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& Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS A BENS & SERVIÇOS SERÁ TODA DIGITAL EM 2018 A partir da próxima edição, em janeiro, a revista vai contar com novas seções e conteúdo extra, como áudios, vídeos e galeria de fotos. O novo projeto gráfico também foi concebido com foco em otimizar o tempo do leitor. Ano novo, revista nova!

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&Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOS

a bens & serviços será toda digital em 2018

A partir da próxima edição, em janeiro, a revista vai contar com novas seções e conteúdo extra, como áudios, vídeos e galeria de

fotos. O novo projeto gráfico também foi concebido com foco em otimizar o tempo do leitor. Ano novo, revista nova!

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Entrevista

busca corporativa organiza dados em nome da produtividade

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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOSfE

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ENta

Nicho Lotéricas diversificam serviços e

oferecem até chocolates

doSSiÊ Conheça a história e curiosidades sobre o

protetor solar

EquipES Educação financeira beneficia funcionários e as companhias como um todo

rEprEsEntantE da onu muLhErEs brasiL, nadinE gasman aponta Caminhos Em proL da iguaLdadE dE gênEro

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Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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luiz carlos bohn

Falando em transFormações

EM uM PERíodo dE galoPantE evolução tecnológica, produzimos cada vez mais informações. Estima-se que em 2025 o mundo estará gerando cerca de 163 zettabytes de dados ao ano. É difícil imaginar o que isso significa, mas, para se ter uma ideia, vale lembrar que 1 zettabyte equivale a 1 trilhão de gigabytes.

Nesse cenário, a busca corporativa se desta-ca como uma ferramenta importante para estimular a produtividade e economizar tempo dos colaboradores na busca de ar-quivos, com manuseio simples e intuitivo, que dispensa um profissional especializado para realizar pesquisas, conferindo mais autonomia às equipes. A ausência desse mecanismo faz os funcionários perderem tempo, além de gerar retrabalho. Esse é o tema da reportagem especial desta edição.

“A revolução digital está só começando”, afirma o sociólogo e filósofo da informação

francês Pierre Levy, entusiasta das possibilidades cognitivas da internet e criador do conceito de inteligência coletiva. Nossa revista está dentro desse contexto de transformação: em janeiro de 2018, na edição 153, a Bens & Serviços deixará de ser impressa e será totalmente digital, contando com atrativos que vão além da leitura propriamente dita, como áudios, vídeos e galeria de fotos. A edição 153 trará ainda outras mudanças, como um novo projeto gráfico e novas seções.

Chegamos ao mês de dezembro após um ano de muitos avanços no campo da política e economia nacionais, como a Reforma Trabalhista, que entrou em vigor em novembro. Para seguir no caminho de retomada da economia, é necessário ter um equilíbrio das contas públicas. Por isso, defendemos a Reforma da Previdência (PEC 287/2016) que vem sendo formatada pelo governo e reforçamos nosso posicionamento favorável no Congresso a todos os parlamentares da bancada gaúcha.

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especial / Ferramenta

revista bens & serviços / 152 / Dezembro 2017

sum

ário

26

em um cenário de

crescimento vertiginoso

de informações, poupar

tempo dos colaboradores

ao procurar arquivos

é essencial. conheça

aplicações da busca

corporativa e saiba em que

direçÃo ela avança

36

Dossiê

18

entrevistaconsumo

representante da onu mulheres

brasil, nadine gasman aponta o

que empresas estÃo fazendo para

promover a igualdade de gênero

12

com serviços e produtos

específicos, o mercado busca

atender cada vez melhor ao

novo perfil do público masculino

proteger a pele nem sempre

foi uma preocupaçÃo geral.

conheça a história do protetor

solar e como ele se popularizou

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council®), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

www.revista.fecomercio-rs.org.br

Presidente:luiz Carlos bohn

Vice-Presidentes: luiz antônio baptistella, andré luiz roncatto, levino luiz Crestani, ademir José da Costa, alécio lângaro ughini, arno Gleisner

(licenciado), diogo Ferri Chamun, Edson luis da Cunha, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi, ibrahim mahmud, itamar tadeu barboza da Silva,

ivanir antônio Gasparin, João Francisco micelli vieira, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, marcio Henrique vicenti aguilar, moacyr Schukster, nelson

lídio nunes, ronaldo Sielichow, Sadi João donazzolo,Júlio ricardo andriguetto mottin, Zildo de marchi, leonides Freddi, Paulo roberto diehl Kruse, adair

umberto mussoi, élvio renato ranzi, manuel Suarez, Gilberto José Cremonese, ivo José Zaffari

diretores: Walter Seewald, Jorge ludwig Wagner, antonio trevisan, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, daniel amadio,

davi treichel, denério rosales neumann, denis Pizzato, dinah Knack (licenciada), Eduardo luiz Stangherlin, Eduardo luís Slomp, Eider vieira Silveira, Elenir luiz bonetto, Ernesto alberto Kochhann, élio João Quatrin, Gerson nunes

lopes, Gilberto aiolfi, Gilmar tadeu bazanella, Giraldo João Sandri, Guido José thiele, isabel Cristina vidal ineu, Jaucílio lopes domingues, João antonio

Harb Gobbo, Josemar vendramin, José nivaldo da rosa, liones oliveira bittencourt, luciano Stasiak barbosa, luiz Caldas milano, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marcelo Francisco Chiodo, marice Fronchetti, mauro Spode, nerildo Garcia lacerda, olmar João Pletsch, Paulo roberto Kopschina,

remi Carlos Scheffler, rogério Fonseca, Silério Käfer, Sueli morandini marini, alberto amaral alfaro, aldérico Zanettin, antônio manoel borges dutra, antônio

odil Gomes de Castro, ary Costa de Souza, Carina becker Köche, Carlos alberto Graff, Celso Fontana, Cezar augusto Gehm, Clori bettin dos Santos, daniel miguelito de lima, daniel Schneider da Silva, Eliane Hermes rhoden, Elvio morceli Palma, Erselino achylles Zottis, Flávia Pérez Chaves, Francisco

amaral, Gilda lúcia Zandoná, Henrique José Gerhardt, Jamel Younes, Jarbas luff Knorr, Jolar Paulo Spanenberg, José lúcio Faraco, Jovino antônio demari, leomar rehbein, luciano Francisco Herzog, luiz Carlos brum, marcelo Soares reinaldo (licenciado), marco aurélio Ferreira, miguel Francisco Cieslik, nasser mahmud Samhan, ramão duarte de Souza Pereira, reinaldo antonio Girardi,

régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, Sérgio José abreu neves, valdir appelt, valdo dutra alves nunes, vianei Cezar Pasa

conselho Fiscal: luiz roque Schwertner, milton Gomes ribeiro, Hildo luiz Cossio, nelson Keiber Faleiro, Susana Gladys Coward Fogliatto

delegados rePresentantes cnc: luiz Carlos bohn, Zildo de marchi, andré luiz roncatto, ivo José Zaffari

conselho editorial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessoria de comunicação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, Juliana borba e

Simone barañano

coordenação editorial: Simone barañano

Produção e eXecução: temática Publicações

edição: Fernanda reche (mtb 9474)

rePortagem: Cláudia boff, diego Castro, laura Schenkel e micheli aguiar

colaboração: Edgar vasques, Flávio obino Filho, laís albuquerque, lucas Schifino, micheli aguiar, marcelo Portugal, mário rodrigues, nathália Cardoso

e nathália lemes

edição de arte: Eduardo mello

reVisão: Flávio dotti Cesa

imagem de caPa: ©iStock.com/Peshkova

tiragem: 20,9 mil exemplares

é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

seção página

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Palavra do Presidente

Notícias & Negócios

Consumo

10 Passos / Ferramentas de ti

Sobre / metas

Entrevista

Sindicato

Equipes

Especial / Ferramenta

Saiba Mais

Sesc

Vendas

Senac

Dossiê / Protetor solar

Visão Econômica

Pelo Mundo

Nicho / lotéricas

Visão Política

Monitor de Juros

Dicas do Mês

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notícias negócios&Ed

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Revista Bens & seRviços seRá

digital A Bens & Serviços

estreia em janeiro, na edição

153, o seu formato eletrônico,

com novo projeto gráfico e

novas seções.

A publicação deixará de ser

impressa, ficando disponível

digitalmente. A mudança

possibilita complementar o

seu conteúdo com conteúdos

como áudios, vídeos e galeria

de fotos. Encaminhe uma

mensagem para ascom@

fecomercio-rs.com.br para

receber o link da revista e

continuar por dentro das

notícias do setor.

EmprEsas podEm agEndar adEsão ao simplEs nacionalFicará disponível no Portal do Simples Nacional até 28 de dezembro o agen­damento para aderir ao regime simplificado em 2018. Quem estiver em dia recebe a confirmação automaticamente. Empresas com pendências não te­rão o agendamento aceito, mas poderão regularizar sua situação e solicitar um novo agendamento até a data limite. O serviço agiliza o ingresso do ne­gócio e antecipa as verificações de pendências, dando mais tempo para as micro e pequenas empresas se regularizarem. Após o vencimento do prazo,

o empreendimento poderá soli­citar a opção pelo Simples Na­cional até 31 de janeiro de 2018, diretamente no Portal do Simples Nacional. O agendamento não é válido para empresas recém­cria­das nem para as novas atividades autorizadas pela Lei Complemen­tar nº 155/2016, que são os negó­cios produtores de cervejas, vi­nhos, destilados e licores.

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Espaço sindical

nova diRetoRia no sindilojas vale do

taquaRi O Sindilojas Vale do Taquari elegeu em

12 de novembro sua diretoria para a gestão

2018/2021. A chapa única é presidida pelo em-

presário Francisco C. Weimer dos Santos e conta

com os vice-presidentes Giraldo Sandri, Gerson

Aurélio Gräbin e Heinz Rockenbach.

sindilojas vale do jacuí dá sugestões à

ReFoRma administRativa O Conselho Político

do Sindilojas Vale do Jacuí enviou à prefeitura de

Cachoeira do Sul sugestões para a reforma ad-

ministrativa que deve ocorrer em 2018. Segundo

o coordenador do Conselho, Hélio José Boeck, a

preocupação é que as medidas sejam cabíveis

e responsáveis.

sindeRgs comemoRa 35 anos Em novembro,

o Sindergs completou 35 anos. O presidente da

Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, entregou em

agosto uma placa alusiva ao aniversário para o

presidente do sindicato, Silério Käfer.

sindicatos paRticipam da Feisma Secovi,

Sindigêneros, Sindilojas e Sirecom, sindicatos da

Região Centro, participaram em novembro da

30ª edição da Multifeira de Santa Maria (Feisma).

O evento contou com expositores locais e re-

gionais da indústria, do comércio e de serviços.

empResas ganham qualiFicação A primeira

edição do Café com Ideias, com foco na pro-

moção #eucomproaqui, ocorreu em novembro.

A professora Claudia Scherer, do Senac de Ijuí,

destacou que, durante a campanha, os vende-

dores devem oferecê-la como diferencial, além

de entender o cliente. Promovida pelo Sindilojas

Noroeste, a premiação dará vale-compras para

clientes e vendedores. O prêmio principal é um

automóvel Renault Kwid zero quilômetro.

notícias Falsas na weB seRão desaFio paRa o tse

Nas eleições de 2018, uma das maiores dificuldades para o Tribunal

Superior Eleitoral será combater a proliferação de notícias falsas na

internet, segundo o ministro Luis Felipe Salomão. Para ele, o Tribunal

deverá ter cuidado redobrado com as chamadas fake news, para que

elas não sejam usadas pelos candidatos nas redes sociais no intuito

de atrapalhar o pleito ou modificar de forma desonesta a vontade dos

eleitores. O ministro ressaltou ainda que a imprensa séria é importante

nesse momento, para disseminar notícias reais. Como medidas para

impedir o problema, existem alguns projetos de lei que buscam essa

regulação e que já estão tramitando no Congresso.

rEcEita altEra idadE dos dEpEndEntEs do ira partir de uma nova instrução normativa criada pela Receita Fede­ral, todos aqueles que forem declarados como dependentes no Im­posto de Renda (IR) serão obrigados a se inscrever no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Para o Imposto de Renda de 2018, foi reduzida para 8 anos a idade mínima para a apresentação de CPF de depen­dentes. A partir da declaração de 2019, será obrigatória a inscrição no CPF de todas as pessoas físicas, independentemente da idade. An­tes, essa regra valia somente para dependentes com 12 anos ou mais. Segundo a Receita, a medida tem como objetivo diminuir a retenção na malha fiscal e aumentar a celeridade dos processos.

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Bc rEcomEnda cuidado com moEdas virtuais

conforme comunicado divulgado pelo Banco Central (BC), é preciso ter cautela quanto às moedas virtuais, como é o caso do bitcoin. Apesar de estar em ascensão, esse tipo de investimento apresenta riscos. Além de não serem emitidas pelo BC, essas moedas não são garantidas por qualquer

autoridade monetária e não se sabe se serão convertidas para moedas soberanas. Por enquanto, não há nenhum tipo de regulamentação por parte do Sistema Financeiro Nacional e nem do BC. Portanto, qualquer negociação feita acaba sendo respaldada apenas pela boa-fé dos envol­vidos. No comunicado, o banco afirma que permanece observando a evolução desse tipo de moeda para que, se necessário, sejam criadas medidas regulamentadoras futuramente.

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três pErguntas

Wagner Picolli é gerente de

serviços de merchandising

da Nielsen Company

e especialista em

gerenciamento por categorias

no varejo. Presta consultorias

para melhorar a organização

e o planejamento de ofertas.

como É a eXpeRiÊncia do vaRejo no BRasil?

O setor ainda lida com a recessão, viu os clientes

perderem o poder de compra e tenta se reinventar

neste cenário. Para não gastar, as pessoas frequen-

tam menos as lojas, impactando a performance

do varejo. Os ranchos mensais em supermercados

voltaram a fazer parte da rotina das famílias.

A experiência deste período será fundamental para

os varejistas sobreviverem no mercado pós-crise,

porque os consumidores que se acostumaram a

economizar dificilmente gastarão como antes.

quais são as tendÊncias econÔmicas do setoR?

Como muitos consumidores migraram para o ataca-

rejo, alguns negócios já estão apostando no modelo.

No entanto, a transição exige preparação, porque

a mudança gera alterações na operação da loja.

Não se pode ter as mesmas atitudes em um empre-

endimento que trabalha apenas com varejo e em

outro que mescla os formatos. Mas já temos diversos

exemplos bem-sucedidos de empresas que promo-

veram a mudança e estão em expansão.

quais as paRticulaRidades dos consumidoRes

gaúchos? No RS se dá mais valor à qualidade,

enquanto no resto do país os consumidores optam

pelas marcas mais baratas e pelas embalagens

menores. Aqui se priorizam os itens essenciais, como

os produtos da cesta básica, e se restringe a compra

de supérfluos. Além disso, os gaúchos gostam de

cozinhar. Então, apostar em um portfólio de produtos

para o ambiente doméstico é uma boa opção.

