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INTRODUÇÃO Uma boa relação entre família e escola é o que se espera. E está seja a melhor possível para que o desenvolvimento das crianças por meio da integração entre a educação escolar e a educação realizada no meio familiar possa ser realizada. As literaturas mostram que a família sempre foi apontada como parte fundamental do sucesso ou fracasso escolar. Entende-se com isso que buscar harmonizar família e escola deve ser prioridade de qualquer trabalho educativo que tem como foco a formação de um indivíduo autônomo. Essa harmonia entre escola e família deve acontecer a fim de a divisão do trabalho de educação de crianças, jovens e adultos, possam envolver expectativas recíprocas. Dessa forma, a parceria entre família e escola é essencial, é um dos mais importantes recursos para a melhoria na aprendizagem e deve ser sempre baseada na participação da família na vida escolar do aluno visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem. Neste sentido, a escola possui um papel importante na construção da parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em vivenciar reflexões que lhe proporcione a auto-estima, afim de que se sintam compreendidos e não acusados pela instituição escolar. Segundo Tiba (2002, p. 123), “Felicidade não é fazer tudo que se tem vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo”. Diante disto, acreditamos que cada instituição deve conhecer o seu papel e juntos em uma parceria Família e Escola compreenderem que juntos é essencial para a construção de verdadeiros cidadãos críticos, capazes de irem em busca de um mundo melhor, com ideais de paz, liberdade e justiça social. No entanto, esse ideal somente será concretizado se houver uma interação entre a convivência familiar, social e escolar. O presente trabalho não tem a intenção em chegar a uma conclusão de forma a esgotar o assunto, mas sim em apontar a importância da construção dessa

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INTRODUÇÃO

Uma boa relação entre família e escola é o que se espera. E está seja a

melhor possível para que o desenvolvimento das crianças por meio da integração

entre a educação escolar e a educação realizada no meio familiar possa ser

realizada.

As literaturas mostram que a família sempre foi apontada como parte

fundamental do sucesso ou fracasso escolar. Entende-se com isso que buscar

harmonizar família e escola deve ser prioridade de qualquer trabalho educativo que

tem como foco a formação de um indivíduo autônomo.

Essa harmonia entre escola e família deve acontecer a fim de a divisão do

trabalho de educação de crianças, jovens e adultos, possam envolver expectativas

recíprocas. Dessa forma, a parceria entre família e escola é essencial, é um dos

mais importantes recursos para a melhoria na aprendizagem e deve ser sempre

baseada na participação da família na vida escolar do aluno visando à melhoria do

processo ensino-aprendizagem.

Neste sentido, a escola possui um papel importante na construção da

parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em

vivenciar reflexões que lhe proporcione a auto-estima, afim de que se sintam

compreendidos e não acusados pela instituição escolar.

Segundo Tiba (2002, p. 123), “Felicidade não é fazer tudo que se tem

vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo”. Diante disto, acreditamos que

cada instituição deve conhecer o seu papel e juntos em uma parceria Família e

Escola compreenderem que juntos é essencial para a construção de verdadeiros

cidadãos críticos, capazes de irem em busca de um mundo melhor, com ideais de

paz, liberdade e justiça social. No entanto, esse ideal somente será concretizado se

houver uma interação entre a convivência familiar, social e escolar.

O presente trabalho não tem a intenção em chegar a uma conclusão de

forma a esgotar o assunto, mas sim em apontar a importância da construção dessa

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parceria Família e Escola e os possíveis aspectos que podem ser relevantes às

dificuldades no processo de relacionamento entre essas duas instituições. É por esta

razão, este estudo tem como principal finalidade buscar compreender os fatores que

levam a ausência da família e com isso, tecer reflexões acerca da necessidade que

a escola tem de buscar a relação família e escola. Afinal todo pessoa tem direito à

educação.

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

PROBLEMA

Não é difícil de observar que a família tem se afastado cada vez mais da

escola. E a partir de nossas observações e experiências no cotidiano de sala de

aula, vimos que os pais não têm vindo buscar os trabalhos de seus filhos na escola,

tão pouco participam de reuniões pedagógicas, projetos escolares, atividades prática

apresentadas pelos alunos e nos eventos da escola como: festas juninas, datas

comemorativas, além de muitas dessas famílias não conhecem o professor de seus

filhos.

Percebendo a necessidade de se estudar a relação família e escola,

optamos por investigar esta problemática que tanto vem se discutindo no âmbito

escolar,ou seja, levantar um estudo acerca dos aspectos teóricos da parceria entre

família e escola, a diferenciação da função dessas duas instituições, as

conseqüências dessa relação no processo ensino-aprendizagem e as possibilidades

de praticar estratégias que possibilitem à família participar efetivamente da escola.

Para o aprofundamento do estudo buscamos eleger as seguintes questões

que nortearão nossa pesquisa.

Como se dá a relação família e escola no contexto do século XXI

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Quais os fatores que levam a ausência dos pais ou responsável na

escola?

Qual a diferenciação da função entre família e escola?

Quais as consequências da relação Família e Escola no processo

ensino-aprendizagem?

Como tem sido as atitudes do professor diante da família? Como a

escola recepciona a família?

De que forma a escola pode melhorar a relação família e escola

visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem?

Que metodologias possibilitam a escola em um processo de

reconstrução da autoestima da família, afim de que se sinta

primeiramente compreendidos e não acusados, recepcionados e não

rejeitados, pela instituição escola?

JUSTIFICATIVA

Há muitos anos, se questiona sobre o descaso com relação ao envolvimento

da família no processo educativo. Sem dúvida, a iniciativa de tal envolvimento torna-

se uma tarefa árdua, devido às inseguranças e incertezas, além da ausência de

esclarecimentos sobre o processo educacional.

Segundo Tiba (2002) a parceria entre a família e a escola é de grande valia

para um excelente resultado no desenvolvimento moral, intelectual e na formação do

indivíduo. Ele continua dizendo que estas instituições, assim como toda instituição,

tem passado por profundas transformações ao longo da história. Mudanças sociais,

culturais, políticas e econômicas ocorridas em função da globalização acabam por

interferir na estrutura e na dinâmica escolar, de forma que a família, em vista das

circunstâncias vem transferindo para a escola a tarefa de educar que deveria ser

sua.

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Sendo assim, Tiba (2002, p. 183) destaca “que se a parceria entre família e

escola for formada desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a

lucrar”.

Compreendemos que não são poucas as dúvidas que permeiam essa

relação, Família e Escola, porque as famílias, a comunidade de um modo geral,

imaginam que só se aprende na escola, pensamento este, bastante errôneo, pois

tanto a escola quanto a família são ambientes de aprendizagem e lugares de

constituição do sujeito, à forma de entender e ler o mundo.

Zagury (2008, p.213) afirma ainda que é a escola e a família os responsáveis

por transformar nossos filhos em homens de bem, em cidadãos, pessoas

maravilhosas, honestas, íntegras, saudáveis física, intelectual e psiquicamente, de

quem todos nos orgulharemos no futuro”

Torna evidente que a instituição escolar não pode viver sem a familiar e vice-

versa, porque uma depende da outra para atingir seu maior objetivo. Tal objetivo

compreende em tornar o educando/filho em um aprendiz reflexivo para ter um futuro

mais digno e assim formar uma sociedade mais justa para se viver.

Por isso, a escola precisa compreender que é uma instituição que

complementa a família, e que essas duas instituições necessitam ser um lugar

agradável e afetivo para os alunos/filhos. Tal parceria requer que a família e a escola

coloquem-se uma no lugar da outra, e não troquem apenas favores.

Pensando nessa união da família com a escola é buscamos em nossa

pesquisa levantar um estudo acerca com base em vários teóricos tais como :Zagury

(2008),Tiba (2002) e outros, que tratam da parceria entre família e escola,

esclarecendo a diferença de papeis dessas duas instituições, as consequências

dessa relação no processo ensino-aprendizagem.

