Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro,...

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Illlidore» realizada em Cam- pos, quando òsies voirivam l»»r unanimidade todo o apoio As 300 famílias do Im- hé. Leia reportagem na 7a. pagina. f'i;;\^ \ ¦ h Prestes: Comunistas Aplaudem Mensagem ie Paz ie João XXIII :* $ M ¦+.***> *^-"M^- O dirigente comunista Luií CaiUx Pre*. , tes prestou ao vespertino ".Última Hora", de sdo Paulo at •seguintes Stelaraçõe» sàbrt n víftf " "Pacm '" Terrlt", do Papa Joio "A Enclcllca 'Pacem In Ti-rrls" é um documento politieo de grande Slgniflraç&o, Reflete a perspicácia e o realismo de um Chefe de Estado preocupado com o* desti- nos da humanidade. Sua Santidade o Pnpu coloca-se írontalmcnte contra os provoca- dores de guerra e reconhece que a única alternativa a uma hecatombe atômica é a coexistência pacifica, o livre entendimento entre regime» social» diferentes. Seus con- selhos favorável» ao desarmamento Rcrnl, a eliminação da» arma» atômicas e a Ime- (luta cessação das experlí-nclas atômicas coincidem Integralmente com posições nu multo defendidas pelos comunistas. Apreciamos, também, a posição de Sua San- lidade em defesa da autodeterminação dos povos e doa direitos dos trabalhndores. Neste momento, cm que aqui em nossa terra tanto se fala de luta contra os dois extremos, é de assinalar que Sua Santidade o Papa fuja de qualquer centrismo, de qual- quer posição equidlsUmte entre direita e ee- uiicrdii. Ao contrário do presidente Joio Ciouijirt que. npesur de se declarar católico, possull agora a ter medo de dizer de que Indo estão os Inimigo» de nosso povo, Sua Santidade r Papa mostra com clama aos católicos de que lado estão os Inimigos da humanidade chamando a luta contra os provocadores de 6ucrrn. contra que nio respeitam a autodeterminação dos povos, contro os exploradores em geral, que estio todos do mesmo lado, do lado do lmperialls- mo e da reação direitista, e nio dlvldldi entre dois pretensos extremismo», Finalmente, e digna também de noaso aplauso a tolerância que Sua Santidade o Papa aconselha aos católicos, chamando-os' a ação comum nelas causas justas com aqueles que defendem doutrinas diferentes das aceitas pelu Igreja Católica Apostólica Romana. Que essos conselhos frutiflquem entre os católicos brasileiros, apesar da in- tolerância e do reacionarismo do cardeal D. Jaime Câmara, c o que desejamos". (Leia na 4< pág. matéria sobre a Encicllca ."Pacem In Tenrla"). mmm^^^^^^^^^^4mT^^^mmm^^^mf^^^^^^m^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^B^^^^^^!^^^^mB ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^mmmm, mmmmmmmmmmmSÊa CONCENTRAÇiO EM BRASlUA PARA DERROTAR MANOBRA GOVERNAMENTAL ANO V sjQ de Joneiro, «emana do 19 a 25 de abril d. 10*3 ' 1_ JTJÍT Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares Vigilância Procura-se dar a impressão de que com o almoço, chamado de confrater-' nizaçào, oferecido pelo presidente Joio Goulart aos comandantes dos I, II, ín e IV Exércitos, a crise poliUco-mUltar que sacudiu o Pai» esti encerrada e, emorn- r*miwJmm\'4mrmimm^ de comando de última iorma, teríamos o cnsarilhar das armas. Surgem mesmo "teorias" de que as crises políticas, aliás cada vez mais freqüentes no Pais, são criadas artificialmente. Mero produto da vontade ou do capricho deste ou da- quele grupo, desta ou daquela perso- nalidade. Nada mais falso. Apresentar o pro- blema dessa maneira corresponde a es- camotear as causas reais, objetivas, das crises, suas raízes mais profundas, exi- bindo apenas suas manifestações apa- rentes. E a conseqüência seria desarmar a opinião pública, desviando sua aten- ção das questões essenciais que devem ser enfrentadas e resolvidas. O simples desaparecimento da febre, sob o efeito de um antltérmlco, não significa que a dor.ncà esteja curada. É, se " não está curada, tenderá a agravar-se, caso o doente não seja devidamente medicado. Como terminou ej<a crise? Mudou o Governo süa composição e sua poli- tica? Não.. Ao contrário, insiste, man- tendo-se no terreno da conciliação com os piores inimigos de nosso povo, em le- var à prática o Plano Trienal. a orien- tação econômico-financeira do agrado do P.M.I., os compromissos assumidos pe- Ia Missão Dantas «m Washington, ao. , mesmo tempo que procura estreitar a aliança espúria do PTB com ,a cúpula reacionária do PSD/ conseqüência, desastrosas dessa política ae tornam ca- da ves meie sensíveis, atingindo hftd , unnunir' muwfnom ^VWfw-VB^vHi mÊWLjm indústria, principalmente as peque- nas e médias empresas. E se agravarão. A fracassada gortlada que o gene* ral Kruel comandou. visava, golpeando os setores nacionalistas e democráticos, mais combativos, montar um dispositivo de forcai, dito centrista, que servisse de suporte ao Governo paia continuar a pôr em prática, mesmo diante de mais graves conseqüências e de maior opo- sição. a política de concessões aos imperialistas e aos latifundiários que vem .sendo seguida. Isto significa que, persistindo o Governo em aplicar essa política, a ameaça continua. Dai a ne- cessidade de se manter viva a vigilàn- cia de todos os democratas c patriotas. Durante a crise, revelou-se um mais alto grau de coesão e de independência dos setores mais combativos da frente única. A gorilada, ante essa barreira, fracassou. Isto mostra que existem tó- das as condições para que essas forças, consolidando sua unidade e apoiando-se num efetivo movimento massas, pos- sam não apenas barrar qualquer outra tentativa reacionária, mas imprimir aos acontecimentos um rumo novo, que cor- responda aos anseios de nosso povo e aos Interesses da Nação. na Batalha ^¦^'rtSs. ¦-¦ .^òSjvr Pelos 707 I jg ' y-y:. : ,'"-'¦ *SmH mamas ^taMaftaRteraa, maa . ,mMi I fl**lulH PPS ma- wizâima ^KÀftK^^I m^ésmammw^-^M fl mW*ÍÊ ICfffl Kflm?1'-* .'fl W$M mÊÊÍaWm\ amÊÊIr I mm f,r*Ü famim m JBi I ;^flmmmm%àmW3mBm I Hi Ba m:iM-Uy'' :l^m^kmmmfMmmfrMkWm^mámÉ^m I mmmm^yMÉ^ÊWàmWrJtâàmM ¦ m rnwÈi.'-?,, jiiJwiSs^zraÊW-'*^^ ¦ty^mém m 1 R iiiIP - 'MÀ hmmmmm^y.yWMwM\zm mV . II fl ¦P""SB BPlMÉifi^-^'*^-1»^! HM^NIMk * fl I mt Wmif^f^imW^^mW^a mm! ¦' >--' ^B8»<V^nl uhVv - H H IL.; dny*^: ' ^Si ' fl BBmIiV^-vHfli *•• fl lssm m t* péjm Liga FtmHiitM o João Qoulort: i Wtaa MAt,__ anteriormente pelo Oo* vêrno não foram riimpsi' das. E a carestla de vido, estimulada peta mmmmtm financeira, é eada Aa maior" diiiseaam m mulheres carioeas pes* soalmente ao presidente João Goulart ao entre* gur-lhe. terça-feira, um memorial de 25 mil aa* sinaturas condenando numerosos aspectos da orientação oficial e te- clamando a aplicação de uma série de medidas concretas capazes de conter a desesperadora alta dos preços. O sr. Goulart respondeu repe- tindo explicações e pro* messas e afirmando que o povo deve mobilizar-se e organizar-se para a luta por suas reivindica- ções. (Reportagem na 3,m página.) Plano Trienal Caminha Para a Falência Artige di JACOB fiORENDER, M págiiia 700 mil operários paulistas iniciam campanha salarial Texto na página AGUARDE iO¥OS RI EDIÇÃO DE MINAS GERAIS í DiA 27 DE ABRIL BRASIL IM LEIPZIG Acaba de encerrar-se mais uma Feira de Leip. zig, na República De. mocrática Alemã. Trata- se da mais importante exposição industrial, co* mcrcial e agrícola, reali* zada anualmente na Eu* ropa e de um aconteci* mento econômico-social de repercussão mundial. Constituindo uma tradi. ção de oitocentos anos a grande mostra sempre apresenta o que de mais moderno em todos os ramos da produção industrial e nos proces* sos de aperfeiçoamento da produção agrícola. Como nos últimos anos, o Brasil fêz-se re- presentar na exposição 'em 1963, com Um stand onde o "forte" (vida foto) ainda foi o café. Na sétima página o leitor encontrará repor- tagem sobre a Feira dt Leipzig, de autoria do nosso correspondente na Alemanha, Hélio Con- treiras. flfÊyWÊfl »fymaa&v1:» mwSmmm JrWi'"- -' y^Smímwmrtmi'^ ¦ ''-^mm mfwmmmm mtmt<: ¦¦'¦"'y^wlmW%M&Fmv"''¦¦'£?*mm¦KP#SÉfl fl ^ftwyJÉ;. ¦ ^LflI ÊÉÍ^li fl lham fl I wjmWÊfm 5^51 W m:- flZaMmmmmT^i- ¦Hflflip^ I PflM WmWm PSmí^iímmmài^MmmW > flBP1F'-'' ,mW&><' fl¦b$*-v".. ammmWewM';k ¦'¦¦¦¦• ¦'•¦'¦. ^BÍ_íí'.,:¦' flW&z mjBffiVQí-V¦:..•¦'¦ •mte&V. i- æWmWmmW'^¥ ¦ mWm^/Jyytyy'^--': ^^^^^^^^^^^mm^^^^^^^^^^^^^^mmmmmmmm%'*mmmyy' Uma vanguarda dt ação, dirigente das grandes massas Artigo de MOISÉS VINHAS, na Ia páiíina 0 Adens a Rui Facó Na !)' página, artigos de üalçidio Jurandir. Zde- nek llampejs c Américo Albuquerque í li âu&£aãMeò&&isu \ ¦\v:

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No Imbê. a 60 quilômetrosno município de Campo». 300liimllla» esiflo acampada»fm terras devoluta» dispôs,ias a tudo para defender agleba contra a sanha do»«rllelros. Na luta que e*tAotravando, noiadamente con-Ira Ki-.ituli-K- uslnelros da re-Rliio e companhia» cstrau-KOlras que operam no setoraçuoarelro. os lavradoresJém o apoio total da popu.lafâo c dos trabalhadores deCampo» e municípios vlrJ-nho». A solidariedade é ati-v» c visa obttar »,violênciadesencadeada por Jagunço»e policiais a serviço do»potentados, além de propor-cluiinr auxilio material aoscamponeses. Na foto, aspec-to da assembléia de traba.Illlidore» realizada em Cam-pos, quando òsies voirivaml»»r unanimidade todo oapoio As 300 famílias do Im-hé. Leia reportagem na 7a.pagina.

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O dirigente comunista Luií CaiUx Pre*., tes prestou ao vespertino ".Última Hora", desdo Paulo at •seguintes Stelaraçõe» sàbrt nvíftf " "Pacm '" Terrlt", do Papa Joio

"A Enclcllca 'Pacem In Ti-rrls" é umdocumento politieo de grande Slgniflraç&o,Reflete a perspicácia e o realismo de umChefe de Estado preocupado com o* desti-nos da humanidade. Sua Santidade o Pnpucoloca-se írontalmcnte contra os provoca-dores de guerra e reconhece que a únicaalternativa a uma hecatombe atômica é acoexistência pacifica, o livre entendimentoentre regime» social» diferentes. Seus con-selhos favorável» ao desarmamento Rcrnl, aeliminação da» arma» atômicas e a Ime-(luta cessação das experlí-nclas atômicascoincidem Integralmente com a» posiçõesnu multo defendidas pelos comunistas.Apreciamos, também, a posição de Sua San-lidade em defesa da autodeterminação dospovos e doa direitos dos trabalhndores.Neste momento, cm que aqui em nossaterra tanto se fala de luta contra os doisextremos, é de assinalar que Sua Santidadeo Papa fuja de qualquer centrismo, de qual-

quer posição equidlsUmte entre direita e ee-uiicrdii. Ao contrário do presidente JoioCiouijirt que. npesur de se declarar católico,possull agora a ter medo de dizer de queIndo estão os Inimigo» de nosso povo, SuaSantidade r Papa mostra com clama aoscatólicos de que lado estão os Inimigos dahumanidade chamando a luta contra osprovocadores de 6ucrrn. contra o» que niorespeitam a autodeterminação dos povos,contro os exploradores em geral, que estiotodos do mesmo lado, do lado do lmperialls-mo e da reação direitista, e nio dlvldldientre dois pretensos extremismo»,

Finalmente, e digna também de noasoaplauso a tolerância que Sua Santidade oPapa aconselha aos católicos, chamando-os'a ação comum nelas causas justas comaqueles que defendem doutrinas diferentesdas aceitas pelu Igreja Católica ApostólicaRomana. Que essos conselhos frutiflquementre os católicos brasileiros, apesar da in-tolerância e do reacionarismo do cardealD. Jaime Câmara, c o que desejamos".(Leia na 4< pág. matéria sobrea Encicllca ."Pacem In Tenrla").

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CONCENTRAÇiO EM BRASlUA PARA DERROTAR MANOBRA GOVERNAMENTAL

ANO V — sjQ de Joneiro, «emana do 19 a 25 de abril d. 10*3 ' 1_ JTJÍT

Barnabés Rejeitam 407,e Unem-se los Militares

VigilânciaProcura-se dar a impressão de quecom o almoço, chamado de confrater-'

nizaçào, oferecido pelo presidente JoioGoulart aos comandantes dos I, II, ín eIV Exércitos, a crise poliUco-mUltar quesacudiu o Pai» esti encerrada e, emorn-

r*miwJmm\'4mrmimm^de comando de última iorma, teríamos ocnsarilhar das armas. Surgem mesmo"teorias" de que as crises políticas, aliáscada vez mais freqüentes no Pais, sãocriadas artificialmente. Mero produto davontade ou do capricho deste ou da-quele grupo, desta ou daquela perso-nalidade.

Nada mais falso. Apresentar o pro-blema dessa maneira corresponde a es-camotear as causas reais, objetivas, dascrises, suas raízes mais profundas, exi-bindo apenas suas manifestações apa-rentes. E a conseqüência seria desarmara opinião pública, desviando sua aten-ção das questões essenciais que devemser enfrentadas e resolvidas. O simplesdesaparecimento da febre, sob o efeitode um antltérmlco, não significa que ador.ncà esteja curada. É, se " não estácurada, tenderá a agravar-se, caso odoente não seja devidamente medicado.

Como terminou ej<a crise? Mudou oGoverno süa composição e sua poli-tica? Não.. Ao contrário, insiste, man-tendo-se no terreno da conciliação • comos piores inimigos de nosso povo, em le-var à prática o Plano Trienal. a orien-tação econômico-financeira do agradodo P.M.I., os compromissos assumidos pe-Ia Missão Dantas «m Washington, ao. ,

mesmo tempo que procura estreitar aaliança espúria do PTB com ,a cúpulareacionária do PSD/ A» conseqüência,desastrosas dessa política ae tornam ca-da ves meie sensíveis, atingindo hftd

, unnunir' muwfnom ^VWfw-VB^vHi mÊWLjmdá indústria, principalmente as peque-nas e médias empresas. E se agravarão.

A fracassada gortlada que o gene*ral Kruel comandou. visava, golpeandoos setores nacionalistas e democráticos,mais combativos, montar um dispositivode forcai, dito centrista, que servisse desuporte ao Governo paia continuar apôr em prática, mesmo diante de maisgraves conseqüências e de maior opo-sição. a política de concessões aosimperialistas e aos latifundiários quevem .sendo seguida. Isto significa que,persistindo o Governo em aplicar essapolítica, a ameaça continua. Dai a ne-cessidade de se manter viva a vigilàn-cia de todos os democratas c patriotas.

Durante a crise, revelou-se um maisalto grau de coesão e de independênciados setores mais combativos da frenteúnica. A gorilada, ante essa barreira,fracassou. Isto mostra que existem tó-das as condições para que essas forças,consolidando sua unidade e apoiando-senum efetivo movimento dé massas, pos-sam não apenas barrar qualquer outratentativa reacionária, mas imprimir aosacontecimentos um rumo novo, que cor-responda aos anseios de nosso povo e aosInteresses da Nação.

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Plano TrienalCaminhaPara a Falência

Artige di JACOB fiORENDER,M 3« págiiia

700 mil operários

paulistas iniciam

campanha

salarialTexto na2» página

AGUARDE

iO¥OS RIEDIÇÃO DE MINAS GERAIS í

DiA 27 DE ABRIL

BRASILIMLEIPZIG

Acaba de encerrar-semais uma Feira de Leip.zig, na República De.mocrática Alemã. Trata-se da mais importanteexposição industrial, co*mcrcial e agrícola, reali*zada anualmente na Eu*ropa e de um aconteci*mento econômico-socialde repercussão mundial.Constituindo uma tradi.ção de oitocentos anosa grande mostra sempre

i» apresenta o que há demais moderno em todosos ramos da produçãoindustrial e nos proces*sos de aperfeiçoamentoda produção agrícola.