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13º salário promEtE impulsionar a Economiacom o pagamento do 13º salário, o Departamento Inter­sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que serão injetados R$ 200 bilhões na economia do Brasil, representando 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Cerca de 83,3 milhões de brasileiros receberão um rendimento adicional de, em média, R$ 2.251,00. Entre os beneficiados, 57,8% são trabalhadores do mercado formal. Já no Estado, o impacto financeiro deverá ser de R$ 13 bi­lhões, representando em torno de 3,3% do PIB estadual. Cerca de 5,6 milhões de gaúchos receberão o benefício, sendo 51,4% deles empregados do mercado formal. Conforme a Pesquisa de Final de Ano 2017 da Fecomércio-RS, 41,9% dos gaúchos pretendem usar o 13º salário para adquirir presentes. É a

primeira vez, desde 2012, que esse é o principal destino da renda. A quitação de dívidas e a formação de poupança aparecem como se­gunda e terceira opções. O levanta­mento ouviu 385 consumidores de cinco cidades do Estado, no período de 30 de outubro a 6 de novembro.

Banco mundial analisa gastos púBlicos do Brasilo Banco Mundial entregou ao governo federal um relatório que analisa profundamente os gastos públicos do país. Com o título Um ajuste justo: uma análise da eficiência e da equidade do gas-to público no Brasil, o documento verifica oito áreas das despesas do governo brasileiro, levando em conta o peso no orçamento, o grau de eficiência e o quanto as despesas são socialmente jus­tas. O estudo concluiu que os governos federal, estaduais e mu­nicipais gastam mais do que podem e de maneira ineficiente. O relatório afirma ainda que seria possível economizar cerca de 7% do PIB com ações que aumentassem a eficácia dos gastos públicos e reduzissem os privilégios. Para o Banco Mundial, há espaço para aumentar a tributação sobre a alta renda no país, instituindo impostos sobre patrimônio ou ganhos de capital, reduzindo assim a dependência dos tributos indiretos, que so­brecarregam os mais pobres.

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gol Faz ação com identiFicação Facial

Para divulgar o novo serviço de Selfie Check-in, a companhia área Gol instalou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) um grande espelho que reconhece o passageiro pelo seu rosto e valida o bilhete de embarque. A no­vidade, na verdade, é um totem que possui um sensor de identificação facial. Com ele, as passagens são reconhecidas digitalmente e os passageiros podem receber informações sobre o destino, a confirmação do portão de embarque e o tempo estimado até o horário do voo. O Selfie Check-in já está disponível para todos os clientes, tanto em voos domésticos quanto internacionais. Para acessar a ferramenta, basta utilizar o aplicativo da empresa no celular.

Branding

estado não ingRessaRá no RFF

O Rio Grande do Sul teve seu pedido

negado pelo Tesouro Nacional para

ingressar no Regime de Recuperação

Fiscal (RRF). O programa permite que

estados em crise suspendam por três

anos o pagamento de dívidas com

a União, além de obter aval para em-

préstimos em troca de medidas de

ajuste das contas públicas. A razão

para a recusa é que, de acordo com

a avaliação dos técnicos, o governo

estadual não atendeu a todas as

exigências para entrar no regime. Um

dos critérios não cumpridos é que

despesas liquidadas com pessoal,

juros e amortizações devem equi-

valer a, no mínimo, 70% da Receita

Corrente Líquida (RCL) no exercício

financeiro de 2016 – essa relação

está em 57,98% no Estado. A equipe

econômica apontou ainda que o RS

não apresentou a lista de passivos

que serão quitados ordenados por

prioridade de pagamento, além de

outros documentos que não foram

entregues para análise da requisição.

Apesar da decisão, o Estado ainda

pode reapresentar o pedido.

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EmprEgos aumEntam no paísconforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 76.599 postos de trabalho em outubro, o que representa uma va­riação positiva de 0,20% em setembro. Segundo o Ministério do Trabalho, este é o melhor resultado do ano. O setor que mais impulsionou o mercado de trabalho foi o comércio, com 37.321 novos empregos formais, dos quais 30.187 surgiram no varejo. Logo depois vem a indústria de transformação, com 33,2 mil novos postos de trabalho, com destaque para a indústria de produtos alimentícios, que abriu 20.565 vagas. O terceiro melhor desempenho ficou com o setor de serviços, que criou 15.915 vagas de emprego formal. No Rio Grande do Sul, os resultados foram similares. O Estado teve saldo positivo de 8,1 mil vagas, interrompendo a sequência de seis quedas consecutivas. Novamente, os setores que mais cria­ram postos de trabalho foram o comércio (4,7 mil), a indústria da transformação (1,9 mil) e os serviços (1,5 mil).

Qualificação é dificuldadE na contratação dE tEmporários

o maior desafio para 58,1% das empresas gaúchas que pretendem contratar mão de obra temporária para este fi­nal de ano é a falta de qualificação dos candidatos. É o que aponta a Pesquisa de Temporários 2017, divulgada pela Fecomércio-RS. Depois, as outras principais dificuldades são em relação a indisponibilidade de horários, com 18%,

e a falta de candidatos às vagas, com 3,1%. O estudo apura que 83,3% dos processos seletivos terão algum tipo de exigência. Os requisitos mais procurados são o nível de experiência profissional (45,6%), o grau de instrução (44,3%) e a disponibilidade de horário (15,9%). Realizado em setembro, o levantamento da Fecomércio-RS entrevistou 384 estabelecimentos de cinco macrorregiões do Estado.

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consumo

Certezas de um macho que está no passado. O novo homem expressa sentimentos, se preocu-pa com a aparência e não precisa provar a masculinidade a todo momento. Ao menos este é o movimento observado por pesquisadores, pela sociedade e também pelo mercado de consumo. Prova disso são os números.

Em apenas cinco anos, entre 2011 e 2016, o faturamento do setor masculino no comércio e varejo de produtos cres-ceu 94,4%, saindo de R$ 10,07 bilhões para R$ 19,6 bilhões. A pesquisa da Euromonitor Internacional mostra ainda que o segmento de cosméticos e perfumaria foi o que mais evo-luiu no período. As vendas passaram de R$ 5,1 bilhões para R$ 11,9 bilhões. Um estudo realizado pela Associação Brasi-leira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) constatou que 37,7% dos homens entrevistados compram roupas novas uma vez por mês. Já uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, por ano, os ho-mens gastam cerca de R$ 80 milhões com a aparência.

Homem não cHora, não passa creme, não compra roupa.

m novo perfil do público

masculino mexe com o

mercado de consumo,

especialmente o de

cosméticos, que cresce

a passos largos. mesmo

com um futuro promissor,

empresas ainda têm muito a

navegar pelo universo de

compra do homem

uA horA é dos homens!

@istock.com/George rudy

texto micheli aguiar

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São números impactantes e que evidenciam um movi-mento importante no comportamento masculino quando o assunto é consumo. Ainda que já haja empresas direcionadas a oferecer produtos a eles, a exploração do setor é tímida. Mesmo no ramo de cosmético. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, do total de produtos de higiene e beleza consumi-dos no Brasil, 37% são masculinos, mas apenas R$ 27 é o valor investido por eles ao mês na compra de produtos.

Para Fábio Mariano Borges, professor do programa de Mestrado Profissional em Comportamento do Consumidor na ESPM, o novo homem ainda não nasceu, ele está em pro-cesso de amadurecimento. “É claro que já temos uma mu-dança no perfil de compra. Os números nos mostram isso. O consumidor masculino, no entanto, ainda é muito refém do machismo. Tanto que ele vai a uma barbearia que oferece chope e revista de mulher nua. Lá não tem problema passar creme na barba, mas em casa, será que ele passa? Será que ele fala para os amigos?”, destaca Borges.

Para o pesquisador, ainda que o novo masculino não esteja formado ou completamente claro, as empresas têm um mercado amplo e aberto a ser explorado. “A indústria de cosméticos, que é extremamente cara, por exemplo, tem um público imenso a ser explorado. Pelo menos meta-de da população não tem produto específico para ela. Por que não fazer um esmalte só para homem? Um lápis para corrigir a falha da sobrancelha masculina? É claro que para isso também será necessário adequar a publicidade”, afirma. “Agora é a vez das empresas criativas, daquele em-preendedor com ideias capazes de apresentar algo novo a esses consumidores”, sugere.

PROTAGONISMO

Quem não perdeu tempo para entrar neste ramo em fran-co desenvolvimento foi a Vito. Especializada em produtos para barba e cabelo masculino, a empresa paulistana surgiu dentro do maior canal da internet para homens como uma marca própria. “Em 2016, passamos a ter operação indepen-dente, levando conosco o quiosque do shopping Market Place. De lá para cá, foram mais três quiosques abertos, todos em shoppings. Também temos crescido bastante, principalmente em 2017, com presença em barbearias e parceria com reven-dedores por todo Brasil, além do nosso e-commerce próprio.

Este ano, bateremos os R$ 3 milhões de faturamento e es-tamos oferendo um produto novo, o nosso hidratante para tatuagem Vito Tattoo Magic, que serve tanto para pele mas-culina quanto feminina”, comemora Rafael Meier, sócio e res-ponsável pelo canal digital da companhia.

Chegar até esse ponto não foi fácil. Foi preciso muito traba-lho e estudo do comportamento masculino. Rafael conta que a marca surgiu para atender o homem brasileiro, que precisava de produtos de qualidade, mas com preços mais baixos do que os praticados pelas marcas importadas, que dominam o mer-cado. “Os importados, apesar de serem em sua maioria muito bons, estão distantes da realidade do brasileiro, que vive em um clima mais quente e abafado e precisa de algo mais refres-cante e cuidado com a respiração da pele, por exemplo.”

O empreendedor considera que o mercado masculino ain-da está começando, principalmente na comparação com o fe-minino. Para ele, a explicação pode estar no pensamento dos homens de ainda acharem besteira cuidar da aparência. “Eles não imaginam como faz diferença usar um shampoo específico para limpeza da barba ou se barbear com um creme à base de cupuaçu em vez de sabonete líquido comum. É um mercado que precisa receber informação e que enfrenta alguns precon-ceitos e barreiras por causa disso. Muitos homens estão menos abertos a receber esses dados. É preciso dar o tempo certo para cada um descobrir aos poucos esse universo do cuidado pessoal e bem-estar”, destaca.

pArA entender melhor

Principais características do consumidor masculino:

consumo mais racional

são mais objetivos na compra

menos sensíveis aos estímulos de comunicação

33% dos homens tendem a comprar enquanto

pesquisam coisas aleatórias

68% dos homens fizeram pelo menos uma compra na

internet no último mês

Homens demoram cerca de 10 minutos para concluir

uma compra online

Homens geralmente fazem comentários sobre produtos

comprados após utilizá-los. 70% das análises feitas são

por opiniões masculinas

Fonte: Pesauisa de usos, hábitos e costumes do consumidor, da abit

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ass

os Ferramentas de TIFerramentas de TI

Um mUndo de mil possibilidades

N o mundo corporativo, é inegável a presença constante de itens de

tecnologia da informação (ti). desde programas para melhorar

a produção até para auxiliar no gerenciamento de demandas, a ti

não é mais diferencial: hoje é necessidade para empreendimentos

terem bons rendimentos. como as ferramentas disponíveis no

mercado podem ser muito parecidas, a atenção com a escolha dos

fornecedores se torna o diferencial

Planejamento é tudo

Na hora de escolher a ferramenta a ser

adquirida, é de suma importância que se

definam os objetivos técnicos e funcionais

para a sua implementação. Segundo o es-

pecialista em TI e diretor técnico da Oficina

1, Wagner Xavier, mesmo com diversas op-

ções, deve-se atentar além do melhor preço

ou facilidades de venda: “Nada é tão sim-

ples que não mereça um detalhado estudo.

Errar pode retardar o seu crescimento ou

fazer com que retroceda”. Portanto, selecio-

ne com cuidado e tenha um planejamento

de implementação de software.

UM

o céu é o limite

Quando falamos de tecnologia, deve-

se pensar que existem cada vez mais

plataformas disponíveis para oferecer as

melhores soluções para o seu negócio. Então,

não tenha medo de sonhar e não se resigne

com uma opção que talvez não seja a mais

acertada para você. porque, em termos de

TI, existem muitas possibilidades no mercado,

que cabem em todos os bolsos. “Mesmo com

limitações orçamentárias você pode buscar

as melhores tecnologias, empresas e pessoas

que farão com que seu negócio prospere e

lhe traga novas práticas, técnicas

e soluções”, completa.

DO

IS

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Ferramentas de TI

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Ferramentas de TI

muito mais que calculadora

Manter em dia a instância contábil dos

negócios pode ser um desafio para muitos

empreendedores. Desde documentação

trabalhista até questões tributárias e

contabilidade em geral de lucros e prejuízos,

a TI oferece muitas soluções para ajudar

a empresa nesse sentido. Segundo Xavier,

entre a gama de serviços possibilitados

por softwares de gestão contábil constam

recursos de auditoria e cruzamento de

informações. Eles contemplam ainda uma

nuvem segura para guardar documentos

fiscais, guias, impostos e contratos, além de

mecanismos de workflow nos quais se dá a

total integração online entre o contador

com a empresa.

rePaginamento da emPresa

Com a implementação de ferramentas tecno-

lógicas, a ideia é que o seu empreendimento

atualize processos e parta para uma nova fase.

A inovação, de acordo com o especialista, virá

naturalmente, uma vez que a implantação da

plataforma visa à melhoria do ambiente de

trabalho através do fomento da produtividade:

“Então, aproveite o momento para rever seus

processos, incrementar conhecimento e criar

seus diferenciais”. Essa inovação também pode

incluir flexibilidade – tanto de procedimentos

quanto com fornecedores –, uma vez que, em

um contexto em que as tecnologias e as de-

mandas mudam constantemente, são funda-

mentais as parcerias que não limitam restrições

técnicas e oferecem arquiteturas mais abertas.

CIN

CO

TR

ÊS

a legislação ao seu alcance

As soluções em Tecnologia da Informação

também incluem plataformas online do próprio

governo, disponibilizados na internet por meio

de websites. Entre eles estão as integrações

virtuais com a Sefaz, Ministério do Trabalho,

sites de expedições de Certidão Negativa

de Débitos (CND) e o portal Centro Virtual de

Atendimento ao Contribuinte (eCac). A ideia

central é sempre facilitar a vida do empresário

que precisa de informações sobre questões

legais do seu negócio. “A tecnologia da

informação facilita o acesso do empreendedor

ao garantir que o fisco dê informações oficiais,

o que pode evitar multas por quaisquer que

sejam os motivos”, completa.

segurança e Preservação

Você já pensou em como opções de

TI podem auxiliar a segurança na sua

empresa? Ferramentas virtuais não

apenas eliminam a desorganização com

papéis desnecessários, como ajudam na

preservação no meio ambiente. Xavier

ressalta que a adoção desse tipo de

software também possibilita a economia

em toda a cadeia de processos que

contam com circulação de material

impresso, abrindo assim espaço físico e

até melhorando setores como expedição

e logística, diminuindo gastos com papel,

tonner e impressoras.

