BIOMAS BRASILEIROS E CIDADANIA - Palestra campfrat 2017
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CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
ORAÇÃO CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017
― Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendizemos,
por vossa infinita bondade.
― Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos para que
dele cuidemos com carinho e amor.
― Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum.
― Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida
das pessoas, e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da
nova terra que prometestes.
― Amém!
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
TEXTO
BASE DA
CAMPANHA DA
FRATERNIDADE 2017
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
Releitura do RESUMO E EDIÇÃO de Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) – SDB - Salesiano de Dom Bosco por PDCA CONSULTORES ASSOCIADOS -
TEMA: FRATERNIDADE:
Biomas Brasileiros e Defesa da Vida
LEMA: Cultivar e guardar a Criação
(cf. Gn 2,15)
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
Gn 2,15 - Et Dieu prit alors l’ homme el I’installa dans le Jardin d’ Eden pour le
cultiver et pour s’em occuper.
Gn 1,28 – En otre, Dieu les bénit et Dieu leur dit:
« Soyez féconds et devenez nombreaux, remplissez la terre et soumettez-la; tenez
dans la soumission les poissons de la mer, el les créature vivante qui se meut sur
la Terre. »
Gn 2, 8 – En otre, Dieu planta un jardin en Éden, vers l´est, et il y mit l’homme qu’il
avait formé »
Cultivar e guardar a Criação (cf. Gn 2,15)
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
Gn 2,15 - O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo..
Gn 1,28 – Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.“
Gn 2, 8 – Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado. »
OBJETIVO GERAL: • Cuidar da criação, de modo
especial dos biomas brasileiros, dons de Deus e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos a luz do Evangelho.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1. Aprofundar o conhecimento de cada bioma; 2. Estimular compromissos com as populações originárias de cada bioma; 3. Reforçar o compromisso com a biodiversidade; 4. Compreender o impacto das grandes concentrações populacionais sobre o
bioma; 5. Articular ações com as igrejas, organizações da sociedade e centros de
pesquisa;
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6. Comprometer as autoridades públicas sobre o meio ambiente e defesa dos povos nativos dos Biomas;
7. Contribuir para a construção de um novo paradigma econômico e ecológico;
8. Estimular uma profunda compreensão dos desafios da “conversão ecológica” (Papa Francisco).
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INTRODUÇÃO • Bioma é um conjunto de ecossistemas com
características semelhantes presentes numa mesma região.
• O Brasil tem 06 biomas: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa.
• Cada bioma, por suas características específicas, exerce grandes influências sobre o povo e sua cultura.
• No BR há uma profunda relação entre os biomas e povos frutos da forte miscigenação.
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• OS BIOMAS BRASILEIROS VEM SOFRENDO INTERFERÊNCIAS
NEGATIVAS DESDE A CHEGADA DOS PRIMEIROS COLONIZADORES
AO BRASIL;
• OS PRIMEIROS COLONIZADORES FORAM EXPLORADORES DA
NATUREZA E DO HOMEM (ÍNDIOS E NEGROS TRATADOS COMO
ESCRAVOS);
• A IGREJA CATÓLICA, FIEL À SUA MISSÃO DE PROMOÇÃO DO REINO
DE DEUS, TEM SIDO VOZ PROFÉTICA A RESPEITO DA QUESTÃO
ECOLÓGICA.
• ATRAVÉS DA CF 2017, A IGREJA QUER CHAMAR A ATENÇÃO DA
SOCIEDADE PARA A IMPORTÂNCIA, RESPEITO E O CUIDADO DOS
NOSSOS BIOMAS.
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
CF COM TEMAS ECOLÓGICOS: a
1979: Por um mundo mais humano. "Preserve o que é de todos". 1986: Fraternidade e Terra. "Terra de Deus, Terra de irmãos". 2002: Fraternidade e Povos Indígenas. "Por uma terra sem males". 2004: Fraternidade e Água. "Água, fonte de Vida". 2007: Fraternidade e Amazônia. "Vida e Missão neste chão".
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CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
CF COM TEMAS ECOLÓGICOS: A
2007: Fraternidade e Amazônia. "Vida e Missão neste chão". 2011: Fraternidade e Vida no Planeta. "A criação geme em dores de parto". 2016: Casa Comum, Nossa Responsabilidade. "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça como um rio". 2017: Fraternidade, Biomas Brasileiros e Defesa da Vida. «Cultivar e guardar a Criação»
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
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CAPÍTULO I: VER
OS
BIOMAS BRASILEIROS
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BIOMAS DO BRASIL
UM MOSAICO
DE
PAISAGENS
Principais Biomas
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FLORESTA AMAZÔNICA
• 80% das matas
• brasileiras;
• heterogênea
• higrófila;
• latifoliada;
• floresta de mata
fechada;
• subdividida em:
• Igapó, Várzea e Terra
Firme.
Floresta de Terra Firma
Com árvores altas que
chegam a 65 metros de
altura, e suas copas
formam um anteparo à
luz, deixando o interior
da floresta úmido e
quente. Área não
sujeita a inundações.
Destacam-se as
castanheiras, a
seringueira-branca,
guaraná, cedro,
sumaúma pau-ferro
etc.
Florestas de Várzea
• fica entre a terra
firme e o igapó, nela
encontram-se a
seringueira preta, o
jatobá e as palmeiras
como o açaí a jauarí
etc.
Florestas de Igapó
• localizam-se em terrenos baixos que ficam temporária ou permanentemente alagados pelas águas dos rios. Espécies típicas são a vitoria régia, a piaçava e a itaubarana.
Florestas de Igarapé
• são florestas
inundáveis à margens
de rios que
deságuam em
outros maiores
1. BIOMA AMAZÔNIA:
• A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupa 61% do território nacional.
• É formado pelos estados da região norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, Rondônia e Tocantins.
• A Lei n. 1806 de 1953 inseriu também os estados do Mato Grosso e Maranhão, criando a Amazônia Legal.
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a) A BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
• O bioma Amazônia é marcado pela maior bacia hidrográfica de água doce do mundo, a
bacia amazônica.
• Também há o RIO AÉREO (evapotranspiração) que leva água em forma de vapor pela
região Centro-Oeste, Sul, Sudeste do Brasil.
• A vegetação característica do bioma Amazônia é de árvores altas. Há também as planícies
com matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente
inundadas).
b) SOCIODIVERSIDADE DO BIOMA AMAZÔNIA • Na Amazônia vivem 24 milhões de pessoas; 80% delas nas áreas
urbanas;
• Apesar da grande riqueza natural, a região sofre com pobreza, a violência no campo, a carência de infra-estrutura logística, a agressividade da agroindústria e da mineração; o êxodo rural..
• A população é mestiça, indígena e quilombola... A partir dos anos 60 grandes levas de migrantes sulistas chegaram na Amazônia, sobretudo, no sul do Pará, em Rondônia e sul do Amazonas.
