Bia - Resumo História - Ricardo

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A Formao dos Estados Nacionais e do AbsolutismoNa Alta Idade Mdia, os senhores feudais e o clero detinham quase completamente o monoplio da riqueza e da fora militar e aplicavam a justia segundo sua vontade, sendo o rei no raramente uma figura sem grandes poderes na vida dos reinos. A partir do sculo XI, no entanto, esse quadro comea a mudar, em funo das atividades comerciais e do desenvolvimento dos ncleos urbanos.A importncia adquirida pela atividade comercial fez com que o critrio de identificao de riqueza deixasse de ser somente a posse de terras e passasse a ser tambm amoeda, riqueza que podia ser guardada ou trocada por outras mercadorias. Alm disso, a atrao que os servos tinham pelas cidades e as novas atividades que ofereciam, levava-os a fugir dos domnios feudais, ajudando a enfraquecer o poder dos senhores. Ditado da poca " o ar da cidade liberta"Por outro lado, a fragmentao do poder poltico dificultava o comrcio, pois no havia uniformidade territorial de leis, moedas, pesos e medidas. Interessados em manter seu ritmo das trocas comerciais, que crescia rapidamente, os burgueses da sociedade europeia decidiram investir na centralizao do poder, instaurando e defendendo o poder real. Desse modo, contribuiu para a formao de um exrcito mercenrio a servio do Estado que garantisse a autoridade do monarca. Pois com o desenvolvimento de uma economia mercantil, a burguesia tornava-se uma classe social cada vez mais importante, passando a rivalizar com a nobreza. Essa centralizao acabou servindo tambm nobreza, j que garantia a ordem contra as rebelies rurais e mantinha a maior parte dos privilgios dos senhores.Assim, o Estado, cada vez mais forte at se tornar absoluto, tentava promover o desenvolvimento comercial e o da economia em geral, de onde vinham os recursos do Estado. Ao mesmo tempo, procurava manter a sociedade hierarquizada, na qual a nobreza e clero compunham a classe social privilegiada.O Estado ao mesmo tempo que criava medidas que enfraqueciam o feudalismo e consequentemente os senhores. Nesse sentido o rei agia contra a nobreza, mas mantinha os seus privilgios tradicionais, como iseno de impostosejustiaespecial, quando no criava novos, como penses s custas do Estado.Esse processo de formao do Estado centralizado em detrimento dos poderes locais da nobreza tradicional foi longo e difcil. Para superar a justia particular dos senhores, os reis criaram inicialmente os "tribunais de apelao", aos quais todo homem livre poderia recorrer aps ser condenado por um tribunal feudal. Alm disso, foram criados corpos de juzes itinerantes, que exerciam a justia real por todo o reino, alm das "ordenaes reais", leis vlidas para todo o reino. Com isso, lentamente, a justia real foi suplantando o poder de justia da nobreza e da prpria igreja ( os tribunais eclesisticos), at ao ponto de colocar o poder judicirio sobre o total controle do Estado absoluto.O apoio do rei s atividades econmicas era feito com uma srie de medidas intervencionistas que submetiam a economia a uma rgida regulamentao, configurando uma poltica econmica denominada mercantilismo.Tericos do absolutismoO fortalecimento do poder real era defendido por vrios pensadores da poca, os quais publicaram livros argumentando que somente um governo fortemente centralizado seria capaz de pr fim desordem reinante. Um dos mais importantes foi o renascentista italiano Nicolau Maquiavel, autor de O Prncipe. Ele afirma que em nome da ordem interna, da unidade nacional, da segurana e da prosperidade, vlido o governo absoluto. Afinal, como ele prprio afirmava, os fins justificam os meios. Segundo sua teoria o Estado estava acima dos indivduos. Na Inglaterra o grande nome foi Thomas Hobbes, autor de O Leviat. Considera que a sociedade, inicialmente, viviam em estado natural, na mais completa anarquia. Para se protegerem da violncia, os indivduos, espontaneamente, abrem mo de seus direitos em nome do rei. Este, com o consentimento dos sditos, tem um poder ilimitado. Desenvolve a teoria do "homo homini lupus" ( o homem o lobo do prprio homem), segundo o qual, apenas um Estado forte e organizado pode proteger os mais fracos das ambies e violncia dos mais fortes. Na Frana, destacou-se o cardeal Jacques Bossuet, segundo o qual o rei era o representante de Deus na terra e, por direito divino, no devia satisfao de seus atos, era a Teoria do Direito Divino dos Reis.A monarquia absolutista na FranaNa Frana, o absolutismo seria mais consistente e duradouro. A autoridade real e o sentimento de nacionalidade comearam a se fortalecer no pas aps a vitria na Guerra dos Cem Anos(1337-1453). Nas dcadas seguintes, os monarcas ampliaram os territrios sob seu domnio e, aliados burguesia, estenderam o controle real sobre a economia. A nobreza passou a integrar uma numerosa corte. Formou-se, assim, uma grande aliana entre o monarca, os burgueses e os nobres, que duraria at a Revoluo Francesa (1789)No governo de Lus XIV (1643-1715), o absolutismo chegou ao auge. Conhecido como o Rei Sol, ele passou a viver num clima de luxo exacerbado, na corte, no Palcio de Versalhes, fora de Paris. O modo de vida do rei tornou-se smbolo do absolutismo francs. A economia ficou a cargo do ministro Colbert, um burgus que levou ao extremo a poltica mercantilista. Colbert incentivou a criao de manufaturas e de companhias comerciais; e, Lus XIV envolveu a Frana em vrios conflitos externos visando garantir as fronteiras j conquistadas e assegurar a supremacia no comrcio martimo. E para que ficasse bem claro a todos usou a expresso "o Estado sou eu".O absolutismo ingls A monarquia inglesa teve incio em 1066, quando o duque da Normandia, William I (tambm conhecido como Guilherme, o conquistador), invadiu o pas e imps um governo centralizado. Mas o poder real era - e, de certa forma sempre seria - limitado. AMagna Carta, de 1215, e o Parlamento - instituio central na histria poltica inglesa, criada em 1264 - submetiam as decises do soberano aprovao dos nobres.A primeira fase do absolutismo ingls comeou aps a Guerra das Duas Rosas (1455-1485), quando as duas mais importantes famlias da nobreza do pas, Lancaster e York, se enfrentaram pela sucesso do trono. Elas praticamente se exterminaram mutuamente, abrindo caminho para que um herdeiro indireto de ambas assumisse o poder: Henrique VII, que fundou a dinastia Tudor. Com a nobreza enfraquecida e o apoio popular, em razo do fim das guerras, Henrique fortaleceu sua autoridade. Seu filho e sucessor, Henrique VIII, foi alm, ao promover a Reforma Religiosa no pas, rompendo com o papa e fundando a Igreja Anglicana, subordinada diretamente a ele, e confiscou as terras e outros bens da igreja de Roma. Mas o auge do absolutismo ingls seria atingido entre 1558 e1603, no governo de Elizabeth I. Hbil administradora, ela conseguiu manter o Parlamento sob relativo controle e promoveu grande expanso da economia. Foi em seu reinado que a Inglaterra derrotou a Invencvel Armada da rival Espanha e fundou a primeira colnia inglesa, na Amrica (Virgnia), e no teve escrpulos em adotar a pirataria como forma de acumular riquezas. Aps sua morte, o pas viveria um perodo de conflitos entre o rei e setores ligados burguesia que resultaria no fim do absolutismo.