OBJETIVOS

Objetivo Geral: Compreender os fatores que levam a ausência da família e

com isso, tecer reflexões acerca da necessidade que a escola tem de buscar

a relação família e escola

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Objetivos específicos

Levantar quais os fatores que levam a ausência dos pais ou

responsável na escola;

Investigar as consequências da ausência da família no processo de

ensino e aprendizagem;

Entender o papel da escola frente às questões da família

RELEVÂNCIA

A relevância dessa pesquisa é poder contribuir para que a escola possa

auxiliar as famílias para uma melhor parceira entre escola e família para que o

ensino aprendizagem de nossos educando tenham bons resultados.

É sempre muito importante para uma criança ou adolescente, que os pais

mostrem seus interesses por algo que eles façam, é expressiva na criança essa

alegria, de ver que alguém admira e vibra pelo seu sucesso. Com isso seu interesse

aumenta ao ver que é valorizado.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está constituído de uma introdução e quatro capítulos

organizado da seguinte maneira:

Na introdução descrevemos a justificativa e a importância deste trabalho, as

questões que nortearam esta pesquisa, o objetivo geral e os específicos, a

motivação para esse estudo, e a estrutura do trabalho.

No primeiro capítulo fazemos um apanhado do referencial teórico da relação

família e escola no contexto do século XXI e os fatores que causam a ausência da

família na escola.

No segundo capítulo traçamos os procedimentos metodológicos, tipo de

pesquisa realizada, sujeitos envolvidos, instrumento para coleta de dados, local da

pesquisa, análise e apresentação dos dados.

No terceiro capítulo é apresentado a pesquisa de campo que foi realizada, a

partir de aplicação de questionários, para melhor entender a relação professor,

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família e escola: quais as atitudes do professor diante da família- como a escola

recepciona a família. Tal investigação foi feita no sentido de levantar os fatores que

levam a ausência dos pais ou responsável na escola. A análise dos dados foi

fundamentada com alguns referencias estudados.

No quarto capítulo tem a finalidade de propor metodologias, sugeridas por

pesquisadores, para aproximar a família da escola, visando um melhor

desenvolvimento nos educando.

O quinto capítulo é feito a reflexão final acerca do trabalho retomando as

questões de pesquisa e em seguida as considerações finais, referencias e anexos;

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CAPITULO 1 – REFERENCIAL TEORICO

1.1 FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA VOCACIONADA

A relação Família e Escola é um tema que vem sendo abordado

mundialmente por vários pesquisadores e estudos revelam que esta relação é

elemento primordial para a formação do cidadão.

Em um passado não muito recente, antes de a mulher conquistar seu

espaço no mercado de trabalho, sua dedicação era voltada especificamente à

educação de seus filhos. Desta forma a escola não tinha tanta responsabilidade em

educar seus discentes e sim em ensinar de acordo com seus currículos. Mas a partir

dessa inserção houve a necessidade da família dividir essa tarefa com a escola.

Essa mudança de concepção nos é apresentada por Souza e Filho (2008,

p.04) em seu artigo: “A importância da parceria entre família e escola no

desenvolvimento educacional”1, no qual este afirma que no século XX, o acesso à

escola tomou proporções nunca antes imaginadas; a dedicação cada vez maior de

homens e mulheres ao trabalho fez com que as funções da família começassem a

ser divididas com a escola, esta, progressivamente, passou a ter um papel maior na

formação dos indivíduos e a se tornar de grande importância educacional.

No artigo “Família e Escola Na contemporaneidade: Os meandros de

uma relação”, de Maria Alice Nogueira (2006, p.156), relata que nos últimos anos os

países ocidentais vêm desenvolvendo políticas públicas visando a ampliação e o

desenvolvimento da participação e cooperação entre essas duas instituições.

Neste sentido, o governo brasileiro vem se preocupando com esta

realidade e em virtude dessas preocupações vem promovendo políticas públicas

1 Artigo publicado na revista Iberoamericana de Educação ISSN: 1681-5653. Nº 44/7 – 10 de Janeirode 2088. Edita: Organización de Estado Iberoamericanos. Para La Educación, La Ciencia y La Cultura(OEI).

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para atender esta questão como, por exemplo: a ação realizada no dia 24 de 2001,

onde o Ministério da Educação – MEC pela primeira vez através da televisão e com

o auxílio de artistas famosos promoveu o “Dia Nacional da Família na Escola”. Este

dia tinha como objetivo estabelecer um trabalho em parceria com os pais. Outra

ação foi realizada entre Dezembro de 2004 e Janeiro-Fevereiro de 2005, onde o

Ministério da Educação veiculou uma campanha publicitária conclamando as

famílias brasileiras, usuárias da escola pública, a receber em seus domicílios os

pesquisadores do Instituto Nacional dos Estudos Pedagógicos – INEP dentre outras.

Neste sentido é interessante enfatizar que os pais têm o direto de cobrar

dos governos políticas públicas para melhorar a educação de seus filhos, mas estes

precisam também cumprir o seu papel enquanto família, para que esta parceria tão

almejada seja fortalecida. Sendo assim, os pais saberão de fato como exigir mais

qualidade da escola e esta por sua vez buscará se qualificar cada vez mais, e quem

ganha com isso são os alunos e a sociedade.

Diante do exposto, temos observado que as escolas, além de sua

responsabilidade de ensinar, vêm assumindo o papel da família que é o de educar.

Em relação a esta discussão Coronha (2006, p.187) enfatiza que a educação

escolar é diferente da familiar. Contudo, não há como uma substituir a outra, pois

ambas são complementares. Não se pode delegar à escola parte da educação

familiar, pois esta é única e exclusiva voltada à formação do caráter e aos padrões

de comportamentos familiares. A escola nunca deve absorver à educação familiar,

pois seu objetivo é preparar profissionalmente seus alunos, cuidando, portanto, da

convivência grupal e social.

É importante pontuar que cada instituição tem seu papel na formação do

indivíduo, mais o que temos observado é que em pleno século XXI, ambas não

estão assumindo e reconhecendo as funções e deveres que lhe são delegadas.

Entretanto, percebemos que a família é considerada a primeira e a mais

importante das instituições socializadora, onde a criança tem o primeiro contato ao

nascer e aprendem os primeiros valores estabelecidos, como cultura, afetividade,

valores religiosos e educação vem se distanciando cada vez mais da vida escolar de

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seus filhos, os mesmos não auxiliam os filhos com os seus deveres de casa e tão

poucos participam das reuniões pedagógicas nas escolas.

Desta forma, podemos considerar que a parceria Escola e Família é na

verdade uma parceria vocacionada em decorrência do contexto sócio histórico da

realidade atual.

1.2 AUSÊNCIA DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS NA ESCOLA

São vários os fatores que concorrem para ausência da família na escola

como: pais que trabalham fora falta de conhecimento da família, família com um

número grande de filhos, desinteresse por parte da família também é um dos

fatores, família desestruturada e outros.

As inúmeras configurações que atualmente plasmam a formação do

núcleo familiar moderno, direta ou indiretamente interferem para a ausência dos pais

e ou responsáveis na escola

Neste sentido Ackerman (1986) afirma que nos dias atuais o grande

avanço da tecnologia:

Tem alterado a configuração da vida familiar e tem abalados os padrõesestabelecidos de indivíduo, família e sociedade. [...] Seres humanos erelações humanas foram lançadas em um estado de turbulência, enquanto amáquina cresce muito, à frente da sabedoria do homem sobre si mesmo. Aredução do espaço e a intimidade forçada entre as pessoas vivendo emculturas em conflitos exigem um novo entendimento, uma nova visão dasrelações do homem com o homem e do homem com a sociedade. (1986, p.17)

Com a saída da mãe para o mercado de trabalho, que é a figura central na

educação de seus filhos, tem sido uns dos fatores que também vem abalando a

relação entre família e escola, pois tem afetado as relações de amor, confiança,

segurança, relacionamento social e escolar, essas relações são construída no

decorrer do cotidiano, em um determinado temo historio e um delimitado espaço

físico. A nova mãe da sociedade, que trabalha e possui grandes responsabilidades,

muitas vezes não dispõe de tempo necessário para estabelecer uma relação com

seu filho e educá-lo e muito menos participar da sua vida escola.