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c) CONTEXTUALIZAÇÃO POLÍTICA • O problema fundamental da Amazônia é o modelo de
desenvolvimento adotado para a região: exploração privada da riqueza natural e pouco investimento do estado;
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• As populações tradicionais da região são: caboclos ribeirinhos, indígenas e quilombolas vivem em tensão resistindo contra a corrente do modelo de vida diferente.
d) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • A Igreja Católica está profundamente encarnada na
Amazônia; vive e cresce no enraizamento na sabedoria tradicional e na piedade popular que durante séculos mantém viva a fé e a espiritualidade do povo da floresta.
• É uma igreja de mártires: muitos leigos, sacerdotes,
religiosos (as) derramaram seu sangue em defesa da dignidade humana.
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CAATINGA
CAATINGA • Ocupa quase 10% do território nacional, com 736.833
km², a Caatinga abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais;
• Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os brejos,
• A caatinga é um revestimento vegetal fisionomicamente complexo, mas de reconhecida unidade ambiental, cujo traço comum é a semi-aridez.
Desertificação
• A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.
• o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25 e 29°C) provoca intensa evaporação;
• Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km2 de área.
2. BIOMA CAATINGA: • Palavra “Caatinga” é de origem indígena e significa “mata
clara e aberta”;
Encontra-se envolvida pelo clima semiárido entre a estreita faixa da Mata Atlântica e o Cerrado.
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• É um bioma exclusivamente brasileiro, que abrange territórios de 8 estados do Nordeste e o Norte de Minas Gerais, onde vivem 27 milhões de pessoas.
a) BIODIVERSIDADE • A Caatinga apresenta uma grande riqueza
de ambientes e espécies, que não é encontrada em nenhum outro bioma.
• É um ambiente seco, quente, com vegetação de savana;
• Há também áreas serranas, brejos e áreas de clima mais ameno;
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• Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um de longo período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca curta seguido de chuvas torrenciais;
• Ameaças: 80% da caatinga foi alterada por causa dos desmatamentos e das queimadas;
• A Caatinga abriga 178 espécies de mamíferos, 591 tipos de aves, 177 tipos de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 classes de peixes e 221 espécies de abelhas.
b) RIQUEZAS, FRAGILIDADES E DESAFIOS • A Caatinga, por ser uma vegetação geralmente baixa, favorece a
apicultura. • Bioma propício para a criação de animais de pequeno e médio porte como
cabras, ovelhas e outros adaptados ao clima semiárido; • Problemas desafiantes: queimadas, escassez de água potável,
desmatamento, desertificação provocada pela economia irresponsável e predadora.
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c) OS POVOS ORIGINÁRIOS E A CULTURA – sociodiversidade • Aproximadamente 40% da população do Bioma Caatinga
ainda está no meio rural, sendo considerada a região mais ruralizada do Brasil;
• A população dos centros padece de problemas como a falta de saneamento, a violência, ausência de moradia adequada, ocupação desordenada, criminalidade, etc.
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d) CONTEXTUALIZAÇÃO POLÍTICA • A partir da década de 90 do século passado
foi abandonada a ideia de lutar contra a seca – característica do bioma caatinga – e difundiu-se a ideia de aprender a conviver com o semiárido;
Essa mudança de hábito promoveu: • a captação da água da chuva para beber; • a defesa dos territórios das comunidades tradicionais e indígenas; • a valorização da cultura local, dos saberes dos povos catingueiros; • a exploração da energia solar, dos ventos e outros potenciais da região. • expandiu-se a rede de infraestrutura social (energia elétrica, telefonia,
internet, etc).
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e) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • As festas de São João, rodas de São Gonçalo,
celebrações da Quaresma e Semana Santa são marcas da religiosidade popular da caatinga;
• A figura do Padre Ibiapina, cearense, aproveitou a religiosidade popular para estimular a resolução de muitos problemas do povo; no século XIX, ele concretizou a captação da água das chuvas nas cisternas, fundou as casas da Caridade onde se acolhiam enfermos, mulheres grávidas. e viajantes;
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• Outro cearense marcante foi o padre Cícero que viveu muito próximo ao povo pobre, explorado e sofrido; tinha uma forte sensibilidade ecológica;
• O povo desse bioma é marcado pela piedade
popular católica e de movimentados santuários: Bom Jesus da Lapa (BA), Santuário Frei Damião (PB), Santuário de São Francisco, em Canindé (CE), etc.
• Forte vida das CEBs.
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REGIÃO DE CERRADO
É a segunda maior formação vegetal brasileira;
Abrange dez estados do Brasil do centro-oeste,
do norte, nordeste e sudeste;
Restam apenas 20% desta cobertura vegetal,
tipica do clima tropical;
O solo deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio,
abriga plantas de aparência seca.
Apresenta uma heterogeneidade de espécies de vegetais e um
elevado grau de endemismo.
CERRADO
O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana;
De um modo geral, podemos distinguir dois estratos na vegetação dos Cerrados: o estrato lenhoso, constituído por árvores e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e sub-
arbustos.
O relevo do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões
CERRADO
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3. O BIOMA CERRADO: • O Cerrado tem duas estações climáticas bem definidas:
chuvosa e seca. • O solo é de composição arenosa e é considerado o bioma
brasileiro mais antigo;
• O Cerrado está na região Centro-Oeste, no oeste de Minas Gerais, no sul do Maranhão e do Piauí.
• No Cerrado vivem 22 milhões de pessoas.
a) CARACTERÍSTICAS DO CERRADO
• No Cerrado está a nascente das três maiores bacias da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata);
• Tem um elevado potencial aquífero e grande biodiversidade.
• Esse bioma abriga mais de 6,5 mil espécies de plantas já catalogadas;
• O Cerrado tem um clima tropical, quente sub-úmido, com uma estação seca e uma chuvosa e temperatura média anual entre 22°C e 27°C;
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• O Cerrado tem extensas chapadas e área de florestas ribeirinhas;
• O Cerrado não produz água, mas acumula a água das chuvas em seu subsolo poroso;
• Os biomas Amazônico e Cerrado se unem perfeitamente para a produção e distribuição da água para o Brasil.
b) BIODIVERSIDADE • O conjunto dos seres vivos do bioma Cerrado representa 5% da fauna
mundial;
• A alta diversidade de ambientes se reflete em uma elevada riqueza de espécies vegetais (23.000) e animais (320.000), sendo que 90.000 são de insetos;
• Porém, há 132 espécies na lista em risco de extinção.
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c) OS POVOS ORIGINÁRIOS E A CULTURA – sociodiversidade
• Os indígenas, primeiros habitantes do Cerrado, junto com os camponeses, constituem os grupos importantes no Cerrado;
• São eles os guardiões do patrimônio ecológico e cultural deste bioma.
d) BELEZA, FRAGILIDADES E DESAFIOS DO CERRADO • O Cerrado abastece a bacia do Rio São Francisco; • Apesar de ser tão antigo, o Cerrado é frágil em sua capacidade de
resistência e regeneração.
e) REALIDADE POLÍTICA E OS DESAFIOS DO CERRADO • Avança sobre o Cerrado a ocupação desordenada em vista da
exploração econômica, com a destruição da biodiversidade e ameaça à vida e à cultura dos povos originários e comunidades tradicionais;
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* produz amplo desmatamento; * sequestra a terra dos povos e
comunidades tradicionais; * modifica a química do solo
(agrotóxicos); * altera o regime das águas...
