  se  percebe,  o  texto  não  explicita  moderação,  mas  o  termo 

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“ambiciosa” é um antônimo que nos permite eliminar o sentido limitador dado pelo enunciado da questão.

O  texto não diz diretamente, mas podemos deduzir com segurança a partir do enunciado do próprio  texto.

Isto é o que consideramos uma inferência, pois está autorizada pelo texto. 

Questão nº 14.  (Adagri 2009) 

Infere-se das informações do texto que o fato de a cana-de-açúcar ser um vegetal contribui para a

absorção de parte do CO2, produzido pela queima do combustível obtido a partir dessa planta. 

Comentár io da questão 14.  C 

Interessante  observar  que  são  duas  questões  sobre  inferência  no  mesmo  texto.  Agora  a  banca

colocou  uma  inferência  correta.  O  último  parágrafo  é  fundamento  para  a  inferência,  pois  diz

textualmente:.  Sua  queima  (a  queima  do  álcool)  também  produz  CO  2,  mas  boa  parte  desse  carbono  érecapturada  pelos  canaviais  em  crescimento  no  ano  seguinte.  O  texto  mostra  que  o  ciclo  do  vegetal

compensa a queima produzida, pois os novos canaviais absorverão parte do CO  2  produzido pela queima

do  álcool.  A  questão é  correta porque  podemos estabelecer a  relação entre  o ciclo  da cana-de-açúcar  e a

absorção do CO 2. 

Para  não  se  perder  nestas  questões  de  inferência  é  fundamental  retomar  o  texto  e  localizar  a

passagem que autoriza a dedução ou que a impede. 

Ponto - 8 - Retomada No  texto, necessitamos retomar idéias  já enunciadas e para não tornar o texto repetitivo, usamos a

retomada  através  de  elementos  linguísticos  que  podem  funcionar  no  lugar  do  termo  requerido.  A

concordância mantém o nexo entre o termo representado e o representante. Nesta mesma prova temos dois

casos de retomada. 

Questão nº 15.  (Adagri 2009) 

Em “esquentando-a” (linha 9 do texto IV), o pronome enclítico “-a” retoma o termo antecedente 

“radiação” (linha 8 do mesmo texto). 

Comentár io da questão 15.  E 

Estas questões de retomada são muito simples e basta verificar o  texto, identificando a relação do

termo  solicitado.  No  caso,  o  pronome  oblíquo  tem  um  antecedente  que  o  texto  explicita  anteriormente.

Vamos  à  frase  do  texto:  Ao  queimar  combustí veis  f ósseis  (...)  os  automóveis  produzem  gases  (...)  que

retêm  radiação  de  origem  solar  na  atmosf era,  esquentando-a(a  atmosfera).  Agora  fica  claro  que  o

pronome  tem  como  elemento  retomado  a  palavra  “atmosfera”  e  não  “radiação”.  Quem  esquenta  é  a

atmosfera e não a radiação. 

Questão nº 16.  (Adagri 2009) 

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MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

A  expressão  “nesse  quesito”  (linha  12  do  texto  IV)  retoma  a  ideia  anteriormente  exposta  de 

combater  o aquecimento global pelo cor te de emissões de car bono. 

Comentár io da questão 16.  C 

Assim como a questão anterior, esta,  também, estabelece uma substituição entre os  termos. Agora

não  temos  apenas uma  palavra,  mas  uma  expressão  inteira  que  foi  retomada e  que  nem está  diretamente

no  texto.  Observemos  a  frase:  Para  combater  o  aquecimento  global,  a  Calif órnia  adotou  a  meta

ambiciosa de reduzir 80% de suas emissões de carbono( ...).  /  O álcool obtido da cana se sai bem nesse 

quesito  por ser combustí vel renovável. 

A retomada é feita com a apropriação de partes do  texto e com uma alteração: “reduzir 80%” que

foi  substituído  por  “corte”.  A  retomada  pode  ocorrer  pelo  léxico  (retomada  de  palavras)  como  pelasemântica, quando se retoma a idéia do antecedente e não apenas as palavras. 

Este tipo de questão é bastante frequente nas provas do CESPE e não deixe de revisar o texto para

responder  à  questão,  pois  a  retomada  só  é  bem  identificada  quando,  diante  da  frase,  podemos  fazer  a

substituição. Para comprovar, substitua a expressão “nesse quesito” por combater  o aquecimento global

pelo cor te de emissões de car bono. Como você pode verificar, o sentido do  texto permanece sem causar

nenhuma incoerência. 

Ponto - 9 - Crase Assunto predileto das bancas, a crase está presente em quase todas as provas. Como sabemos, ela

pode  acontecer  por  exigência  de  regência,  nominal  ou  verbal,  quando  o  artigo  “a”  se  contrai  com  a

preposição “a” (a+a = à). Não é difícil identificar os casos em que a crase ocorre, mas em certas situações a 

dúvida aparece, principalmente nos casos em que ela é proibida, ou seja, não ocorre a situação de “a+a”.

Vamos examinar um caso bem particular que é a  tentativa de crase diante de  verbo. O verbo não admite

ser antecedido por artigo (cuidado, não confundir, porque o artigo diante do verbo pode  transformá-lo em

substantivo: cantar > o cantar), portanto, não pode ocorrer crase diante dele. A questão que segue é muito

interessante. 

Questão nº 17.  (Adagri 2009) 

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso se escrevesse visa à garantir no lugar de “visa

garantir” (linhas 10 e 11 do texto IV). 

Comentár io da questão 17.  E 

A  banca,  nesta  questão,  exerceu  o  seu  direito  à  maldade.  Todos  sabem  que  o  verbo  “visar”  no

sentido  de  “desejar”,  “almejar”  vem  acompanhado  da  preposição  “a”  (visa  a)  como  na  frase:  “Todos

visam à  felicidade neste mundo”. Mas a banca construiu a frase, usando um verbo na posição comumente

usada por um substantivo e, com isto, deixou a frase totalmente incorreta. 

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Assim como diante de verbos, a crase não pode ser empregada diante de nomes masculinos, pois

não poderia ocorrer artigo feminino “a” diante de nome masculino. 

Ponto - 10 -  Alguns casos dispersos 

Neste  ponto  vou  incluir  observações  que  ocorrem  em  provas  de  forma  isolada.  São  assuntos

simples e, por isso não incluirei questões; 

a.  O  verbo  “ter”  aparece  em  muitas  provas  pela  sua  oposição  entre  a  forma  singular  e  plural:

tem/têm. Neste mesmo caso, aparecem as formas compostas: contém/contêm, retém/retêm. As

bancas “gostam” destes detalhes. 

b.  Acima  falamos  em  “vírgulas  duplas”  e  “vírgula  simples”.  Para  alguns  pode  permanecer

alguma  dúvida.  Vamos  esclarecer.  Consideramos  vírgula  dupla  quando  elas  servem  paraisolar  um  elemento  e  nesse  caso  são  duas,  uma  antes  e  outra  depois  da  palavra  ou  frase.  A

vírgula  é  simples  quando  aparece  isolada,  mesmo  que  repetida  como  no  caso  da  separação

entre termos de mesma função sintática. 

c.  O  pronome  “cujo”  costuma  aparecer  para  criar  “problemas”.  Este  pronome  relativo  tem

sempre a idéia de posse (do qual) e, portanto, não pode ser substituído por outro elemento que

anule  esta  idéia.  Uma  frase  como:  O  morador  cuja  casa  foi  invadida  pelas  águas  ficou  sem

móveis.  Numa  frase  como  esta  não  posso  substituir  o  “cujo”  por  “que”,  pois  perderia  o

sentido  de  posse.  “Importante,  também,  observar  que  o  pronome  concorda  com  o  elementopossuído:  “cuja  casa”,  cujo  carro”.  Outro  detalhe  é  que  este  pronome  não  admite  o  uso  de

artigo após ele, portanto, não são aceitas construções como “cujo o carro” ou “cuja a casa”. 

d.  Em relação ao uso dos “porquês” guarde duas regrinhas gerais: a) com acento no final da frase e 

quando  substantivo;  b)  separado  quando  a  frase  for  interrogativa.  Bem,  há  outros  casos,  mas

estes  dois  são  os  mais  frequentes  em concursos  e,  com  certeza,  ajudam a  resolver  a  maioria

das questões. 

Muitos outros assuntos poderiam ser abordados, mas o espaço é exíguo e exige uma seleção muito

rigorosa  dos  conteúdos.  Abordamos  casos  que  são  frequentes  em  provas  e  pouco  revisados  nos  minutos

finais. 

Antes de encerrar quero desejar uma feliz prova e que tudo aconteça de forma que você consiga o

seu objetivo. 

Um abraço, 

Odiombar 

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2) REDAÇÃO OFICIAL – Júnia Andrade Olá alunos, 

Vamos  aos  principais  pontos  mais  explorados,  em  2009,  pelo  Cespe  na disciplina  Redação  Oficial.  Abaixo  não  me  limitei  apenas  em  comentar   a questão da banca, mas também trouxe um minirresumo da matéria.

Redação Oficial em E x er cí cios 

Pessoal, alguns questões de 2009 e sugestões importantes: 

Adagri 2009. Cargo 1 

Considerando as normas que regem a redação oficial,  julgue os próximos itens. 

17.  No  caso  de  o  destinatário  de  expediente  oficial  ser   uma  alta  autoridade  do  Poder  Executivo,  Legislativo  ou  Judiciário,  o  remetente,  quando  a  ele  se  dirigir,  deve  empregar   o pronome de tratamento Vossa Excelência. 

18.  No  serviço  público,  o  expediente  ofício  é  o  principal  meio  de  comunicação  interna,  ou interdepartamental. 

Comentár io:

Questão  17.  Corr eta.  Segundo  o  Manual  da  Presidência,  dispositivo  que 

regulamenta  as  comunicações  federais,  empregamos V.  Exa. para  tratamento direto dispensado às altas autoridades. Além disso, vale saber  também:

V.  Sa.  =  pessoas  renomadas  (famosas),  diretores,  chefes  e  graduados(nível superior  de estudos). 

Empregamos a  forma  “Vossa” de  tratamento quando a autoridade é nosso destinatário  direto.  Por   exemplo,  se  estou  conversando  com  um  prefeito  e ele, obviamente, comigo,  terei de  tratá-lo por   “Vossa  Excelência". Agora  se estiver   falando  dele,  ou  seja,  ele  é  o  assunto,  emprego  S.  Exa.  (Sua Excelência).  Também  vale  notar   que  no  endereço  das  correspondências, 

empregamos “Sua”,  e não “Vossa”. Por   fim, vale  lembrar  que os Vocativos mais  famosos são em dois: Exmo. Sr. e simplesmente Senhor. Só empregamos Exmo. Sr.  (Excelentíssimo Senhor) para autoridades  presidenciais.  Já  as  demais  autoridades  são  tratadas  por “Senhor”  ou  “Senhora”.  Bom  ficar   atento  a  isso,  porque  na  prática costumamos  empregar   Excelentíssimo  Senhor   para  nos  dirigirmos  a  “juízes”, por  exemplo. O que não é correto, segundo o Manual de Redação.

Questão 18. Err ada. Chamamos “Padrão Ofício” para os  textos cuja  forma é semelhante, embora  a  finalidade  seja diversa.  Fazem  parte  desse Padrão  –  

Ofício, Memorando e Aviso. 

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Ofí cio: externo e detalhado. 

Memor ando ou Comunicação  Inter na:  trocado entre  repartições,  interno e mais resumido. Comunicação ágil. 

Aviso: correspondência trocada entre Ministros de Estado. 

Car acter í sticas  do  Padr ão  Ofí cio:  a  intr odução  e  o  fecho  devem  ser  memor izados, ok .

Diagramação 

Introdução: 

Of: 032/2009/DPF 

Brasília, 01 de agosto de 2009 

Excelentíssimo Senhor  Presidente, 

Assunto: agradecimento. 

Of.: tipo de expediente (ofício)

032: número de expedientes-ofício expedidos em 2009 pelo Departamento de Polícia Federal. 

2009: ano 

DPF: sigla do órgão expedidor.

Atenção: LOCAL E DATA ficam à direita, no padrão ofício. 

Fecho: 

Respeitosamente, 

Fulano de  tal 

Fulano de tal 

Diretor  de Polícia 

Respeitosamente: para destinatário hierarquicamente superior  ao signatário.Atenciosamente: para qualquer  destinatário. 

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1º Assinatura do servidor: Fulano de  tal 

2º identificação do signatário: nome e cargo. 

Cor po te x tual:

- numeração a partir  do 2ª parágrafo (2....), no padrão ofício. 

Regras de escrita: 

1.  fonte preferencial: times new roman (12  –  texto/11-citações/10-notas)

2.  margem esquerda: 3 cm. 

3.  margem direita: 1,5 cm. 

4.  recuo: 2,5 cm.

5.  espaçamento entre linhas: simples

6.  espaçamento entre parágrafos: 1 linha. 

7.  no  verso  dos  textos  podemos  redigir:  ofício,  memorando  e  anexos. 

(cuidado! Aviso não se redige no verso do papel). 

8.  Ao redigir  no verso, será preciso espelhar  as margens, ou seja, invertê-las. 

Antaq 2009. Cargo 1. 

Acerca da redação de documentos oficiais,  julgue os itens que se seguem. 

9  Respeitam-se  as  normas  relativas  à  redação  de  documentos  oficiais  ao  se  finalizar   um atestado ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. 

Atenciosamente, 

(assinatura) 

Fulano de Tal 

Brasília, 15 de março de 2009 

10 Desrespeitam-se as exigências de clareza, objetividade e obediência às  regras gramaticais ao se apresentar  o seguinte parágrafo no início de um relatório, em um órgão público. 

1. APRESENTAÇÃO 

Ao apresentar  este  relatório, os  resultados parciais da Ouvidoria  realizada durante os meses de Outubro e Novembro de 2008, ano em que visamos a melhorias no atendimento dos usuários e na  eficiência  nos  procedimentos  internos  graças  às  restrições  orçamentárias  oriundas  de financiamento para as áreas-fins. 

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Comentár io:

Questão 9. Err ada. O erro está na ausência do cargo e na postagem da data ao final do documento. 

Questão  10.  Corr eta.  Relatórios  e  pareceres,  como  são  documentos encomendados,  sempre  trazem  ementa, ou  seja, uma apresentação  resumida do assunto que será tratado no texto.

Antaq. 2009. Cargo 12 

Ofício n.º 111/2009/ATN 

Senhor  Secretário Executivo, 

1. Em atendimento a  seu ofício de 22 de  janeiro de 2008,  informamos  já  ter   sido autorizada a circulação de embarcações do mencionado calado no rio Tal-e-Tal. 

(...) 

Considerando que o texto apresentado acima seja parte de um ofício,  julgue os itens seguintes, com relação à elaboração de documentos oficiais. 

23 O vocativo do documento  —  “Senhor  Secretário Executivo”  —  e a  forma de  tratamento  —  “seu ofício”  —  respeitam a correção gramatical e o formato do documento. 

24 A  linguagem empregada no  início do  texto  —   “Em atendimento”  —  não é adequada ao 

padrão de um ofício porque desrespeita as regras gramaticais da língua portuguesa. 

25 Para que o exemplo de documento acima  respeite as  regras do padrão oficial no que  se refere aos elementos constitutivos e à  sua disposição em um ofício, será necessário escrever  o local e a data de emissão na linha abaixo da  identificação, com alinhamento  junto à margem direita. 

Comentár io:

Questão 23. Corr eta. Empregamos a evocação Senhor  quando nos dirigimos a quaisquer  autoridades, que não os Presidentes.

Questão 24. Err ada. As qualidades de um texto oficial são:

-  Impessoalidade: não se pode elogiar  ou criticar  qualquer  pessoa, não se pode escrever   textos  oficiais  na  1ª  pessoa  do  singular.  Portanto,  formas  como  “Caro Senador”,  “Prezado  Deputado”  etc.  não  devem  ser   empregadas  num  texto oficial.

-  Correção:  o  texto  deve  ser   escrito  em  linguagem  padrão,  por   isso coloquialismos e gírias devem ser  evitados. 

-  Formalidade:  a  redação  oficial  exige  tratamento  respeitoso  da  parte  de  seu 

signatário.  Por   isso,  devem  ser   empregadas  com  cuidado,  por   exemplo,  as formas de tratamento.

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3) INFORMÁTICA – Sérgio Bonif ácio 

Olá  a  todos.  Meu  nome  é  Sérgio  Bonifácio.  Sou  ex-analista  do  Banco  do  Brasil,onde trabalhei  na  área  de  informática  durante  cerca  de  dez  anos.Atualmente  sou  Analista Legislativo  concursado,  lotado  no  núcleo  de  Processo  Legislativo  Eletrônico  do Senado  Federal.  Desde  o  final  de  2005,  tenho  a  honra  de  integrar  a  equipe  de professores  do  site  Ponto  dos  Concursos.  Hoje  trataremos  de  tentar  trazer,  em poucas  páginas,  os  assuntos  que  julgarmos  mais  relevantes  em  relação  ao  tópico  de noções de  informática do edital da Polícia Federal. Análise do Edital Infelizmente  o  Cespe  tem  trazido  nos  últimos  concursos  uma  espécie  de  conteúdo padrão  genérico  que  nos  deixa  muito  vendidos.  Da  forma  como  coloca  os  temas,  a 

banca  praticamente  adquire  uma  carta  branca  pra  cobrar  qualquer  coisa  de informática  básica.  Não  há  versões  dos  softwares,  nem  mesmo  fabricantes.  Podem cobrar  detalhes  de  uma  versão  específica  do  Word,  bem  como  cobrar  questões teóricas de software  livre. Enfim, podem cobrar o que bem entenderem. Dessa  forma,  o  que  podemos  fazer  para  aumentar  as  chances  de  acerto  no  que poderá vir a ser cobrado, é nos basearmos nas últimas questões da banca. Sempre  costumo  dizer  que  estudar  para  provas  de  noções  de  informática  do  Cespe tem  um  excelente  custo/benefício.  As  provas  não  são  difíceis  e  com  um  estudo prévio e bem planejado dá pra garantir uma boa margem de acertos. Infelizmente,  a  esta  altura,  não  podemos  mais  fazer  uma  preparação  minuciosa. Portanto,  o  que  tentaremos  nas  próximas  páginas  é  chamar  atenção  para 

informações  consideradas  chave,  ou  porque estejam  sendo  mais  cobradas ultimamente,  ou  porque  são  daquelas  que  não  dá  pra  ir  pra  prova  sem  elas  ou ainda porque tenham um custo/benefício  interessante. Vamos  ao  trabalho.  O  foco  será,  portanto,  conteúdos  menos  extensos,  mas  que tenham  capacidade  de  cercar  uma  grande  gama  de  questões.  A  distribuição  dos assuntos  não  seguirá  a  disposição  no  edital.  Eventualmente  utilizaremos  questões da banca para  ilustrar algum assunto. 

HARDWARE As  questões  de  hardware  do  Cespe  não  costumam  ser  difíceis.  Algo  fundamental  de 

sabermos  para  as  questões  de  hardware  diz  respeito  às  medidas  de  unidades  de armazenamento  e  de  velocidade  de  transferência  de  dados,  bem  como  suas relações  com  dispositivos  de  hardware.  As  medidas  trazidas  nesta  aula  são  sempre referentes  a  computadores  do  tipo  PC  voltados  ao  mercado  de  usuários  domésticos e escritório, conhecidos como Workstation. A  quantidade  de  informação  que  precisamos  pra  ter  boas  chances  de  acertar questões  de  hardware  não  é  grande.  Por  isso,  apesar  do  nosso  espaço  reduzido, resolvi gastar algumas páginas pra detalhar o assunto. A capacidade de armazenamento de dados é medida em bytes(B). 

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Unidades de Medida de Memória 

1 Bit = 1 ou 0 1 Byte = Um conjunto de 8 bits 

1 Kbyte (KB) = 1024 bytes 

1 Megabyte (MB) = 1024 Kbytes, 1.048.576 bytes ... 

1 Gigabyte (GB) = 1024 Megabytes, 1.048.576 Kbytes, etc 

1 Terabyte (TB) = 1024 Gigabytes... 

A  velocidade  de  transf erência  de  dados  é  medida  em  bits  por  segundo (bps).* 

Unidades de Velocidade de Transf erência de Dados 1 bps = 1 ou 0 

1 Kbps = 1000 (mil) bits por segundo 

1 Mbps = 1.000.000 (milhão) bits por segundo 

1 Gbps = 1.000.000.000 (bilhão) bits por segundo 

*podemos  medir  taxa  de  transferência  de  dados  em  bits  por  segundo  ou  bytes  por segundo. Bytes são expressos com  “B”  maiúsculo. Bits são expressos com  “b”  minúsculo. 

A  Capacidade  de  armazenamento  de  dados  é  relevante  para  dispositivos  de memória.  As  memórias  de  um  computador,  em  ordem  inversa  de  capacidade  de armazenagem e direta de desempenho são: 1)  Registradores:  pequenas  posições  de  memória  utilizadas  internamente  ao processador  enquanto  executa  os  cálculos.  Têm  a  mesma  velocidade  do processador e armazenam poucos bytes. 2) Memória Cache:  memória  volátil  do  tipo  estática  (SRAM)  cujo  papel  é  servir  de intermediária  entre  o  processador  e  a  memória  principal,  encurtando  o  caminho  de busca  de  dados.  Pode  ser  dividida  em  vários  níveis  (L1  e  L2.  L3  em  alguns processadores).  Quando  o  processador  precisa  de  um  dado,  primeiro  procura  no primeiro  nível da  cache, se  não  o encontrar  (cache miss), procura no próximo  nível (até  o  último),  se  não  o  encontrar,  procura-o  na  memória  principal.  O  índice  de acerto  (cache  hit)  de  processadores  modernos  ao  procurarem  na  memória  cache  é muito grande, acima de 95%. Ser  volátil  indica  que  a  memória  cache  só  guarda  dados  enquanto  o  computador estiver  ligado.  Ser  do  tipo  estática  indica  que,  pela  sua  arquitetura,  é  muito  mais rápida que as dinâmicas, que são empregadas na memória principal. Atualmente,  as  cache  L2  armazenam  por  volta  de  512KB  nos  processadores  mais baratos  até algo em  torno de 12MB  nos  mais  caros.  O  mercado  mais  popular  fica em torno de 1MB a 4MB. 3)  Memória  Principal  (RAM):  memória  volátil  do  tipo  dinâmica  (DRAM) 

responsável  por  armazenar  os  dados  que  o  processador  precisa  enquanto  o 

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computador  está  ligado.  Memórias  dinâmicas  são  mais  lentas  que  as  estáticas  pois estão constantemente se reciclando para armazenar os dados. Devemos  conhecer  os  tipos  de  memória  RAM,  que  estão  listados  a  seguir  em ordem  cronológica  e  conseqüentemente  de  desempenho:  FPM,  EDO,  SDRAM, DDR,  DDR2  e  DDR3.  As  duas  primeiras  são  muito  antigas  e  não  costumam  ser cobradas.  Concentrem-se  na  ordem  cronológica.  O  esquema  abaixo  ilustra  os  tipos 

de  memória  RAM.  As  memórias  DDR  também  podem  vir  com  a  nomenclatura  DDR SDRAM, pois são evoluções da SDRAM. 

Por fim, os números que temos de saber sobre memória principal são:    Capacidade  de  armazenamento:  atualmente  gira  em  torno  de  512MB  a 

4GB.    Freqüência  de  trabalho:  essa  é  uma  medida  que  tem  relação  com  a 

memória  RAM  e  o  processador.  É  a  freqüência  em  que  os  dois  irão  “conversar”  e normalmente virá associada  à sigla FSB  (front side bus). Como é uma  freqüência, os valores são em Hz. Hoje os valores estão em torno de 566MHz a 1.333MHz (aqui o mercado ainda utiliza MHz) 

4)  Memória  Secundária  ou  de  Massa:  chamamos  de  memória  secundária  ou  de 

massa  os  dispositivos  de  armazenamento  de  dados  não  voláteis,  que  cumprem  a função  de  guardar  os  dados  quando  o  computador  está  desligado.  Os  mais importantes para nós são: 4.1  –  Disco  rí gido  (HD  ou  HDD)  –  é  o  mais  importante  dispositivo  de  memória secundária,  onde,  normalmente,  instalamos  o  sistema  operacional  e  os  softwares aplicativos. Características principais: 

o  Capacidade  de  armazenamento  gira  em  torno  de  80GB  a  1TB (1.000GB). 

o  Utilizam  barramento  ATA/IDE,  SATA  ou  SCSI.  SATA  e  SCSI  são  mais rápidos que o ATA/IDE. 

4.2 - Discos ópticos – Podem ser: o  CD : armazenam até 700MB. o  DVD: podem ser simples, de dupla camada (Double  layer) ou de dupla 

face  (Double  face).  O  mais  cobrado  é  o  simples,  que  armazena 4,7GB. 

o  Blu-ray:  novo  padrão  de  disco  óptico  de  alta  densidade,  com capacidade de 25GB (camada simples). 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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Ainda sobre  discos  ópticos  precisamos saber como  se comportam em  relação à capacidade de regravação: 

  CD ou DVD ROM:  já vem gravado de  fábrica. Não permite gravação posterior de dados. 

  CD ou DVD-R: vem de fábrica vazio. Permite uma gravação.    CD  ou DVD-RW:  vem  de  fábrica  vazio.  Permite  várias  regravações. 

Visto  o  que  mais  importa  no  tocante  a  memórias,  vejamos  agora  um  pouco  de barramentos  e  um  detalhe  sobre  processadores  que  vem  caindo,  os  processadores de núcleo múltiplo. Processadores  podem  ter  núcleo  simples  ou  múltiplo.  Processadores  de  núcleo múltiplo possuem vários núcleos em um mesmo chip e normalmente compartilham a memória  cache.  O  que  devemos  saber  sobre  eles  é  que  os  sistemas  operacionais 

enxergam-nos  como  vários  processadores  independentes  e  se  utilizam  disso para  melhorar  a  performance  no  processamento  de  taref as  simultâneas.  Para isso,  o  sistema  operacional  deve  ser  multiprocessamento  (todos  os  atuais  são). Exemplos  de  nomes:  de  processadores  de  núcleo  duplo:  Intel  Dual  Core  e  Core2 Duo, Athlon X2; de núcleo quádruplo: Intel Core2 Quad; Amd Phenon X4. Barramentos.  É  importante  levar  para  a  prova  o  nome  de  alguns  barramentos  e associá-los  com  certos  dispositivos  de  hardware.  Para  fins  de  prova,  é  viável considerar  barramento,  porta  e  interface  como  termos  equivalentes.  Vamos  a  uma lista:    USB  (Universal  Serial  Bus)  –  Disparadamente  o  mais  cobrado.  O  USB  é  um 

barramento  cujo  propósito  maior  é  reduzir  problemas  de  compatibilidade  entre 

periféricos  e  o  computador,  ou  seja,  universalizar  o  padrão  de  conexão  e interface  entre  os  periféricos  e  o  computador.  Por  esse  motivo,  é  o  que  conta com  a  maior  variedade  de  dispositivos  compatí veis:  mouses,  impressoras, discos  rígidos  externos,  modems,  etc.  Ele  possui  um  conector  externo  e  uma propriedade  conhecida  como  Hot  Swappable  que  indica  que  os  periféricos podem  ser  conectados  ou  desconectados  com  o  computador  ligado.  Em  tese, pode-se  conectar  até  127  equipamentos  USB  simultaneamente  em  um  único conector.  Periféricos  de  baixo  consumo  de  energia,  como  teclados  e  mouses, podem  ser  alimentados  pelo  próprio  conector  USB,  dispensando  fontes  de alimentação. Velocidade de transmissão de 480 Mbps. 

  Firewire  –  tem  muita  semelhança  com  o  USB,  mas  é  menos  popular. 

Normalmente conecta dispositivos de vídeo, como filmadoras.    ATA /IDE,  SATA–  Ambos  são  dedicados  a  conectar  unidades  de  disco  (HD  e 

CD/DVD).  O  ATA/IDE  é  um  barramento  paralelo,  mais  antigo,  cujo  desempenho é inferior  ao  SATA.  Podemos  entender  o  SATA  como  uma  evolução  do  ATA/IDE, com ambos servindo ao mesmo propósito. 

  Barramentos para placas de expansão    AGP  (Accelerated  Graphics  Port) –  O  que  é  mais  cobrado  sobre  o  barramento 

AGP  é  o  fato  de  que  ele  só  suporta  placas  de  ví deo.  Atualmente  o  AGP  é  um barramento  ultrapassado.  Vem  sendo  substituído  pelo  PCI-Express,  que  ao contrário  do  AGP,  não  serve  exclusivamente  para  placas  de  vídeo.  Associação  da tabela correta, portanto. 

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  ISA,  PCI  e  PCI-Express  –  Os  três  são  destinados  a  conectar  placas  de expansão,  como  placas  de  modem,  rede,  áudio,  vídeo  etc.  Estão  em  ordem 

cronológica  e  de  desempenho.  O  ISA  não  é  mais  encontrado.  PCI  e  PCI-Express ainda  convivem  atualmente,  mas  são  barramentos  distintos  e  não  compatíveis entre si. 

  SCSI  -  É  um  barramento  bastante  veloz  utilizado  geralmente  em  computadores não  domésticos  para  conectar  dispositivos  como  scanners,  discos,  impressoras, unidades de fita etc. Na prática, é geralmente utilizado para discos rígidos. 