Como nos últimosanos, o Brasil fêz-se re-presentar na exposição'em 1963, com Um standonde o "forte" (vidafoto) ainda foi o café.

Na sétima página oleitor encontrará repor-tagem sobre a Feira dtLeipzig, de autoria donosso correspondente naAlemanha, Hélio Con-treiras.

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Na !)' página, artigos deüalçidio Jurandir. Zde-nek llampejs c AméricoAlbuquerque

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Page 2: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana ide 19 a 25 'de

abril de 1903 —

Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeAoe Militares na Campanha Peloe 70%A campanha dos nariw-

be* da união vai ganharirmlur impetuosldaui.' npos aassembléia que realizarãoamanhã, para reafirmar suadisposição de' prosseguir natutu por um aumento deTO', ia partir de Janeirol,13* vencimento, nl.irlo-laml-It» rU> 4 mil CTUWllOI, adlrio-nsl por tempo de serviço *salário móvel prouurconalao maior salário mínimo.

— Estamos (Umes em lór-no desses ponin.s Sobre elesvamos encaminhar novo ma-nlfesio a'> presidente da Re-pública e a< Casa» do Con-gres.o, mostrando o rliiii-u-lu que representa p-n» o(íovérno um aumento de ape-nas in |X)i cento — afirma-ram o presidente dn UNSP,Carlos Taylor. e o sr. AlaccTayaret, dirigente da Fede-raçfio Carioca de ServidoresPúblicos.

O manifesto i» ser encam!-nhado aos congressistas e aoPoder Executivo terá sua re-(taçao aprovada na assem-Mola dc anuiihà, á qual es-tarão presentes delegaçõesde militares, igualmente In-teressados no problema.

NAO SATISFAZOs dois dirigentes dos fun-

donãrlos públicos federais,que estavam acompanhados«Io sr. Osvaldo Campos, pre-sldente da União dos Pre-videnciários, afirmaram quea Confederação dos Servido-res Públicos do Brasil estáatualmente empenhada noreajustamento de vencimen-tos rios servidores federais eautárquicos, ativos e Inati-vos. civis e militares, e nacampanha de sindlcolizaçãodo barnabé federal, estade longo alcance.

- Quanto à atnecalla-ção — disseram — o fonte-lho de Representantes da

•provou ofctlvo. ba-

Confederação jàanteprojeto retpecíseado nu resoluções do IVCongresso, e JA em poder doministro Almlno Afonso, quedeverá encaminhá-lo ao Ce»gresso Nacional.

— Interpretando a as-seioa de todos os funciona-rios eivis da Unllo e eom oapoio Integral du Me entl-dades direta ou Indireta-mente filiadas, _ Confede-ração nâo abriu nem abrirámoo doa 70% da aumento,bem como doa restantesquatro pontos que eonstl-tuem a rarâo de nossacampanha. Assim, vamoslevar à frente nossa cam-panha pelo 13.° vencimen-to, pelo aumento do salário-família para 4 mil crueelrospor dependente, pelo sala-rlo-mótel para todoa os ni-vels e pelo adicional portempo de serviço — Já con-cedido ao Poder Judiciárioaos demais servidores pu-blicos.

O Oovérno — acentuaramJá elaborou a mensagem

com o projeto de aumentona base média de 40%. Ago-ra, partee qua pretende su-batltulr éese aumento porum abono na mesma base.t evidente, entretanto, quetal percentagem náo satls-fae — nem como aumento,nem como abono — pois estáaquém da elevação do eus-to de vida."RETRATOSEM RETOQIE

Mostrando a verdadeirasituação do funcionalismopúblico da União, os dlri-

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UNIDADEOe bamabés de todo o Brasil então hoje unidos na luta pelaconquista do aumento de 70%. Mobilizados, respondem aos

apelos dos seus líderes, Carlos Taylor 'foto, o primeiroesquerda) principalmente.

gentes da UNSP, da CSPBe da União dos Prcvlden-clàrios exibiram dados sò-bre o aumento do custo devida, seus aumentos de ven-cimentes e o número de ser-vldorea públicos.— De 1960 até nossos dias.o salário-minlmo se elevouem mais de 120%, passan-do de 9.000 cruzeiros para21 mil, a fim de acompa-nhar a elevação do custo devida. Entretanto, nesse mes-

mo período houve somenteum aumento para os servi-dores civis e militares daUnião, e dc apenas 40%, istoem 1962.

Afirma-se, por outro lado,que é elevado o número deservidores e que estes sãogeralmente bem pagos. En-tretanto, de acordo com oúltimo levantamento doDASP, para preparação damensagem do aumento, po-de-se verificar que o total

de servidores públicos i de340.548 — aproximadamen-te 0,4% da população dopais - - e dos qual* 213.157são da administração dl-reta (Ministérios, DASP.etc), 101.345 das autarquias• 10.840 du Universidades.O total de cargos em comis-são é de 3.050, sendo 1.711da administração direta,1.887 das autarquias e 352das Universidades, repre-sentando 1% do total de

servidores públicos. De to*tal de servidores apenas35JM (cerca de 10%) es-tio aos niveis 17 e 10. comog alártos de 40.200 e 60.400,respectivamente, enquantoqw 200.707, aproximada-mento 05%. estão entre oanivela 0 e 10, .oom alárlosque variam entre Sl ali e21.800 cruzeiros.

E ainda mais — acentua-ram — 127 920 servidora(41%), de niveis 1 a 7, per-

e salário mínimo deII saU trae.ro."DESPEJA DIMINUIU

Oeateataado afirma-ata de «ee o fesirtoaalls-«o púbUeo da Unllo da-ria freada ¦esposas ao Te-aoero Madoaal, a dlrigen-ta da barnabes voltam aexibir números Irrefutáveis,foraecMce pelo próprio Oo-vérno.

— Apesar dos últimosrsajastaaenta de venci-mentos eom o plano declassificação, a paridade ee reajostamento de 40%, adeapea eom o pessoal vemdiminuindo de ano paraano, em ralação á despesatotal da administração pú-bilea. Assim, de 15.1% em1066, tal despesa ealu nosanos seguintes para ZM%UNO), 21,0% (1960), 10,6%(1061), mantendo esta mes-ma percentagem ao anoourado.

Enquanto Uso ocorreueom u despesas eom pes-eoal. os gastos ecm subven-çoes aumentaram, nestemesmo período, de 22 para41%.

Muitos entras dada po-deriamos apresentar paradesmentir u alegações deqne há excesso de fundo-aárleo "ea ale bempaia"» «ee a despesa eomo pessoal é astronômica e,po: tanto, que e aumento devencimentos 4 o maior res-ponsável pe'os defleits or-çamentárioi."TÁTICADIVISIONISTA

Referindo-se ás solertcscampanhas movidas tmcertos órgãos da imprensacontra o aumento Justo pa-

ra a funcionária da Unlloe através da« quais pio-curam separar civis e mill-tares, disse Carlos Taylor:

Procuram estabeleceressa divisão genersusaade*so situações especiais Injue-ta« de alguns "marajás"bem cemo eertu vantagensprevistos em lei mas queainda náo foram pagas aucivis, porque estão depcn-dendo dt regulamentação.Heste caso ata a gratifica-ção por tempo Integral e agratificação por risco de fl-da. que apenu vem sondopagas -.os médicos o enge-nhelras e a alguns operáriado Arsenal de Marinha.Achamos, entretanto, qudevem ser corrlgldu mui-tu inliutlçu aos funciona-rios ei vis t aa militares,como é o caso doa tenentes,que, tendo formação tape-rior, merecem ter a aa-moa vencimentos da safe-nheUros, médica e outrosprofissionais de nível nnl-veraltário.

Não seria Justo qne dian-te data situação, eom a fo-me rondando a Iara daservidores pública, qne a'desvie do assunto funda-mental que é o reajusta-mento de vencimentos, pa-ra a tratar de uma radas»sifleaçáo que deve ar fd-ta, ma qne pede ar adia-da.

Concluíram:Estamos convencida

-dt que Miremos vitoriosadessa batalha, pois ela éJusta. Ttmos certeza qnevenceremos tódu u mano-bras dlvlslonistes e «eeconquistaremos o que deis»Íamos dt imediato: o na-Jutamento na base de Tfpoe cento."

I. t*o Paulo (Da sucursal»— O ar. Ademar de Bar-¦os parece decidido mesmoa instituir em São Paulo opollcialismo como remédiopara oa males sociais. Opovo toma conhecimentoagora da volta do conheci-do eepaneador Pascoal PU-saro — o Páscoa — ao co-mando da tropa de choquedo DOPS. late tira, fa-moso pelo pruer sádico quemanifestava ao investirtonara oa sBovknentoa po-¦atara, havia sido afasta-oo de sau funções dade1065. Embora seus sucessara não tenham ficadoatrás no que se refere aviolências, o afastamentodo Páscoa foi recebido pe-Io povo a principalmentepelo a trabalhadores eomgrande júbilo. O novo go-vernador paulista faz umareabilitação que é um In-eentivo ao emprego da bru-talldade contra o povo.AMERICANOSDIRIGEM POLÍCIA

Má tempos atrás os go-veroadores Carvalho Pin-to, Carlos Lacerda e CidSampaio efetuaram umaiuste com o Ponto IV emtorno dos serviços policiais.Tal acordo só foi publica-do pelo Diário Oficial doEstado no dia 15 de feve-Miro deste ano. Talvez náoo tenha sido antes paranão prejudicar a campanhaeleitoral do candidato dosr. Carvalho Pinto. O certoé que, por aquele doeumen-to, o Ponto IV adquiria dodlreit de manter um "con-sultor" junto às organiza-

luta Americana!» % ***"*• ***•*% ** itàmÉêmym * \*mrmDOIS MIL OPERÁRIOS DEBATERÃO NA GBPREVIDÊNCIA SOCIAL E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Ademar Espanca o Povo«6a policiais da Estadasignatários. Em meados demarco Ademar recebeu empalácio com grande atar-de, inclusive com publica-ção no Diário Of letal.Peter Francis Costello, obaleguim americano que dl-rige a poMcia paulista.«POLICIACIENTIFICA»

Durante tra dasdoa, mvasaaadorareceiam á empra_ .bata. tasalada aa VilaLcopcMlae, nata apitai econduziram presa quatrotrabalhadora per dia. Aoaerem libertada, voltandoao trabalho, apresentaram-ae completamente defor-mada petos apaaaatatossofridos. No terceiro dia, aíooo trabalhadora da fã-brlca resolveram reagir.Concluíram qne nio deviampermanecer Indlferen-tes: hojt é o colega do la-do, amanha arema nalEm toou u oficina ouviu-•te uma palavra só: graveiDurante I dtas, a máqul-nu nio funcionaram. Aofim désa preso a patroasdecidiram ordenar a eessa-çáo da eapanoaraentosver-gonhosu que, sarando eles,' faziam parto de uma la-vestlgaelo sObre desvio depeou da Indústria". Cons-tatou-a porem, qas o quea empresa temia aa oavanoo da organlaslo ain-dical. Procurava Intimidarseus empregados. Mu ó ti-ro saiu pela culatra, poisque, terminado o movimen-to, am dois dtas apenu ata-

TRABALHADORES PAULISTASMOBILIZADOS EM DEFESADAS LIBERDADESE DE SUAS REIVINDICAÇÕES

Contando com um grau-ie oomparecimento, realizou-se no último domingo umaassembléia intersindical, afim de tomar medidas emfavor da conquista do sa-lá-rio-íamilia. pela antecipação

. do reajuste gerai de salários,pela posse dos deputado*eleitos e não empossados econtra a carestia. À reunião,•«tiveram presentes o presi-dente dai União Estadual dosEstudantes, Luciano Lepera,o poeta popular Pompllio Di-niz e o poeta Rossine Ca-margo Guarnieri., represen-tante da comissão provisóriado Congresso do Povo Brasi-leiro Pelas Reformas de Ba-se e uma comissão de sol-dados, cabos e sargentos daFflrça Pública.

Depois de aprofundadosdebates, foram tomadaa asseguintes resoluções: a) lan-çar manifesto aos trabalha-dores e ao povo, a íim deque todos estejam prepara-dos para a eventualidade degreve geral contra as ma-quinações golpista de Lacerda. Ademar e, da. e pelasefetivas reformai de bate,de acordo com as delibera-cões tomadas pelo CGT em2 e 3 de fevereiro; b) con-clamar as entidades sindi-cais para que mobilizem suascategorias visando a conqtlis-ta rie reajuste geral de sa-iàrios de acordo com a altado custo de vida; c) enviar

mooio de apoio ao preslden-te da Republica pela posl-cio que tomou.ho aso dasviolações du liberdades de-mocráticas e da Constitui-çâo pelo governo da Guana-bara; d) moção de apoio aostrabalhadores e ao povo dePernambuco, e a ogovérno dosr. Miguel Arraes, que vemsofrendo por parte das cias-s«s "produtora", todo tipode pressão; e) convocar to-das aa trabalhadorea para aConferência Nadonal da Mu-lher Trabalhadora, a reall-zar-se nos dlu 37 • 36 docorrente; f) que todas as en-tidadet sindicais, estudantis,populares e patrióticas orga-tiizem novo dclo de atos emanifestações em defesa daposse da eldta, com o obje-tivo de preparar uma novamanifestação central, comdata a ser marcada; g) inl-ciar ot preparativos para agrande comemoração do 1'dc Maio, que deve ser feitasob a bandeira da defesa daireformas de base, defesa dasliberdades sindicais e demo-Táticas, pelo sallrio-famüia,participação ha hteros dásempresas, tindlcalizaçio ru-ral e posse da eleitos; h)lutar pela revogação do de-creto 1851. de 14-13-62, queao regulamentar a Lei do13' salário, anulou os direi-tos dos tarefeiros e dos quetrabalham por produção,

as ío-lenut-

dleallsaram-se cerca de 300trabalhadores.JARDIM NORDESTE

O Jardim Nordeste, comoa esmagadora maioria dosbairros pobres de 8. Pau-Io. é. pessimamente servido

. no que a reladona a trans-portos, asas moradora Jáforam à praee pública Inú-mens vasa, em protestoscontra saa sJtaaojo. Dtaa-to da ladUatoata davemos estadaal epai, a eapeáanárta (laqaeta Itahe eomtt-noa obtendo gorda laeraat nultrateado a populaçãooperária qne necessita alocomova diariamente pa-ra o trabalho. Novo movi-mento a esboça» nwiflco,ordeiro, embora decidido.Sal. então, o governo ata-dual da sua Indiferença.Nio para chamar a emprê-a relapsa ás falas, mupara Intimar participantesda campanha de melhora-mento a deporem no D0P8.Vária dela já a viramconstrangidos % atender,perdendo u importânciascorrespondentes ao dia detrabalho.

700 MIL TRABALHADORESPAULISTAS INICIAMBATALHA SALARIAL

Dois mil delegada de to-da o Brasil vlo a reunirn« It Congresso Brasileirodos Trabalhadores na In-dústria, que se realizará naGuanabara na dlu 20 e 30do corrente más. O conda-ve é o complemento nata-tal da quatro encontrosregionais taalissdos a par-ttrde 1063 em diversa poo-tos do pais e durante a

retadonaduo ftodalerroblemu re-

gtonaie e nacionais Usados'aos interessa da trabalha-dora..

O II Congresso Brasileiroda Trabalhadora na In-dústria é convocado pelaConfederação Nacional dosTrabalhadora na indústria,que expediu 150 convitespara delegada estrangel-ru. Destes. Já confirmarama presença u delegações daURSS, com quatro mem-bra, dois da China o In-goslàvla, além de outrasque faltam apenas indiuro número de ddegada.

qaais. foramsana de *»^»mcÕm^JadstaesTrabalHsteTi

APÓS 16 AN08A reunião máxima dos

trabalhadores na indústriado Brasil realiza-se depoisde 10 asma de encontro damesma natureu, e quandoimportantes resoluções fo-ram adotadu. retadonaduoom a vida do trabalhadore eom a defaa da Interes-sa dosais.

Para aatarerar o máximosucesso ao eondave, a Oo-S3fcê?»sS.r.,5;Guanabara áallsara, ama-nha,' rennfio aa sede daConfederação Nadonal dosTrabalhadores aa Indús-tria. para debato do ma-torial qne a delegação na-nabarina levará ao Oon-gresso.ENCONTROSPREPARATÓRIOS

Precedendo o CongressoBrasileiro e com o caráterde reuniões preparatóriu,reallaram-a a encontrosregionais, em regida desl-tuações sócea-eeonomi-

eu especificas. O primei-ro deles foi o EncontroNorte-Nordeste, que reuniuem Recife « representou-tes da trabalhadora doAmapá k Bahia, de SO a 31de Julho de 1003. ten PortoAlegre reuniram-se, de 31de novembro a 1 de data-bro de 1003. a trabalhado-res do Rio Orando do Boi,Santa Catarina e Paraná.o terceiro Sncontro reall-jsou-s» em São Pau'ò. nosdlu 16, 16 a lf de ftveret-ro Cs corrente ano. Final-mente, o qaarto encontroreceberá a delegada daEstada do Centro-8uI, e. arealiará em Vitória entre32 t 34 do coerente.