• O agronegócio avança amparado pela política de governo e gera graves males:
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• O que é preocupante é que o Cerrado, uma vez destruído, não se reconstitui.
• A atividade garimpeira contamina rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos.
• Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram grande parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
f) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • A Igreja Católica está empenhada na aprovação da Proposta
de Emenda Constitucional – PEC 115/150 - que inclui o Cerrado e a Caatinga como Patrimônios Nacionais.
• Também produz material popular para ativar a consciência da preservação ambiental junto às comunidades.
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MATA ATLÂNTICA
Tropical • úmida • de encosta • 5% resta do original
• Originalmente percorria o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte
ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão K2;
• Ação antrópica: Agricultura (café, cana - de açúcar) e urbanização;
• Atualmente, da segunda maior floresta brasileira, restam apenas
cerca de 5% de sua extensão original;
• Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria
descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos
maiores do planeta.
• Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.
• Esse tipo de formação florestal recebe várias denominações: floresta latifoliada tropical úmida de encosta, mata pluvial tropical e mata atlântica;
• Clima quente, formação arbórea condicionada ao relevo serrano e à umidade oceânica.
• Apresenta um solo pobre, mas mantém uma floresta riquíssima em espécies, graças à rápida reciclagem da enorme quantidade de matéria orgânica que se acumula ao húmus.
MATA DE ARAUCÁRIAS • Encontra-se ao longo do Planalto meridional, nos estados
do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
• De modo geral pode-se dizer que seu apareci- mento se acha ligado ao clima (subtropical ), que é condicionado pelo relevo e pela latitude;
• Constitui uma formação aberta, homogênea, que permite facilmente a extração de madeiras (chamadas mole), as Araucárias, constituem a nossa única floresta subtropical do Brasil.
PINHEIRO DO PARANÁ
• A destruição dessas matas, sem deixar reservas em seu lugar, vem aumentando gradativamente a variação das precipitações na região Sul;
• A exploração madeireira pelas indústrias de moveis e de papel celulose. são a responsável direta pela ameaça das espécies da Araucária e a Imbuia;
• Araucária angustifólia adapta-se facilmente às baixas temperaturas, ao relevo, ao solo basalto, do Planalto Arenito-basáltico ou meridional;
4. BIOMA MATA ATLÂNTICA • A Mata Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460
quilômetros quadrados e estendia-se originalmente por 17 estados.
• Hoje restam 8,5% de remanescentes florestais;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• Desde a chegada dos colonizadores a Mata Atlântica vem sendo destruída começando com a exploração do pau-brasil.
a) CARACTERÍSTICAS NATURIAS – biodiversidade • A vegetação da mata Atlântica é a floresta composta por árvores
altas e relacionada a um clima quente e úmido; • Na Mata Atlântica há mais de 220 mil espécies de plantas, sendo 8
mil endêmicas (que existe somente em uma determinada área ou região geográfica); 270 espécies conhecidas de mamíferos; 992 espécies de aves; 197 répteis; 372 anfíbios; 350 peixes;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• Ameaças: * a devastação total da araucária ocorreu a partir do
século XX com a intensa exploração da agricultura e agropecuária;
* a expansão urbana desordenada.
b) OS POVOS ORIGINÁRIOS E A CULTURA – sociodiversidade • Originalmente, os povos Tamoio, Temininó,
Tupiniquim, Caetés, Tabajara, Potiguar, Pataxó e Guarani ocupavam o imenso território litorâneo brasileiro;
• Os colonizadores: espelharam doenças, usaram os índios como escravos e soldados nas guerras;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• Hoje, milhares de comunidades tradicionais pesqueiras dependem dos manguezais para sua reprodução física e cultural;
• Para as comunidades pesqueiras o manguezal, não é apenas um lugar que se retira o sustento, mas é espécie de lugar sagrado;
• Situação preocupante: grande parte do que resta da Mata Atlântica está nas mãos de proprietários particulares.
c) A BELEZA, AS FRAGILIDADES E OS DESAFIOS DO BIOMA MATA ATLÂNTICA • Das 633 espécies de animais ameaçados de extinção no Brasil, 383
ocorrem na Mata Atlântica; • Por causa da ocupação desordenada, grandes cidades como São Paulo,
Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre e outras padecem de desmoronamentos e a falta de saneamento básico;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• Há grande concentração populacional na área urbana, em ocupação em áreas de risco, de mananciais e encostas de morros;
• Os serviços de tratamento de esgoto, resíduos sólidos ainda são muito precários o que aumenta a degradação do ambiente. O maior problema deste e de outros biomas são as consequências de um modelo. (???)
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d) CONTEXTUALIZAÇÃO POLÍTICA • A ganância capitalista, conivência do poder público e falta de consciência
ecológica tem provocado a degradação do meio ambiente e a expulsão de diversas comunidades;
• A ausência do saneamento básico é grave ameaça;
• Grande parte dos esgotos das residências de áreas urbanas e rurais é despejada diretamente nos rios, no mar e nos mangues;
e) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • Os primeiros missionários, Padre Manoel da Nóbrega, José de Anchieta e
outros, deram início ao aldeamento, construção de conventos e colégios; • Também outras ordens religiosas e congregações deram a sua contribuição:
os franciscanos, beneditinos, carmelitas e outros; • Não podemos deixar de lembrar também das pastorais sociais, com atuação
nos diversos seguimentos da sociedade, defendendo a vida.
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MATA DOS COCAIS
Transição • babaçu, buriti e palmeiras • região Norte e Nordeste
• Uma vegetação de transição entre a Floresta Amazônica úmida ao oeste, a caatinga seca à leste e o Cerrado semi-úmido ao sul.
• As vegetações típicas da Mata dos Cocais são: babaçu (em maior quantidade), carnaúba, oiticica, tucum e buriti;
• São florestas secundárias, isto é, cresceram após o desmatamento das plantas originais;
• A extrativismo é a principal atividade econô- mica Mata dos Cocais.
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
•Inundações de água salgada • encontro de rios com o mar (estuários) • mecanismos de adaptação • local de reprodução
As planícies litorâneas são áreas formadas por sedimentos marinhos durante o quaternário;
O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes.
Tipos de mangue:
Mangue Vermelho, em solos lodosos, com raízes aéreas;
Mangue Branco, em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações arenosas.
A vegetação de restinga ocorre quase que exclusivamente nas planícies costeiras;
trata-se de uma vegetação edáfica;
A vegetação impede que a areia invada o manguezal;
Suporta altas temperaturas e salinidade;
As bromélias equilibra o sistema, por sua capacidade de reter água e nutrientes;
Próximo ao mar, sobre areia seca e encontramos vegetação rasteira (em dunas) e alguns arbusto arbustos.