As  duas  tabelas  seguintes  são  de  questões  recentes  de  hardware  do  Cespe  em  que devemos  julgar  se  as  associações  estão  corretas.  A  da  esquerda  está  correta  e  a  da direita  errada.  Tentem  fazer  as  correlações  usando  o  que  vimos  até  aqui.  Quem conseguir  relacionar  os  erros  e  acertos  das  tabelas  vai  estar  bem  pra  resolver  uma grande  gama  de  questões  de  hardware.  Há  mais  um  exercício  do  Cespe  bom  para 

testar  os  conhecimentos.  Como  o  espaço  aqui  é  limitado,  quem  quiser,  pode  me mandar um e-mail para [email protected]  que eu envio. 

NOÇÕES GERAIS DE SOFTWARE Vamos  adiante,  com  alguns  tópicos  genéricos  de  software  que  têm  caído  com freqüência. Sistema  Operacional  é  um  software  cuja  função  é  gerenciar  os  dispositivos  de hardware  e  servir  de  plataforma  para  os  demais  softwares  do  computador.  É dividido  em  Kernel  e  Shell.  O  kernel  é  o  núcleo  e  trabalha  mais  no  nível  do hardware. O Shell é a casca e trabalha mais no nível do usuário. Windows  e  Linux  são  sistemas  operacionais  concorrentes  e  distinguem-se 

especialmente em:    Custo de aquisição: o Linux é software  livre, portanto gratuito, e o Windows é 

software proprietário e pago.    Complexidade  de  uso:  O  Windows  é  considerado  mais amigável  para 

iniciantes.  O  Linux  é  mais  complexo, mas  também  mais  flexível  e extremamente adaptável. 

Desconfiem  de  questões  que  tentem  afirmar  que  um  deles  é  melhor  que  o  outro  de forma  genérica  ou  que  afirmem  que  um  tem  algum  recurso  que  o  outro  não  tem,  o que,  normalmente,  é  falso.  Procurem  citação  a  dados  como  complexidade  ou  custo. Por falar em software  livre, vamos a alguns  tópicos recorrentes: 

Sof tware  livre e sof tware f reeware são distintos. Os dois são gratuitos, mas o freeware  é  proprietário.  Shareware  é  um  software  proprietário  com  algumas 

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 limitações  de  uso.  Softwares  livres  podem  sofrer  modificações  e  adaptações livremente. Para  ser  considerado  sof tware  livre,  o  software  deve  ter o  código  f onte aberto. Sof tware  livre  e  sof tware  de  domí nio  público  são  distintos.  O  de  domínio público pode não ter o código fonte disponível. Sof tware  comercial  e  sof tware  proprietário  não  são  termos  equivalentes.  A maior  parte  dos  softwares  comerciais  é  proprietária,  mas  existem  softwares  livres 

comerciais  e  softwares  não-comerciais  e  não-livres.  Comercial  diz  respeito  à obtenção de receita. Proprietário diz respeito à propriedade  intelectual. Vamos agora a uma  lista de  formatos de arquivos que mais caem em prova: 

Formatos de  imagem: 

  JPG ou JPEG – com compressão para fotografias    GIF  e  PNG  –  com  compressão  para  imagens  gráficas.  GIF  pode  ter  até  256 

cores, PNG pode ter mais    BMP  e  TIF  –  sem  compressão,  motivo  pelo  qual  não  são  adequados  para  a 

internet. MP3  é  formato  de  áudio  com  compressão.  WAV  é  formato  de  áudio  sem 

compressão. Um  assunto  que  tem  muitas  chances  de  cair  é  a  compatibilidade  e interoperabilidade  entre  programas  livres  e  proprietários,  especialmente  entre  os pacotes de escritório BROffice e Microsoft Office. O  BROffice  é  a  versão  do  Open  Office  adotada  no  Brasil  e  adaptada  ao  português  do Brasil.  É  software  livre,  enquanto  que  o  Microsoft  Office  é  proprietário  e  pago. BROff ice  f unciona  no  Linux  e  no  Windows.  O  MS  Off ice  só  f unciona  no Windows (há uma versão para Mac Os). Outra  coisa  muito  cobrada  é  o  fato  de  que  o  BR  Office  é  capaz  de  exportar  arquivos no  formato  PDF,  enquanto  que  o  Windows  só  o  faz  a  partir  da  versão  2007  e, mesmo assim, é necessário  instalar um plug-in para  isso. Via  de  regra,  o  BR  Off ice  consegue  abrir  os  arquivos  do MS  Off ice,  bem  como salvá-los  no  formato  do  concorrente.  Por  outro  lado,  o  MS  Off ice  não  abre  nem salva os arquivos do f ormato nativo do BR Off ice. Por  falar  nisso,  vou  pegar  um  gancho  para  a  compatibilidade  de  navegadores  e clientes  de  e-mail  com  o  Windows  e  o  Linux:  Netscape,  Mozilla  Firefox,  Opera, Google  Chrome  e  Internet  Explorer  (IE)  funcionam  no  Windows.  Todos,  exceto  o  IE funcionam  no  Linux.  Mozilla  Thunderbird,  Outlook  e  Outlook  Express  funcionam  no Windows. Desses, só o Thunderbird funciona no Linux. A  propósito,  Outlook  Express  é  cliente  de  e-mail  gratuito  e  simplificado.  Outlook  é cliente  de  e-mail  com  funcionalidades  de  agenda  e  tarefas  que  vem  no  pacote  MS 

Office, pago portanto. Um  exemplo  de  questão  sobre  esse  tema  de  compatibilidade  é  a  seguinte,  cuja resposta  é  ERRADO:  (Cespe  TCE  TO  Ní vel  Superior  2009)  Os  documentos gerados  na  plataforma  BR  Office  podem  ser  abertos,  lidos  e  editados  por  qualquer software de mercado. Vamos  falar  um  pouco  sobre  planilhas  eletrônicas.  Não  dá  pra  ir  para  a  prova sem  conhecer  o  básico  de  fórmulas,  operandos  e  referências  relativa  e  absoluta. 

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Internet  2  não  é  Web  2.0.  Web  2.0  é  um  conjunto  de  serviços  de  web  (ditos  de segunda  geração)  que  utilizam  “  aplicativos  que  aproveitem os  ef eitos  de  rede 

para  se  tornarem  melhores  quanto  mais  são  usados  pelas  pessoas, aproveitando  a  inteligência  coletiva”.  Os  melhores  exemplos  são  as  redes  sociais (Orkut, facebook, twitter) e a Wikipédia. web  não  é  sinônimo  nem  termo  equivalente  a  Internet.  Internet  é  a  estrutura  de rede  mundial  de  computadores.  Web  é  uma  das  aplicações  que  rodam  na  Internet, responsável pelo sistema de navegação de páginas por hiperlinks. 

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Princípios de segurança da  informação    Conf idencialidade  -  é  a  garantia  de  que  a  informação  é  acessível 

somente por pessoas autorizadas a terem acesso.    Integridade - é a salvaguarda da exatidão e completeza da  informação e 

dos métodos de processamento.    Disponibilidade  -  propriedade  que  garante  que  os  usuários  autorizados 

obtenham  acesso  à  informação  e  aos  ativos  correspondentes,  sempre  que necessário. Essas são as três clássicas. Além delas há outras duas: 

  Autenticação:  propriedade  que  confirma  que  o  remetente  ou  o destinatário é de fato quem ele afirma ser. 

  Não-repúdio:  é  a  garantia  de  que  um  agente  não  possa  negar  um  ato praticado por ele. 

Vejam  a  seguir  um  exemplo  de  questão  sobre  o  tema. Vale  a  pena decorar os  três primeiros  princí pios.  O  item  está  errado  por  trocar  confidencialidade  por disponibilidade:  (Cespe – Banco  do Brasil 2008)  Confidencialidade,  integridade  e disponibilidade  são  características  diretamente  relacionadas  à  segurança  da informação  que  podem  ser  ameaçadas  por  agentes  maliciosos.  Em  particular,  a perda  de  disponibilidade  acontece  quando  determinada  informação  é  exposta  ao manuseio  de  pessoa  não-autorizada,  que,  utilizando  falha  no  equipamento  causada por  motivo  interno  ou  externo,  efetua  alterações  que  não  estão  sob  o  controle  do proprietário da  informação. 

VPN (virtual private network): a questão seguinte (correta) define brevemente uma VPN: (Cespe Serpro 2009) Um usuário pode fazer um acesso seguro à  intranet do SERPRO usando a tecnologia VPN, que cria um túnel virtual com o computador do usuário, usando criptograf ia. Criptograf ia Dif erenciação entre ameaças eletrônicas.    Ví rus  -  é  “um  fragmento  de  um  programa  que  é  unido  a  um  programa  legítimo 

com  a  intenção  de  infectar  outros  programas”.  Vírus  de  macro  são  um  tipo  de vírus que  infectam arquivos do pacote MS Office, exclusivamente. 

  Vermes  (Worms)  -  Ao  contrário  dos  vírus,  os  worms  não  são  fragmentos  de arquivos,  mas  arquivos  autônomos.  Reproduzem-se  e  espalham-se  por  conta própria, principalmente por intermédio de recursos de rede. 

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  Cavalos  de Tróia  -  São  programas  que  possuem  a  aparência  de  úteis,  mas  que procuram  abrir  brechas  no  computador  para  ações  não  previstas.  Não  se 

propagam  sozinhos.  Um  tipo  de  trojan  muito  conhecido  é  o  Back  Orifice,  que, após  instalado, abre, como sugere o nome, uma  “porta dos fundos”  (back door) 

  Sniff ers  (f are jadores)  -  São  programas  que  agem  na  rede  f are jando pacotes  na  tentativa  de  encontrar  certas  informações  confidenciais,  como senhas. 

  Spyware  -  é  um  termo  genérico  usado  para  softwares  que  realizam  certas atividades  como  anúncios,  coleta  de  inf ormações  pessoais  ou  alteração  das configurações do computador, geralmente sem o nosso consentimento. 

  Adware  -  são  programas  utilizados  para  divulgação  de  propaganda,  muitas vezes não solicitada ou não autorizada. 

  Spams  são  mensagens  de  correio  eletrônico  não  autorizadas  ou  não  solicitadas. O  spam  não  é  diretamente  uma  ameaça  à  segurança,  mas  é  um  portador comum delas. 

Ataques - são ações realizadas contra sistemas de  informação de  forma voluntária. Dentre os tipos de ataques, vale a pena citarmos: 

  Ataque  de  negação  de  serviço  (DoS  –  Denail  of   Service):  tem  por  fim  tornar um  serviço  indisponível  sobrecarregando-o  com  um  número  excessivo  de requisições. Um  ataque  de  negação  de  serviço  é  uma  ameaça  ao  princí pio da disponibilidade. 

  Phishing:  é  a  técnica  de   “pescar”   dados  confidenciais  de  usuários, 

especialmente  as  senhas  de  contas  bancárias  e  números  de  cartões  de  crédito.  O exemplo  mais  comum  de  phishing  é  quando  recebemos  um  spam  cujo  autor tenta  se  passar,  por  exemplo,  pelo  nosso  banco.  Importante  lembrar  que  os navegadores  web  modernos  contam  com  filtros  anti-phishing,  recurso  que  tenta identificar ataques dessa natureza. 

Firewall:  dispositivo  (de  hardware  ou  software)  de  rede  que  tem  por  função regular  o  tráfego  entre  redes  distintas  e  impedir  a  transmissão  de  dados  nocivos  ou não  autorizados.  Atenção:  Firewall  não  protege  a  rede  contra  ameaças  internas nem contra ví rus ou outras pragas. Isso é muito cobrado. 

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Este  é  um  tema  genérico  demais  para  tentarmos  cercar  algo.  Contudo,  a  maior parte  das  questões  que  tenho  visto  podem  ser  resolvidas  com  algum  bom  senso.  A questão  seguinte  (correta)  exemplifica  isso  e  sintetiza  o  conceito  de  sistemas  de informação:  (Cespe  MMA  2008)  Os  sistemas  de  informação  são  soluções  que permitem  manipular  as  informações  utilizadas  pelas  organizações,  por  meio  de tecnologias  de  armazenamento,  acesso  e  recuperação  de  dados  relevantes,  de forma confiável. 

No  que  diz  respeito  ao  tema  Melhores  práticas  em  polí ticas  de  segurança, recomendo  àqueles  que  dispõem  de  algum  tempo  que  procurem  algum  material resumido  sobre  a  norma  ISO/IEC  NBR  17799/2007  –  27002.  Dêem  um  pulo 

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também  na  Wikipédia  para  uma  rápida  olhada  no  tópico  sobre  o  Standard  of   Good Practice em: 

http://en.wikipedia.org/wiki/Standard_of_Good_Practice(em  inglês) 

Um  exemplo  de  questão  na  linha  deste  conteúdo  é  a  seguinte  (o  erro  está sublinhado):  (Cespe  MMA  2008)  A  responsabilidade  pela  segurança  de  um ambiente  eletrônico  é  dos  usuários.  Para  impedir  a  invasão  das  máquinas  por  vírus e demais  ameaças  à  segurança,  basta  que  os  usuários  não  divulguem  as  suas senhas para terceiros. 

BANCO DE DADOS 

Sugiro  aos  que  tiverem  ainda  algum  gás,  que  procurem  ler  o  capítulo  introdutório 

de  algum  livro  acadêmico  de  banco  de  dados.  A  maior  referência  no  assunto  é  o livro Introdução  a  Sistemas  de  Bancos  de  Dados  -  Date,  C.  J,  que  pode  ser facilmente  encontrado  em  bibliotecas  de  faculdades.  Outra  opção  de  referência  é Sistema  de  Banco  de  Dados  -  Henry  F.  Korth,  Abraham  Silberschatz.  Os  dois livros  têm  um  capítulo  introdutório  que  pode  ser  lido,  apenas  com  o  cuidado  de  não tentar entender a fundo as  informações dadas. 

Para  Date,  um  sistema  de  banco  de  dados  é  um  sistema  computadorizado  de armazenamento  de  registros.  Segundo  Abraham  Silberschatz,  um  Sistema Gerenciador  de  Banco  de  Dados  (SGBD)  é  constituído  por  um  conjunto  de  dados associados a um conjunto de programas para acesso a esses dados. 

Vale  a  pena  saber  distinguir  os  modelos  de  bancos  de  dados  hierárquico,  em  rede  e relacional.  No  tocante  aos  bancos  relacionais,  é  bom  conhecer  os  conceitos  de chave  candidata,  chave  primária  e  chave  estrangeira.  É  bom  saber  também  que  no modelo  relacional,  relação  (termo  acadêmico)  é  sinônimo  de  tabela  (nome  popular) e que  tupla  é  sinônimo  de  registro  (uma  linha  de  uma  tabela).  Se  a  prova  for  um pouco  mais  puxada,  pode  ser  que  caia  algo  sobre  transações  e  suas  características ACID. Vale um pulo na Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/ACID 

Aqueles  que  quiserem,  me  mandem  um  e-mail  que  envio  uma  super  síntese  com esses  conceitos  chave.  Mas  adianto  que  só  conseguirei  fazê-lo  em  meados  da semana que vem. Bem.  Acho  que  é  isso.  Tentei  reunir  aqui  os  itens  que  considero  como 

historicamente  mais  cobrados  pelo  Cespe  tentando  trazer,  na  medida  do  possível, alguma  base  teórica  pra  resolver  as  questões.  Alonguei-me  mais  na  parte  de hardware  por  considerar  que  ela  cobre  boa  parte  do  que  pode  ser  cobrado.  Desejo  a todos  tranqüilidade  e  sabedoria  na  hora  da  prova  e  porque  não,  toda  a  sorte  do mundo. Forte Abraço, Sérgio Bonifácio. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

4) ATUALIDADES – Ayrton Cardomingo 

ECONOMIA: 

Crise  financeira  internacional.  Já  ouviu  falar   dela?  Provavelmente,  sim.  A  crise financeira  e  seus desdobramentos  serão  o  primeiro  tema  a  abordarmos  no  nosso estudo.  O  motivo  dessa  escolha  é  a  repercussão da crise em áreas  tão distintas, e a interdisciplinaridade de seus efeitos. 

Considerada a maior  crise desde o  cr ash de  1929, ainda é motivo de debates entre economistas e governos acerca de seu atual tamanho e duração. 

Em  15  de  setembro  de  2008  o  banco americano  Lehman  Brothers pediu  concordata. Esta data é  tida como o marco da eclosão da crise, muito embora ela  já  tivesse dado sinais de  sua potencialidade de devastação  desde  o  segundo  semestre  de  2007.  A crise  teve  origem  no mercado  financeiro  norte americano e se espalhou pelo mundo. 

Pode-se  dizer   que  sua  causa  foi  a  alta  alavancagem  dos  bancos,  que  em  função da  inadimplência posterior  gerou fuga de capitais, crise de  liquidez, e, em decorrência, mais  inadimplência,  num  círculo  vicioso.  Vamos  explicar   essa  conversa.  A  economia americana passou por   um período de expansão  com baixa  inflação,  principalmente em  função  da  alta  produtividade  alcançada  com  a  tecnologia,  e  em particular  a tecnologia da  informação e  internet. O cenário de baixa  inflação possibilitou a redução 

da taxa  de  juros,  que  por   conseqüência  levou  à  expansão  do  crédito.  Os  bancos, por   sua  vez,  para conseguirem mais  recursos e  fazerem mais negócios, vendiam  suas carteiras de recebíveis para fundos de  investimentos,  ou  fundos  de  pensão,  ou mesmo para  outros  bancos  ao  redor   do mundo.  Essas operações eram montadas através de derivativos,  que  são  contratos  que  deveriam  ser   chamados  de derivados, pois  seu preço de referência depende de preços de outros contratos, ativos, ou índices. 

O  principal  foco  dessa  expansão  do  crédito  se  deu  nos  financiamentos imobiliários,  daí   a  crise decorrente ser  chamada de “bolha  imobiliária”. E os contratos firmados, embora  tivessem  juros baixos, eram  pós-fixados,  ou  seja,  variavam  conforme variassem  os   juros  da  economia.  Mais  uma  coisa.  Os  bancos,  após  realizarem 

negócios  com  as  pessoas  de menor   risco  de  crédito,  passaram  a  explorar  segmentos com maior   risco  de  crédito,  chamado  sub pr ime.  E aí  aconteceu  o que  se  temia. Os  juros subiram de 1% para 5% ao ano em questão de um ano. O aumento dos encargos dos  financiamentos  gerou  a  inadimplência  dos  devedores.  Os  bancos,  por   sua  vez, retomavam os  imóveis e os colocavam à venda em  leilões. Mas,  um excesso  de oferta de  imóveis  levou  à  queda  nos  preços.  As  carteiras  de  recebíveis  vendidas  não apresentavam  mais  nem  o  rendimento  do  pagamento  das  parcelas  de financiamento,  e  nem mesmo  as  garantias,  que  eram  os  imóveis  financiados  podiam garantir  o retorno esperado, pois os  preços  dos  imóveis  caiam.  No  momento  em  que esses  prejuízos  passaram  a  ser  publicados nos balanços dos bancos, as ações desses bancos  caíram,   juntamente  com  suas  credibilidades   junto  ao  público.  Banco  sem 

credibilidade  implica  em  resgate  de  depósitos  e  os  bancos  dependem  da alavancagem,  ou  seja,  trabalham  com  o  dinheiro  que  pegam  emprestado  de  seus correntistas.  Essa  fuga dos depósitos deixa o banco  sem dinheiro para  fazer  negócios. Além disso, os bancos  também deixaram de  emprestar,  pois  não  tinham  como  sabe quem estava à beira da  falência. Essa é a crise de  liquidez, isto é, falta de dinheiro para fazer  a economia girar. Essa  falta de  liquidez  levou empresas a dificuldades  financeiras, pois não  tinham mais  suas  fontes de  financiamento de capital de giro para  seu dia-a-dia.  Empresas  com  dificuldades  levam  ao  desemprego,  que  diminui  a  renda 

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disponível,  que  implica  em menor  consumo, que acarreta menos pedidos à  indústria, e assim por  diante. A diminuição da atividade 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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econômica  acarreta  uma  retração  da  arrecadação  de  tributos,  o  que  implica  em menos  recursos disponíveis para serem gastos pelos governos, por  exemplo, na área 

social. 

A crise abalou a crença do mercado como provedor  de prosperidade. O mito da mão-invisível no qual o mercado mostrou mais  uma  vez, como em  1929,  seu  lado perverso. Desta vez os governos puderam se pautar  nos desdobramentos da crise dos anos 30 do século passado para pautarem  suas ações. E assim  foi  feito  em  todo  o  mundo.  Os governos  injetaram  recursos  na  economia  tanto  em  forma  de mais dinheiro disponível para os bancos emprestarem, como  através de colocação de  recursos em empresas privadas. 

A  retração econômica gera menor  consumo no mercado  interno e  também do 

externo. Ou  seja, as empresas e os países também enfrentam dificuldades para exportar. O governo dos EUA, para  impulsionar  sua economia, se tornou sócio de empresas como as montadoras GM,  Chrysler,  e  de  bancos  como  o  Citigroup,  o  que  representou forte  intervenção  do  Estado  na economia. 

A China, cuja economia  já é a 3ª maior  do mundo, atrás dos EUA e Japão, teve queda de 25% em suas exportações em  fevereiro de 2009 em comparação com  igual período do ano passado. Esse país, cuja população é de 1,3 bilhões de pessoas, precisa crescer, segundo seu governo, a uma taxa de no mínimo 8%  ao  ano  para  poder   absorver   o  contingente  de  trabalhadores  que  anualmente chegam  ao  mercado  de  trabalho.  São  21  milhões  os  desempregados  chineses  em 

função da crise. Para contornar  o problema o governo chinês  liberou um pacote de US$ 585 bilhões a serem  investidos em obras de  infra-estrutura (obras civis geram muitos empregos), como pontes, ferrovias, aeroportos etc. E o Brasil? O nosso país também sentiu os impactos da crise que podem ser  analisados pelos números do PIB  (Produto  Interno Bruto  –  soma dos valores de  todos os bens e  serviços produzidos pelo país em determinado período de tempo). O PIB brasileiro caiu 3,8% no último trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, e voltou a cair  0,8% no primeiro trimestre de 2009. Diz-se que uma economia está em recessão quando apresenta dois trimestres  seguidos de queda, como as que ocorreram no Brasil. A indústria  foi o setor  que mais contribuiu para a queda do PIB em  função de sua  retração de 7,4% no último trimestre de 2008. Para 2009 as estimativas apontam para uma retração da indústria 

nacional em torno de 4%. 

Apesar  dos  números  negativos, economistas de  todo o mundo avaliam  como positiva a  travessia  do  Brasil  pelo momento mais  severo  da  crise.  Isto  porque  a maioria  das economias começam a demonstrar  pequena  recuperação, ou, ao menos, diminuição do  quadro  de  deterioração.  Enquanto  isso  o  Brasil,  que  apresenta  uma  economia bastante  voltada  para  o  mercado  interno,  aponta  projeções  de  um crescimento de 1,7% no segundo trimestre. 

POLÍTICA: 

Os  EUA  elegeram  o  seu  primeiro  presidente  negro.  Barak  Obama,  eleito  pelo  partido democrata  (em oposição ao partido republicano), prometeu durante a campanha rever  a postura de política exterior  dos EUA, até mesmo em  relação aos países considerados hostis.  Obama  tem  repetido  que  deseja  que  seu  governo  represente  “um  novo começo”.  Tal  mensagem  foi  dirigida  tanto  a  Cuba,  quanto  para  a  Federação Russa, ou ao “mundo muçulmano”, incluídos Irã e Síria. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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Apesar   da  promessa  de  retirar   as  tropas  americanas  do  Iraque,  essa  saída  deverá  se efetivar  de  forma gradual, e  se concluir  em dezembro de 2011. Por  outro  lado, os  EUA 

devem  intensificar   o  envio  de tropas  ao  Afeganistão,  que  deverão  chegar   a  21  mil militares.  A  região  abrangida  pelas  áreas  do Afeganistão e Paquistão é considerada estratégica  por   abrigar   membros  da  rede  Al  Qaeda,  e  do  grupo  fundamentalista Taliban. 

Ainda  na  política  externa  o  governo  dos  EUA  provocou  polêmica  com  os  países  da América  Latina  ao  negociarem  bases  militares  na  Colômbia.  Tal  presença  tem  sido criticada  inclusive  pelo  Brasil,  que  não  aprovam  essa maior   influência  americana  na região. 

Em  relação  a  Cuba  o  governo  Obama  tem  promovido  a  maior   aproximação  dos 

últimos  50  anos. Suspendeu  as  restrições  de  viagens  de  cubano-americanos  à  ilha,  e as  limitações  para  a  remessa  de  recursos.  Liberou  o  envio  de  telefones  celulares, computadores,  antenas  de  televisão,  e  autorizou  empresas  norte-americanas  de comunicação a  se  instalarem em Cuba. Além disso, os EUA  suspenderam a  resolução que excluía Cuba da OEA (Organização dos Estados Americanos), que existia desde 1962. 

Apesar   dessas  medidas,  a  comunidade  cubana  nos  EUA  é  contra  a  concessão  de maiores  apoios  à  ilha  enquanto  perdurar   o  regime  totalitário  e  ditador   dos  irmãos Castro. Cuba, por   sua vez, pede medidas mais concretas e eficazes por  parte dos EUA como  o  levantamento  do  embargo  comercial  que  já  dura  cerca de 50 anos, e que asfixia a economia cubana. 

As  farpas  que o  presidente  venezuelano  Hugo Chavez  trocava  com  os  EUA  à época de  Bush  foram  substituídas  por   uma  postura mais  amena. Após  se  encontrar   com  o presidente Obama em abril, durante cúpula da OEA, Chavez  vem  demonstrando maior  disposição  e  abertura  para  o  diálogo,  e  chegou  a elogiar  o presidente Obama pelo anúncio da intenção da diminuição do arsenal nuclear  americano. 

No  plano  interno  o  principal  problema  que  o  governo  Obama  tem  enfrentado  é  a crise  financeira. Adotou as medidas citadas no  tópico  “economia”, além de promover  uma  reforma  na  legislação  que  trata  da  regulamentação  do  setor   financeiro.  O congresso  americano  aprovou  em  fevereiro  um  plano  chamado  Buy  Amer ican  (ou “compre produtos americanos”). Tal plano  tem o objetivo de garantir  os empregos  dos 

norte-americanos.  Para  tanto  impõe  condição  de  utilização  de  ferro,  aço,  e  outros produtos americanos nas obras feitas com recursos públicos. 

No campo social apresentou proposta de  reforma no sistema de saúde, com gastos de US$  634  bilhões  nos  próximos  10  anos.  Estima-se  que  47  milhões  de  americanos  não tenham acesso a nenhum tipo de seguro-saúde. 

Oriente  Médio:  Palco  histórico  de  conflitos  é  uma  região  de  grandes  interesses internacionais em  função de  sua  produção  de  petróleo.  Estima-se  que  dois  terços  de todas  as  reservas  de  petróleo  do  planeta  se  encontrem  nessa  região. Outro  fator  de constante tensão é o conflito entre  judeus e os árabes. 

No  Líbano a coalizão governamental “14 de março”  integrada pelo movimento  sunita Futuro, de Saad Hariri,  filho  do  ex-primeiro  ministro  assassinado  Rafik   Hariri,  e  apoiada pelas  potências  ocidentais, venceu  as  eleições  parlamentares  de  junho  de  2009.  A coalizão  obteve  71  cadeiras  do  parlamento, contra  57 da coalizão  “8 de março”, formada  pelos  grupos   xiitas  Hezbollah  e  Movimento  Amal,  além  do  grupo  cristão Movimento  Patriótico  Livre.  O  Hezbollah  tem  existência  legal  no  Líbano,  mas  não  é 

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reconhecido pelos EUA que o consideram um grupo terrorista. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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Em Israel, nas eleições parlamentares de fevereiro de 2009, nenhum partido obteve maioria. Através de alianças o Partido Likud, de Benyamin Netanyahu, assumiu o governo 

do país. No  conflito  entre   judeus  e  árabes  o  primeiro  ministro  Netanyahu  anunciou  suas condições  para  a negociação  de  um  acordo  de  paz:  desmilitarização  daquele  que seria  um  futuro  Estado  Palestino;  a proibição desse Estado controlar  suas  fronteiras ou seu  espaço  aéreo,  além  do  reconhecimento  de  Israel  como  um  Estado  judeu,  e  a proibição de que esse  futuro Estado Palestino  firme acordos com o  Irã, e com o grupo libanês Hesbollah. Tais imposições foram consideradas inaceitáveis pelos palestinos, o que deve contribuir  para a permanência do conflito na região. 

Irã:  Em  1979,  portanto  há  30  anos, era  instalada a  República  Islâmica  no  Irã,  fruto  da Revolução  Islâmica.  Grupos  religiosos  depuseram  o  governo  do  Xá  Reza  Pahlevi, 

apoiado pelos EUA, e assumiram o poder,  impondo  um  estado  teocrático,  no  qual  a doutrina  religiosa  se  confunde  com  as  Leis  do  Estado.  A autoridade máxima desta república é o  líder  religioso, o aiatolá. O primeiro  líder  a ocupar  esta função foi o Aiatolá Khomeini. Com sua morte, em 1989, assumiu o poder  o Aiatolá Khamenei, que governa até os dias de hoje. Todavia, a administração do país é  feita por  um político eleito pelo povo. Os  candidatos  não  representam  partidos, mas  sim  plataformas  individuais.  Para poder  se candidatar  o político precisa obter  a aprovação do Conselho dos Guardiães, formado  por   6  teólogos  indicados  pelo  líder   religioso  supremo,  mais  alguns   juristas indicados pelo Judiciário. 

