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Fundamentalismo do capital• Corrente do pensamento econômico que

considera que o crescimento depende essencialmente do aumento do estoques de capital.

• Caso a poupança interna seja insuficiente, o país poderá recorrer a “poupança externa”, por meio do mercado de capitais.

• Os baixos rendimentos do capital no exterior favorecem investimentos em países emergentes.

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Hoff e Stiglitz (2001)Insuficiência do capital deve ser vista como um

sintoma e não uma causa do subdesenvolvimento.

“O desenvolvimento não pode ser visto como um processo de acumulação de capital, mas sim como um processo de mudança organizacional.”

Cultura e regras precisam ser mudadas e o pode público tem uma influencia fundamental.

Relações entre agentes econômicos se pautam por lealdades e confiança e não somente pelos fins materiais

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Robert Solow: o capital não explica o crescimento de longo prazo dos Estados Unidos.

A mudança technologica respondia por 80% do crescimento economico.

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Marshall enfatizou o “conhecimento” como motor do progresso na economia.

Defendeu a necessidade de desenvolver o ensino técnico de forma a incorporar, além da destreza manual e visual, “habilidades e conhecimentos artísticos, bem como métodos de pesquisa”.

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A nova teoria do crescimento• A lógica dos rendimentos decrescentes, que

limita o investimento em K fixo não se aplica ao idéias e bens da informação.

• Bens da informação são não rivais que podem ser usadas simultaneamente por qualquer numero de pessoas ao mesmo tempo.

• Custo marginal zero: rendimento cresce com o uso (economias de escala da demanda).

• Os rendimentos crescentes das idéias podem compensar os rendimentos decrescentes de outros fatores de produção.

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O Conhecimento como Fator de Produção Peter Drucker (1998) toda riqueza,

incluindo empregos, salários e acumulação de capital se forma a partir de dados e informações úteis. Uma economia baseada no conhecimento se apóia efetivamente na habilidade de gerar, armazenar, recuperar, processar e transmitir informações, funções potencialmente aplicáveis a todas as atividades humanas.

Shapiro e Varian (1999, p.15), informação é “qualquer coisa que possa ser digitalizada – codificada como um fluxo de bits”.

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Definindo Economia e Sociedade da Informação e Conhecimento

Economia Sociedade

Informação Setor da Informação: tudo que pode ser digitalizado (Shapiro e Varian)

Inclusão digital, aplicações sociais das TIC (WSIS)

Conhecimento Fator de produção para toda a economia (Peter Drucker)

Nova dinâmica com base no conhecimento (Castells)

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Economia do conhecimentoAo contrario do sistema de produção de massa

fordista, onde o objetivo é obter economias de escala de produção, a economia do conhecimento se caracteriza pela exploração dos efeitos de redes para obtenção de economias de escala da demanda.

Na produção de bens imateriais, o aumento do numero de usuários não altera os custos de produção, mas aumenta a receita total.

A medida que a rede cresce, ela tende a beneficiar também os usuários que passam a se defrontar com uma ampliação da capacitação coletiva e da rede de serviços associados.

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Efeitos de redeToda a tecnologia tem

um valor para o usuário que é diretamente proporcional à quantidade de usuários que a adota. Quanto mais gente usa/adota a tecnologia, maior seu valor para os demais.

Quando a rede atinge uma determinada massa crítica, ("ponto de desequilíbrio“) ela se consolida.

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Informação e conhecimento (idéias) e desigualdade

Nova teoria do crescimento: papel cada vez mais importante atribuído para “empresários tecnológicos”.

Desmaterialização da produção: mais bits menos átomos.

Tendência a concentração: custo marginal zero faz com que o poder econômico escape do controle das forças de mercado. Segue o aumento da força política.

Feedback positivo

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feedback positivoOs efeitos de rede dão origem ao feedback

positivo, um processo que fortalece ainda mais as tecnologias ou padrões que se tornaram dominantes no mercado. As redes com poucos usuários tendem a desaparecer enquanto que aquelas que despontam como vencedoras tendem a dominar todo o mercado. O êxito alimenta-se a si mesmo, produzindo um círculo virtuoso conhecido como a lógica do “vencedor leva tudo”.

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A “Lei” de Metcalfe e o valor das redes

Se existem n pessoas em uma rede e o valor da rede para cada uma delas é proporcional ao número de outros usuários, então o valor total da rede (para todos os usuários) é proporcional a n * (n-1) = n² - n.

Ex: rede telefônica, ferrovias, “redes de relacionamento”.

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Custos de mudança que levam ao aprisionamento dos clientesA economia da informação, por depender de

padrões que assegurem a compatibilidade de diferentes subsistemas, é caracterizada por estratégias de criação de monopólios no fornecimento de produtos complementares.

Trancar clientes em padrões técnicos proprietários é o sonho das empresas fornecedoras, mas pode constituir um pesadelo para os usuários.

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Papel da qualificação de RH• Tecnologia pode estar embutida em bens de

K, patentes, etc. mas precisam ser articuladas com outros insumos como K físico, mão de obra qualificada e conhecimentos tácitos.

• Concentração de trabalhadores qualificados atraem capital. Isso afeta países pobres que:– Tem menor disponibilidade de RH qualificado– RH qualificado tendem a ser atraídos para

regiões mais ricas (brain drain)– Trabalhadores de países pobre tem menos

incentivos para investir em sua formação.

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Impactos no desenvolvimento• Conhecimento (tecnologia) não é um bem

qualquer. Se tem valor, o inovador fará de tudo para manter o controle e evitar a difusão (patentes, segredo industrial, etc).

• Catch-up depende de esforços próprios de qualificação e acesso a tecnologia, ao contrario do fundamentalismo do capital que enfatiza a transferência de capitais.

• Outras barreiras institucionais: normas administrativas, jurídicas, sociais.

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