Herbáceas - campos • Áreas pouco acidentadas
• (planície)
• maioria de gramíneas
• sul do Brasil e ilha de Marajó
• agricultura e pecuária.
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PANTANAL MATOGROSSENSE
• Sua área é de 138.183 km² (64,64% em Mato Grosso do Sul e 35,36% ) em Mato Grosso Considerada uma planícies de sedimentação;
• Data do período quartanário de era cenozóica;
• O clima é quente e úmido, no verão, e frio e seco, no inverno. A maior parte dos solos do Pantanal são arenosos;
• A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude do relevo.
• A pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal;
• Outra atividade é o ecoturismo, modalidade de turismo sustentável.
• Entre os problemas ambientais do Pantanal são provocado pela
pecuária ,o desmatamento para produção de carvão vegetal e
mineração;
• É uma vegetação de transição;
• equilíbrio desse ecossistema depende do fluxo de entrada e saída de
enchentes da bacia do rio
Paraguai ligado à pluviosidade regional.
5. BIOMA PANTANAL: LOCALIZAÇÃO • O bioma Pantanal é considerado uma das maiores
extensões úmidas contínuas do planeta;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• O Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o Paraguai e a Bolívia).
a) CARACTERÍSTICAS NATURAIS – biodiversidade • O Pantanal é caracterizado por inundações de longa duração; • A vegetação predominante é a savana.; • A cobertura vegetal original de áreas que circundam o Pantanal foi
em grande parte substituída por lavouras e pastagens;
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• O Pantanal é muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga;
• A vegetação e os animais se adequam ao movimento das águas;
• A fauna é constituída por várias espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis etc.
b) OS POVOS ORIGINÁRIOS E A CULTURA – sociodiversidade • Quando chegaram os primeiros colonizadores, 1,5 milhões de
indígenas habitavam a região; • Hoje, esta população é muito pequena e grande parte dos
indígenas remanescentes vive em cidades da região ou trabalham nas fazendas. Outra pequena parte reside numa área indígena do Pantanal;
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• Hoje, a população no pantanal brasileiro é de aproximadamente 1.100.000 pessoas.
c) A BELEZA, AS FRAGILIDADES E OS DESAFIOS • Durante a cheia, os rios, lagos e riachos ficam interligados por canais e
lacunas ou desaparecem no mar de águas permitindo o deslocamento de espécies;
• Ameaças: a expansão desordenada e rápida da agropecuária com a utilização de produtos agroquímicos, a exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio;
• A mineração ativa na região pode afetar os lençóis freáticos que abastecem os rios, córregos e poços, contaminando a água.
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• O tráfico, a caça e a venda de peles, couro ou artefatos provenientes de animais silvestres são práticas que, embora ilegais, ainda ocorrem.
• Várias espécies de animais já estiveram ameaçadas de extinção.
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e) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • A Igreja tem uma expressiva atuação no
Pantanal: Conselho Indigenista Missionário, Cáritas, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Comunidades Eclesiais de Base, etc
• A Igreja também dedica especial atenção aos povos originários, ribeirinhos e pantaneiros.
d) CONTEXTUALIZAÇÃO POLÍTICA A falta de visão e políticas integradas para o Pantanal resulta em ações isoladas e com pouca repercussão em sua totalidade.
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6. O BIOMA PAMPA: • O bioma pampa está presente no Rio Grande do
Sul, ocupando 63% do território do Estado e também se estende pelo Uruguai e pela Argentina;
• É marcado por clima chuvoso, sem período seco regular e com frentes polares e temperaturas negativas no inverno.
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• Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas;
• Esse tipo de paisagem apresenta dois tipos bem definidos: • Campos limpos: ocorrem quando a vegetação não apresenta
arbustos; • Campos sujos: ocorrem quando há uma maior presença desses
arbustos, que se misturam à paisagem.
a) CARACTERÍSTICAS NATURAIS – biodiversidade • A vegetação predominante do pampa é constituída de ervas e
arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente ondulado. • As estimativas indicam valores em torno de três mil espécies de
plantas. • A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves. Também
ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos.
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• O vento é uma das características marcantes do cenário dos pampas.
• Ameaça: expansão das monoculturas promove a rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do bioma Pampa.
b) OS POVOS ORIGINÁRIOS E A CULTURA – sociodiversidade • Os primeiros europeus a ocupar o Rio Grande do Sul foram os jesuítas
espanhóis vindos do Paraguai e paulistas e estabeleceram-se na parte noroeste do estado trazendo indígenas e gado bovino;
• No século XVIII os negros chegaram ao Rio Grande do Sul trabalhando nas lavouras de trigo e estância de criações;
• A partir do século XIX surgiram as fazendas mudando as relações familiares. O caráter da subsistência cede lugar à fazenda comerciais.
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• A mulher tem assumido o papel na conservação do Pampa: responsáveis pelas lidas domésticas, alimentação da família e cuidado com os filhos;
• Atualmente, muitas mulheres rurais nos Pampas são responsáveis pela economia doméstica, cooperativas, pecuária, artesanato, preservação dos recursos naturais;
• Produção: ovinocultura, bovinocultura, indústria...
c) DESAFIOS DO BIOMA PAMPA • Iniciativas governamentais que contrariam a
vocação natural da região para a pecuária e o turismo: grandes plantios de pinus e eucaliptos “deserto verde” que causam impactos ambientais, tais como: alteração dos recursos hídricos; interferência no regime dos ventos e de evaporação.
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d) CONTEXTUALIZAÇÃO POLÍTICA • Nos Pampas existem grandes latifúndios (Rio Grande do Sul) voltados para
a criação de gado, apostam na monocultura de eucalipto, acácia e pinus; • Monocultivos são denominados pelos Movimentos Sociais de “Deserto Verde”;
• Apesar de ser região latifundiária, há muitas famílias de pequenos agricultores, indígenas, quilombolas.
• Outras preocupações: ampliação da área de soja, trigo e arroz, mamona para a indústria do biocombustível.
«Deserto Verde»
e) CONTRIBUIÇÃO ECLESIAL • A Igreja está presente na região desde a primeira
evangelização, mas com características muito próprias. • Foi ali que os missionários jesuítas fundaram “As Missões
dos Sete Povos”.
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• Nos últimos anos, a partir das Pastorais Sociais, das Semanas Sociais, das Campanhas da Fraternidade, das CEBs, muito se valoriza a agricultura familiar, os territórios das comunidades tradicionais e os remanescentes indígenas.
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CAPÍTULO II – JULGAR
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NA SAGRADA ESCRITURA
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• A Sagrada Escritura não se preocupa diretamente com os biomas. Mas nos oferece elementos que iluminam a temática a partir do projeto de Deus nela apresentado.
• Tal projeto inicia-se pela criação e organização do mundo.
• O verdadeiro significado da criação é revelado em Cristo Jesus.
A FÉ JUDAICO-CRISTÃ: O MUNDO CRIADO POR DEUS • A criação é apresentada em dois relatos.
