BIOSSEGURANÇA E ÉTICA EM ENFERMAGEM

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BIOSSEGURANÇA E ÉTICA EM ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA (CONCEITO): Surgiu no século XX a disciplina denominada biossegurança,voltada para a diminuição dos riscos na pratica de diferentes tecnologias,seja no âmbito laboratorial ou ambiental.A palavra ‘biossegurança’ quer dizer,genericamente,segurança nas atividades que evoluem de organismos vivos.Assim caracteriza-se como vida com segurança. Seu objetivo é reconhecer fontes de perigo,avaliar as situações de risco que essa fonte oferece e controla- los,tomando decisões técnicas e/ou administrativas para promover mudanças. Em todo o mundo a biossegurança é regida por leis extremamente especificas.Suas determinações exigem cada vez mais empenho para a adequação dos padrões de seguranças das organizações e dos procedimentos que envolvam novos processos tecnológicos.No Brasil, a lei de Biossegurança vem sendo amplamente debatida,tornando-se tema para discussões internacionais.O País é considerado pela ONU o de mais elevado índice de biodiversidade do planeta. “Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio-ambiente e a qualidade dos resultados”. (Teixeira & Valle, 1996). Inclui segurança do profissional, do paciente, das pessoas que estão ao redor do próprio ambiente hospitalar. EPI (Equipamento de Proteção Individual): é todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de uma pessoa: luvas, máscara, gorro, propé, óculos, avental impermeável, jaleco, sapato fechado. EPC (Equipamento de Proteção Coletiva): é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas; ex.: saídas de emergência, extintores de incêndio…

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BIOSSEGURANÇA E ÉTICA EM ENFERMAGEM

BIOSSEGURANÇA (CONCEITO): Surgiu no século XX a disciplina denominada biossegurança,voltada para a diminuição dos riscos na pratica de diferentes tecnologias,seja no âmbito laboratorial ou ambiental.A palavra ‘biossegurança’ quer dizer,genericamente,segurança nas atividades que evoluem de organismos vivos.Assim caracteriza-se como vida com segurança. Seu objetivo é reconhecer fontes de perigo,avaliar as situações de risco que essa fonte oferece e controla-los,tomando decisões técnicas e/ou administrativas para promover mudanças. Em todo o mundo a biossegurança é regida por leis extremamente especificas.Suas determinações exigem cada vez mais empenho para a adequação dos padrões de seguranças das organizações e dos procedimentos que envolvam novos processos tecnológicos.No Brasil, a lei de Biossegurança vem sendo amplamente debatida,tornando-se tema para discussões internacionais.O País é considerado pela ONU o de mais elevado índice de biodiversidade do planeta. “Conjunto de ações voltadas para a prevenção,minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio-ambiente e a qualidade dos resultados”. (Teixeira & Valle, 1996).

Inclui segurança do profissional, do paciente, das pessoas que estão ao redor do próprio ambiente hospitalar.

EPI (Equipamento de Proteção Individual): é todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de uma pessoa: luvas, máscara, gorro, propé, óculos, avental impermeável, jaleco, sapato fechado.

EPC (Equipamento de Proteção Coletiva): é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas; ex.: saídas de emergência, extintores de incêndio…

Uniforme: roupas adequadas (discrição), calçados confortáveis, evitar uso exagerado de jóias (apenas o mínimo: brincos pequenos, aliança), unhas devidamente limpas e curtas, roupas confortáveis e seguras.

Higiene: lavagem das mãos.

Em uma de suas publicações,a revista CIPA(2002) divulgou um artigo que definiu a biossegurança sob três diferentes aspectos:módulo,processo e conduta.Ao primeiro foi dada a justificativa de que a biossegurança não é uma ciência e,sim,uma interdisciplinaridade que se expressa nas matrizes curriculares dos seus cursos e programas.Ao segundo,como processo,se deu a justificativa da biossegurança como ação Educativa,podendo assim ser representada num sistema ensino-aprendizagem,com o objetivo de preservação da saúde do homem,das plantas,dos animais e do meio ambiente.E por fim,como conduta,,quando analisada como um somatório de conhecimentos,hábitos,comportamentos e sentimentos que devem ser incorporados ao homem para que este desenvolva de forma segura sua atividade nos diversos segmentos sociais.

