Bentham, Say e Senior: o subjetivismo racionalista

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Bentham, Say e Senior: o subjetivismo racionalista Busca do lucro -> maior divisão social do trabalho -> maior interdependência entre as pessoas Interdependência não era vista como dependência de pessoas, mas de forças impessoais: o mercado Idéia de que ninguém pode controlar o mercado ( capitalista coletivo controla) Forças de mercado são imutáveis e naturais (agem como forças da natureza)

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Bentham, Say e Senior: o subjetivismo racionalista

• Busca do lucro -> maior divisão social do trabalho -> maior interdependência entre as pessoas

• Interdependência não era vista como dependência de pessoas, mas de forças impessoais: o mercado

• Idéia de que ninguém pode controlar o mercado ( capitalista coletivo controla)

• Forças de mercado são imutáveis e naturais (agem como forças da natureza)

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Origens sociais das premissas do valor utilidade

Fundamentos:

• Condições humanas no Capitalismo são específicas ao próprio modo de produção

• Generalização dessas condições como se fossem naturais do ser humano, em todos os tempos e sociedades

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Valor utilidade: fundamentos

1-) Especialização do trabalho, isolamento dos produtores:

• Indivíduos como unidades isoladas, preocupadas com a própria sobrevivência contra forças impessoais do mercado

• Outros passam a ser vistos como inimigos e adversários (Hobbes - O Leviatã)

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Valor utilidade: fundamentos

2-) Indivíduo é competitivo e egoísta por natureza. Suas motivações essenciais são aumentar o prazer e evitar a dor: UTILITARISMO

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Valor utilidade: fundamentos

3-) A divisão do trabalho cria dependência completa do funcionamento, com êxito, do mercado.

• Aceitando o capitalismo como natural e eterno, a única condição de melhora para os indivíduos está no bom funcionamento do mercado (liberdade econômica)

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Valor utilidade: fundamentos4-) Bom funcionamento do mercado depende da quantidade e

eficácia dos meios de produção.

• Industrialização exige que parte do esforço produtivo seja direcionado dos bens de consumo para os bens de produção.

• Idéia de que os lucros devem aumentar com relação aos salários: lucros devem ser suficientes para financiar a industrialização

• Quem financia realmente a industrialização? Depende da grandeza real de salários, lucros e produção. Ao aceitarmos que a repartição da renda pelo mercado é correta (natural) temos a ilusão de que quem pagou a industrialização foi o capitalista.

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Valor utilidade: fundamentos

5-) Acirramento da concorrência:

• Sobrevivência em risco - lucros dependem de controles acurados

• Sistemas complexos de apuração e controle (contabilidade)

• Atitudes racionais em todos os âmbitos:a racionalização do mundo

• Todos os atos humanos passam a ser vistos como consequências de decisões racionais e calculadas ( hábitos, caprichos, acidentes, superstições, religiões, altruísmo, emoções, etc. não contam.

• Indivíduo age como se fosse um contador lucros (prazeres) e prejuízos (dor)

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Jeremy Bentham (1748-1832)

• UTILIDADE: Propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir algum benefício, vantagem, prazer, bem ou felicidade ou impedir danos, dor, mal ou infelicidade

• Utilidade: mais prazer, menos dor.

• Toda motivação humana em qualquer época e lugar se baseia no desejo de maximizar a utilidade

• Valor-utilidade: chave para uma ciência do bem-estar e da felicidade humana.

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Quantificação da utilidade (do prazer)

• Intensidade• Duração• Certeza ou incerteza• Proximidade ou

afastamento• Fecundidade• Pureza• Extensão

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Jeremy Bentham (1748-1832)

• “No curso geral da vida, em todo coração humano o interesse próprio predomina sobre todos os interesses em conjunto... A preferência por si mesmo tem lugar em toda parte.”