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1.3 FUNÇÕES DA ESCOLA E DA FAMÍLIA

Atualmente a família e a escola se apresentam na sociedade trazendo em

seu dia a dia as inúmeras modificações que foram ocorrendo a estas instituições ao

longo da história. Para entendermos melhor o termo escola e família é necessário

conceituarmos cada uma.

A escola é um espaço público para a convivência fora da vida privada,

íntima, familiar. Escola não se trata só de prédio, é o lugar onde também fazemos

amigos. Segundo Aulete (2004, p.327) a escola “é um estabelecimento de ensino

coletivo, conjunto dos alunos, professores e pessoal, seguidores de uma doutrina,

teoria. ”Prédio onde funciona a escola.“Ou seja, escola é uma instituição criada para

o ensino de aluno sob a direção de professores.

Já a família, quando pensada, ainda é concebida com a representação ou

configuração tradicional constituída de um pai, mãe e filhos. No entanto, há novos

tipos de famílias que fazem parte de nossa realidade. Para Coronha (2006) discorre

sobre alguns tipos de organização familiar, trazendo a família nuclear, aquela

composta por pai, mãe e filhos; a família expandida, as que entram em sua

composição outros parentes (avós, tios, primos, etc.); e a família monoparental,

formada por um dos pais e os filhos, isto é, a família chefiada apenas pelo pai ou

pela mãe. Portanto, não podemos afirmar que existe um padrão para instituição

Família.

É por isso que ao pensarmos em educação, não podemos esquecer-nos

dessas duas instituições: família e escola e cada uma com sua especificidade

De acordo com Nogueira (2006) a definição desses papeis era bastante

claro.

No passado as fronteiras entre as famílias e a escola eram fixadas pelainstituição escolar e pelos mestres. Os profissionais da educaçãoconsideravam que os pais não tinham nenhuma autoridade em matéria deensino e nenhum lugar na escola. Esperava-se que os pais apoiassem osdocentes ou trouxessem contribuições pontuais, mas eles não deveriamcolocar questões em matérias de pedagogia e, menos ainda, fazer críticas).(2006. p. 164)

Em relação a estes papeis a Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei n.º

9.394/96, em seu artigo 2º afirma que a educação:

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é dever da Família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nosideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimentodo educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificaçãopara o trabalho”. (BRASIL: LDB, 1996)

Desta forma, tanto a escola quanto a família têm o mesmo objetivo de

educar as crianças e os jovens, cabendo a família por sua vez, o papel de cuidar

transmitir valores e está alerta, pois o contrato com a escola pode ser rescindido,

mas o contrato de pai, mãe e filho é para toda a vida. Já a escola se incumbiria em

formar cidadãos conscientes para o mercado de trabalho através da formação

pedagógica.

Portanto a diferença entre essas duas instituições é quase imperceptível,

sendo que ambas são indissociáveis. Pois uma complementa a outra. Infelizmente é

relativamente baixa a participação dos pais nas reuniões escolares, mas é

importante ressaltar que o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei n.º

8.069/1980, determina que compete aos alunos estudarem e a família incentivá-los

para que os mesmos freqüentem as aulas, pois se os alunos não participarem com

frequência das aulas os mesmos serão penalizados colocando em risco a perda de

seus benefícios oferecidos pelo governo.

O Ministério da Educação – MEC no ano de 2008 lançou um manual para

incentivar a participação familiar. Recentemente pais que recebem Bolsa Família

passaram a ter presença obrigatória em reuniões escolares. Com essas estratégias

do governo espera-se que a família sinta-se mais motivada a participar não só das

reuniões, mas da vida escolar de seus filhos, para que assim, se tenha uma

educação de qualidade visando o desenvolvimento dos alunos por meio da

integração escolar e a educação realizada no meio familiar.

Assim sendo, a escola não pode viver sem a família e nem a família sem a

escola, pois uma depende da outra para alcançar seu objetivo que é fazer com que

o educando aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade

mais justa e digna para se viver.

1.4 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

O vertiginoso crescimento tecnológico dos últimos tempos, faz-nos

perceber que não se pode definir ou concluir que a criança adquire valores e se

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educa unicamente no seio familiar ou da escola. Vivemos em uma época em que a

velocidade das informações interfere diretamente nas relações do cotidiano das

instituições escolares e familiares. Com isso vê-se que a educação da criança não

se restringe unicamente na escola ou na família. Faz-se necessário e indispensável

potencializar o acompanhamento familiar e dinamizar a relação entre a família e a

escola.

Em relação aos espaços de aprendizagem Libânio (2007) ressalta que:

Na atualidade, as pessoas aprendem na fábrica, na televisão, na rua, noscentros de informação, nos vídeos e no computador, e, cada vez mais,ampliam-se os espaços de aprendizagem. A instituição escolar, portanto, jánão é considerado o único meio mais eficiente e ágil de socialização dosconhecimentos técnico-científicos e de desenvolvimento de habilidadescognitivas e de competências sociais requeridas para a vida prática. (2007,p. 152)

Neste sentido, quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno

tem bom desempenho em seus estudos. A evasão escolar diminui, os filhos tem um

bom relacionamento com os que os cercam. Apesar disso ainda existem barreiras

que geram conflitos e ações que não contribuem para o desenvolvimento do aluno.

Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola,

pois, dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC, com base nos resultados do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação, foi evidenciado que a participação da

família na escola é de fundamental importância no processo ensino-aprendizagem.

Sobre este contexto, o estudos realizados pelo INEP revelam:

(...) a criança cuja família participa de forma mais direta no cotidianoescolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde ospais estão ausentes do seu processo educacional. Ao conversarem com ofilho sobre o que acontece na escola, falarem para não faltar a escola, tirarboas notas e ter hábitos de leitura, os pais estarão contribuindo paraobtenção de notas mais altas.( BRASIL, 2004) .

Mas mesmo assim, essa atuação dos pais é bem rara, o que temos

observado é uma confusão de papeis, cobranças para as duas instituições e novas

atribuições para o professor. Por um lado, parece que os pais tem dificuldades de

compreender o que a escola esta transmitindo para seus filhos. Por outro lado, há

uma falta de habilidade da escola em promover essa comunicação com a família.

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A família tem também, um papel essencial para com a criança que e o da

afetividade, Deste modo, a família constitui o primeiro, e o mais importante grupo

social de toda a pessoa.

Sobre este aspecto, Bassedes, Huguet e Sole (1999), enfatizam a família

como a principal referência de desenvolvimento da criança. Segundo os autores:

Quando se faz referencias a necessidade de que exista uma relaçãoconstrutiva e estável entre a escola e a família, relevamos a convivência,primeiro, do conhecimento mutuo e, segundo, das possibilidades decompartilhar critérios educativos capazes de eliminar essas discrepânciasque podem ser prejudiciais a criança. Precisa ficar claro que a escola efamília são contextos diferentes e que, nesses contextos, as cri açasencontrarão coisas, pessoas e relações diversas, nisso consiste em parte asua riqueza e potencialidade”. (Et Al: 1999, p.283.

A família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as

mudanças religiosas, econômicas e sócio-culturais do contexto em que se

encontram inseridas. Esta é um espaço sócio-cultural que deve ser continuamente

renovado e reconstruído; o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em

outro espaço social qualquer, e deve ser visto como um espaço político.