O Fortalecimento das monarquias na pennsula Ibrica

EspanhaO processo de unificao da Espanha esteve intimamente ligado Reconquista, isto , guerra contra o domnio rabe na pennsula. A luta exigia uma concentrao do comando militar e a mobilizao permanente de um exrcito, colocando nas mos do rei um importante instrumento de poder. Embora a Reconquista significasse a expanso do feudalismo nos territrios retomados das mos dos muulmanos, ele era implantado em condies especiais que permitiram o fortalecimento de um poder mais centralizado. Com o casamento de Fernando, rei de Arago, com Isabel, rainha de Castela, a luta contra os mouros se fortaleceu e, em 1492, estes foram definitivamente derrotados na pennsula com a queda do seu ltimo reduto, Granada. Para manter o poder fortemente centralizado, os monarcas espanhis utilizaram a religio: todos os no-cristo, isto , os judeus e os muulmanos que permaneceram na Espanha, deveriam se converter. Foi a partir da que o Estado espanhol se fortaleceu e reuniu condies para iniciar a expanso martima e conquistar colnias.Portugal: uma nao modernaO reino de Portugal tambm se formou durante a Reconquista. Inicialmente era parte do reino de Castela. No ano de 1139, D. Afonso Henrique, em clara rebeldia contra Castela, declarou-se independente. A luta contra os mouros prosseguiu sob direo dos descendentes de D. Afonso at a conquista do Algarve, no ano de 1249. Mas a fator mais importante para o fortalecimento da monarquia portuguesa foi sua aliana com os mercadores. Estes eram protegidos pela Coroa e, em alguns casos, chegaram a receber ttulos de nobreza, formando, assim, uma nova casta de nobres. A monarquia portuguesa pde, com tal aliana, promover os emprstimos comerciais e martimos que resultaram nos Grandes Descobrimentos. Um marco importante nesse processo foi a vitria de D. Joo de Avis, soberano colocado no trono por uma revoluo apoiada pelos mercadores, pela nova nobreza e pelo povo em geral (1383-1385), contra um exrcito castelhano que tentava restaurar o domnio de Castela sobre o antigo condado.As centralizaes polticas que no se completaram: a Itlia e a AlemanhaA formao de uma monarquia nacional no ocorreu na Alemanha e na Itlia. Tanto em uma como em outra houve uma crise do feudalismo e uma tendncia centralizao poltica, impulsionada pelas necessidades do comrcio. Mas as foras polticas regionais conseguiram evitar que um poder central se firmasse. Assim, tanto a Alemanha como a Itlia eram formadas, at a segunda metade do sculo XIX, por uma multiplicidade de Estados. Na Alemanha, muito mais fragmentada, havia ducados, reinos, cidades livres, estados governados pela igreja, principados. Embora teoricamente a Alemanha constitusse um imprio, incluindo no s estados com populao germnica, mas tambm territrios habitados por eslavos, no era uma monarquia centralizada. Essa dificuldade em juntar todas essas unidades em uma Alemanha unificada teve como um dos motivos a Reforma Religiosa, que dividiu os alemes em catlicos e protestantes. O mesmo ocorria na Itlia, onde muitas regies estavam sob domnio estrangeiro, outras eram governadas pela Igreja e havia ainda cidades independentes com governos republicanos, ducados e reinos.REFORMA RELIGIOSA