• O primeiro relato apresenta: a criação realizada em sete dias
processos, etapas, continuidade e o sétimo dia, descanso (Gn 1,1-2,4a);
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GENESIS
↑CAPITULO 1
1. No princípio, Deus criou os céus e a terra.
2. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o
abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.
3. Deus disse: "Faça-se a luz!" E a luz foi feita.
4. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das
trevas.
5. Deus chamou à luz DIA, e às trevas NOITE.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro
dia.
6. Deus disse: "Faça-se um firmamento entre as
águas, e separe ele umas das outras".
7. Deus fez o firmamento e separou as águas que
estavam debaixo do firmamento daquelas que
estavam por cima.
8. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento
CÉUS. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o
segundo dia.
9. Deus disse: "Que as águas que estão debaixo dos
céus se ajuntem num mesmo lugar, e apareça o
elemento árido." E assim se fez.
10. Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao
ajuntamento das águas MAR. E Deus viu que isso era
bom.
11. Deus disse: "Produza a terra plantas, ervas que
contenham semente e árvores frutíferas que dêem
fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua
semente." E assim foi feito.
12. A terra produziu plantas, ervas que contêm
semente segundo a sua espécie, e árvores que
produzem fruto segundo a sua espécie, contendo o
fruto a sua semente. E Deus viu que isso era bom.
13. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o terceiro
dia.
14. Deus disse: "Façam-se luzeiros no firmamento
dos céus para separar o dia da noite; sirvam eles
de sinais e marquem o tempo, os dias e os anos,
15. e resplandeçam no firmamento dos céus para
iluminar a terra". E assim se fez.
16. Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior
para presidir ao dia, e o menor para presidir à
noite; e fez também as estrelas.
17. Deus colocou-os no firmamento dos céus para
que iluminassem a terra,
18. presidissem ao dia e à noite, e separassem a
luz das trevas. E Deus viu que isso era bom.
19. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o
quarto dia.
20. Deus disse: "Pululem as águas de uma
multidão de seres vivos, e voem aves sobre a
terra, debaixo do firmamento dos céus."
21. Deus criou os monstros marinhos e toda a
multidão de seres vivos que enchem as águas,
segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a
sua espécie. E Deus viu que isso era bom.
22. E Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e
multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que
as aves se multipliquem sobre a terra."
23. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o
quinto dia.
24. Deus disse: "Produza a terra seres vivos
segundo a sua espécie: animais domésticos,
répteis e animais
selvagens, segundo a sua espécie." E assim se fez.
25. Deus fez os animais selvagens segundo a sua
espécie, os animais domésticos igualmente, e da
mesma forma todos os animais, que se arrastam
sobre a terra. E Deus viu que isso era bom.
26. Então Deus disse: "Façamos o homem à
nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre
os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os
animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre
todos os répteis que se arrastem sobre a terra."
27. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à
imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28. Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e
multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.
Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre
a terra."
29. Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva
que dá semente sobre a terra, e todas as árvores
frutíferas que
contêm em si mesmas a sua semente, para que vos
sirvam de alimento.
30. E a todos os animais da terra, a todas as aves
dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e
em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde
por alimento." E assim se fez.
31. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que
tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a
manhã: foi o sexto dia.
3
Capitulo 2
1. Assim foram acabados os céus, a terra e todo
seu exército.
2. Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que
tinha feito, descansou do seu trabalho.
3. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou,
porque nesse dia repousara de toda a obra da
Criação.
4. Tal é a história da criação dos céus e da terra.
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• O segundo relato destaca: Deus providenciando a chuva e para a fecundação da terra e só depois cria o homem e o coloca como guardião de toda obra criada; a criação é obra prima das mãos de Deus (Salmo 8).
Salmo 8
1. Ao mestre de canto. Com a gitiena. Salmo de Davi.
2. Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende,
triunfante, por cima de todos os céus.
3. Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz
ao silêncio vossos inimigos.
4. Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes:
5. Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos
ocupeis com eles?
6. Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes.
7. Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.
8. Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
9. pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano.
10. Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!
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• O homem recebe a ordem de Deus de ser guardião da terra (cf. Gn 1,28);
• O Papa Francisco na encíclica Laudato SI explica que “cultivar” quer dizer proteger, cuidar, preservar, velar. Isso implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza.
• O homem, que é imagem e semelhança de Deus, recebeu a vocação de cuidar e guardar com atenção dos seres que dela fazem parte.
Gn 1,28 – Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.“
Gn 2,15 - O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo..
Gn 2, 8 – Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado. »
A ALIANÇA ROMPIDA E O PECADO • As primeiras páginas do livro do Gênesis relatam
também a triste realidade do pecado do homem (Gn 3,6).
Capitulo 3,6. A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente.
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• O ser humano provoca uma ruptura nas relações (com Deus e com próximo - (Gn 3,12-13);
12. O homem respondeu: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.”
13. O Senhor Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me,– respondeu
ela – e eu comi.”
• a hostilidade atinge também a natureza (cf. Gn 3,19);
19. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que
foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar.”
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• Os profetas: denunciam o pecado confrontado com o plano de Deus e
também a insistência para o valor do arrependimento (Am 5,4;. Jr 3,12; Is 55,7; 57,15; Ez 18,23; Os 14).
Am 5,4. Eis o que diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me e vivereis!
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Jr, 12. Vai, inclina-te para o norte e profere em altas vozes: volta, Israel, Revoltada - oráculo do Senhor; não te mostrarei mais um semblante enfurecido, pois que sou benigno - oráculo do Senhor; não guardo rancor eterno.
Is 55, 7. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente. Is 57,15. Porque eis o que diz o Altíssimo, cuja morada é eterna e o nome santo: Habitando como Santo uma elevada morada, auxilio todavia o homem atormentado e humilhado; venho reanimar os humildes, e levantar os ânimos abatidos. Ez 18,23. Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?
OS, 14 1. Eu vi ainda: o Cordeiro estava de pé no monte Sião, e perto dele cento e quarenta e quatro mil pessoas que traziam escritos na fronte o nome dele e o nome de seu Pai. 2. Ouvia, entretanto, um coro celeste semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia era ainda semelhante a músicos tocando as suas cítaras. 3. Cantavam como que um cântico novo diante do trono, diante dos quatro Animais e dos Anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra. 4. Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá; foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro. 5. Em sua boca não se achou mentira, pois são irrepreensíveis. 6. Vi, então, outro anjo que voava pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para anunciar aos habitantes da terra e a toda nação, tribo, língua e povo. 7. Clamava em alta voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória, porque é chegada a hora do seu julgamento. Adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes.