A família e um sistema de membros interdependentes que possuem dois

atributos: comunidade dentro da família e interação com outros membros. Assim, a

família deverá ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como

a comunidade em que se insere.

Conforme o Art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º

8.069/1990, toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio

da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência

familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de

substancias entorpecentes. Ainda segundo Paro (2000):

Entretanto não se trata, nem de os pais prestarem uma ajuda unilateral aescola, nem de a escola repassar parte de seu trabalho para os pais. O sepretende e uma extensão da função educativa (mais não doutrinaria) daescola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. (2000, p.109)

Para Gokhale (1980), a família não é somente o berço da cultura e a base

da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem-

sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu

comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, é e será a influência

mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas.

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Assim, pode-se dizer que as crianças precisam sentir que fazem parte de uma

família.

Partindo da idéia que a família é a base para qualquer ser humano, não

fazendo referência aqui somente à família com laços de sangue, mas também as

famílias construídas através de laços afetivos. Defini-se família como um conjunto de

pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se

complementarem. E é através dessas relações que os seres humanos tendem a

tornarem-se mais afetivos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da afetividade

de maneira adequada. Mas para que essa adequação ocorra é preciso que haja

referências positivas, responsáveis encarregados de mostrar os limites necessários

ao desenvolvimento de uma personalidade com equilíbrio emocional e afetivo. Para

as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras, gestos que irão

proporcionar a formação da identidade. Por isso, crianças e jovens que estabeleçam

vínculos de harmonia nos seus momentos de decepções, e que possam receber

carinho, atenção e compreensão irão desenvolver uma identidade sadia,

conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus

desejos.

1.5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E A RELAÇÃO ESCOLA E FAMILIA.

Pensar o currículo de forma contextualizada, ampliada e dinâmica

acarreta, em primeiro lugar, uma abertura dos canais possíveis de diálogo entre o

mundo da escola e o mundo da família, permitindo não apenas o estreitamento

desta parceria, mas igualmente, e principalmente, a possibilidade de repensá-la a

partir de outras bases.

Na medida em que os conteúdos escolares deixam de ser percebidos

como verdadeiros "pacotes de conhecimento universais a serem digeridos" e

passam a ser considerados como práticas culturais que se manifestam no domínio

da representação e leitura do mundo dos atores envolvidos, eles permitem um novo

olhar sobre as concepções de mundo do aluno e do seu meio familiar, refletindo

diretamente na forma de pensar esta parceria.

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Segundo Coll (2004), não se podem separar o que cabe ao professor, as

aulas do que é responsabilidade dos alunos, o conhecimento prévio e a atividade. A

família e outras instituições que fazem parte desse universo também precisam se

fizer presentes. Enfatiza a importância de contextualizar esse novo currículo. "Se o

conteúdo trabalhado tiver relação com a vida do aluno, o êxito será maior",

Não se trata mais de pensa; esta parceria apenas em termos de gestão

administrativa ou emergencial, mas sim de concebê-la e construí-la também no

momento da concepção de escola, da produção e/ou reelaborarão do projeto

político-pedagógico, onde a questão do currículo desempenha um papel central. Os

conhecimentos, valores, desejos e expectativas vindos dos diversos horizontes

familiares passam a integrar o campo dos saberes de referência a serem

considerados no momento da escolha dos conteúdos escolares.

Ao invés de serem desvalorizados culturalmente, ou percebidos como

obstáculos para a aprendizagem como ocorre com freqüência, em especial quando

são produzidos nos meios socioculturais mais desfavorecidos esse cabedal cultural

formado pelos conhecimentos cotidianos, populares e/ou do senso-comum, podem

ser confrontados com os demais saberes - acadêmicos, científicos, disciplinares - de

forma a fazer do saber escolar produzido nas salas de aula algo mais significativo,

mais prazeroso e mais libertador para todos os atores envolvidos na prática

educativa.

O laço entre família e escola, assim consideradas, vai além do controle

meramente burocrático ou da aquisição, pelos alunos, dos conteúdos escolares. Ao

invés da família ser chamada ou convocada na escola apenas quando as coisas não

andam bem, ou quando se precisa de uma ajuda pontual, ela passa a ser encarada

como co-autora do projeto de escola e conseqüentemente se envolvendo mais

diretamente na concretização do mesmo. Neste contexto, Szymanzsk (2001),

enfatiza: “Quando a ausência dos pais na educação do aluno prejudica o processo

de ensino – aprendizagem porque os pais e as escolas são responsáveis diretos na

formação social da criança”. (2001 p.83-84)

Para além desta mudança na perspectiva do planejamento mais geral da

própria instituição escolar, a concepção de currículo aqui privilegiada permite ao

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professor organizar a sua prática pedagógica cotidiana de sala de aula de forma

mais dialógica e interativa com a realidade dos seus alunos. As opções didáticas do

professor partem de critérios que "trazem a família" para dentro da sala de aula de

forma positiva e afirmativa, por aquilo que elas têm e que pode contribuir na

construção do conhecimento escolar. Não pelas ausências e carências que fazem

desta inclusão pretexto para mais uma forma de exclusão.

Ao quebrar as concepções hierárquicas de saber, este novo olhar sobre o

currículo abre a possibilidade de valorizar outras formas de conhecimento sem

confundi-las, no entanto, entre si. A valorização dos saberes sociais oriundos dos

meios familiares não deve ser confundida com homogeneização dos papéis sociais

atribuídos à família e à escola. Esta última, como já foi sublinhada, é um espaço

específico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que estabelece

relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o aluno

estruturar e sistematizar os saberes plurais criados em outros lugares.

Esta concepção de escola e da "cultura escolar" defende que na escola os

saberes sociais dos alunos devem ser vistos muito mais como ponto de partida do

que como ponto de chegada. À escola e ao professor competem organizar,

sistematizar, complexificar esses conhecimentos, isto é compete ensinar.

Complexificar não no sentido de complicar, mas de facilitar aos alunos a construção

de novas grades de leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se

situarem em um mundo por definição extremamente complexo.

Nesta perspectiva, o currículo é, sem dúvida, um elo importante e

indispensável na parceria escola e família. Uma parceria que, por ser selada muito

mais no domínio das representações e do simbólico, não é facilmente perceptível e

nem fácil de ser construída. No entanto, sem ela qualquer outra modalidade de

parceria pode ficar seriamente comprometida.

Neste sentido, destaca Coronha (2006):

Faz parte do instinto de perpetuação os pais cuidarem dos filhos, mas é aeducação que os qualifica como seres civilizados. Atualmente nas escolas eem casa, os pais/educadores não sabem mais como fazer para que ascrianças sejam disciplinadas. (2006, p. 67)

1.6 UM NOVO OLHAR SOBRE A PARCERIA ESCOLA E FAMILIA

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Sabemos que muito tem sido transferido da família para a escola, funções

que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa,

caratê, dança, entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a

família perdem a função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de

aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da

vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa poderá desempenhar o

papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio. É na escola que deve

se conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente,

desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar

sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas.

Devido varias reflexões está surgindo uma nova visão de escola, muito

diferente do que tínhamos como entendimento durante anos, que o fazer da escola

é disciplinar, é ensinar a obedecer sem saber exatamente o porquê e engavetar os

sonhos e os projetos de crianças e adolescentes cheios de alegria e capazes de

produzir conhecimento. Atualmente, as escolas estão buscando desenvolver uma

prática de qualidade, mais atentas à formação global e holística, que proporciona

às crianças a vivência da criatividade, da ludicidade, da relação escola e família, da

cooperação, da participação e do exercício da cidadania. A família inserindo-se na

escola, indo mais além através de contatos informais, as conversas breves, onde

cada escola e cada educador desenham em conjunto com a família, caminhos e

alternativas de partilha mento. O propósito é que essa parceria se construa através

de uma intervenção planejada e consciente, para que a escola possa criar espaços

de reflexão e experiências de vida numa comunidade educativa, estabelecendo

acima de tudo a aproximação entre as duas instituições (família-escola). A

necessidade de se estudar a relação escola e família se sustenta e é reafirmada

quando o educador se esmera por considerar o educando, sem perder de vista a

globalidade da pessoa, ou seja, compreendendo que quando se ingressa no

sistema escolar, não se deixa de ser filho, irmão, amigo etc. Os pais precisam ter

consciência de que servem como exemplo para seus filhos, portanto sua

responsabilidade é redobrada.