• “Todo valor se baseia na utilidade”

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O Trabalho• Trabalho -> penoso• Evita a dor e aumenta o

prazer• Crítica ao valor-

trabalho - O paradoxo da água e do diamante. (Água não tem valor a quem não precisa, o prazer do diamante)

• UTILIDADE-MARGINAL

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Jeremy Bentham (1748-1832)

No início:

• Concorda com Smith quanto a capacidade reguladora do mercado (liberdade econômica)

• Aceita a idéia de que a produção gera sua demanda (todos aceitavam exceto Malthus)

Depois:

• Favorável à intervenção do governo

• Reduções no consumo -> queda na produção -> desemprego

• Utilidade do dinheiro é maior nas mãos dos pobres. Distribuição da renda aumenta a utilidade geral da sociedade.

• Governo deveria ser imparcial: o “Rei-filósofo”

• Governo = pessoas; egoísta, pensa nos seus próprios interesses.

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JEAN-BAPTISTE SAY (1767-1832)

• Discípulo de Smith (“corrigindo erros”)

“O preço é a medida do valor e o valor é a medida da utilidade”

• Capitalismo leva à harmonia social (mercado livre)

• Classes sociais = agentes de produção

• Propriedade: fruto da abstenção do consumo

• Salários e lucros determinados pela contribuição relativa de cada um (utilidade)

• Valor não é definido na produção e, sim, na circulação (mercado)

• Desaparecem os conflitos de classe.

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A lei dos mercados (Lei de Say)

• “Mercado livre sempre se ajusta automaticamente, num equilíbrio em que todos os recursos - inclusive o trabalho - estariam plenamente utilizados (Equilíbrio com o pleno emprego)

• Oferta cria demanda da mesma magnitude (Moeda apenas facilitadora das trocas)

• “Se houver excesso de determinada mercadoria é porque outras não foram produzidas em quantidade suficiente”(Superprodução temporária)

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Nassau Senior (1790-1864)

• Conflitos trabalhistas• Salário (subsistência x

utilidade)• Salários determinados

pela produtividade (fundo de salários)

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Metodologia Teórica (Senior)

• Economistas não deveriam se preocupar com o bem estar social, mas com a análise da riqueza (A questão da Ética)

• Economia Política despida de valores (Ciência Pura)

• A escolha dos fatos relevantes

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Maximização da utilidade, os preços e a superprodução

• Maior riqueza com menor sacrifício (utilidade)

• Senior x Bentham (Distribuição da renda) => “Todos têm desejos insatisfeitos”

• Superprodução impossível. Somente ocorreria quando todos estivessem saciados (desejo de riqueza é insaciável)

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Acumulação e Abstinência (Senior)

• Produtos do trabalho e do capital direcionados para acréscimo dos bens de capital (riqueza aumenta)

• Salário: recompensa pelo trabalho penoso• Lucro: recompensa para a dor de não consumir no

imediato (“um dos atos mais penosos da vontade humana)

• Só a acumulação de capital (abstinência do capitalista) garantiria o crescimento da riqueza acima do crescimento populacional.

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População e bem-estar dos trabalhadores• “criar hábitos de prudência,

auto-respeito e autolimitação• importância do medo da

escassez (redução da segurança)

• “melhora com o sofrimento”

“A natureza decretou que o caminho para o bem é através do mal”

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Lei da Pobreza (Senior)• Trabalhadores devem aceitar qualquer trabalho que

lhes for oferecido, independente das condições e da remuneração

• Qualquer pessoa que não encontre trabalho deve receber apenas o suficiente para não morrer de fome

• Essa pessoa deve receber bem menos que um salário mínimo e sua condição deve ser tão miserável que ela deve sentir-se motivada a procurar trabalho em qualquer condição e remuneração.

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Como governar um país em que os pobres sejam maioria? (Senior)

• Excluí-los da vida política• Forçá-los a uma dedicação

cega às leis e aos costumes

• Armar e disciplinar as classes superiores, apoiando-as com um exército regular