Nas eleições presidenciais de  junho de 2009 o então presidente Mahmoud Ahmadinejad 

concorreu com o  oposicionista  Mir   Hossein  Mousavi.  O  candidato  da  oposição,  a despeito  de  grande  apoio  popular   constatado  em  seus  comícios,  não  venceu  as eleições.  O  órgão  oficial  encarregado  de  apurar   os  votos  anunciou  a  vitória  de Ahmadinejad,  com  63%  dos  votos.  Tal  resultado  descartou  até  mesmo  um  eventual segundo  turno das eleições. O candidato derrotado contestou o  resultado e acusou a situação de  fraudar  o  resultado  da  eleição. Manifestações  até  então  nunca  vistas  na República  Islâmica  do  Irã  tomaram  as  ruas dos país.  Fortes conflitos dos manifestantes com as  forças oficiais deixaram muitos  feridos e estima-  se  cerca  de  150  mortos.  A gestão  de  Ahmadinejad  caracteriza-se  pela  defesa  do  programa  nuclear  nacional e por  forte posicionamento contra os EUA e Israel. 

Ásia:  A  Coreia  do  Norte,   juntamente  com  o  Irã  e  o  Iraque  foi  classificada  pelo governo  Bush  como constituinte do  “eixo do mal”. Após o  fim da  II Guerra Mundial a península  coreana  foi  dividida  entre  a  ex-URSS  e  os  EUA.  A  República  Democrática Popular  da Coreia, comunista, ao norte, e a República da Coreia do Sul, capitalista. 

A  Coreia  do  Norte  vem  desenvolvendo  testes  nucleares  que  têm  sido  repreendidos pela  comunidade  internacional.  Entende-se  que  referidos  testes  e  a  alegação  do potencial  poderio militar   do  país  sirva  à Coreia para negociar  acordos comerciais nos quais possam contornar  sua frágil situação econômica. 

Em abril e maio de 2009 a Coreia  realizou novos  testes nucleares que  suscitaram  fortes 

críticas e a adoção de medidas de retaliação por  parte da comunidade internacional. 

No último final de semana de setembro de 2009 o Japão realizou suas eleições parlamentares. O Partido Liberal Democrata, há 54 anos no poder, perdeu as eleições para o Partido Democrático. 

RELAÇÕES INTERNACIONAIS: 

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 G-20 e os BRICs 

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Na  década  de  1970,  com  vistas  a  superar   a  crise  internacional  gerada  pela  crise  do petróleo  (aumento do preço  do  petróleo),  os  7  países mais  industrializados  do mundo 

criaram um bloco que  ficou conhecido pela sigla “G-7”. O grupo era  formado por  EUA, Japão,  Alemanha,  Reino  Unido,  Itália,  França  e  Canadá.  Com  o  fim  da  URSS,  a Federação  Russa  passou  a  integrar   o  grupo,  em  função  de  seu  poderio  bélico,  que passou  a  ser   designado  G-8.  A  partir   de  1999,  em  função  das  crises  econômicas  da década  de  1990,  criou-se  outro  grupo,  integrado  pelo  G-8,  e  mais  11  países  em desenvolvimento que,  juntamente com a União Européias, passou a ser  designado de G-20.  Deste  grupo  fazem  parte  o  G-8  mais  o  México,  Brasil,  Argentina,  Arábia  Saudita, Turquia, África do  Sul,  Índia,  Indonésia, Austrália, Coreia do Sul e China, além da União Européia. 

O  G-20  responde  por   90%  do  PIB  do  planeta,  além  de  80%  do  comércio  mundial,  e 

dois  terços  da população global. Assim como o G-8, o G-20 não possui uma  sede, ou uma  estrutura  permanente.  Os  técnicos  dos  países  envolvidos  se  reúnem  para  tratar  das pautas das  reuniões,  redigem os acordos e termos que  são  assinados  nas  reuniões de  cúpula.  Os  presidentes  e  premiês  dos  países  envolvidos  reúnem-se, então, para assinar  os termos e posar  para as  fotos, como a que o Presidente Lula aparece ao  lado da  Rainha  da  Inglaterra,  na  reunião  realizada  em  Londres  em  abril  de  2009. Aliás,  foi nessa mesma  reunião que o presidente norte-americano disse ao premiê australiano a respeito do presidente Lula: “Esse é o cara. Eu adoro esse cara”. E ainda acrescentou: “É o político mais popular  da Terra.” 

A  crise  financeira  internacional,  a  globalização,  e  o  potencial  das  economias  em 

desenvolvimento, colocaram  essas  economias  em  posição  de  destaque  no  cenário internacional.  A  crise  provocou  a estagnação  das economias  dos  países  desenvolvidos.  Em  contrapartida,  alguns  países  em desenvolvimento,  como  a  China,  não  chegaram  nem  mesmo  a  sofrer   recessão.  A China  teve  seu crescimento do PIB de cerca de 10% reduzido para 8% ao ano, e  já dá sinais de crescimento novamente. Em um contexto de maior   importância dos países em desenvolvimento, chegou-se a declarar  a “morte do  G-8”.  Todavia,  muito  embora esses  países  tenham  inegável  importância,  seja  no  cenário internacional, como a China  (terceira maior  economia do mundo),  seja em cenários  regionais, como o Brasil na América do Sul, ainda assim os países do G-8 manterão esse  fórum de discussão em atividade. 

Em  2001  o  economista  Jim  O’Neill,  do  banco  norte-americano  Goldman  Sachs,  ao realizar   projeções  de  crescimento  de  vários  países  emergentes,  cunhou  a  expressão BRIC’s para designar  aqueles que  seriam as quatro potências econômicas mundiais em 2050. BRIC’s é a sigla das iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China. Esses 4 países reúnem 40% da população mundial,  com  2,7  bilhões  de  habitantes. No  início  deste ano  os  BRIC’s realizaram  sua primeira  reunião, ainda  sem  foco definido, e  sem nenhuma  tomada de decisão,  mas  que  serviu  para  sinalizar   politicamente  seus  interesses  em  coordenar  esforços. Ainda que não  tenham concluído nenhum acordo, um dos  temas  tratados e que merece destaque  foi a discussão da criação de alternativa ao dólar  como principal moeda mundial. A China possui  reservas  internacionais de  US$2  trilhões,  o  Brasil  possui 

cerca  de  10%  desse  valor. Na medida  em  que  os  EUA  começam  a acumular  déficits crescentes  (em  decorrência  das  guerras  do  Iraque e  Afeganistão, e  dos pacotes  de ajuda financeira aos bancos e empresas), aumentam as suspeitas de que o dólar  poderá se manter  como uma moeda confiável a longo prazo. 

Outro assunto que envolve questões de comércio  internacional e que devemos chamar  a  atenção  para esta  prova  é  a  Rodada Doha  da OMC. A Organização Mundial  do 

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Comércio  foi criada em 1995 e  tem a função  de  eliminar   os  protecionismos  impostos pelos  países  em  defesa  de  seus  mercados,  e  que  impedem o  livre comércio no mundo.  Na  prática  todos  os  países  praticam  algum  tipo  de  protecionismo  às  suas economias.  A  OMC,  com  vistas  a  superar   essas  barreiras,  funciona  com  rodadas  de discussão sobre  temas específicos. A  Rodada Doha  teve  início em  2001  e  tinha prazo de término em 2006. Foi 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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suspensa  em  virtude  de  conflitos  que  não  puderam  ser   superados  pelos  países. Basicamente  os  países  ricos  reivindicam  maior   abertura  de  mercado  para  seus 

produtos  industrializados,  e  os  países  em desenvolvimento pedem maior  abertura para seus produtos agrícolas. 

Golpe de Estado em Honduras: 

Em  junho  de  2009  o  presidente  hondurenho  Manuel  Zelaya  foi  levado  à  força  do Palácio  Presidencial para a Costa Rica. Assumiu o governo  interinamente o presidente do Congresso, Roberto Micheletti. A  justificativa  para  o  golpe  foi  a  de  que  Zelaya preparava  uma  votação  em  que  seria  decidida  uma alteração na Constituição que permitiria  a  reeleição  presidencial  no  país.  Todavia,  a  própria  constituição  apresenta dispositivo que veda  tal  tipo de proposta. Aí  estaria a  legitimidade para a  retirada de 

Zelaya do poder. 

Zelaya  aproximava-se  dos  governos  esquerdistas  da  América  Latina  como  os  de Hugo  Chávez,  Evo Morales,  e  Rafael  Correa.  A  comunidade  internacional  criticou  o golpe.  A  OEA,  as  Nações  Unidas  e  a União Européia exigiram o  retorno de Zelaya ao poder. Entretanto, até o momento, 

ENERGIA 

Pré-sal: 

O Brasil encontrou  reservas de petróleo a uma profundidade de cerca de 7 mil metros. Estas  reservas ficam  situadas  abaixo  de  camadas  de  sal  que  estão  a  cerca  de  5 mil metros  de  profundidade.  Por  estarem  abaixo  da  camada  de  sal  essas  reservas  de petróleo são chamadas de pré-sal. Algumas delas, como a do campo de Tupi, na Bacia de Santos, Estado de São Paulo, estão localizadas a 300 km do litoral. 

As  reservas de petróleo atuais no  Brasil  são  de  14 bilhões de  barris. A descoberta das reservas do pré-sal elevam  essa  cifra  em  mais  50  bilhões  de  barris  numa  estimativa conservadora.  Se  contabilizadas  as previsões  iniciais,  de  100  bilhões  de  barris,  o  Brasil passaria a  ser  o  4º maior  produtor  mundial de petróleo. 

A  forma  de  exploração  deste  potencial  petrolífero,  chamado  de  marco  regulatório do  pré-sal,  foi encaminhado pelo governo ao congresso em 31 de agosto, com previsão de  tramitação  de  urgência.  Em  síntese  o  modelo  proposto  altera  a  opção  pela privatização  adotada  no  governo  FHC.  As  atuais  reservas  de  petróleo  podem  ser  exploradas por  empresas privadas,  inclusive estrangeiras. Para o pré-sal opta-se por  uma exploração a  ser   feita por  uma empresa estatal a  ser  criada, a Petrosal. Em defesa ao modelo proposto o governo federal argumenta que os recursos a serem gerados pelo pré-sal  serão aplicados por   futuros governos. De  fato, o modelo não permitirá que o atual governo desfrute de  recursos do pré-sal, pois não  serão  licitadas agora para concessão as áreas de exploração. Caso optasse por   licitar  agora as áreas de exploração o atual 

governo poderia empregar  os recursos arrecadados ainda nesta gestão. 

Outro  aspecto  de  relevância  e  relacionado  ao  pré-sal  diz  respeito  aos  interesses estratégicos do país. Além  da  Amazônia,  os  interesses  voltaram-se  também  para  as águas  marítimas.  As  demandas  dos  estrategistas  militares  de  defesa  das  fronteiras marítimas  foram  incrementadas em  função desta nova realidade.  A  marinha  deverá obter   recursos  para  ampliar   significativamente  a  frota  de  navios  e submarinos com 

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vistas à defesa das reservas do país. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

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SOCIEDADE: 

A população mundial está  ficando mais velha! 11% da população mundial  já tem mais de 60 anos de idade.  Este processo  de envelhecimento  populacional  é  causado  pela queda  nas  taxas  de  fertilidade associado com o aumento da expectativa de vida. No Brasil a  taxa  de  fertilidade  caiu  para  2  filhos por  mulher,  nível considerado baixo para uma  reposição  populacional  a  longo  prazo.  A  expectativa  de  vida,  por   sua  vez, alcançou 72,3 em 2006, com um ganho de quase 18 quando comparada à de 1960. 

A população mundial está mais urbana! No Brasil a população urbana  já supera 80% do total. O  ano  de  2008  marcou  a  superação  da  população  urbana  sobre  a  rural  desde  o surgimento  das primeiras  cidades  na  antiga  Mesopotâmia.  As  migrações  do  campo para  as  cidades,  se  por   um  lado aumentam  as  condições  de  oferta  de  serviços 

públicos,  por   outro  impactam  os  planejamentos  dessas  mesmas  cidades.  Até  a década  de  1950  existiam  somente  duas  cidades  com  mais  de  10  milhões  de habitantes: Nova York   e  Tóquio.  São  Paulo  e a Cidade do México  juntaram-se  a esse grupo na década de 1980. Hoje são 20 cidades, com previsão para 24 em 2015, e 27 em 2025. 

SEGURANÇA: 

O Brasil tem a quinta maior  taxa de homicídios  juvenil entre 83 países listados no Mapa da Violência: os Jovens da América Latina. Os outros 4 primeiros são El Salvador, Colômbia, Venezuela e Guatemala. As maiores vítimas da violência são os  jovens entre 15 e 24 anos. 

Contribuem para formar  este quadro de violência a existência do crime organizado, fortemente armado, associado ao tráfico de drogas. 

A  facilidade  de  acesso  às  armas  e  o  álcool  são  outros  fatores  de  agravamento  da violência. Até 30% dos casos  de  homicídios  estão  ligados  ao  consumo  de  álcool.  O álcool  também aparece como  uma das principais causas pelo alto índice de acidentes fatais ocorridos no  trânsito no Brasil. Pelo menos 23,3 de cada  100 mil  jovens  Brasileiros morrem nas rodovias e avenidas, o que põe o Brasil como recordista na América Latina. Este índice levou o governo a adotar  a Lei Seca que prevê que o motorista flagrado com 0,1 miligrama de álcool por   litro de ar  expelido (medido no exame do bafômetro) 

perde o direito de dirigir  por  um ano. Acima de 0,3 miligrama, a punição inclui a detenção. 

MEIO AMBIENTE: 

Em  1997  foi  firmado  o  Protocolo  de  Kyoto,  em  encontro  internacional  ocorrido  nessa cidade. O  acordo  tinha  como  objetivo  estabelecer  metas  de  diminuição  da  emissão dos gases do efeito estufa. Ele prevê que os países desenvolvidos  reduzam, até 2012, a emissão  de  CO²  e  de  outros  gases  para  um  nível  5%  abaixo  dos  níveis  de  1990.  A implementação  dessas metas  foram  questionadas  pelos  EUA,  responsável por   35%  da produção  mundial  de  CO².  Os  EUA  condicionaram  suas  reduções  às  dos  seus 

concorrentes comerciais, como a China. O governo chinês diz que, por  meio de medidas de eficiência energética e do emprego de energia renovável, está fazendo tudo o que pode para reduzir  as emissões sem prejudicar  a economia. 

Para  que  se  consiga  alcançar   os  objetivos  inicialmente  traçados  em  1997,  é  que  se estabeleceu que no próximo encontro, a  ser   realizado em Copenhague, em dezembro de 2009, sejam determinados cortes de 50% das emissões, em relação aos níveis de 1990. A data para se chegar  a essa meta é o ano de 2050. 

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5) RACIOCÍNIO LÓGICO – Vitor Menezes 

O programa de Raciocínio Lógico pode ser separado em dois grandes “blocos”. Um se refere àparte de lógica das proposições; o outro, a análise combinatória e probabilidades. 

Dentro  de  lógica,  é  imprescindível  saber  bem  as  tabelas-verdade  dos  conectivos  mais  cobradospelo  Cespe:  “e”  (conjunção),  “ou”  (disjunção)  e  “se...  então”  (condicional).  A  tabela  abaixoresume o valor  lógico de cada possível proposição composta obtida a partir de duas proposiçõessimples r e s. 

sr  r ∋ s  r ( s  r   s  r  s(  r   s 

V  V  V  V  V  F  V V  F  F  V  F  V  F 

F  V  F  V  V  V  F F  F  F  F  V  F  V 

O  Cespe  pouco  cobra  as  duas  últimas  colunas  (referentes  ao  “ou  exclusivo”  e  ao “bicondicional”). 

Sempre  digo  que  mais  importante  que  decorar  as  tabelas  acima  é  entender  a  idéia  de  cadaconectivo.  Quando  se  tem  esse  entendimento,  as  tabelas-verdade  são  memorizadas  muitofacilmente. 

Caso  o  candidato  não  tenha,  ao  longo  de  sua  preparação,  entendido  os  conectivos,  isso  não  émotivo para pânico. O Cespe sempre traz em seus enunciados a tabela acima. Só que ela não vemem  formato de  tabela,  vem  em  formato de  texto.  A banca  explica  cada conectivo  e os possíveis

valores lógicos das proposições compostas. E  aqui  vem  uma  grande  dica:  se  você  já  souber  bem  a  tabela  acima,  nem  perca  tempo  lendo  oenunciado.  Isso  mesmo!  Na  prova  virá  um  enunciado  gigantesco,  explicando  detalhadamente  atabela  acima.  Se  você  já  a  souber,  não  precisa  perder  tempo  lendo.  Vá  direto  para  os  itens  aserem  julgados! 

Ainda dentro de lógica de proposições, um assunto muito cobrado são as equivalências lógicas.Duas  proposições  compostas  são  equivalentes  quando  apresentam,  sempre,  o  mesmo  valorlógico. Considero quatro equivalências especialmente importantes. 

Vejamos a primeira delas: ~(p ∋ q) = (~p) (  (~q). Para negar um “e” lógico, nós temos que fazer

um “ou” da negação de cada parcela. Ou ainda:  para negar um “e”, nós negamos cada parcela etrocamos o “e” por um “ou”. 

Exemplo: A negação de “Pedro é alto e Júlio é rico” é “Pedro não é alto ou Júlio não é rico”. Outra equivalência lógica importante é:  ~(p ( q) = (~p) ∋ (~q). Para negar um “ou” lógico, nósdevemos fazer um “e” da negação de cada parcela. Ou ainda: para negar um “ou”, nós negamoscada parcela e trocamos o “ou” por um “e”. 

Exemplo:  A  negação  de  “O  governo  aumenta  os  juros  ou  a  inflação  sobe”  é  “O  governo  nãoaumenta os  juros e a inflação não sobe”. 

A terceira importante equivalência lógica é: p   q = (~p) ( q. Isto quer dizer podemos trocar umcondicional por um “ou”. Basta negar a primeira parcela e manter a segunda. 

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Exemplo: Dizer que “Se os  juros baixam então eu compro um carro novo” é o mesmo que dizer (em termos lógicos) que “Os  juros não baixam ou eu compro um carro novo”. 

A quarta importante equivalência é: p   q = (~q)   (~p).  Isto quer dizer que, num condicional,podemos inverter as parcelas, negando-as. 

Exemplo:  Dizer  “Se  baixam  os  juros  então  a  inflação  sobe”  é  o  mesmo  que  dizer,  em  termoslógicos, que “Se a inflação não sobe então os  juros não baixam”. 

A partir das equivalências acima, é possível chegar em diversas outras. Uma, em especial, que foicobrada em duas provas recentes do Cespe é: 

[← P   (←Q)] equivale a  P ∋ Q Ou  seja,  para  negar  um  condicional,  nós  mantemos  a  primeira  parcela,  negamos  a  segunda,  efazemos um “e” das duas. 

Outro  assunto  muito  importante  é  a  lógica  de  argumentação.  Um  argumento  é  um  conjunto  deproposições em que algumas delas são tidas como verdadeiras (são as premissas) e, a partir delas,queremos  chegar  a uma conclusão.  Se,  sempre que as  premissas  forem  verdadeiras,  a conclusãotambém for, dizemos que o argumento é válido. Caso contrário, ele será inválido. 

Existem  várias  técnicas  de  análise  de  validade  de  argumentos.  Uma,  que  serve  para  qualquerargumento,  é  a  análise  por  meio  da  tabela-verdade.  Ela  tem  o  grande  inconveniente  de  demorarmais tempo, sendo praticamente inviável quando o número de premissas for grande. 

Contudo, grande parte das questões do Cespe traz argumentos com poucas premissas (geralmente 2 premissas).  Nesses  casos,  o  uso da  tabela-verdade pode ser  feito  tranquilamente, sem  perder

muito tempo. Exemplo:  Primeira  premissa:  Se  chover,  o  rio  enche  ( c   r ).  Segunda  premissa:  Chove.  (c)Conclusão: O rio enche. (r) 

Vamos analisar a validade do argumento. pr emissa  conclusão  pr emissa 

rc  c   r V  V  V V  F  F F  V  V F  F  V 

A linha destacada em vermelho é a única em que todas as premissas são verdadeiras. Nessa linha, a conclusão  também  é  verdadeira.  Logo,  o  argumento  é  válido,  pois  sempre  que  todas  aspremissas são verdadeiras, a conclusão também é. 

Vejamos outro exemplo. Primeira premissa: Se chover, o rio enche ( c   r ). Segunda premissa:Não chove. (~c) Conclusão: O rio não enche. (~r) 

pr emissa  conclusão  pr emissa c  ~ c  r  ~ r  c   r V  F  V  F  V V  F  F  V  F F  V  V  F  V 

F  V  F  V  V 

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Nas  linhas destacadas em vermelho, todas as premissas são verdadeiras. Em uma dessas linhas,de fato, a conclusão também é verdadeira (ver última linha). 

Contudo,  na  penúltima  linha,  as  duas  premissas  são  verdadeiras  e  a  conclusão  é  falsa.  Ou  seja,existe  um  caso  em  que  as  premissas  são  verdadeiras  e  a  conclusão  não  é,  o  que  faz  com  que  oargumento seja inválido. 

Quando  o  argumento  envolver  os  chamados  quantificadores  (todo,  algum,  nenhum),  a  análise  davalidade  do  argumento  pode  ser  feita  com  os  chamados  diagramas  lógicos.  Como  exemplo,vejamos a seguinte questão do Cespe: 

SEBRAE 2008 [CESPE] 

Considere as seguintes proposições: 

I - Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança.

II - Joaquina não tem garantido o direito de herança. 

III - Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte. 

Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir logicamente que 

1. Joaquina não é cidadã brasileira. 

2. todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros. 

3. se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte. 

Resolução: Da primeira proposição, temos que o conjunto dos brasileiros está dentro do conjunto das pessoascom direito de herança: 

Da segunda proposição,  sabemos  que  Joaquina não  pertence  ao  conjunto  das  pessoas que  têmgarantido o direito de herança. 

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Da  terceira  proposição,  temos  que  o  conjunto  das  pessoa  que  têm  garantido  o  direito  de  herançaestá  dentro  do  conjunto  dos  cidadãos  de  muita  sorte.  Aqui,  temos  duas  possibilidades:  Joaquina

pode estar incluída ou não no conjunto dos cidadãos de muita sorte: Primeira opção: 

Segunda opção: 

Vamos aos itens.

Primeiro item. 

Afirma-se que Joaquina não é brasileira. De fato, segundo nossos desenhos acima, isso é correto.Ou seja,  tomando  como  verdadeiras  as proposições dadas  no  comando  da questão, concluímosque Joaquina não é brasileira. As premissas suportam a conclusão a que chegamos. Gabar ito: Cer to. 

Segundo item. 

Afirma-se  que  todos  os  que  têm  garantido  direito  de  herança  são  brasileiros.  Isso  é  falso.  Oenunciado não nos permite concluir  isso. É perfeitamente possível que existam pessoas dentro doconjunto vermelho que não estejam dentro do  conjunto verde. Nesta situação,  todas  as premissasseriam verdadeiras e a conclusão seria falsa. 

As premissas não são suficientes para que cheguemos nessa conclusão. 

Gabar ito: err ado. 

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Terceiro item.Conclusão: 

Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte. 

Temos  um  condicional  em  que  o  primeiro  termo  é  verdadeiro.  Quanto  ao  segundo  termo,  nãotemos como saber se ele é verdadeiro ou  falso. Assim, não  temos como saber se o condicional éverdadeiro ou falso. 

As  premissas  não  foram  suficientes  para  sabermos  se  Joaquina  tem  muita  sorte  ou  não.  Nãotemos como afirmar se ela está dentro ou fora do conjunto azul. 

Logo,  as  premissas  não  nos  permitem  afirmar  que  a  segunda  parcela  do  condicional  seja

verdadeira.  Ora,  se  ela pode  ser  falsa,  fazendo  com que  o  condicional  seja  falso,  então  é porqueas premissas não suportam a conclusão. 

Gabar ito: err ado. 

O  segundo  grande  “bloco”  de  raciocínio  lógico  inclui  análise  combinatória  e  probabilidade.  Omeu  palpite  é  que  a  banca  vai  cobrar  esse  dois  tópicos  juntos.  Estou  me  referindo  àquelesproblemas em que a probabilidade é calculada pela divisão entre o número de casos favoráveis e o número  de  casos  possíveis.  E,  para  achar  esses  dois  números,  utilizamos  ferramentas  de  análisecombinatória. 

Exemplo: 

TRT 1ª Região 2008 [CESPE] 

Em um setor de uma fábrica  trabalham 10 pessoas que serão divididas em 2 grupos de 5 pessoascada  para  realizar  determinadas  tarefas.  João  e  Pedro  são  duas  dessas  pessoas.  Nesse  caso,  aprobabilidade de João e Pedro ficarem no mesmo grupo é 

A) inferior a 0,36. 

B) superior a 0,36 e inferior a 0,40.

C) superior a 0,40 e inferior a 0,42.

D) superior a 0,42 e inferior a 0,46.

E) superior a 0,46. 

Resolução. 

Vamos primeiro calcular quantos são os casos possíveis para a formação do primeiro grupo.

Temos 10 pessoas e queremos escolher 5. Aplicando a fórmula de combinação: 

!10 10C  ,5  = 

!5 ⋅  !5 

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Vejamos agora os casos  favoráveis.  São  casos  favoráveis  aqueles  em que  João  e Pedro  ficam noprimeiro  grupo.  Precisamos,  portanto,  escolher,  dentre  as  8  outras  pessoas,  3  para  completar  o

grupo. 

!8C

 8,3  =  !5 ⋅ 

!3 

Além  disso,  também  são  casos  favoráveis  aqueles  em  que  nem  João  e  nem  Pedro  ficam  noprimeiro  grupo  (pois,  nesse  caso,  eles  ficam  juntos  no  segundo  grupo).  Dentre  os  8  restantes,precisamos escolher 5 para formar o primeiro grupo. 

!8C

 8,5  =  !5 ⋅ 

!3 

Os casos favoráveis ficam: 

!8 

!5 ⋅ !3 

+ !8 

!5 ⋅  !3 = 2 ⋅ 

!8 

!5 ⋅  !3 

Agora podemos calcular a probabilidade: 

P = 2 ⋅ 

Gabar ito: D. 

!8 

!5 ⋅ 

!3 

 !10 

!5 ⋅  !5 ® P = 2 ⋅ 

!8 

!5 ⋅ 

!3 

⋅ !5 ⋅ 

!5  10 ! 

® P = 2 ⋅ !8 

  !3 

!5 

!10 ® P = 

4 = 0,444... 

Notem  como,  apesar  de  a  questão  pedir  a  probabilidade  de  um  evento,  foram  necessáriasferramentas de análise combinatória. 

E  um  lembrete  muito  importante:  em  exercícios  desse  tipo,  é  muito  vantajoso  não  desenvolvertotalmente  os  fatoriais,  o  que  permite  a  simplificação.  Em  geral,  isso  é  muito  comum.  Grandeparte  das  questões  de  análise  combinatória  e  probabilidades  traz  uma  divisão  envolvendo  doisfatoriais.  E  a  dica  é  sempre  a  mesma:  desenvolva  o  maior  deles  até  chegar  no  menor;  issopermitirá uma simplificação que, como o nome  já diz, facilita muito as contas. 

Exemplo: calcular  !28 . 

!25 

Notem  que  calcular  separadamente  o  numerador  e  depois  o  denominador  é  extremamentetrabalhoso. Nesta situação, fazemos assim: 

Agora simplificamos: 

!28 

!25  = 28 ⋅ 27 ⋅ 26 ⋅  !25 

!25 

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= 28 ⋅ 27 ⋅ 26 

= 19656 

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6) ADMINISTRAÇÃO – Davi Barreto e Fernando Graeff  

Olá, Amigo Concurseiro. 

Nessa  semana  que  antecede  a  prova  é  importante  procurar  relaxar, descansar  a  mente,  enfim,  confiar  em  seus  estudos.  Não  é  mais  o  momento de aprender assuntos novos, ou de se matar de estudar. 

O  mais  produtivo  agora,  para  manter  a  mente  ativa,  é  fazer  uma  leitura leve,  feita  com  calma,  sem  estresse,  pois  a  tranqüilidade  na  hora  da  prova faz  a  diferença.  Para  isso,  fizemos  com  muito  carinho  esse  Bizu  de Administração. 

O  conteúdo  programático  de  administração,  que  era  abundante  no  concurso 

da  PF  no  ano  de  2000,  veio  minguando,  concurso  após  concurso  (2002, 2004),  e  neste  certame,  ficou  resumido  a  dois  itens  dentro  do  tópico 

 “conhecimentos  de  administração  e  de  administração  gerencial:  1.1 Comportamento organizacional: motivação e desempenho; e 1.2 Princípios e sistemas de administração federal.”  

Então,  dentro  desse  contexto,  nossa  expectativa  é  que  caiam  apenas  2 questões.  Por  isso,  vamos  tentar  ser  bem  pontuais,  mesmo  porque  essas duas questões podem fazer toda a diferença... 