Segundo Coronha (2006), Os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu

favor. Se o filho percebe o quanto seus pais discordam e criticam a escola de seu

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filho, este fará o mesmo e desrespeitará os professores. Isso, por sua vez, irá

distanciar ainda mais a família da escola. Os pais devem tentar entender o motivo de

a escola fazer de determinada maneira, através de diálogos sempre que for

necessário. Ainda não inventaram melhor forma de trocar idéias do que o próprio

diálogo, pois o olho-no-olho aproxima as pessoas e é mais provável que se chegue

num denominador comum.

São uma relação permeada pelos mais diversos fatores: o sofrimento dos

pais por afastarem seus filhos de si mesmos; os desejos de que a escola lhes

ofereça o melhor, em todos os aspectos; a necessidade da garantia dos melhores

cuidados para com as crianças; os ciúmes que sentem os pais ao dividirem os filhos

com os professores; o medo do fracasso escolar; as projeções dos próprios

fracassos compensados através dos filhos; o pouco interesse pela vida escolar dos

filhos; as super exigências dos pais; as atitudes de aceitação ou não dos filhos; as

questões de rejeição ou negligência; as dificuldades pessoais dos pais; o contexto

sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a permissividade ou o

autoritarismo; as relações de amor e hostilidade; a violência contra os filhos, ou

entre familiares; as atitudes, padrões e valores morais da família; o relacionamento

entre casal e filhos; doenças, separação, desemprego; os diferentes modelos de

organização familiar, ou seja, está implícito tudo o que determinada família tem em

seu histórico. É uma relação que deve ter acima de tudo vínculo, A escola, portanto

também necessita dessa relação de cooperação com a família, pois os professores

precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sócio-cultural vivenciados

pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham

condições de intervirem no providenciar de um desenvolvimento nas expressões de

sucesso e não de fracasso diagnosticado. Precisam ainda, dessa relação de

parceria, para poderem também compartilhar com a família os aspectos de conduta

do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas,

relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras. Ae

respeito enfatiza Grossi e Bordin (1993):

O conhecimento só é conhecimento porque é socializável..., ou seja, sópodemos partir de um ponto se o conhecemos. Tanto a família quanto aescola só pode ter um objetivo em comum com determinismo epersistência se souber como o educando / filho está no outro ambiente(familiar/escolar). Caso contrário ambos caminha de forma transversal oucada um para um lado; paralelo, mas na contramão. (1993,p.205)

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Como temos no Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e

do Adolescente – ECA, é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo

pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, ou seja,

trazer estas famílias no convívio escolar já está prescrito no Estatuto da Criança e

do Adolescente e o que falta é concretizá-lo. Devemos pensar no que se espera

fazer, pois Pensar é ponderar o que se quer e o que é viável, é avaliar o que se

deseja e o realizável, conforme afirma Ramos (2001).

A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve

ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o

educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.

Construindo uma parceria dando sustentação no papel da família no desempenho

escolar dos filhos e o papel da escola na construção de personalidades autônoma.

A relação escola-família se resume no respeito mútuo, o que significa

tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as

possibilidades de exporem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de ser

avaliado, criticado, trocarem pontos de vista. O objetivo é conscientizar a escola do

papel que possui na construção dessa parceria.

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CAPITULO 2 – PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

2.1 TIPO DE PESQUISA

Este trabalho foi baseado numa pesquisa Bibliográfica e de Campo. De

acordo com Gil (2002, p.59) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em

material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Enquanto que para Prestes (2007) “É aquela que se efetiva tentando-se resolver um

problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de

informações provenientes de material gráfico, sonoro ou informatizado.” (2007, p.

26)

A pesquisa de campo, para Prestes (2007, p.32) seria aquela em que o

pesquisador, por meio de entrevistas, questionários, protocolos verbais,

observações coleta seus dados. Já para Furasté (2008, p.35), trata-se da pesquisa

que busca conhecer aspectos importantes e peculiares do comportamento humano

em sociedade. Envolve estudos de satisfação, de interesses, de opinião de pessoas

ou grupos de pessoas sobre aspectos de sua realidade. Esse tipo de pesquisa visa

analisar, classificar, catalogar e interpretar dados levantados sem sofrer interferência

do pesquisador.

2.2 SUJEITOS

Os sujeitos da pesquisa foram os pais e responsáveis dos alunosmatriculados e professores da escola na qual a pesquisa foi realizada.

2.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANALISE DOS DADOS

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A análise dos dados foi feita por meio da observação no cotidiano da escola,através de aplicação de questionários tanto para as famílias quanto para a escola,onde foi realizado a pesquisa.

2.3.1 Coleta de Dados

Para que fosse coletados os dados necessários desta pesquisa, foi

utilizada a pesquisa bibliográfica e de campo. De acordo com Gil (2002, p.59) a

pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos científicos. Enquanto que para Prestes

(2007, p.26) “É aquela que se efetiva tentando-se resolver um problema ou adquirir

conhecimentos a partir do emprego predominante de informações provenientes de

material gráfico, sonoro ou informatizado.”

Além da revisão bibliografia, para que seja realizada uma pesquisa mais

concreta, será também necessário a visita ao campo onde serão permeadas pelas

observações e conseqüentemente, pelo seu registro como também a aplicação de

questionário junto as famílias. Com o intuito de delimitar os dados obtidos, o

questionário será composto por 09 perguntas fechadas para as famílias e 05 para a

escola, visando coletar das famílias dos alunos, e direção da escola informações e

opiniões sobre os mais diversos fatores relacionados a ausência da família na

escola.

2.3.2 analise de dados

A análise de dados estará presente em vários estágios da investigação por meio da observação na escola e questionários aplicados as famílias e professores da escola, onde a pesquisa foi realizada. Tornando-se mais sistemática e mais formal após o encerramento da coleta de dados.

Segundo Ludke e André (1986)

“O primeiro passo nessa análise é a construção de um conjunto decategoria descritiva. O referencial teórico do estudo fornece geralmente abase inicial de conceitos a partir dos quais é feita a primeira classificaçãodos dados. (1986, p.48).

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O autor enfatiza que o questionário é extremamente útil quando um

investigador pretende recolher informações sobre um determinado tema. Ele

também afirma que o primeiro passo para se iniciar uma pesquisa com a utilização

de questionário é baseado no referencial teórico. No capítulo seguinte mostraremos

como será feito a pesquisa de campo.

CAPITULO 3 – A PESQUISA DE CAMPO

3.1 PROFESSOR, FAMÍLIA E ESCOLA: QUAIS AS ATITUDES DO PROFESSORDIANTE DA FAMÍLIA – COMO A ESCOLA RECEPCIONA A FAMÍLIA.

Para melhor entender a relação professor, família e escola: quais as

atitudes do professor diante da família- como a escola recepciona a família, foi

realizada uma pesquisa com aplicação de questionários à escola, pais e

responsáveis com a finalidade de levantar os fatores que levam a ausência dos pais

ou responsável na escola.

A pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental:

Raimundo Ribeiro Dias, localizada na Travessa Dulcicléia Torres, nº. 756. Perímetro

compreendido entre a Rua Mariocay e a Rua Tiradentes, setor Santa Maria,

Município de Gurupá, Estado do Pará. Recebeu essa denominação em homenagem

ao Enfermeiro e Homem Público que muito contribuiu com a Educação e a Saúde do

nosso Município.

Em Gurupá, no ano de 1994, havia apenas uma escola Estadual de

Ensino Fundamental denominada “Marcílio Dias”. Com o crescimento da população

e a vinda de pessoas da zona rural do Município, aumentou a demanda e chegou o

momento que foi necessário criar salas de aula em anexo nos centros comunitários

e nos salões disponíveis no Município.

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Por esse motivo, o Prefeito na época, Sr. Manoel Moacir Gonçalves Alho,

procurou resolver o problema junto ao governo do estado, o Sr. Jader Fontileni

Barbalho, que tomando conhecimento do problema autorizou um convênio com o

Município no valor de R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil reais), onde a verba não

contemplou a realização da obra e a prefeitura ainda investiu algum dinheiro, porém

não havia recursos suficientes para concluir a obra. Novamente o gestor municipal

procurou o Governo do Estado já na pessoa do Sr. Almir Gabriel, que autorizou o

repasse de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), assim, concluindo a construção e o

início de funcionamento da Unidade de Ensino em 1998.

Sua primeira diretora foi a professora Graciana da Silva Coelho, em 1998,

dispensada pela SEDUC a partir de 1999, sendo a diretora substituta a professora

Ana Sônia Gonçalves da Silva no período de Julho a Dezembro de 1999,

reassumindo o cargo a professora Graciana da Silva Coelho em 23 de Dezembro do

ano acima citado, até 21 de Fevereiro de 2006. Em 22 desta mesma data, a

professora Selma Pantoja Jorge assume a direção da escola como diretora, através

da autorização nº. 19/2006 – 0427 – CODOE/SEDUC.

A construção da referida escola se deu a partir do ano de 1994, sendo

concluída em 1996 e funcionou a partir de 26 de Fevereiro de 1998. Instalada em

um pequeno prédio de alvenaria com dois pavilhões, distribuídos em seis salas de

aula, diretoria com banheiro, sala dos professores com banheiro, copa-cozinha,

depósito de merenda e materiais diversos, banheiro dos alunos e pátio coberto. Na

área externa existe um campinho onde são praticadas as atividades de educação

físicas e esportivas da escola.

O prédio está funcionando há 10 anos, e neste curto espaço de tempo já

passaram por uma ampliação e no momento está passando por uma reforma geral.

Com a ação do Conselho Escolar, através do recurso repassado pelo

FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), por meio do PDDE

(Programa Dinheiro Direto na Escola), PDE (Programa de Desenvolvimento da

Educação) e do Fundo Rotativo (recursos repassados pela SEDUC – Secretaria

Estadual de Educação) foram realizadas algumas melhorias, como: manutenção no

piso, telhado, quadro de giz, banheiro dos alunos, sala de professores, diretoria.

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Também foram comprados materiais didáticos, de higiene, limpeza e

administrativos, assim como armários, computadores, ar condicionado, balcão em

madeira de lei para secretaria, material de cantina, mesa com cadeiras para

biblioteca, racks par computador.

Atualmente a escola funciona em três turnos, sendo 11 turmas de 2º ao 4º

ano pela manhã e dez turmas de 5º ao 9º ano à tarde, ambos do ensino

fundamental.

A escola é constituída por um total de 40 funcionários, sendo destes 40

professores e 1051 alunos, 10 salas de aula, 01 Sala para Direção, 01 Sala para

Professores, Secretaria, 01 sala de Vídeo, Refeitório, horta comunitária, dois

banheiros sendo um feminino e um masculino, possui um Laboratório de Informática

e uma Biblioteca. A escola recebe recursos do Governo Federal sendo ele, PDD

(Programa Dinheiro Direto na Escola).

A referida instituição atende as crianças com a Educação Integral com 05

oficinas lúdicas tais como: leitura, artesanato, pintura, dança e capoeira e 01 oficina

pedagógica matemática. Vale ressaltar que todas as oficinas são oriundas do

Programa Mais Educação do Governo Federal.

A escola está sobre a administração da Diretora Maria do Socorro Souza e

Souza e das Vice-diretoras Edna Mª. Pantoja Serra e Gelma do Socorro Gama

Nunes que vêm desempenhado suas funções satisfatoriamente, principalmente

quando se trata da melhoria pela educação.

Portanto, a pesquisa delimitou-se ao estudo com pais e responsáveis dos

alunos e mais seis professores que atuam em turmas do 1º ao 5º ano do Ensino

Fundamental, na referida escola. Após a realização dessa pesquisa com aplicação

de questionários, os quais foram divididos em duas categorias (família/escola),

sendo que um contem seis e o outro seis perguntas fechadas.

Desta forma, os dados obtidos na pesquisa foram tabulados e analisados

evidenciando a validade e a confiabilidade do estudo, para uma melhor

compreensão dos fatos e possíveis soluções.

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Gráfico 1: Participação da família na vida escolar das crianças

Como se dá aparticipação da família na vida escolarda (s)criança (s)?

32%

28%

22%

18%

pa rti ci pa m es pora di ca mente cons ta ntementeno fi na l de ca da s emes tre nã o pa rti ci pa

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Está pesquisa foi realizada a 50 famílias de alunos do 1º ao 5º do Ensino

Fundamental, onde observamos a real participação dos pais ou responsáveis dos

alunos, onde identificou-se 32% dos entrevistados participam esporadicamente, 28%

participam constantemente, 22% somente no final do período de cada semestre e

18% responderam que não participam.

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Gráfico 2: Relação da participação da Família com a escola das crianças

Como a família participa da vida escolar das crianças?

34%

30%

20%

16%

em ca s a a junda ndo na s ta re fa s es col a rescomi ni ca m-s e com a es col a e prfes s orescompa recendo em toda s a s reuni õesnã o pa rti ci pa

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Em relação à participação dos pais ou responsáveis das crianças, 34 % dos

entrevistados afirmaram que participam em casa, acompanhando e ajudando nas

tarefas escolares, 30 % se comunicam com a escola e professores semanalmente,

20 % comparecendo em todas as reuniões e apenas 16 % não participam.

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Gráfico 3: Com que frequência a família ajuda nas tarefas escolares das crianças?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

A pesquisa mostra que as famílias respondentes estão preocupadas em

acompanhar os filhos, olham os cadernos das crianças. Pois 40% dos pais se

preocupam em ajudar as crianças nas tarefas escolares todos os dias, 34%

responderam que só ajudam às vezes, 14% disseram que pedem ajuda a outras

pessoas e 12% não ajudam.

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Gráfico 4:Com que frequência a família mantem contato com a escola?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Quanto o contato ou a participação da família com a escola, 40% dos pais

responderam que todos os dias se comunicam com a escola, 26% semanalmente,

20% disseram que somente três vezes por semana e 14% só quando solicitado.

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Gráfico 5: Em relação a participação da família nas reuniões escolares:

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Identificou-se entre os entrevistados que 44% dos pais ou responsáveis

participam das reuniões escolares, 32% às vezes, 14% disseram que pedem para

alguém ir as reuniões e, 10%% responderam que não participam.

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Gráfico 6: Marque os motivos/ razões que levam a família a não participar com mais

frequência:

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

A participação na vida escolar é essencial para o processo de aprendizado

da criança, mas como mostra o gráfico 6, 32% dos pais entrevistados não participam

com mais frequência da escola de seus filhos por falta de tempo, 28% não sentem

necessidade em participar, 22% não participa porque confia na escola e apenas

18%responderam que não são acolhido satisfatoriamente pela escola.