Importantes resoluçoa re-sullarlo daa reunião darepresentantes da opera-ria brasileiros. Sua organi-zaçlo está ando objeto decuidadosos estuda, a fimde garantir o sucesso quedele esperam todos a tra-balhadora na Indústria, tao qual Influentes círculospolíticos e governamentaisestão dispensando espadaiatenção. *.

Congresso Dsnuneia Crimesds Strosssnsr s KxlgsLibertação Dos Prssos PolfficosDepois de assinalar que"o regime de Btroessner

conatitei a expressão oon-centrada do ' latifúndio, daoligarquia e do capital fi-nanceiro internacional", emconseqüência do qual "au-menta a miséria, a fome, odesemprego e o analfabe-tlsmo", oi Encontro Lati-no-Americano Pela Liberem-de da Presos Políticos doParaguai denunciou a exis?tència de mais de 700 000paraguaia exilada na Ar-gentina, Uruguai e Brasil,os quais náo encontravammeios para viver em seupais.

O conclave foi realizadono Rio, no salão da ABI,nos dias 3 e 3 deste mês,constando do temário trêspontos: a dtuação politlcado Paraguai; formas de lu-te pela libertação dos pre-sos politlca e problemascorrelates.

A DIREÇÃODOS TRABALHOf

Participaram do Encon-tro representantes de qua-se toda a paises latino-americana. Para a presi-dêncla foram eleitos: odeputado dr. Eduardo Ro-senkrantz (Argentina), ge-neral Eduardo de SouzaMendes (Bradl), dr. Orlan-do Roja (Paraguai) e pro-fessôra Maria Esther Nico-Uni de Pagola (Uruguai).

Oa lugares de vlce-presl-denta foram preenchidapelos representantes doChile, Colômbia, Cata Ri-oa, México, Peru, Porto Ri-eo e Venezuela, enquantoo secretariado era compôs-to por delegados do Brasil,Paraguai e Uruguai, srs.professor Henrique Miran-da. Francisco Amâncio Or-tis e professor Juan Loren-ao Pons, respectivamente.

O dirigente bancário ca-rioca Antônio Pereira daSilva Filho exerceu at fun-çoes de secretário adminis-tra-tivo. Como secretário definanças atuou o dr. Jacin-to Villalba, do Paraguai, ede Divulgação o dr. Victordo Espirito Santo, do Bra-sil.

REGIME NAZISTA

No primeiro ponto do te-márlo foi feita uma análi-se da situação reinante nopaus. Assinalaram os dele-gados que o povo paraguaio"vive sob o guante de umaditadura brutal e sanguiná-ria, onde não existem osmais elementares princípiosdemocráticos e nao é respei-tada a pessoa humana, pelatotal falta de garantias Ju-ridicas."

Acentuando que as pri-soes e os campos de con-centraçâo estào repletos depresos políticos de todas astendências, e que o regimede Stroessner vem determi-nando o êxodo madço (umterço da população vê-seobrigada a emigrar para so-breviver) o Encontro ex-pressou sua total tolidarie-dade a todos 05 paraguaiosque lutam pela normaliza-çáo democrática do Pais.ressalvando os delegadosque nSò pretendem interfrirno processo político para*gua.o. assunto da alçada deseu povo.

O Encontro, em nome dospovos latino-americanos,aprovou, nesse Item da or-dem-do-dia, resolução nosentido de exigir a liberta-ç&o imediata de toda ospresos políticos, o fecha-mento dos campos de con-centrarão e trabalha for-çados e a cessação das tor-turas e perseguições contra

os adversários políticos dogoverno.LUTA PELALIBERTAÇÃO

Na parte referente ás for-mas de luta pela libertaçãodos presos políticos, o En-contro aprovou importantesresoluções, entre as quais acriação do Movimento deSol'dariedade ao Povo Para-gualo em todos os paises la-tinoamericanos, com umaSecretaria Permanente se-diada em Montevidéo. Resol-veram também os delega-dos dirigir-se á Comissão dosDireitos do Homem da ONU,bem como á Cruz VermelhaInternacional, a fim de queesta organização verifiqueo estado físico dos prisionel-toe e obtenha facilidade pa-ra o envio de vlveres e me-d' .mentos.

Outras resoluções desteponto dizem respeito k par-ticipaçào de entidades sin-cticais, camponesas, estudan-tis, associações populares,dos paises latino-americanosque atuem em favor da pre-sos políticos. Foi recomenda-do também que os Movimen-tos promovam gestões Juntoãs-'autoridades de seus pai-ses, no sentido de qle interce-dam pela liberdade dos pre-sos. assim como o envio dedelegações a Assunção, parareclamar a libertação dosencarcerados.

VIOLAÇÃOOE FRONTEIRAS

Na última parte da agen-da, o Encontro denunciou asrepetidas violações das fron-teiras dos paises vizinhos,pela policia de Stroessner,em perseguição a patriotasque procuravam refugiar-se.sendo que mesmo alguns as-

sassinios foram cometidano território brasileiro.Também foi objeto de vigo-rotos protestos o apoio quegovernos latino-americanostêm dado á ditadura, em or-ganlsmos internacionais co-mo a ONU, a UNESCO e aOEA, fornecendo Inclusive aStroessner material bélicopara a repressão aos movi-mentos democráticos.

As limitações do direito aolivre trânsito, impostas emalguns paises latino-america-nos aos cidadãos paraguaios,por interferência de agen-tes da ditadura, também fo-ram alvo de protestos doconclave, que recomendouaos Movimentos de Solida-riedade a iniciativa de me-elidas adequadas, tanto poli-ticas como jurídicas.PRISÕESE ASSASS1NI0S

Foi fornecida aot delega-dos uma extrema lista depresos políticos, a maioriadeles torturados e outros as-sassinados. Seis destes forammortos em território brasi-leiro. São centenas os queperderam a vida nas mãosdos agentes do ditador para-guaio, inclusive dezenas demulheres. Homens de todasas tendências, profissões, oucorrentes, socialistas, comu-nistas, febreristas, liberais,colorados, católicos, opera-ria, atudanta, profTalo-nais liberais, militares, flgu-ram naiu Hstu. toda ten.do tm «mum o dsajo delibertar e povo paraguaio.Milharei de outra pátrio-tu atlo enarcerados, in»cluilve tm campa dt an*antração tipicamente nazis.tas, arrendo torturas, pri»vacou dt toda a ?•pécie, esendo freqüentemente alvodo ódio aisaisino dt atras-entre

Cumprindo resolução apro-vada na assembléia inter-sindical do dia 31 último,presidentas de federações esindicatos representando 10entldada de trabalhadores,reuniram-a no dia 3, ocasiãoem que deddlram mobllixarseu finada para. eonjun-temente, lotar peto lmedia-to rajosto salarial, de eeôr-do eom a elevação de Índiado casto de vida aa altl-ma 6 maa, bem como In-tar por outras retvmdlea-

^Indutive pela posa da

tada eldta e nio em-panda-

a) — promova até o dia16 do corrente assembléiade cada ategorla qu eul-minará com uma assembléialnterstedial a realiur-se nodia 31 de abril de 1063;

b) — entregar em audi-ência com a Fede-açáo duindústrias do Estalo de SãoPaulo memorial das enti-dades sindicais, contendo u

relv.ií(!leaçôes dos trabalha-dores;

O — em todas as asser-i-blélaa e na intersindical,além do reajustamento lme-diato do «lário, tomar po-slção sobre a seguintes pro-blemu: 1) — alário-fami-lia; 3) — congresso nado-nal da Industriaria e ea-réstia; 3) — poae da depu-tada eleitos e 1.° dt mato.

A rcenilo foi presididaatos srs. Lnls Tenório dtUma (Ped Allsuatotáo).Arthar Avaiont (Fed. Tax-teto) e Floriano franeiscoDesen (Fed. da Ootmlea).SITUAÇÃO OOS^ACORDOS SALARIAIS

Como a sabe. aa ator-da salariais celebrada en-tre outubro e novembro doano passado, foi previstauma revisão aa ais mesesde vigência, ando Isto omotivo que está possibiü-tando a movimentação con-junta dêss?s trabalhadores,cujo total soma 700 mil.

HiRMra AfoiM ArtMo sidara tm tara i

PATRÕES DEVEM 52 BILHÕESÀ PREVIDÊNCIA SOCIAL I

SAO PAULO (Da sucur-sal) — O ministro do Tra-balho, sr. Almino Afonso,protsegulndo na visita quefaz a interior paulista, rea-lizou diversas conferências,com lideres sindicais, traba-lhadores e estudantes sobreos grava problemas do Mi-nistério do Trabalho e daPrevidência Social .

Falando em Bauru foi ca-tegórico:

— "Cerca de 52 bilhões decruairos são descontadosdos trabalhadores em todo oBrasil pdo patronato. Estafabulosa soma nâo foi en-tregue aos Institutos, sendousada para uso exclusivo dospatrões em suas indústrias.Cíiculam, portanto com odinheiro do trabalhador, quenão obtém vantagens quedeveria ter ha previdênciasodal. Ai está uma das cau-sas da deficiência. Não há amenor sombra de dúvida,que injunções políticas sãoresponsáveis, acrescentan-do-se a desidia e a corrup-ção que pretendo extirpardo Ministério do Trabalho".

O sr. Almlno Afonso re-feriu-se à fiscalização do tra-balho, afirmando qua usarámeia para impedir que fis-cais inescrupulosos conti-nuem a agir impunemente.Para evitar isto, estabeleceuum rodisio na distribuiçãode inspetores do trabalho,evitando a formação de "am-blente de amizades", que fa-

. dlitam a corrupção. Organi--zoti também "comandos" pa-ra fiscalizar a ação dos ser-vidores.

Referindo-se á estitténciamédlco-hapttalar, afirmouqut 6 prédio que os traba.lhadores ampreendam quta verdadeira «stUttnda ms*dico-hapltalar, 61a a terãosomente quando o Brasilfor verdadeiramente livre temancipado tconOmicamen*te. Dentro dt três mesa osoperários de Jaú poderão »er»•• «tida por médias doSAMDU, que montará umposto médico naquela dda-ú*.

Duas cartas sindicais expe-

didas em dois meses foramentregues aos dirigentes dasassociações de trabalhado-res. Anteriormente tra ne-cetsárlo quase dois anos pa-ra obter-se o reconhedmen-to. Desta; forma, em Jaúsurge o Sindicato dos Tra-balhadores nu IndústriaMetalúrgica, Mecânica t doMaterial Elétrico de Jaú eo Sindicato dos Trabalhado,res em Indústrias de Ctrve-ja • Bebida de Bauru.

Com relação ás reformade base, o ministro AlmlnoAfonso salientou que a re-forma agrária, é de Interes-se de empregados e empre.gadores, tanto da ddade ee-mo do campo. E Analisei:"E" preciso estimular a pre-dução e ampliar o merendointerno, sem o que o campeentrará em colapso tam-dostria não florteeeri".

NOVOSRUMOS

Dtrttor .Orlando Bomflm MaiorDiretor ExtcutivaTragmon Borgw

Redator CSi«f«Lu)s GassaasoG«renta

(iuttembers CavalcantiRedacío: At. Rio Orsaco,

SS7 17» utdar S/171STcl.i «1-7144 _

Carência: Av . Bio BiwkoÍS7 • S* andar 8/SM¦ SVCIR8AL DE UO PAULO:

Roa IS do Novembro, tSSS» andar-8/817

TH.: SS-S4SS —Endereço iciegráflco

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• - - - *- -*- «-^—¦*—

Page 3: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

**'*h th Jansjlro. somano d* 19 a 25 do obril de 1963

UnNOVOS RUMOS I -

Política Financeifa do GovernoAgrava a Carestia da VidaTerça-feira últims, uma

delegação da Liga Femlnl-na do Estado da Gusnaba-ra ío| recebida em audiên-ita, no Palácio das Larsn-Jeiru, pelo sr. João Gou.lart, a quem fêz a entregade um memorial, com 25mil uslnaturas, apontandua responsabilidade dos po-deres público» pela carestiada vida e reclamando me-dldas concretas capazes de

'conter a tremenda alta dosproços.

.O memorial, lido pelasra. Ana Montenegro, lem-bra que as promessas feitasanteriormente pelo Governo,à Liga nào foram cumpri-das, enquanto novos favo-res foram concedidos aos.grupos privilegiados e "asesperanças de dez milhõesde brasileiros que disseram"nào", expressando as mes-mas esperanças da maioriada população, vão se gas-tsmdo, todos os dias, con-sumidas por novos aumen-tos". Acrescenta o memorialque o problema da carestianão pode ser encarado "se-não dentro do quadro daatual política financeira,

cujos resultados estão agra*vando, perigosamente, amarginalização social degrandes massas popularesem nosso Pais, particular-mente no que diz respeito àinfância, a quem se está ne-gando o mais elementar de.todos o8 direltrs — o de so-brevlvúncia". E dirigem asinulheies uma série de per-guntas canelemos ao Presi-dente da República: porqueos latifundiários da Confe-deração Rural Brasileira fo-ram favorecidos com umaumento de 50 por cento no

.preço do leite, que é vendi-do ao consumidor mais ca-rp que para a industrial!-zação? Porque 85 por centoda safra de café sào finan-dados, antecipadamente, en-quanto nlo se aplica umapolítica de preços mínimos,como manda a lei, para osgêneros de primeira neces:¦idade? Porque "nós u do-nu de cara, os trabalha-dores, devemos pagar. 3 bi-lhões e 500 milhões de cru-

zeiros a um» companhia cs- ^gorülcos. moinhos, fabricastrangeira, cujo contrato eslá vencido e cujo acervo Im-prestàvel já foi pago cen-tenas de vezes?" 1'orqucpretender conseguir divisascom a carne, se é táo baixoo seu consumo dentro dopais devido a seu altíssimopreço? Por que uma sim-pies portaria da SUMOC be-ncflcla em 5 bilhões de cru-zeiros os exportadores dealgodão? Por que se admiteque os moinhos continuema sabotar a cultura do trl-go?

.Depois de estranhar o apé-lo feito pelo ministro SanTiago Dantas às donas dccasa ("nào comprem hoje,comprem amanhã"), diz omemorial: "No entanto, nc-nhuma medida foi lomada.contra os frigoríficos estran-geiros, os latifundiários, osgrandes produtores, os ex-portadores testas-de • ferrodos trustes, os monopolistase sonegadores dos gêneros

.de primeira necessidade, osfabricantes dc leite em pó".Acrescenta o documento: Sa-bemos que a raiz de todosesses problemas, que nospreocupam e nos afligem,

.está nas causas que dizemrespeito à dependência eco-nómica do Pais, onde os lu-cros dos investimentos és-trangeiros atingem até aporcentagem de 1.000 porcento, e cujos responsáveispor êsses investimentos ain-da usam de artifícios comoo da Aliança para o Pro-gresso que segundo decla-rações do sr. David Hock-teller, "deve aplainar o ter-reno para novug Investlmen-

,tos".Por fim. para fazer face

à tremenda situação aluai,a. Liga Feminina apresentaas seguintes medidas, "quenão podem esperar mais pe-Ia simples boa vontade dos ,

de leite em pó;2 ¦ - considerar o leite um

alimento social, organlzan-do, Imediatamente, uniuempresa estatal para a dis-tribuição do produto "In na-tura". nos grandes centrosconsumidores;

3" — suspender o finan-ciamento para estocaiicm dccarne, por parta dos frlgo-rifleos estrangeiras, c con-ceder créditos a pecuaristase abatedores nacionais, ta-betando, no entanto, o pro-duto desde o novilho decorte;

4» _ operar a compra, otransporte e a revenda,através dos órgãos oficiais eutilizando os mercados pú-blicos, de gêneros de prl-melra necessidade, como oarroz, o feijão etc;

5' — utilizar, intensiva-mente, os transportes ferro-viários e marítimos, objctl-vando o barateamento dosgêneros alimentícios;

e> — proibir que as em-presas de produção e co-mérclo de artigos como oaçúcar, o sal e o mate, sobo controle de autarquias fe-derais, aufiram lucros alémdos limitados à manuten-çào dss mesmas, cujos lu-cros, se houver, devem serrigorosamente investidosno rendimento técnico daprodução;

7* — Isentar dos chama-dos Impostos de barreira to-dos os produtos vendidos,diretamente, do produtor aoconsumidor;

8? — instalar cooperativasde produção agricola comisenção de todas os impôs-tos, inclusive os.de barrei-ra;

D» •— desapropriar, ime-diatamente, as áreas clrcun-dantes dos grandes centrosurbanos, pr-ra fins de pró-dução agrícola, proibindoqualquer exploração lmobi-liaria:

10? — permitir a partlcl-pação das donas de casa edos trabalhadores, em .to-dos os órgãos cuju atlvida-des estejam relacionadascom o abuteclmento e o

... ,j .. —controle de preços;podêres constituído, ff ^Á^tàim* as lata

1« — Nacionalizar as em-, ftributarias, no sentido dapresas estrangeiras «om ati- * 'eUmjnação

J*o__m_^to__devidades nos setores de pro-

"" "* ' " ~"

duçáo de bens de consumo,que devem ser consideradoscomo "bens públicos", e cujomonopólio é atentatório àsegurança nacional: — fri-

vendu e consignações páragêneros alimentícios e utlll-dades Indispensáveis;

12.° — taxar, progressiva-mente, o Imposto de renda;

13.° — unificar os livrosdidáticos em todo o territó-

Nota Econômica

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Palavras quenão convenceram

Voltou o ministro San Tiago Dantas àtelevisão, esta semana, para talar sobre apolítica econômico-financeira do Governo e,naturalmente, defendê-la. Forçoso é, po-rém, reconhecer que, apesar da indlscutivelcapacidade do ministro, a ingratidão dacausa não permitiu que ficasse nos ouvintesuma boa impressão. Pelo contrário: finda aexposição, os que a ouviram só puderamconcluir que os preços continuarão a subir,que a produção Industrial (pelo menos ade bens duráveis) não está aumentando eque em alguns setores começa a concretizar-se a terrível ameaça do desemprego. Cha-me-se a isso deflação, ou pré-estabilização,como quer o ministro San Tiago Dantas, ofato é que o combate à Inflação não estásendo conduzido nos termos em que o Pia-no Trienal prometera fazê-lo, Isto é, man-tendo uma elevada taxa de desenvolvi-mento.