Comportamento organizacional: motivação e desempenho 

1)  Vamos  começar  pelo  assunto  que  tem  mais  chances  de  ser  cobrado: motivação  e  teorias  motivacionais.  Antes  de  entrarmos  nas  teorias, vamos falar sobre motivação. Guarde bem os trechos negritados: 

a.  Motivação  é  o  conceito  mais associado com  a perspectiva microscópica  do  comportamento  organizacional.  Várias  teorias tentam  interpretar  de  maneira  diferente  e  enfatizar  certos aspectos  da  motivação; o  conceito  de  motivação  está intimamente  relacionado  com  o  comportamento  e  com  o desempenho  das  pessoas;  a  motivação  das  pessoas certamente  envolve  metas  e  ob jetivos;  e  existem  diferenças 

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fisiológicas,  psicológicas  e  ambientais  das  pessoas  que  são fatores  importantes na explicação da motivação. 

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b.  A  motivação  é  um  processo  que  depende  da  direção,  da intensidade  e  da  persistência  dos  esf orços  de  uma  pessoa para alcançar determinado ob jetivo. 

i.  Direção:  significa  onde  focar  o  comportamento.  O  objetivo pode ser organizacional ou  individual. 

ii.  Intensidade:  representa  o  esforço  que  a  pessoa  aplica  na direção definida. 

iii.  Persistência:  significa  quanto  tempo  a  pessoa  consegue manter seu esforço. 

c.  Em  um  sentido  sistêmico,  a  motivação  consiste  em  três 

elementos interagentes e interdependentes: 

i.  Necessidades:  as  necessidades  são  criadas  quando surge  um  desbalanceamento  f isiológico  ou psicológico.  As  necessidades  são  variáveis,  situadas dentro  de  cada  indivíduo,  e  dependem  de  variáveis culturais.  O  organismo  se  caracteriza  por  um  estado  de equilíbrio.  Esse  equilíbrio  é  rompido  toda  vez  que  surge uma  necessidade.  A  necessidade  é  um  estado  interno  que, quando  não  satisfeita,  cria  tensão  e  estimula  algum 

impulso no  indivíduo, visando à sua redução ou atenuação. ii.  Impulsos: os  impulsos  ou  motivos  são  os  meios  que aliviam  as  necessidades.  O  impulso 

gera  um comportamento  de  busca e  pesquisa para  localizar objetivos  ou  incentivos  que,  se

  atingidos,  satisfarão a necessidade e produzirão  redução da  tensão. Os  impulsos f isiológicos e psicológicos são 

orientados para a ação e  proporcionam  as  condições  energizadoras  no sentido  de  alcançar 

um  incentivo.  Os  impulsos  são  o coração  do 

processo  motivacional.  As  necessidades  de alimento  e  água  são  transformadas  em  fome  e  sede,  e  a necessidade  de  ter  amigos  torna-se  um  impulso  para  a afiliação. 

iii.  Incentivos:  no  final  do  ciclo  motivacional  está  o  incentivo, definido  como  algo  que  pode  aliviar  uma  necessidade ou  reduzir um  impulso.  O  alcance  de  um  incentivo  tende a  restaurar  a  balança  fisiológica  ou  psicológica  e  pode reduzir  ou  eliminar  o  impulso.  Em  geral,  os  incentivos estão  situados  fora  do  indivíduo  e  variam  enormemente conforme a situação. 

2) Nas  provas  do  Cespe,  reiteradamente,  caem  questões  sobre  as  teorias motivacionais.  Vamos  dar  uma  olhada  rápida  nas  mais  cobradas:  a 

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teoria  da  hierarquia  de  necessidades  de  Maslow,  a  teoria  ERC  e  a teoria da expectância. 

a. Hierarquia das necessidades de Maslow: i.  Segundo  essa  teoria,  as  necessidades  humanas  podem 

ser  hierarquizadas  de  acordo  com  a  importância  e  a inf luenciação  do  comportamento  humano.  Assim,  as necessidades  formam  uma  pirâmide,  que  partindo  da  base em  direção  ao  topo  é  formada  por  necessidades:  i) fisiológicas  (=alimentação,  bebida,  habitação,  proteção contra  a  dor  ou  sofrimento);  ii)  de  segurança  (=proteção, estar  livre  de  perigos  reais  ou  imaginários);  iii)  sociais (=amizade,  participação,  filiação  a  grupos,  amor  e  afeto); iv)  de  estima  (=relacionadas  como  a  pessoa  se  vê  e  auto- avalia);  e,  v)  de  auto-realização  (=necessidades  mais elevadas do ser humano). 

ii.  A  importância  dessa  teoria  para  nosso  concurso  reside  em dois aspectos: 

1.  no  fato  de  que  uma  necessidade  não-satisf eita inf luencia  o  comportamento,  dirigindo-o  para metas  ou  objetivos  individuais,   já,  uma necessidade  satisf eita  não  é  motivadora  do comportamento; e, 

2.  na  medida  que  uma  necessidade  mais  baixa  não é  satisf eita,  ela  se  torna  imperativa  e  passa  a predominar  provisoriamente  no  comportamento 

até que seja parcial ou totalmente satisfeita. 

b.  A  teoria  ERC:  é  uma  condensação  da  teoria  de  Maslow, resumindo-a  três  necessidades:  Existir  (=existência,  preservação e  sobrevivência),  Relacionar-se  (=interação  social,  sociabilidade) e  Crescer  (=desenvolvimento  do  potencial  humano,  desejo  de crescimento e competência pessoal). 

i.  As  principais  diferenças  em  relação  à  teoria  de  Maslow  é que na teoria ERC: 

1.  mais  de  uma  necessidade  pode  ser  ativada  ao 

mesmo tempo; 2.  se  uma  necessidade  de  nível  mais  alto  for  reprimida, o  desejo  de  satisfazer  outra  de  nível  mais  baixo deverá aumentar; e 

3.  não  há  uma  hierarquia  rí gida  onde  uma necessidade  inf erior  deve  estar  satisf eita  antes de f ocar em uma necessidade mais elevada. 

c.  Teoria  da  expectância  ou da expectativa:  parte  do  pressuposto de  que  as  necessidades humanas  podem ser  satisfeitas  por meio 

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do  seu  engajamento  em  certos  comportamentos.  Em  todas  as situações,  as  pessoas  se  encontram  diante  de  vários comportamentos  que  são  potencialmente possí veis  de satisf azer  as necessidades,  e  devem  optar  por  um  deles.  A teoria  baseia-se  na  proposição  de  que  as  pessoas  optam  por aqueles  comportamentos  que  julgam que as levarão  aos resultados  (recompensas,  como  salário, 

reconhecimento, sucesso)  que  lhe  são atrativos  (que  atendem  às  suas  necessidades 

específicas).  Grave  bem:  a  teoria  da  expectativa propõe  que as  pessoas  são  motivadas  quando  acreditam que  podem cumprir  a  taref a  (resultado  intermediário)  e  as 

recompensas  (resultado  f inal)  decorrentes  são  maiores  do que o esf orço f eito. 

3)  Quanto  ao  comportamento  organizacional  em  relação  ao  desempenho, você  deve  saber  que:  o  comportamento  organizacional  é prof undamente  inf luenciado  pelo  desempenho  individual, grupal  e  organizacional.  O  desempenho  significa  a  maneira  pela qual  as  pessoas  exercem  suas  funções, realizam suas  atividades, executam  suas  tarefas  e  cumprem  suas  obrigações.  O  desempenho individual  afeta  o  desempenho  grupal  e  este  condiciona  o  desempenho 

organizacional.  Um  desempenho  excelente  facilita  o  sucesso  da organização,  enquanto  um  desempenho  medíocre  não  agrega  valor  à organização. 

4)  Quanto  a  relação  entre  o  desempenho  e  a  motivação  você  deve  ter em mente  que:  O  desempenho  individual  –  que  é  a  base  de  sustentação que  conduz  ao  desempenho  organizacional  –  depende  fortemente  de pessoas  motivadas.  O  desempenho  individual  é  moldado  e condicionado por  vários  fatores  simultâneos,  como  capacidade  e competência  das  pessoas,  liderança  e  treinamento  recebidos, 

orientação,  dedicação  e  esforço  despendido.  Mas,  a  motivação constitui a mola mestra do comportamento das pessoas. 

5)  Quanto  ao  desempenho  humano.  Você  deve  saber  que  dentro  de qualquer  instituição  existem  cargos  a  serem  ocupados  que  exigem  uma série  de  competências  de  seu  ocupante,  para  que  seu  desempenho seja  satisfatório.  Esse  desempenho  é  extremamente  situacional  e contingencial,  varia  de  pessoa  para  pessoa,  de  situação  para  situação. Por  isso,  é  necessária  uma  constante  avaliação,  que  é  a apreciação  sistemática  do  desempenho  de  cada  pessoa,  em f unção  das  atividades  que  ela  desempenha,  do  cargo  que ocupa,  das  metas  e  resultados  a  serem  alcançados  e  do  seu potencial  de  desenvolvimento.  Toda  pessoa  precisa receber a retroação  (=feedback) a  respeito de seu desempenho para saber como 

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está  fazendo  seu  trabalho,  sem  essa  resposta  as  pessoas  podem  ficar perdidas,  desorientadas.  Por  outro  lado,  a  organização  precisa  saber 

como  as  pessoas  desempenham  as  suas  atividades  para  ter  uma  idéia de  suas  potencialidades.  Aí   entra  o  processo  de  avaliação  de desempenho. 

6)  Como  existe  uma  grande  possibilidade  de  cair  alguma  questão  sobre avaliação  de  desempenho,   já  que  isso  faz  parte  da  tão  propalada administração  gerencial,  fizemos  um  quadro  resumo  com  os  principais métodos,  dê  especial  atenção  ao  primeiro  e  ao  último  método apresentado (escala gráfica e avaliação 360º): 

Método  Descrição - Escalas gráf icas  método baseado em uma tabela de dupla entrada: 

nas  linhas estão os fatores de avaliação e nas colunas estão os graus de avaliação de desempenho. O método de escalas gráficas avalia o desempenho das pessoas através de fatores de avaliação previamente definidos e graduados. 

- Escolha forçada  Consiste em avaliar o desempenho das pessoas por meio de blocos de f rases descritivas que focalizam determinados aspectos de comportamento. O avaliador 

deve escolher forçosamente apenas uma ou duas frases em cada bloco que mais se aplica ao desempenho do funcionário avaliado. 

- Pesquisa de campo 

Baseia-se no princípio da responsabilidade de linha e da f unção de staff  no processo de avaliação de desempenho. Requer entrevistas entre um especialista em avaliação (staff) com os gerentes (linhas) para, em conjunto, avaliarem o desempenho dos respectivos funcionários. 

- Incidentes críticos  Baseia-se nas caracterí sticas extremas (incidentes 

críticos) que representam desempenhos altamente positivos (sucesso) ou altamente negativos (fracasso). O método não se preocupa com o desempenho normal, mas com desempenhos excepcionais, sejam positivos ou negativos. 

- Lista de verificação 

- Avaliação participativa por 

Baseia-se em uma relação de f atores de avaliação a serem considerados (check-lists) a respeito de cada funcionário. A  lista de verificação funciona como uma espécie de  lembrete para o gerente avaliar todas as características principais de um funcionário 

Feita consensualmente entre o f uncionário e seu gerente, nesse método se adota uma técnica de 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, 

PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

objetivos  intenso relacionamento e de visão proativa. O Gerente e seu subordinado formulam conjuntamente os objetivos, o 

primeiro proporciona apoio, orientação, direção e recursos para o segundo, que desempenha as tarefas, após, ambos avaliam o alcance dos objetivos. 

- Avaliação 360º  Feita de modo circular por todas as pessoas que mantêm alguma  interação com o avaliado. Participam da avaliação: o chefe, os colegas e pares, os subordinados, os clientes  internos e externos, os fornecedores, enfim, todas as pessoas ao redor do avaliado. 

Princí pios e sistemas de administração f ederal 

1)  Inicialmente,  você  tem  que  saber  onde  se  situa  a  Polícia  Federal  dentro da administração  federal:  o  Departamento  de  Polícia  Federal  é  um órgão  específico  e  singular,  organizado  e  mantido  pela  União, subordinado  ao  Ministro  de  Estado  da  Justiça  (Poder  Executivo),  ou seja, faz parte da administração direta. 

2) O  A  Administração  Pública  Brasileira  é  organizada:  Direta (centralização),  composta  pelos  órgãos  integrantes  da  Presidência  da República  e  pelos  Ministérios;  e,  Indiretamente  (descentralização), através  das  autarquias,  fundações  públicas,  empresas  públicas  e sociedades de economia mista. 

3) Diferente  de  descentralização  é  a  desconcentração  administrativa, que  significa  repartição  de  f unções  entre  os  vários  órgãos 

(despersonalizados)  de  uma mesma  administração,  sem  quebra  de 

hierarquia. 

4)  A  vinculação  das  entidades  da  Administração  indireta  aos  Ministérios traduz-se  pela  supervisão  ministerial,  que  tem  por  objetivos  principais a verificação  dos  resultados,  a  harmonização  de  suas  atividades  com  a política  e  a  programação  do  Governo,  a  eficiência  de  sua  gestão  e  a manutenção  de  sua  autonomia  administrativa,  operacional  e financeira, por  intermédio dos meios de controle. 

5)  Quanto  aos  princípios,  há  uma  mistura  das  disciplinas:  administração  e 

direito  administrativo.  Então,  sem  entrar  em  detalhes,  tenha  bem  em mente  os  princípios  insculpidos  no  art.  37,  caput,  da  Cf/88: 

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CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

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legalidade,  impessoalidade,  moralidade  administrativa,  publicidade  e eficiência.  Dando  ênfase  para  o  princípio  da  EFICIÊNCIA,  inserido  pela EC nº  19/98.  Esse  princípio  apresenta  dois  aspectos  que  podem  ser objeto de questão: 

a.  pode  ser  considerado  em  relação  ao  modo  de  atuação  do agente  público,  do  qual  se  espera  o  melhor  desempenho possível de  suas atribuições, para  lograr  os melhores  resultados; e, 

b.  pode  ser  considerado  em  relação  ao  modo  de  organizar, estruturar,  disciplinar  a  Administração  Pública,  também com  o  mesmo  objetivo  de  alcançar  os  melhores  resultados  na prestação do serviço público. 

6)  Atente  ainda  para  que  o  princípio  da  eficiência  tem  relação  com  o modus  operandi  da  administração,  com  o  consumo  adequado  dos insumos  utilizados  nos  processos.  Cumpre  ressaltar  ainda  que  a introdução  desse  princípio  no  ordenamento   jurídico  corroborou  para flexibilizar  o  instituto  da  estabilidade,  ou  seja,  abriu  a  possibilidade  da exoneração do mal servidor em virtude de desempenho  insuficiente. 

7) Temos  que  conhecer,  ainda,  os  princípios  fundamentais  da Administração  Federal  preconizados  pelo  Decreto-Lei  nº  200/67,  quais sejam: 

a.  Planejamento:  A  ação  governamental  obedecerá  a  um planejamento  que  vise  promover  o  desenvolvimento  econômico- social  do  País  e  a  segurança  nacional,  norteando-se  segundo planos  e  programas  elaborados,  e  compreenderá  a  elaboração  e atualização dos seguintes  instrumentos básicos: 

i.  plano geral de governo; 

ii.  programas  gerais,  setoriais  e  regionais,  de  duração plurianual; iii.  orçamento-programa anual; e, iv.  programação financeira de desembolso; 

b.  Coordenação:  As  atividades  da  Administração  Federal  serão objeto  de  permanente  coordenação,  exercida  em  todos  os  níveis da administração,  mediante  a  atuação  das  chefias  individuais,  a realização  sistemática  de  reuniões  com  a  participação  das  chefias subordinadas  e  a  instituição  e  funcionamento  de  comissões  de coordenação em cada nível administrativo; 

c.  Descentralização:  A  execução  das  atividades  da  Administração Federal  deverá  ser  amplamente  descentralizada  em  três  planos principais:  dentro  dos  quadros  da  Administração  Federal, distinguindo-se  claramente  o  nível  de  direção  do  de  execução;  da Administração  Federal  para  a  das  unidades  federadas,  quando estejam  devidamente  aparelhadas  e  mediante  convênio;  e,  da 

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Administração  Federal  para  a  órbita  privada,  mediante  contratos ou concessões; 

d.  Delegação  de  competência:  A  delegação  de  competência  será utilizada como  instrumento  de  descentralização administrativa,  com  o  ob jetivo  de  assegurar  maior  rapidez e 

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ob jetividade  às  decisões,  situando-as  na  proximidade  dos fatos, pessoas  ou  problemas  a  atender.  O  ato  de  delegação indicará  com  precisão  a  autoridade  delegante,  a  autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação; e, 

e.  Controle:  O  controle  das  atividades  da  Administração Federal  deverá  exercer-se  em  todos  os  ní veis  e  em  todos os órgãos,  especialmente:  o  controle,  pela  chefia  competente,  da execução  dos  programas  e  da  observância  das  normas  que 

governam  a  atividade  específica  do  órgão  controlado;  o  controle, pelos  órgãos  próprios  de  cada  sistema,  da  observância  das normas  gerais  que  regulam o exercício  das  atividades  auxiliares; e, o controle  da  aplicação  dos  dinheiros  públicos  e  da  guarda  dos bens  da União  pelos órgãos  próprios do  sistema  de contabilidade e auditoria. 

8) Por  último,  vamos falar  um  pouco  dos  sistemas  administrativos. Sistema  é  um  con junto  de  partes  interdependentes  que interagem  entre  si  para  a  consecução  de  uma  mesma f inalidade.  Na  administração  Pública  Federal,  existem  sistemas  que 

servem  de  suporte  ao  f uncionamento  das  atividades  f inalí sticas dos órgãos  e  entidades,  dos  quais,  para  efeito  de  concursos,  cabe destacar os seguintes: 

a.  Sistema  de  controle  interno  -  SCI:  tem  por  objetivo  avaliar  o cumprimento  das  metas  previstas  no  plano  plurianual,  a execução  dos  programas  de  governo  e  dos  orçamentos  da  União; controlar  e  avaliar  os  resultados,  quanto  à  eficácia  e  a  eficiência, da gestão  orçamentária,  financeira  e  patrimonial  nos  órgãos  e nas  entidades  da  APF,  bem  como  da  aplicação de  recursos públicos  por  entidades  de  direito  privado;  exercer  o  controle  das 

operações  de  crédito,  avais  e  garantias,  bem  como  dos  direitos  e haveres  da  União;  e,  apoiar  o  controle  externo  no  exercício  de sua missão  institucional. 

b.  Sistema  de  Planejamento  e  Orçamento  –  SPO:  tem  por  finalidade formular  o  planejamento  estratégico  nacional;  formular  planos nacionais,  setoriais  e  regionais  de  desenvolvimento  econômico  e social;  formular  o  plano  plurianual,  as  diretrizes  orçamentárias  e os orçamentos  anuais;  gerenciar  o  processo  de  planejamento  e orçamento federal. c.  Sistema  de  Serviços  Gerais  –  SISG:  cuja  finalidade  é  o 

planejamento,  coordenação,  organização e  supervisão  das CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF 

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atividades  de  administração  de  edifícios  públicos,  material, transporte,  comunicações  administrativas  e  licitações  e contratos. 

d.  Sistema  de  Pessoal  Civil  –  SIPEC:  cuja  finalidade  é  o planejamento,  coordenação,  organização  e  supervisão  das atividades  de  remuneração,  carreira,  seguridade  social,  cadastro, auditoria  pessoal,  desenvolvimento  e  capacitação  de  pessoal, seleção e recrutamento. 

9) A  administração  pública  gerencial  emerge  como  resposta,  de um

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  lado,  à  expansão  das  f unções  econômicas  e  sociais  do Estado,  e,  de  outro,  ao  desenvolvimento  tecnológico  e  a globalização  da  economia  mundial,  uma  vez  que  ambos  deixarem à mostra  os  problemas  associados  à  adoção  do  modelo  anterior.  A eficiência  da  administração  pública  –  a  necessidade  de  reduzir  custos  e aumentar  a  qualidade  dos  serviços,  tendo  o  cidadão  como  beneficiário -  torna-se,  então,  essencial.  A  ref orma  do  aparelho  do  estado passa  a  ser  orientada  predominantemente  pelos  valores  da ef iciência  e  qualidade  na  prestação  dos  serviços  públicos  e  pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. 

10)  Na  administração  pública  gerencial  a  estratégia  volta-se  para  a definição  precisa  dos  objetivos  que  o  administrador  público  deverá atingir;  para  a  garantia  de  autonomia  do  administrador  na  gestão  dos recursos  humanos,  materiais  e  financeiros  que  lhe  forem  colocados  à disposição  para  que  possa  atingir  os  objetivos  contratados;  e  para  o controle ou cobrança a posteriori dos resultados. 

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7) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – Sérgio Mendes 

Olá amigos! Como é bom estar aqui! 

O  Orçamento  Público  compreende  a  elaboração  e  execução  de  três  leis  –  o  plano  plurianual (PPA),  as  diretrizes  orçamentárias  (LDO)  e  o  orçamento  anual  (LOA)  –  que,  em  conjunto, materializam o planejamento e a execução das políticas públicas  federais. 

Nosso  edital  prevê  os  temas  Diretrizes  Orçamentárias  e  Orçamento  Público.  Quando ele  traz  o  assunto  diretrizes  orçamentárias,  não  necessariamente  significa  que  se  trata apenas  da  LDO.  Entende-se  por  diretrizes,  os  dispositivos  constitucionais  e  legais  que  regem as  leis  orçamentárias.  Trataremos  dos  artigos  constitucionais  e  legais  cobrados  pelo  CESPE referentes  ao  PPA  e,  principalmente,  à  Lei  de  diretrizes  Orçamentárias.  Da  mesma  forma,  o tema  Orçamento  Público  é  bastante  amplo.  Envolve  o  histórico,  características  e  tipos  de Orçamento,  o  ciclo  orçamentário  e  os  dispositivos  constitucionais  e  legais  que  regem  a  Lei Orçamentária  Anual.  Quanto  aos  outros  conteúdos  o  edital  é  bem  claro  e  específico  nos 

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pontos que serão cobrados. 

Neste  bizu,  veremos  as  principais  tendências  do  CESPE  em  relação  aos  itens  do  nosso edital:  2  Administração  Financeira  e  Orçamentária:  2.1  Orçamento  público.  2.2  Princípios orçamentários.  2.3  Diretrizes  orçamentárias.  2.4  SIDOR,  SIAFI.  2.5  Receita  pública: categorias,  fontes,  estágios  e  dívida  ativa.  2.6  Despesa  pública:  categorias,  estágios.  2.7 Suprimento  de  fundos.  2.8  Restos  a  pagar.  2.9  Despesas  de  exercícios  anteriores.  2.10 Conta única do Tesouro. 

2.1 Orçamento público. Em qualquer prova de AFO é  fundamental o estudante saber os seguintes aspectos dos tipos de orçamento. 

TIPOS DE ORÇAME:TO: Or çamento Tr adicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira, sem nenhuma espécie deplanejamento das ações do governo, baseando-se no orçamento anterior. Portanto, somente um documento deprevisão de receita e de autorização de despesas. Or çamento de Base Zer o: determina o detalhamento  justificado de todas as despesas públicas a cada ano,como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do governo. Or çamento de desempenho ou por  r ealizações: ênfase reside no desempenho organizacional, porém há desvinculação entr e plane jamento e or çamento. Or çamento-pr ogr ama: instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seusprogramas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a seremmplementados e previsão dos custos relacionados. Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de resultados. Or çamento par ticipativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos recursos públicos deorma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe ao orçamento-programa e não possui uma

metodologia única. No entanto, há perda da flexibilidade e maior rigidez na programação dos investimentos.Experiência brasileira ocorreu nos municípios. 

E também os dispositivos relacionados à LOA na CF/88 e na LRF: 

LOA: 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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SEGU:DO A CF, A LOA COMPREE:DERÁ: - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e

indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do

capital social com direito a voto; II - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, dadministração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 

SEGU:DO A LRF, A LOA: Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO 

I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos emetas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; 

II - será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de

senções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como dasmedidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente

líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 

2.2 Princípios orçamentários. 

É  um  assunto  importante  para  a  compreensão  geral  da  matéria  e  também  é  muito  cobrado 

em concurso! Trataremos dos princípios mais cobrados pelo CESPE. 

Segundo  o  princípio  da  unidade  deve  existir  apenas  um  orçamento  para  cada  ente  da federação  em  cada  exercício  financeiro.  Pelo  princípio  da  universalidade,  o  orçamento  deve conter  todas  as  receitas  e  despesas  referentes  aos  Poderes  da  União,  seus  fundos,  órgãos  e entidades da administração direta e  indireta. Em  consonância  com  os  princípios  da  unidade  e  da  universalidade,  a  Constituição  Federal determina  a  inclusão,  na  LOA,  de  três  orçamentos:  orçamento  fiscal,  orçamento  da seguridade  social  e  orçamento  de  investimentos  das  estatais.  Assim,  tem-se  o  orçamento unificado  (unidade)  e  com  todas  as  receitas  e  despesas  (universalidade).  Cuidado:  os examinadores  normalmente  tentam  confundir  os  princípios  da  Unidade  e  Universalidade nas provas. 

Ressalto  que  parte  da  doutrina  entende  que  a  possibilidade  da  coexistência  de  múltiplos orçamentos  que,  entretanto,  devem  sofrer  consolidação,  caracteriza  o  princípio  da totalidade. 

O  princípio  do  orçamento  bruto  impede  a  inclusão  apenas  dos  montantes  líquidos  e determina  a  inclusão  de  receitas  e  despesas  pelos  seus  totais,  não  importando  se  o  saldo liquido será positivo ou negativo. 

O  princí pio  da  especif icação  (ou  especialização  ou  discriminação)  determina  que  as receitas  e  despesas  devam  ser  discriminadas,  demonstrando  a  origem  e  a  aplicação  dos recursos.  O  princípio  veda  as  autorizações  de  despesas  globais,  com  exceção  dos programas especiais de  trabalho e da reserva de contingência. Atenção!  As  exceções  dos  programas  especiais  de  trabalho  e  reserva  de  contingência  são 

quanto  à  dotação  global,  pois  não  necessitam  de  discriminação.  Não  confunda  com  dotação 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

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ilimitada, que é aquela sem valores definidos. Ainda, a CF/88 veda a concessão ou utilização de créditos  ilimitados. Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 

O  princí pio da  exclusividade  determina  que  a  lei  orçamentária  não  poderá  conter  matéria estranha  à  previsão  das  receitas  e  à  fixação  das  despesas.  Exceção  se  dá  para  as autorizações  de  créditos  suplementares  e  operações  de  crédito,  inclusive  por  antecipação  de receita orçamentária (ARO). 

O  princí pio  da  não-vinculação  de  receitas  (ou  não-af etação  de  receitas)  é  um  dos mais  cobrados  em  provas!  É  vedada  a  vinculação  de  receita  de  impostos  a  órgão,  fundo  ou despesa. É  importante saber as exceções constitucionais: 

Exceções ao princí pio da não-vinculação: Repartição constitucional dos impostos; 

Destinação de recursos para a Saúde; Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (Art. 167, §4°,CF/88). 

Importante:  caso  o  recurso  se ja  vinculado,  ele  deve  atender  ao  ob jeto  de  sua vinculação, mesmo que em outro exercí cio f inanceiro. Atenção!  O  princípio  veda  a  vinculação  de  impostos  e  não  de  tributos.  Os  examinadores gostam deste trocadilho. 

A  Constituição  pode  vincular  outros  impostos?  Sim,  por  emenda  constitucional  podem  ser vinculados  outros  impostos,  mas  por  lei  complementar,  ordinária  ou  qualquer  dispositivo infraconstitucional não pode. Apenas os  impostos não podem ser vinculados por  lei  infraconstitucional. 

2.3 Diretrizes orçamentárias. 

No  quadro  abaixo,  tratarei  dos  artigos  constitucionais  e  legais  mais  cobrados  pelo  CESPE referentes ao PPA e, principalmente, à LDO: 

PPA Estabelecerá, de forma regionalizada, as dir etr izes, ob jetivos e metas (DOM) da administração pública federalpara as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plur ianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 

Assim como a LDO, é inovação da CF/88. 

LDO SEGU:DO A CF, A LDO: 

Compr eender á as metas e pr ior idades da administr ação pública feder al Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente 

Orientará a elaboração da LOA 

Disporá sobre as alterações na legislação tributária Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficias de fomento 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

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SEGU:DO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: Equilíbrio entre receitas e despesas 

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimentodas metas de resultado primário ou nominal previstas 

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursosdos orçamentos 

Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas I:TEGRARÁ O PROJETO DA LDO O A:EXO DE METAS FISCAIS QUE CO:TERÁ: 

As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 

A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que  justifiquem os

resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando aconsistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos

recursos obtidos com a alienação de ativos. Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidorespúblicos e do FAT; dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial 

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesasobrigatórias de caráter continuado. 

I:TEGRARÁ O PROJETO DA LDO O A:EXO DE RISCOS FISCAIS Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as 

providências a serem tomadas, caso se concretizem. 

