Becos comunicantes #02 abertura angelita

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VIDA VESTIDA DE PALAVRAS Logo após a reforma curricular do curso de Jornalismo da UFG, em 2014, eu alimentava o desejo de ofertar uma disciplina experimental de Jornalismo e Literatura. Quando criei a primei- ra turma, em 2006, não tinha ideia de quão longe chegaríamos. Apenas dei crédito à intuição e ao fato de que o Jornalismo é uma profissão que se exerce em fronteiras. Chegamos, assim também, à fronteira do Jornalismo com a Literatura aqui em Goiás. Já havia informações consistentes sobre a existência da Academia Brasileira de Jornalismo Literário. Já conhecia o curso de JL ministrado pelo Sindicato de Jornalistas de São Paulo. Ti- nha, também, a Jaqueline Lemos — minha melhor amiga de vida e de profissão —, como guia. Jaque me apresentou o curso, a bi- bliografia básica e o professor Edvaldo Pereira Lima. Aí ficou fácil. Bastava ter coragem de começar. De lá pra cá, pelo menos uma vez por ano, a temos oferta- do no conjunto de temas da Disciplina Jornalismo Especializado, exceto quando estive afastada para o doutorado. A inclusão do JL como método de abordagem e de narrativa jornalísticas tem rendido bons frutos. Muitos de nossos/as ex-alunos/as praticam Jornalismo Literário nos jornais, nos seus blogs e em suas vidas. É gratificante ver a quantidade de TCCs focados em livros reporta- gem, perfis e estudos oriundos dessa disciplina. Fizemos a história do JL em Goiás. Agora, na edição nú- mero dois da Becos, temos o prazer e a honra de apresentar a produção da turma de 2013. Foi uma espécie de reestreia da dis- ciplina com o meu retorno da licença. Com esse material com- preendi que não importa o tempo nem a turma. O Jornalismo Literário extrai o que há de melhor em nossos/as alunos/as e em nossa profissão. Angelita Pereira de Lima BILHETE

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VIDA VESTIDA DE PALAVRAS Logo após a reforma curricular do curso de Jornalismo da UFG, em 2014, eu alimentava o desejo de ofertar uma disciplina experimental de Jornalismo e Literatura. Quando criei a primei-ra turma, em 2006, não tinha ideia de quão longe chegaríamos. Apenas dei crédito à intuição e ao fato de que o Jornalismo é uma profissão que se exerce em fronteiras. Chegamos, assim também, à fronteira do Jornalismo com a Literatura aqui em Goiás. Já havia informações consistentes sobre a existência da Academia Brasileira de Jornalismo Literário. Já conhecia o curso de JL ministrado pelo Sindicato de Jornalistas de São Paulo. Ti-nha, também, a Jaqueline Lemos — minha melhor amiga de vida e de profissão —, como guia. Jaque me apresentou o curso, a bi-bliografia básica e o professor Edvaldo Pereira Lima. Aí ficou fácil. Bastava ter coragem de começar. De lá pra cá, pelo menos uma vez por ano, a temos oferta-do no conjunto de temas da Disciplina Jornalismo Especializado, exceto quando estive afastada para o doutorado. A inclusão do JL como método de abordagem e de narrativa jornalísticas tem rendido bons frutos. Muitos de nossos/as ex-alunos/as praticam Jornalismo Literário nos jornais, nos seus blogs e em suas vidas. É gratificante ver a quantidade de TCCs focados em livros reporta-gem, perfis e estudos oriundos dessa disciplina. Fizemos a história do JL em Goiás. Agora, na edição nú-mero dois da Becos, temos o prazer e a honra de apresentar a produção da turma de 2013. Foi uma espécie de reestreia da dis-ciplina com o meu retorno da licença. Com esse material com-preendi que não importa o tempo nem a turma. O Jornalismo Literário extrai o que há de melhor em nossos/as alunos/as e em nossa profissão.

Angelita Pereira de Lima

BILHETE