Biologia A - Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas

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PteridófitasAs pteridófitas foram as primeiras plantas vasculares (com vasos condutores de seiva) que sur-giram na Terra. Não produzem flores, nem sementes, nem frutos.

Samambais: As pteridófitas mais conhecidas.As preridófitas mais modernas são popularmente conhecidas como samambaias e pertencem à classe das filicíneas. Incluem as rendas-portuguesas, as vencas, os xaxins, as samambaias-de-metro, a samambaia-paulista, etc.Naioria delas, o caule subterrâneo, chama-se rizoma, forma folhas aéreas. No xaxim, o caule é aéreo, ereto e pode atingir de 2 a 3 metros de altuma. De modo geral, as fol-has das samambaias lembram as penas das aves. São muitas vezes longas, apresentam divisões (folío-los) e crescem em comprimento pelas pontas, que aparecem en-roladas, lembrando a posição do feto no interior do útero. Na época de reprodução, os folíolos ficam férteis, e surgem neles pontos escuros, os soros, nos quais serão formadas unidades de reprodução.

Metagênese nas Samambais.Nas samambaias há uma inversão importante na duração das fases. Nela, o esporófito é que é duradouro e de maior tamanho, correspon-dendo à samambaia conhecida de todos. O gametófito é pequeno, não dependente do esporófito, e verde, portanto autótrofo, mas de curta duração. (Observe ao lado.)

No esporófito adulto surgem pon-tos escuros nos folíolos, os chama-dos soros, onde existem muitos esporângios. Células diploides dividem-se por meioso e originam esporos haploides. A liberação dos esporos ocorre por ruptura dos es-porângios secos. Despersados, e caindo em local apropriado e úmi-do, cada esporo germina e produz um gametófito, que é uma lâmina delgada, com aspecto de coração. Ele recebe também o nome de pro-talo, denominação que só é usada para o gametófito de traqueófito. O protalo não possui vasos con-dutores, ao contrário do esporófito. Além disso, é hermafrodita e produz tanto anterozoides como oosferas.Anterídios e arquegônios ficam na face ventral do protalo, aquela que está em contato com o solo. Se houver umidade adequada na face ventral, os anterozoides, soltos, nadam em direção ao arquegônio, fecundando a oosfera. Desenvolve-se então um jovem esporófito. Ao mesmo tempo, começa a degeneração do protalo. O esporófito cresce, e surge a samambaia adulta, fechando o ciclo.Observe que é muito provável a ocorrência de autofecundação. Mas também é co-mum a fecundação cruzada, uma vez que muitos protalos crescem juntos, o que promove maior variabilidade entre os esporófitos. (Acompanhe o esquema.)Resumo.Petridófitas, são autótrofas, ou seja, faz glicose para se alimentar, e são as primei-ras a serem vasculares (com vasos condutores de seiva). Não se reprodu-zem sem água, além de evoluir com raízes, caule e folhas (seus órgãos sex-uais escondidos.). Seu cliclo é haplodiplobiótico, sendo a mais parte dele 2N.

GimnospermasDas 750 espécies atuais de gim-nospermas, as mais co nhecidas são as do grupo das coníferas, cujas espécies for mam grandes árvores, como pinheiros, cipres-tes, sequoias, árvores-de-natal, tuias, etc. São também gimnosper-mas as Cycas, popularmente co-nhecidas como palmeira-de-ramos ou palmeira-de-sagu, comuns em

alguns lugares no Brasil. Evolução: Sementes, e vê-se seu orgão sexual. Daí o nome. Gimnos (Nua)/perma (Semente)Como são as gimno-spermas?As coníferas formam árvo res de grande porte, tronco espesso e mui-tos galhos. Têm folhas longas e finas em forma

de escamas (na araucária). Nas Cycas, cujo tron-co também costuma ser espesso, a folha é pare-cida com a das palmeiras, porém muito mais rígida.