2.4 SIDOR, SIAFI. 

O  Sistema  Integrado  de Dados  Orçamentários  (SIDOR)  é  um  sistema  de  tecnologia  da informação,  administrado  pelo  SERPRO,  implantado  e  utilizado  pelo  Governo  Federal  para fins  de  estruturar,  organizar  e  elaborar  a  proposta  orçamentária.  O  SIDOR  está  sendo substituído pelo Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP). Possivelmente  as  bancas  ainda  não  têm  maiores  informações,  tanto  que  o  CESPE  ainda previu  SIDOR  no  nosso  edital,  divulgado  recentemente,  e  até  porque  ele  ainda  não  foi totalmente  desativado.  A  idéia  é  que  no  futuro  o  SIOP  substitua  integralmente  os  sistemas hoje  existentes.  Atualmente,  o  SIOP  já  substituiu  seus  antecessores,  por  exemplo,  no  que 

se  refere  ao  registro  de  programas  e  ações,  captação  da  proposta  orçamentária  e distribuição  dos  valores  disponíveis  para  elaboração  do  orçamento  seguinte.  Como  está muito  recente,  o  que  vislumbro  que  possa  ser  cobrado  por  alguma  banca  bem  atualizada  é  o básico,  que  seria  exigir  o  conhecimento  do  candidato  que  o  SIOP  chega  para  substituir  e unificar  SIDOR  e  SIGPLAN.  Assim,  os  órgãos  centrais,  setoriais  e  as  unidades  orçamentárias do  Governo  Federal  passam  a  ter  um  único  sistema  para  alimentar  e  atualizar  o  cadastro  de programas  e  ações.  Outro  fato  importante  é  que  ele  permite  o  acesso  via  internet,  assim como o SIGPLAN, e diferentemente do SIDOR. 

O  Sistema  Integrado  de  Administração  Financeira  do  Governo  Federal  (SIAFI)  é  o principal  instrumento  utilizado  para  registro,  acompanhamento  e  controle  da  execução orçamentária,  financeira  e  patrimonial  do  Governo  Federal.  Um  assunto  muito  exigido  são  os principais objetivos do SIAFI. 

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  Receitas  Patrimoniais:  São  as  receitas  que  provêm  das  rendas  geradas  pelo patrimônio  do  próprio  Estado  (mobiliário  e  imobiliário),  tais  como  as  rendas  de 

aluguéis,  as  receitas  decorrentes  das  vendas  de  bens,  dividendos  e  participações. Entram  ainda  neste  conceito  as  receitas  decorrentes  de  pagamento  de  royalties  pela exploração  do  seu  patrimônio  por  delegatários  (concessionários   e  permissionários)   de serviços  públicos.  A  receita  patrimonial  é  muito  cobrada  em  prova.  Isso  ocorre  pela confusão  que  os  estudantes  normalmente  fazem  porque  o  termo  “patrimônio”   nos fazer  pensar  em  bens  de  capital,  como  terrenos,  casas,  carros,  etc.  Atenção:  receita patrimonial é receita corrente. Não é receita de capital. 

Quanto  à  Dí vida  ativa,  este  crédito  é  cobrado  por  meio  da  emissão  da  certidão  da  dívida ativa da Fazenda Pública da União  inscrita na  forma da  lei, valendo como  título de execução, o que  lhe  garante  liquidez.  São  os  créditos  da  Fazenda  Pública  de  natureza  tributária (proveniente  da  obrigação  legal  relativa  a  tributos  e  respectivos  adicionais,  atualizações 

monetárias,  encargos  e  multas  tributárias)  ou  não  tributária  (demais  créditos  da  fazenda pública)  exigíveis  em  virtude  do  transcurso  do  prazo  para  pagamento.  As  receitas decorrentes  de  dívida  ativa  tributária  ou  não  tributária  devem  ser  classificadas  como  “outras receitas correntes” . 

A  codificação  da  destinação  da  receita  (f onte)  dá  a  indicação  da  vinculação,  evidenciando,  a partir  do  ingresso,  as  destinações  dos  valores.  Quando  da  realização  da  despesa,  dever estar  demonstrado  qual  a  f onte  de  f inanciamento  da  mesma,  estabelecendo-se  a interligação entre a receita e a despesa. 

Os estágios da receita são previsão,  lançamento, arrecadação e recolhimento. Um  artigo  da  LRF  muito  cobrado  é  o  que  trata  da  previsão.  Dispõe  que  as  previsões  de receita  observarão  as  normas  técnicas  e  legais,  considerarão  os  efeitos  das  alterações  na 

legislação,  da  variação  do  índice  de  preços,  do  crescimento  econômico  ou  de  qualquer  outro fator  relevante  e  serão  acompanhadas  de  demonstrativo  de  sua  evolução  nos  últimos  três anos,  da  projeção  para  os  dois  seguintes  àquele  a  que  se  referirem,  e  da  metodologia  de cálculo  e  premissas  utilizadas.  Lembre-se  que  algumas  receitas  não  percorrem  o  estágio  da previsão, como aquelas proveniente de créditos extraordinários. Algumas  receitas  também  não  percorrem  o  estágio  do  lançamento.  São  tipicamente objetos  de  lançamentos  os  impostos  diretos  e  quaisquer  outras  rendas  com  vencimento determinado em  lei, regulamento ou contrato. A  arrecadação  consiste  na  entrega  do  recurso  ao  agente  ou  banco  arrecadador  pelo contribuinte  ou  devedor.  Já  o  recolhimento  consiste  no  depósito  em  conta  do  Tesouro, aberta  especificamente  para  esse  fim,  pelos  caixas  ou  bancos  arrecadadores.  Do  ponto  de vista  orçamentário,  o  reconhecimento  da  receita  orçamentária  ocorre  no  momento 

da arrecadação. 

2.6 Despesa pública: categorias, estágios. 

Na  classificação  institucional,  é  importante  lembrar  que  um  órgão  ou  uma  unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa. 

Na  classificação  f uncional  destaco  as  combinações.  As  subfunções  podem  ser  combinadas com  funções  diferentes  daquelas  às  quais  estão  relacionadas.  No  entanto,  as  ações  devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. 

Na estrutura programática, o destaque é que, atualmente, os Programas são classificados 

apenas  em  dois  tipos:  Programas  Finalísticos  e  Programas  de  Apoio  às  Políticas  Públicas  e 

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Áreas  Especiais. O  outro destaque  é  que os  tipos  de  ações  são  projeto  (limitado  no  tempo), atividade (modo contínuo e permanente) e operações especiais (não resulta um produto). 

Fundamental  o  conhecimento  da  Regra  de  Ouro:  São  vedados  a  realização  de  operações de  créditos  que  excedam  o  montante  das  despesas  de  capital,  ressalvadas  as  autorizadas mediante  créditos  suplementares  ou  especiais  com  finalidade  precisa,  aprovados  pelo  Poder Legislativo por maioria absoluta. 

Os  estágios  da  execução  da  despesa  são  empenho,  liquidação  e  pagamento.  O  que  pode  ser dispensado  é  a  nota  de  empenho  e  nunca  o  empenho.  O  pagamento  da  despesa  só  será efetuado quando ordenado após sua regular  liquidação. O  CESPE  concorda  com  a  tese  de  que  muitos  especialistas  da  área  defendem  a  necessidade de  se  considerarem,  pelo  menos,  mais  dois  estágios  antes  do  empenho:  a  programação  (ou fixação) da despesa e a  licitação. 

2.7 Suprimento de fundos. 

O  regime  de  adiantamento,  suprimento  de  fundos,  é  aplicável  aos  casos  de  despesas expressamente  definidas  em  lei  e  consiste  na  entrega  de  numerário  a  servidor,  sempre 

precedida  de  empenho  na  dotação  própria,  para  o  fim  de  realizar  despesas  que  pela excepcionalidade,  a  critério  do  Ordenador  de  Despesa  e  sob  sua  inteira  responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos: 

  para  atender  despesas  eventuais,  inclusive  em  viagem  e  com  serviços  especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; 

  quando  a  despesa  deva  ser  feita  em  caráter  sigiloso,  conforme  se  classificar  em regulamento; e 

  para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar  limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda. 

Importante:  É  vedada  a  realização  de  despesa  sem  prévio  empenho.  Assim,  inclusive  a concessão de suprimento de  fundos deve ser sempre precedida de empenho. 

A  concessão  de  suprimento  de  fundos  deverá  ocorrer  por  meio  do  Cartão  de  Pagamento do  Governo  Federal  (conhecido  como  cartão  corporativo),  utilizando  as  contas  de suprimento  de  fundos  somente  em  caráter  excepcional,  onde  comprovadamente  não  seja possível utilizar o cartão. Atenção:  o  artigo  47  do  Decreto  93.872/86  pode  ser  uma  boa  questão  de  prova,  pois menciona  o  Departamento  de  Polícia  Federal.  Guarde  no  mínimo  este  trecho:  a  concessão  e aplicação  de  suprimento  de  fundos,  ou  adiantamentos,  para  atender  a  peculiaridades  do Departamento  de  Polí cia  Federal  do  Ministério  da  Justiça  (e  outros)  obedecerão  ao Regime  Especial  de  Execução  estabelecido  em  instruções  aprovadas  pelos  respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. 

2.8 Restos a pagar. Na  Contabilidade  Pública,  na  estrutura  do  balanço  f inanceiro,  os  Restos  a  Pagar  são classificados  como  receitas  extraorçamentárias,  para  que  na  contrapartida,  quando  forem pagos, sejam classificados como despesas extraorçamentárias. Importante:  Restos  a  Pagar  são  despesas  extraorçamentárias  e  integram  a  programação financeira do exercício em curso. Os  valores  inscritos  em  Restos  a  Pagar  deverão  ser  pagos  durante  o  exercício  financeiro subsequente,  ou  seja,  até 31/12  do  ano seguinte à  realização do  empenho. Após  esta  data, 

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os  saldos  remanescentes  serão  automaticamente  cancelados,  pois  a  reinscrição  de empenhos em Restos a pagar é vedada. 

QUADRO I:SCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR Os empenhos referentes a despesas  já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não-

anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelovalor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado. 

O empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 

Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; Vencido o prazo do item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de

interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 

Corresponder a compromissos assumidos no exterior. 

2.9 Despesas de exercícios anteriores. 

As  Despesas  de  Exercí cios  Anteriores  são  dívidas  resultantes  de  compromissos  gerados em  exercícios  financeiros anteriores àqueles em  que ocorrerão  os  pagamentos. Fundamental o conceito  do  art.  37  da  Lei  4320/64:  as  Despesas  de  Exercícios  Anteriores  são  as  despesas relativas  a  exercícios  encerrados,  para  as  quais  o  orçamento  respectivo  consignava  crédito próprio,  com  saldo  suficiente  para  atendê-las,  que  não  se  tenham  processado  na  época própria,  bem  como  os  Restos  a  Pagar  com  prescrição  interrompida  e  os  compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. 

Atenção:  São  despesas  orçamentárias,  pois  seu  pagamento  ocorre  à  custa  do  Orçamento vigente.  Uma  comparação  interessante  seria  com  os  Restos  a  Pagar,  que  são extraorçamentários. 

2.10 Conta única do Tesouro 

Cuidado! A Conta Única do Tesouro Nacional é mantida  junto ao Banco Central do Brasil e  sua  operacionalização  será  efetuada  por  intermédio  do  Banco  do  Brasil,  ou, excepcionalmente, por outros agentes  financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. Interessante  saber  o  destino  das  disponibilidades:  as  disponibilidades  de  caixa  da  União serão  depositadas  no banco  central;  as  dos  Estados,  do  Distrito  Federal,  dos  Municípios  e dos  órgãos  ou  entidades  do  Poder  Público  e  das  empresas  por  ele  controladas,  em 

instituições  financeiras oficiais,  ressalvados os casos previstos em  lei. As disponibilidades de caixa  relativas à Previdência Social deverão ser  separadas das demais disponibilidades do ente público. 

Ótima  prova! 

Forte  abraço! 

Sérgio Mendes 

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8) ARQUIVOLOGIA – Davi Barreto e Fernando Graeff  

Olá, Amigo Concurseiro. 

Estamos  aqui,  mais  uma  vez,  agora  com  um  Bizu  de  Arquivologia.  Nosso objetivo  é  destacar  os  pontos  mais  importantes  da  disciplina  que,  no  nosso entendimento, têm maior probabilidade de  “cair na prova”. 

Escrevemos  essas  6  páginas  para  você,  que  já  estudou  muito  e  quer  focar, nesse momento, naquilo que mais  interessa. 

Essa  disciplina  não  foi  cobrada  nos  certames  anteriores  da  Polícia  Federal, contudo,  com  base  no  edital  e  nas  últimas  provas  que  o  CESPE  realizou, acreditamos  que  você  vai  se  deparar,  pelo  menos,  com  cinco  questões  de Arquivologia. 

Por  isso,  vamos  tentar  ser  bem  pontuais,  mesmo  porque  essas  cinco questões podem fazer toda a diferença... 

Dentro  do  tópico  “conceitos  fundamentais  de  arquivologia”,  a  banca  sempre 

traz  questões  envolvendo  a  definição  de  Arquivo.  Portanto,  temos  que  ter  em mente que: 

Arquivo  pode  ser  definido  como  a  designação  genérica  de  um  con junto  de documentos  produzidos  e  recebidos  por  uma  pessoa  f í sica  ou  jurí dica,  pública  ou  privada,  caracterizado  pela  natureza  orgânica de sua  acumulação  e  conservado  por  essas  pessoas  ou  por  seus sucessores, para f ins de prova ou  inf ormação. 

Guarde, especialmente, os dois pontos destacados acima: 

1.  O  arquivo  é  caracterizado  pela  natureza  orgânica  que  existe  entre  seus documentos,  que  surge  em  função  das  atividades  da  administração. Não  se  compreende  o  documento  de  arquivo  fora  do  meio  que  o produziu. 

2.  Os  documentos  servem  de  prova  das  transações  realizadas  pela institução. 

Atenção:  documentos  de  arquivo  não  podem  ser  colecionados,  pois fazem  parte  de  um  conjunto  orgânico.  Portanto,  uma  coleção  particular, 

reunida  por  uma  pessoa  ou  instituição  (ex.:  museus  e  bibliotecas)  não  pode ser considerada como arquivo. 

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Outro  ponto  sempre  cobrado  nas  provas  se  refere  ao  valor  primário  e  ao valor secundário dos arquivos. O  valor  primário  é  atribuído  ao  documento  em  f unção  do  interesse  que possa  ter  para  a  entidade  produtora,  levando-se  em  conta  a  sua utilidade para f ins administrativos, legais e f iscais. 

O  valor  secundário  é  atribuído  ao  valor  histórico,  probatório  e inf ormativo,que  o  documento  conserva  para  a  entidade  que  o produziu e para terceiros. 

Um  assunto  que  está  diretamente  relacionado  ao  valor  do  arquivo  é  a  Teoria das  Três  Idades.  Sobre  isso,  você  tem  que  saber  quais  são  as  características dos arquivos correntes,  intermediários e permanentes. 

  Arquivo  corrente  (=primeira  idade):  documentos  com  valor primário  e  consultados  f requentemente,  conservados  nos escritórios  ou  nas  repartições  que  os  receberam  e  os  produziram  ou em dependências próximas de fácil acesso. 

  Arquivo  intermadiário  (=segunda  idade,   “limbo”,   “purgatório”): 

documentos  que  ainda  conservam  seu  valor  primário,  mas deixaram  de  ser  consultados  f requentemente,  aguardam  sua destinação final. 

  Arquivo  Permanente  (=terceira  idade):  documentos  que  perderam todo  valor  primário,  que  se  conservam  em  razão  de  seu  valor secundário,  constituindo,  assim,  meios  de  conhecer  o  passado  e  a evolução da organização e da sociedade. 

Atenção:  documentos  de  valor  permanente  são  inalienáveis  e 

imprescrití veis. O  CESPE,  em  suas  questões,  adora  associar  os  conceitos  de  valor  dos documentos  com  as  diferentes  idades  do  arquivo.  Pode  ter  certeza  que  uma questão sobre  isso é certa na prova de domingo. 

Ainda  dentro  de   “conceitos  fundamentais  de  arquivologia”,  outro  ponto bastante  explorado  é  a  classif icação  dos  documentos  com  relação  à natureza do assunto, que pode ser: 

  Documento  ostensivo:  trata  de  assunto  sem  qualquer  restrição legal de acesso. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

2. Utilização::  atividades  de  protocolo  (recebimento,  classificação, registro,  distribuição  e  tramitação),  expedição,  organização  e arquivamento  de  documentos  em  fase  corrente  e  intermediária.  Além disso,  nessa  fase,  são  elaboradas  as  normas  de  acesso  à documentação e à recuperação de  informações. 

3.  Avaliação  e  destinação::  análise  dos  documentos  para  estabelecer seus  prazos  de  guarda,  determinando  quais  serão  recolhidos  ao arquivo permanente e quais serão eliminados. 

Queremos  que  você  tome  bastante  cuidado,  principalmente  com  as  duas 

últimas  fases.  Um  tipo  de  “pegadinha”   muito  comum  do  CESPE  é  misturar atividades  e  fases,  dizendo,  por  exemplo,  que  a  classificação  faz  parte  da fase de avaliação ou que a tramitação faz parte da fase de destinação. 

Ainda   “brincando”   com  as  diferentes  atividades  de  cada  fase,  a  banca costuma explorar bastante o que faz parte do Protocolo. 

Portanto,  guarde  bem:  o  protocolo  executa  os  procedimentos  de recebimento, classif icação, registro e movimentaçãodos documentos. 

Dentro  da  “gestão  de  documentos”,  há  outro  assunto  que  é  muito  cobrado nas  provas:  arquivamento,  mais  precisamente,  os  métodos  de arquivamento. 

Os  métodos  de  arquivamento  têm  a  tarefa  de  organizar  o  arquivo,  de  acordo com  a  natureza  dos  documentos  e  com  a  estrutura  da  entidade,  de  forma  a pemitir que os documentos sejam eficientemente acessados. 

Esses  métodos  podem  pertencer  a  dois  grandes  sistemas: direto  (busca  da 

documentação  é  feita  diretamente  no  local  onde está guardado)  ou  indireto (busca é feita mediante consulta de um  índice ou código) 

Algo  importante  para  a  sua  prova  é  saber  quais  são  os  diferentes  métodos existentes. 

Métodos Elemento principal a ser consultado no 

arquivo é... Sistema 

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 Básicos  Alfabético  nome  direto 

CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Geográfico  procedência ou  local  direto 

Numérico  número  direto e  indireto 

Ideográfico  assunto  indireto 

Padronizados Variadex,  Automático,  Soundex,  Rôneo e Menmônico 

indireto 

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Ainda  no  segundo  tópico,  outro  ponto  muito  importante  refere-se  às  normas criadas  pela  instituição  para  fixar  diretrizes  e  prazos  para  destinação  dos documentos, denominadas  instrumentos de destinação. 

Existem  dois  principais  instrumentos  de  destinação:  tabela  de temporalidade e lista de eliminação. 

  Tabela  de  Temporalidade::  determina  os  prazos  em  que  os documentos  devem  ser  mantidos  nos  arquivos  correntes  e/ou intermediários,  ou  recolhidos  aos  arquivos  permanentes.  Guarde bem esse  instrumento, pois é o  “preferido”  do CESPE. 

Atenção:  não  há  um  prazo  genérico  pré-def inido  para  que os  documentos  permaneçam  nos  arquivos  correntes  e 

intermediários. Cada caso é um caso. 

  Lista  de  Eliminação::  consiste  em  uma  relação específica  de documentos  a  serem  eliminados  de  uma  só  vez  (necessita aprovação da autoridade competente). 

Dentro  da  fase  de  avaliação  e  destinação,  outro  ponto  que  merece  destaque é a diferença entre transferência e recolhimento. 

Transf erência é passagem do arquivo corrente para o  intermediário e recolhimento é passagem para o arquivo permanente  . 

No  que  se  refere  ao  tópico  do  edital  “arquivo  permanente”,  o  que importa  saber  são  as  suas  funções:  reunir,  conservar,  arran jar, descrever e f acilitar a consulta aos documentos sob sua custódia. 

E mais  importante ainda, o que quer dizer cada uma delas. 

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 CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF 

PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

  Arranjo::  consiste  na  reunião  e  ordenação  adequada  dos documentos no arquivo permanente. 

  Descrição  e  publicação::  são  instrumentos  de  pesquisa  para  a localização  dos  documentos  no  acervo,  que  permitem  a consulta e divulgação. 

  Conservação::  medidas  de  proteção  dos  documentos  e  do  seu lugar de guarda. 

  Referência::  consiste  nas  polí ticas  de  acesso  e  uso  dos documentos. 

Mais  uma  vez,  não  podemos  confundir  o  que  quer  dizer  cada  atividade.  Por exemplo,  uma   “pegadinha”   clássica  é  dizer  que  referência  se  refere  aos instrumentos de pesquisa. Não erre  isso! 

Atenção: ao  tratar do arquivo permanente, deve-se sempre  levar em consideração o princí pio da proveniência(=respeito aos fundos). 

Já  no  último  tópico  do  edital,  “tipologias  documentais  e  suportes  físicos”, destacamos alguns pontos  importantes sobre microf ilmagem. 

Microfilmagem  é  um  processo  reprográfico  autorizado  pela  Lei  5.433/68  e pelo  Decreto  1.799/96,  que  consiste  na  produção  de  imagens  fotográficas  de um documento em formato altamente reduzido. 

As  principais  vantagens  desse  processo  são  a  redução  sensível  de  espaço;  o 

acesso  fácil  e  rápido;  a  segurança  e  a  garantia  da  confidencialidade  das informações; e a durabilidade. 

Atenção: microf ilme tem o mesmo valor  legal do documento original. (Art. 1º, § 1º, da Lei 5.433/68) 

Ainda sobre esse assunto, um ponto que pode conf undir o candidato é a f alsa impressão que os documentos com valor de guarda permanente poderão  ser  eliminados,  após  a  microf ilmagem.  Isso  não  é  verdade, 

pelo  menos  para  os  documentos  oficiais  e  públicos,  que  deverão  ser 

recolhidos ao arquivo público ou preservados pelo próprio órgão detentor. 

CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON 

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CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Bom,  amigo,  esse  é  o  nosso  Bizu.  Esperamos  que  seja  certeiro  e  decisivo para sua aprovação. 

Bons estudos e boa sorte! 

Fernando e Davi 

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9) DIREITO PENAL  – Júlio Marqueti 

Caros amigos, agora é a hora. Seguem algumas dicas (conceitos) de última hora. Abaixo você vão encontrar anotações  importantes e que, não poucas vezes, são esquecidas. No entanto, são de grande 

importância para nossa prova. Vamos  lá: 

Conceito de inf ração penal: 

A  expressão  infração  penal  deve  ser  entendida  em  sentido  amplo,  abrangendo,  assim,  crime  e contravenção penal. 

A  Lei  de  Introdução  ao  Código  Penal  e  à  Lei  das  Contravenções  Penais,  em  seu artigo  1o  define  crime  e contravenção  penal.  Os  conceitos  foram  estabelecidos  levando  em  conta  a  pena  aplicável  em  cada 

uma das  infrações penais. 

Considera-se  crimea infração  penal  que  a  lei  comina  pena  de  reclusão  ou  de  detenção,  quer isoladamente,  quer  alternativa  ou  cumulativamente  com  a  pena  de  multa;  contravenção,  a  infração penal  a  que  a  lei  comina,  isoladamente,  pena  de  prisão  simples  ou  de  multa,  ou  ambas,  alternativa  ou cumulativamente1. 

O  legislador pátrio  adotou  o sistema bipartido,  onde  crime, em  sentido  amplo  (ou  infração  penal),  é tanto crime, em sentido estrito, como contravenção penal. 

Do f ato tí pico 

Segundo a doutrina, f ato  tí pico é aquele acontecimento  (fato concreto) que se ajusta ao modelo (tipo 

penal) previsto na  lei penal. O fato típico é o primeiro dos elementos conceituais de crime. Ainda de acordo com a doutrina, o  fato típico é composto dos seguintes elementos ou requisitos: 

Conduta; 

Resultado; 

Nexo causal; 

Tipicidade. 

Crime seria então: Fato típico + antijurídico (teoria finalista bipartida) 

Fato típico + antijurídico + culpável (teoria clássica ou causal) 

A doutrina majoritária adota a teoria clássica ou casual ou naturalista para definir o crime. No entanto, o legislador pátrio optou pela finalista (bipartida). 

A  culpabilidade–  reprovabilidade  do  fato  –  não  constitui  elemento  ou  requisito  do  fato  típico.  Para  a teoria  finalista  da  ação,  a  culpabilidade  é  pressuposto  para  aplicação  da  pena.  Assim,  para  seus adeptos,  observado  que  o  agente  cometeu  crime  (fato  típico  +  antijurídico),  caberá  ao  julgador  aferir  a existência de culpabilidade, para depois, aplicar a pena. 

Da tipicidade: 

1 DECRETO-LEI Nº 3.914, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1941 (Lei de Introdução ao Código Penal e à Lei das Contravenções Penais 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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A  tipicidade  é  um  dos  elementos  do  fato  típico.  Portanto,  é  absolutamente  indispensável   para  que ocorra  crime.  É  certo,  ademais,  é  que  a  existência  de  fato  típico,  tão-só,  não  levará  à  existência  de 

crime. De  acordo  com  a  doutrina  a  tipicidade  poderá  ser  formal  ou  material.  Tipicidade  f ormal  é  a adequação  do  fato  social  (acontecimento)  ao  tipo  penal  (fato  legal).  Assim,  aquele  que  mata  alguém pratica  fato  que  se  ajusta  diretamente  ao  tipo  penal  que  prevê  o  crime  de  homicídio  (artigo  121  do CP). 

Neste  caso,  a  tipicidade  f ormal  é  direta  quando  o  ajuste  do  fato  social  ao  fato  abstrato  (tipo  penal) se  dá  sem  qualquer  norma  de  extensão.  É  o  que  ocorre  com  a autoria.  Considerando-se  que  o  autor  é aquele  que  realiza  o  verbo  descrito  no  tipo,  sua  conduta  é  dotada  de  tipicidade  direta,  já  que  se amolda ao tipo sem qualquer norma de extensão. 

Diferente  situação ocorre com  a participação. Partícipe é  aquele  que  colabora de  qualquer  modo para o desiderato  criminoso,  sem,  no  entanto,  realizar  a  conduta  descrita  no  tipo.  A  rigor  sua  conduta  é 

atípica,  pois  não  se  ajusta  ao  tipo.  Veja  o  caso  daquele  que  cede  a  arma  a  outrem  para  matar.  O  fato de  ceder  a  arma  não  constitui  crime  de  homicídio.  No  entanto,  sua  colaboração  passa  a  ter  tipicidade aplicando-se ao fato o disposto no artigo 29 do CP. 

Regras comuns às penas privativas de  liberdade Art.  29  -  Quem,  de  qualquer  modo,  concorre  para  o  crime  incide  nas  penas  a  este cominadas, na medida de sua culpabilidade. §  1º  - Se a  participação  for  de menor  importância, a pena  pode  ser  diminuída  de  um  sexto a um terço. §  2º  - Se  algum  dos  concorrentes  quis  participar  de crime  menos  grave,  ser-lhe-á  aplicada a  pena  deste;  essa  pena  será  aumentada  até  metade,  na  hipótese  de  ter  sido  previsível  o resultado mais grave. 

De  acordo  com  referido  dispositivo  legal,  todos  que,  de  qualquer  modo,  concorrem  para  o  crime incidem  em  suas  penas,  na  medida  de  sua  culpabilidade.  Então,  a  participação  carece  de  tipicidade direta.  Sua  tipif icação  se dará de  f orma  indireta,  ou  seja,  com  a  incidência  da  norma  de  extensão contida  no  artigo  29  do  CP.  Sem  ela,  o  partícipe  não  responderia  por  homicídio  no  caso  de  cessão  da arma de  fogo para outrem matar. 

Do elemento sub jetivo especial: 

O  tipo  penal  (descrição  legal)  contém  seus  elementos.  Estes  podem  ser  objetivos,  normativos  ou subjetivos. Ob jetivos são os elementos que se referem à  forma de execução, ao  lugar, ao tempo etc.. (ex: asfixia, matar, subtrair). Os elementos objetivos são conhecidos como descritos. 

Há,  ainda,  elementos  normativos  do  tipo.  Consideram-se  elementos  normativos  do  tipo  aqueles que, para sua compreensão, dependem de  interpretação, de  juízo de valor. Diz Damásio2  que 

 “Os  elementos  normativos  do  tipo  podem  apresentar-se  sob  a  forma  de  franca referência ao  injusto  (indevidamente, sem  justa causa, sem  formalidades  legais), sob a forma  de  termos   jurídicos  (documento,  função  pública,  funcionário  público)  ou extrajurídicos (mulher honesta, dignidade, decoro, saúde, moléstia)”. 

Abaixo  segue  em  negrito  as  expressões  que  denotam  a  existência  de  elementos  normativos  do  tipo. Observem  as  expressões  “ato  obsceno”   (Crime  de  ato  obsceno  –  Artigo  233  do  CP)  e  “casamento”  (Crime de bigamia – Artigo 235 do CP). São elas elementos normativos do tipo. 

Ato obsceno Art. 233 - Praticar ato obsceno em  lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 

2 Jesus – Damásio Evangelista – Direito Penal – Parte Geral – Volume 1 – Editora Saraiva. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

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MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Bigamia 

Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: Pena - reclusão, de dois a seis anos. 

(CESPE/DELEGADO/PB/2009) 35- A respeito de tipicidade, ilicitude e culpabilidade,  julgue. 1  Elemento  subjetivo  especial  é  aquele  que  depende  de  uma  interpretação  jurídica,  como  ocorria  em  relação  ao conceito de mulher honesta, atualmente não mais previsto na legislação penal. Gabarito: ERRADO. 

