Batalha de Floriano e a Negra Feiticeira

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  • 8/16/2019 Batalha de Floriano e a Negra Feiticeira

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    BATALHA DE FLORIANO E A NEGRA FEITICEIRA

    Eu vou contar uma história,Despertando os curiosos

    Onde se vê um romance,De assuntos vantajosos.De um moço e cinco amigos,De modos misteriosos.

    O Pietro era um rapaz Nos vinte anos de idade,e procurava uma mulher  para sair da castidade por isso saiu no mundo,Atrs da !elicidade.

    Assim viajou um diaA tarde p"de avistar,#m rapaz em um roçado,$ue estava a tra%alhar.&etia o peito no touco,'evirava para o ar.

    Ent(o o rapaz lhe disse, N(o pense )ue sou um louco,Eu estou me distraindo,Por meu tra%alho ser pouco.E por esta distraç(o,* me chamam Arranca +ouco

    O pietro disse moço,ocê )uer seguir comigo-iajar por este mundo,At achar um a%rigo-O rapaz disse eu aceito,Por)ue n(o temo perigo.

    Adiante encontraram outro/om o ouvido no ch(o,Ele disse, ouvindo missa, Na capital do *ap(o,E por estas Pro!ecias,* me chamam adivinh(o.

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    O Pietro perguntou0ocê )uer me acompanhar-O rapaz disse aceito,E se o senhor precisar.Eu posso lhe servir muito,

     Na arte de adivinhar.

    Ele aceitou o conviteE sa1ram conversando,Adiante na estrada,#m moço !oram avistando./om uma pêia de !erro,As duas pernas peiando.

    O rapaz interrogado'espondeu o )ue sa%ia,2 por)ue assim parado,Ando mil metros por dia,E se eu tirar a pêia,/orro mais )ue a ventania.

    Eu correndo com vontade,3mito o pensamento,Da)ui ao !im do mundo,ou e volto num momento.&e chamam +o /orredor,Por)ue eu ganhei do vento.

    O Pietro disse moço,amos percorrer a terra-Adiante encontraram outro,/om uma arma de guerra,E !azendo pontaria ,Para o cume de uma serra.

    E pietro perguntouO )ue ele estava !azendo,Ele disse vou matar,#m lo%o )ue vai correndo.Da)ui a )uarenta lguas, Na)uela mata estou vendo.

    /om uma arma na m(o N(o h %icho corredor 

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    Atiro mais de mil metrosPara mostrar meu valor.A)ui j sou conhecido,/omo *o(o Atirador.

     Nesse momento atirouE deu um tiro certeiro,E +o /orredor !oi ver,Em um segundo ligeiro.+rou4e um lo%o )ue !izeram,#m almoço verdadeiro.

    O Pietro disse moço5eu tra%alho pro!undo,Por)ue provou o )ue disse,Ao correr de um segundo.5e )uiser seguir comigoamos virar este mundo.

    Ele aceitou o conviteE sa1ram na e4pediç(o.Adiante na estrada,Avistaram um cidad(o.Estava engolindo pedras,6azendo uma re!eiç(o.

    Ele disse eu !aço isto,5ó para matar a !ome,$uatro %ois de uma vez,A minha pessoa come.&e chamo Engole Pedras,+odos conhecem meu nome.

    6loriano ent(o lhe disse5e acaso o 5enhor )uiser 5eguir viagem conosco.Eu !arei o )ue puder,5eguiremos seis amigos,Para o )ue der e vier.

    /hegaram em uma cidade5ou%eram da novidade$ue havia uma princesa,

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    As ordens da mocidade,A )uem !izesse os caprichos,Da Augusta &ajestade.

    O 'ei espalhou %oletim,

    Por Pa1ses e reinados,$ue desposava a princesa.A )uem !izesse três mandadosPorm os )ue n(o !izessem,Eram todos degolados.

    O primeiro dos mandadosParecia uma loucura,Era para cortar um pau,/om dez metros de grossura,Para cortar em oito horas,Era a maior amargura.