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Ao profissional de enfermagem cabe,sobretudo,a consciência de sua responsabilidade quanto á pratica da biossegurança em todos os seus procedimentos de trabalho e também junto aos seus pacientes para que,protegendo-se ,possa garantir suas boas condições de saúde para,assim,estar apto ao cuidado com o próximo.

ÉTICA (CONCEITO): Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra "ética" é derivada do grego ἠθικός, e significa aquilo que pertence ao ἦθος, ao caráter.[1]

Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.[2][3]

Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como "costume", ou "hábito", do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluia a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.

A ética na enfermagem é o ramo da ética que analisa as atividades da enfermagem. Esta divide vários princípios com a ética médica, tais como beneficência, não maleficência e respeito à autonomia. Pode ser distinguida pela sua ênfase em relacionamentos, manutenção da dignidade e cuidado colaborativo.

A natureza da enfermagem significa que o ramo da ética de enfermagem tende a examinar as éticas de cuidado ao invés da ética da cura, explorando o relacionamento entre o enfermeiro e o paciente.Tentativas iniciais para definir ética na enfermagem concentraram-se primariamente na ética da virtue que faria um enfermeiro bom, ao invés de analisar quais as condutas necessárias para respeitar os direitos humanos da pessoa no cuidado do enfermeiro. Porém, na era moderna, a ética da enfermagem tem analisado mais as obrigações dos enfermeiros para respeitar estes direitos, isto sendo refletido em códigos de ética profissionais de enfermagem. Por exemplo, a importância

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de respeitar os direitos humanos na enfermagem está escrito explicitamente no Conselho Internacional de Enfermeiros.

O termo Ética refere-se aos padrões de conduta moral, isto é, padrões de comportamento relativos ao paciente, ao patrão e aos colegas de trabalho. Ter boa capacidade de discernimento significa saber o que é certo e o que é errado, e como agir para chegar ao equilíbrio.

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica

BIOÉTICA (CONCEITO): Bioética (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) é o estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e as pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e suas aplicações.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bio%C3%A9tica

A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NA ENFERMAGEM

Os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), são equipamentos que protegem os trabalhadores, principalmente os de áreas de risco, do perigo eminente que certos materiais ou substâncias possam causar a saúde deles. Na ausência desses equipamentos durante o manuseio de substâncias perigosas, os profissionais correm sério risco de sofrerem sérios acidentes, que podem ir desde uma contaminação, até a perda da vida.

Seja em qualquer área, o uso correto desses equipamentos é indispensável, pois garante a integridade física dos profissionais em 99 ou até 100% dos casos.Voltando-se para área da saúde, lá por volta dos séculos XIX e XX a precurssora da enfermagem, Florence Nightingale, comprovou a importância da aplicação da ciência da administração nos hospitais, com a finalidade de melhorar a assistência prestada. Por meio de ações simples mais eficazes e inovadoras para a época, como higiene, conforto e aeração, proporcionou um ambiente terapêutico para potencialização das respostas humanas às diversas doenças. Diante das inúmeras atividades da área da saúde, os profissionais assumem, por meio da prática, a função na recuperação e preservação da vida e do bem-estar do paciente. Dessa forma utilizam-se dos recursos com o objetivo de manter uma padronização dos procedimentos executados para prestar assistência sistematizada e individualizada, em busca constante de resultados positivos, isentos de falhas ou riscos. Sendo assim, a qualidade assistencial tem sido cada vez mais discutida e trabalhada pela equipe de

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enfermagem, sobretudo pelos gestores e profissionais envolvidos diretamente na prestação dos cuidados. Contudo o compromisso pessoal e o conhecimento técnico não têm sido suficientes para que se garanta uma assistência segura.

Aprender com possíveis falhas ou erros serve para melhoria, não apenas de processos mas também incentivar as mudanças das organizações e influenciar o modo como elas se comportam diante dos fatores inesperados.

Nesse contexto, surge o interesse na utilização de políticas de gestão de riscos uma vez que a avaliação destes é, hoje, importante meio que auxilia as decisões em saúde, por sua associação com a garantia da qualidade.