De resto, não podia ser de outra manei-ra. desde que o programa antiinflacioná-rio adotado pelo Governo foge às causasbásicas da inflação, que são a espoliaçãoimperialista — através da deterioração darelação de trocas e da transferência de ri-quezas do Pais para o exterior, através dasempresas imperialistas — e uma estruturaagrária anacrônica. Renunciando a enfren-tar esses dois males fundamentais, qual-quer programa antilnflacionárlo não. podedeixar de resvalar para as receitas mo-netarlstas do FMI, como o demonstram sobtodos os lados os exemplos da Argentina,do Peru, da Colômbia, do Chile e de algunsoutros paises subdesenvolvidos.

Afirmou com grande dose de razão oministro San Tiago Dantas que existe una-nimldade quanto à necessidade do combateà inflação. Por diferentes motivos: para ostrabalhadores e, em geral, os assalariados,porque a inflação representa o permanenteesvaziamento do poder de compra dos seussalários e vencimentos; para as classes pos-suldoras, pela carga de ameaças que a in-fiação encerra quanto à estabilidade eco-nômica e. principalmente, social. Acres-centou que cessa tal unanimidade quandose trata de encontrar os métodos de com-bate à inflação. E* perfeitamente naturalque seja assim. Do ponto de vista da classetrabalhadora, só pode merecer a mais vivaoposição uma política antiinflacionáriaque, tal como a política inflacionárla, acar-

reta também ela a queda do poder de com-pra dos salários e, o que é ainda pior, odesemprego e a decadência econômica. Po-.deria supor um homem da capacidade doministro San Tiago Dantas que os tra-balhadores viessem a dar apoio a seme-lhante política? Claro que. nào. Ai está ocaso tio aumento para o funcionalismo pú-blico. Foi fixado em torno de 40%. Mas,será Isso aceitável? Claro que não, pois aelevação do custo de vida, desde o últimoaumento, em abril do ano passado, foimulto superior àquela taxa. Só nos últimosquatro meses, de dezembro a março, a ele-vação de 56% no custo da alimentação re-presentou para os que vivem dè baixos sa-lários um aumento de 24% no custo da vida.E* perfeitamente compreensível que as ca-tegorias de trabalhadores servidores pú-blicos — ferroviários, marítimos, portuários,etc. — não possam aceitar aquele teto. E'natural que lutem para eleva-lo de modoa pelo menos manter o seu nivel de vidaque. apesar de tudo o que se escreve nagrande imprensa, está longe de ser satis-íatório. . .

A política antiinflacionária não podeser conduzida com aprovação de todas asclasses. Por isso mesmo, se o Governo ti-vesse êxito nesse seu propósito de baixará força o nivel de vida dos servidores pú-blicos, certamente náo poderia contar comseu indispensável apoio — nem das massastrabalhadoras, em geral — para levar acabo uma medida progressista como seráa de lazer com que o café contribua com100 bilhões de cruzeiros para o8 cofres pú-blicos. este ano. Nem, tampouco, encontra-rá forças para resistir à pressão de todosos grandes exportadores no sentido da des-valorização do cruzeiro. E como o café,em particular, e o setor exportador, em ge-ral. são poderosos fatores lnfláclonárlos, re-conhecidos até mesmo pelo Governo, só-mente será possível neutralizá-los coni umapoio correspondente de íôrçu sociais desinal contrário.

Eis por qiè, teimando em persistir nacamisa-de-fôrçl monetarista do FMI, lon-ge de combater a Inflação, estaremos agra-vando o processo Inflacionário. Por dois la-dos: por novas e maciças emissões e pelaqueda da produção. Sabe-se que o critérioda verdade é a prática. E que nos mostra,senão isso, a realidade argentina?

rio nacional, cem exceçàcdos de aspecto > g. Gráficosregionais, dando-lhes vali-dade técnica durante cincoanos. com a audiência deproffM.Ves militantes, cre-denciados por órgãos declasse;

M.° - tabelar o livro dl-dàtlco;15.o — tabelar u anuída-

des escolsres e Intervir nosestabelecimentos que nãorespeitem o tabelamento;

16.° — punir os sonega-dores e especuladores, apil-cando. realmente, a Lei De-legada n.° 4/62;

17.° —* constituir uma au-tarquia, através da unifica-çào dos laboratórios, jáexistentes, do governo(Exército, Marinha, OswaldoCruz, etc.), promovendo anacionalização (de fato)dos grandes laboratórios es-trangeiros, de acordo com otrabalho elaborado pela Co-missão dc Defesa e Descn-volvimento da I n d ústrlaFarmacêutica Nacional;

18.° — apoiar o projetodo Deputado 8érglo Maga-Ihàcs, para a reforma urba-na. no sentido da desapro-prlação. por Interesse so-dal, dos Imóveis locados por10 ou mais anos, em favorde seus inquilinos;

19.° — encampar tódu asempresas estrangeiras deserviço público, dc acordocom o custo histórico e porprocesso Jurídico; e imedia-ta revisão das extorsivas ta-xas de luz e gás;

20.° — cumprir rigorosa-mente, (o Poder Executivo)a Lei de Remessa de Lu-cros;

21.° — limitar o financia-mento aos grandes produto-res de café à quantidadeexata absorvida pelo merca-do internacional, com a ex-tinção do financiamento,-

22.° — revisar as lnst.ru-ções da SUMOC. no sentidodo estabelecimento do mo-nopólio do cambio de custo;

23.° — estabelecer o mo-nopólio da Importação, dorefino e da distribuição dopetróleo e derivados, no sen-tido da economia Indepen-dente do pais.JANGO RESPONDE

PLANO TRIENAL ACAMINHO DA FALÊNCIA

O PresWènlo ida Repúhll-ca respondeu à delegaçãofeminina, afirmando que eetinha pessoalmente emponhadó em receber as repre-sentantes da Liga, pois com*preendia u aflições das mu-lheres, das donas de casa.Disse que recebia o memo-rial como uma contribuiçãoao Governo. E afirmou: "Opovo deve mobilizar-se e or-uanizar-se em torno da lutapor medidas como as quesão preconizadas pela LigaFeminina. Só assim pode opovo conquistar as suu rei-•/indicações". Referiu-se aoprojeto de reforma agráriaenviado ao Poder Legisla*'-vo e terminou declarandoque quer estar sempre emcontato direto com o povo.

Falaram ainda, na oca-siíto, o ministro Hélio de Al-meida e o diretor dos Cor-rolos e Telégrafos, coronelDagoberto Rodrigues.

Kmi.iiiuiii jú nu <iu.ui..més de aplii-açau do PlanoTrlenul e o» fatos se nciimu-Iam. à vista de todos, par.»(iesmentlr rutundamente nnioarda otimista dos seus pu-trocinndoros. E, com vigor

Íiroporcional, confirma-se a

ustcia do poslçAo dos eu.munistas e de outros seio-res patriótico*, que nào va-lilaram em denunciar aqueleprograma econômico, expres-são pioneira de uma orlen-taçào antinacionai é antipo-pular, para ser desenvolvi-da, precisa ultrapassar o es-trito plano econômlco-flnanceiro o assumir caráter ge-nerallzado.

A razão de ser básica doPlano Trienal era a necessi-dade de reduzir a taxa de In-fiação, trazendo-a do ritmogalopante atual para um rll-Umu de inflação "domestica-da". Semelhante razão deser hoje se desvanece, enão porque o Plano Trienaldeixou de ser aplicado, mas,inteiramente ao contrário,porque está sendo aplicadocom rigor.

Porventura nào foram ell-minados os subsídios ao con-sumo do trigo « da gasoll;na nào foram majoradas emmuitas vezes a* tarifas fer-roviárlas, não se reduziramdrasticamente as despesssgovernamentais e nào se es-tabeleceram tetos para ocrédito bancário, etc, etc.?.Tudo isto tinha sido reco-mendado pelo Plano Trienale tudo isto vem sendo leva-do à prática com Inflexi-billdade, o que. aliás, con-trasta com o modo de agirhabitualmente gelatinoso dosr. João Goulart. Êste fêzmais ainda: proibiu a eleva*ção do preço do aço de"Vol-ta Redonda, o que constituiurégla subvenção às empresasprivadas consumidoras daprodução siderúrgica, em prl-meiro lugar à indústria au-tomobillstica. embora, porIsso a empresa estatal se vis-se obrigada a arcar comgrande prejuízo e impossibi-litada de cumprir o seu pro-grimá dc investimentos.

Eis, então, o primeiro re-soltado da política aplica-da: de janeiro a marçodeste ano, o custo de vida,na Guanabara aumentouem 16%, segundo dados daFundação Getúlio Vargu.Em igual período do anopassado, o aumento docusto de vida havia sido de8*. on seja, a metade doaumento correspondente aoprimeiro trimestre de 1063.e inferior mesmo à eleva-çào verificada somente nomês de março último, cujos9.7% marcaram o máximomensal Já atingido pela In-fiação no Brasil, t possível,pois, a esta altura, prenun-ciar que o nivel de preços,em 1963. se elevará multoacima dos 25% fixados peloPlano Trienal, cabendo le-var em conta que, no se-gundo semestre, em regra,u pressões lnflaclonàriucostumam ser mais fortesdo que no primeiro somes-tre.

Perde o Plano Trienal,por conseguinte, sua pró-pria razão de ser. Caminhapara falir no que era, a bemdizer, o seu único objetivo.

A continuar esta políticaeconômico - financeira, éinevitável que a situação seagrave. O Plano Trienal pre-

Jictb Gorendervé o ro justamente du ta-xas cambiais de acordo coma elevação dos preços inter-.nos. No seu comunicado de >25 de março, em Wuhlng-ton, o sr. San Tiago Dan-tas reafirmou que "a taxacambial nào será dissociadado nivel Interno dos pre-ços". Em linguagem maisclara. Isto significa que ocruzeiro deverá sofrer bre-vemente nova desvalorlsa-çào. s que outra conse-qtténcla poderá advir dadesvalorlução cambial docruzvlro senão um novo Im-pulso à elevação gerai dospreços Internos?Mais nma ves, a nação se-

rá sacrificada para enrique-cer os latifundiários e ufinnu exportadoras, a pre-texto de que é necessário in-crementar u exportações afim de obter mais divisas.Ora, a experiência já dc-monstrou em demasia que omontante de divisas, no casode um pais como o Brasil,só depende secundàrlamen-te da taxa cambia), umaves que u decisões funda-mentais no r»»*r«<io espi-talista mundial pertencemaos monopólios du gran-des potências Imnerrallstas.Bem ao contrário, é maisprovável que a desvaloriza*Cão cambial estimule a bal-xa do preço-ouro dos nossosprincipais produtos de ex-portação. cuia procuraé. atualmente, poucoelástica, o que trará comoresultado a redução —e não o aumento — do mon-tante de divisas. Ao mesmotempo, apesar da extremanecessidade de amoliaçàodos mercados externos, ocomércio brasileiro com osnalse*. spetellstas co"»'ni'aa enfrentar a propositadalentidão du negociações, amá-vontade e até a sabota-gem criminosa nos altos es-calões dos ministérios e de-partamentos governamen-tais. .

O Plano Trienal se pro-punha baixar a faxa de In-fiação, sem afetar a taxaanual de crescimento doproduto nacional, que deviaser mantida em 7%. Sucede,porém, que Já em 1962, ataxa de crescimento da eco-nomia brasileira, inclusiveda produção industrial, so-fria significativa redução,indicando possivelmente oinicio da inversão da ten-dência de rápida expansãoeconômica registrada nosprecedentes dose anos. Aaplicação do Plano Trienalnao podia ter, portanto, ou-tro resultado senão o defrear ainda mais o ritmode desenvolvimento. Sàosintomáticas a este respel-to u noticias de desem-prego na indústria paulls-te, que até o ano passadoainda vinha absorvendogrande quantidade de novamão-de-obra. Os setores

primeiros atlngldcs — auto-veículos, artigos elétricos —figuram entre os que ex-pioram em larga escala uvendas a crédito, mas, seprosseguir esta tendência,os reflexos da contenção sefarão sentir inevitàvelmen-te nos demais setores Indus-trials.

Os trabalhadores enfren-tam, assim, neste momento,os flagelos da elevação verti-cal do custo de vida e do de-

.semprêgo que começa a se

Diante da Ameaça de GolpeCGT Poderá Deflagrar GreveGeral a Qualquer Momento

manifestar na Ares mais dl-iiàmlcn ds economia hia*i-loira. A propósito do ciimodc vida, basta mencionar que,.iiOluo novembro do ano pas-8ado, quando fo| decretado,

, alé iria, ,u ».<i ano corrente.I o úilimu H.ii.i.Kiniln mo I.»lio.ácUi na Uuanaburii, _n porçcnlo do seu poder uqulsiii-vo inicial, segundo danos daFundação Getúlio Vargas.Diante di",ta sltuaçào, o gO'verno do sr. Joào Goulartameaça rongelar os salários,a pretexto de enquadrar okreajttstamentos salariais n"hlimites da elevação do custode vida. Que isto náo pas-sa dc pretexto, demonstra oa decisão governamental,reafirmada em Washingtonpelo sr. San Tiago Dantas,de cumprir à risca o PlanoTrienal, concedendo sômenieo aumento francamente ir-risôrto dc 40 por cento aofuncionalismo civil e militarda União.

.Aa lutas salariais adquirein, nesta emergénca In-dependente do que pensemos seus participantes, umcaráter diretamente político.Trata-se nào apenas de ai-cançar outro reajustamento.mas de derrotar a políticaeconômico-financeira do Go-vérno, que visa sacrificarainda mais os trabalhado-res, a fim de proteger os |n-terêsses do grande capital es-trangeiro e nacional sob apressão evidente dos círculosmonopolistas norte amerlra-nos. Defendendo os seus sa-lários, os trabalhadores de-tenderão igualmente os in-terêsses nacionais, e, na mo«.ida em qu. tenham cons-ciência désse fato e o sai-bam vincular abertamente àsreivindicações antiimperialis-tas e democráticas, poderãoassumir a vanguarda da lu-ta pela emancipação do paisc pela reforma agrária ra-dieal. Esta » situação dccl-siva, que hoje se apresentadiante do movimento opera-rio e de todos os trabalha-dores da cidaiie e do cam-po. A afirmação dos interés-ses nacionais impõe a neces-sldarte de barrar a aplicaçãodo Plano Trienal e eliminarsuas maléficas conseqüênciaspara o povo brasileiro.

O mais grave consiste to-davia, nos resultados da mis-sfto San Tiago Dantas aWashington. O Plano Trie-nal foi uma espécie de cre-denclal com que a missãose apresentou nos EstadosUnidos, a credencial da "boavontade" na ia- com o capitalmonopolista norte-america-,no. liste, através dns agén-cias do governo Kennedy,nào concedeu, de imediato,mais do que 84 milhões dedólares e a prorrogação peloFundo Monetário Internado,nal de um pagamento de 26milhões de dólares. Os res-tantes 300 milhões prometi-dos ficaram na dependênciade nova» negociações com oFMI. que enviará uma mis-são ao nosso pais, e com oscírculos financeiros da Eu-ropa ocidental e do Japão,estando uma parte, que pro-cederá da Agência para o De-senvolvimento Internacional,ainda sujeita à aprovação deverbas pelo Congresso dosEstados Unidos para o anofiscal de 1963*4. A coisaé clara: o dinheiro ianqueirá pingando à medida emque forem cumpridas as

Fora de Rumo

cláusulas expostas no comu-nlcado subscrito pelo sr. San'i U,-o Dantas. Dal oue afir-me o sr. Davld Bell no seucomunicado: "O desembolsodi^sses fundos deve ser esce-Inundo no tempo, como fôrrequerido pelo progrsma eItmilrliiinvntr á rcalitaçãodns medidas descrita* por v,ftwfei." i Vide O Estado dt P,Paulo, dc 26-3-1063. O grifoé nosso — JGi.

