Bisturi

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Bisturi Bisturi Bisturi Bisturi Valmir Barbosa O que eu disse ali, agora nego aqui o poeta não é como um colibri pode até falar de flor mas se preciso for corta fundo como um bisturi Fere a ferida e libera o pus que provoca alívio, mas produz a dor penetra entranhas, expõe as vísceras doenças típicas de um social bolor A porta do crime ele marca com giz nos becos gris, não faz amor pois a cor é mistura de corpos nus onde a vida sempre escapa por um triz A morte foge ao sinal da cruz e, se não faz jus à dor, deixa cicatriz pois a mão do poeta, esteta do sim potencializa o que há de melhor em mim.

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Um poema diferente, que faz uma reflexão sobre a função do poeta.

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BisturiBisturiBisturiBisturi Valmir Barbosa

O que eu disse ali, agora nego aqui

o poeta não é como um colibri

pode até falar de flor

mas se preciso for

corta fundo como um bisturi

Fere a ferida e libera o pus

que provoca alívio, mas produz a dor

penetra entranhas, expõe as vísceras

doenças típicas de um social bolor

A porta do crime ele marca com giz

nos becos gris, não faz amor

pois a cor é mistura de corpos nus

onde a vida sempre escapa por um triz

A morte foge ao sinal da cruz

e, se não faz jus à dor, deixa cicatriz

pois a mão do poeta, esteta do sim

potencializa o que há de melhor em mim.