RISCO E TIPOS DE RISCO

Risco é um termo que reflete as relações das pessoas com eventos futuros, pois se, antigamente, o perigo implicava em fatalidade, na atualidade ele ganha contornos de controle possível. A noção de risco apresenta grande variação, observada pelas técnicas e metodologias de medida de risco nas pesquisas científicas. O risco é, portanto, a possibilidade da ocorrência de um evento adverso e está associado ao potencial de perdas e danos de magnitude de suas consequências.

A gestão de riscos é uma tarefa complexa. Para que ela seja global, em grande parte, direcionado aos indicadores ligados aos riscos pertinentes à assistência de enfermagem (nursing sensitive indicators), uma série de fatores de risco de outras naturezas (tecnológicos, ambientais, humanos, organizacionais) deve ser contemplada em um programa específico, desenvolvido em parceria por diversos setores da organização.

GESTÃO DE RISCOS

A gestão de riscos ou gerenciamento de riscos é a prática de identificar e analisar os riscos e tomar as medidas necessárias para minimizar as perdas potenciais ou reais.

A avaliação de risco constitui a primeira etapa da gestão de riscos propriamente dita. Consiste em: identificação de perigo, avaliação da dose-resposta, avaliação de exposição e caracterização de riscos, a partir da qual as decisões para a redução dos riscos e estratégias para a gestão dos riscos são estabelecidas.

Com o objetivo de proporcionar a segurança e a qualidade dos processos e estabelecer um programa abrangente para a assistência, surgem as políticas de gestão de risco, utilizando-se de experiências internas e externas para agregar informações relacionadas às situações de possíveis danos.

As propostas de gestão de riscos oriundas da análise de riscos não são resultantes de processos de riscos somente tecnológicos e científicos, mas também sociais, que em última instância acabarão por determinar um projeto para a sociedade.

Um dos pilares dos processos da gestão de risco é influenciar positivamente na investigação na ocorrência de erro como ferramenta de qualidade nessa assistência.

A abordagem na notificação, análise e adoção de medidas relativas às falhas no processo de gestão de riscos constituem um ponto crítico, já que

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seus determinantes, muitas vezes, estão atrelados às ações (ou omissões) de pessoas.

Na Inglaterra, a National Safety Agency foi criada com o objetivo de estabelecer uma política nacional sobre a gestão de risco, de forma a criar uma cultura nova no que se refere ao erro e não adoção de medidas punitivas. O erro passou a ser enquadrado, então, em uma visão sistemática, na qual o profissional é parte de um sistema, e o erro é apenas consequência de uma falha no processo.

A implementação de um sistema de segurança deve estar baseada em uma filosofia não punitiva, mas que privilegia a responsabilidade e o comprometimento profissional, com o objetivo de prestar uma assistência com ausência de riscos ou falhas, desde os cuidados mais simples aos mais complexos, além de atender a legislação vigente. A legislação brasileira que aborda essa temática é bastante ampla e está disponibilizada pelo Minstério da Saúde. A seguir, estão listadas as principais regulamentações:

Resolução RDC n° 171, de 4 de setembro de 2006: dispõe sobre o regulamento técnico para o funcionamento de bancos de leite humano.

Portatria n° 931, de 2 de maio de 2006: aprova o regulamento técnico para transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Resolução RDC n° 20, de 2 de fevereiro de 2006: estabelece o regulamento técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.

Portaria n° 485, de 11 de novembro de 2005: aprova a norma regulamentedora n° 32 (segurança e saúde no trabalho em estabelecimento de saúde).

Resolução RDC n° 302, de 13 de outubro de 2005: dispõe sobre regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos.

Resolução RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004: dispõe sobre o regulamento técnico para a gestão de resíduos de serviços de saúde.

Resolução RDC n° 220, 21 de setembro de 2004: aprova o regulamento técnico de funcionamento dos serviços de terapia antineoplásica.

Resolução RDC n° 153, de 14 de junho de 2004: determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea.

Resolução RDC n° 140, de 29 de maio de 2003: estabelece regras das bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais de saúde.

Resolução RDC n° 45, de 12 de março de 2003: dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas de utilização das soluções parenterais (SP) em serviços de saúde.