As "medidas descritas" sàoas do Plano Trienal e outrascorrelatas, que consubstsn-<iam a- atual política eco-iiômii'11 .financeira, .Segundo arevista Visão, no seu númerode 5 de abril. "San Tiagoobteve um êxito parcial expresslvo ao contornar o ca-minho da consolidação uni-lateral ou moratória queprecipitaria uma crise dp radualizarão p r ' -."

Para a revista Ianque sópode ser. é evidente, um éxl-to ter fugido de recorrer àúnica solução realmente deacordo com os Interesses na-ctonals: a suspensão doscompromissos externos, en-quanto não fór superada acrise do balanço de praga-mentos. Nào se adotou estaso.uçào. que multiplicariamultai vó-.;e- o nosío podeide negociação com os cre-dores dc um lado e outrodo Atlântico e que poderiaser apoiada na aceitaçãoda ajuda soviética, recente-mente reafirmada pelo prl*mclro-mlnistro Niklta Krus-chlov. Em compensação, amissão do ministro da Fa-zenda. em nome do Govêr-no Ooulart. aceitou condi-ções de subserviência, queamarram a economia bra-silelra aos ditames dos seusespoliadores a 11 e n lgenas.Basta reproduzir, a êsterespeito, o que diz o citadonúmero de Visão: "O FMIdeseja observar como secomportará o Oovérno bra-sllelro na questão salarialpara poder' avaliar u in-tsmõí.s rrais rin Oovê-no cmmatéria de estabilização mo-nrtírla. Para obter o avaldo Fundo, e portanto umapronta liberação dos crédl-tos amcrlcpnos a parti* dejunho. San Tiago terá deadotar uma linha dura paracom o funcionalismo e omovimento sindical, compro-metendo o Oovérno Ooulartnesses próximos meses ain*da msis com a política doausteridade sobre os assa-lariados".

As medida* ecnnômlco-fl-nannelras e a orientação dosr. João Ooulart no sentidode um entendimento cadavez mais estreito com uforças reacionáriu evlden-ciam qúe vai sendo acele-radamente posta em práti*ca a linha governamentalde conciliação com o im*perialismo e o latifúndio,que decorre da própria na-tureza dúpllce da burguesianacional. Elementos destapolítica são ss capitulaçõessucessivu, as concessões emsérie aos piores Inimigos dopovo brasileiro. No momen-to atual, golpear o Imperia-lismo e os seus agentes In*ternos significa, fundamen*talmente, unir as forçu na-cionallstas e democráticaspara derrotar a política deconciliação seguida peloOovérno e substitui-la poruma efetiva política de li-bertação nacional.

"O Comando Geral dos Tra-balhadores dirige-se a todosos companheiros convidando*os a què unidos e organiza-dos respondam com umagreve geral a qualquer tenta*tiva de golpe que se preten-da consumai'" — eis a pala-via de ordem dada peloCGT aos comandos estaduaise a todos os trabalhadoresbrasileiros, em manifesto dl*vulgado na semana que pas*sou e que pela sua impòrtàn*cia como documento políticoe como orientação para ostrabalhadores transcrevemosna Integra:

"O Comando Geral dos Tra-balhadores dirige-se a todosos trabalhadores para denun*ciar a conspiração de umgolpe de d.reita tipo "gori-ias" da Argentina, com oobjetivo de liquidar com tô*das as liberdades democrá-ticas e os direitos sindicais.Forças que hoje comandama Nação, de concessão emconcessão, caminham parauma posição a reboque cioseme servem aos interessesantinacionai. o dos que lu-tam tenazmente contra asreformas de base — princi-palmente a agrária — quevirão tirar a Nação e o seupovo da situação de fome emiséria em que se encon-tiam.

"Objetivam, também, im-p».üir que se desenvolva oprocesso democrático, únicomeio capaz de garantir asconquistas nacionalistas de

nosso povo — PetrobrAs, Ele*tiobrás, Siderúrgica Nacio-mal, Alcalls, política externaiindependente, etc. — as vi-tórias sociais e econômicasdos trabalhadores como arevisão periódica dos sala-rios, fiscalização das leis tra-balhlstas, participação naadministração da Previdên-cia Social, etc. e a concre-tiüação das novas reivlndi-cações que se encontramconsubstanciadas no Manl-festo do Encontro de SàoPaulo."Pretendem com Isso, osinimigos de nossa Pátria —civis e militares — golpearas liberdades e Implantaruma ditadura que, evitandoas reformas reclamadas pelaNação, garanta a preserva-çào dos odiosos privlégiosainda imperantes em bene-íício dos latifundiários, es-peculadores, atravessadorese representantes dos gruposfinanceiros que espoliam evendem o Brasil."Querem através da forçae da violência impedir a apli-cação de uma política e.xter-na independente, que consa-gre o principio da autode-terminação dos povos."Querem intervir nos sin-dicatos, nas Federações, Con-federações. Sindicatos Ru-rais, Pactos de Unidades eAção e no CGT, para assimsufocar a grande luta pa-triótica pelas reformas járeferidas e pela ampliaçãodas liberdades. Dessa formavisam ps golpistas lmplan-tar o congelamento dos sa-

lários, vencimentos e impe-dir a consolidação das con-qulstas dos trabalhadores edo povo em geral.

"O Comando Geral dosTrabalhadores está perma-nentemente, à frente da lu-ta contra a consumação dogol»)p rvi» ps "Rorilnr." trn-mam contra a emancipaçãoeconômica', política e socialda nossa Pátria. Por tudo is-so. o Comando dirige-se atodos os trabalhadores pa-ra, unidos e organizados, res*ponderem com uma greve ge-ral. se qualquer tentativa degolpe se consumar."Determinamos aos com-panheiros dos Comandos Es-taduais dos Trabalhadores,às Confederações, às Fede-rações, aos Sindicatos s aosPactos que mobilizem ime-diatamente os trabalhadorespara, na luta cotidiana pelassuas reivindicações, aguar-darem mobilizados a palavrade ordem do CGT. que podeser dada a qualquer mo-mento que se tornar neces-sária a Greve Geral."Estamos certos de que,unidos como estamos aoscamponses, estudantes, par-lamentares nacionalistas In-telectuals progressistas, en-fim. juntamente com todasas forças patrióticas civis emilitares, conquistaremos avitória, porque os nossos ob-jetivos são justos, humanos ecorrespondem aos ' perma-nentes interesses do Brasil edos milhões de brasileirosaas cidade, e do campo".

Na semana em que se Iniciava a batalha das refonw»»£h?h ° iSr,.J0.fi? °J5ulart deu nôvo ^oul™ em sua a«vi-h» /./rn.£lquiml8ta ^.cpnciliaçào. Reuniu os coniandiltes5n . "? CT °„mln*_.tro da °uerra • Primeiro sl^atáriodo Manifesto dos Coronéis. Com eles o presidente da Reoú-T.n.g.°

í?ntas comPa4re«u à televisão para defende- audi-S. SoSP<? * V*** ^ *¦ fW^*.-, .No c°mèW déstc mês as forças reacionárias reunidasem torno do general Kruel. ergueram a cabeça, Obedecerãon\*r..tXei de,corn?ta *» -"•""•«••s pbscStlètSfíS22 imi £ lngui!:air.,P°r suas noslções gorilesca. na crisede 1961 Que pretendiam os autores da convocação e os oueaaela atenderam? Desejavam desarticular o esquema dl for-ças democráticas do Exército, da Marinha e o^ AeronáuUcaehefeVmWtarra Senim' T™ V,sadas as cabe«as *SSso »»?« hn^úJ,_idenUíicados com ° «"'vlmento nacionalista.S^^í1 ° !eneral Osv,no- *«« trabalho, que£15,3 _um.a Mncat*»nacao. que encontrava cobertura emH«^««if^yer80s matizes • <iue demonstrava a existênciaS^. .iítraçofs s,usP«lt*s "o próprio Oovérno, foi barradopela reação du forçu populares, nas áreas civil e militar.

Fracassada a "blltz". o general Kruel procedeu ao rea-grupamento de suas seções de asfalto e nessa mesma oca-siao o sr, João Goulart surgiu em cena, com uma bacia depanos mornos.* interessante ver-se como nessa orquestração se por-taram os grupos instrumentais. A imprensa de diversos ma-«zes nem uma só vez desafinou. Continuou atenta à parti-tura e firme na execução. Tudo facilitado pelo Banco doBrasil e Caixas Econômicas.Na televisão, o sr. San Tiago Dantas descobriu a pre-sença de uma esquerda positiva e de outra negativa. Nasfileiras da esquerda positiva imediatamente o ministro co-locou o Oovérno. considerado; em sua imaginação, umaespécie de monolito. E a esquerda negativa? Esta, segundoo ardiloso professor, é representada pelos que preferema inviabilidade, pelo_ que anunciam catástrofes, pelos queLenln apontava como vitlmu da doença Infantil do comu-nismo, etc.Assim, começa a batalha da votação das reformas debase com uma alteração tática na posição dos que por váriosmodos e diversos motivos desejam combatê-las e deforma-Ias, transformando-as em textos de lei Impraticáveis ouinócuos. Os alqulmlstas da conciliação vão medir forças cemos que desejam reformas- efetivas. Conseguirão os homensda esquerda positiva impingir ao Pais um amontoado doreformas negativas?

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Page 4: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

U 3 — NOVOS RUMOS

Uma Vanguarda de AçãoDirigente de Grandes Massas

âéVuaass) sul tuVIesBuf 1

Md dt Jonttro, itmana de 19 o 25 dt abril dt 1963 -

OS OOMUNISTAS E OSMOVIMUTOS M MASSAS

•twveo» VrrrMt

Comemoramos o 41.° ani-vertsrio dc fundação doPCB com êxitos no procctsoda formação marxlsta-lenl-nista da vanguarda comu-nista biu.iiii.i.i.

No uiiiuiu encontro nacio-nal, aprovamos importantesresoluções que guiam nossaação política, ideológica eorgânica. A resolução sobrea política de organização ésem dúvida uma contiibul-çso histórica para a suaconstituição como movimen-to marxista-lenlnisu. Essaresolução é fiel às idéiascentrais das resoluções daConvenção Nacional de 1860e procura sistematizar ex*pcriénclas históricas.

Ao apresentar a necessi-dade de Interpretar comacerto a época cm que vt-vemos, como condição obje-ttva para aplicar com êxitoesta política de organização,assesta um golpe no dogma-tismo e no sectarismo, deum lado, e no nacionalismoBurguês e no revisionismo,de outro. No processo hlstó-rico do movimento comunis-ta brasileiro, constitui umfato comprovado que todaves que acerta na lnterpre-taçso correta da situaçãointernacional, avança, e,pelo contrário, quando nàoacerta nesse sentido, seatrasa.' Isto se relacionatom á tese marxista que ca-lectorise o movimento revo-tuclonaiio como um proces-to que possui dois sspectosinseparáveis: o externo e oInterno.

A própria fundação doVertido abarca esses doisaspectos: surgiu como re-soltado do desenvolvimen-to Industrial, do crescimen-to do proletariado e de suas

ds um lado, e dos re-i grande Revolução

ejo Ottobso, de outro. Ou-aras setes asesõricos compro-

sta afirmação. Ema ostontaoào que nosà lossaeeao da Ali-

Libertadora,t lata contra

• gearea o o saeeaaao, foisdapela

cor-aaaasada. Tam*

a n Guerraa linha de união

nadonal eoatra o nazl-fas-esaao foi ama decorrênciada sttuaeão qae se criou

a entrada do Brasil naFinalmente, a novaInternacional cria-

da com a formação do sls-tema socialista e o avançodo socialismo — situaçãoesta analisada em profun-cMdade pelo XX Congressodo PCÜB — taflure também

> ae orientaçãopela Coavepeãe Na-

etonal de 1960.A resolução, ao snsisttr em

fae uma outra condiçãopa» a oonefcruoáo de umavanguarda de novo tipo,para levar à prática a atualpoUUoa, deve estar relaclo-nada eom o ascenso do mo-vimento de massas, "nasdiferentes ratas", "que se es-tandem a setores cada vesmais vastos das massas tra-balhadores do povo", asses-ta um outro golpe na eon-espeto errônea de que o mo-vimento pode desenvolver-se fora ou desligado do mo-vimento de massas.

A construção de umavaagaarda de novo tipo nào4 uma questão ou um pro-blema em si; a vanguardanio cadete para si como umfssa, seas é um fenômenotneeperável de outros obje-tivos das forces sociais que

saaja ¦ae oeatraaaar

^aTâjrsTaW

dtmuati tetavaei

aemvdtal

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fazem a Historia, que crlsmes organizações do povo eque realizam a revolução.Esta é uma outra experiên-cia sistematizada do movi-mento operário e apresen-ta-sc com particularidadede nossa longa prática. Exa-tamente no ascenso de "se-tores cada vez mais vasto.-.das massas do povo", qtinn-do, com a nossa linha poli-tica, mais nos aproximamosda realidade nacional, en-globando forças correspon-dentes ao caráter da etapada revolução brasllcha. omovimento se eleva comoforça de ação. crctcc o seliga as massas.

Mo ocorreu na épuca daAliança Nacional Libertado-ra. durante a etapa da lega-lidado c após o XX Congres-so do PCUS; ao contrário,quando a construção davanguarda é orientada ape-nas como organização parasi, que se basta a si mesma,o movimento permanece iso-- lado e não se desenvolve, aexemplo do que ocorreu nasua primeira década dc exis-tenda e na década de 1948a 1957. quando dominavamas linhas Imbuídas dc sub-jctivísmo e de dogmatismo.

Ainda agora, com a linhapolítica aprovada na Con-vençào Nacional, que Inter-preta com justeza a reall-dade nacional da época quevivemos, a resolução sóbre apolítica de organizaçãoapresenta a contradição en-tre as condições objetivasextremamente favoráveis ea situação de deficiência emnossrs fileiras. Ê que não sa-bemos ainda aproveitar,como é necessário e possível,a nova época que atravessa-mos. caraterizada na Decla-ração dos 81 Partidos, e nPrograma do PCUS: épocade transição do capitalismoao socialismo; da possibill-dade da conquista da paz eda coexistência pacifica,época da viabilidade da con-quista da libertação naeio-nal e do socialismo pelo ca-mlnho pacifico. Existemainda lneompreenoões nainterpretação des principais•mzaetarlsstaas desta épocaqae exigem espirito criador,autenticamente marxista, e,como conseqüência, aindahá radiações na aplicaçãoem certos momentos, deuma tática audaz e flexível.O mesmo ocorre quanto aoaproveitamento dos resulta-dos favoráveis da situaçãoInterna. Estamos sempre soba ameaça continua da ten-dência histórica de Inter-romper o processo deacúmulo de forças pela fren-te única em seu avanço noterreno econômico social epolítico, o que dificulta a ob-teneão de maiores êxitos naconstrução de uma van-guarda de novo tipo. As re-soluções da última reuniãonadonal são ImportantesInstrumentos na luta paraderrotar lneompreensões econcepções errôneas.

nAo apresentar o .caráter

da vanguarda. que podemose devemos construir, comosendo de ação e dirigente degrandes massas, a resoluçãoprocura golpear concepçõeserrôneas sóbre o mesmo,historicamente arraiga-das em nossas fileiras.

Temos tido êxitos e fa-lhas na assimilação da teo-ria marxiata-lenlnlsta.

Constitui um fato inseri-do em nossos documentose na prática que formula-mos com maior acerto o

verdadeiro caráter da revo-luçào brasileira após o XXCongresso. Somente agoraaplicamos concretamente ede forma criadora as leisuniversais do marxlsmo-le-nlnlsmo à realidade brasl-lelra. Esta é a condição In-dispensável para uma orga-nizaçáo de vanguarda. £ aorganização que faz o socl-i-lismo cientifico se fundircom o movimento operário.Assim, as.iosta um golpe nodogmatismo e no esponta-nclsmo. A concepção expôs-ta na resolução sóbre o mo-vimento como dirigente . degrandes massas situa no seudevido lugar o papel do des-taque que desempenham asmassas na História. A con-ccpçáo que predominavacm nossas fileiras durantelongos anos é que é a van-guarda que faz a revolução.Ela realizaria diretamenteas ações na luta pelo poder,ao invés de orientar, dirigire organizar a ação das mas-.sas. Tal concepção determl-nava outros conceitos erro-n cos sobre o caráter das dl-reções, apenas como Instru-mentos de aplicação de de-cisócs. da atividade práticado.s comunistas, como execu-tores de ordens apenas.Atualmente, as direções e osquadros tém que elaborar apolítica; sistematizar suasexperiências; orientar con-cretamente. convencer osmilitantes e agir junto ásmassas, "às claras", a fimde desempenhar seu papelds direção de uma vangusr-da dc novo tipo.