    Pois o 'ei tinha uma negra ,$ue era a m(e do !eitiço,5e aparecia um rapaz,Para !azer o serviço.A negra se preparava,Para !azer o enguiço.

    Pois o rapaz começava,/om toda !acilidade,$uando era meio dia,* ia mais da metade,Era chamado ao almoço,Por ordem da majestade.

    Assim )ue o rapaz saiaA negra estava em aç(o,/hegava no p do pau,'ezava uma oraç(o.Depois cuspia no corte,E o pau !icava s(o.

    E )uando o rapaz voltava,$ue encontrava o de!eito,+ra%alhava at a hora,E o pau !icava per!eito.

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    E assim morriam todos,Ali ningum dava jeito.

    E os outros dois mandados,Eu direi por derradeiro,

    Pois at a)ui n(o houve$uem !izesse o primeiro,$uanto mais para sa%er,O segundo e o terceiro.

    E assim j tinha sidoDegolado mais de cem,E Pietro disse agora,Eu vou ver se a sorte vem,Ou me caso com a princesa,Ou ent(o morro tam%m.

    Assim entrou na cidade/om mais de mil ilus7es6oi !alar com o monarcaPara sa%er as condiç7es.Depois )ue sou%e de tudo,Apresentou as )uest7es.

    Por)ue ele disse ao 'eiEu !arei os seus mandados,Porm,eu mando !azer,Pelos meus no%res criados,Para isso eu trou4e cinco,8onestos e educados.

    O 'ei aceitou e assimO negócio !oi !echado,9ogo no dia seguinte,9he entregou o machado.Para derru%ar o pau,Era o primeiro mandado.

    O Pietro ent(o chamou,5eu amigo Arranca toco,9he entregou o machado,Ele saiu como louco,Disse )uando viu o pau,

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    O serviço muito pouco.

    Ele meteu o machado,iram a rvore estremecendo./om dez minutos apenas,

    O pau estava pendendo,O 'ei )ue estava olhando,6icou de medo tremendo.

    endo a rvore %alançando,/ompreendeu )ue perdia,&andou chamar o rapaz,Para a Negra entania,3r dei4ar a o%ra !eita,/om sua !eitiçaria.

    Assim )ue o rapaz saiuA negra com todo jeito,6ez sua !eitiçaria,E dei4ou o pau per!eito.$uando arranca touco viu, N(o !icou %em satis!eito.

    Olhou para o pau e disse0Arranca touco de 9ima,ai dei4ar a o%ra !eita,$ue todo mundo estima,&eteu o peito no pau,irou de raiz pra cima.

    O 'ei )uando viu a cena$uase caiu para traz,6loriano perguntou,O )ue )ue !alta mais-O 'ei disse seu criado,2 pior )ue o 5atans.

    Porm amanh( %em cedo&udo de situaç(oE o segundo mandado,'esponda se vai ou n(o.er uma garra!a d:gua, Na !onte da solid(o.

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    Da)ui s(o trezentas lguas,Para na !onte chegar,/om espaço de uma hora,; para ir e voltar,

    5e o senhor n(o cumprir,Eu lhe mando degolar.

    A)ui eu tenho uma negra,$ue possui o p ligeiro,E vai com o seu criado,

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    A)uela negra malvada6ez o serviço ligeiro,$ue%rou a garra!a dele,E dei4ou no ta%uleiro,Encheu a garra!a dela ,

    /orreu pra chegar primeiro.&as, o >(o adivinh(o$ue estava o%servando,iu tudo )ue a negra !ez,E ao rapaz !oi contando,E o *o(o atirador,6oi logo se apro4imando.

    Perguntou )ual o rumo,Adivinh(o apontou,Ele !ez a pontaria,E o *o(o avistou,5oltou a !lecha ligeiro,E no anel acertou.

    Assim )ue a !lecha %ateu6oi a jóia despedaçada,+o /orredor acordou,iu a garra!a )ue%rada.E viu o rastro da Negra,/ompreendeu a cilada.