Na Europa do sculo XVI, a Igreja passaria pela maior crise de sua histria. A indisciplina e a leviandade de muitos membros do clero haviam gerado descrena e repulsa entre os fiis. O sentimento nacionalista, desenvolvido pelas monarquias, estimulava o desejo de expropriar as terras da Igreja espalhadas por todas as naes da Europa. A burguesia, desgostosa com as restries que o catolicismo fazia ao comrcio, ao lucro, usura, estava vida por uma tica religiosa que justificasse suas atividades. Nessas condies a Igreja passaria por uma diviso que levou ao aparecimento de inmeras seitas religiosas protestantes. Esse movimento foi chamado de Reforma. A reao catlica ficaria conhecida como Contra-Reforma.
Fatores que originaram a Reforma: Crticas Igreja Catlica: Os membros da alta hierarquia do clero viviam luxuosamente, totalmente alheios ao povo; Quebra do celibato por parte de alguns membros do clero; Venda de cargos da Igreja; Venda de dispensas (isenes de algumas regras da Igreja ou de votos feitos anteriormente);
Venda de objetos religiosos; Venda de Indulgncias (perdo de alguns pecados); Cisma do Ocidente: fruto de divises internas na Igreja que provocaram a eleio de dois papas um em Roma e outro na Frana). Combate da Igreja usura (emprstimo de dinheiro a juros altos) A igreja defendia o preo justo (teoria incompatvel com o sistema econmico da poca) Questionamento da riqueza da Igreja
A Reforma na Alemanha A Alemanha no era um Estado centralizado. Encontrava-se geograficamente no Sacro-Imprio Romano-Germnico
O comrcio s havia se desenvolvido no litoral norte e no sudeste. Sendo assim, a Alemanha era um estado praticamente feudal com a Igreja sendo detentora de um tero das terras

Teorias de Lutero:
O homem se justifica somente pela f; (crena na predestinao); S existem dois sacramentos: o Batismo e a Eucaristia (negao da transubstanciao); Bblia: nica fonte de verdade divina; No existe uma hierarquia religiosa, o celibato e o uso do latim nos cultos religiosos
Em 1517 Lutero publicou as 95 teses. Nesse documento Lutero expunha sua doutrina e opunha-se venda de indulgncias Em 1520 foi excomungado pelo papa Leo X Em geral a Alemanha ficou dividida em duas reas religiosas: ao norte o luteranismo e ao sul, onde a influncia do imperador era maior, prevaleceu o catolicismo. Isso fez com que a Igreja perdesse grande parte de suas terras e os tributos que recebia. O luteranismo apresentava poucos atrativos para a burguesia. O comrcio, segundo Lutero, foi criado do Diabo e sancionado pelo papa.

A Reforma na Sua Sua: regio de grande desenvolvimento comercial e poder descentralizado; Zwinglio: foi o iniciador da Reforma na Sua Joo Calvino: chegou Sua em 1536 e em 1541 ele e seus partidrios tomaram o poder em Genebra at a data de sua morte em 1564.
Teorias de Calvino
O homem nasce predestinado e se salva apenas pela f; Encorajava o trabalho e o lucro como vocao dada por Deus Segundo tais princpios a burguesia encontrou a tica protestante de que necessitava. Sendo assim o Calvinismo se espalhou pela Frana, Inglaterra, Esccia e na Holanda.
Reforma na Inglaterra
O rompimento com a Igreja Catlica deu-se no reinado de Henrique VIII. O rei estava casado h 18 anos com Catarina de Arago e no tinha nenhum filho homem. Decidiu anular seu casamento, para se casar com Ana Bolena, pedindo ao papa Clemente VII o divrcio. O papa negou o pedido do rei e Henrique VIII fundou sua prpria Igreja. A Igreja Anglicana permaneceu idntica Igreja Catlica, sendo diferente na autoridade mxima dos anglicanos, que passou a ser o rei e no o papa.
A Contra-Reforma
Foi um movimento de reao por parte da Igreja Catlica em oposio ao protestantismo
Conclio de Trento (1545-1563): reafirmao dos dogmas, proibiu-se a venda de indulgncias, fundou-se seminrios e exigiu-se disciplina do clero. Reestabelecimento dos tribunais da Santa Inquisio Index Librorum Prohibitorum: Livros cuja leitura era proibida pelos fiis.
Criao da Companhia de Jesus em 1534 por Incio de Loyola