Dl z a resolução que a ex-pericncla inlcrnacional mos-tra e i nossa experiênciaconfirma que a vanguardanão pode se fortalecer sepermanece encerrada em simesma, isolada das massa*.E logo acrescenta que o tre-balho interno nào é um fimem si, mas se realiza como objetivo de assegurar oêxito da atividade de van-gualda entre as massas. Es-ta a sua principal missão.Não adianta "determinar"que estamos hlstòrlcamen-te certos. Temos que provarIsto no trabalho do dia adia, para convencer as mas-sas da justeza de nossa açãoe orientação. 86 então se*remos, e cada vez mala, "dl.rlgentes de grandes massas".A resolução condena tantoo espontaneismo como aimprovisação na organiza-ção das lutas.- Certamente, resulta daação prática, apoiada na-quelas concepções, uma boacontribuição para que amassa de trabalhadores or-ganlzados faça suas as ban-delras de reformas de base,da estrutura e de luta porum governo nacionalista edemocrático.

Todavia, ainda não é estaa concepção dominante emnossas fileiras. Além de In-eompreensões, pesam aindaas concepções errôneas, quetém raízes históricas, emnosso modo de pensar e emnossa ação. A subestlmaçãoda teoria, por exemplo, danecessidade da permanentepesquisa e da elucidação dosfenômenos da situação poli-tica Internacional, nacionale local, ainda é profunda. .Por muitos ainda não é con-siderada como tarefa revo-lucionària; elaborar e es-crever. Ação revolucionáriapor excelência é por essesconsiderada a prática "pra-ticista". Esta concepção foimantida no processo hlstó-rico. da formação do PCB, oque reflete a falta de tradl-ção marxista, e que deveser combatida sem trégua.Não tivéssemos elaboradouma justa orientação na re-cente crise do Caribe, graveserros políticos poderiam tersido cometidos.

A questão do. papel devanguarda é uma condição

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EDITORIAL VITÓRIA LTDI.R. Sm» foble Ostrte, 50 - Stbraéo • Tel.: 22-1413 -1. dt Jo:t!rt • GB

"sins qua non" na forma-çào da vanguarda, porque omarxlKmo-lcnlnlsmo nega aação cega.

Simultaneamente, a novaconcepção determina a "ati-vldade em todos os camposda vida social". Nào é só nossindicatos ou nas associaçõesde lavradores, mas em todosos setores da vida social,portanto, que as forças darevolução devem atuar parapoderem de fato desempe-nhar seu papel ds vanguar-da de ação e dirigente degrandes massas. Assim comoa linha política nào se res-tringe a "objetivos parciais"mas sim globais, Isto é, atomada do poder, a conquls-ta do socialismo, também aatividade de vanguarda nãopode restringir-se a parce-las das classes e camadassociais da revolução, t claroque na execução desta ta-refa escolhe-se o campo davida social para uma açãopreponderante, isto é, entreas classes e camadas fun-dementais da revolução: oproletariado e os campone-ses.

Outra condição é ter umaprática otuallsada, de van-guarda e nào retardada —registradora dos fatos —:é exercer uma ação perma-nente com espirito de inl-ciatlva e nào expectadora ede passividade.

O sistema do culto à per-sonalldade "mllltarisou" aação dos militantes, que es-peravam sempre as ordensde alguém. A vida relegouesse conceito. As nossas fi-leiras são compostas de re*volucionárlos. de homens' que pensam, que agem e as-sumem a responsabilidade.Não obstante ter-se avança-do neste terreno, esta defl-ciência, que tem raízes his-tóricas, requer uma persls*tento luta para a supressãode seus resquícios, sendonecessária a assimilação denovas concepções Inseridasna mencionada resolução.

Atualmente, nosso movi*mento desempenha cadaves mais, papel decisivo noaproveitamento mais com-pleto dos fetos favoráveis daépoca e da situação nado-nal com a finalidade de fa- .ser avançar a revolução.

Na teta pela construçãode uma vanguarda dé novotipo, a resolução apresenta,com uma condição de des-taque, recrutar milhares emilhares de novos mem*bros. Ao levar à prática estanldicaçáo, assesta-se um gol.pe na concepção errônea deuma organização de "pou-cos e bons", de ativistas"cem por cento", de todosos filiados, etc.

Uma contradição que sal-ta à vista é o crescimentodo proletariado e da popu-lação e o pequeno efetivode militantes. Outra, é oacúmulo de forças na açãoe a atividade entre as mas-sas, especialmente as orga-nlsadas, e o crescimentomulto lento das nossas fi-leiras.

Uma pequena vanguardacontribui para o atraso nasuperação das deficiênciashistóricas: do desligamentodos comunistas das grandesmassas, pois quanto maior onúmero de filiados, mais fã-cil torna-se a ligação comas massas. O efetivo restritocontribui para desligar csmilitantes da realidade, paraa estagnação e a burocrátl-zação, e o efetivo mais am-pio sugere melhor conheci-mento da realidade, maisativistas e renovação perma-nente.

Um partido de massas slg-nlfica um partido comgrande número de militan-tes, recrutados entre asmassas fundamentais darevolução; significa fileirascom militantes com práticapermanente, sob todas asformas de luta. Um partidode ação dirigente de gran-des massas têm o sentidode que sua construção é fei-ta nas grandes empresas, fa-zendas, escolas, etc., onde seencontram as massas eatuam aa contradições declasse.

No entanto, profundassão as lneompreensões sóbreo caráter da vanguarda co-munlsta, o que se manifestanas restrições à arregimen-tação em massa, entenden-do-se que nossa missão só éde ensinar e de educar e quenão temos nada para apren-der com os arregimentadose com as massas. No fundoconstitui nova forma sobqual se revelam as concep-ções sobre uma organiza-ção de "ativistas" que devesubstituir as massas; dc"tarefeiros cem por cento",multo acima ou multo dife-rentes das massas brasilei-ras a ponto de não poderIdentificar-se ou fundir-secom elas.

Sem dúvida, não são ape-nas estas concepções que dl-ficultam a superação destasdeficiências históricas donosso movimento e que .êlepossa ter um grande nume-ro de filiados. O espontnri»-ismo representa um outro

aspecto do fenômeno, o quedetermina que a luta sejatravada em duas frentes:contra o sectarismo e o «a-pontaneismo, que levam àsubestlmação da vanguarda.

IVComemoramos o 41.» ani-versário em plena ação porreformas de case e por um

governo nacionalista e de-mocrátlco, desempenhandop nosso papel histórico naluta de nosso povo pela 11-bertacào nacional. Trava-mos a luta para fortalecere colocar à altura a frenteúnica nacionalista e demo-crátlca — Instrumento darevolução.

Ao mesmo tempo que de-senvolvemos a ação para/1unir a classe operária e or-fijulzar os camponeses paraestabelecer a acertada ali-anca operárlo-camponesa,procuramos aperfeiçoar aaliança com a burguesia 11-gada aos Interesses nacio-nals numa justa base deunidade e luta, aliada In-dispensável que é nesta eu-pa da revolução.

Travamos a luta pelo for-falecimento das nossas fl-leiras, combatendo o dogma-tismo e as concepções revi-sionistas: tanto aquelas queconsideram a vanguardacomo uma organização ensl-mesmada, impossibilitada dsdesempenhar o papel de dl-rlgcnte que lhe atribui aatualidade histórica, comoaquelas que negam sua ne-cessldade histórica e indls-pensàvel para impulsionar arevolução de libertação na.cional e a conquista do so-clallsmo.

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_. O crescimento do movimento ds massasdecorre, assim, de fatores bem definidos; onível de organização e o nivel de consclén*cia das massas trabalhadoras e populares.O primeiro exprime-se na amplitude, nosefetivos, no apoio ds base dss oreaiüsaçoss,no alcance da unidade orgânica e da unida-de de ação do movimento. O segundo re-flete-w no conteúdo, no alcance de suasbandeiras •reivindicações. Em última Ins*tançla, êle decorre das Influências ds elas-»•• Jm «ritntos políticas representadas amsuas QirsQoss,Nos últimos anos, vem crescendo em rlt-mo acelerado a presença desses fatores nas

iuU» d* «»•¦« «»••-» operária. Entre 1131e 1M>, ela se firma, eomo nunca antas, eomoforça Independente, unitária, profunde-mento integrada eom o tateresm iiaclonal?eJ?, lntÍLSS^ populâr *-*»«ularmsnto em1961 e IMt. as trevas gerais poMUeas e asrelvtadlcaçôea mais evaneades - melaladojá a bandeira de um governo rmcdonallsta edemocrático — trazem uma qualidade novaao processo democrático em nosso pais. Asopções desnudadas slndleals dectatvas!como a CNTI falam e atuam eomo aa-téntlcos representantes de centenas ds mi*lhares e de milhões de trabalhadoras. Osprogramas eUborados ligam, mais que nun-ca as re vj^eaeoes da classe ao? preme-mas e soluções de Interesse nacional Essasreivindicações já não sio bandeiras Isola-das: erguem-se em acordo e em conjuntocom um numero crescente de entidades oo-f^LZi -*¦•-»•--. ftmininae, ealtaraàt.camponesas — e eom setores da burguesialigada aos interesses nacionais/

WB*W""¦saa situação nova não surge, porém,expontaneemente. Ela decorre deeejeriân-ela.política acumulada petos tratmUtadceese do avanço realizado no dosatoio domaunidade de ação e de sua unidade organiee,das novas formas de organlsaçáo. deecsvquisto de suas direções pstas wrrenS maisfiéis aos intoresses da classe e do poro. CemUso. criam-se u condloees neeaasáitos àmultiplicação • à eecede^çeTaos^*mentos de massas, e à participação asaisconsciente e mais ativa da po^açào tra-balhadora na vida de suas SKKoes\nas convenções e eoiurressos sindicais O M-vro de JoverTeUse — "O movimento slndl-cal no Brasir - mostra-nos isso deTinanel-ra clara, conslsa e sistematizada. ^^

«Hk°«n!2m,m«dt «r,»tat*» Psssa de melofssn^^ii9,58^* 'S mUíl0 e meto •»isso e em 1961. O movimento eleva-se des«revés locais, de âmbito de empresa, áVire-

ves ds todo um setor profissional, dentre deum Estado ou em todo o pais: as greves detodos os setores ds classe operária, cm todoum Estado (como aconteceu no Mo Oran-de do Sul); ou às greves conjugsdas de vá-rios setores icomo no caso dos marítimos,ferroviários e aerovláriosi. em plano na-cional. Elas passam a abarcar, em planodestacado, ss categorias mais Importantespor nus efetivos e por seu papel na econo-mia do palt. Ao mesmo tempo, o movimen-to ds solidariedade prolonga a unidade daclasse soo sentido da unidade popular. A lutarelvtndlcatlva combina-se com manifesta*ções dt mas — pesseatas. concentrações, co*mlelos — e com ss bandeiras políticas deinteresse geral: eoatra a carestia, pelas re-formas de base, por um Poder e uma poli-tica fiéis to Interesse nacional.

Essa nova qualidade nas ações de mss-ses está ligada a uma situação também no*va ao terreno da unidade da classe, da or-natação, da democratização do movimen-to sindical. Ca movimentos grevistas sioprecedidos de assembléias, contam com pro-«remu retvindleatlvos previamente elabo-rados e eom comandos livremente eleitospelos trabalhadores. Os organismos Inter-sindicais, eleitos democraticamente, surgemem todos os Estados e estendem-se sos mu-nlclplos Os Encontros Sindicais periódicosreforçam e atualizam a plataforma de lutaa a unidade de ação. As conferências e eon-venoões Incorporam een forma crescente asmassas stadlcaiisadas ao debate dos proble-"^JJL?^* i_d0J1!0T0- Ao mtmo *««»PO.a justesa das bandeiras estimula o cresci-rnsoto da organização sindical. O Sindica-to dos Bancários da Guanabara, por exem*Pfe/1*»»-* »* dos efetivos do setor. HálOtO delegados, representando 600 slndl-l^JPTJWV™*1* «ndlcal Nacional,•" i96?;-i.,09 -Wegados. em nome de eér-2.2* ?•* ««dteatos, aa n Conferênciaftadieei Nadonal, um eao depois; 3 500 ds*tegados, para mait ds 1000 sindicatos, noCoagrssso Sindical Nacional, em 19«0. Para-tolamente, o agravamento da luta de cias-ÜLV J™7°J&Í °> ««twdsação e cons*eátaeja dostnbaJâadores permitem expur-gar do movimento sindical certos caciquessattoos, npresentantes das forcas mais rea-clonirlas da ORIT, da CIOSL. Com Isso.f.?*»'*"1 *S*» « escalões, a Influência dos££SÜÍH 22* à títm. « w Povo - e emparticular dos comunistas.

^J**t do avanço do movimento opera*no esta, assim, o avanço em sua organl*SücS' ~,.«u* ju»°«r*t,*»e-,0' na cons*ciência política do proletariado e do povo— eom sen reflexo necessário nas direções

stadteais.

Que se Unam CatólicosNâo Católicos Pela Paza Felicidade Dos Povos

eeAlcançou Intensa ra-

percussão am todo omundo t nova tndcHctlançada pelo Papa JoãoXXHI — «Pactm In Ter-ris». Trata-se, da modogeral, de um desdobra-mento da encícllca ante-rior, a «Mater et Magis-tra». O chefe da IgrejaCatólica aborda uma sé*rie de palpitantes proble-mas da atualidade, à luzdas novaa tendências quese vêm firmando no teioda Igreja.

DEFESA DA PAZUm doe aspectos mais

salientes da Endclica é oque se refere à situaçãointernacional de nossosdias. E s s e n c i almente,João XXIII toma posiçãoa favor das aspiraçõesde paz de toda a huma-nidade, manifestando oseu apoio a exigênciasque, até há algum tem-po, eram formuladas sópelas correntes progres.sistas de pensamento, emespecial pelos comunistas.

Diz textualmente ochefe da Igreja Católica:«Que cesse ímediatamen-te a corrida armamentis-ta, que, de um lado e deoutro, as nações reduzamos armamentos que pos-suem, que as armas nu-cleares sejam prescritas,que, por fim, todos açei-tem um pacto de desar-mamento gradual, commútuas e eficazes garan-tias». Como se sabe, pro-posições semelhantes vêmsendo reiteradas vezesapresentadas pela UniãoSoviética e demais paisessocialistas, inclusive nasúltimas Assembléias daONU. E no que diz res-peito à redução dos ar-mamenros e das forçasarmadas, todos se recor-dam de que já em duasocasiões, o Governo daURSS decidiu, unilateral-mente, reduzir em maisde 3 milhões de homensoe efetivos de suas forçasarmadas. O desarmamen-to geral e completo, pro-fundo anseio dos povos, êuma exigência pela qualse bate Incansavelmentea União Soviética. Às po-tências imperialistas, em

PrtmtÍT» lugar aos Bala*dot Unidos, cabe a ras-potuabilidtde pelos obs-taculos criados no carni-nho da concretização dês*ata elevados objetivos.

A posição agora aseu-mida por Joã0 XXm re-presenta, sem dúvida,uma valiosa contribuiçãoà luta dos povos pela paze o desarmamento. Porisso mesmo, vem tendo ochefe da Igreja Católicachamado de «Papa da co-existência pacifica».

CATÓLICOS ENAO IAT4LN0S

Outro aspecto salientena endclica «Pacem inTerris» é a atitude nelaassumida pelo Papa pre*conizando a aproxima-Ção e o encontro entre otcatólicos e os não católl-cos em tomo de objetivoscomuns que sirvam àsboas causas. Todo umlongo trecho da endclicaé dedicado a êsse assim-to. Após observar que nasrelações com os não ea-tólicos, os católicos nãodevem contrair compro*missos que entrem emchoque com a sua ideolo-gia (o que, obviamente, éválido também para osnão católicos), acrescen-ta o Papa João X5ÕII:«Ao mesmo tempo, de-vem (os católicos — NR)mostrar-se animados doespirito de compreensão,interessados e dispostos aoperarem lealmentea atuação de objetivosque sejam por naturezabons ou redutiveis aobem». Ai está definida, in-contestàvelmente, umaperspectiva de entendi-mento e acordo entre oscatólicos e os não catóU-cos, entre os quais osateus, para a luta peitarei\1ndicaçõea legitimasdos trabalhadores, dasmassas populares c de to-das as forças progressis-tas e pacificas. Diz mes»mo, explldtamente, a en-cidica «Pacem In Terris»:«Portanto, pode ocorrerque uma aproximação ouum encontro, consideradoontem como inoportuno enão fecundo, o seja hoje

ou possa ee-k> amanhã».StU tttt encerra umacontribuição positiva toaesforços qut ot lutadorespetos direitos do povo tpela d-mocrada tmpreen-dem, sem descanso, pelamais ampla unidade naluta pelo progresso, a li*berdade e a paz.

Naturalmente, ao ladode teses deste tipo, qutrefletem a necessidadediante da qual ae encon*tra a Igreja Católica dtabordar de uma formaaceitável problemas cru-dais de nossa época, a en-delica repete velhos dog*mas da Igreja, como adefesa da propriedade pri-vada, sob a Infundadaalegação de ser um «direi-to natural», que é entre-tanto desconheddo pelaesmagadora maioria dahumanidade.

REAÇÃOTERGIVERSA

Do mesmo modo queaconteceu com a «Materet Magistra», a endclica«Pacem fn Terris» vemsendo sistemática e gros-seiramente tergiversadapelos porta-vozes dos in-terêsses imperialistas ereacionários, i n c 1 u sivedentro do Vaticano, cujojornal se esforça em iruterpretar os trechos maisImportantes do documen-to segundo as concepçõesda psrte mais conserva-dora da cúpula católica.