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Gráfico 7:Formação, escolaridade, sexo, tempo de serviço e idade dos entrevistados:

Fonte: Dados da pesquisa(2015)

Para obtenção das seguintes informações, foi aplicado um questionário à

06 (seis) professores da instituição pesquisada, sendo 05 (cinco) do sexo feminino e

01 (um) do sexo masculino. Com a faixa etária de entre 35 (trinta e cinco) e 50

(cinquenta) anos, com o tempo de serviço de 03 (três) à 20 (vinte) anos.

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Gráfico 8: Como se dá a participação da família de um modo geral na vida escolar de seusalunos?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

De acordo com as respostas obtidas pelos professores entrevistado, nota-

se que 66,60% dos pais às vezes participam da vida escola dos alunos, e 33,30%

participam.

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Gráfico 9: Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenhoescolar de seus filhos?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Com base nesta pergunta, 100% dos professores afirmam que a

participação dos pais na escola é de fundamental importância para o desempenho

escolar dos alunos.

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Gráfico 10: Qual a participação que a escola espera da família?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Pelo que pode se observar no gráfico acima, 50% dos professores

esperam que os pais participem mais das ações planejadas e executadas pela

escola, 33,30% nas reuniões de pais e mestres, e 16,60% esperam que os pais

acompanhem em casa com as atividades escolares.

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Gráfico 11: De que forma a escola incentiva a participação dos pais na escola?

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Ao serem perguntados sobre o que a escola faz para incentivar a

participação dos pais, 50% responderam que a escola incentiva por meio de projetos

e 50% por meio de reuniões de pais e mestres.

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Gráfico 12: Em sua opinião, quais os fatores que dificultam a relação família e escola

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Quanto aos fatores que dificultam a relação da família com a escola,

66,6% do professores responderam que é falta de compromisso por parte das

famílias com a educação de seus filhos, 16, 60% é por falta de tempo em ir à escola

por motivo de trabalho, e mais 16,60% acreditam que os pais não tem conhecimento

sobre o processo educacional.

44

16,60%

66,60%

16,60%

Em sua opinião, quais os fatores que dificultam a relação família eescola?

Falta de tempo

Falta de compromisso das família

Falta de conhec imento sobre o processo educacional

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3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos a partir da pesquisa realizada com a direção da escola,

lócus da pesquisa e mais 50 familiares, identificamos que entre as falas dos

entrevistados comparados com de alguns autores, com o trabalho, são confirmada

ou refutada. Neste sentido foram construídas algumas reflexões a título de

discussão sobre os resultados obtidos:

Os pais que contribuem freqüentemente com a escola permanecem mais

motivados, na conquista de bons resultados na formação dos educando, e o

aluno se sente mais motivado e seguro em dedicar-se às tarefas escolares.

A relação família e escola no contexto do século XXI, vem sendo discutida

sobre as dificuldades que estas duas instituições encontram para se

relacionarem e proporcionarem uma educação de qualidade.

São vários os fatores que causam a ausência da família na escola, porém os

mais comuns que ouvimos dos entrevistados foram: pais que trabalham fora

falta de conhecimento da família, família com um número grande de filhos,

desinteresse por parte da família também é um dos fatores, família

desestruturada e outros.

A obrigação e o dever da família é conceder à criança a formação do caráter

e da ética para que o indivíduo saiba conviver em sociedade. Enquanto que a

escola por sua vez vem complementar essa educação preparando-os para o

mercado de trabalho.

Quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno tem bom

desempenho em seus estudos, a evasão escolar diminui os filhos tem um

bom relacionamento com os que os cercam.Do contrário, quando a família

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não participa o aluno sente-se desmotivado e o seu desenvolvimento no

ensino-aprendizagem é prejudicado.

Escola e família são pontos de sustentação para o desenvolvimento do ser

humano, sendo necessária a harmonia, o envolvimento e o diálogo para

fortalecer essa parceria significativa em busca de uma educação de

qualidade.

A aproximação da família e escola tem uma importância relevante na

identificação de deficiência que possa existir no aluno, essa sintonia é

fundamental para que haja diálogo entre pessoas que almejam sempre o

melhor para seus filhos e alunos

A comunicação é uma ferramenta relevante para uma convivência saudável e

prazerosa mantendo aproximação e promove sentimentos de igualdade e

influencia na maneira de viver de cada pessoa.

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CAPITULO 4 – METODOLOGIAS PARA APROXIMAR A FAMÍLIA DA ESCOLA

A escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação

de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz como conduz a aprendizagem

das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos

filhos. Em relação a esta parceria Heloisa Szymanski, do Departamento de

Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ressalta

que "Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e

aprender a trabalhar de forma colaborativa".

Os pais, por sua vez, devem manter-se em comunicação constante com a

escola, para conhecer os trabalhos e objetivos desenvolvidos pelos docentes. Pois

sabemos que a tarefa de educar é exigente e desafiadora, mais também gratificante

que envolve as organizações sociais em que as crianças estão inseridas. Portanto a

escola precisa está em perfeita sintonia com a família criando mecanismos que

aproxime a família da vida escolar de seus filhos. Mas para isso, é preciso que a

escola abra as portas para as famílias para que as mesmas participem do seu dia-a-

dia ouvindo estes pais sobre o que eles esperam da escola, e que esta participação

não se resuma somente em reuniões esporádicas, buscando junto com as famílias a

melhor forma para superar as dificuldades.

É importante ressaltar que não existe uma fórmula mágica para aproximar

a família da escola, pois cada família e cada escola vivem uma realidade diferente

segundo TIBA (1998) “Quando a escola abre suas portas para usufrutos dos pais de

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seus alunos, está favorecendo a formação do espírito comunitário, precursor da

cidadania”. (1998, p. 168)

É importante que a escola mantenha esse contato de comunicação com a

família conforme destaca Vélez:

Para garantir a informação e facilitar a participação deve-se articularmecanismos que combinam diversas variáveis com canais formais( reuniões de grupo, assembléia da escola etc.) e informações(entradas e saídas, oficinas de pequenos grupos e, etc.). Éimprescindíveis pensar em diferentes linguagens e níveis decompromisso (texto, palestra, festa e, etc.). A colaboração dasfamílias em todos os âmbitos e na vida da escola, ao conjugar canaisde caráter informal efetivos com canais de forma mais estruturados,supõe avançar na tomada de decisões sobre a escola que contribuapara aprofundamento democrático da vida na instituição (2008, p.17).

Analisando a complexidade desta relação, pode-se observar que a escola

precisa ser mais dinâmica para atrair as famílias, suas ações devem ser repensadas

quando for necessária, e a escola deve incluir em seu Projeto Político Pedagógico,

ações que envolva os pais, construindo com eles ações de envolvimento familiar e

trabalhar a autoconfiança deles em relação a suas habilidades para que eles,

conseqüentemente, possam ajudar seus filhos, envolver todas as famílias para

entender o que elas têm a oferecer para a escola. Uma comunidade bem informada

sempre apoiará sua escola.

Desta forma a família pode auxiliar, sugerir e fazer cobranças na ação

pedagógica da escola quando for necessário, mas a família também precisa está

comprometida com a educação de seus filhos, não basta colocarem o filho na

escola, é preciso acompanhá-los freqüentemente e ajudá-los verificando se o filho

fez o dever de casa, se estudou para rever os conteúdos para fazer as avaliações.

Mas é importante que não confunda supervisionar com fazer os deveres para os

filhos.

Todavia, se a família coloca-a na escola, mas não a acompanha pode

gerar na criança um sentimento de negligência e abandono em relação ao seu

desenvolvimento. Conforme enfatiza (MALDONADO,2002 Apud JARDIM,

2006,p.20), “Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas

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caóticas e desordenadas, que se refletem em casa e quase sempre, também na

escola em termo de indisciplina e de baixo rendimento escolar”

CAPITULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos que as mudanças ocorridas no cenário educativo precisa se

fortalecer mais em relação a relação família escola, para atender as exigências da

sociedade, para que assim, promova um aprendizado de qualidade para o

educando.