Finalmente,  devemos  dispensar  atenção  aos  elementos  sub jetivos  do  tipo.  Segundo  a  doutrina, elementos  subjetivos  do  tipo  são  aquele  que  se  referem  ao  aspecto  anímico  do  sujeito.  Referem-se  ao objetivo, ao  fim buscado, à  finalidade do sujeito. São exemplos de  elementos subjetivos do  tipo:  “para si ou  para  outrem”   (Crime  de  furto  -  Artigo  155  do  CP),   “com  o  fim  de  levá-los  para  território estrangeiro”  (Crime de Aliciamento para fim de emigração – Artigo 206 Do CP). 

Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 

Aliciamento para o f im de emigração Art.  206  -  Recrutar  trabalhadores,   mediante  fraude,  com  o  fim  de  levá-los  para território estrangeiro. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. 

Do nexo de causalidade 

Sobre o tema o  legislador dispensou atenção no artigo 13 do CP. 

Relação de causalidade Art.  13  -  O  resultado,  de  que  depende  a  existência  do  crime,  somente  é imputável a quem  lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente §  1º  -  A  superveniência   de  causa  relativamente  independente  exclui  a imputação  quando,  por  si  só,  produziu  o  resultado;  os  fatos  anteriores, entretanto,  imputam-se a quem os praticou. 

O  nosso  legislador,  ao  tratar  do  nexo  de  causalidade,  adotou,  como  regra,  a  teoria da equivalência causal  ou  da  “conditio  sine  qua  non”  (Artigo  13,  “caput”,  do  CP).  Segundo  tal  teoria,  basta  que haja relevância no processo causal para que o evento seja considerado como causa. 

Excepcionalmente,  todavia,  a  teoria  utilizada  pelo  Código  Penal  é,  de  acordo  com  Fernando  Capez  e Edilson  M.  Bonfim,  a  teoria  da  causalidade  adequada,  segundo  a  qual  causa  somente  será  o  evento que,  isolada  e  individualmente  (desprezado  o  processo  causal),  teve  idoneidade  para  produzir  o resultado.3 

A teoria da causalidade adequada f oi adotada pelo  legislador como exceção ao  tratar da causa superveniente relativamente  independente (Artigo 13, parágrafo 1º, do CP). 

(CESPE/MPE/RN/2009) 1.  Em  regra,  o  CP  adotou  a  teoria  da  causalidade  adequada  para  identificar  o  nexo  causal  entre  a conduta e o resultado. 

3  Capez – Fernando e Bonfim – Edílson M.  -  Direito Penal Parte Geral – Editora Saraiva – 2ª edição. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Existência de perigo atual. 

Perigo atual é a ameaça que se verifica no momento em que o bem é sacrificado. Diferentemente da legítima defesa, no estado de necessidade não se fala em perigo  iminente. 

Assim,  apesar  de  posturas  doutrinárias  em  sentido  contrário6,  em  caso  de  perigo  iminente  não haverá  o  estado  de  necessidade.  No  entanto,  não  se  deve  confundir  perigo  iminente  com  dano iminente.  A  iminência  de  dano  gera  uma  situação  de  perigo  atual,  o  que  legitima  o  estado  de necessidade.  É  certo  que,  para  existir  o  estado  de  necessidade,  a  situação  de  perigo  pode  decorrer  de conduta humana ou não. 

Inexistência de dever legal de enf rentar o perigo. 

Segundo  a  doutrina,  o  agente  a  invocar  o  estado  de  necessidade  não  pode  ser  daqueles  que  têm  o dever  legal  de  enfrentar  o  perigo.  Portanto,  se  o  sujeito  tem  o  dever  legal  de  enfrentar  o  perigo,  não 

poderá  alegar  o  estado  de  necessidade.  Esta  afirmação,  todavia,  não  deve  ser  absoluta,  já  que  não  se exige do sujeito, por exemplo, que exponha a vida a risco para salvar bem patrimonial. 

Do estrito cumprimento do dever legal 

O estrito cumprimento do dever  legal, apesar  de arrolado dentre  as hipóteses de  exclusão da  ilicitude, não é definida pelo  legislador. A sua definição coube à doutrina. 

Exclusão de  ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o  fato: I - em estado de necessidade; II - em  legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever  legal ou no exercício regular de direito. 

Excesso puní vel Parágrafo único  -  O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,  responderá pelo excesso doloso ou culposo. 

Guilherme  de  Souza  Nucci  define,  em  seu  Manual  de  Direito  Penal,  Editora  RT,  o  estrito cumprimento  de  dever  legal  como  a  ação  praticada  em  cumprimento  a  um  dever  imposto  por  lei. Necessário  que  o  cumprimento  seja  nos  estritos  ditames  legais.  Assim,  se  o  sujeito  vai  além  do  que lhe permite a  lei, não haverá a excludente da  ilicitude. 

Como,  para  a  caracterização  da  excludente,  exige-se  que  o  agente  esteja  no  cumprimento  do  dever legal, não poderá caracterizá-la o dever moral ou religioso. 

São  exemplos  de  estrito  cumprimento  do  dever  legal:  1-  a  execução  de  pena  de  morte  feita  pelo carrasco,  quando  o  sistema  jurídico  o  admite;  2  -  a  morte  do  inimigo  no  campo  de  batalha,  quando  em guerra. 

O que seria, entretanto, o dever  legal? 

Segundo  a  doutrina  majoritária  é  aquele  que  advém  de  lei.  O  termo  “lei”   deve  ser  entendido  em sentido  amplo,  abrangendo  também  “os  decretos,  os  regulamentos,  as  portarias  ou  qualquer  outro ato normativo de natureza geral”. 

Da culpabilidade 

A  obediência  hierárquica  e  a  coação  (moral)  irresistível  constituem  causas  de  exclusão  da culpabilidade  . Estão previstas no artigo 22 do CP. 

6 Toledo – Francisco de Assis – Princípios Básicos de Direito Penal – Editora Saraiva – pag.185 – 5ª edição. 

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Coação irresistí vel e obediência hierárquica Art.  22  -  Se  o  fato  é  cometido  sob  coação  irresistível  ou  em  estrita 

obediência  a  ordem,  não  manifestamente  ilegal,  de  superior  hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 

A  ordem  de  superior  hierárquico,,  para  aplicabilidade  do  disposto  no  artigo  22  do  CP,  deve  ser  aquela que,  na  estrutura  hierarquizada  da Administração Pública,  é  emanada  do  hierarca a  seu  subalterno. A este a  lei  impõe o dever de cumprir a ordem, não  lhe cabendo argüir,  indagar, sobre sua  legalidade. 

Só  não  está  obrigado  a  cumprir  quando  a  ordem  for  eivada  de  ilegalidade  manifesta.  Para  ilustrar, observe  o  dever  funcional  contido  no  artigo  116  da  Lei  8112/90  (Estatuto  dos  Servidores  Civis  da União). 

Dos Deveres Art. 116.  São deveres do servidor: IV - cumprir  as  ordens  superiores,  exceto  quando  manifestamente ilegais ; 

A  obediência  à  ordem  de  superior  hierárquico  exclui  da  culpabilidade,   pois  não  se  pode  exigir  do subalterno uma outra conduta que não seja o efetivo cumprimento do que  lhe foi determinado. 

No  entanto,  quando  a  ordem  for  manifestamente  ilegal  haverá  a  reprovabilidade  da  conduta  e,  com isso, a culpabilidade. 

Observe  o  exemplo  do  Agente  da  polícia  federal  que  recebe  do  Delegado,  seu  superior hierárquico,  a  ordem  para,  por  meio  de  tortura,  conseguir  as  informações  necessárias  do indiciado.  Caso  venha  a  cumprir  a  ordem,  não  poderá  alegar  a  ausência  de  culpabilidade, pois  a  ordem  dada  é  manifestamente  ilegal.  Assim,  dele  era,  nas  circunstâncias  em  que  se encontrava, exigida uma conduta diversa. 

Excluirá, então, a culpabilidade o cumprimento de ordem não manif estamente ilegal. 

A  obediência  hierárquica,  como  causa  excludente  de  culpabilidade,  não  ocorrerá  quando  a subordinação  for  de  cunho  moral,  religioso  ou  social.  Poderá  haver  no  caso  coação  moral  irresistível, mas não obediência hierárquica. 

Para Nucci7, o reconhecimento da obediência hierárquica exige a presença dos seguintes elementos: 

Existência de uma ordem não manif estamente ilegal. 

Ordem emanada de autoridade competente. 

Existência,  como  regra,  de  três  pessoas  envolvidas:  superior, subordinado e ví tima. 

Relação  de  subordinação  hierárquica  entre  o  mandante  e  o  executor, baseada em direito público. 

Estrito cumprimento da ordem. 

Da classif icação de crime 

Diz-se,  realmente,  que  há  o  crime  qualif icado  quando  ao  “caput”   (tipo  básico  ou  fundamental)  o legislador  agrega  circunstâncias  (elementos  que  eventualmente  se  apresentam)  que  elevam  ou majoram a pena. 

7 Nucci – Guilherme de Souza – Manual de Direito Penal – Editora Revista dos Tribunais. 

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É  o  que  ocorre  com  o  homicídio,  já  que  à  figura  fundamental  (conhecido  doutrinariamente  como simples)  agregam-se  hipóteses  que  elevam  a  pena  (parágrafo  2º).  Vale  ressaltar  que  o  crime 

qualificado ocorrerá sempre que houver circunstância que elevem ou majorem a pena. Portanto,  em  sentido  amplo,  será  considerado  crime  qualificado  aquele  que  é  agravado  (aumento  de pena)  como  também  aquele  em  que  há  as  conhecidas  qualificadoras,  ou  seja,  hipóteses  que  alteram  a pena cominada. 

No  homicídio  as  hipóteses do  parágrafo  2º  constituem  qualificadoras,  já que  alteram  substancialmente a pena  cominada.  Já  no  caso  do  parágrafo  4º,  há  causas  de  aumento  de  pena.  Em  ambos  os  casos estamos  diante  de  circunstâncias  que  elevam  ou  majoram  a  pena  e,  com  isso,  constituem  hipóteses  de crime qualificado. 

Segundo Damásio8: 

 “O  crime  é  qualificado  quando  o  legislador,  depois  de  descrever  a  figura  típica  fundamental,  agrega 

circunstâncias que aumentam a pena”. 

De  acordo  com  a  doutrina,  os  crimes,  levando  em  conta  a  necessidade  de  resultado,  são  classificados como: matérias, f ormais e de mera conduta. 

Materiais  são  os  crimes  que  dependem,  para  sua  consumação,  da  ocorrência  do  resultado mencionado  no  tipo  (resultado  naturalístico).  É  o  que  se  dá  com  o  homicídio  em  que  a  consumação ocorre com a morte. 

Formais  são  os  crimes  que,  apesar  de  a  figura  típica  descrever  determinado  resultado,  se  consumam com  a  conduta.  São  conhecidos  como  crimes  de  consumação  antecipada.  Exemplos:  ameaça,  violação de segredo, crimes contra a honra. 

Já  de  mera  conduta  são  os  crimes  em  que  o  legislador  não  faz  qualquer  menção  a  resultado. Descreve,  de  fato,  somente  a  conduta.  Exemplos  clássicos:  violação  de  domicílio;  crimes  omissivos puros. 

O  crime  de  ameaça,  previsto  no  artigo  147  do  CP,  é  classificado  como  formal  já  que  descreve  a conduta  e  não  exige  que  a  vítima  se  sinta  ameaçada..  Basta,  para  sua  consumação,  que,  por  qualquer meio, o sujeito ativo prometa causar à vítima, mal  injusto e grave. 

Ameaça Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal  injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante  representação. 

Da tentativa 

A  figura da tentativa está  inserta no artigo 14, II, do CP. Trata-se de hipótese de tipicidade  indireta ou por extensão ou por assimilação. 

Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I  -  consumado,  quando  nele  se  reúnem  todos  os  elementos  de  sua definição  legal; Tentativa II  -  tentado,  quando,  iniciada  a  execução,  não  se  consuma  por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa 

Jesus – Damásio Evangelista – Direito Penal – Parte Geral – Volume 1 – Editora Saraiva. 

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Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a  pena  correspondente  ao  crime  consumado,  diminuída  de  um  a  dois 

terços. 

Alguns  crimes,  no  entanto,  não  admitem  tentativa.  Segundo  a  doutrina  majoritária,  não  se  fala  em tentativa nos seguintes casos: 

1-  Crimes unissubsistentes 2-  Crimes preterdolosos 3-  Crimes culposos 4-  Crimes habituais 5-  Crimes omissivos puros (ou próprios) 6-  As contravenções penais 

Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. 

A tentativa pode ser classificada em  : 

Perf eita  (ou  crime  f alho):  quando  o  agente  exaure  todo  o  processo  executório,  mas  mesmo  assim não  consegue  a  consumação  por  circunstâncias  alheias  à  sua  vontade  (ex:  o  agente  dispara  todos  os projeteis disponíveis em sua arma). Na tentativa perfeita não há  interrupção do processo executório. 

Imperf eita  (ou própria):  quando  o  processo  executório  é  interrompido  por  circunstâncias  alheias  à vontade do agente (ex: o agente dispara uma só vez quando tinha à sua disposição outros projeteis). 

(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007)  Julgue os  itens seguintes, relativos à teoria geral do crime. 1.  Quando  o  processo  preparatório  de  um  crime  é  interrompido  por  circunstâncias  alheias  à  vontade do agente, fala-se em tentativa perfeita ou crime falho. Gabarito: ERRADO 

Da desistência voluntária 

A desistência voluntária, como também o arrependimento eficaz,  leva à atipicidade  da  conduta,  mas permitem  a  responsabilização  do  agente  pelos  atos   já  praticados  caso  constituam,  por  si,  ilícitos penais. 

Desistência voluntária e arrependimento ef icaz Art.  15  -  O  agente  que,  voluntariamente,  desiste  de  prosseguir  na  execução  ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos  já praticados. 

A  mãe  ao  suspender  dolosamente  a  amamentação  do  filho  com  o  fim  de  causar-lhe  a  morte  dá  início  à execução  do  crime  de  homicídio.  No  entanto,  quando,  por  vontade  própria  volta  a  alimentá-la  não 

comete homicídio tentado. 

Crime  consumado  não  houve,  já  que  a  criança  não  faleceu.  Crime  tentado  também  não  ocorreu,  uma vez  que  a  não  consumação  não  derivou  de  circunstância  alheia  à  vontade  do  agente  como  exige  o disposto no artigo 14, II, do CP. 

Tentativa II - tentado, quando,  iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 

Não  se  pode  deixar  de  lembrar  que,  para  existência  da  tentativa  é  necessário  que  o  agente  inicie  a 

execução e a consumação não se dê por circunstâncias alheias à vontade do agente. 

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Caso  a  consumação  deixei  de  ocorrer  por  ter  o  agente  desistido  de  prosseguir  em  seu  intento criminoso,  há  a  aplicação  do  disposto  no  artigo  15,  1ª  parte,  do  CP,  já  que  é  evidente  a  desistência 

voluntária. Portanto,  a  mãe  ao  voltar  a  alimentar  o  seu  filho  desistiu  de  seu  desiderato  e, com  isso, não  praticou fato típico. Não se  fala, portanto, em crime tentado. 

(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007)  Julgue os  itens seguintes, relativos à teoria geral do crime. I Responde  por  tentativa  de homicídio a mãe que suspende a amamentação do  filho a  fim de causar a sua morte, todavia, após determinado período, desiste da consumação do delito e alimenta a criança. Gabarito: ERRADO. 

(CESPE/TER-PARÁ/ANALISTA/JUD/2007)  Julgue os  itens seguintes, relativos à teoria geral do crime. II O arrependimento eficaz tem seu  lugar quando o agente, tendo  já ultimado o processo de execução, desenvolve nova atividade que  impede a produção do resultado delituoso. Gabarito: CERTO. 

Dos su jeitos da inf ração 

O  su jeito  ativoi de  uma  infração  penal  é  aquele  que  pratica,  direta  ou  indiretamente,  a  conduta delituosa.  Portanto,  considera-se  sujeito  ativo  da  infração  penal  o  seu  autor.  Aqui,  a  expressão  “autor”   é  tratada  em  sentido  amplo,  já  que  deve  ser  entendida  no  sentido  de  abranger  tanto aquele  que  realiza  o  verbo  descrito  no  tipo  (autor  em  sentido  estrito),  como  aquele  que  colabora  de qualquer modo (partícipe). Portanto, o autor é o su jeito ativo da inf ração penal9. 

O  su jeito  passivo do  crime  é  o  titular  do  bem  jurí dico protegido  pela  norma  penal.  Assim,  para que  possamos  saber  quem  é  efetivamente  sujeito  passivo  de  determinado  ilícito  devemos  saber  qual  o bem  jurídico por ela tutelado. 

Assim, no crime de homicídio o bem protegido pela norma penal é a vida e, com  isso, o sujeito passivo é o ser humano. 

A  doutrina  classifica  o  sujeito  passivo  da  infração  penal  em  formal  (ou  constante)  e  material  (ou eventual). 

Su jeito  passivo  FORMAL, geral,  genérico  ou  constante  é  o  Estado,  já  que,  segundo  o conceito  formal,  crime  é  a  conduta  que  ofende  a  norma  penal.  Como  esta  é  editada  pelo  Estado, titular  do  mandamento  contido  na  norma  penal,  será  ele  o  sujeito  passivo  constante  ou  formal  do crime. 

Su jeito  passivo  material ,  particular,  acidental  ou  eventual  é,  segundo  o  conceito material de crime, aquele que sof re com a  lesão do bem  jurí dico de que é  titular. Exemplo é o homem  como  sujeito  passivo  do  crime  de  homicídio  (artigo  121  do  CP)  e  o  Estado  no  crime  de advocacia administrativa (artigo 321 do CP)10  11. 

Da  pessoa   jurí dica:  a  pessoa   jurídica  pode  ser  sujeito  ativo  de  crime  ambiental.  Sua responsabilização,   no  entanto,  depende  de  responsabilização  simultânea  de  quem  agiu  em  seu  nome ou em seu benefício. 

(CESPE/TRF5/TO/JUIZ/AGOSTO/2007)Considerando  os crimes contra o meio ambiente,  julgue os itens a seguir. 1  Conforme a  teoria da dupla  imputação, somente  ocorrerá a  responsabilidade  penal da pessoa  jurídica  em crimes ambientais se  houver a  imputação simultânea  do  ente moral e da pessoa  física que  atua  em  seu  nome  ou  em seu benefício. Gabarito: CORRETO. 

9 Marqueti – Julio – Direito Penal Geral – Editora Campus – 2008. 10 Jesus – Damásio E. de – Direito Penal – Parte Geral – Editora Saraiva. 11 Marqueti – Julio – Direito Penal Geral – Editora Campus – 2008 

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DO CONCURSO DE PESSOAS

No concurso de pessoas, adotada a teoria monista, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 

A  participação  de  menor  importância  constitui  causa  de  diminuição  de  pena,  já  que  a  reprimenda penal  será  diminuída  de  um  sexto  a  um  terço.  Ademais,  vale  lembrar  que  a  participação  é  modo  de tipicidade  indireta. 

A  participação  em  crime  diverso  do  pretendido  também  é  assunto  muito  cobrado  pelo  CESPE. Assim,  devemos  registrar  que  se  algum  dos  concorrentes  quis  participar  de  crime  menos  grave,  ser- lhe-á  aplicada  a  pena  deste  (DO  CRIME  MENOS  GRAVE).Esta  pena  será  aumentada  até  metade,  na hipótese  de  ter  sido  previsível  o  resultado  mais  grave.  Observe  que  a  pena  do  crime  menos  grave  é que será aumentada e não a do crime efetivamente praticado. 

Dos crimes contra a pessoa: 

Não  se  esqueça  que: a violação de domicílio  (Artigo  150 do  CP)  é crime  contra a  pessoa; o  suicídio não é crime. 

Homicí dio qualif icado pelo motivo torpe (Ex. vingança) 

De  acordo  com  a  doutrina,  a  vingança  pode  ser  considerada  motivo  torpe  e,  com  isso,  servirá  para qualificar  o  crime  de  homicídio  (Artigo  121,  parágrafo  2º,  I,  do  CP).  A  vingança  só  será  considerada motivo  torpe  quando,  por  suas  circunstâncias,  mostrar-se  motivo  abjeto  que  causa  repugnância,  nojo, sensação de  repulsa pelo fato praticado pelo agente. 

Segundo  a  jurisprudência  do  STJ,  a  verificação  se  a  vingança  constitui  ou  não  motivo  torpe  deve  ser 

feita  com  base  nas  peculiaridades  de  cada  caso  concreto,  de  modo  que,  não  se  pode  estabelecer  um  juízo a priori, seja positivo ou negativo (STJ – HC 80107/SP – 5ª TURMA – Julgamento: 08/11/2007). 

A vingança, por si só, não substantiva o motivo  torpe; a sua afirmativa, contudo, não basta para elidir a imputação  de  torpeza  do  motivo  do  crime,  que  há  de  ser  aferida  à  luz  do  contexto  do  fato."(HC 83.309/MS, 1ª Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 06/02/2004). 

(CESPE/DELEGADO/PB/2009/ADAPTADA) 34 - Com relação ao crime de homicídio,  julgue o item. 1.  Com  relação  ao  motivo  torpe,  a  vingança  pode  ou  não  configurar  a  qualificadora,  a  depender  da  causa  que  a originou. Gabarito: ERRADO 

Homicí dio qualif icado pelo emprego de veneno 

De acordo com a doutrina, o emprego de veneno, para qualif icar o crime de homicí dio, deve se dar de modo insidioso. 

Nos dizeres de Greco12: 

 “...  na  segunda  parte  do  aludido  inciso,  quando  a  lei  faz  menção  à  sua  formula genérica,  usa,  inicialmente,  a  expressão  meio  insidioso,  dando  a  entender  que  o  veneno, para  que  qualifique  o  delito  mediante  esse  meio,  deve  ser  ministrado  insidiosamente,  sem que a vítima perceba que  faz a sua  ingestão”. 

(CESPE/DELEGADO/PB/2009/ADAPTADA) 34 - Com relação ao crime de homicídio,  julgue o item. 1.  Para  a  configuração  da  qualificadora  relativa  ao  emprego  de  veneno,  é  indiferente  o  fato  de  a  vítima  ingerir  a substância à força ou sem saber que o está ingerindo. 

12 Greco – Rogério – Curso de Direito Penal – Parte Especial – Editora Impetus. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Gabarito: ERRADO 

Homicí dio culposo e perdão  judicial 

O  perdão  judicial  constitui  causa  extintiva  da  punibilidade.  De  fato,  encontra-se  inserto  no  artigo  107 do CP. 

Extinção da punibilidade Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: IX - pelo perdão  judicial, nos casos previstos em  lei. 

Por política criminal,  a  lei,  em  determinadas  hipóteses, permite  que  o  magistrado  não  aplique  a pena, apesar de o fato constituir crime. 

Portanto,  diante  de  um  fato  típico,  antijurídico  e  culpável,  o  legislador  permite  que  a  pena  não  seja 

aplicada. Para tanto, de forma casuística, exige o preenchimento de certos requisitos. Quando  a  lei  admitir  o  perdão  judicial,  deverá  o  juiz  concedê-lo  e,  com  isso,  declarar  a  extinção  da punibilidade. 

O  perdão  judicial,  para  Guilherme  de  Souza  Nucci13,  “É  a  clemência  do  Estado  para  determinadas situações expressamente previstas em  lei”. 

De acordo com a doutrina, a sentença que concede  o perdão  judicial é  condenatória. No entanto, para o STJ a sentença é declaratória da extinção da punibilidade. 

(CESPE/PERITO/CRIMINAL / PB /2009)  69-  Fabiana  estava  atrasada  para  o  trabalho.  Ao  retirar  o  seu  veículo  da garagem, percebeu que havia passado em cima de algo que supunha ser um objeto. Ao descer para verificar do que se  tratava,  notou  que  havia  passado  por  cima  do  seu  filho  de  6  meses,  que  brincava  atrás  do  automóvel. 

Desesperada, Fabiana chamou pelo marido, que imediatamente levou a criança ao hospital. No entanto, o esforço foi vão,  pois  o  filho  de  Fabiana  faleceu  em  consequência  dos  ferimentos  sofridos.  A  partir  dessa  situação  hipotética,  julgue o item. 1.  Fabiana  cometeu  o  crime  de  homicídio  culposo,  sendo  certo  que  o  juiz  poderá  deixar  de  aplicar  a  pena  se  as consequências da infração a atingirem de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Gabarito: CERTO. 

Dos crimes contra o patrimônio 

O  crime  de  f urto  (Artigo  155  do  CP)  pode  ser  praticado  por  qualquer  pessoa  exceto  pelo  próprio proprietário  da  coisa.  Ademais,  consuma-se,  de  acordo  com  STJ  e  STF,  com  a  retirada  da  coisa independentemente  de  posse  mansa  e  pacífica.  Esta  é  exigida  pela  doutrina  majoritária.  Para  o emprego  da  insignificância  a  coisa  deve  ser  de  valor  irrisório  ou  desprezível.  Se  for  de  pequeno  valor não é  insignificância, mas poderá ser furto privilegiado. 

O  crime  de  f urto  de  coisa  comum  (artigo  156  do  CP)  é  de  ação  penal  publica  condicionada  à representação. 

O  roubo  próprio  (Artigo  157,  “caput”,  do  CP)  se  consuma  nos  moldes  do  furto.  O  roubo  impróprio (Artigo  157,  parágrafo  1º,  do  CP),  por  sua  vez,  se  consuma  com  o  emprego  da  violência  ou  grave ameaça,  independentemente da obtenção da coisa. 

O  roubo  qualif icado  pelo  evento morte  (latrocínio)  se  consuma  independentemente  da  subtração da coisa, mas sim com a morte (Artigo 157, parágrafo 3º,  in fine, do CP). 

(CESPE/PERITO/CRIMINAL/PB/2009)14  70- A respeito dos crimes contra o patrimônio,  julgue os itens. 

13 In Manual de direito Penal – 2ª edição – editora RT. 14 

(CESPE/PRF/2008/ ADAPTADA) 74- A respeito dos crimes contra o patrimônio,  julgue o item. 

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1.  Ainda  que  o  agente  não  realize  a  pretendida  subtração  de  bens  da  vítima,  haverá  crime  de  latrocínio  quando  o homicídio se consumar. 

Gabarito: CERTO. 

Dos crimes contra a administração 

No  peculato  doloso  não  se  admite  o  benefício  previsto  no  artigo  312,  parágrafo  3º,  do  CP.  No entanto,  não  se  pode  afirmar  que  a  reparação  do  dano,  no  caso  de  peculato  doloso,  não  traz  benefício ao sujeito. Poderá haver arrependimento posterior (artigo 16 do CP). 

O crime de  inserção de dados  f alsos  em sistema  (Artigo  313-A) de  informação  poderá se  dar com a exclusão  de  dados  corretos  do  sistema  de  informação.  Ademais,  o  crime  só  pode  ser  praticado  por aquele  que  possui  autorização  ou  competência  para  inserir,  fazer  inserir  dados  no  sistema  de informação. 

(CESPE/TJDF/ ANALISTA /EXECUTANTE/2008)  Julgue  os  itens  que  se  seguem,  relacionados  ao  crimes  contra  a administração pública. 1.  Pratica  crime  de  prevaricação  o  funcionário  público  autorizado  que  insere  dados  falsos  nos  sistemas informatizados ou banco de dados da administração pública, com o fim de causar dano a outrem. Gabarito: Errado. 

A prevaricação  (artigo  319 do  CP) não  pode ser confundida coma corrupção  passiva prevista no artigo 317,  parágrafo  2º,  do  CP.  A  diferença  reside  no  elemento  subjetivo.  Na  prevaricação  o  sujeito  age para  satisfazer  interesse  ou  sentimento  pessoal.  Já  na  corrupção  passiva,  cede  a  pedido  ou influência de outrem. 

(CESPE/TRE/GO/ ANALISTA / ADM/2009) 63. No que se refere à administração pública,  julgue os itens. 1.  No  crime  de  prevaricação,  a  satisfação  de  interesse  ou  sentimento  pessoal,  que  motiva  a  prática  do  crime,  é elementar do tipo. 

Gabarito: CERTO. 

Na  condescendência  criminosa  (artigo  320  do  CP),  o  superior  hierárquico  deixa  de  responsabilizar  o subordinado  que,  no  exercício  do  cargo,  comete  infração  funcional.  Também  haverá  o  crime  quando  o superior  deixa  de  comunicar  a  falta  funcional  de  seu  subornado  a  quem  tenha  competência  para responsabilizá-lo.  Lembro, entretanto, que o motivo pelo qual não age é a INDULGÊNCIA. 

(CESPE/DEFENSORIA  DA  UNIÃO/2004)  Em  cada  um  dos  itens  a  seguir,  é  apresentada  uma  situação  hipotética, seguida de uma assertiva a ser  julgada. 1.  Ricardo,  funcionário  público,  visando  satisfazer  interesse  pessoal,  deixou  de  responsabilizar  Alex,  seu subordinado,  que  cometera  infração  no  exercício  do  cargo.  Nessa  situação,  Ricardo  cometeu  o  crime  de condescendência criminosa. Gabarito: ERRADO. 

Na  concussão  (artigo  316  do  CP),  o  Funcionário  Público  exige  vantagem  indevida  em  razão  de  ser funcionário  público.  O  certo  é  que  o  crime  se  consuma  independentemente  da  obtenção  da  vantagem, mas sim com a exigência. Trata-se de crime f ormal. 