8. Outro anjo seguiu-o, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, por ter dado de beber a todas as nações do vinho de sua imundície desenfreada. 9. Um terceiro anjo seguiu-os, dizendo em alta voz: Se alguém adorar a Fera e a sua imagem, e aceitar o seu sinal na fronte ou na mão, 10. há de beber também o vinho da cólera divina, o vinho puro deitado no cálice da sua ira. Será atormentado pelo fogo e pelo enxofre diante dos seus santos anjos e do Cordeiro. 11. A fumaça do seu tormento subirá pelos séculos dos séculos. Não terão descanso algum, dia e noite, esses que adoram a Fera e a sua imagem, e todo aquele que acaso tenha recebido o sinal do seu nome. 12. Eis o momento para apelar para a paciência dos santos, dos fiéis, aos mandamentos de Deus e à fé em Jesus. 13. Eu ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Felizes os mortos que doravante morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem. 14. Eu vi ainda uma nuvem branca, sobre a qual se sentava como que um Filho do Homem, com a cabeça cingida de coroa de ouro e na mão uma foice afiada. 15. Outro anjo saiu do templo, gritando em voz alta para aquele que estava assentado na nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois está madura a seara da terra.
16. O Ser que estava assentado na nuvem lançou então a foice à terra, e a terra foi ceifada. 17. Outro anjo saiu do templo do céu. Tinha também uma foice afiada. 18. E outro anjo, aquele que tem poder sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz para aquele que tinha a foice afiada: Lança a foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque maduras estão as suas uvas. 19. O anjo lançou a sua foice à terra e vindimou a vinha da terra, e atirou os cachos no grande lagar da ira de Deus. 20. O lagar foi pisado fora da cidade, e do lagar saiu sangue que atingiu até o nível dos freios dos cavalos pelo espaço de mil e seiscentos estádios.
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• São críticos e sonham com relações harmoniosas, com profeta Isaías: “o lobo, então, será hóspede do cordeiro, o leopardo vai se deitar ao lado do cabrito, o bezerro e o leãozinho pastam juntos, uma criança pequena toca os dois (…)
• O bebê vai brincar no buraco da cobra venenosa” (Is 11,6-8).
Is 11, 6-8 6. Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; 7. a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. 8. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide.
TEMPOS MESSIÂNICOS: restauração de tudo em Cristo
• Jesus, nas suas mensagens catequéticas utiliza-se de elementos da criação (cf. Jo 4,10-15; Mt 5,45; Mc 4,1-20).
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Jo 4- 10-15
10. Respondeu-lhe Jesus: Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber,
certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva.
11. A mulher lhe replicou: Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo... donde tens, pois,
essa água viva?
12. És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo
bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos?
13. Respondeu-lhe Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, 14. mas o que beber
da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de
água, que jorrará até a vida eterna.
15. A mulher suplicou: Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!
Mt 5,45. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.
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Mc 4 1-20
1. Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira do mar, e
aglomerou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve
de entrar numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra
na praia.
2. E ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Dizia-lhes
na sua doutrina:
3. Ouvi: Saiu o semeador a semear.
4. Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do
caminho, e vieram as aves e a comeram.
5. Outra parte caiu no pedregulho, onde não havia muita
terra; o grão germinou logo, porque a terra não era
profunda;
6. mas, assim que o sol despontou, queimou-se e, como
não tivesse raiz, secou.
7. Outra parte caiu entre os espinhos; estes cresceram,
sufocaram-na e o grão não deu fruto.
8. Outra caiu em terra boa e deu fruto, cresceu e
desenvolveu-se; um grão rendeu trinta, outro sessenta e
outro cem.
9. E dizia: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
10. Quando se acharam a sós, os que o cercavam e os
Doze indagaram dele o sentido da parábola.
11. Ele disse-lhes: A vós é revelado o mistério do Reino de
Deus, mas aos que são de fora tudo se lhes propõe em
parábolas.
12. Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem
compreender, sem que se convertam e lhes seja
perdoado.
13. E acrescentou: Não entendeis essa parábola?
Como entendereis então todas as outras?
14. O semeador semeia a palavra.
15. Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela
é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a
palavra neles semeada.
16. Outros recebem a semente em lugares
pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com
alegria;
17. mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim
que se levanta uma tribulação ou uma perseguição
por causa da palavra, eles tropeçam.
18. Outros ainda recebem a semente entre os
espinhos; ouvem a palavra,
19. mas as preocupações mundanas, a ilusão das
riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam
infrutífera.
20. Aqueles que recebem a semente em terra boa
escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta,
sessenta e cem por um.
• Por meio da contemplação da natureza o ser humano é convidado por Jesus a compreender
que sua vida está nas mãos de Deus (cf. Mt 6,28-29).
• Mt 6, 28-29
28. E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não
trabalham nem fiam.
29. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um
deles.
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• Somente buscando o Reino de Deus em primeiro lugar o homem pode libertar-se do
materialismo (cf. Mt 6,33-34).
Mt 6, 33-34
33. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão
dadas em acréscimo.
34. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações
próprias. A cada dia basta o seu cuidado.
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• O livro do Apocalipse apresenta o desequilíbrio gerado pelo pecado do homem em toda a criação:
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• rios poluídos (cf. Ap 8,8);
Capitulo 8,8. O segundo anjo tocou. Caiu então no mar como que grande montanha, ardendo em fogo, e transformou-se em sangue uma terça parte do mar,
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• queimadas (cf. Ap 8,7);
Capitulo 8,7. O primeiro anjo tocou. Saraiva e fogo, misturados com sangue, foram lançados à terra; e queimou-se uma terça parte da terra, uma terça parte das árvores e toda erva verde.
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• terremotos (cf. Ap 16,18);
Capitulo 16.18. Houve, então, relâmpagos, vozes e trovões, assim como um terremoto tão grande como jamais houve desde que há homens na terra.
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• doenças (cf. Ap 9,4-5).
Capitulo 9, 4. Mas foi-lhes dito que não causassem dano à erva, verdura, ou árvore alguma, mas somente aos homens que não têm o selo de Deus na fronte. 5. Foi-lhes ordenado que não os matassem, mas os afligissem por cinco meses. Seu tormento era como o da picada do escorpião.
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• Quando tudo parece perdido, Deus age e coloca fim no sofrimento, fazendo surgir um novo céu e uma nova terra (cf. Ap 21,1).
Capitulo 21,1. Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia.
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• Jesus reconstrói toda a criação e faz novas todas as coisas (cf.
Ap 21,5).
MAGISTÉRIO DA IGREJA:
A questão ecológica há muito tempo faz parte das preocupações do magistério da Igreja. a) Papa PAULO VI: urgente consciência ecológica • Carta Apostólica Octogesima Adveniens, em comemoração dos 80 anos da
encíclica Rerum Novarum do papa Leão XIII, dizia Paulo VI: “o ambiente material que se torna uma ameaça permanente, poluições e lixo, novas doenças, poder destruidor absoluto; é o mesmo quadro humano que o homem não consegue dominar... que poderá tornar-se para a humanidade insuportável” (AO 21).
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b) SÃO JOÃO PAULO II: ecologia e ética • A mensagem XXIII Dia Mundial da Paz (01/01/1990):
• “O gradual esgotamento da camada do ozônio e o consequente
efeito estufa que ele provoca já atingiram dimensões críticas, por
causa da crescente difusão das indústrias, das grandes
concentrações urbanas e do consumo de energia. Lixo industrial,
gases produzidos pelo uso de combustíveis fósseis,
desflorestamento imoderado (…) tudo isto é nocivo para a
atmosfera e para o ambiente”.