    Ai desatou a peiaoltou no mesmo momento,6oi %uscar outra garra!a.&ais ligeiro )ue o vento.Encheu na !onte e voltou,eloz como o pensamento.

    E assim passou pela negra/om toda velocidade,Duas vezes e ela n(o viu,* no port(o da cidade,/hegou na !rente e entregou,A garra!a a majestade.

    A negra )uando chegou

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    $ue viu o rapaz sentado,Disse ao 'ei esse moço,5ó sendo endia%rado,Por)ue dei4ei=o na !onte,Dormindo ipinotizado.

    Pi Pietro disse ao 'ei,Diga o outro mandado,$ue eu )uero !azer logo,Para !icar descansado,E casar com a princesa,Para ter parte no reinado.

    O 'ei disse ao PietroAmanh( vai terminar,A nossa grande )uest(o.Dois %ois mandarei matar.O senhor vai comer um,De uma vez )ue se sentar.

    Ou pode mesmo mandar #m criado seu comer,&inha Negra come outro,Para todo mundo vê.5e o senhor n(o cumprir,5em remiss(o vai morrer.

    $uando engole Pedras sou%e,Disse soltando uma graça,Amanh( eu como tudo,+udo )ue houver pela praça.5e tiver comida eu tiro,A %arriga da desgraça.

     No outro dia %em cedoPerante a populaç(o,Estavam as mesas postas,E cheia de re!eiç(o./ada uma tinha um %oi,Pra terminar a )uest(o.

    Ali na grande audiênciaEstava a 'osa !ormosa,

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    Era a princesa &aria,A estrela luminosa.Parecia um clar(o,De uma manh( radiosa.

    Pi Pietro !oi entrandoEngole Pedras tam%m,Era tipo de gigante, N(o olhava pra ningum.inha com a pança oca,$ue ca%ia at um trem.

    A Negra muito sisuda5entou=se na mesa dela,E logo pra !azer !ita,Engoliu uma costela.Ouve uma salva de palmas,&uitos vivas deram a ela.

    Engole Pedras tam%m5entou=se muito sisudo,E um prato de travessa,Pegou engoliu com tudo.E começou engolindo,/ada pedaço mi?do.

    Assim em poucos minutosO seu )uinh(o aca%ou,Porm em cima da mesa, Nenhum prato !icou.E ele morto de !ome,Da mesa se levantou.

    /hegou na mesa da NegraE o povo dando !iga,6oi comendo o )ue havia,como )uem !az uma %riga.Por !im engoliu a negra,E n(o encheu a %arriga.

    A Negra sendo engolidaOuve um protesto geral,O 'ei indignado,

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    &andou um guarda real,9evar o Pietro preso,Para um )uartel general.

    A1 Pietro sendo preso

    Engole Pedras de um pulo,Pegou o 'ei pela goela,E disse eu te estrangulo.Ou o Pietro tu solta ,Ou eu tam%m te engulo.

     Nisto parte um general/om uma coragem louca,Arranca touco pegou,At com uma !orça pouca.Deu=lhe um %a)ue, )ue %otou,O coraç(o pela %oca.

    eio ent(o atirador 6oi logo dizendo assim,Ou o Pietro tu solta,Ou a coisa !ica ruim.Por)ue eu n(o dei4o vivo, Nem !ormiga no capim.

     Nesse ponto Engole pedrasDisse ao 'ei, assassino,Ou assina o casamento,Ou vai pro meu intestino.$uando !oi a%rindo a %oca,O 'ei gritou eu assino.

    O 'ei pegou uma penaAssinou )ue o Pietro+inha !eito três mandados,5em haver um só engano.Pra casar com a princesa,6ilha do 'ei so%erano.

    6oi assim )ue nosso Pipa+eve a grande vitória,/asou=se com a princesa,E os amigos da história.

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    +odos !icaram empregados,Para coroar sua glória.

    =A Negra !oi engolida=9evou carta a 5atans,

    =&orreu por ser !eiticeira,=En)uanto )ue o rapaz,=3nsistiu com seus amigos,=De!endeu=se dos perigos,=Assim )ue 8omem !az.

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