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Os pinhões são sementes de gimnospermasA principal característica do grupo é a produção de sementes nuas, isto é, não protegidas por fruto. O nome do grupo (gymnos, em grego, quer dizer “nu”) suge re essa ideia. Elas são produ-zidas em estruturas con-hecidas como cones ou estróbilos, que dão o no-me Coníferas ao grupo formado pelos pinheiros. Os pinhões comestíveis são sementes do pinhei-ro-do-paraná, a araucária. Cada pinhão possui

uma casca espessa envolvendo um ma-terial de re serva ali-mentar, conhecido como endosperma, no qual está mergul-hado um embrião que se alimen ta dele quando ocorre a germinação

Resumo.Gimnospermas são dióicas, ou seja, macho e fêmea separado. Além de viver em clima temperado, teve como evolução: Semen-tes e disperção pelos ventos e pássaros, além de agora ter Raíz, caule, flores e sementes, tendo seu ciclo haplodiplobiótico, sendo maior diplo. Com folhar aciculadas, ou seja, em forma de agulha.

Angiospermas.A abundância de espécies na flora atual (cerca de 300 mil) reflete o sucesso na conquista do meio terrestre pelas angiospermas.É um grupo muito diversificado, com represen tantes de pequenís-simo tamanho (alguns milíme tros), passando por plantas rasteiras e arbustos, até exemplares que formam árvores frondosas (euca-liptos, figueiras, painei-ras, seringueiras, etc.).É o grupo mais utilizado na alimentação do ho mem (feijão, arroz, soja, milho, cana-de-açúcar, café, verduras, frutas, caules, raízes, etc.), na confecção de móveis, na construção de casas, na obtenção de energia da madeira

e, atualmente, na produção de bio-combustíveis: etanol, derivado do açúcar exis tente na cana e das se-mentes de milho; e biodiesel, obtido da transformação dos óleos das se-mentes de soja, mamona, dendê, etc.

Único grupo que produz FRUTOS.A característica mais marcante do grupo é a produção de frutos, que protegem as semen-tes. O nome do grupo sugere essa ideia. As se-mentes e os frutos são formações derivadas das flores que, nas angiospermas, são peculiares.

A flor-padão de uma angiosperma.A flor de uma angiosperma pode ser considera da um sistema de reprodução, pois é formada por fol-has modificadas destinadas à reprodução sexua-da do vegetal. Em uma flor completa, são quatro os tipos modificados de folhas, ou peças florais, que se dispõem concentricamente num receptáculo flo-ral. São elas: sépalas, pétalas, estames e carpelos.A inserção dos elementos, ou peças flo-rais, no receptáculo obedece a uma sequên-cia precisa, na qual as sépalas são as mais externas, e os carpelos, os mais internos.As sépalas são folhas, em geral verdes, peque­nas, com a função de proteger o botão floral.As pétalas são folhas, em geral coloridas, visto sas e cheirosas, relacionadas com a at­ração dos chamados agentes polinizadores.Estames são folhas alongadas que, durante a evolução, dobraram­se sobre si mesmas (ob­serve o esquema superior da página seguinte), diferen ciando-se em duas regiões: o filete, porção delgada e alongada, que suporta a an­tera, a qual protege bolsas produtoras de grãos de pólen, conhecidas como sacos polínicos.Cada carpelo é uma folha modificada que, durante a evolu ção, dobrou­se sobre si mesma, diferenciando-se em três regiões.

Ovário ­ região dilatada queprotege bolsas conhecidas co mo óvulos;

Estigma ­ porção superior,que é a receptora de grãos de pólen;

Estilete ­ a peça intermediá ria que faz a liga­ção do estig ma ao ovário.

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Há nomes que se aplicam aos coletivos de cada peça floral. Por isso, de den-tro para fora, temos:• gineceu - componente feminino da flor, é o conjunto de um ou vários carpelos (ou pistilos);• androceu - é a reunião de estames, os componentes masculinos da flor;• corola - é o conjunto de pétalas;• cálice - é o conjunto de sépalas;• perianto - é o conjunto “cálice mais corola” (peri = “ao redor de”; anthos = “flor”).