SE

ISQ

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TR

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Ferramentas de TI10 passos

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Feita Para durar

É fundamental, ao estudar a implantação

de ferramentas de TI em empresas,

considerar a sua continuidade. Segundo

afirma o especialista da Oficina 1, é

importante ter o foco necessário para

manter o trabalho sustentável: “Para

garantir a persistência da ferramenta,

reúna as pessoas competentes na área e

busque a sustentabilidade do seu projeto”.

Para tal, é preciso manter em mente o

trabalho conjunto entre o tripé fornecedor,

solução e equipe interna, fazendo a

diferença para a ideia ter êxito.

caPacitação constante

Depois de instalada uma nova plataforma na

empresa, é fundamental que todos que nela

trabalham tenham pelo menos algum tipo de

conhecimento sobre a plataforma que irão

utilizar. Oferecer capacitação no manejo dos

softwares é dar poder aos funcionários, que

se sentem parte das decisões que colocarão

a empresa no topo do mercado. “Não hesite

em treinar as pessoas da sua equipe, estude

profundamente as informações de seu negócio

e detalhes das ferramentas técnicas que estão

à sua disposição”, comenta Xavier.

NO

VE

SE

TE

o trabalho ainda é o centro das atenções

Xavier destaca que soluções tecnológicas

deixaram, há muito tempo, de ser o futuro.

São a realidade dos empreendimentos

atualmente – trazendo perspectivas de

inovação e modernidade para o mercado.

Entretanto, elas não serão decisivas para o

sucesso se a própria empresa não arregaçar as

mangas e não trabalhar arduamente. “Muitos

projetos naufragam porque as empresas

adquirem soluções técnicas e esperam que

elas revolucionem o seu negócio”, revela o

especialista. Segundo ele, é necessária uma

revisão de processos, estudos de capacitação

e organização de atividades, a fim de

colher os resultados.

Para deixar tudo bem guardado

As ferramentas de tecnologia da informação

estão cada vez mais completas, tanto

disponibilizando serviços únicos como

guardando dados importantes dos

empreendimentos. Então, tenha cuidado na

hora de escolher os softwares, principalmente

no que tange à segurança. Segundo Xavier,

é imprescindível exigir esse fator dos seus

fornecedores: “No cenário técnico de alto

risco, grande volume de armazenamento

de dados e em que a informação vale ouro,

opte por soluções técnicas que garantam a

integridade e a qualidade das informações

de seus sistemas”.

DE

ZO

ITO

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Metas

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Ter em menTe quais são os principais objeTivos a

seguir é essencial para conquisTar o que se quer.

não basTa desejar, é necessário Traçar esTraTégias

consisTenTes para a concreTização das meTas.

Tenha como grandes aliados o planejamenTo,

o foco e a perseverança. com esses iTens,

perseguir o que foi esTabelecido fica mais simples

Se você traçar metas absurdamente altas e falhar, seu fracasso será muito melhor que o sucesso de todos.“

James Cameron cineasta americano ”“Quando os parâmetros para medir desempenho estão alinhados com as metas em-presariais, melhores decisões são obtidas. (...) Mas nem todas as empresas atingem esse nível de clareza. ‘É sur-preendente como inúmeras empresas recompensam ações

de empregados que, na realidade, prejudicam suas organizações e punem aqueles que ajudam’, diz Tom King, tesoureiro da Progressive Casualty Insu-rance Company. Por exemplo, se sua empresa quer atrair mais contas médias e menos contas grandes, não continue a recompensar o grupo de vendas com base nos números totais de vendas; inclua um componente que recompense os vendedores por trazerem contas que denotem uma combinação ótima com a estratégia.”

Peter JaCobs, no livro Tomando as melhores decisões

“‘Não podemos pensar,

sentir, desejar ou agir sem

a percepção de algum

tipo de objetivo’, disse o

psicólogo austríaco Alfred

Adler, acrescentando que,

sem ele, ‘toda a atividade

permaneceria no estágio de um descontrolado

tatear’. Todas as realizações humanas

nasceram de uma meta, um local de destino

para o qual convergem nossos pensamentos,

crenças e aspirações. Estabelecer e atingir

metas é o que transforma o que é abstrato

no que é tangível, o que é vontade no que é

possível e o que é sonho no que é real.”

Flora ViCtoria, coach e

presidente da SBCoaching

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Nadine Gasman

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em defesa das mulheres

Qual é a mudança Que a Onu prOpõe para a agenda 2030

em relaçãO às mulheres? A Agenda 2030 de Desenvolvi-mento Sustentável é um plano de ação baseado em 17 ob-jetivos globais, que propõem mudanças profundas como a eliminação das desigualdades, o compartilhamento de riquezas, a inter-relação entre desenvolvimento humano e crescimento econômico inclusivo e sustentável e a res-ponsabilização de pessoas e setores com essas mudanças. Os direitos das mulheres são articulados em 12 objetivos globais, entre eles o Objetivo 5: “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”. Para apoiar esses compromissos, a ONU Mulheres promove

a iniciativa global Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero, voltada para governos, empresas, sociedade civil e mídia, para incidir na Agenda 2030. É um grande advocacy global que mira nas decisões que precisam ser tomadas com urgência e na mobiliza-ção pública que altere o curso político que tem ampliado a falta de oportunidades e inclusão efetiva de mulheres e meninas no mundo.

O Que O setOr privadO pOde fazer para prOmOver es-

sas mudanças? A primeira questão é o reconhecimento de que mulheres estão à margem das decisões, da divisão de

adine Gasman é médica e possui nacionalidades mexicana e francesa. é mestre

em saúde pública por Harvard e doutora em Gerenciamento e políticas da

saúde pela universidade JoHns Hopkins, ambas nos estados unidos. a atual

representante da onu mulHeres brasil foi diretora do ipas méxico, uma onG

internacional dedicada aos direitos sexuais e reprodutivos. na entrevista a

seGuir, ela afirma que a reprodução deveria ser uma preocupação de toda

a sociedade, e não apenas das mulHeres, e destaca o que empresas estão

fazendo no brasil para diminuir as desiGualdades de Gênero

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Por laura schenkel

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riquezas e de que suas vidas estão vulneráveis em razão de seu gênero, raça, etnia, geração, sexualidade, território e acessibi-lidade, no mundo e nos lugares onde vivem, e que tudo isso precisa mudar. O setor privado é um dos novos agentes prio-rizados na agenda de trabalho no mundo e no Brasil. No país, cerca de 150 empresas já assinaram os Princípios de Empode-ramento das Mulheres, com vistas à transformação da cultura organizacional, influência no setor e na cadeia produtiva. No mundo, a ONU Mulheres vem mobilizando empresas em tor-no do conselho assessor de grandes empresas para doações de recursos para o mandato da instituição e como um dos públicos-alvo da mobilização ElesPorElas (HeforShe) por meio de CEOs campeões em igualdade de gênero. Recentemente, houve o engajamento de grupos de comunicação para o Pacto de Mídia Planeta 5050, que visa ao aumento de mulheres nos postos de decisão nas empresas de mídia e no aprimoramento da cobertura editorial e de entretenimento, e a composição da Aliança Sem Estereótipo para a eliminação de rótulos sexistas na publicidade, envolvendo agências e anunciantes.

Que exemplOs pOsitivOs a senhOra destaca nas empresas

cOm OperaçãO nO Brasil? Na Itaipu, a Política de Equidade de Gênero faz parte do mapa estratégico da empresa. Tam-bém é considerada no relacionamento institucional com ou-tros órgãos. Grupo Boticário, Heads, Maurício de Sousa Pro-dução e Unilever têm promovido a sensibilização de equipes de Marketing e de Criação. Os institutos Avon, Coca-Cola e Renner têm cooperação conosco para empoderar mulheres beneficiadas por seus programas. A Unilever implementou licença parental no país e o Twitter, licença-paternidade de 20 semanas. Eletronorte e PWC têm a política de que todas as vagas da empresa, de qualquer nível, precisam ter candi-datas mulheres.

cOmO medidas relativas a licenças-maternidade e pater-

nidade cOntriBuem para mudar esse cenáriO? O comparti-lhamento das tarefas de produção e reprodução deve envolver ambos os sexos. Além disso, as empresas podem colaborar com horários flexíveis para mães e pais como forma de correspon-sabilidade dos cuidados familiares e domésticos, tais como idas a consultas médicas ou atividades escolares. Ainda recaem so-bre as mulheres os cuidados com filhas e filhos, pessoas idosas e enfermas, além de toda a administração da vida doméstica.

Quais sãO Os dadOs mais relevantes em relaçãO à desi-

gualdade de gênerO nO mercadO de traBalhO? No Bra-sil, as mulheres têm mais anos de estudo do que os homens, mas ainda recebem 30% a menos, em média. A situação se apresenta de maneira mais cruel quando incluída a dimen-são de raças. Em 2010, o Perfil Racial, Social e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil, traçado pelo Instituto Ethos, revelou que a presença de negros e negras está concentrada na posição operacional (31%), reduzindo-se na medida em que os postos e os salários se tornam mais valorosos: 13% na gerência e 5% nas diretorias. Para as mulheres negras, a situação é mais perversa: apenas 0,5% nas posições executi-vas. Isso é um escândalo.

as agências das nações unidas nO Brasil manifestaram

preOcupaçãO cOm a eventual aprOvaçãO da prOpOsta

de emenda cOnstituciOnal (pec) 181/15, Que, segundO as

instituições, acarretará maiOr riscO para a saúde das me-

ninas. Quais seriam as cOnseQuências dessa prOpOsta, se

fOsse aprOvada pelO cOngressO? Em sua atual redação, a PEC 181/15 coloca as mulheres e meninas em uma situação que comprometeria o exercício de seus direitos humanos e que limitaria a capacidade do Estado como garantidor deles, no cumprimento de suas obrigações em matéria de direitos reprodutivos. Estes estão baseados no reconhecimento do direito básico de todos os casais e indivíduos de decidir de forma livre e responsável sobre o número de filhos e filhas, o espaçamento entre os nascimentos e de contar com in-

Nadine Gasman

“No Brasil, as mulheres têm mais anos de estudo do que os homens, mas ainda recebem 30% a menos, em média. A situação se apresenta de

maneira mais cruel quando incluída a dimensão de raças.”

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formação e meios para isso, bem como o direito de contar com o mais alto nível de saúde sexual e reprodutiva. A le-gislação brasileira atual permite a interrupção voluntária da gravidez em três casos: risco de vida da mulher, estupro e anencefalia. Nos três, a medida permite a ela tomar uma decisão de extrema importância, sem nenhuma imposição. Assim, a PEC 181/15 retira a possibilidade de tomar decisões diante de fatos que implicam grave violação de seus direitos mais fundamentais, ficando o Estado com a decisão exclu-siva sobre a vida e o bem-estar das mulheres, penalizando duplamente vítimas de violência sexual ou que estejam em situação de risco ou vulnerabilidade.

a senhOra afirma Que a reprOduçãO nãO deveria ser

apenas um tema das mulheres, e sim, uma preOcupaçãO

de tOda a sOciedade? pOr Queê? Tomar consciência so-bre a própria condição e fortalecer a sua identidade têm sido o caminho empoderador de cada mulher e também de cada homem. Isso possibilita transformações reais e com a profundidade necessária para alterar esse sistema perverso de desigualdades. Neste sistema, eles são dota-dos de privilégios e, por isso, precisarão abrir mão dessas vantagens ao passo em que mulheres e meninas têm de se apropriar de seus direitos. São transformações de caráter íntimo e institucional, com incidência na política, na eco-nomia, na sociedade e na cultura.

“Cada vez mais a violência contra as mulheres

passa a ser discutida pela sociedade, que tem exigido posicionamentos

e respostas que antes nem estavam na pauta das preocupações sociais.”

segundO O mapa da viOlência, 13 mulheres sãO mOrtas pOr

dia nO Brasil. nO universO dOmésticO OcOrrem 55,3% dOs

assassinatOs, 50,3% cOmetidOs pOr familiares, 33,2% dOs

algOzes sãO O maridO, namOradO Ou ex. as denúncias ain-

da sãO raras, mesmO cOm leis cOmO a maria da penha e a

dO feminicídiO. cOmO mudar este cenáriO? A questão é pro-funda e se explica pelo patriarcado. A visibilidade da violência de gênero, dados e índices elevados atordoam, mas represen-tam a situação dramática que exige respostas efetivas para a eliminação da violência de gênero. Sem dúvida estamos mais próximas do que nunca estivemos das possibilidades de mu-dança, pois cada vez mais a violência contra as mulheres passa a ser discutida pela sociedade, que tem exigido posicionamen-tos e respostas que antes nem estavam na pauta das preocu-pações sociais. Era uma questão considerada menor, privada e que, geralmente, ficava restrita à própria vítima. Apoiamos os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, tra-zendo ao Brasil o debate sobre investimento, continuidade e aperfeiçoamento de políticas e serviços essenciais a mulheres em situação de violência em apoio à implementação da Lei Maria da Penha. Contudo, mobilização e consciência precisam ser diárias. Convidamos as entidades filiadas à Fecomércio-RS para se somarem às mobilizações mensais da ONU Mulheres, no dia 25 de cada mês, o #DiaLaranja, para fazer ações em conjunto contra a violência de gênero.

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sindicato

Em busca dE sustEntabilidadE

em 18 de julho de 1949 surgia o Sindilojas NH. “Duas décadas depois da emancipação de São Leopoldo, o polo comercial criado na cidade via a economia caminhar a passos largos. A indústria tam-bém fez desenvolver o setor e a representação passou a ser uma necessidade latente”, resgata o presidente, Remi Scheffler. Em 68 anos de atuação, a entidade buscou sem-pre atender às demandas de seus associados e de seus re-presentados. Um fato marcante, segundo o dirigente, foi a aquisição de área própria na rua Canela, bairro Ouro Branco – onde atualmente está o Centro de Eventos da

Em prol da dEfEsa dE intErEssEs dos lojistas dE novo Hamburgo,

indilojas nH representa Há

68 anos lojistas do Vale

do sinos e arredores,

com produtos e serViços

Voltados aos associados

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Oficina de Negócios com Milton Killing ocorreu no Centro de Eventos da entidade, em 2017

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entidade. “Depois, adquirimos a sede administrativa na rua Lima e Silva, no coração de Novo Hamburgo. Ela foi modernizada no ano passado. Agora estamos trabalhando na reforma do Centro de Eventos”, completa. A passagem dos 65 anos do sindicato contou com uma programação especial em 2014. Na oportunidade, foram homenageados com um troféu comemorativo os cinco associados mais antigos. “Tudo o que foi feito até agora é para atender a nossa base associada, que possui 400 empresas, a maioria de calçados e também de confecções.”