1.  Considere  a  seguinte  situação  hipotética.  Fernando,  pretendendo  roubar,  com  emprego  de  arma  de  fogo  municiada,  R$ 20.000,00 que Alexandre acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o 

matou  mediante  o  disparo  de  seis  tiros,  empreendendo  fuga  em  seguida,  sem  consumar  a  subtração  patrimonial.  Nessa  situação, Fernando responderá por crime de latrocínio tentado. Item 1  – incorreto. 

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10) DIREITO PROCESSUAL PENAL – Pedro Ivo 

Caros alunos, O  momento  tão  esperado  está  próximo  e,  agora,  é  hora  de  rever  os  pontos  principais. Mas  quais  são  esses  pontos?  Como  saber  a  solução  para  este  questionamento  tão importante?  A  resposta  é  simples:  por  meio  de  uma  analise  detalhada  das  provas  do CESPE que exigem a matéria Processo Penal. 

Antes  de  destrincharmos  o  edital  é  importante  entendê-lo  fazendo  uma  analise comparativa  com  relação  ao  ano  de  2004,  quando  tivemos  o  último  concurso  para  a Polícia Federal. 

Observe,  caro  aluno,  que  a  banca  passou  a  exigir  o  tema  busca  e  apreensão  e, também, inseriu a exigência dos artigos 185 ao 239 do CPP.  Em contrapartida, excluiu o  tema  competência,  ação  penal,  processo  nos  crimes  de  responsabilidade  dos funcionários públicos e habeas corpus. E qual a lógica da banca ter efetuado estas modificações? 

Fica  claro  o  interesse  do  CESPE  em  aproximar  o  máximo  possível  os  assuntos cobrados  em  prova  do  que  realmente  é  necessário  para  o desempenho  do  cargo  de Policial  Federal.  Consequentemente,  é  possível  concluirmos  que  a  incidência  nos temas também seguirá esta idéia. Feita esta analise inicial, vamos começar a verificar os tópicos do edital: 

01  –  INQUÉRITO POLICIAL 

Esse  tema  é  o  “queridinho”  do  CESPE.  É  difícil  encontrarmos  alguma  prova  sem  que apareça pelo menos uma questão sobre este assunto.  O inquérito é tratado nos artigos 4º ao 23 do Código de Processo Penal (CPP). 

Em  uma  análise  das  provas  aplicadas  pela  banca  de  1998  até  2009  temos  a  maior incidência de questões baseadas nos seguintes artigos: 

OS CINCO MAIS COBRADOS DO INQUÉRITO POLICIAL Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 

10 [...] § 4o  O  inquérito, nos crimes em que a  ação pública depender de  representação,  não  poderá sem ela ser iniciado. 

Art. 7o  Para verificar a possibilidade de haver a  infração sido praticada de determinado modo, 

20  a  autoridade  policial poderá  proceder  à  reprodução  simulada  dos  fatos,  desde  que  esta  não 

contrarie a moralidade ou a ordem pública. 

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02  –  PROVA  –  ARTS. 185 AO 239 

Na minha opinião este será o ponto do edital que diferenciará quem sabe de quem não sabe  Processo  Penal.  Vejo  muitos  candidatos  com  um  conhecimento  amplo  de inquérito,  mas  que  não  estão dando  a  atenção  suficiente  para  este  importante  assunto. Assim,  sem  muitas  delongas,  vamos  verificar  os  pontos  principais  que  você  não  pode deixar de rever: 

1  – DISPOSIÇÕES GERAIS Ao começar a discorrer sobre o  tema, o CPP apresenta um dispositivo  recente,  inserido  pela  lei  11.690/08  que  considero  o  conhecimento 

fundamental para a prova: 

Art. 156.  A  prova  da  alegação  incumbirá  a  quem  a  fizer,  sendo,  porém,  facultado  ao  juiz  de  ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 

I  –  ordenar,  mesmo  antes  de  iniciada  a  ação  penal,  a  produção  antecipada  de  provas  consideradas urgentes  e  relevantes,  observando  a  necessidade,  adequação  e  proporcionalidade  da  medida;  (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 

II  – determinar,  no  curso  da  instrução,  ou  antes  de  proferir  sentença,  a  realização  de  diligências  para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 

2  –  EXAME  DO  CORPO  DE  DELITO  E  DAS  PERÍCIAS  EM  GERAL  Verificando provas  de  2008  e  2009  (pós-modificação  pela  lei  11.690/08)  os  seguintes  artigos tiveram uma atenção maior por parte da banca: 

OS CINCO MAIS COBRADOS DO EXAME DO CORPO DE 

DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL 

01 Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de 

diploma de curso superior. 

Art. 162 

[...] 

20  Parágrafo  único.  Nos  casos  de  morte  violenta,  bastará  o  simples  exame  externo  do  cadáver, quando  não  houver  infração  penal  que  apurar,  ou  quando  as  lesões  externas  permitirem  precisar  a causa  da  morte  e  não  houver  necessidade  de  exame  interno  para  a  verificação  de  alguma circunstância relevante. 

03 

Art. 158.  Quando  a  infração  deixar  vestígios,  será  indispensável  o  exame  de  corpo  de  delito, 

direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 

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OS CINCO MAIS COBRADOS DA PROVA TESTEMUNHAL 

Art. 206.  A  testemunha  não  poderá  eximir-se  da  obrigação  de  depor.  Poderão,  entretanto,  recusar-se  a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em  linha  reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o  irmão e o pai,  a  mãe,  ou  o  filho  adotivo  do  acusado,  salvo  quando  não  for  possível,  por  outro  modo,  obter-se  ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. 

Art. 207.  São  proibidas  de  depor  as  pessoas  que,  em  razão  de  função,  ministério,  ofício  ou  profissão, devam  guardar  segredo,  salvo  se,  desobrigadas   pela  parte  interessada,  quiserem  dar  o  seu testemunho. 

Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206. 

Art. 217.  Se  o   juiz  verificar  que  a  presença  do  réu  poderá  causar  humilhação,  temor,  ou  sério constrangimento à  testemunha ou ao ofendido, de modo que  prejudique a verdade do depoimento,  fará a inquirição por videoconferência e, somente na  impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. 

Art. 204.  O  depoimento  será  prestado  oralmente,  não  sendo  permitido  à  testemunha  trazê-lo  por escrito. 

Parágrafo único.  Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos. 

Aqui  temos  que  lembrar  de  um  importante  aspecto  para  sua  PROVA.  Sabemos  que existem  as  testemunhas  compromissadas  e  as  não  compromissadas.  Mas  o  que  isso quer dizer? Podemos afirmar que uma tem que dizer a verdade e a outra não? 

A  resposta  para  esse  questionamento  é  que  não,  ou  seja,  segundo  o  STF,  tanto  a testemunha  compromissada  quanto  a  não  compromissada  poderão  responder  por  falso testemunho.  Observe  o  julgado  que  tem  GRANDES  chances  de  aparecer  na  sua prova. 

"HABEAS CORPUS". CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA: FALSO 

TESTEMUNHO, ART. 342 DO CÓDIGO PENAL. Testemunha  que  não  prestou  compromisso  em  processo  por  ser  prima  da  parte, mas que foi advertida de que suas declarações poderiam caracterizar ilícito penal. 

A  formalidade  do  compromisso  não  mais  integra  o  tipo  do  crime  de  falso testemunho, diversamente do que ocorria no primeiro Código da República, Decreto 847, de 11-10-1890. 

Quem  não  a  é  obrigado  pela  lei  a  depor  como  testemunha,  mas  que  se  dispõe  a fazê-lo  e  é  advertido  pelo  Juiz,  mesmo  sem  ter  prestado  compromisso  pode  ficar sujeito às penas do crime de falso  testemunho. Precedente: HC 66.511-0,  I Turma. "Habeas Corpus" conhecido, mas  indeferido". (STF, H.C. nº 69.358-0-RS, Rel. Min. Paulo Brossard). 

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03  –  BUSCA E APREENSÃO 

Também aqui um assunto bem  importante, não só por ser uma  inovação em  relação a 2004,  mas  por  ser  um  tema  extremamente  presente  na  vida  de  um  Policial  Federal. Analisando as provas, podemos citar os artigos mais exigidos: 

OS CINCO MAIS COBRADOS DE BUSCA E APREENSÃO 

Art. 245.  As  buscas  domiciliares  serão  executadas  de  dia,  salvo  se  o  morador  consentir  que  se realizem  à  noite,  e,  antes  de  penetrarem  na  casa,  os  executores  mostrarão  e  lerão  o  mandado  ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. 

Art. 240.  A busca será domiciliar ou pessoal. 

§ 1o  Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: [...] 

Art. 244.  A  busca  pessoal  independerá  de  mandado,  no  caso  de  prisão  ou  quando  houver  fundada suspeita  de  que  a  pessoa  esteja  na  posse  de  arma  proibida  ou  de  objetos  ou  papéis  que  constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. 

Art. 249.  A busca em mulher será  feita por outra mulher, se não  importar retardamento ou prejuízo da diligência. 

Art. 250.  A  autoridade  ou  seus  agentes  poderão  penetrar  no  território  de  jurisdição  alheia,  ainda  que  de outro  Estado,  quando,  para  o  fim  de  apreensão,  forem  no  seguimento  de  pessoa  ou  coisa,  devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta. 

Ainda neste tópico é importante lembrarmos que segundo o STF: 

  Para  os  fins  da  proteção  jurídica  a  que  se  refere  o  art.  5º,  XI,  da  Constituição da 

República,  o  conceito  normativo  de  "casa"  revela-se  abrangente e, por estender- se a qualquer aposento de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, §  4º,  II), compreende, observada  essa  específica  limitação  espacial, os  quartos de hotel. 

  Ausente  qualquer  fundamentação  na  decisão  que  decretou  a  busca  e  a apreensão,  determinando-se  simplesmente  a  "expedição  do  mandado solicitado", é de reconhecer a ilicitude da prova produzida com a medida. 

04  –  PRISÃO EM FLAGRANTE 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Com  relação  ao  tema  prisão  em  flagrante,  antes  de  qualquer  coisa,  é  importante  o conhecimento  dos  principais  tipos  de  flagrante  (próprio,  impróprio,  esperado, presumido,  provocado,  forjado,  compulsório  e  facultativo).  O  CESPE  gosta  de  contar uma  história  e  exigir  do  candidato  o  enquadramento  da  espécie  de  flagrante  com  a situação. Sendo assim, atenção especial com o artigo 302 do CPP. No CPP, os seguintes artigos você não pode deixar de ler: 

OS ARTIGOS MAIS COBRADOS DE PRISÃO EM FLAGRANTE 

Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao 

 juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. §  1o  Dentro  em  24h  (vinte  e  quatro  horas)  depois  da  prisão,  será  encaminhado  ao  juiz  competente  o 

auto  de  prisão  em  flagrante  acompanhado  de  todas  as  oitivas  colhidas  e,  caso  o  autuado  não  informe  o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 

§  2o  No  mesmo  prazo,  será  entregue  ao  preso,  mediante  recibo,  a  nota  de  culpa,  assinada  pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas. 

Art. 303.  Nas  infrações permanentes,  entende-se  o agente em  flagrante  delito  enquanto  não  cessar a permanência. 

Para finalizar vale lembrar que segundo o STF cabe prisão em flagrante para os crimes habituais se forem recolhidas provas da habitualidade. 

05  –  PRISÃO PREVENTIVA 

Caro  aluno,  com  relação  à  prisão  preventiva  é  importante  que  você  relembre  as hipóteses de cabimento previstas nos artigos 312 e 313 do CPP.  Isto é  tema  recorrente em provas do CESPE. Veja: 

CAIU EM PROVA! 

(DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL CESPE/UNB 2002) A simples  fuga do acusado do distrito da culpa,  tão  logo descoberto o  crime, não  justifica o decreto de prisão preventiva para garantir  a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal. 

GABARITO: ERRADA - A hipótese descrita na alternativa encontra embasamento no artigo 312 do CPP. 

Lembre-se também que: 

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  O  juiz  poderá,  quantas  vezes  for  necessário,  decretar  a  preventiva  quando presentes os pressupostos e revogá-la quando ausentes. 

  A apresentação espontânea NÃO IMPEDE a decretação da preventiva, só obsta a decretação da prisão em FLAGRANTE!!! 

05  –  PRISÃO TEMPORÁRIA 

A prisão temporária encontra cabimento na lei nº. 7.960/89 e quanto a este item, assim como  frisei  na preventiva, atenção  total às hipóteses  de  cabimento previstas  no  artigo 1º da lei.  Entretanto este não é o artigo mais exigido em prova e sim o artigo 2º. Neste dispositivo temos três pontos fundamentais para sua PROVA: 

1.  NÃO É POSSÍVEL A DECRETAÇÃO DA  PRISÃO TEMPORÁRIA DE OFÍCIO. 

2.  NÃO É CABÍVEL A PRISÃO TEMPORÁRIA DURANTE A AÇÃO PENAL. 

3.  O  PRAZO  DA  PRISÃO  TEMPORÁRIA  É  DE  05  DIAS  PRORROGÁVEL  POR MAIS 05. 

CAIU EM PROVA! 

(AGENTE  DA  POLÍCIA  CIVIL  RR  CESPE/UNB  2003)  A prisão  temporária  poderá  ser  decretada  em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo  judicial. 

GABARITO: ERRADA  – Só no inquérito! 

**************************************************************************************************** 

Aqui fechamos nossa revisão de Processo Penal. Muito sucesso no dia 13! Fique com 

Deus! Abraços e bons estudos, 

Pedro Ivo 

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11) DIREITO ADMINISTRATIVO – Edson Marques 

Olá!  Estou  aqui  para  dar  meus  bizus  para  o  Concurso  de  Escrivão  da  Polícia  Federal. Chegamos  ao  momento  que  estávamos  esperando.  Então,  se  você  estiver  com aquele  friozinho  na  barriga,  ansioso.  Calma  aí!  Não  fique  desesperado,  pensando que  estudou  pouco!  Olha,  dos  mais  aos  menos  preparados.  Todos,  mas  exatamente 

todos, têm essa mesma sensação, ou seja, de que não estudou o suficiente. 

Não  fique  nervoso!  Vamos  lá,  respire  devagar...  Respire  de  novo...  Uma  boa caminhada ajuda a relaxar. 

Cuidado,  não  invente  de  tomar  aqueles  calmantes  que  derrubam  leão!  Isso  só  lhe 

trará prejuízos! Respiração, caminhada, um bom banho morninho,  tudo  isso  acalma o espírito e nos dão tranqüilidade. 

Vamos  criar  um  ambiente  positivo,  ou  seja,  vamos  fortificar  nossa  mente,  dizer  a ela  o  que  precisa  saber,  ou  seja,  de  que  você  está  preparado  sim,  e  tem  aptidão, vontade e conhecimento para vencer. 

Lembre-se,  você  iniciou  a  jornada  lá  atrás  e  agora  está  chegando  ao  final,  de  modo que  percorreu  um  longo  caminho  e  isso  lhe  trouxe  grandes  experiências.  Por  isso, você é uma pessoa melhor, com mais experiência e mais conhecimento. 

Assim, convictamente, diga a si mesmo: 

Vou finalizar o que comecei!!! Vou obter o mérito, vou buscar meu resultado!!! EU VOU VENCER. VOU VENCER. EU QUERO VENCER E VENCEREI. 

Esse  é  o  espírito.  Você  tem  que  acreditar  em  si  mesmo,  pois  você  estudou  o 

suficiente  para  passar,  para  conseguir  a  almejada  aprovação.  Então,  VOCÊ  VAI VENCER, ACREDITE! VOCÊ VAI VENCER. 

De  toda sorte, a  fim de auxiliá-lo, no mínimo no que diz respeito à sua tranqüilidade e concentração,  vou  dar  alguns  bizus  para  que  você  não  fique  divagando  por  aí, correndo de um  livro para outro, ou coisas do gênero 

Meus bizus: 

01.  Na  descentralização  temos  a  criação  de  pessoas  jurídicas  (entes  políticos  ou 

entidades  administrativas).  Na  desconcentração  observamos  a  criação  de  órgãos. 

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Nos dois casos depende de LEI. 

02.  A  Administração  Direta  compreende  os  Entes  Políticos  (União,  Estados, Distrito  Federal  e  Municípios  e  seus  respectivos  órgãos),  enquanto  à  indireta  temos as  entidades  Administrativas  (Autarquias,  Fundações,  Empresas  Públicas  e 

Sociedades de Economia Mistas). 

03.  As  associações  públicas  são  autarquias  que  integram  a  estrutura  da Administração Pública Indireta de todos os entes políticos consorciados. 

04.  Os  entes  políticos  (União, Estados,  Distrito  Federal e Municípios)  são  pessoas  jurídicas de Direito Público. 

05.  As  entidades  Administrativas:  são  pessoas   jurídicas  de  direito  público (autarquias  e  fundações  públicas)  ou  de  direito  privado  (fundações  públicas, sociedade de economia mista e empresa pública). 

06.  Órgãos  não  possuem  personalidade  jurídica  integram  a  estrutura  do  ente  ou entidade que os criou. 

07.  Os  órgãos  possuem  personalidade   judiciária  para  atuarem  em   juízo  em 

defesa  de  suas  prerrogativas.  Ingressando,  por  exemplo,  com  Mandado  de Segurança contra um ente ou entidade que as estejam violando, desrespeitando. 

08.  As autarquias são sempre criadas por  lei. 

09.  A  lei  autoriza  a  criação  de  empresas  públicas,  sociedades  de  economia  mista e fundações.  No  caso  das  fundações,  lei  complementar  definirá  sua  área  de atuação. 

10.  As  paraestatais  integram  o  terceiro  setor,  ou  seja,  não  fazem  parte  da 

Administração Pública. 

11.  São  paraestatais  os  serviços  sociais  autônomos  (SESC,  SENAC,  SENAI  etc), as  fundações  privadas  de  apoio  (entes  de  apoio),  as  Organizações  Sociais  (OS)  e  as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). 

12.  Não  poderá  ser  qualificada  como  OSCIP  uma  OS,  fundação  pública,  sindicato, partido  político  e  suas  fundações,  entidade  religiosa,  bem  como  entidades  com  fins lucrativos. 

13.  Toda  a  Administração  Pública  deve  observar  os  princípios  administrativos, sendo  expressos  e  implícitos,  mas  decorrem  da  Constituição  Federal,  tendo  como 

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pilares  básicos  a  supremacia  do  interesse  público  (que  confere  poderes, prerrogativas)  e  a  indisponibilidade  desse  interesse  (que  estabelece  sujeições, vedações). 

14.  Muito embora o princípio da  legalidade assuma  importância  fundamental para a Administração  Pública,  não  se  trata  de  princípio  que  predomina  sobre  os  demais, eis que todos têm estatura constitucional, não havendo hierarquia entre eles. 

15.  O  princípio  da  moralidade  não  depende  de  lei  para  se  aplicado,  ou  seja,  goza de  densidade  normativa  para  ser  aplicado  independentemente  de  lei  que  o regulamente, podendo,  inclusive, ser objeto de regulamentação  interna. 

16.  Nepotismo  direto  ocorre  no  caso  de  nomeação  de  cônjuge,  companheiro  ou parente  em  linha  reta,  colateral  ou  por  afinidade,  até  o  terceiro  grau,  para  cargos comissionados ou funções de confiança, ou, ainda, de função gratificada. 

17.  Nepotismo  cruzado  é  a  nomeação  de  parentes  de  uma  autoridade  por  outra, e vice-versa,  para  ocupar  cargos  comissionados  ou  funções  de  confiança,  como trocar de favor. 

18.  O  nepotismo  viola  os  princípios  da  impessoalidade,  igualdade,  moralidade  e 

eficiência. 

19.  O  princípio  da  publicidade  tem  a  finalidade  de  orientar,  educar,  informar,  não podendo  ser  utilizado  para  fins  de  promoção  pessoal,  sob  pena  de  também  causar violação ao princípio da  impessoalidade. 

20.  Nos  termos  da  responsabilidade  objetiva,  as  pessoas   jurídicas  de  direito público  e  as  pessoas  jurídicas  de  direito  privado,  prestadoras  de  serviços  públicos, respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 

21.  A  nova  orientação  do  STF  é  no  sentido  de  que  as  pessoas  jurídicas  de  direito privado,  prestadoras  de  serviços  públicos,  respondem  de  forma  objetiva  pelos danos causados a não-usuários dos serviços. 

22.  A  União,  Estados,  Distrito  Federal  e  Municípios  são  obrigados  a  instituírem Regime Jurídico Único para seus servidores. 

23.  É  a  Lei  8.112/90  o  Regime  Jurídico  Único  dos  servidores  públicos  da  União, suas Autarquias e Fundações de Direito Público. 

24.  Os  requisitos  para  investidura  no  cargo  devem  ser  demonstrados  no  ato  da posse. 

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25.  A  posse  poderá  ser  realizada  por  meio  de  procuração  específica.  O  Exercício 

não,  pois  se  trata  de  ato  personalíssimo  que  dá  início  ao  efetivo  desempenho  das atribuições do cargo. 

26.  O  nomeado  tem  30  dias  para  tomar  posse,  sob  pena  de  tornar  sem  efeito  o ato.  E,  uma  vez  empossado,  tem  15  dias  para  entrar  em  exercício,  sob  pena  de  ser exonerado. 

27.  Exoneração não é penalidade. É  forma de vacância de cargo público, podendo ser aplicada ao servidor estável ou não-estável. 

28.  A demissão é punição disciplinar pelo cometimento de falta grave. 

29.  A  Estabilidade  é  de  3  anos  de  efetivo  exercício  para  servidor  ocupante  de cargo  efetivo, aprovado  por  concurso  público, a  partir  da  Emenda  Constitucional nº 19/98,  que  tenha  sido  aprovado  por  comissão  especial  constituída  para  tal finalidade. 

30.  A  jurisprudência do STF e STJ é no sentido de que o estágio probatório é de 3 anos. 

31.  As  carreiras  integrantes  da  Polícia  Federal  recebem  obrigatoriamente  por meio de subsídio. 

32.  Poder de  polícia é  atividade  da Administração no sentido de  restringir,  limitar o uso, gozo de bens, direitos e atividades em prol da coletividade. 

33.  Os  atributos  do  poder  de  polícia  são:  Discricionariedade,  autoexecutoriedade (exigibilidade e executoriedade) e Coercibilidade. 

34.  Nem  sempre  o  poder  de  polícia  é  discricionário,  ou  seja,  poderá  ser vinculado,  tal  como  na  licença,  que  uma  vez  preenchidos  os  requisitos  legais  deverá ser concedida. 

35.  A  executoriedade  é  o  atributo  do  poder  de  polícia  que  confere  à 

Administração  o  poder  de  atuar,  executando  diretamente  seus  atos,  sem  a necessidade de autorização  judicial. 

36.  O poder de polícia não pode ser delegado a particulares. 

37.  Poder  hierárquico  é  poder  de  controlar,  comandar,  coordenador,  dirigir  e fiscalizar a realização das atividades administrativas. 

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51.  Além  das  sanções  previstas  na  Constituição,  a  lei  de  improbidade  acresceu, ainda, a multa civil e a proibição de contratar com o poder público. 

52.  Os  atos  de  improbidade  administrativa  são  de  três  espécies:  os  que  geram enriquecimento  ilícito,  os  que  causam  lesão  ao  erário  e  os  que  violam  princípios  da 

administração pública. 

53.  Não  é  imprescindível  a  ocorrência  de  dano  ao  patrimônio  para  se  configurar ato de  improbidade administrativa. 

54.  Terceiro  que  concorra,  induza  ou  beneficie-se,  direta  ou  indiretamente,  pode responder por ato de  improbidade. 

55.  Não  há  foro  por  prerrogativa  de  função  para  a  ação  de  improbidade administrativa, salvo com relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 

56.  Agente  político  (ex.  Presidente  da  República)  que  responde  perante  Lei  de crime  de  responsabilidade,  segundo  o  entendimento  do  STF,  não  responde  nos termos da Lei de Improbidade Administrativa. 

57.  Não  se  admite  a  realização  de  acordo,  transação  ou  conciliação  em  relação 

aos atos de  improbidade administrativa. 

58.  O  Ministério  Público  não  é  o  legitimado  exclusivo  para  as  ações  de improbidade administrativa. 

59.  A  administração  pública  poderá  revogar  seus  próprios  atos  inconvenientes  e inoportunos  e  anular  os  ilegais,  observando,  neste  caso,  o  prazo  decadencial  de cinco anos para terceiros de boa-fé. 

60.  O  Tribunal  de  Contas  da  União  é  órgão  auxiliar  do  Congresso  Nacional  que 

exerce o controle externo da Administração Pública. 

61.  Controle  Externo  é  aquele  exercido  por  órgão  de  um  poder  em  relação  a órgão ou entidade de outro. 

62.  Controle  Interno  é  aquele  exercido  por  órgãos  da  estrutura  do  mesmo  poder, fiscalizando  os  atos  internos  sob  o  prisma  da  legalidade,  da  legitimidade  e  do  mérito administrativo. 

63.  O recurso hierárquico próprio  independe de  lei para sua  interposição. 

64.  O  Conselho  Nacional  de  Justiça  exerce  controle  interno  do  Poder  Judiciário, 

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pois é um órgão  integrante deste Poder. 

65.  Candidato  aprovado  em  concurso  público  dentre  o  número  de  vagas  tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do certame. 

66.  A  administração  direta  exerce  o  controle  de  tutela  (controle  finalístico)  sobre as  entidades  da  Administração  Indireta,  respeitando-se,  em  todo  caso,  a  autonomia de cada entidade. 

67.  É  ilegítima  a  exigência  de  depósito  prévio  para  admissibilidade  de  recurso administrativo. (Súmula 373-STJ) 

68.  O  recurso  hierárquico  próprio  é  dirigido  à  autoridade  imediatamente  superior, no  mesmo  órgão  em  que  o  ato  foi  praticado,  enquanto  o  recurso  hierárquico impróprio  é  dirigido  à  autoridade  de  outro  órgão,  não  inserido  na  mesma  hierarquia do que praticou o ato. 

69.  Nos  processos  perante  o  Tribunal  de  Contas  da  União  asseguram-se  o contraditório  e  a  ampla  defesa  quando  da  decisão  puder  resultar  anulação  ou 

revogação  de  ato  administrativo  que  beneficie  o  interessado,  excetuada  a apreciação  da  legalidade  do  ato  de  concessão  inicial  de  aposentadoria,  reforma  e 

pensão. (Súmula Vinculante 3) 

70.  A  falta  de defesa  técnica  por advogado  no  processo administrativo  disciplinar não ofende a Constituição. (Súmula Vinculante 5) 

71.  Reconhecido  o  desvio  de  função,  o  servidor  faz  jus  às  diferenças  salariais decorrentes. (Súmula 378 – STJ) 

72.  O  portador  de  visão  monocular  tem  direito  de  concorrer,  em  concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. (Súmula 377 – STJ) 

Finalmente,  chamo  a  atenção  para  o  fato  de  que  o  CESPE  é  uma  das  bancas  mais preparadas,  e  seus  examinadores,  quase  sempre,  foram  concursandos,  ou  seja, sabem exatamente o modo de pensar do candidato. 

Então,  aqui  vai  uma  dica  de  como  realizar  a  prova.  Primeiro  perceba  que  o  CESPE adota  uma  sistemática  de  distribuí-la  de  forma  a  conter,  como  regra,  30%  de questões ditas fáceis, 40% ditas medianas e outros 30% ditas difíceis. 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

Pois  é!  Você  precisa  de  cerca  de  60  a  70%  para  estar  classificado,  precisa  de  um pouco  mais  de  80%  para  ficar  entre  os  primeiros  colocados.  Que  tal,  assim, procurar as fáceis e medianas? 

Por  isso, sabe como você deve fazer a prova? 

PROCURE  AS  QUESTÕES  ERRADAS,  AQUELAS  QUE  O  ERRO  É  VISÍVEL  DE PRONTO, DE IMEDIATO, SOBRETUDO AS MAIS FÁCIES E AS MEDIANAS. 

O  ERRO  É  CERTO.  ACHANDO-O,  VOCÊ  ESTARÁ  LIVRE  PARA  ANALISAR  COM CUIDADO AS DEMAIS. 

Como  disse,  PROCURE  ENCONTRAR  AS  QUESTÕES  ERRADAS.  PORQUE  SE  TIVER CUIDADO E FOR MINUNCIOSO, NÃO HAVERÁ DÚVIDAS QUANTO AO ERRO. 

Assim,  meus  amigos,  esses  são  os  meus  bizus.  Concentração,  observação  e  sejam bem detalhistas, que certamente farão excelente prova. 

Fiquem com Deus e forte abraço 

Prof. Edson Marques 

Ps.:  Na  próxima  página,  deixo  uma  “colinha”   para  a  prova.  Um  mapa  mental  da 

organização administrativa. Bom uso. 

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ORGA:IZAÇÃO ADMI:ISTRATIVA 

er ceir o Setor   (Atividades)  (Entes Polí ticos) UNIÃO 

ARAESTATAIS) 

ço Social Autonômo ( Sistema “S” ) Estabelecido por Lei 

SERVIÇO PÚBLICO Prestados diretamente pela Adm. Pública ou 

por Delegação (Concessionários  /  Permissionários 

 /  Autorizatários  /  Delegatários) 

DIRETA (centralizada) 

ESTADOSDF MUNÍCIPIOS 

(DESCO  :CE:TRAÇÃO) 

Órgão  não  tem  personalidade jurídica  e  está  subordinado  aoente  que  o  criou.  HáHIERÁRQUIA. 

ntidades de Apoio Vínculo: Convênio 

PODER DE POLÍCIA Atributos: Presunção de Legitimidade, Auto-

executoriedade e Coercibilidade 

CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS  Teor ia do ór gão: a pessoa  jurídica se manifesta

por meio de seus órgãos, que recebem atribuiçõesque são exercidas por seus agentes (imputação direta). 