Portaria n° 2616, de 12 de maio de 1998: dispõe sobre controle de infecção hospitalar.

(BIOSSEGURANÇA)

Alguma normas:

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NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA

 

            Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008).

 

          NR 06 Equipamento de Proteção Individual EPI

 

            A Norma Regulamentadora NR6 considera Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A função do EPI é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador que o usa. Eles evitam lesões ou minimizam sua gravidade, em casos de acidente ou exposição a riscos, também, protegem o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam as doenças ocupacionais (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008).

 

            NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de Saúde

 

            Estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de Proteção à segurança e a Saúde dos Trabalhadores dos Serviços de Saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à Saúde em geral (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.496).

 

            Riscos Biológicos

 

            Consideram-se Agentes Biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não, as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.496).

      Conforme o anexo I da NR 32 os agentes biológicos são classificados em:

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      Classe do risco 1: Baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doenças ao ser humano (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.513).

Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.513).

                  Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.513).

            Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um individuo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento (ATLAS, Manuais de Legislação, 2008, p.513).

            Conforme o PPRA (Programa de Prevenção de Risco Ambientais) deve conter a Identificação dos riscos biológicos mais prováveis em função geográfica e a característica do serviço de saúde e seus setores, ressaltando:

a)      fonte de exposição e reservatórios;

b)      vias de transmissão e de entrada;

c)      transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;

d)     persistência do agente biológico no ambiente;

e)      estudos epidemiológicos e dados estatísticos;

f)       outras informações cientificas.

            Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto.

            Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.

            Os equipamentos de Proteção Individual EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em números suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.

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            Em todo local onde exista a possibilidade de exposição a agentes biológicos, devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções escritas, em linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho e medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.

            Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, quando houver, ao serviço de segurança e saúde de trabalho e à Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA).

Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser responsáveis pelo seu descarte. São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas.                  A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.                  Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos que os trabalhadores estão expostos, o empregador deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.            Deve ser fornecido ao trabalhador comprovante das vacinas recebidas.            Os serviços de saúde devem:a) atender as condições de conforto relativas aos níveis de ruído previstas na NB 95 da ABNT;b) atender as condições de iluminação conforme NB57 da ABNT;c) atender as condições de conforto térmico prevista na RDC 50/02 da ANVISA;d) manter os ambientes de trabalho em condições de limpeza e conservação.      No processo de elaboração e implementação do PPRA e do PCMSO.      Devem ser consideradas as atividades desenvolvidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH do estabelecimento ou comissão equivalente.       Antes   da   utilização   de   qualquer   equipamento   os  operadores devem  ser capacitados quanto ao modo de operação e seus riscos

Referencias

Saberes e praticas (Guia para ensino e Aprendizado de enfermagem)Pgs161a 192 V2e pgs153 a 164 V1

WWW.scielo.org

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RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAISAs condições de segurança da área laboratorial/hospitalar dependem de vários fatores: físicos (características do local; características do material utilizado; informação eformação do pessoal.A Organização Mundial de Saúde, bem como o Ministério da Saúde publicam, periodicamente, manuais sobre normas de segurança. Atualmente, dentro desta área, o assunto mais discutido em função de sua importância é a Biossegurança, ou seja, as normas que envolvem o pessoal da área médico - hospitalarAlgumas desta normas são de extrema relevância e devem ser plenamente definidas:- UNIFORMES: obrigatoriamente protegido com avental de mangas longas, fechado na frente e longo (abaixo dos joelhos).

- CABELOS: permanentemente presos na sua totalidade. Em áreas de controle biológico, o uso do gorro é obrigatório (Laboratório de Cultura, Biologia Molecular, Produção de Componentes Lábeis Sangüíneos, Laboratório de Microbiologia, Isolamento Reverso, Centro Cirúrgico, etc.).- SAPATOS: exclusivamente fechados . Não deve ser permitido o uso de sandálias dentro de áreas hospitalar e laboratorial. Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evita-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha.