Além da capital nacional do calçado, fazem parte da entidade Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz, que concentram cerca de 3.800 estabelecimentos varejis-tas. “Por isto, são grandes as ofertas de produtos e servi-ços.” Uma das novidades, conforme Scheffler, é o Cartão do Associado, que possibilita ao usuário usufruir dos be-nefícios de uma rede credenciada com descontos de até 50%. Ele é gratuito para os integrantes do quadro social de empresas associadas, extensivo a dependentes e co-laboradores, mediante o pagamento de um taxa simbóli-ca. Além disso, há uma série de eventos ao longo do ano, como as reuniões-almoço da Oficina de Negócios e o Café.Com, cujo foco é a formação e a qualificação dos empresá-rios. Também são oferecidos cursos, palestras e assesso-ria jurídica, entre outras vantagens.

Lutas e conquistas

O presidente ressalta que todas as ações do Sindilojas NH são voltadas para auxiliar o segmento. “Em Novo Ham-burgo, por exemplo, lutamos pelo livre horário do comér-cio e a nossa mobilização teve resultado com aprovação de lei municipal”, comemora. Há ainda ações permanentes de combate ao comércio ilegal e uma agenda com vereadores e deputados estaduais e federais eleitos na região, para que projetos e propostas de interesse do segmento sejam avalia-das dentro dos interesses da entidade.

São realizadas ainda ações sociais que vão ao encontro dos menos favorecidos da região, como uma paella campei-ra para 100 pessoas, cujo lucro é revertido ao Lar São Vi-cente de Paula, de Novo Hamburgo. Outras iniciativas são as campanhas de recolhimento de leite para a Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (Abefi) e a arre-

cadação anual de brinquedos para creches do Vale do Sinos e arredores, em função do Dia das Crianças.

Em meio às adversidades econômicas, o dirigente frisa que o setor vem sendo afetado pela desaceleração do mercado. “A crise fechou lojas, aumentou o desemprego e reduziu as ven-das. O comércio vendendo menos também afeta nosso quadro associativo, por exemplo, já que muitas lojas, para se mante-rem abertas, precisam cortar gastos”, avalia o presidente, que se mostra otimista no sentido de que isto tudo vai passar.

O setor tem enfrentado nos últimos anos a concorrência chinesa. “Ela atingiu em cheio o segmento, que já vinha ten-do dificuldades aqui no Estado com a guerra fiscal e levou muitas indústrias para o Nordeste”, resgata. Mesmo com poucas grandes empresas produtoras de calçados na região, ele ressalta que os negócios locais têm se destacado. “Ainda temos inteligência no setor. Isso faz com que sempre, ao se falar em Vale do Sinos, se lembre de sapato e ao citar o pro-duto se remeta ao nosso Estado.”

No quarto ano de sua gestão, que se encerra em 2017, Scheffler afirma que a principal meta é a sustentabilidade. “Temos um setor forte, que precisa da nossa representação. Trabalhamos na criação de novos produtos e serviços, sem-pre com o foco na defesa do nosso segmento e, por consequ-ência, da economia de nossa região.”

Presidente Remi Scheffler está no seu

quarto ano à frente da entidade

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equipes

Não é somente um dito popular, mas uma realidade para muitas famílias atualmente no Brasil. Segundo o Banco Central (BC), o endividamento familiar com o sistema financeiro chegou a 41,6% em outubro. As dívidas podem com-prometer não apenas a saúde financeira de casa, mas também a produtividade no ambiente de trabalho. Situação que não raro impacta nos resultados da empresa, que, em teoria, não tem relação com a vida financeira dos seus colaboradores.

“Em teoria porque a empresa é a extensão da vida do co-laborador. São pessoas trabalhando, e se algo as incomoda, o rendimento certamente será afetado”, destaca Reinaldo Domingues, escritor e presidente da DSOP Educação Finan-ceira. Sem contar que pessoas com débitos sofrem mais de depressão e ansiedade, conforme indica pesquisa do Institu-to de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), refle-tindo-se no aumento de faltas no trabalho. “Um funcionário endividado vai render menos, vai ficar mais doente, vai fal-tar mais ao trabalho, pedirá adiantamento, tentará vender parte das férias, pedirá crédito consignado e até pode ten-

Você já ouViu aquela expressão “sobra mês no fim do salário”?

desordem financeira em

casa afeta o desempenho

dos colaboradores e pode

até comprometer

a produtividade das

empresas, mas é possível

ajudar os funcionários sem

precisar negociar férias ou

adiantar salário

aAdeus às dívidAs

©istock.com/Hatman12

texto micheli aguiar

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tar negociar uma demissão. São tantos os reflexos negativos que a empresa só tem a perder”, afirma.

É possível, no entanto, que as empresas não fiquem iner-tes a essas situações, mas que tenham papel de protagonistas na reorganização financeira dos funcionários. Domingues defende a criação de programas de educação financeira pe-los departamentos de Recursos Humanos (RH), momentos em que o colaborador possa entender que ele precisa mu-dar de hábitos para ter resultados positivos nas finanças. “O programa de educação financeira deve se adequar aos diferentes perfis dos funcionários. Deve ser feita uma aná-lise de toda a estrutura oferecida, como tempo, método, material de apoio e disponibilidade dos funcionários. Para o profissional e a empresa, os benefícios são inúmeros: maior produtividade, equilíbrio e motivação profissional, qualida-de de vida, redução do estresse, contribuição positiva para o clima organizacional, melhor administração do salário e até alívio da pressão financeira sobre o RH”, explica.

COLHENDO FRUTOS

Há pouco mais de um ano, a empresa Digix ofereceu a um grupo de funcionários da sede, em Campo Grande (MS), um curso de educação financeira, após perceber que haviam au-mentado os pedidos de adiantamento salarial. “Foi algo que o RH diagnosticou após uma de nossas analistas ter participado de um workshop sobre educação financeira. Nós percebemos que havia funcionários que pediam com muita frequência para ter o salário pago antes da data. Pessoas que viviam preocupadas e muitas com rendimento abaixo do esperado”, afirma Mirian Gomes Moura, analista de RH na Digix.

Para ajudar no treinamento, a DSOP foi contratada para dar o treinamento aos colaboradores. Funcionários do RH também receberam capacitação para serem replicadores do conhecimento e repassá-lo a todas as filiais da empresa, que tem 800 profissionais espalhados pelo Brasil. Além disso, aque-les que mais pediam adiantamento salarial também puderam participar de sessões de terapia financeira. “Foram encontros muito produtivos. Eu sou um caso específico. Estava na lista do adiantamento salarial. Aprendemos a ter metas e a ter educa-ção financeira. Tudo que estudamos é dividido em casa. Não adianta eu estar equilibrada, se meu marido e filhos não esti-verem. Este ano até pude fazer uma viagem internacional, algo

que não seria possível se eu seguisse no outro ritmo”, afirma Mirian Gomes Moura, analista de RH na Digix.

CONTROLE FiNaNCEiRO paRa MEiS

Com a crise financeira, tem aumentado o número de micro-empreendedores individuais (MEIs) no país. Segundo o Sebrae, em 2015, eram 5,6 milhões de MEIs e, em maio deste ano, 6,8 milhões. Muitos desses negócios surgiram após uma demissão, e boa parte dos empreendedores não está pronta para gerir as finanças da empresa. Para se ter uma ideia, de acordo com o estudo Sobrevivência das Empresas no Brasil, 25% dos empreen-dedores que fecharam seus negócios dentro de dois anos apon-tam os problemas financeiros para o fim da atividade. “Muitos desses empresários não sabem que existe consultoria para au-xiliá-lo, não têm dinheiro para contratar um ou acham que não precisam, afetando assim o negócio em que eles mesmos são os patrões e fazem a vez dos funcionários”, salienta Thomas Bar-celos, especialista em finanças de pequenas empresas.

Sócio com mais dois amigos na FDX Finanças Empre-sariais, ele trabalha no desenvolvimento de um software que poderá ajudar os MEIs e as micro e pequenas empresas no con-trole financeiro. “Somos uma startup, mas muito bem funda-mentada na gestão financeira. A primeira etapa da nossa cons-trução foi garantir que nós mesmos tínhamos nossas finanças em ordem. Porque, assim como queremos auxiliar empresas do porte da nossa, também precisamos garantir que nós esta-mos alinhados. É preciso ter foco e objetivo”, afirma.

MedidAs

O que sua empresa pode fazer pelos funcionários:

ofereça workshops

use datas especiais para falar sobre gestão financeira

ofereça modelos de planilhas para controle financeiro

promova encontros em que possa falar sobre reestrutura-

ção de orçamento

esteja atento aos funcionários que pedem adiantamento

salarial com frequência

promova ferramentas que ajudem o funcionário a cuidar

do próprio dinheiro

fonte: fdx finanças empresariais

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omo as companhias estão lidando com o crescimento

vertiginoso de volume de dados e com a sua organização?

a implementação de sistemas de busca corporativa é uma

solução, que deve vir acompanhada de boas práticas

Cé uma preocupação constante entre empresá-

rios. Você tem ideia de quantos documentos foram gerados no seu negócio em 2017? E quantas horas foram usadas para localizar arquivos e dados relevantes?

Três grandes institutos e consultorias internacionais, IDC, Delphi Group e Gartner, pesquisaram o tempo de tra-balho utilizado por funcionários que lidam com informa-ção, adotando diferentes metodologias. Chegaram ao mes-mo resultado: 25% do tempo de trabalho dessas pessoas está ligado a buscas. “Isso se refere a consultar uma in-formação para criar um documento, aproveitar um arqui-vo anterior para criação de um novo, recuperar contatos e organizar documentos para futuros usos, entre outros”, afirma Eduardo Guimarães, diretor da E-Storage Online. A busca corporativa pode ser usada como funcionalidade para uma aplicação específica, em uma intranet, por exemplo, ou como plataforma para unificar diferentes bases de dados in-

Tema de best-sellers, palesTras e workshops, a produTividade

Ferram

enta

um rumo no mar de informações

texto laura schenkel

imagem de abertura ©istock.com/peshkova

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ternos de uma organização (como CRM, compartilhamento de arquivos, intranet, sistemas internos e website).

O assunto ganhou força em torno de 2006, quando se falou muito em Gestão do Conhecimento, mas tem volta-do à pauta recentemente devido à dispersão dos dados em ambientes de nuvem e a onda da transformação digital e big data. Muitas vezes, a estrutura e o design de intranets corporativas são muito antiquados e não acompanham a evolução de usabilidade verificada na internet. “Por exem-plo, um novo colaborador do setor de RH sabe que tem que colocar o documento X na pasta Y porque é assim que foi ensinado, mesmo que este diretório não seja o mais intui-tivo para alguém que não conhece a área encontrá-lo, caso precise. Neste caso, a pessoa que não é de Recursos Huma-nos vai naturalmente procurar o documento pela busca”, exemplifica André Boger, diretor executivo da Conectt, que atua há 21 anos no mercado e possui dois escritórios

no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Santa Cruz do Sul) e um em São Paulo.

O uso básico que as companhias fazem da ferramenta é para encontrar dados em arquivos não estruturados, como de Word, Excel ou PDFs de seus departamentos. “Mas o que as organizações precisam de verdade é encontrar qua-se tudo. Alguns itens que elas deveriam entregar por um mecanismo de busca são ramais, contatos de experts de um determinado assunto, contratos de seus clientes, base de conhecimento de resolução de problemas (incluindo chats e documentos compartilhados como wikis internas), formu-lário de reembolso de despesas, vagas internas e conteúdo de integração para quem está entrando na empresa”, pon-tua Boger. Em suma, a solução deve funcionar como um fa-cilitador do trabalho das equipes. “É comum o argumento por parte de funcionários de que funcionalidades, muitas vezes aplicadas por decisão da diretoria, mais atrapalham

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do que ajudam. A sua adoção é um aspecto que deve estar no escopo de qualquer nova implementação. Essa tecnolo-gia está aí para ajudar na produtividade do colaborador, be-neficiando o próprio usuário e também a empresa como um todo”, complementa.

Uma das finalidades desse mecanismo é a base de conhe-cimento de uma corporação, seja em um departamento de engenharia, produtos, marketing ou comercial. “Muitas em-presas globais e de grande porte gastam seu tempo refazendo a mesma coisa por não saberem que já existe um documento, uma planilha ou um desenho com as informações de que pre-cisam, pelo simples fato de não encontrá-las ou não saber que existem”, pontua Toshiyuki Sakata, diretor da Just Digital. “Essas companhias possuem dados em diversas fontes, por exemplo, banco de dados, servidores de arquivo, intranet, e-mails, ERP, CRM e sistemas diversos. Com uma solução de busca corporativa, você não precisa entrar sistema por sis-tema para achar o que necessita. O retorno da sua pesquisa exibirá uma lista de documentos mais relevantes com as pa-lavras que você digitou e mostrará em qual das fontes está a informação.” É similar à forma com que se faz uma averi-

guação no Google.com, mas o colaborador estará consultando somente dados internos da organização.

além da tecnologia

As soluções tecnológicas, claro, não funcionam por si só. Elas dependem de dois fatores muito importantes: pes-soas e processos. “Um projeto de portal corporativo, por exemplo, deve ser elaborado com foco nisso. A boa prática é fazer um planejamento de como sua empresa pode ofe-recer a melhor Employee Experience (EX) digital, isto é, como a tecnologia encurta caminhos e gera produtividade para seus colaboradores. A busca é uma dessas ferramen-tas”, sugere Boger.

Outro viés é repensar como a companhia se comunica. “Algo muito forte e que sempre deixamos claro ao cliente que vem procurar a Conectt em busca de um novo portal corporativo ou intranet é enfatizar que o projeto de um novo site é um plano de comunicação”, observa o diretor. Um estudo recente da Bain & Company apontou que 80% das companhias acreditam entregar uma ótima experiên-cia de cliente, enquanto apenas 8% dos consumidores afir-mam ter esse nível de satisfação. “Esses dados são suficien-tes para repensar o posicionamento de comunicação. Isto se aplica ao caso de uma intranet, já que acreditamos que a impressão do colaborador sobre a forma como a empre-sa se comunica com ele impactará fortemente na maneira como ele vai se integrar e se comportar durante sua jorna-da profissional nesta organização e, especialmente, se irá usar os recursos oferecidos pela intranet”, argumenta.

De acordo com Sakata, na implantação de uma solução de busca é preciso ter o cuidado de entender quem são os usuários e como eles irão utilizá-la. “O processo de indexa-ção das fontes de conteúdo precisa ser bem analisado, o que será indexado, para quem e com qual periodicidade. O resul-tado de uma pesquisa precisa ser de acordo com o perfil de quem vai utilizá-la, isto é, um colaborador do departamento de engenharia não pode encontrar informações do financei-ro”, exemplifica.