Organizações Sociais (O.S) Vínculo: Contrato de Gestão 

INTERVENÇÃO DO ESTADONO DOMÍNIO ECONÔMICO E

NO DOMÍNIO PRIVADO 

ADMI:ISTRAÇÃOPÚBLICA 

DESCE  :TRALIZAÇÃO (Entidades administrativas) 

As  entidades  adminiIndireta)  não  estão  suboDireta.  Todavia,  há podendo  ser  exercifinalístico  (de  legalidapelo  Ministério  a  qu(supervisão ministerial) 

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público 

(OSCIP) Vínculo: Termo de Parceria 

Não integram a Adm.Pública

São P. J. de Direito PrivadoSem fins lucrativos 

FOMENTO 

I:DIRETA (descentralizada) 

AUTARQUIAS (*) (P.J. Direito Público) (Agência  Reguladora  é  Autarquia  emregime especial) (Associação  Pública  =  tratamento  de Autarquia) 

FUNDAÇÕES (P.J.  Direito  Público  (*)  ou 

Privado) 

SOC. ECON. MISTA (P.J. Direito Privado) * subsidiárias 

EMPRESA PÚBLICA (P. J. Direito Privado) 

Criadas por Lei (*) 

** Agência Executiva = Qualificação dAutarquia ou Fundação (Contrato de G 

Lei autoriza a criação 

Estatais ( SEM /  EP ) (Prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica) 

administr ação pública  Administr ação Pública (Sentido Mater ial, Funcional ou Ob jetivo)  (Sentido For mal, Or gânico ou Sub jetivo) 

P R I : C Í P I O S  A D M I : I S T R A T I V O S 

(EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO) LEGALIDADE – IMPESSOALIDADE  – MORALIDADE – PUBLICADADE E EFICIÊNCIA (entre outros) 

(IMPLÍCITOS) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR - INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 

(OUTROS PRI:CÍPIOS ADMI:ISTRATIVOS) AUTOTUTELA  –  TUTELA  –  FINALIDADE  –  CONTINUIDADE  DO  SERV.  PÚBLICO  –RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE  

(AUTOTUTELA:  A  Administração deve anula seus  próprios  atos,  quando  eivados  de  vício de  legalidade,  e  pode  revogá-los  por motivo de  conveniência  ou 

Oportunidade, respeitados os direitos adquiridos) 

(A Administração tem o prazo, decadencial, de 5 anos para anular  seus atos que decorram efeitos favoráveis para terceiros, salvo se comprovada má-fé.) 

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2)  Já  como  chefe  de  Estado,  o  presidente  representa  o  país  em  âmbito internacional  (por  exemplo, quando celebra  um  tratado  internacional) e corporifica  internamente  a  unidade  nacional  (quando  decreta intervenção federal para manter  a integridade nacional, por  exemplo).

II - DEFESA DO ESTADO E INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS (Item 3 do edital)

Nesse  assunto,  é  importantíssimo  memorizar   a  organização  constitucional  da segurança pública. Então não  tem  jeito: você vai  ter  que dar  uma boa  lida no art. 144.

A  boa  notícia  é  que  elaborei  um  esquema  visando  a  facilitar   a memorização desse artigo. Ademais,  logo a seguir  passo a destacar, para você, o que há de mais relevante nele (sob a ótica do CESPE). 

Não deixe de dar  uma atenção especial às competências constitucionais daPF, seu futuro órgão. Vamos aos principais aspectos a se destacar:

1)  Essa  organização  da  segurança  pública  (art.  144)  é  de  observância obrigatória para os estados-membros, assim como para o Distrito  Federal. 

Vedada  então  a  possibilidade  de  estender   esse  rol,  que  é  exaustivo (numerus clausus). 

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circunstância de  ter-se o envolvimento de policiais militares no crime não desloca a atribuição do  inquérito para a Polícia Militar. Ou seja,  tratando- se  de  fatos  estranhos  à  atividade  militar,  incumbe  a  atuação  à  Polícia Civil. (HC 89.102, rel. Min. Celso de Mello, 12/6/2007).

10)É competência da  PF apurar  crimes praticados em detrimento da União ou  de  suas  autar quias  e  empr esas  públicas  feder ais.  Essa  regra  não contempla  as  sociedades  de  economia  mista,  como  o  Banco  do  Brasil, por  exemplo. Nesse caso, a apuração ficará a cargo da Polícia Civil.

11)É incabível a cobrança de taxa para custeio da segurança pública, que, por  sua natureza, deve ser  custeada por  impostos.

12)O STF não admitiu a outorga de  foro especial a delegado de polícia civil, por  entender  que as atribuições do cargo não  justificam  tal prerrogativa processual.

III - ORDEM SOCIAL (Item 4 do edital) 

A ordem  social vem  sendo cobrada de  forma bastante  literal. Por   isso, vale a pena você dar  uma olhada nos artigos referentes a esse assunto. 

Segur idade Social 

A  Seguridade  Social é o assunto mais cobrado dentro da Ordem  Social  e está disciplinada  no art.  194 da CF. Compreende  um  conjunto  integrado de ações 

de  iniciativa:  (i) dos Poderes Públicos e  (ii) da  sociedade. Além disso, destina-se a assegurar  os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social. 

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CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

3)  As  instituições  privadas  poderão  participar   de  forma  complementar   do sistema  único de  saúde,  segundo  diretrizes  deste, mediante  contrato  de direito público ou  convênio,  tendo preferência as  entidades  filantrópicas e as sem fins lucrativos. 

4)  Todavia, o §2° do art. 199 veda a destinação de  recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

5)  Quanto à norma prevista no §4° do art. 199, você deve ter  em mente que o  STF  julgou  constitucional  o  art.  5°  da  Lei  federal  11.105/2005  (Lei  da Biossegurança), que permite, para  fins de pesquisa e  terapia, a utilização de  células-tronco embrionárias  obtidas  de  embriões  humanos produzidos por   fertilização  in  vitro  e  não  usados  no  respectivo procedimento. Nesse caso, entendeu o Supremo que deveria prevalecer  o direito à  saúde e o direito à  livre expressão da atividade científica  (ADI  3.510,  rel. Min. Carlos Britto, 28 e 29-5-08).

Meio Ambiente, Família, cr iança, adolescente, idoso e Í ndios Quanto a esses aspectos nada substitui a leitura atenta dos arts. 225 a 232, mas vamos ver  os 10 detalhes mais cobrados pelo CESPE: 

1)  O meio ambiente é bem de uso comum do povo e não bem dominial ou bem de uso especial. 

2)  O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado direito fundamental de terceira geração ou dimensão.

3)  O  pantanal  mato-grossense,  assim  como  a  floresta  amazônica,  a  mata atlântica, a Serra do Mar  e a  zona costeira,  foi declarado pela CF como patrimônio  nacional.  Todavia,  isso  não  torna  esses  bens  pertencentes  à União. 

4)  Segundo  o  STF,  é  juridicamente  possível  a  expropriação,  para  fins  de reforma agrária, de  imóveis  situados no Pantanal Mato-Grossense,  já que o §4° do art. 225 não atuaria como  impedimento à efetivação da função social da propriedade (MS 22.164, rel. Min. Celso de Mello, 30/10/95).

5)  Por   outro  lado,  é  devida  a  indenização  nesse  caso  anterior,  já  que  a interpretação harmoniosa do art.  225, §  4º, com o art.  5º, XXII, garante e assegura  o direito de propriedade  em  todas as  suas  projeções,  inclusive 

aquela  concernente  à  compensação  financeira  devida  pelo  Poder  Público ao proprietário atingido por  atos  imputáveis à atividade estatal(RE 134.297, rel. Min. Celso de Mello, 13/6/95). 

6)  Para  efeito  da  proteção  do  Estado,  são  reconhecidas  como  entidade familiar:  (i)  a  união  estável  entre  o  homem  e  a  mulher;  e  (ii)  a comunidade formada por  qualquer  dos pais e seus descendentes. 

7)  O  planejamento  familiar   é  livre  decisão  do  casal.  O  Estado  participa propiciando  recursos  educacionais  e  científicos  para  o  exercício  desse

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direito. Mas é vedada qualquer  forma coercitiva por  parte de instituições oficiais ou privadas.

8)  Guarde  três  idades estabelecidas pela CF nessa parte  sobre a  família:  (i) gratuidade dos  transportes coletivos urbanos aos maiores de  65 anos;  (ii) inimputabilidade penal aos menores de 18 anos; e  (iii)  idade mínima de 14 anos para admissão ao trabalho (como aprendiz).

9)  O  fato  de  a  nossa  Constituição  assegurar   direitos  às  crianças  e adolescentes  e  atribuir   não  só  à  família,  mas  também  ao  Estado  e  à sociedade o dever  de sua proteção  reflete a adoção por  parte da CF/88 da doutrina da proteção integral.

10) Observe,  por   fim,  que  de  acordo  com  o  art.  232,  os  índios,  suas comunidades e organizações  são partes  legítimas para  ingressar  em  juízo em defesa de  seus direitos e  interesses,  intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.

IV - DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (Item 1 do edital) Tratar  sobre direitos e garantias fundamentais em poucas linhas é  impossível! Só o  art.  5  possui  78 incisos,  fora  os  inúmeros  entendimentos   jurisprudenciais envolvidos... Portanto, vou tentar  chamar  sua atenção para alguns pontos. 

Bom,  a  primeira  dica  é  que  você  conheça  bem  o  teor   do  trecho  da Constituição compreendido entre os arts. 5° e 17°. Para você que conhece, em 

linhas gerais, o assunto, uma olhada no esquema abaixo permite lembrá-lo dos aspectos teóricos envolvidos nesse tema. 

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Além  disso,  não  dá  para  ir   para  essa  prova  sem  conhecer   os  incisos  da constituição que  tratam de:  (i)  liberdade de expressão  (inc.  IV, V,  IX e  XIV);  (ii) inviolabilidade  da  intimidade,  vida  privada  e  domiciliar   (inc.  X  e  XI);  (iii) inviolabilidade das comunicações  (inc. XII);  (iv)  liberdade de  reunião  (inc. XVI);(v)  liberdade de associação (inc. XVII a XIX); (vi)  júri popular  (inc. XXXVIII); e (vii) extradição. 

Como  seu concurso é para a Polícia  Federal, não deixe de  ler  ainda os  incisos relativos aos crimes  inafiançáveis  (inc.  XLII  a  XLIV),  hipóteses  constitucionais em que é possível a prisão (inc. LXI, LXVI e LXVII) e direitos do preso (inc. LXII a LXV e LXXV). 

Importantíssimo:  faça  uma  revisão  ainda  sobre  quem  pode  quebrar   sigilo 

bancário  e  os  diversos  entendimentos  do  Supremo  sobre  a  interceptação telefônica. Quanto à  jurisprudência do STF, é bom saber  principalmente (mas não só):

1)  O  Supremo  Tribunal  Federal  considerou  válido  provimento   judicial (oriundo  de  Ministro  do  próprio  STF)  que  autorizou  o  ingresso  de autoridade policial em  recinto profissional durante a noite, para o  fim de instalar   equipamentos  de  captação  acústica  (escuta  ambiental)  e  de acesso a documentos no ambiente de trabalho do acusado.

2)  Segundo a Súmula nº 683 do STF: “O  limite de  idade para a  inscrição em 

concurso público  só  se  legitima em  face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser   justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser  preenchido.”

3)  Segundo  o  STF,  o  Pacto  de  San  José  da  Costa  Rica  tem  status  de supralegalidade  (acima das  leis, mas abaixo da Constituição). Assim,  sua ratificação  afastou  toda  a  legislação  ordinária  interna  que regulamentava  a  prisão  civil  do  depositário  infiel,  e,  com  isso,  afastou  a própria possibilidade de prisão civil do depositário  infiel no Brasil; ademais, como  se  situa  hierarquicamente acima das  leis,  tal  tratado  internacional proíbe  que  leis  posteriores  venham  a  tratar   dessa matéria,  contrariando 

os seus termos. 4)  Segundo  o STF,  a  competência  constitucional  do  Tribunal  do  Júri 

prevalece  sobre  o  foro  por   prerrogativa  de  função  estabelecido e x clusivamente pela Constituição estadual.

5)  De acordo com  o  Supremo, no âmbito do processo criminal, a garantia constitucional de contraditório não é exigível na  fase de  inquérito policial,  já  que  essa  última  afigura-se  como  uma  mera  fase  investigatória,  de natureza  administrativa e preparatória  para  a  acusação.  Todavia, ofende  a  garantia  do  contraditório  fundar-se  a  condenação exclusivamente  em  elementos  informativos  do  inquérito  policial  não retificados em  juízo.

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6)  O  STF entende que,  enquanto  não  houver  a  regulamentação do direito de  greve  para  os  servidores  públicos,  é  possível  a  aplicação,  no  que couber, da lei que disciplina a matéria para os empregados privados. 

Por  fim, dê uma olhada nas Súmulas Vinculantes: 5, 9, 11 e 14. 

Quanto  aos  direitos  sociais,  é  bom  lembrar   do  seguinte:  (i)  reserva  do financeiramente  possível  (o  Estado  está  obrigado  a  concretizar   os  direitos sociais,  mas  de  forma  gradual,  na  medida  do  financeiramente  possível);  (ii) vedação  ao  retrocesso  (normas  constitucionais  e  infraconstitucionais  não podem  retroceder   em  se  tratando  de  direitos  sociais  já  implementados);  (iii) excepcionalmente,  o  Poder   Judiciário  pode  determinar   a  implementação  de políticas públicas. 

Não deixe de conhecer  o  teor  do art. 12,  I e  II, bem como os cargos privativos de brasileiros natos (art. 12, § 3º). Observe ainda as regras de inelegibilidades previstas em diversos parágrafos do art. 14. 

Ainda  sobre as  inelegibilidades,  revise em  seu material de consulta as diversas posições  jurisprudenciais sobre o assunto. É isso aí, meu caro amigo! Espero que esses bizús sejam úteis na sua aprovação. Descanse nos últimos dias e fique tranquilo para sua prova. Estamos, todos, torcendo por  você! 

Um grande abraço. 

Fred Dias 

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CURSO ON-LINE - BIZU DO PONTO PARA ESCRIVÃO DA PF PROFESSORES: ODIOMBAR RODRIGUES, JÚNIA ANDRADE, SÉRGIO 

BONIFÁCIO, DAVI BARRETO, FERNANDO GRAEFF, AYRTON CARDOMINGO, VITOR MENEZES, SÉRGIO MENDES, JÚLIO 

MARQUETTI, PEDRO IVO, FREDEDICO DIAS E EDSON MARQUES 

13) LEGISLAÇÃO ESPECIAL – Pedro Ivo 

Futuro Policial Federal, Trataremos agora de uma disciplina que para muitos é o “terror da prova”. Não pelo fato de a matéria ser difícil, mas por termos uma quantidade  imensa de material relativo ao tema. 

Se  não bastasse  isso, o  assunto é exigido com  uma  razoável profundidade,  pois é de suma importância para um Policial Federal. 

Desta  forma,  o  meu  intuito principal  é  “facilitar”,  dentro do  possível, o trabalho  de  vocês  e  apresentar  aqueles  pontos  que  não  podem  ficar de  fora  do  estudo  na  reta  final.  Tratarei  de  cada  tópico  do  edital  e relacionarei os artigos que você NÃO pode deixar de ler. Vamos 

começar: 

1 - TRAFICO ILÍCITO E USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS 

ENTORPECENTES (LEI Nº 11.343/06) 

Se  seguirmos  a  lógica  das  provas  do  CESPE,  é  praticamente  certo  que  teremos  ao menos  uma  questão  sobre  este  tema.  Esse  assunto,  pela  importância,  vem  sendo abordado com  certa profundidade, mas a banca, quase sempre,  retira as questões dos 

mesmos artigos. O MAIS EXIGIDO em prova, sem dúvida, é o artigo 28 que dispõe: 

Art.  28.  Quem  adquirir,  guardar,  tiver  em  depósito,  transportar  ou trouxer  consigo,  para  consumo  pessoal,  drogas  sem  autorização  ou  em desacordo  com  determinação  legal  ou  regulamentar  será  submetido  às seguintes penas: 

Este  artigo,  prevê  um  novo  tratamento  à  conduta  de  porte  de  drogas,  para  consumo 

pessoal  e  ATENÇÃO especial deve ser verificada quanto às penalizações: 

  ADVERTÊNCIA SOBRE OS EFEITOS DAS DROGAS; 

  PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; 

  MEDIDA  EDUCATIVA  DE  COMPARECIMENTO  A PROGRAMA OU CURSO EDUCATIVO. 

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Ainda neste  tópico deve ser dada atenção especial ao descrito do artigo 33 ao 47, em especial: 

  Artigo 33  – TRÁFICO DE DROGAS: 

Art.  33.  Importar,  exportar,  remeter,  preparar, produzir,  fabricar, adquirir, vender,  expor  à  venda,  oferecer,  ter  em  depósito,  transportar,  trazer consigo,  guardar,  prescrever,  ministrar,  entregar  a  consumo  ou  fornecer drogas,  ainda  que  gratuitamente,  sem  autorização  ou  em  desacordo com determinação legal ou regulamentar. 

Vale  lembrar   que  é  imprescindível  a  apreensão  da  droga  para  fazer   incidir   a 

tipificação  do  Art.  33.  Sempre  que  se  tratar   de  crime  envolvendo  drogas  é 

necessário  que  a  substância  aprendida  seja  periciada  e  confeccionado  laudo 

de constatação preliminar  para lavratura do auto de prisão em flagrante. Prisão

por tráfico de drogas decorrente apenas de prova 

testemunhal é ILEGAL! 

  Artigo 35  – ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO: 

Art.  35.  Associarem-se  duas  ou  mais  pessoas  para  o  fim  de  praticar, reiteradamente  ou  não,  qualquer  dos  crimes  previstos  nos  arts.  33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 

O  mais importante aqui é não confundir com o delito de quadrilha ou bando definido no código penal. Vamos relembrar as diferenças: 

QUADRILHA OU BANDO  –  CÓDIGO PENAL 

ASSOCIAÇÃO PARA O 

TRÁFICO  – LEI Nº 11.343/96 

PRÁTICA DE UM NÚMERO INDETERMINADO DE CRIMES 

NÃO FAZ RESTRIÇÕES, PODENDO SER INCLUSIVE UM ÚNICO DELITO. 

PELO MENOS 04 AGENTES  BASTAM DOIS AGENTES 

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Com relação ao processo penal definido na lei, devemos atentar aos seguintes pontos: 

1.  Recebidos os autos do  inquérito ou  informações que embasem uma denúncia do MP(  o  inquérito  não  é  obrigatório),  esta  será  oferecida  independentemente  de representação da vítima. 

2.  A  Denúncia  deverá  ser  feita  em  duas  vias  no  prazo  de  48  horas  da documentação supracitada. 

3.  Se  o  crime  deixar  vestígios  NÃO  HÁ  NECESSIDADE  DE  PROVA 

PERICIAL,  PODENDO  ESTA  SER  SUPRIDA  PELO  DEPOIMENTO  DE 

DUAS TESTEMUNHAS. 

4.  O perito ou as testemunhas elaborarão um  relatório que poderão apresentar em  juízo verbalmente ou por escrito. 

5.  Após recebido os autos o Magistrado terá um prazo de 48 horas para  receber ou rejeitar  a  denúncia.  Caso  receba  designará  dia  e  hora  para  a  audiência  de instrução  e  julgamento,  que  deverá  ser  realizada,  improrrogavelmente.  dentro  de cinco dias. Além disso o réu será citado. 

6.  Encerrados os debates o Magistrado proferirá imediatamente a sentença. Finalizando,  é  importante  levar  para  a  prova  o  conhecimento  de  que  o  Supremo Tribunal  Federal, através  da  súmula  vinculante nº  11,  impôs que  o  uso de  algemas só  é  lícito no caso de  resistência  e de  fundado  receio de  fuga ou de perigo  à 

integridade  física  própria  ou  alheia,  por  parte  do  preso  ou  de  terceiros,  justificada  a  excepcionalidades  por  escrito,  sob  pena  de  responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do  ato processual  a que  se  refere,  sem pre juízo da  responsabilidade  civil do Estado. 

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3 DEFINIÇÃO DOS CRIMES DE TORTURA (LEI Nº 9.455/1965) 

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escrita da autoridade  judiciária competente: 

Pena - detenção de seis meses a dois anos. 

Parágrafo  único.  Incide  na  mesma  pena  aquele  que  procede  à  apreensão  sem 

observância das formalidades legais. 

Art. 231. Deixar   a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou 

adolescente de fazer   imediata comunicação à autoridade  judiciária competente 20  e à família do apreendido ou à pessoa por  ele indicada: 

Pena - detenção de seis meses a dois anos. 

Art.  232.  Submeter   criança  ou  adolescente  sob  sua  autoridade,  guarda  ou 30  vigilância a vexame ou a constrangimento: 

Pena - detenção de seis meses a dois anos. 

Art.  240.  Produzir,  reproduzir,  dirigir,  fotografar,  filmar   ou  registrar,  por  qualquer   meio,  cena  de  sexo  explícito  ou  pornográfica,  envolvendo  criança  ou 

40  adolescente: 

Pena  –  reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 

Art.  244-B.  Corromper   ou  facilitar   a  corrupção  de  menor   de  18  (dezoito)  anos, 

com ele praticando  infração penal ou  induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei 

50  nº 12.015, de 2009) 

Pena  -  reclusão,  de  1  (um)  a  4  (quatro)  anos. (Incluído  pela  Lei  nº  12.015,  de 2009) 

Finalizando,  com  relação  às  infrações  administrativas,  acho  conveniente  uma  leitura dos dispositivos, sendo dada atenção especial para os artigos 245, 253 e 258. 

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5-ESTATUTO  DO  DESARMAMENTO  (LEI  Nº 10.826/2003) 

Creio que neste ponto  também  teremos uma atenção especial da banca. É um  assunto bem  atual  e  que  faz  parte  do  trabalho  direto  de  um  Policial  Federal.  Sendo  assim vamos “bizurar” o assunto: 

O  principal  ponto  do  estatuto,  de  onde  provavelmente  sairá  a  questão  da  prova,  está definido  no  capítulo  IV  que  trata  dos  crimes  e  das  penas.  A  lei  define  os  seguintes crimes: 

1.  Posse irregular de arma de fogo de uso permitido; Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo  com  determinação 

legal  ou  regulamentar,  no  interior  de  sua  residência  ou  dependência 

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desta,  ou,  ainda  no  seu  local  de  trabalho,  desde  que  seja  o  titular  ou  o  responsável  legal  do estabelecimento ou empresa 

2.  Omissão de cautela; Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para  impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa  portadora  de  deficiência  mental  se  apodere  de  arma  de  fogo que  esteja  sob  sua  posse  ou que seja de sua propriedade 

3.  Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido; Art.  14.  Portar,  deter,  adquirir,  fornecer,  receber,  ter  em  depósito,  transportar,  ceder,  ainda  que gratuitamente,  emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição,  de  uso  permitido,  sem  autorização  e  em  desacordo  com  determinação  legal  ou regulamentar: 

4.  Disparo de arma de fogo; Art. 15.  Disparar  arma  de  fogo  ou  acionar munição  em  lugar habitado  ou em suas  adjacências, em via  pública  ou  em  direção  a  ela,  desde  que  essa  conduta  não tenha  como  finalidade  a  prática  de outro crime 

5.  Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito; Art.  16.  Possuir,  deter,  portar,  adquirir,  fornecer,  receber,  ter  em  depósito,  transportar,  ceder,  ainda que  gratuitamente,  emprestar,  remeter,  empregar,  manter  sob  sua  guarda  ou  ocultar  arma  de  fogo, 

acessório  ou  munição  de  uso  proibido  ou  restrito,  sem  autorização  e  em  desacordo  com determinação legal ou regulamentar 

6.  Comércio ilegal de arma de fogo; Art. 17.  Adquirir, alugar,  receber,  transportar, conduzir, ocultar,  ter em depósito,  desmontar, montar, remontar,  adulterar,  vender,  expor  à  venda,  ou  de qualquer  forma  utilizar,  em  proveito  próprio  ou alheio,  no  exercício  de  atividade  comercial  ou industrial,  arma  de  fogo,  acessório  ou  munição,  sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar 

7.  Tráfico internacional de arma de fogo; Art.  18.  Importar,  exportar,  favorecer  a  entrada  ou  saída  do  território  nacional,  a  qualquer  título,  de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente 

Um  importantíssimo  item  a  ser  relembrado  é  com  relação  aos  parágrafos  únicos  dos artigos 14 e 15 do Estatuto que dispõe: 

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. 

O  STF  considerou  desarrazoada  a  vedação  à  fiança.  Segundo  o  Tribunal  tais  delitos não  poderiam  ser  equiparados  a  terrorismo,  prática  de  tortura,  tráfico  ilícito  de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5º, XLIII). 

Asseverou-se,  ademais,  cuidar-se,  na  verdade,  de  crimes  de  mera  conduta  que, embora  impliquem  redução  no  nível  de  segurança  coletiva,  não  podem  ser  igualados aos crimes que acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade. 

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Portanto,  de  acordo  com  a  decisão  do  STF  foram  considerados  inconstitucionais  os parágrafos únicos dos artigos 14  e 15 da Lei 10.826/2003 e, portanto, sendo possível a fiança. 

CAIU EM PROVA! 

(CESPE/TJ /TO/ JUIZ)  No  que  concerne  às  leis  penais  especiais,  Segundo entendimento  do  STF,  é  inconstitucional  a  vedação  de  fiança,  legalmente prevista, nos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. 

Gabarito: CORRETA 

Para  finalizar  este  tópico,  outro  ponto  que  gera  dúvidas  constantes  é  se  houve  abolitio criminis  temporária  para  o  crime  de  posse  irregular  devido  a  prorrogação  do  prazo  de registro para 31 de dezembro de 2009.  A  resposta é negativa e este é o entendimento atual do STF e STJ, com base em  julgados de 2008 e 2009.  ( STF: HC 90.995-SP ) 

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6- CRIMES AMBIENTAIS (LEI 9.605/98) 

Caro  aluno,  chegamos  ao  último  tópico.  Deste  item,  é  quase  certo  que  tenhamos questões na sua prova.  Acho  que  isso  fica  claro quando verificamos no  edital em  quais 

lugares os Futuros Policiais trabalharão. A  lei  deixa  claro  desde  o  início  que  é  aplicável  a  pessoas  físicas  e  pessoas  jurídicas definindo nos artigos 2º e 3º sua abrangência.  Importante inovação legal foi a expressa previsão  da  possibilidade  de  ser  desconsiderada  a  Pessoa  Jurídica  sempre  que  sua personalidade  for  obstáculo  ao  ressarcimento  de  prejuízos  causados  à  qualidade  do meio ambiente. A 9.605/98 apresenta em seu art. 8º as penas restritivas de direito que são: 

1.  Prestação de serviços à comunidade; 

2.  Interdição temporária de direitos; 

3.  Suspensão parcial ou total de atividades; 4.  Prestação pecuniária; 

5.  Recolhimento domiciliar. 

Particularidade  importante  de  ser  citada  diz  respeito  ao  recolhimento  domiciliar.  Este baseia-se  na  autodisciplina  e  senso  de  responsabilidade  do  condenado,  que  deverá, sem  vigilância,  trabalhar,  freqüentar  curso  ou  exercer  atividade  autorizada, permanecendo  recolhido  nos  dias  e  horários  de  folga  em  residência  ou  em  qualquer local  destinado  a  sua  moradia  habitual,  conforme  estabelecido  na  sentença condenatória. 

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Seguindo  na  lei,  do  artigo  26  ao  28  o  legislador  trata  da  ação  penal  e  do  processo penal. Neste ponto, para sua prova, o  fundamental é que você  tenha conhecimento da 

possibilidade de transação penal prevista no artigo 27. Mas, a transação penal prevista nesta lei é igual  a previsão do Código Penal? 

A  resposta  é  negativa  e  a  diferença  é  que  segundo  o  CP,  a  transação  penal  não depende da prévia composição dos danos. No caso de crimes ambientais, porém, esta é condição prévia para aquela. MAS E OS CRIMES??? Não são importantes? Claro que são! 

A  Lei se utiliza  dos artigos  29 ao 69 para  tratar  dos crimes contra o meio ambiente, e divide o assunto em cinco seções: 

1.  DOS CRIMES CONTRA A FAUNA; 

2.  DOS CRIMES CONTRA A FLORA; 

3.  DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS; 

4.  DOS CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E PATRIMÔNIO 

CULTURAL; E 

5.  DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL. 

Acho  prudente  uma  leitura  de  TODOS  os  delitos  (não  se  preocupe  com  as  penas!!!), mas principalmente dos que mais aparecem em prova. São eles: 

  ARTIGOS: 30  /  31  /  34  /  41  /  42  /  49  /  51  /  58  /  59  /  61  /  65  e 66 ************************ 

Caros alunos, 

Desejo  sinceramente  que  seu  esforço  seja  recompensado  e  que  Deus  ilumine  sua di d A di ê l b i id d d