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
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Na encíclica Centesimus Annus (01/05/1991):
• “O homem, tomado mais pelo desejo do ter e do prazer, do
que pelo ser e crescer, consome de maneira desordenada os
recursos da terra e da sua própria vida...
• A atenção à preservação dos habitat naturais das diversas
espécies animais ameaçadas de extinção deve ir de mãos
dadas com o respeito pela estrutura natural e moral, da qual o
homem foi dotado.
• A crise ambiental não é só tecnológica, mas
fundamentalmente moral...”
c) BENTO XVI: a ecologia humana • Mensagem para Dia Mundial da Paz (01/01/2007)
ele retomou e consolidou a relação inseparável que existe entre ecologia da natureza, ecologia humana e ecologia social.
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
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• Na encíclica Caritas in Veritate (29/06/2009): “é urgente a promoção da solidariedade que promova a redistribuição mundial dos recursos energéticos de modo que os países desprovidos possam ter acesso a eles”.
• Na audiência Geral de 26/08/2009: “é indispensável converter o atual modelo de desenvolvimento global... por causa do impacto sobre criação: isso é exigido não só pelas emergências ambientais, mas também pelo escândalo da fome e da miséria”.
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d) FRANCISCO: uma ecologia integral • Na Exortação apostólica Evangelii Gaudium
(24/11/2013):
• “Nós, os seres humanos, não somos meramente beneficiários, mas guardiões das outras criaturas. Pela nossa realidade corpórea, Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia que a desertificação do solo é como uma doença para cada um, e podemos lamentar a extinção de uma espécie como se fosse uma mutilação”.
CF 2017: FRATERNIDADE E BIOMAS BRASILEIROS
• Na encíclica Laudato SI - 24 de maio de 2015: é a primeira encíclica ecológica;
• o Papa apresenta uma relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta.
• Tanto a natureza como os pobres são usados como formas para o lucro fácil: exploração da mão de obra barata e extração desenfreada dos recursos naturais, tudo em nome do lucro fácil disfarçado de progresso humano.
CONCLUSÃO • A reflexão sobre os biomas e os povos originários recebe uma rica
iluminação da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja.
• É preciso que a constatação das riquezas e dos desafios ligados ao tema da Campanha da Fraternidade seja levada à ação a partir de uma reflexão serena e profunda dos ensinamentos da tradição cristã.
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• A partir da fé cristã, é grande a contribuição que pode ser dada às questões da ecologia integral e, em particular, à convivência harmônica com os nossos biomas.
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CAPÍTULO III – AGIR
• O agir da Campanha da Fraternidade de 2017 está em sintonia com a
Doutrina Social da Igreja, principalmente com a encíclica Laudato SI e com a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016.
• Elas indicam a necessidade da conversão pessoal e social, dos cristãos e não cristãos, para cultivar e cuidar da criação.
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O AGIR NO BIOMA AMAZÔNIA: É preciso... • Superar a ideia de que a Amazônia é terra a ser explorada;
• Aprender com os povos originários e comunidades tradicionais a
convivência com o meio ambiente;
• Fortalecer as cooperativas, baseadas no agroextrativismo que gera renda para muitas famílias;
• Fortalecer as políticas públicas por saneamento básico e transporte público de qualidade.
O AGIR NO BIOMA CAATINGA • Promover os preceitos ecológicos do P. Cícero: “Não derrube o mato e nem toque
fogo no roçado. Não cace, deixe os bichos viverem. Não crie boi ou bodes soltos. Não plante em serra cima, faça uma cisterna para guardar água da chuva. Plante a cada dia pelo menos um pé de árvore”.
• É preciso ainda retomar as discussões sobre a realidade urbana, principalmente em relação ao esgotamento sanitário.
• Ampliar o uso de cisternas para captação da água da chuva, promover a produção de energia solar e eólica.
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• Reforçar a luta pela demarcação dos territórios indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.
• Trazer para as escolas o estudo sobre o bioma caatinga para que as pessoas ali residentes aprendam a conviver e superar os desafios da seca.
O AGIR NO BIOMA CERRADO • Promover o intercâmbio entre as comunidades locais; • Fortalecer a agricultura familiar, preservar fruteiras e ervas medicinais. • Reforçar a campanha promovida por diversas entidades cujo lema é:
Cerrado, berço das águas: sem Cerrado, sem água, sem vida. • Exigir controle sobre o licenciamento de novos projetos de irrigação.
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O AGIR NO BIOMA MATA ATLÂNTICA • Exigir do poder público a recuperação das áreas
degradadas do bioma, políticas de saneamento básico; • Cuidar das nascentes e dos rios; • Apoiar as ações em defesa do bioma frente ao avanço das
mineradoras que degradam e retiram riquezas. • Denunciar os projetos econômicos imobiliários em áreas
de Preservação Permanente (APP). • Apoiar a produção agroecológica camponesa; • Incentivar o consumo e a produção agroecológica e
sustentável.
O AGIR NO BIOMA PANTANAL • Dar visibilidade as populações pantaneiras com
suas culturas e costumes. • Apoiar os povos indígenas para garantir sua
permanência em suas terras ancestrais e sejam preservadas;
• Promover campanhas de conscientização quanto ao descarte adequado dos resíduos sólidos e esgotos sanitários, para preservar os rios, lagos e igarapés.
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• Promover a integração das lideranças indígenas e das populações tradicionais na luta pelas causas comuns.
• Assegurar a presença efetiva da Igreja na assistência espiritual às comunidades católicas indígenas.
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O AGIR NO BIOMA PAMPA • Incentivar ações que promovam o direito à vida e a cultura dos
povos tradicionais que habitam o bioma. • Conscientizar da necessidade de defender a biodiversidade
animal e vegetal do bioma.
• Propor novos métodos de produção das áreas ocupadas pelo agronegócio;
• Motivar a recuperação das fontes de água potável, rios, lagoas e banhados;
• Exigir políticas públicas para o controle de exploração e comercialização da água;
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CAPÍTULO IV
CONCLUSÃO GERAL • As questões tratadas não são isoladas no território brasileiro, é uma
questão mundial séria;
• Somos convocados ao cuidar, discernir e mudar de mentalidade;
• O Papa Francisco instituiu o dia 01/09/2016 - Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação;
• Há uma profunda relação entre ecologia ambiental e ecologia humana – somos convidados à promoção da ecologia integral;
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• A CF 2017 deseja despertar as comunidades, famílias e pessoas de boa vontade a consciência da necessidade do cuidado e cultivo da casa comum.
• Cuidar da natureza deve ser um compromisso de todo cristão; • A criação é obra amorosa de Deus confiada a seus filhos e filhas.