Em outras palavras, é preciso se cercar de boas práticas para garantir o pleno funcionamento do recurso. A compre-ensão também passa por ter consciência de que cada um tem sua forma preferida de se comunicar, compartilhar ideias

no mar de informações

Confira algumas projeções que demonstram a im-portância da busca corporativa:

25% do tempo de trabalho de quem lida com

informação está ligado a pesquisas, seja consultando

dados para criar um documento, aproveitando um

arquivo anterior para criação de um novo, recuperando

contatos ou organizando documentos para futuros usos,

entre outros.

o volume de dados cresce 61% ao ano nas organizações.

até 2019, 50% das consultas analíticas serão geradas

usando busca, processamento de linguagem natural, voz

ou serão autogeradas.

atualmente o mundo gera 16,3 zettabytes ao ano.

em 2025, o mundo estará gerando cerca de 163

zettabytes de dados ao ano.

para se ter uma ideia, 1 zettabyte equivale a

1 trilhão de gigabytes.

Fontes: Forrester research, idC, delphi Group e instituto Gartner

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e trocar conhecimento, tendo preferências individuais de como interagir, como organizar pensamentos e ferramentas que aprecia para ser mais produtivo. “Consequentemente, nós, que trabalhamos com busca, temos que nos antecipar a essas pessoas e integrar as suas ferramentas preferidas sem alterar sua rotina de criar, armazenar e compartilhar infor-mações. Com isso tudo, ainda é um conteúdo corporativo e precisa ter uma segurança integrada. Hoje, esse é o grande desafio”, destaca Guimarães.

diferentes usos

Se, por um lado, o mecanismo pode ser usado inter-namente nas empresas, ele também pode ser um aliado para melhorar a experiência online de shoppers. A E-Sto-rage foi procurada em 2010 para elaborar uma solução para o site Panvel.com. “Nossa necessidade era melho-rar a eficiência da nossa busca. Temos um volume muito grande de itens, e permitir que nossos clientes encon-trem estes itens com rapidez e de forma intuitiva era a nossa necessidade na época. Nós tínhamos uma solução própria, mas que já não atendia mais às demandas da nossa clientela”, conta Eurico Antunes, líder de Inovação e Desenvolvimento de E-Commerce da Panvel. A empresa com foco em busca corporativa e web analisys avaliou o cenário à época e recomendou como solução o Google Se-

arch Appliance (GSA). “Como consequência, passamos a entregar resultados mais relevantes mais rapidamente a quem comprava pela internet. Isso promove uma expe-riência melhor para as pessoas que navegam em nosso e-commerce, o que contribui para a evolução do negócio”, conta. Posteriormente, a solução foi estendida à distri-buidora de medicamentos Dimed.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul também re-correu à E-Storage. “O objetivo inicial foi reduzir custos e unificar todas as consultas do website www.tjrs.jus.br, principalmente a consulta à jurisprudência, qualificando e melhorando o desempenho das pesquisas em relação a

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Existe uma forte tendência de que estas ferramentas se tornem cada vez mais populares, inteligentes e

modernas para auxílio nas grandes instituições, usando

busca por voz, como os assistentes Siri do iPhone

e outras tecnologias de machine learning.

andré Boger

diretor executivo da Conectt

Solução da e-Storage foi utilizada em

site da Panvel

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Um grande mito é pensar que os dados da organiza-ção serão copiados para dentro da solução de busca. “Isso não é verdade. O que acontece é a criação de um índice apontando o caminho da fonte de informação. Qualquer sistema pode ser indexado, porém para aqueles que são proprietários ou que não são de mercado existe a neces-sidade de se criar o que chamamos de conectores para poder ‘ler’ as informações do sistema, e quando há essa necessidade, é a parte mais complexa de um projeto”, de-talha Toshiyuki Sakata, diretor comercial da Just Digital.

uso por pequenas companhias

Sakata e Guimarães consideram que a adoção e im-plementação do recurso por organizações menores é um assunto delicado. “Atualmente as soluções disponíveis demandam um investimento alto de licenciamento, inte-gração de bases de dados e infraestrutura. Isso limita um pouco o mercado. Existem alternativas open source, mas igualmente demandam investimento em capacitação, consultoria, integração, suporte e infraestrutura. Talvez fazendo um estudo adequado seja possível chegar num equilíbrio entre melhora da produtividade e orçamento”, afirma Guimarães.

banco de dados que, além de consumir muito recurso or-çamentário em licenciamento, também era um processo lento, consumindo muito tempo dos operadores do direi-to”, aponta Guimarães. Atualmente, além da pesquisa no site, o TJ-RS usa sua ferramenta de busca para atender o ambiente mobile m.tjrs.jus.br e consultas internas de sen-tenças de 1º grau.

Em 2002, o Google anunciou o GSA como uma ferra-menta para uso corporativo para auxiliar na busca de milhares de arquivos de uma corporação garantindo a segurança. Celebrado por ser potencializado pelo gigante das busca na internet, o mecanismo, porém, foi desconti-nuada por conta da evolução que ocorreu naturalmente em outras áreas, especialmente por inovações trazidas por machine learning (aprendizado das máquinas) entre outras, como Natural Processing Language. “As soluções líderes atuais, segundo o Instituto Gartner, são da cana-dense Coveo, da norte-americana Microsoft e da francesa Sinequa”, afirma André Boger, diretor da Conectt, que trabalha com a linha da Microsoft. Guimarães, no entan-to, aponta que as ferramentas mais utilizadas são as de código aberto. “Destaco Solr e Elasticsearch, ambas ba-seadas no Lucene, um motor de busca da Apache Founda-tion. Mesmo no tempo do GSA, as opções open source eram mais utilizadas”, ressalta. A Elasticsearch é uma platafor-ma criada pela norte-americana Elastic e trazida para o Brasil pela equipe da E-Storage Online.

erros e mitos

As pessoas estão acostumadas com o Google na inter-net, mas poucas pensam nessa lógica dentro da empresa. Um erro comum, aponta André Boger, é não divulgar que a busca corporativa existe e que deve ser usada. Na visão de Guimarães, é fundamental para uma busca eficaz o co-nhecimento da base de dados e do conteúdo. “Isso precisa ser pensado desde a sua criação. Muitas pessoas querem recuperar um documento sem mesmo ter um título”, afir-ma. Por isso, na hora de intitular um arquivo, é preciso pensar em um nome que vai ajudar a sua localização pos-terior. “Como saber se IMG_3219.jpg ou IMG_0686.mov é referente a uma obra ou um treinamento para cliente?”, questiona o diretor da E-Storage.

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buscas por voz e outras tecnologias de

machine learning serão usadas cada vez mais

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Uma ferramenta de busca corporativa é importante para a

velocidade nos negócios. Quanto mais eficiente

você for para encontrar uma informação relevante para seus negócios, mais

vantagem você terá.”

toshiyuki sakata

diretor comercial da Just digital

André Boger tem uma visão mais positiva quanto à possibilidade de adoção por empresas pequenas. Segun-do o diretor da Conectt, os pequenos negócios se benefi-ciam inicialmente pelo custo, pois na nuvem esses servi-ços já estão inclusos por alguns fabricantes (antigamente era necessário comprar, instalar e configurar software e hardware). “Além disso, gravando o conteúdo nesses lo-cais eles automaticamente estão disponíveis para busca. Um escritório de advocacia, por exemplo, pode pesquisar argumentos em processos antigos com o uso de palavras-chave. Este processo aumenta a produtividade do funcio-nário e, consequentemente, da companhia”.

de olho no amanhã

De acordo com alguns estudos, metade dos resultados de busca não serão mais documentos até 2019. “O conceito de busca corporativa tem evoluído, primeiro para ferramen-tas de acesso a informação, por volta de 2012, e hoje para Insights Engines (ou Mecanismos de Insights). Basicamente a grande diferença é que antes o objetivo era a recuperação de um documento. Hoje, com esse novo recurso, é recupera-ção de uma informação já estruturada para consumir. Esses mecanismos proporcionam um acesso mais natural a ela”, acrescenta o diretor.

Neste contexto, a nuvem ganha importância porque permite maior escalabilidade, despreocupação com infra-estrutura, compatibilidade de versões e pagamento por uso. “Pelo ponto de vista do mercado, os clientes hoje es-tão se movimentando para repositórios e aplicações na nuvem onde os fabricantes precisam se conectar a esses repositórios”, considera Guimarães. Processamento, ve-locidade e capacidade de criação de índice para a busca são outras vantagens da nuvem, citadas por Sakata. “Uma desvantagem é que, apesar de as soluções em nuvem se-rem seguras, muitas empresas ainda têm algum receio em pôr suas informações fora da empresa, como as dos segmentos financeiro e advocacia”, opina o diretor co-mercial da Just Digital.

A solução vem evoluindo para um sistema mais inte-ligente, que vai além de encontrar informações com base em palavras-chave e sinônimos. “A busca semântica já é aplicada em algumas ferramentas, onde pode entender o

contexto e intenção da sua pesquisa. Além disso, já exis-tem buscas integradas com sistemas de inteligência arti-ficial”, comenta Sakata.

Um relatório de março deste ano do Instituto Gartner prevê que até, 2019, 50% das consultas analíticas serão geradas usando busca, processamento de linguagem na-tural, voz ou serão autogeradas. “Existe uma forte ten-dência de que esses mecanismos se tornem cada vez mais populares, inteligentes e modernos para auxílio nas grandes instituições, usando busca por voz, como os as-sistentes Siri do iPhone, e outras tecnologias de machine learning, que visam a facilitar os processos dos colabora-dores na busca em seus ambientes de trabalho”, completa o diretor executivo da Conectt.

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maismais & menosIgualdade de gênero A diferença salarial entre homens e

mulheres e a menor presença delas no

mercado de trabalho é prejudicial

para a economia. De acordo com

relatório feito pelo Fundo de

População das Nações Unidas

(UNFPA), a igualdade

de oportunidades entre homens e

mulheres poderia injetar uS$ 28 trilhões ao PIB global até 2025.

VIagem O Ministério do Turismo revelou que

26,5% dos brasileiros pretendem viajar

nos próximos seis meses – é o maior

percentual registrado este ano e vem

ao encontro da alta temporada do

segmento caracterizada pelo verão.

Deste contingente, a intenção de

81,8% é desfrutar os destinos

domésticos do país.

economIaSob o efeito de maus resultados da

indústria e do comércio, o PIB do Rio

Grande do Sul fechou em R$ 382 bilhões

em 2015, registrando diminuição de

4,6% – a maior redução desde 1995.

cenSoDe acordo com a Pnad Contínua de 2016,

divulgada pelo IBGE, a maior parte da

população brasileira se autodeclara parda,

com 95,9 milhões de pessoas,

resultando em 46,7% do total. Em segundo

lugar fica a parcela branca, com 90,9

milhões de pessoas e representando 44,2%

da população. Já 8,2% dos entrevistados

se autodeclaram negros.

InVeStImentoCom um total de R$ 55,1 milhões liberados

no período entre janeiro e outubro de 2017,

o BNDES registrou queda de 20% nos

desembolsos deste ano. As aprovações

somaram R$ 54,4 bilhões, que por sua vez

tiveram redução de 13%.

tendêncIa / o futuro do m-commercede acordo com pesquisa realizada pelo Facebook, a mobilidade crescen-te – trazida pela quase onipresença de smartphones e outros dispositivos móveis – está causando diversas transformações na maneira como a po-pulação consome. Em 2015, segundo pesquisa da Sociomantic, a presença dos smartphones chegou a 90% e 67% dos seus usuários realizaram alguma compra pelo aparelho. Entretanto, 50% dos e-commerces no Brasil ainda não contam com aplicativo exclusivo e 15% se dedicam à instalação de apps, con-tra 85% de investimentos em campanhas de engajamento. Confira abaixo três transformações que terão impacto no consumo das pessoas no futuro.

convergência no varejo: os telefones serão os responsáveis por encurtar os

caminhos até as compras. Muitos consumidores utilizarão smartphones para

concentrar e reduzir as suas jornadas a um único momento.

diferenciais escondidos: em um mundo onde as escolhas do m-commerce são ditadas por logaritmos, é imprescindível que as compras ocorram sem

problemas, uma vez que as boas experiências são esquecidas e as ruins

fazem o cliente largar o carrinho de compras.

a uma mensagem de distância: a expectativa é que até 2020, 80% dos

usuários de smartphones utilizem aplicativos de mensagens – que pode

também ser utilizado para melhorar a experiência de compra, incluindo

desde atendimento até o recebimento de propagandas e promoções.

economIa / Bens duráveis puxam consumo Brasileiro

a venda de bens duráveis tem puxado fortemente a retomada da economia, segundo aponta estudo divulgado pela GFK. Na média nacional, o estudo revela que houve crescimento de 13% de janeiro a julho de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, no faturamento de

itens como produtos de telefonia, eletrônicos, eletroportáteis, linha branca e informática. Ao dividir por regiões geográficas, a alta tem grande significação pelo desempenho do Nordeste e Sudeste do país, cujo aumento registrado foi de 23 e 12% respectivamente. O aumento do Sudeste é fruto do bom resulta-do da categoria de celulares e eletroportáteis, aliado ao dinheiro injetado na economia pela liberação das contas inativas do FGTS. A região Sul conta com o destaque de participação do interior no seu crescimento de 11%, além de grande representação de vendas online, principalmente para o Natal.

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ComplianCe / empreSaS braSIleIraS têm

dIfIculdadeS em InVeStIgar corrupção

Um dos maiores problemas enfrentados pelas

companhias é a clareza de procedimentos

e luta contra fraudes. No caso dos empreen-

dimentos brasileiros, segundo aponta estudo

anual da consultoria Kroll, que investiga riscos

em corporações, 97% reportaram problemas

com cadeia produtiva no último ano. Entre

os maiores riscos apontados pelos executivos

são terceiros – pessoas ou entidades com

quem fazem negócios –, uma vez que 33%

afirma não conseguir identificar possíveis

violações a leis anticorrupção dos parcei-

ros. Para inibir processos ilícitos, auditorias e

monitoramento permanente são alguns dos

principais meios de elucidação, com 51% e

47% das indicações. Entretanto, apenas 26%

revelam acompanhar todos os parceiros com

cautela e atenção, e 52% priorizam os que

consideram ser de maior risco.