- JÓIAS E BIJUTERIAS: deve-se usar o mínimo possível. Não se deve usar anéis que contenham reentrâncias, tais como incrustações de pequenos brilhantes ou pedras, assim como não se deve usar pulseiras e colares que possam tocar superfícies de trabalho e/ou pacientes, vidrarias, etc.- MAQUIAGEM E PERFUME: a maquiagem é uma grande fonte de partículas na área laboratorial e hospitalar, partículas estas que significam perigo ! As maquiagens liberam milhares destas partículas, na maior parte aderentes, pois contêm glicerina, mica, titânio, entre outras coisas. Entre as maquiagens, o excesso de batom e rímel significam, sem dúvida, um dos maiores problemas, assim como laquê. Os perfumes devem ser evitados em ambientes técnicos por inúmeros motivos: são poluentes ambientais, muitos pacientes têm intolerância a odores, em função de seu estado de saúde e outros em função dos medicamentos que fazem (quimioterapia e radioterapia), e podem impregnar ambientes fechados que contenham filtros em ar condicionado, agravando o estado de saúde de muitos alérgicos.- UNHAS: devem ser curtas e bem cuidadas. Não podem ultrapassar a “ponta dos dedos”. Preferencialmente sem conter esmalte, principalmente nas áreas de isolamento reverso e laboratórios de Cultura Celular. O esmalte libera partículas por micro - fraturas.O acesso ao laboratório é limitado ou restrito ao pessoal técnico. Não permita a circulação de pacientes ou de quadros administrativos, que não advertidos dos riscos biológicos, podem se contaminar.Os trabalhos da área técnica devem estar corretamente uniformizados sobre a

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importância do uso dos equipamentos de proteção individual - EPIs, no sentido de prevenir a contaminação da pele e da indumentária.- ROUPAS PROTETORAS: avental exclusivamente de manga longa, permanentemente fechado. Deve ser usado no interior do laboratório, e deve permanecer no vestuário técnico, não devendo ser usado em áreas públicas como: bares, lanchonetes, banco, etc. O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente.O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas.Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água).

- ÓCULOS: devem ser usados para todas as áreas as atividades de risco, como manipulação de produtos biológicos potencialmente contaminados, produtos químicos, além daquelas que portam risco de radiação e/ ou iluminação (uso de óculos especiais em presença de lâmpada U.V.).

 MÁSCARAS: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas como alto teor de evaporação (além de serem manipuladas em capelas de exaustão), e em áreas de alta contaminação com produtos biológicos. As máscaras podem e devem ser usadas também no sentido de não contaminarmos o ambiente (isolamento reverso, centro cirúrgico, etc.). A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nassuperfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimentoodontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato.

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As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de uso único, mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis.

- LUVAS: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico, e com determinados produtos químicos. As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente.

• Protetor respiratório (respiradores)Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, doenças que são transmitidas via aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do protetor respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado, desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura).Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável.É de uso individual, intransferível e reutilizável. Tem vida útil variável dependendo do tipo de contaminante, sua concentração, da freqüência respiratória do usuário e da umidade do ambiente. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado (entupido), perfurado, rasgado ou com elástico solto, ou quando o usuário perceber o cheiro ou gosto do contaminante. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo. Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo.Instruções de uso do protetor respiratório:- Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz.- Puxe o elástico de cima, passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas. Depois faça o mesmo com o elástico inferior, ajustando-o na nuca.- Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do nariz.- Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador e assopre fortemente. O ar não deve vazar pelas laterais.- Para retirar, comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro.

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- Profissionais imunizados por sarampo e varicela não necessitam de proteção respiratória, devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes portadores destas doenças infecciosas.

orientações/recomendações sobre biossegurança baseadas num resumo de literatura internacional, principalmente nas publicações da OMS, CDC - Atlanta e CEE.

¨ todo material biológico é por princípio contaminado.

¨ todo material químico é por princípio prejudicial à saúde.

¨ as superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez ao dia, e sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material biológico. O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e qualquer material não relacionado às atividades nele executadas.

¨ proibido manter pertences, bolsas, jornais, flores, casacos, ventilador, rádio, TV, etc., na área técnica.

¨ sempre após a manipulação de material biológico ou antes de deixar o laboratório, os técnicos devem lavar as mãos.

¨ todos os procedimentos devem ser conduzidos com máximo cuidado, visando evitar a formação de aerossóis.