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Fim
Releitura do RESUMO E EDIÇÃO de Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) –[email protected], www.facebook.com/Birasdb
SDB - Salesiano de Dom Bosco por PDCA CONSULTORES ASSOCIADOS – [email protected] – CRUZEIRO DO OESTE- PARANA- BRASIL
Vegetação do Paraná
Para se definir a vegetação de um determinado local é necessário
distinguir os fatores fitogeográficos determinantes na região.
Os fatores fitogeográficos são:
• SOLO,
• RELEVO,
• CL IMA E
• H IDROGRAFIA .
Vegetação do Paraná
• Levando-se em consideração esses fatores, no Estado do Paraná encontramos as seguintes formações vegetais:
• A S F LO R E S TA S T R O P I C A I S ;
• A M ATA D E A R AU C Á R I A ;
• O S C A M P O S E
• A V E G E TA Ç Ã O L I TO R Â N E A .
VEGETAÇÃO DO PARANÁ
FLORESTAS TROPICAIS
CAMPOS
MATA DE ARAUCÁRIA
MANGUES E VEGETAÇÃO DE PRAIAS E
DUNAS
FLORESTAS TROPICAIS
As florestas tropicais no Paraná, estavam distribuídas originalmente em
grande porção do Estado, principalmente na região norte , oeste e leste
que é a área da Serra do Mar.
Na porção da Serra do Mar, essa floresta é mais conhecida como Mata
Atlântica, que sempre foi mais exuberante, devido à maior umidade
justamente por se localizar mais próxima do mar.
FLORESTAS TROPICAIS
No interior, ou seja, na porção norte e oeste do Estado, a floresta
tropical sempre foi um pouco mais aberta, exceto nas proximidades dos
rios, onde nesse caso são conhecidas como matas ciliares ou galerias.
Outra característica dessa floresta interiorana é que ela normalmente
aparecia em regiões abaixo de 500 metros de altitude.
FLORESTAS TROPICAIS
As florestas tropicais no Paraná tem como características:
Serem HETEROGÊNEAS, ou seja, apresentam uma grande variedade de espécies;
São LATIFOLIADAS, quer dizer que apresentam folhas largas e grandes;
São HIGRÓFILAS, ou seja, são adaptadas a grande concentração de umidade e
São ARBÓREAS , isso que dizer que são de grande porte.
FLORESTAS TROPICAIS
As espécies mais comum dessas florestas são: pau-brasil, jacarandá, peroba, cedro,
jequitibá e associações com plantas epífetas como bromélias, orquídeas e cipós.
É importante ressaltar que essa floresta foi intensamente devastada para a prática de
culturas.
As poucas áreas onde ainda podemos encontrá-las são de difícil acesso como na
serra do Mar ou em áreas de reservas ecológicas.
Atualmente restam menos de 7% da floresta original.
FLORESTAS TROPICAIS
MATA ATLÂNTICA
Floresta tropical
FLORESTA TROPICAL
FLORESTA TROPICAL
MATA ATLÂNTICA
MATA ATLÂNTICA
FLORESTA TROPICAL
FLORESTA TROPICAL
Mata de Araucária ou Pinheiro do Paraná
A mata de Araucária é a vegetação que representa o próprio Paraná,
ela sobreviveu o ciclo da erva-mate por ser uma vegetação aberta e
de fácil penetração.
Suas principais características são: gostar de áreas mais frias,
sempre acima de 500 metros de altitudes;
É uma vegetação subtropical, adaptada a temperaturas mais baixas,
por isso é uma vegetação aciculifoliada, ou seja, suas folhas são
pontiagudas na forma de agulhas.
Mata de Araucária ou Pinheiro do Paraná
Outra característica da Araucária é que ela é uma conífera, e as coníferas não tem fruto, só sementes. O pinhão é a semente da araucária.
A mata de Araucária é uma mata homogênea, isso quer dizer que ela apresenta poucas espécies, entre elas podemos destacar, além da própria araucária, a imbúia e a erva-mata.
É importante lembrar que atualmente restam menos de 5% dessa floresta que já foi a maior do sul do Brasil.
MATA DE ARAUCÁRIA
MATA DE ARAUCÁRIA
ARAUCÁRIA
ARAUCÁRIA
ARAUCÁRIA
MATA DE ARAUCÁRIA
ARAUCÁRIA
CAMPOS
Os campos estão diretamente associados ao 2º planalto paranaense,
nas áreas também conhecidas como campos gerais.
Dois tipos básicos são encontrados, os campos limpos, que são maioria
e os campos cerrados, que localiza-se quase que especificamente na
região de Jaguariaíva.
CAMPOS
Os Campos limpos, são facilmente localizados, pois margeiam a escarpa devoniana em toda a sua extensão no 2º planalto, além de caracterizarem as regiões de Palmas e Guarapuava, já no 3º planalto paranaense.
Eles sempre aparecem em áreas sedimentares, onde o solo apresenta baixa fertilidade.
CAMPOS
É uma vegetação predominantemente de gramíneas.
Nos campos cerrados encontramos associados com gramíneas alguns arbustos, que é o diferencial entre eles.
CAMPOS
CAMPOS CERRADOS
CAMPOS
CAMPOS
CAMPOS CERRADOS
CAMPOS CERRADOS
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
•A vegetação litorânea está dividida em dois grupos: •A vegetação de praias e dunas e a vegetação de mangues. •A vegetação de praias e dunas é uma vegetação rala e rasteira; é adaptada a pouca fertilidade, pois ela vive basicamente na areia; sofre com isso grande variação térmica, de dia esquenta muito, a noite esfria rápido. •É uma vegetação adaptada a uma grande concentração de sais, pois ela está em contato ou muito próxima do mar.
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
•A outra vegetação são os mangues.
•Os mangues sofre ação das marés, ou seja, parte do dia eles ficam inundados pelo mar.
•Por isso, eles apresentam raízes aéreas e pneumatóforas que são raízes que ficam acima da superfície e conseguem absorver oxigênio direto da atmosfera.
•Os mangues são também vegetais halófilos, isso significa que podem viver em ambientes com grande concentração de sais.
•É importante lembrar que os mangues são vegetais protegidos por lei, pois mais de 90% de todas as espécies litorâneas se reproduzem nos mangues.
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
VEGETAÇÃO DE PRAIAS E DUNAS
VEGETAÇÃO LITORÂNEA
MANGUES
MANGUES
MANGUES
Vegetação do Paraná
• O Paraná que já teve mais de 98% do seu território recoberto por vegetação, atualmente não apresenta mais do que 7% da cobertura vegetal original.
• A colonização e a derrubada para a prática de culturas, transformaram as paisagens paranaense.
• Primeiro foi o algodão e o café, mais tarde o trigo, o milho e a soja.
DEVASTAÇÃO VEGETAL DO PARANÁ
PLANTAÇÃO DE CAFÉ
PLANTAÇÃO DE SOJA
Cultura de Milho
Vegetação do Paraná
• É importante lembrar que o código florestal já obriga os proprietários a preservarem parte de suas propriedades, inclusive com reflorestamento nas margens dos rios.
Margem do rio sem mata Ciliar