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e-commerce / compras de natal serão divididas entre meios digital e físicoNeste fim de ano, as compras de natal do brasileiro serão intercaladas entre lo-jas físicas e digitais. Uma pesquisa da Deloitte aponta que 93% dos consumidores pretendem adquirir os presentes em ambos os meios. Entretanto, em 2017, a preferência fica para as lojas online (51% das compras), registrando um cresci-mento de 8% em relação a 2015. A escolha se dá por diversos fatores, segundo os entrevistados, como preços melhores (51%), maior oferta de mercadorias (60%), praticidade (53%) e velocidade e facilidade de pagamento (50%). Os pontos posi-tivos das lojas físicas ficam a cargo da possibilidade experimentar o item (48%), da negociação de preços (40%), da facilidade de troca (39%) e do recebimento imediato do produto (37%). A influência das mídias digitais também é um ponto forte das vendas este ano, prin-cipalmente entre os jovens: cerca de 31% dos entrevistados entre 18 e 24 anos se sentem influenciados por posts de social media antes de efetuar uma compra. O índice fica em 30% na faixa dos 25 e 30 anos, 26% entre 31 e 40 anos e 21% para idade superior a 40 anos. A comparação de preços e busca de recomendações também faz parte da experiência de consumo – segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados buscaram na internet informações sobre produtos e 37% consultaram opções de valores disponíveis.

conSumo / mudanças na cesta Básica da classe c

a classe C, que já foi ícone de investimentos durante a boa econo-mia, hoje está caute-losa com as compras. Segundo levantamento da Kantar Worldpanel, o volume de consumo teve alta de 1,5% (em to-neladas), enquanto esta faixa econômica teve crescimento de apenas

3,1% nos últimos 12 meses. Com o maior avanço de compras registrado entre 2009 e 2014, a classe C deu mais importância para alguns itens da cesta básica, aumentando o consumo de categorias como detergente líquido para roupas, bolo pronto, cremes e loções e leite fermentado. Já entre os produtos que continuam em destaque para o grupo estão azeite, requeijão, molho para salada, catchup e cereal tradicional.

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rogramação gratuita do

Verão SeSc Vai de 28 de

dezembro a 25 de feVereiro e

inclui açõeS em 11 praiaS do

litoral gaúcho

Po Verão Sesc voltará ao li-

toral do Rio Grande do Sul com muitas opções de diver-são e bem-estar para os veranistas. As areias de Atlântida Sul, Atlântida, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Cassino, Cidreira, Imbé, Laranjal, São Lourenço do Sul, Tramandaí e Torres vão receber a programação, totalmente gratuita, en-tre os dias 28 de dezembro e 25 de fevereiro.

As atividades nas Casas de Verão do Sesc ocorrem de terça a domingo, das 8h30min às 19h30min. “Ao longo dos 14 anos de projeto, criamos um vínculo com a comunidade que se identifica com as atividades e a programação. Ao chegarmos para iniciar o projeto, as pessoas nos procuram para saber das novidades, conhecer a nova equipe, dar as boas-vindas e participar diariamente das ações”, conta Melissa Stoffel, coordenadora de Lazer do Sesc-RS.

Entre as opções estão empréstimo de materiais esportivos e recreativos, gincanas de integração, slackline, aulões de ginás-

Pronto Para mais um Verão sesc?

Fotos: Claiton Dornelles/Sesc-RS

PouCoS DiaS aPóS o iníCio oFiCial Da eStação maiS quente Do ano,

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agenda de eVentos

17/DezEstar Bem Sesc e Senac

o sesc e o senac estarão presentes no Parque Farroupilha, em Porto alegre, com atividades gra-tuitas de saúde, recreação e cultura, com destaque para o concerto da ospa com Fafá de Belém.

28/DezVerão Sesc

início das atividades em 11 praias gaúchas. ações de terça a domingo, das 8h30min às 19h30min, até 25 de fevereiro.

tica e dança, vôlei de praia, beach soccer, frescobol, futevôlei e quick massage. Como as atividades buscam contemplar públicos de diferentes perfis, há também opções para quem busca algo mais calmo: o Leitura Local oferece jornais do dia, gibis e revis-tas variadas para a comunidade.

Concurso Cosplay, Aula Mamãe Bebê, Escolinha de Trân-sito, Cine Beach, Pilates em Capão e a prova de obstáculos na praia Adventure Beach estão entre as novidades da 15ª edi-ção do projeto. Realizada aos finais de semana, a Aula Ma-mãe Bebê busca proporcionar a vivência de uma prática de atividade física entre mãe e filho, possibilitando que ambos se conectem pela música. “Será um momento em que a par-ticipante carrega o seu bebê no sling (suporte de bebês que fica junto ao corpo) e faz uma aula de dança descontraída ao lado de outras mães”, expõe a coordenadora. Já o Cine Beach vai exibir filmes do projeto CineSesc em uma tela de cinema inflável, que irá circular pelas cidades litorâneas.

Segundo Melissa, há pessoas que participam desde o pri-meiro ano do Verão Sesc. “É uma relação de parceria e vín-culo. Temos ações sociais como arrecadação de alimentos e tampinhas que ocorreram este ano, que algumas pessoas fazem questão de participar e contribuir”, pontua. Ela cita também o banho de mar para cadeirantes como um momen-to de valorização da autoestima e bem-estar. “Com o uso de uma cadeira especial, que possui rodas flutuantes, chamada Cadeira Anfíbia, oportunizamos o banho de mar assistido. Ao longo do tempo, percebemos ser uma das mais lindas ati-vidades realizadas. A cada entrada na água, vem junto uma história de vida. Muitas pessoas que não entravam no mar há anos conseguem restabelecer uma certa liberdade e retomar o prazer em se banhar sem terem que estar no colo ou ser carregadas”, explica.

FEStiVal intErnacional SESc DE MúSica

Pelotas receberá de 15 a 26 de janeiro a 8ª

edição do Festival internacional Sesc de música.

a programação conta com recitais gratuitos e

diversos cursos, como a oficina de Choro. o corpo

docente convidado a participar do evento é

composto por profissionais de 11 nacionalidades.

Serão homenageados Claude Debussy e leonard

Bernstein, por seus centenários de morte e

nascimento, respectivamente. leia mais em www.

sesc-rs.com.br/festival

rEViSta EDucaSESc E liVro DE rEcEitaS MESa

BraSil estão disponíveis as versões digitais do novo

livro de Receitas do mesa Brasil Sesc e da primeira

edição da Revista educaSesc. as publicações

impressas também podem ser consultadas

nas Bibliotecas Sesc no estado. Com foco no

aproveitamento integral de alimentos, o livro reúne

receitas econômicas e de fácil preparo elaboradas

pelas nutricionistas do Programa e pode ser

conferido no link www.sesc-rs.com.br/mesabrasil/

livro-de-receitas. Já a revista apresenta uma

série de artigos e entrevistas, reforçando a diretriz

da instituição, voltada à formação de pessoas

cidadãs, dotadas de senso crítico, autônomas,

solidárias e conscientes de seu papel como

agentes de mudanças, e está disponível em www.

sesc-rs.com.br/educacao/revistaeducasesc.

Banho de mar para cadeirantes é

uma das atrações da 15ª edição do projeto

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vendas

o cliente, interessado em adquirir novos produ-tos, mas preferindo conhecê-los no conforto da sua casa, rece-be malas ou pacotes com itens vendidos por uma empresa para experimentar com calma – as opções disponíveis no mercado hoje incluem roupa infantil, moda feminina e até armações de óculos. Para o empresário, o formato é atrativo por permitir abrir um negócio sem os custos de uma loja física. Além dis-so, a experiência vem ao encontro da tendência de consumo projetada pelo e-commerce, que é o atendimento personalizado aliado à comodidade do lar. O diferencial do serviço é referente à possibilidade de testar e avaliar os produtos com atenção e cautela, coibindo compras por impulso.

Para facilitar a vida dos empreendedores que têm este tipo de serviço, a empresa que oferece sistemas de gestão para ne-gócios Simbio lançou em julho deste ano a Simbiobag, uma plataforma que simplifica os processos deste tipo de negócio. A ferramenta facilita o envio das mercadorias, mostrando for-

A ideiA centrAl destA modAlidAde de negócios não é novA:

m uma realidade de

consumidores cada vez mais

atarefados, há muitos que

preferem receber a domicílio

produtos selecionados com

base no seu perfil de compras

eDe malas prontas

©istock.com/Kupicoo

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mas personalizadas ao cliente para que ele possa experimentar os produtos antes de decidir pela compra, que pode ser reali-zada diretamente pelo app do celular. Entre as suas potenciali-dades estão a emissão de notas, o controle de estoques , o fluxo de caixa e a possibilidade de pagamento.

A ideia do sistema surgiu, de acordo com o CEO da em-presa, Vinicius Dittgen, de uma demanda dos próprios clien-tes: “Em encontro de feedback, uma parceira expressou que pretendia investir no envio de maletas para os interessados experimentarem em casa antes de comprar”. Então, Dittgen percebeu que isso era na verdade uma tendência de mercado, uma vez que outros clientes praticavam a mesma metodolo-gia e tinham excelentes resultados. O empresário revela ainda que a Simbiobag veio para contribuir em um cenário em que as lojas físicas estão percebendo a vontade do consumidor em comprar sem sair de casa: “E, para o lojista, competir com as gigantes do e-commerce é extremamente desigual, uma vez que elas conseguem um custo de operação sempre mais baixo que as pequenas lojas”.

Para um empreendedor, o sistema é atraente pois é possí-vel atender à necessidade do cliente sem fazê-lo sair de casa ou perder muito tempo. “Assim, o lojista se diferencia, uma vez que esse serviço é como levar a loja até a residência do con-sumidor, munido de dados sobre o perfil de cada cliente para oferecer uma experiência única em cada venda”, completa.

mulher moderna e consumo consciente

Duas amigas apaixonadas por samba – a consultora de es-tilo formada em Relações Públicas Alexandra Campanher e a pedagoga Raquel Matzenbacker – criaram juntas a Senhora Tentação. Com o nome inspirada em uma música de Cartola, a empresa está no mercado de moda feminina desde 2015 sob a metodologia de delivery. Alexandra revela que, em geral, o contato inicial se dá pelas redes sociais ou por amigas e das clientes que indicam a loja. “Então, no primeiro encontro, sem-pre vamos até as clientes, para conhecer um pouquinho delas e do estilo”, revela a empresária. Após o contato inicial, a rela-ção entre a Senhora Tentação e as consumidoras fica por conta destas. “Não necessariamente vamos até a cliente nos encon-tros subsequentes. Se elas preferirem ter mais privacidade e tempo no momento de experimentar, enviamos as bags via mo-toboy, e posteriormente, buscamos.”

A ideia veio do próprio público a quem elas desejavam ven-der: “Mulheres multifacetadas, que nem sempre têm tempo para ir a lojas após um dia de trabalho. O nosso objetivo foi facilitar a rotina de todas”. Além disso, Alexandra afirma que o seu negócio visa ao consumo consciente, uma vez que, ao experimentar em casa, a cliente pode fazer combinações com peças e acessórios que já possui, e consequentemente, realizar uma escolha mais acertada.

A experiência tem sido positiva e isso se reflete na carteira de clientes da empresa, fomentada principalmente pelas pró-prias consumidoras: “A clientela foi conquistada por indicação, majoritariamente. Começamos com as amigas mais próximas, que passaram a informação a outras”. Segundo a empreende-dora, a maioria adora o sistema, pois elas ganham em tempo e em atendimento: “Elas escolhem o dia e o horário de acordo com a própria agenda, podem experimentar os looks no próprio espelho, combinando com outras peças que já possuem, como sapatos e acessórios, sem pressa ou impessoalidade”.

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Além das vendas por delivery, a Senhora

Tentação ocasionalmente marca

presença em eventos

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graduação Ead chEga

na modalidade educação a distância no Rio Grande do Sul, abrangendo praticamente todas as suas esco-las e unidades (em Porto Alegre já existia). Agora, estudan-tes de todo o estado gaúcho podem se inscrever em um dos 13 cursos nas áreas de comércio, administração, educação, gestão ou informática. As aulas são ministradas totalmente pela internet, sendo preciso realizar duas avaliações pre-senciais por semestre no polo escolhido.

O segmento de educação a distância tem apresenta-do crescimento superior ao presencial nos últimos anos. O Censo da Educação Superior 2016, divulgado em setembro pelo governo federal, constatou um aumento de 21% no grupo de ingressantes na modalidade a distância no Brasil, enquanto houve queda no número de novos alunos nos cursos presen-ciais no ano passado. No caso da graduação, a instituição esti-ma atrair 2,7 mil novos alunos com a ampliação da cobertura.

O Senac-RS abRiu 55 nOvOS pOlOS de gRaduaçãO

ferta de cursos de

graduação a distância

foi ampliada e passa a

contemplar todos os

municípios gaúchos

O

©iStock.com/geber86

graduacão Ead chEga a todo o Estado

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Spelling Bee em porto Alegre no dia 27 de outubro,

aconteceu em porto alegre a final do Spelling bee,

concurso de soletração em inglês, que reuniu alunos

das escolas Senac de todo o estado. nas etapas locais

foram cerca de 3 mil jovens, de mais de 20 escolas.

a novidade deste ano foi a criação da categoria Kids,

com a participação de crianças com até 11 anos de

idade. O vencedor foi eduardo Ferreira Madruga, aluno

do Senac Santana de livramento, que levou para

casa um tablet. Já a categoria Jovens/Adultos reuniu

estudantes com idades acima de 12 anos. O primeiro

lugar ficou com o Senac Farroupilha, representado por

bruno alan bortolotto Schmitz, que ganhou um inter-

câmbio de 14 dias em dublin, na irlanda.

novA cAmpAnhA de idiomAS O Senac-RS lançou a

nova campanha dos cursos de idiomas com o slogan

“Solte a língua”. desenvolvida pela agência compe-

tence, a ideia é divulgar o posicionamento da institui-

ção partindo de uma expressão popular para mostrar

a importância de dominar outro idioma e evidenciar a

qualidade da metodologia de ensino e sua aplicação

prática. Foi elaborada uma comunicação multiplata-

forma, que inclui filmes para Tv, web e redes sociais,

internet, spots para rádio, anúncios, mídia externa,

material de pdv, brindes e ações de endomarketing.

agEnda dE EvEntos

Segundo o gerente da área de educação a distância do Se-nac-RS, Sidinei Rossi, a expansão na área de graduação só foi possível pela portaria que regulamentou o decreto 9.057/17, assinada pelo Ministério da Educação. Houve flexibilização na abertura de polos para instituições com boas notas na avaliação institucional. Com nota 5 (máxima), foi concedido ao Senac o direito de abrir de forma autônoma até 250 polos por ano. “Vamos aproveitar para fortalecer nossa presença no interior com os cursos superiores”, conta.

Vantagens do EAD

Com aprendizado em ambiente digital, a modalidade ga-rante flexibilidade de tempo e espaço aos alunos, facilitando a conciliação entre os estudos e os compromissos do dia a dia. O formato respeita o ritmo de aprendizagem do aluno e desenvolve competências que são valorizadas no mundo do trabalho, como organização, proatividade e responsabilida-de, além de possibilitar a conciliação entre a vida profissio-nal e acadêmica. “O EAD tem parcelas mais acessíveis e evita grande parte dos deslocamentos, ainda em tempos de falta de segurança”, lembra Rossi.

12/dezWorkshop entendendo a reforma trabalhista

a atividade é gratuita e será realizada às 18h, no shopping total (av. cristóvão colombo, 545, Porto alegre). Inscrições pelo site www.senacrs.com.br/floresta.