Êsse esforço ê evidentetambém entre nós. Êle aemanifesta sobretudo nosjornais ultra-reacionários«O Estado de São Pau-lo» e «O Globo». Em seueditorial da última segun-da-feira, «O Globo» —quo até há pouco tem-po considerava «subver-sivo» todo apelo pelaprescrição das armas atô-micas ou pelo desarma-mento — chegou ao cinis-mo de afirmar que a en-ddica «Pacem in Terria»é «uma veemente conde-nação ao comunismo»,embora, como têm ressal-tado os mais autorizadoscomentaristas lntern?icio-nais, nenhuma rcfevr-r-'atenha feito o Papa ao co-

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munismo, enquanto reco*menda a aproximação e oencontro, entre o« católi-cot e os não católicos

Na mesma linha,'«OEstado de São Paulo» vempublicando sucessivos edi*toriais, inclusive afirman-do que, no caso do Brasil,não são válidos os carni*nhos da unidade precord*zados pelo Papa.

Tais atitudes compro-vam que os inimigoe dopovo brasileiro não vad*Iam em recorrer a todotos meios, inclusive a arti*ficios como os menciona*dos — que eqüivalem, naprática, a uma forma deopôr-se ao conteúdo daendclica papal — paradefender a eternizaçâo deseus odiosos privilégios,que resultam, quase sem*pre, da traição à Pátria.

As correntes progres*sistas brasileiras regis*tram com satisfação 6que há de novo e positivona encidica «Pacem inTerris» e consideram co-mo um fato auspidoso oreconhecimento, pelo Pa.pa João XXm, da possi-bilidade e conveniêntía dodiálogo entre os católicose os não católicos. Os co*munistas, em particular,foram sempre partidáriosdesse diálogo, em que,preservando-se mutua-mente as posições ideolo*gicas, se avance no senti*do da unidade em tornode reivindicações como apaz mundial, as liberda-des democráticas e a con-quista de melhores condi-çõès de vida para as mas-sas trabalhadoras e popu-lares.

iatmmmmmA—§Émiammm OaHiawialia tini i « i r ¦ . ^L .¦.^^i.^:.^^..... „:,.:;,.:. . .:..¦¦ ^ .-¦¦--\Vc--—.:..!. _'¦¦.¦:'_., V.-^- -"

Page 5: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

lm» ato dt Janeiro, itmono de 19 a 23 de abril dt 1943

O ÚltiNOVOS RUMOS 1 •»

imo Ad»Centena» dr companheiro»,

amigo» p fiimlIlfii-CK d,. RuiKacô prestaram nn manhãde onlom. no cemliérlo de S.João Batista, suu última ho.menngem ao escritor <. jor-nallsta de vunguarUu mortoem deuutre aéreo na Buli-via. quando cumpriu missãodêste semunãriu.

•No»»o companheiro baixouá sepultura precisamente á*10 horas. O ux-senador LuizCarlos Prestes, o tcatróloçoDias Gomes, o escritor Mil-ton Pedro Ba c o dirigenteoperário Roberto' Morena

//

eram alguns de seu» amigo»presentes, Uma delegação dosindicato dos Uancarlo» daOuannhara compareceu pararender, em nome daquela ca-tcuorla du truualhudoret,uma derradeira reverência aointelectual revolucionário.Durante toda » noite nn-icrlor o corpo de Rui Fo-co fora velado nn câmaraI da capela Real Grandr«i.Preste», o pintor Dl Cavai-cO/ntl, Vftlérlo Konder, doConselho Mund'nl dn Pi»/,o advogado Jorge l'irc.< Cha-ves, entre outras pcrsonnlli

Nós FaremosAmanhecer

D ia... //Américo Album-tr^ue

É realmente triste a mor-te dc um companheiro co-mo Rui Facó. Não nes via-mos desde 1941. Viemos, élee eu. de 1935. Êle do Norteeu iV» Sul. *'¦*—¦•*,*r"»rv*,-'*03na Bahia. Ambos fugindo.t-. ios t:..r.uCj ua ceara.eu des feitores do Sul. Am-bos, do Estado Novo. Êle,advogado. Eu médico. Osdo!s. fugindo, também, àprofissão. E ali colaboramosem SEIVA, que ajudamos afr.»e.r, como juntos fizemosa campanha pela Slderur-gia- Nacional. As duas coi-sas s» completavam e nóssebiames o porquê. Sem quehouvesse uma base econò-mlca de indústria nacionalpesada, a cultura sobrevlriamais dificll e. sem esta. asbases do nacionalismo eco-nomico não encontrariam oterreno adubado.

Aparentemente s reaçãoe o Imperialismo eram for-tes em nosso Pais. Nessetempo, ambes se achavam. encarapitados no poder po-litlco do Estado Novo,spoisdu no policiallsmo fi-lintiano da Rua da Rela-çáo onde imperava umacrstapo que trucidava bra-sileiru. Entretanto, foramimpotentes para enfrentaraquela minoria que faria deSEIVA, na Bahia, e CUL-TURA, em São Paulo, de-fensora e intérprete . dusentimentos da maioria dopovo brasileiro, lutando noplano internacional contrao fucismo e no plano in-terno, pela libertação eco-nômica do Pais.

Depois dessa campanha,utlvemos Juntos, eu e Fa-eó, em Canudos, nas secasde 1939. Tenho, na minhafrente, um exemplar deCULTURA. Ali encontro,dentro de nm alma de re-porter do Brasil, duas foto-grafias do companheiroRu). Uma. ao lado de Ciria-co Manuel Santana, pretoque lutou ao lado de Amo-nio Conselheiro e outra,com o branco Cachoeira.de84 anu, lutador de u m a"legalidade" que celebrizouMoreira Céur. Talvu te-nha sido ésse encontro dra-mático com as sécu em suaplenitude e com a cidadelac*i" >ut» faná*'ca pe'a so-brcvlvència du lutas docptr.peslrato, que transfor-mou Facó no grande repor-ter do» problemu nacio-nais. tle reportava entãopara o Estado da Bahia eeu para Cultura. Lembro-me bem. Foi em Uauá. Deuma população miserável,3 000 foram u retirantes.Todo mundo que sobravaestava na miséria. As mu-lheru parlam na beira dasestradas. Na aldeia só ti-nha uma geladeira que nãofuncionava por falta dá-gua. Viviam bem ali, soduas pessoas: o dono dobi-lhar e o padre. Depois che-gou um comprador de ter-ru. Comprava-as a qual-quer preço para revende-tas nu "chuvas". Pois foiem Uauá que éle me disse:

— Êste sertão vale maisque uma coleção, de Oorlti.Se Os Sertões representama nusa maior contribuiçãoliterária, o que não dará nofuturo isso aqui de lltera-tura revolucionária? m

t assim, desde inocência,barroco-lirleo. passando pe-Ia covardia intelectual deBangüê, até as reportagensposteriores de Facó, já só-bre o sertão ondulante dePorfirio e das ligas, du sin-dicatos camponeses e dos"acampamentos" gaúchos,êle foi fonte de Inspiraçãoe luta para todo o povobrasileiro. Es3a ondulaçãodo peito de gigante que oo-meca a arfar, Facó a des-creveu. E por isso é tristesaber que Rui morreu, «leque tanto nuerla vei o g-gante acordar! . Foi tal-vez, em Uauá que o «eusubconsciente guardouapromessa do seu futuro li-•no* "Cangaceiros e Faná-tlcw". Os homens que com-bateram ao lado de Conse-lheiro como Clriaco. açor-dam hoje, orçanlzam-se eae propõem a lutar por umasobrevivência que já não ésua, mas do próprio Pais

Facó era advogado e li-terato. Foi um grande jor-nallsta. Teve origens e ral-«s que lhe teriam propor-clonado uma vida cômoda

romo todos aqueles que ?talienaram no processo deluta. Quando, entretanto,se sabe que viveu uma vi-da pura e firme de revolu-clonárío e morreu, integroe honesto, a serviço daemancipação dos povos daAmérica, temos também in-veia dessa existência.

En fins des idos de 1038ou começo dn 1939. num do-mingo, achavi-me. casual-men*e com é'e. na redaçãode O Estado da Bahia,quando nos surgiu umcrioulo, quadrado, forte,com uma dentadura alva.rindo, todo sujo de óleo,berrando:

Doutor, jorrou o gás!...Que gás, homem deDeus?

O das minas, das ml-nas de Oscar Cordeiro...

Sob nossos pés tivemosmolas. Demos um salto. Sai-mos. De Itapágipe através-samu o braço de mar e nooutro lado estava o petró-leo jorrando, molhando mu-lheres alegres de brasillda-de. No mar e na cuta, en-quanto explodíamos de con-tentamento, os "bichos dá-gua" americanos estavamcinematografando e foto-grafando a costa, num tra-balho de espionagem ases-cánearu. Nes» tarde, per-demu na Copa Boca. parau argentinos, dé meia-dú-ala.. Na segunda-feira oBrasil náo acordou alegrepelo petróleo. Acordou trls-te. pelo futebol.

Depois daquilo defende-mos também o petróleo, co-mo defendêramu o ferro emais tarde u minerais ra-ros e como hsveremu dedefender o Pais Inteiro con-tra o assalto permanentedo imperialismo.

Os ano.s se passaram. Ofascismo foi barrado peloscanhões que atiravam noLeste, onde nasce o Sol. Aforça dos povos do mundo,unida na bandeirada dofuturo, destruiu u assassi-nos de passo ds ganso e decamisu negras. Crtou-u sSiderurgia Nacional, comose criou a Petrobrás. Into-cãvel era e intocável «rã.E o será pela fôrçs de nos-so povo do qual emana umexército democrático que éa garantia nacional. Equando, lutando pare que odia amanhecesse para ospovos da América, morreFacó, carbonizado, quematinge em primeiro lugar udestroços do avião? Quem?Aqueles mesmu ameries-nos que foram espionar oprimeiro jorro do nosso pe-tróleo. Os mesmos espiões.Os mesmu adidu muita-res. Chegarem antes duabutres dos Andes. E en-contraíram um cadáver vi-vo e cada vez mais vivo, tãovivo como o nosso petróleo,porque Rui Facó tem umavida que Já agora perten-ce a todu os camponeses,a todos u tramlhadores, atodo o povo roubado peloimperialismo ncrtn-amerl-cano, desta parte do mun-do. Facó como Anteu, criouraízes na terra. Esta terraé a América. Suas raízesestão no povo que lhe deuforça. Esta terra é sobretu-do o Brasil. Rui viverá nasbandeiras Jamal» enroladasdas lutas que herdamos dosm"''5'. do" '*ahf>na*. dospralelros. de Pedro Ivo eTlradentes, da Inconfidèn-cia e que, passando pelaANL desembocam Já noestuário imenso da liberta-ção econômica e socisl denossa terra.

« então realmente alegrereceber a triste noticia.Alegre porque, morto, aln-da, o que êle encarnou deidéias, fa* tremer w abu-três do Imperialismo. Em1939. ao fotografar o petró-leo do Lobato, eles tinhammedo dè nossa emancipa-ção econômica. Hoje sabe-mu o que eles temem. Te-mem e tremem ante asidéias que Rui defendia eque seu cadáver vivo encar-na. Temem aquilo que sefêz força e que como forcaserá o motor da libertaçãonacional dos nossos povos.

Agora que Rui morreu écontinuar lutando. Parafrente! Nesta noite semico-lonial da América Latina,nós haveremos de fazeramanhecer o dia!

ceus ao companheirohdndei, passaram ali partedu noite.

Por ocusiáo do ir.pitltamcntu, Cario» Muiigliclla, cmnume dos i-oinunlttu» tn.iT.i-loiros, p.-oferlu a» -.egulmc*palavras:"Aqui no» nuui-.iiunu»paru o tcritciminlia dc nu.-sa nproço r amizade a RuiKacô, nn última homonagemque lhe prcüinmo» — t>«que luiiimu» no seu lado, o»seus admiradores e nmlgos,os setu fnmillnrcs.

npprçseni? ido <>s comu.¦i ' * I ••< » burile'-, os, fíi.laudo em seu nome c rm

• u." t-~..: v.a,nji lítüa-iv, quero 'ii/er dn quantosentimos pelu perda rie Hui

«Faro, tragicamente dc»ann-ri 'do nu desastre do avião(!•• ' •'.'• |.< A'ren Dollvlnno.

Já agora não o temos-maist i> 1...1U, iia 1...0 C.I-títmus cam ,-1 iiia pena dc Jornallsta e escritor tle comute. Sempre haveremos, po-rim, dc recordá-lo, Pelu seuespirito dp luta. Pelo seupadrão da caráter. Pela n-rlelidadc n causa do PartidoCnmunUtu, ao qual perien-«eu desde a juventude o pe-In qual lutou Incansável'mente.

Ante o contraste gritanteda terra em quo nasceu, noCeará, entre os camponesessem terra e os latlfundlá-rios sem piedade, Facómanteve-se fiel a sua orl-gem pobre e escolheu o ca-ninho da luta pela liquida-

ção do latifúndio e a eman-eipaçáo de seu povo. Traba-lhando e estudando, fèz-seum intelectual de valor,pondo-se a .serviço das mas-sas. Seu amor á classe ope-rária e aos camponeses está

revelado nu trabalhu e ei-tudu qui escreveu. O povo— para ile — era o fatorda história. Oi acontecl-mento» declsivu da vida dopais êle u via através duinteresses das classes emluta, para concluir pela ne-cesiidade do vitória do pro-letariado e seus aliados.

Oproble-na capital da ex-tlnçáo do monopólio da ter-ra, a impcrlosldade da re-fo;ma agraria que trans-forme a vida du camponetes assegurando-lhes a pro-l> Idwde dr um ptdaço dechão. eram prcocuoaçôe.spermanentes de Facó. Dc-dlcou grande parte de seusesforços á análise do can-sncelrlsmo. nos surtos dofanwMsmo do Nordeste, cujoatraso semtfrudal éle so-nhou abolir. Banditismo,Civirto'. Contestado, PadreCícero dn Juazeiro. Lnm-peão. o êxodo rural das po-puhçõés nordestinas., .cl* aifenômenos sociais cujascausai e orlc.cn» Facó estu-dou. ntrlhvlndo-n* a nema-nêncla do latifúndio. Em"Cnnpacciros e FpnáMsos".livro oue será nublirado porí:nlo da Silveira, Facó ex-pressa seu lntcrc«e profun-do pc'.M causa dos campo-neses, aliados naturais daclasse oneraria.

Patriota. Facó pôs suaprnn a serviço da defesi dopetróleo, do bom combatecontra o Imnirivtlismo dosEstados Unidos. Procurou-.-ontribulr par» n avsneo daoesquisa histórica e da in-teroreteçáo marxista da

1 realidade brasileira, d» queé prova o seu livro "BrasilSéculo XX".

Jornalista militante, pas-

sou nela «dela. sofreu per-uguloui policiais, e nadalhe abateu o ânimo. Escre-veu para revistas revolucio-nártas, como "Seiva", daBahia, terra qui éle amouc adotou como segundo tor-rão natal. Participou ds re-daçflo da "Classe Operária".Jornal que, rra época, eraum autêntico órgão revolu-clonárío s porta-vos do Par-tido Comunista.

Facó dirigiu "Problemasda Paz e do Socialismo", re-vista teórica e de Informa-çáo Internacional. Viveucom aua família na UniãoSoviética, e ali desempe-nhou o cargo de redator daRádio Mosrou. Não era só-mente um' revolucionárioque utilizava a pena e comela demolia o Inimigo, uperseguidores e explorado-res do povo. Era um ho-mem de sção. Viajava parafazer reportagens e busca-va o contato direto com opovo. En momentu durude lutas du camponeses,dlrlpln-se ao camno e con-fundia-se no local com ospróprios camponeses, paramelhor transmitir jornallstl-camente u sentimentos ensDtraçôes du lutadores eInfundir-lhes ánlmo eom ssua presença.

A morte o colheu exata-mente numa de suas via-gens pela América Latina,cuju pautes visitava faren-do reportagens para NOVOSRUMOS, Jornal revoluciona-rio onde ocupava um lugarde destaque na redação.Revelava-se assim um In-ternaclonallsta, empenhadomais ums res. tal como fi-zera em sua passagem pe-lu paises socialistas, em ei»

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/\deus ao Bom AmigoZdtMk riamos (Praga)

Há alguns diu, recebiums carta do meu caroamigo Astrojildo Pereira. Anoticia que éle me da-va, entristeceu-me profun-damente: "Hoje rompo osilêncio — e para lhe daruma noticia multo e multotriste: o nosso Facó dess-pareceu num desastre dèavião, quando viajava doChile para a Bolívia."

