Bibliotecas Comunitárias em Rede - Abraão Antunes da Silva

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Bibliotecas Comunitárias em Rede http://rbbconexoes.ning.com http:// rbbconexoes.blogspot.com/ Abraão Antunes da Silva ECA / USP, 2010

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Apresentação de Abraão Antunes da Silva sobre "Bibliotecas Comunitárias em Rede" no projeto Biblio.lab da V Semana de Biblioteconomia da ECA/USP. Data: 29 de setembro de 2010.

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Bibliotecas Comunitárias em Rede

http://rbbconexoes.ning.com http://rbbconexoes.blogspot.com/

Abraão Antunes da SilvaECA / USP, 2010

Bibliotecas Comunitárias em Rede

‘A criação poética faz resplandecer no horizonte das periferias o

movimento pelos desejos subjetivos e coletivos de uma

população cerceada pela ausência de cidadania (...) desejos

estes que articulam uma saudável inquietação cultural em meio

ao vazio imaginativo, o individualismo, a alienação e a

efemeridade’

(Marco Antonio Bin – As redes de escrituta nas periferias de São Paulo: a palavra como manifestação de cidadania, PUC, 2009)

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Espaços de leitura e informação que surgem normalmente em lugares periféricos, criados geralmente por pessoas que não tem formação em Biblioteconomia. (Machado, 2008)

Borrachalioteca de Sabará, Minas Gerais [na foto, o criador da Biblioteca, Marco Túlio Damascena; hoje existe o Instituto Cultural Aníbal Machado, fruto desse trabalho.]

‘CARÊNCIA DO ESTADO’

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São pensados como espaços de acolhimento e de convivência, tendo suas ações baseadas na criação de serviços organizados com base na realidade e conhecimento locais.

1º Arraiá Literário da Biblioteca Comunitária Solano Trindade (RJ), julho de 2010. Retomada das atividades de São João no espaço ‘seguro’ da Biblioteca.

‘ENVOLVIMENTO SOCIAL’

Bibliotecas Comunitárias em RedeQuadro Geral no Brasil

(Levantamento da profª Elisa Machado, em 2007/2008; Fontes Midiáticas]

- 350 experiências de BCs no Brasil

- Do total analisado, cerca de 30 % estavam em zonas urbanas (em ‘áreas de exclusão’), e quase 70% em zonas rurais ou pequenos municípios.

- Fomentadas por cidadãos comuns (professor, pedreiro, açougueiro, catador de lixo, fazendeiro, bibliotecários etc); Grupos de jovens (do hip-hop etc); Organizações da sociedade civil (ONGs Associação Vaga Lume; Instituto Ecofuturo etc.) e Movimentos sociais (como o MST)

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Quadro de Políticas para BCs:

Ministério da Cultura:

– Editais Descentralizados (em breve, um nacional);

– Formação de ‘Agentes da Leitura’ (em conjunto com a

UNESCO: jovens de comunidades com baixo IDH recebem

R$350 mensais para estimular a leitura junto a 25 famílias)

– [indireto] Curso on-line do Projeto Mais Livro, Mais Leitura

(capacitação para criação de Planos locais de Leitura)

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Quadro de Políticas para BCs:

– No nível municipal, há bons exemplos, como Caxias do Sul [com

o amplo ‘Programa Permanente de Estímulo à Leitura’], e Recife

[com sua ‘Rede de Bibliotecas Comunitárias do Recife’];

– Recém aprovada Rede de apoio a instituições e pontos de leitura

na Grande São Paulo, capitaneado pelo Observatório do Livro e

da Leitura (Galeno Amorim) e pelo Ministério da Justiça

(PRONASCI).

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Surgimento da RBBC

– Fruto de um encontro ocasional no 'I Semana Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias’ realizado na cidade de São Paulo, no ano de 2009.