18/dezlegado WorldSkills – ocupação cabeleireiro

vitória Menezes, representante brasileira do Senac na WorldSkills, vai ministrar uma oficina sobre design de cor no senac Bento gonçalves (r. saldanha Marinho, 820). Inscrições pelo site www.senacrs.com.br/bento. Mais informações pelo telefone (54) 3452-4200.

saIBa MaIs

confira os cursos de bacharelado, licenciatura e tecnologia do Senac ead: – bacharelado em administração (linha de Formação específica em administração de empresas)

– bacharelado em ciências contábeis

– licenciatura em pedagogia

– Tecnologia em comércio exterior

– Tecnologia em gestão comercial

– Tecnologia em gestão de Recursos Humanos

– Tecnologia em gestão da Tecnologia da informação

– Tecnologia em gestão Financeira

– Tecnologia em gestão pública

– Tecnologia em logística

– Tecnologia em Marketing

– Tecnologia em processos gerenciais

– Tecnologia em gestão ambiental

inscrições: www.ead.senac.br/graduacao

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dossiê Protetor solar

onscientização sobre

os efeitos nocivos do sol se

reflete na grande variedade

de opções disponíveis

aos consumidores

Cdo sol não vem de hoje. Na antiguidade,

ainda que muitos povos cultuassem o astro-rei, já se bus-cava uma maneira de bloquear a exposição excessiva dos raios. Na Grécia antiga, o sol era sinônimo da felicidade da mãe Terra, a deusa Deméter, que regia a agricultura e o tem-po meteorológico. Segundo a mitologia grega, Hades, o deus do mundo inferior, sequestrou Perséfone, filha de Deméter, e se casou com ela. Em profunda tristeza, as plantações co-meçaram a secar e o tempo na terra se tornou inóspito. Para resolver a situação, Hades permitiu que Perséfone passasse

A neCessidAde de proteger A pele dos efeitos noCivos e dolorosos

©istock.com/Art Marie

Escudo contra os malEfícios do sol

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metade do ano com a mãe, no Olimpo, e os outros seis meses no mundo inferior. Surgem então as estações do ano – na época de sol e calor, primavera e verão, Deméter está feliz ao lado de sua filha.

O verão também era a estação na qual se organizavam os Jogos Olímpicos na Grécia antiga, que era uma das manei-ras encontradas pelo povo para adorar os seus deuses, bem como colocar em exercício os corpos em conjunto com a mente. Por competirem ao ar livre, há registros que os atle-tas gregos buscavam alternativas naturais para proteger a pele do sol, como o óleo de oliva.

Outro povo fortemente ligado ao sol, os egípcios, princi-palmente por estarem localizados na proximidade de um de-serto, acabaram por criar a sua própria versão do filtro solar, e, incrivelmente, alguns dos materiais utilizados há milhares de anos agora fazem parte da composição do cosmético. De acordo com Shaath Nadim, no livro Sunscreen Evolution, pa-piros da época revelam que uma mistura de aloe vera, óleos essenciais de flores, amêndoas, frutas e sementes e partículas de pó, como argila e calcita.

Até o século XX, o ideal de beleza era a pele muito cla-ra, remetendo à porcelana e à falta de trabalho ao ar li-vre. Conforme o guarda-roupa das pessoas foi mudando, trazendo vestimentas com menos tecidos, nasceram tam-bém tendências de moda – uma delas foi o bronzeamento. A prática adquiriu um toque ainda mais chique quando a estilista Coco Chanel foi vista tomando banho de sol em um iate, e, alguns dias depois, realizar aparições com a pele dourada. Não demorou muito para a moda pegar e logo to-das as europeias estavam se expondo ao sol. Entretanto, continuava a necessidade de utilizar um produto que pro-tegesse a pele de queimaduras mais severas causadas pela exposição excessiva ao sol.

Para se proteger dos perigos

Os protetores solares tiveram seu primeiro uso regis-trado em 1928, em forma de uma emulsão composta por salicilato e cinamato de benzil. Na década de 1930, surgiu uma substância com 10% de salol. Em 1936, foi patenteado o primeiro filtro solar, composto por ácido oleico, quinino e bisulfato de quinino, e o cosmético começou a ser produzido em escala comercial pela L’Óreal.

Mas foi apenas no início da década de 1940, com o auge da 2ª Guerra Mundial, que se percebeu a real necessidade de um produto que prevenisse as graves queimaduras so-lares que muitos soldados estavam sofrendo no front. Em 1944, Benjamin Green, um aviador e farmacêutico ameri-cano, ao ver os efeitos do sol em seus colegas combatentes no Pacífico, criou um produto chamado Red Vet Pet (que vem de red veterinary petrolatum – petrolato veterinário vermelho. O creme era uma substância vermelha e vis-cosa feita do petrolato, derivado do petróleo, que atuava por meio do bloqueio físico dos raios ultravioletas.

Em 1946, Franz Greiter, um estudante de química austrí-aco, após sofrer recorrentes queimaduras de sol ao praticar montanhismo, resolveu criar o seu próprio protetor solar. O Creme Gletscher foi desenvolvido em um pequeno labora-tório na casa dos seus pais e é a substância que mais se apro-xima do filtro solar utilizado hoje. Em 1974, após juntar estu-dos de outros químicos com quem trabalhou, Greiter calculou o Fator de Proteção Solar, o FPS. Este índice indica a medida da fração de sol que atinge a pele quando a pessoa está com o cosmético. Por exemplo, se o filtro solar escolhido tem FPS 15, isso significa que 1/15 da radiação chega à pele.

Desde então, depois de várias alterações, o protetor solar passou, ao longo do tempo, por mudanças para

sopa dE lEtrinhas

Muitas pessoas se sentem confusas com todas as informações trazidas em cada pequena embalagem de filtro solar. Em suma, o protetor age contra o bombar-deio diário de duas categorias de raios invisíveis aos olhos, mas que interferem na saúde da cútis e podem ter efeitos a curto, médio e longo prazo.

Raios Ultravioleta A (UVA): Categoria de raios que atinge

as camadas mais profundas da pele, nas células da

derme, e, ao longo do tempo, causam danos como

envelhecimento e manchas, entre outros. estes raios

também são os responsáveis pelo bronzeamento, e sua

incidência é maior antes das 10h e após as 16h.

Raios Ultravioleta B (UVB): esta radiação não passa das

camadas mais superficiais da pele. A exposição excessiva

a esses raios pode causar vermelhidão e queimaduras

solares. o período de risco é entre 10h e 16h.

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CUriosidAdes

Cuidado Com a saúdeo câncer de pele não-melanoma

é o tipo de câncer mais frequente

do país, com 30% de todos os

tumores malignos registrados,

segundo o instituto nacional do

Câncer. Apenas em 2013,

o número de mortes pela doença

cresceu 55% no país.

Para vestir o FPsJá estão disponíveis para venda

roupas com proteção Uv.

geralmente voltadas ao público

infantil, estas peças contam com

com fios especiais que bloqueiam

a ação dos raios Uv, com um

produto adicionado à lavagem

que confere fps de 5 a 30.

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atender melhor a diversos tipos de público. Em 1977, a Johnson&Johnson lançou uma modalidade do produto à prova d’água, e, logo em seguida, a Coppertone também apresentou ao mercado uma versão com resina de polia-nidro, que confere ainda mais resistência à água. A pro-paganda deste produto, com a menina e o cachorrinho na beira da praia, se tornou mundialmente famosa e faz parte do cânone publicitário em todo o globo.

o modus operandi

Em geral, os protetores são formados por filtros quími-cos e físicos, que dão agem de maneiras diferenciadas para atuar em todas as camadas da pele. A parte física bloqueia os raios a partir de substâncias refletoras. Já na formula-ção química, os ingredientes absorvem a radiação, que por sua vez encontra as moléculas do produto, agitan-do-as. As partículas “tremem” e devolvem os raios para

É tinta ou Protetor?Uma nova tendência que

despontou no verão europeu foram

os protetores solares que podem

colorir a pele de quem usa.

o segredo está na adição do

dióxido de zinco, que pode ser

colorido e oferece alta proteção

contra UvA e UvB.

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o ambiente natural, de maneira que a pele fique com apenas uma fração de energia solar, que é designada pelo FPS.

Ainda que em teoria os protetores solares se encaixem na categoria dos medicamentos, a conscientização dos cui-dados com a pele para protegê-la dos efeitos nocivos do sol atingiu um alto patamar, de maneira que agora existem di-versas linhas de dermocosméticos que, além de proteger, também contribuem para o cuidado com a cútis. Entre as op-ções disponíveis no mercado para tipos específicos de pele estão os hipoalergênicos, que empregam substâncias que coíbem alergias, os oil-free e não comedogênicos, que não contêm substâncias oleosas. Em questão de texturas, pode se escolher entre produtos com aerogel ou efeito blur, que minimizam imperfeições, os minerais, que contam apenas com filtros físicos, e são mais apropriados para quem tem pele sensível, o sérum, que tem textura líquida e é absorvido rapidamente e também em mousse, para ser utilizado antes da maquiagem e confere um toque aveludado à pele.

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Marcelo PortugalConsultor Econômico da Fecomércio-RS

RefoRmas: coRRendo contRa o tempo

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-RS

ficando a legislação do ICMS entre os estados. Está ainda na agenda legislativa a privatização da Eletrobrás. Privatizada, a empresa sairia do controle dos políticos, que a usam apenas em benefício próprio. A medida poderia gerar um forte impulso ao setor elétrico. Há, ainda, outras pautas importantes de modernização do país e de redução de privilégios que ainda estão adormecidas. Duas delas são a reformu-lação da Zona Franca de Manaus e o financia-mento do ensino superior. A ZF de Manaus parte de um princípio equivocado de que é preciso “industrializar a floresta”. Custa cerca de R$ 25 bilhões por ano e, mesmo depois de décadas de existência, conseguiu apenas criar uma indústria local que não sobrevive sem o subsídio estatal. Por outro lado, o ensino supe-rior federal é caro e utilizado majoritariamen-te por famílias que teriam disponibilidade de arcar com a mensalidade das Universidades. Ensino público não precisa ser gratuito, ao menos para quem tem capacidade de pagar. Em vários países desenvolvidos, universidades públicas cobram mensalidades dos alunos.

Continuar com a agenda de reformas fica cada vez mais difícil na medida em que se aproxi-mam as eleições. Estamos correndo contra o tempo. Espero que, em 2018, consigamos eleger um presidente que retome as reformas estruturais, agenda abandonada em 2009, quando o Brasil começou a andar para trás.

São SuRpREEndEntES AS mudanças legislati-vas implementadas durante o Governo Temer. Quem diria que um presidente que não dispõe do capital político e da legitimidade gerados pelas urnas conseguiria fazer tantas mudanças legislativas importantes em um curto espaço de tempo? Tivemos a PEC do Teto, que limita a expansão dos gastos públicos no longo prazo; a Reforma Trabalhista, uma revolução na CLT, com potencial de reduzir o litígio na Justiça do Trabalho e incentivar a formalização do em-prego; a mudança no marco de exploração do Pré-Sal, que deverá trazer um grande volume de investimento externo para o setor de óleo e gás. Destaco ainda a substituição paulatina da TJLP pela nova TLP, que reduzirá o subsídio creditício dado às grandes empresas que são “amigas do rei”, um subsídio que custa cerca de R$ 28 bilhões por ano; e o fim da subordina-ção do Banco Central aos interesses do Palácio do Planalto, o que já permitiu a recuperação da credibilidade e da independência do Banco Central no combate à inflação, com a conse-quente queda na inflação e nos juros. Essas medidas têm favorecido o ambiente de negó-cios e a recuperação da atividade econômica.

Ainda há muito a fazer e, em alguns casos, desfazer os erros do passado recente. Urge aprovar uma Reforma Previdenciária que im-peça o crescimento explosivo dos gastos. A Reforma Tributária é outro imperativo, uni-

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nic

ho Lotéricas

deve pensar que é um negócio de ouro, a julgar pela quantidade de dinheiro que gira neste tipo de investimento. Todavia, isso não significa lucro. Para ser em-presário no setor é preciso muito mais do que dinheiro para investir. É necessário plano de negócios, certeza da localiza-ção da loja, ciência de que o retorno pode demorar um pouco para chegar e o mais importante: autorização da Caixa. Sem ela, nenhuma lotérica é aberta no país.

A permissão é feita mediante outorga, mas o sistema é muito parecido com o de franquias, principalmente devido ao padrão das lojas e os produtos oferecidos. A Caixa abre concorrência após fazer estudo de necessidade de novas casas lotéricas – atualmente, são 13.069 negócios espalha-dos em todas as cidades brasileiras. Este ano, em circular de janeiro, o banco definiu lance mínimo de R$ 10 mil para abertura de novos negócios. O valor não é fixo, podendo va-riar de licitação para licitação, mas quem tiver interesse vai precisar de algo entre R$ 30 mil e R$ 50 mil só para começar. O dinheiro será investido na tarifa de permissão, padroniza-ção e demais despesas de instalação.

Quem vê a movimentação intensa e as filas em casas lotéricas

e antes lotérica era somente

sinônimo de jogos, hoje

é lugar para serviços

bancários, financiamentos e

até local para um bom café

sTudo em um só lugar

Wilson Dias/Divulgação agência Brasil

texto micheli aguiar

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Uma das novas lotéricas abertas no Brasil este ano fica no centro de Santa Cruz do Sul, no Vale do Taquari, e leva o nome da cidade na fachada. O negócio, aberto em abril, foi possível após participação no último processo licitatório da Caixa – outra forma de conseguir autoriza-ção é comprando a autorização de um concessionário já autorizado, mas para isso também é preciso autorização da Caixa e pagamento de comissão para o banco. “Após a implantação dentro dos padrões pré-estabelecidos pela Caixa, começamos a comercializar todas as modalidades de Loterias e atuar na prestação de serviços. Podemos fa-zer todos os jogos, pagamentos de contas de pessoa física e empresariais, saques e depósitos”, afirma o gerente Ta-lis Cantadori. “Fazemos quase todos os serviços de uma agência bancária, mas com mais agilidade. Entre eles es-tão empréstimos consignados, abertura de contas, solici-tação de cartão de créditos, consórcios, seguro de vida, seguro amparo e título de capitalização.”

A autorização para abrir uma lotérica, no entanto, não dá garantias de liberdade total sobre o negócio – ao menos, quanto à disposição da loja, que precisa seguir as recomen-dações e adequações impostas pela Caixa. O número de ter-minais de atendimento, por exemplo, é aprovado pelo ban-co. “No nosso caso, ainda estamos aguardando a aprovação de outros caixas”, destaca Cantadori. A Lotérica Santa Cruz atende com quatro terminais e oferece área de espera para o cliente com cadeiras, chamador por senha e wifi grátis.

“Temos o desafio de sempre prestar o melhor serviço com agilidade, conforto, segurança e honestidade.”

Mesmo sendo um negócio com público garantido, ter uma lotérica também significa ter paciência para conse-guir o retorno no investimento. O tempo varia de um a dois anos e depende muito da localização da casa, do tamanho do negócio e do giro de pessoas pela lotérica. Outro ponto a ser considerado, destaca Cantadori, é o alto valor empre-gado em segurança, afinal é grande o volume de dinheiro que gira diariamente pelo local. “A insegurança e risco de assaltos é grande. Precisamos de uma empresa transporte de valores, terminais blindados, sistema de pânico, segu-rança terceirizada e monitoramento remoto de tempo in-tegral das câmeras”, destaca.