¨ todo material biológico, sólido ou líquido, deve ser descontaminado antes da lavagem ou do descarte. O material deve ser descontaminado fora da área de atividades do laboratório.

Deverá ser colocado em um recipiente a prova de vazamento e devidamente fechado antes do seu transporte.

Estas normas práticas gerais são baseadas em critérios publicados por instituições internacionais como a OMS, Comunidade Européia, CDC - Atlanta/USA e abordam bons procedimentos e normas de comportamento tais como: uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, uniforme, cabelos, sapatos, jóias/bijuterias, maquiagem/perfume e unhas.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio

ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos:

CABINES DE SEGURANÇA

As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são

usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três

tipos de cabines de segurança biológica:

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Classe I

Classe II – A, B1, B2, B3.

Classe III

Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança Biológica encontra-se no

anexo 2.

FLUXO LAMINAR DE AR

Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao

longo de linhas paralelas.

CAPELA QUÍMICA NB

Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa

turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador

e ambiente.

CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA

Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão,

cotovelos ou joelhos Deve estar localizado em local de fácil acesso.

LAVA OLHOS

Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a

uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode

fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.

MANTA OU COBERTOR

Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado

para abafar ou envolver vítima de incêndio.

VASO DE AREIA

Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para

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neutralizá-lo.

EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA

Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em

eletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ

Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os

materiais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica.

Não usar em metais alcalinos e papel.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO

Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem

elétrica.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA

Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.

EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF

Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis, incêndio de

origem elétrica. O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso.

MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de

Bombeiros.

CUIDADOS COM BIOSSEGURANÇA

• Lavagem das Mãos

A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem à pele durante o desenvolvimento de nossas atividades mesmo estando à mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes.

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Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes.

• Manipulação de Instrumentos e Materiais

Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambientes. Todos os instrumentos reutilizados têm rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo realmente descartados e se em local apropriado.

• Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção

Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes.

Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou carpule, reencape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja.

Ambiente e Equipamentos

Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. Proteja as superfícies do contato direto, como botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento.

• Roupas e Campos de Uso no Paciente

Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas.

Page 16: BIOSSEGURANÇA E ÉTICA EM ENFERMAGEM

• Vacinação

Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de doenças.

Equipamentos de Proteção Individual

TIPOS DE RISCO

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

1. Riscos de Acidentes

2. Riscos Ergonômicos

3. Riscos Físicos

4. Riscos Químicos

5. Riscos Biológicos

1. RISCOS DE ACIDENTES

Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

2. RISCOS ERGONÔMICOS

Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc.

3. RISCOS FÍSICOS

Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e ponteagudos, etc.

4. RISCOS QUÍMICOS

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Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

5. RISCOS BIOLÓGICOS

Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros.

Classificação de risco biológico:

Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios:

· Patogenicidade para o homem.

· Virulência.

· Modos de transmissão

· Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.

· Disponibilidade de tratamento eficaz.

· Endemicidade.

Leia mais: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAaZ4AF/biosseguranca-enfermagem#ixzz21ZRP6BAw

O que cabe ao enfermeiro:

Como RT de Enfermagem :

ConheceraNR-32noquedizrespeitoàáreadeinteresseedefocoassistencialdaInstituição;

IncentivaraparticipaçãodoscolaboradoresepromoveradivulgaçãodaNR-32;

InvestiremaçõesconjuntascomaCIPA-CCIHeSESMTdaInstituição;

FormarComissãodeEstudossobreaNR-32,comparticipaçãodeEnfermeirosedemaiscolaboradores

Page 18: BIOSSEGURANÇA E ÉTICA EM ENFERMAGEM

Levantar todos os riscos pertinentes à execução dos procedimentos técnicos de Enfermagem que estejam compreendidos pela NR-32;

Elaborar Protocolos Técnicos e Regimento Disciplinar Interno, prevendo atitudes, condutas e posturas em questões previstas na NR-32, relacionadas com o processo assistencial institucional;

Promover reunião mensal para discussão de situações de risco identificadas e ações pro-ativas necessárias;

Levar ao conhecimento do COREN-SP situações que impliquem em risco assistencial e profissional por não observância à NR-32