Percebe-se que a ausência dos pais na escola se dá principalmente por

falta de tempo, em função dos compromissos de trabalho, nota-se que a maioria

está interessada na educação dos filhos.

Participar da vida escolar dos filhos implica não só em ouvir o que a

escola tem a dizer, mas expor sua opinião própria, compartilhar ideias novas, com

um só objetivo de fortalecer a união em favor do ensino e aprendizagem do

educando. A escola deve chamar a família não só quando da problemas, mas sim

para mostrar o que seu filho realmente estar aprendendo, e família precisa se

interessar em saber o que acontece com seu filho, se envolver, esse

acompanhamento transmite segurança, os alunos sentem-se duplamente

amparados tanto pela professora quanto pelos pais, favorecendo o processo de

ensino e aprendizagem.

De acordo com Cristina Coronha, construir a moral na criança requer o

amparo de conceitos verdadeiros e permanentes de vida, uma atitude de exemplo e

atuação da repetição.

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A criança só constrói valores saudáveis à medida que, esses são

vivenciados dia a dia, onde a família tem uma grande responsabilidade na

construção desses valores, estabelecidos por meio de conhecimentos e virtudes e

pela boa conduta familiar.

A educação familiar deve ser pautada no exemplo de vida, de convivência

e partilha, para que seja espelho para os filhos, onde sintam vontade de ser igual

Muitas vezes as palavras não expressam suficientemente, o que deve ser ensinado,

mas o exemplo diário de esforço, de luta favorece essa educação de vida que a

família é capaz de ensinar .

Os pais que são atentos e interessados no aprendizado do filho, provocam

nos professores a estimulação e interesse de inovação na melhoria do aprendizado

da criança. Essa ponte é extremamente eficaz na vida de todos, onde por meio da

escola a família encontre soluções para alguns problemas existentes e por meio da

família, a escola encontre estratégias de melhorias nas suas práticas de ensino,

almejando sempre o compromisso, a sensibilidade, a honestidade e o amor ao

próximo. Afinal a sociedade precisa disso.

Para Cristina Coronha, o homem mais do que nunca precisa agregar valor

ao seu meio para ser importante e útil; precisa confiar em si mesmo, ter iniciativa,

ser valente, saber exatamente de seus direitos e deveres para colocar-se

corretamente.

O papel de pai mãe professor é sem dúvida uma tarefa árdua o qual

requer muita responsabilidade, será que os filhos, os alunos estão sendo bem

preparados para serem inseridos nesse mundo? Cada um deve fazer a sua parte,

onde todos caminhem para um só objetivo, somando valores ao meio.

Não se pode esperar que uma criança tenha verdadeiros hábitos do bem,

se convive com desordens, com pessoas desumanas, impacientes sem controle

emocional. O adulto precisa ser paciente, ser tolerante, ter conceitos verdadeiros.

Para Cristina Coronha, a educação é o meio onde docentes e discentes

devem formar em todo, único, fruto de colaboração e da irmandade de objetivos

como no universo, construindo uma família.

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Ensino Aprendizagem. Presidente Prudente: Unoeste, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. OLIVEIRA, João, Ferreira de Toschi. MIRZA SEABRA.

Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. 5. ed.- São Paulo:

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LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens

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MALDONADO, M. T. Comunicação entre Pais e Filhos: A linguagem do sentir. São

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TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Editora Gente, 2002.

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ZAGURY, Tânia. Escola sem conflitos: parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record,

2008.

APÊNDICES

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Apêndice 1 – Carta de apresentação aos pais ou responsáveis dos alunos

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

PLANONACIONAL DE FORMAÇÃO DEPROFESSORES

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

PREZADO PAI OU RESPONSÁVEL

Solicitamos sua colaboração no preenchimento deste questionário. O mesmo é parte doProjeto de Pesquisa intitulado: FAMILIA E ESCOLA: UMA PARCERIA POSSIVEL PARA ODESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS, a título de elaboração de Trabalho deConclusão de Curso – TCC da UFRA. O principal objetivo é identificar os motivos que levam a (não)participação dos pais ou responsável na escola e, analisarmos sua influência no desempenho dosfilhos, para com isso buscar estratégias que contribuam com possíveis mudanças. As informaçõesserão utilizadas na pesquisa e não haverá identificação individual daqueles que responderem a estequestionário.

Assim, gostaríamos de ser autorizadas a aplicar o instrumento de pesquisa que segue emanexo.

Desde já queremos agradecer a sua participação, que de grande importância para quepossamos obter êxito em nossa pesquisa.

Atenciosamente

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Helena Gonçalves de Lima

Luciléa Farias Serrão

Apêndice 2- Modelo de questionário da pesquisa

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORESLICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TEMA: Família e Escola: uma parceria possível para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças

AUTORAS: Helena Gonçalves de Lima Luciléa Farias Serrão

Questionário de Pesquisa

Pai ou responsável: __________________________________Escola: Raimundo Ribeiro DiasCidade: Gurupá-Pa

1 – Como se dá a participação da família na vida escolar da(s) criança(s)?

( ) Participa constantemente ( ) Participa esporadicamente

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( ) Somente no final do período letivo de cada semestre( ) Não participa

2 – Como a família participa da vida escolar das crianças?

( ) Em casa, acompanhando/ajudando nas tarefas escolares ( ) Comunicando-se com a escola e professores semanalmente ( ) Comparecendo em todas as reuniões escolares ( ) Não participa

6 – Com que frequência a família acompanha/ajuda nas tarefas escolares das crianças? ( ) Todos os dias ( ) Às vezes ( ) Não ajuda ( ) Outros. Especifique: ____________________.

7 – Com que frequência a família mantém contato com a escola?

( ) Todos os dias ( ) Três vezes por semana ( ) Semanalmente( ) Somente quando solicitado

8 – Em relação à participação da família nas reuniões escolares:

( ) Participa( ) Às vezes( ) Não participa( ) Outros. Especifique: ____________________.

9 – Marque os motivos/razões que levam a família a não participar com mais frequência? ( ) Falta de tempo ( ) Não sente necessidade em participar ( ) Confia na escola e o que for decidido está bom( ) Não é acolhido satisfatoriamente na escola

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Apêndice 3 - Modelo de questionário da pesquisa

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORESLICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TEMA: Família e Escola: uma parceria possível para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças

AUTORAS: Helena Gonçalves de Lima Luciléa Farias Serrão

Questionário de Pesquisa

Prof. (a): __________________________________Formação: _____________________________ Tempo de serviço: _________Turma que atua: ________________________Escola: Raimundo Ribeiro DiasCidade: Gurupá-Pa

07 – Como se dá a participação da família de um modo geral na vida escolar de seus alunos?

( ) Participa( ) Às vezes participa

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( ) Somente no final de cada período letivo( ) Outros. Especifique: ___________________.

08 – Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenho escolar de seus filhos?

( ) Sim ( ) Não

09 – Qual a participação que a escola espera das famílias?

( ) Nas reuniões de pais e mestres( ) Nas ações planejadas e executadas pela escola( ) Participação efetiva como membro do Conselho Escolar( ) Acompanhamento em casa das atividades escolares realizadas pelas crianças

10 – De que forma a escola incentiva a participação dos pais na escola?

( ) Por meio de projetos( ) Por meio de reuniões quinzenais( ) Por meio de oficinas/palestras e cursos( ) Não incentiva

11 – Em sua opinião qual(is) o(s) fator(es) que dificultam a relação da família com a escola?

( ) Falta de tempo em ir à escola por conta do trabalho e/ou afazeres do lar( ) Falta de compromisso das famílias com a educação de seus filhos( ) Falta de conhecimento sobre o processo educacional

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