MAIS DE TRÊS DÉCADAS DE ATUAÇÃO

Há 35 anos no mercado de lotéricas, a Girassorte Lo-terias é como um patrimônio de Nova Petrópolis por ser a única casa lotérica da pequena cidade da Serra. Um dos sócios, Marcos Alexandre Streck, lembra que o pai apro-veitou a oportunidade e não pensou duas vezes em com-prar a loja em 1982. “Na época, meu pai, Ivo Streck, não tinha experiência no negócio. Foi algo de ocasião, uma chance de empreender, visto que ele acabara de sair de um de seus empregos. Naquela época, a aquisição das lo-téricas era mais simplificada, pois não havia processo li-citatório. Foi semelhante à compra de uma empresa como qualquer outra”, conta.

O empreendimento vingou e cresceu, principalmente, quando Marcos Alexandre o assumiu, em março deste ano.

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Lotérica Santa Cruz atende com quatro terminais

e oferece área de espera para o cliente

Além dos serviços de impressão e fotocópia,

Girassorte vende chocolates, cafés e livros

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A Girassorte, que já oferecia revistas e jornais, ampliou a gama de serviços e passou a oferecer também café, conveniência, serviço de fotocó-pias e impressões. É também o único represen-tante na cidade a vender os Chocolates Caracol, de Gramado. Para isso, precisou trocar de pré-dio. Atualmente, funciona em 330 m² ao lado da agência da Caixa e em frente à Delegacia de Po-lícia Civil. “Somos Correspondentes Caixa Aqui, onde fazemos abertura de contas, financiamen-tos, empréstimos e consórcios. Todos estes ne-gócios agregados buscam elevar a rentabilidade por cliente, tornando o negócio mais atraente e lucrativo”, destaca Streck.

O calcanhar de Aquiles das lotéricas, posição unânime entre os empresários do setor, são os va-lores repassados pela Caixa pelos serviços presta-dos. “Eis o maior ponto de luta dos empresários

lotéricos junto à Caixa. As tarifas estão defasadas e os custos se elevam periodicamente. Assim, há alguns anos vem ocor-rendo um descasamento entre receitas e despesas, provo-cando dificuldades financeiras em algumas lotéricas. Como também acontece nos demais bancos, a Caixa busca delegar as transações e demais serviços mais simples à sua rede de correspondentes, buscando baratear seus custos. Isto é bom para o banco, para nós e para o cliente, que tem acesso mais facilitado e ágil a estes serviços, porém a classe lotérica po-deria ser melhor remunerada”, argumenta.

O CARRO-CHEFE

Oficialmente, as loterias começaram no Brasil 300 anos após o descobrimento. A vinda da Corte portuguesa, em 1808, fez os jogos proliferarem no país. Mas foi só em 1970 que os jogos e as lotéricas, como conhecemos hoje, ganharam esta forma de atuação, segundo o livro Rede Lotérica no Brasil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De lá para cá, muita coisa mudou, inclusive o número de jogos. Atual-mente, as lotéricas oferecem a Dupla Sena, Federal, Loteca, Lotogol, Instantânea, Quina, Lotomania, Timemania e as duas mais vendidas, Mega-Sena e Lotofácil.

“Se antes as lotéricas basicamente só faziam as loterias, hoje, mesmo com a gama de serviços que oferecemos, são os jogos os impulsionadores de vendas”, destaca Douglas Ortiz, dono da A Paraguaia, tradicional lotérica de Novo Hambur-go. O empresário conta que os jogos são sempre oferecidos para os clientes que vêm para pagar contas ou fazer saques, por exemplo. “Temos como política pagar comissão aos nos-sos funcionários sobre as vendas e prêmios das loterias. Algo que não é comum em lotéricas e que estimula o colaborador a vender, fazendo com que a gente amplie o faturamento com os jogos”, explica.

Funcionando há mais de 40 anos dentro da galeria mais mo-vimentada do Centro, A Papagaia vê o movimento aumentar em épocas de loterias especiais como a Quina de São João, Loto-fácil da Independência, Lotomania de Páscoa ou, a mais famosa, a Mega da Virada. “Estes são jogos especiais onde o prêmio é alto e o valor sai para quem acertar o maior número de deze-nas. São sempre um atrativo”, explica. Outra forma de ampliar as vendas das loterias é com os tradicionais bolões, onde a Cai-xa permite a exploração de até 30% sobre o valor do jogo.

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TrÊs TIPos de loTÉrICaCasa Lotérica a casa lotérica é definida como um comér-

cio de venda de jogos de loterias e de produtos convenia-

dos da caixa econômica federal, atuando como correspon-

dente não bancário da caixa.

Casa Lotérica Avançada temporária este perfil atua sem-

pre na forma de extensão de casa lotérica, comercializa

todas as modalidades de loterias, os produtos conveniados

e oferece os serviços delegados pela caixa. a casa lotérica

avançada temporária, no entanto, pode funcionar por perí-

odo máximo de 120 dias improrrogáveis.

Unidade Simplificada de Loterias as unidades simplificadas

de loterias são instaladas em locais cujo potencial de merca-

do seja insuficiente para abertura da categoria casa lotérica.

A Papagaia funciona na galeria mais

movimentada do centro de Novo Hamburgo

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pelo mundo

calorias nos cardápios A partir de 2018, os restaurantes dos Estados Unidos deverão anunciar em seus cardápios a quantidade de calorias de cada prato oferecido. A lei foi aprovada há três anos, ainda na gestão do democrata Barack Obama, mas a confirmação pelo setor de Administração de Drogas e Alimentos (FDA) ocorreu somente agora. As novas regras orientam ainda os estabelecimentos sobre como apresentar o conteúdo calórico dos alimentos em locais com bufê e também em pizzarias, onde a quantidade de calorias varia de acordo com cada sabor e tamanho da pizza. A medida é uma das ações do governo para diminuir

a obesidade no país e é inspirada em legislações que existem em algumas cidades do país. Em Nova York, por exemplo, a apresentação do conteúdo calórico é obrigatória há anos.

Técnica Transforma janelas em painéis solares Pesquisadores da Universidade Estadual

de Michigan, nos EUA, desenvolveram um tipo de

célula transparente que pode transformar janelas em painéis

solares. A novidade pode ser aplicada em vidros em geral e é tão eficiente quanto a versão

mais convencional dessa tecnologia, pois garante boa absorção dos raios solares. O material capta ondas no

campo do ultravioleta e do infravermelho, usando

filamentos de células fotovoltaicas presentes no seu interior para converter a energia em eletricidade. Dessa forma, não há perda

de visibilidade e a superfície continua transmitindo a luz

do sol dentro de casa, por exemplo, enquanto produz energia. A técnica permite

ainda que veículos elétricos alimentem seus equipamentos

internos e que eletrônicos estendam a vida útil de suas baterias durante as

horas de sol.

louvre inaugura filial em abu dhabi Um dos mais famosos museus do mundo, o francês Louvre agora possui uma unidade

nos Emirados Árabes Unidos. A capital Abu Dhabi recebeu a novidade, que terá como coleção permanente cerca de 600 obras, das quais 300

foram cedidas por galerias de arte francesas. O espaço foi construído na ilha de Saadiyate, com projeto elaborado pelo arquiteto Jean Nouvel. Sua

arquitetura foi inspirada nas medinas árabes. O local conta com uma cúpula de 180 metros de diâmetro, composta por 7.850 estrelas de metal, que

filtra os raios de sol. Fruto de uma parceria entre os governos da França

e dos Emirados Árabes, o museu foi inaugurado

em 11 de novembro, aproximadamente uma

década após o lançamento oficial do projeto.

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Richard Lunt/Divulgação Michigan State University

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vis

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olitica

O presidente Michel teMer assumiu o governo, há pouco mais de um ano, com algumas propostas de reformas para a economia brasileira. Em meio à grave crise fiscal que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos, talvez a mais urgente e compreensível dessas reformas fosse a Reforma da Previdência. Apesar disso, outras medidas já foram aprovadas, o governo começa a se aproximar de seu final e uma reforma completa do sistema previdenciário brasileiro ainda é um desafio. O projeto original foi completamente “desidratado” e seu impacto financeiro foi reduzido à metade na proposição que hoje tramita no Congresso Nacional.

No Brasil, as regras previdenciárias estão na Constituição Federal. Por isso, alterações nessas regras precisam do apoio de uma maioria qualificada do Congresso Nacional (3/5 dos parlamentares). Com a proximidade das eleições, contudo, um quórum de aprovação desse tamanho só consegue ser formado em questões que possuem ampla aprovação da população, o que não parece ser o caso da reforma previdenciária.

Quem consegue olhar para os dados da Previdência (tanto pública quanto

Lucas schifinoconsultor político da Fecomércio-rs

RefoRma da PRevidência e a “gueRRa

da comunicação”

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privada) de forma isenta, não ideológica e puramente analítica não precisa de muito tempo para entender o porquê de precisarmos de mudanças amplas e o que deve ser alterado. No entanto, esse não é o perfil do eleitor mediano. Como ilustram muitos países europeus, mesmo em nações de renda e níveis de escolaridade mais elevados, medidas que alteram as regras previdenciárias não costumam ter apoio popular. No Brasil, os menos de 8 anos de ensino formal de um adulto médio e o alto grau de participação do governo na renda das pessoas, por meio das transferências previdenciárias, dificultam ainda mais o entendimento e apoio da população.

Em resumo, precisamos convencer 308 deputados a votar em favor de uma Reforma da Previdência. O calendário político e a proximidade das eleições tornam essa tarefa muito mais difícil, pois é necessário apoio popular para a reforma. Uma dificuldade maior, contudo, apenas reforça o trabalho de comunicação que é necessário para mostrar à maioria da população brasileira que o seu futuro depende dessa reforma. Caso contrário, condenaremos à pobreza o grande contingente de idosos que existirão nos próximos anos.

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monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal divulga as taxas de juros de seis modalidades de crédito à pessoa jurídica,

coletadas pelo Banco Central junto às maiores instituições financeiras do Brasil. As taxas correspondem a

médias ponderadas pelos volumes de concessões na primeira semana do mês e incluem encargos fiscais e

operacionais incidentes sobre elas.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

desConto de Cheques

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Cheque espeCial

Conta Garantida

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

1,38

1,62

1,77

2,22

3,24

2,59

3,25

Citibank

Banco do Brasil

Banco Safra

Itaú

Bradesco

Banrisul

Santander

Caixa

nov

0,84

1,34

1,58

1,94

2,26

2,38

2,42

3,38

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

2,67

2,61

2,40

1,99

Itaú

Banco Safra

Bradesco

Banco do Brasil

Santander

nov

1,34

1,64

1,69

2,41

2,57

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

1,76

2,23

2,65

2,79

2,85

2,84

3,31

Banco Safra

Banrisul

Santander

Bradesco

Banco do Brasil

Itaú

Caixa

nov

1,83

2,28

2,72

2,77

2,86

2,91

3,33

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

1,43

1,31

1,68

2,30

1,94

2,33

2,05

Citibank

Banco Safra

Banco do Brasil

Itaú

Santander

Bradesco

Banrisul

Caixa

nov

0,86

1,01

1,19

1,76

1,92

1,94

2,07

2,08

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

9,35

9,44

13,61

13,52

13,74

13,75

13,80

Banco Safra

Banrisul

Itaú

Banco do Brasil

Santander

Caixa

Bradesco

nov

8,84

9,37

13,45

13,52

13,75

13,77

13,88

InstituiçãoTaxa de juros

(% a.m.)ouT

2,62

2,62

2,79

3,55

4,30

8,30

Banrisul

Santander

Banco do Brasil

Itaú

Bradesco

Banco Safra

nov

2,54

2,61

2,70

3,53

4,25

7,18

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

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DICAS DO MÊSUm novo tipo

de prática capitalistaO que acontece quando um rebelde

resolve empreender? No caso de Rony Meisler, criador da Reserva,

marca de roupas, o resultado é uma empresa inovadora e com foco no consumo responsável. Buscando mapear a trajetória do empreen-dimento durante a sua década de

operações, o CEO, em parceria com o jornalista Sergio Pugliese, traz um relato autobiográfico no livro

Rebeldes têm asas, sobre como criou a empresa e a fez prosperar. Com um projeto gráfico ousado – refle-tindo a identidade da própria com-panhia –, o livro é colorido, cheio

de imagens e citações inspiradoras, e revela desde histórias da infância e juventude de Rony até depoimen-tos sobre a estruturação da empre-sa. A obra conta ainda com prefácio escrito pela fundadora do Magazine

Luiza, ressaltando a inovação de Meisler em acreditar em um novo tipo de consumo e capitalismo, re-gido por responsabilidade social.

livro

Ficha técnicaTíTulo: Rebeldes têm asas

EdiTora: Sextante

auTor: Rony Meisler e Sergio Pugliese

ano: 2017

o ato final Cantora lírica aclamada por décadas, Maria Callas enfrentou um fim de carreira difícil, no qual perdeu o seu poder

vocal e amargou uma vida no anonimato – é essa a premissa do filme Callas Forever, dirigido por Franco Zeffi-relli. No longa, Callas é convidada pelo

amigo e ex-empresário Larry Kelly a par-ticipar de Carmen, um musical especial

para televisão, interpretando um papel com o qual obtivera grande sucesso no

passado. Entretanto, ela tem que dublar um dos discos gravados na época, escon-

dendo assim a sua voz desgastada. Ao longo do projeto, a cantora reencontra

a sua paixão pela música e reflete sobre o seu valor profissional. Callas forever é uma grande lição sobre a obsolescência profissional e como é preciso entender que nem tudo dura para sempre e que

é importante manter a dignidade até o final de sua atuação.

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APP

inclUsão para qUem precisa O Centro de Pesquisa e Desenvolvi-

mento em Telecomunicações (CPqD) lançou recentemente dois aplicati-vos que fazem parte do projeto As-

sistente Virtual para Inclusão Social e Autonomia (Avisa). O objetivo é

facilitar o manuseio de dispositivos móveis com touchscreen por usuários que possam ter dificuldades em utilizar os apa-relhos, como idosos, pessoas com baixo letramento, cegas ou

com baixa visão. Concebido para pessoas na terceira idade ou com dificuldades com tecnologia, o CPqD Facilita oferece

a possibilidade de configurar o tamanho das letras na tela e de utilizar ícones mais fáceis de enxergar. Com foco em

pessoas cegas ou com grande dificuldade permanente de en-xergar, o CPqD Alcance+ foi atualizado e tem como principal

destaque o recurso de envio e recebimento de e-mails com leitura do conteúdo por voz.

Ficha técnicaTíTulo: Callas forever

GênEro: Drama

dirEção: Franco Zeffirelli

duração: 108 minutos

Divulgação/Sextante

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