– Necessidade de criar um espaço para promover um amplo debate sobre as BCs, visando a construção de um evento melhor planejado para tal público. Escolhemos a plataforma NING por sua facilidade de uso / gratuidade [hoje ela é paga; a empresa Alexandria é nosso patrocinadora]

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(2009) Início da RBBC: escadarias da PUC

(2010) Jailton estudando na BC Solado Trindade, para o seu TCC “As diferentes possibilidades de articulação das Bibliotecas Comunitárias"

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Objetivos da RBBC

– Discussão sobre princípios básicos da gestão de serviços e atividades de BCs [aperfeiçoamento técnico];

– Compartilhar práticas e eventos realizados nos locais [divulgação, estímulo]

– Estabelecimento de vínculos entre agentes e esferas envolvidas nesse processo [comunicação];

– Estimular a participação da sociedade no processo de construção de políticas públicas de qualidade para a área de bibliotecas no Brasil [ampliação do conceito de cidadania / política];

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Conteúdos mais acessados da RBBC*:

• Fóruns de Discussão [+ de 7500 acessos]

• Páginas de Membros [+ de 5500 acessos]

• Operações Administrativas [+ de 5300 acessos]

• Recursos Audiovisuais [+ de 2400 acessos]

• Eventos [+ de 1300 acessos]

Principais Fontes de Entrada na RBBC*:

• Direta [+ de 5000 acessos]

• Busca pelo Google [+ de 4400 acessos]

• Email [+ de 758 acessos]

• Outros Blogs [+ de 250 acessos]

*Contagem Incompleta, baseada em conteúdos específicos com mais de 100 acessos no ano; verificado no Google Analytics [set./2010].

Bibliotecas Comunitárias em Rede

Os dados prévios do perfil dos recém-cadastrados ajudam a direcioná-los na RBBC, em seu início

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Perspectivas para o Futuro da RBBC:

‘Es prioritario crear nuestras propias comunidades de aprendizaje y

redes sociales para actualizarnos permanentemente sobre las nuevas

tendencias respecto a los bienes comunes de información y comunicar

sus implicaciones a la sociedad, con el propósito de fomentar el diálogo,

la participación y la colaboración; y de esta manera contribuir, por ende,

al fortalecimiento de la sociedad y cultura libres, así como de un mundo

donde haya mayores y mejores alternativas de vivencia y convivencia en

la sociedad red’.

(Hugo Alberto Figueroa Alcántara - Vivencia y convivencia en la sociedad red, UNAM, 2010)

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Perspectivas para o Futuro da RBBC:

No plano prático, iniciativas como o projeto ‘Ler para Crer’, da UFC, são bons exemplos a

serem seguidos / adaptados para nossa realidade:

‘O Projeto Ler para Crer - oficinas itinerantes para a implantação de bibliotecas desenvolve

metodologias para a gestão participativa e formação de mediadores de leitura, mediante a

implantação de bibliotecas comunitárias em municípios cearenses. É um projeto do

Departamento de Ciências da Informação, da Universidade Federal do Ceará, aprovado pelo

Edital ProExt Cultura 2008 e conta com a participação de seis professores e uma equipe de

aproximadamente 25 estudantes, entre bolsistas e voluntários’.

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Perspectivas para o Futuro da RBBC:

– A elaboração de materiais de apoio aos membros é algo a ser feito;

– A análise contínua da RBBC em si deve ser continuada;

– Visitas aos locais são essenciais também para consecução do programa;

– Em segundo momento, após a devida consolidação de ‘baixo para cima’, parcerias com

instituições governamentais (MinC), não-governamentais (UNESCO) e acadêmicas

(FAPESP, CNPq) devem ser analisadas / planejadas.

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‘É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão.

Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não

compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de

oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que

armado de verdade, por si só exercita a revolução’.

Trecho do Manifesto da Antropofagia Periférica, de Sérgio Vaz.

Bibliografia ‘Básica’

Elisa Machado - Bibliotecas comunitárias como prática social no Brasil, ECA, [Doutorado em Biblioteconomia], 2008.

Hugo Alberto Figueroa Alcántara - Vivencia y convivencia en la sociedad red, UNAM, [Mestrado em Biblioteconomia], 2010

Marco Antonio Bin – As redes de escritura nas periferias de São Paulo: a palavra como manifestação de cidadania, PUC, [Doutorado em Ciências Sociais], 2009--

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