Polinização: EVOLUÇÃO.Nas angiospermas, a po-linização corresponde ao transporte de grãos de pólen da antera até o es-tigma da mesma flor ou de outra flor da mesma espécie.O transporte é efetua-do por agentes poliniza-dores, que são: o vento, a água e os animais. O vento não é novidade, pois já é o agente polinizador nas gimnospermas. • Anemofilia: Polinização pelos ventos. Precisa-se de muitos pólens, e bem leves.• Entomofilia: Polinização pelos insetos. Precisa-se do conjunto de pétalas (Corola) bastante colorida e néctar (substância adocicada).• Falenofilia: Polinização pelas aves. Precisa-se de conjunto de pétalas (Corola) bastante colorida e néctar (substância adocicada).• Quiropterofilia: Polinização pelos mamíferos com asas (Morce-gos). Precísa-se de Corola odorífera e bastante néctar (substância adocicada).O fruto: Variações sobre o tema.Como vimos, o verdadeiro fruto corresponde ao ovário desenvolvi-do. Ao comer pêssego, ameixa, berinjela, jiló ou pepino, você está

se alimentando da parede do fru-to. O mesmo não acontece com a maçã, a pêra, o morango e o caju. Observe algumas variações.

PseudofrutosNa maçã, a parte comestível corresponde ao receptáculo floral extraordinariamente desenvolvido, que acaba envol-vendo o ovário, com as sementes no interior. O mesmo acontece com a pêra. Por outro lado, no morango, o receptáculo cresce, mas não envolve os frutos, os pontos marrons que ficam expostos.No caju, a situação é outra. A “fruta” corresponde ao pedúnculo floral desenvolvido e que não envolve o ovário. O fruto verdadeiro é a castanha. Dentro dela fica a semente, que é consumida como aperitivo. Nos casos citados, nos quais a parte comestível não é o ovário, fala-se em pseudofruto.

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Frutos paternocárpicosExistem frutos dentro dos quais não se formam sementes. São os frutos partenocárpicos (parthenos = “virgem”, karpós = “carpelo”). É o caso da banana (os pontos escuros dentro dela correspondem aos óvulos não desenvolvi-dos) e do limão sem se-mente. Abacaxi e amora são dois exemplos dei n f r u t e s c ê n c i a s partenocárpicas: o que se come, no caso, são os receptáculos hipertrofia-dos das diversas flores.

Frutas.O que se conhece popularmente por “fru-tas” não tem significado botânico. Fruta é aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. São ex-emplos: laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maçã, morango, amora. Observe que nem toda fruta é fruto verdadeiro.O tomate, a berinjela, o jiló, a abobrinha, etc. são frutos verdadeiros, mas não são frutas.Eudicotiledôneas?Novas descobertas, principalmente rela-cionadas ao material genético, frequent-emente levam os cientistas a reorganizar a classificação dos seres vivos. Com as angiospermas (filo Anthophyta) não foi diferente. Tradicionalmente, eram sepa-radas em dois grandes grupos, monoco-tiledôneas e dicotiledôneas, cada qual com suas características diferenciais.Evidências genéticas recentes, no entanto, conduziram à reorganização dessa classifi-cação, reconhecendo a existência de duas grandes classes, a das monocotiledôneas e a das eudicotiledôneas (do grego eu = “bom”). A primeira compreende cerca de 90 mil espécies, e a segunda, pelo menos 200 mil. Juntas, essas duas classes abran-gem 97% das espécies de angiospermas. Os 3% restantes são atualmente repre-sentados por espécies primitivas, consid-eradas, por alguns autores, como arcaicas ou básicas, com apenas umas cem espé-cies, incluídas em poucas famílias. Dentre os representantes atuais desse pequeno grupo, podemos citar os da família Mag-noliaceae (magnólias) e Lauraceae (louro).

Resumo.Angiospermas, são as mais evoluidas, contendo agora raíz, caule, fol-ha, flor, semente e fruto. São vasculares e dióicas/monóicas (Plantas com sexo separados/juntos). Inúmeros tipos de polinização. Seu órgão sexu-al é a flor. São todas fanerógamas, ou seja, seu órgão sexual é exposto.