Fiquei completamenteabalado com a aoticia só-bre a morte tão lhespera-da do grande jornalista edo excelente amigo. Perdium dos maiores amigos quetinha no Brasil. O amigocom o qual mantive umcontato quase diário duran-te a minha estada brasilei-ra de tantos meses... SóAntenor Nascentes e Astro-Jildo fizeram mais por mimdo que êsse homem cheiode planos e que se encon-trava no auge da sua ati-vidade jornalística. Umho-mem que entendia os pro-blemas brasileiros comopoucos. Um homem que.de-pois de ser um simples jor-nallsta por muitos anos,chegou a pertencer, graçasà sua operosidade, entre osmaiores peritos du proble-mas econômicos e sociaisda sua pátria,. Um homemque fêz várias traduções doslivros russos —fenômenoainda raro no Brasil ondea maior parte dos livrosrussos se traduzem atravésde outras línguas...

Além de jornalista e cro-nista, entendido nu quês-toes econômicas, políticas eculturais, foi autor do ex-celente livro Bruil-SéculoXX, traduzido para váriaslínguas da Eurcpa, p. ex.,para o russo e para o ita-liano. Tive o imenso pra-zer de fazer a sua tradu-ção tcheca. Fi-la ainda noBrasil com a ajuda muitoabnegada e eficaz do pró-prio autor que me explicou

váriu colma que eu nioentendts. Reallsel ésse tra-balho com um grande en»tuslasmo, porque considere-vs o livro o rnsl» indicadopara dsr uma informaçãoobjetiva e Justa sobre oBrasil contemporâneo. Putodo meu carinho ns tra-duçáo, dfdlcando-lhe otempo livre, que, infeliz-mente, era tão pouco noRio onde u cursos e utu-dos absorveram toda a mi-nha estada.

O livro teve aqui uma bosrepercussão. O seu êxitodeu ánlmo a Facó para queêle continuasse nesse tra-balho sério e de valor du-radouro. Estava preparan-do outros trabalhos nas ra-ras horas vagas que lhe dei-xava a sua intensa campa-nha jornalística e as via-gens que empreendia emnúmero cada vez crescen-f» nr'o int-rior do Brasl!.ultimamente viajava peloestrangeiro e uma dessasviagens lhe foi fatal.

Se eu ainda voltar aoBrasil, não terei mais opor-tunldade de conversar comFacó, na roda dos amlgu;saborear o delicioso chur-ruço na Churrascaria doLeme, onde almocei com êlee com Dalcidlo Jurandlr nodia do meu embarque; nun-ca mais terei o prazer dediscutir com êle es proble-mas do Brasil, do mundo edo meu intimo. Nunca malao verei aqui em Praga, cl-dade que éle adorava; nun-ca mais poderei recompen-sar u suu múltiplas ams-bilidade» que me prestou noBrasil. Eu sempre sonhavacom s sua viagem paraMoscou onde tem o seu fi-lho único que agora vai fl-car órfão de pai e mãe (elamorreu na URSS nu anuda longa estada da famíliaFacó na capital soviética).Pensava que êle empreen-deria essa viagem via Pre-

ga, pare voltar a visitar onosso pais, onda sm 195*passou um mes. Mu. Infs-lismente, nunea u reausa-rá ésse meu sonho. Perdium excelente amigo, decuja bondade, de cuja vidamodesta, de cujo aparta-mento pobre (com u livroscomo a' sua única riqueza)nunca me esquecerei.

Para terminar gosterlaãeeltsr um pequeno trecho, stitulo de testemunho, deuma das váriu cartu queme mandou logo depois desair a edição tcheca do 11-vro BrasU-Século XX:"Acabo de receber umótimo presente seu: umexemplar do BrasU-SéculoXX em tcheco. Está ótimo!Multo bu apresentaçãográfica, muito bem ilustra-do e... tradução melhorainda, graças a este bomamigo que é você. Levei àredação e todu gostarammulto. Uma coisa destas dámais entusiasmo no traba-lho. E realmente, apesar debastante atnrefad^ com otrabalho diário, não deixode trabalhar no meu sé-gundo livro, que extravasouum tanto do plano inicial,mu creio que vai ficar bem.Este, como você sabe. sãoassuntos para consumo In-terno, coisas que só nósbrasileiros compreendemos:u nossos cangaceiros, osnosso» "fanátleu", u nu-su jagunços e u coronéisque infelizmente tambémsão nossos, e que sobrevl-veram au cangaceiro» eau fanáticos, ficando comélu apenas seus Jagunços.Creio que dentro de ummês, mais ou menos, estaráterminado o livro...**

O Facó não viveu paraver publicado êste segundolivro que em breve deve sairna CrvUtesçin. Mm esperoque u leitores, lendo aobra, verão novamente queSsrda

constituiu psra orasil a morte prematura,trágica e absurda do nu-

so bom s leal amigo RuiFacó.

mentir u laços de smlza-de entre os povos, comu-nufa convido, lutava pelscompleta emancipação eco-nó nica e social do povobrasileiro, que desejava umdin ver empenhado na cons-trução de uma nova soele-dndr, a sociedade socla-lista.

Sentimental no bom «in-tido do apego à família, áesposa Júlla. revolucionáriacomo êle, e que éle viu mor»rer no estrangeiro, saudouda pátria brasileira, doamor e do carinho pelo (I-lho Paulo, que estuda emMoscou, Faro era um luta»dor persistente, metódico,com uma confiança enormena classe operaria e na for»ça das massu.

O sentido humano de susluta, de sua vida, de susobra. tudo Isto ficara parasempre nu fileiras do Par»tido Comunista e se esten-dera por entre seus amlgu,que eram muttu e que êleu soube fazer atraindo-ueom a sus simpatia de lu»tador para a compreensãoda luta s que se devotou".

FacoDalcidlo Jurandlr

Com a lembrança de Fa-eó, retiro de minhas notasum recorta de jornal meloamsrelecldo, que tem estaspalavras: "Durante cento ecinqüenta anu u escrito-re» da sociedade de nego-dantes, com poueu exee»ções, acreditavam poder vi-ver numa feliz irresponu-bilidade. Viverem, cometei-to. e depois morreram sós,ssslm como haviam vivido.Nós outros, escritores doséculo XX. Jamais utlve-mu sos. Precisamos mber,pelo contrário, que não nué permitido fugir da misé-ria comum, e que a nosssúnica Justificativa- Isto é:caso ela seja uma Jutlflea-Uva — éade falar, na me-dlda do possível, por aquê-lu que não o podem fa-ser". Quem escreveu utupalavras também morreunum desastre e u eoloca-va em posição oposta à deRui Facó na apreciação eparticipação das lutas dsnosso tempo. Mu cabiammulto bem no morto dsagora, sempre nunea eó,sempre falando em nomede todu que, na miséria,nio têm voa. Nlo que eis,com isso, quisesu Justlfl-ear-u ou tio somente "fa-lar por aquêlu". Ira umhomsm alegrementa ru-ponaável. trenqttllo no tu-multo, sem fazer disso umtitulo, um privilégio, umsopção singular. Nem sei seachava nisso um dever, talera a aceitação madure, omodo tácito de sua mtlitãn-cia tão esrperimsntada erefletida. Faria de um sn-cargo severo, por véus obs-curo, snônimo, um recom-penses nem rumor, a con-dição mesma de sua gareciência. Mas, na serenidadecom qu sempre tia u fa-tos ou era por estu surpre-endldo, na aparento contade eme "tado tem uma sai»da", de que u inquistaçoessão, multas visu, maisimagináriu que legitimas,Rui Facó nlo ocultava usuu inurtssss. nio seeon-dia suu mdagaeóu, e visem tudo. eme ss discute,duvida, Indaga, contesta,até mesmo desespera, umsinal bom das Idélu e dossentimentos que nos anl-mam.

Vi um pouco de perto oseu trabalho. Náo falo deseu escrúpulo», ds sua avi-du pela verdade, de suacuriosidade militante e lm-piacável. Do que iasta niotirava lustro algum modu-temente amassando o uulabor, qus» como se fosseclgo sem nome. que qusl-quer um podia faur e únl-camente dedicado a sua es-perança.

E Isto faz doer mais, so-bretudo com u dia» quepassam, a sua ausência. Ti-nha uma expansiva ou sor-ratelra confiança nu ou-tros. Sabia acreditar. Bahiatão bem.fsaer uso da ami-zade, acender nu eompa-àiheiros e até no» desconhe-cldos um estimulo, umacertesa! Comun'eava-nu responsabilidade, a boaambição, o empenho de vi-ver não só, mu eom ude-mais.

Recordo suu conversusóbre o trabalho que eure-va a respeito do papel daIgreja na história brasileira. Dia a dia, mergulhavamsis fundo no Brasil, fa*minto do Sul. do Nordeste,em plena massa esmpone-sa. em plena posse de Ar-rars numa "tção de qualchegava mais fe..z maisbrasileiro, mais criatura domundo. Não apenas curiosoílc Brasil, do traíIkíro, masdisposto a transformar opais e o homem

Na última ves encontra-rro-nos rapidamente: pre-cisamos coaveeraar, disseéle. Quando? Tínhamosmercado sábado. Não foipossível.Delicado, atento, escutan-do sempre, tabin nrdenar,Intimamente (dando-lhe porifsp mais íôr-ra aqtelapai-xão que ajudou a fazer dê-le um dos homens maispuro», mais amigos e maislúcidos de noüo tempo.

Canto dc Página ai

i

vetam efe

Tslve» não devesse ser assim o titulo desta mvssm sMpalavras que definem melhor certos aérea, mas aso tio • tioloriu que iuo podem iparecer num Jornal eomo o nossoJornal qu» se da so respeito s respeita u seus taitaru.

Os Incnnaeqtlentei sáo muttu e dt dtversu tfe feltlcs; enumerá-lo» ou utsJogá-fcs quanta) ae"mais" ou de "menos" serie escrever um grosso soluNuma crônica não caberão todu. Palemu então de dotadêer: leio nu Jornal» que o governador da 'pois de passear a «valo durante outro bons. 1te acompanhado dc fotografo» s clnegratlitae, 1com certeza na suu estálus eqüestre, foi pasur ãsanta caçando e pescando em Mato Oresso. Osoe homem que ae dis cstóllco, aputòtleo. durante s semsns santa. Para a sua reuglAo is» 4 a*e tremendo, tio tremendo que 4 mortal .Acho qua ü,que a minha funcionária náo admitiu qu au eossesu u*linha na sexta-feira santa porque, declarou-me, nssu uanão u msta bicho nsm gente. I «Ia nem multo utòitaa 4:enquanto Uso o catollcissimo governador caça s petos» UMInconseqüente.

Outro Inconseqüente: o chefe de policia qu anda te*sendo misérias eontra u namorados do Arpudor. t • qaeleio nu jornais. Nesta eidade, eonvsnhamu, sempre foimuito perteguidu u namoradu • ate hoje nio lhu M l_do o direito tio humano de ficar de miu dadu nu bancosde Jardim ou em bancos ds praias. Afinal, u bancos emgeral são aeolhedores nio apenu para u babás, u velhos,u canudo» em u duempregadu. mu principalmente pu»u nsmondu. Mas o ehsfe de policia qus anda tavadlndelares de gente pobre, prendendo, sumindo com u presos,não podia deixar de ser também eontra u namoradu. e •pior é que agora até a sente do Arpudor nio ssespa; olhe»qu esse trecho da prata é considerado grã-fino. Os ns>moradu do Arpoador asilo aendo perseguido., dtast uuJornalista 1 comentou que ujs estranho que soldados sejammandados para o Arpudor "quando deviam estar am pon»tos maia perlguu da cidade". Por qu nio respeitar einamorados?

Esta crônica, — vocês com certssa sentiram — nio wdevls chamar "m Inconseqüentes" mu talvu "u mostre»-gu". E eles o "são, e quntosi

MMQUIOR VAI FALARDE ESTÉTICA NO ISEB

No próximo sábado, diaSO, será iniciado, no audlto-rio do instituto Superior deEstudu Brasileiro» (ISEB).o Curso de Estética, com-puto ds sete eonfereneteido eritleo Jos4 OullhermsMerqulor.

O curso será aberto pelaconferência que tratará dahistória das Idélu utétteudo século Xvm su nossosdiu. As que u seguirão,sempre au sábsdos, ãs 16horas, cobrirão u temu:

— Alguns momentos es»

tremamenta lignineattvu ámhistória da ÃrtoiEvolução do lomaneecomo gênero tipieo da bur-guesls;Pusia: da Bsudslatraa feio Cabral de Melo Neto;

Crlttu dtalettaa e orl»ttee toclológtoa:

Alguns problemu duarte» plástteM contemperi»nus: e

Discussão, de eonesHuestéticos.

A trcqnénrta 4 aberta fttodos os intereandM.

TopitOb Ti pi 1 os

a Mu«n» wrcita acnurj ao VBHCSnO, re»peio urdesl Ottevtenl (s extrema direita tamnnMiiMeoes, hoje, em toda parte), sstá ator»

ISVnaJà» 9 flfJQNMIfel-trBnBgue a poUmtaa entra u pintores -fitureUvtotesr

e u -^formais". No n*mero i da revista espanhole mar»xlsta Nuettnt /deu, o critico Pasmai Oarota pubttaou In*teressanta artigo am qus dis: "Não crlticamoj ej r' "por uu achados, quando existem. «* campo dudadu exprasslvu da matéria mesma; crirfeamu 4"atruosa unltateraJidade em que Incorrem quandotais possfbllldadM em objeto único da pintura",

CHMMA: THUDA ANTIOOLONIALlirA

No dUeutldo fllms de Antonloni O Eclipse, há uns Mg-aonagem. easada eom um funcionário colonialista que rs»gressou de Xsnta, na Afrtaa, que diz pam duas amlgu:<— A grande maioria da população vive feito mscaos,trepada nu árvores.

Acnsesntando, depois de breve paus:4 ^ — Be 14 tlviusui dssetdo du árvores, nutodu deu.

PÁSCOA: LADRÃO PMDOOtr-BC NA OSOStNe ssxta»feira da palxio, o ladrão paulista Uoio Peest-fa. versão moderna de São Dtmu, pregou mu própriu Bis «•uma eras de madeira, eonfeccionsda eom matutai wr" "

Depois, com a ajuda ds um amigo, também ladrão,ambu u miu — e ficou gemendo at4 que populareêsem impedir o prosseguimento ds sua tantattvs de ncio, Inspirada na Bíblia.Familiares do governador ds 8I0 Paulo (que com • Mft»ds tornou-se multo sugesOonável) estto easrcendo

vlgllancls sobre o i^vernsdor, com medo de qui oseja seguido.

VATICANO: INGtCUCA TACEM INA reunte enclclica papal provocou multa onda. k soumaneira, não há duvida de que o papa Joio XXm tomouclaramente posição em favor da efetiva defesa da pas, pelodesarmamento, em defesa do direito dos povuTauto»determinação. ¦ —* *"—"~ ¦•--'¦— ¦»-•--"

presentadaãs mesmu ,..„-„p_,reclda e alvoroçada.

Não será surprêu psra nós que o grupo do urdaeJOttavlanl tente dar um golpe de Estado. Buta-llio arUeularum bom dispultivo militar dentro da guarda suíça.POLÍTICA: DIREITA CADA VEZ MAIS TORTA

"Pare compreender u Ideologtes de direita eontarapo-rãnsu, 4 prectaolembrar sempre que elu u elaboram sobo signo ds dsrrota. (-.) a direita eontemporinw nio ubemais o que 4 que ela defende: ela se defende, contra o eo»««^fno — ela tudo" (Slmone de Buuvqir, f>rii>iMpu. p.W/W).

UTsBATüRA: MANCADA DI "FATOS « FOTOS"

. A revista Fotos ê Fotos, em uu numero ds 30 de abril,estranhou que o professor Henrl Co*, da Cultura Francesa,ensinasse aos seu aluou que, entre u escritores contem-poransos, Man e Ssrtre estivessem flllsdo» i linha de pen-samento ds Cornsllle. Lamentou a revista qu o piores-sor Cox não dtaaeus uma só palavra s respeito de Pascal(falecido em I6tt> e Bossuet (fslecldo em 1704). Flesmurebente, assim, que Fatos * Fotos considera Pascal a Bu-sust escritores contemporâneos.,

COMEDIA: CONCEIÇÃO ESCREVE A JANOO. A deputada Conceição da Costa Neves, da Assembléiade Sáo Paulo — ex-atriz do t*v rebolado (onde tinha aalcunha de Regina Maura) - v.,vlou ao presidente umacarta protestando contra o apoio do <*ovêmo brasileiro àautodeterminação du ulôntas dr P rtü«al. Em sua carta,a deputada fu a apologia d. iitailiira satasarista. H4

quem diga mesmo que, por ataer i ditadura de Salasar, adeputada wtã fazendo fôrçu para se note bilhar eomo "alusitana putativa" ou "campei, da -nusa de Portugal em(galinha d')Angola".

FILOSOFIA: PENSAMENTO DE BRECHT"— Não Julga o senhor que a verdade, u fôr realmenteverdade, acabará por se impor de qualquer jeito, «em nó»?— Não! Não, não! Da verdade não passará senão aqui»

Io que nós fizermos passar. A vitória da rasio só pode ssra vitória das pessoas razoáveis."

(Bert Brecht, peça Gtaüleo Oolui).

•U.,?~-,i. f naua«iiiaaie»us»i i ai* ¦* —-—--—-—•—'-- tâ-fcaâ.»*. -^^—yu —

Page 6: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

-• —• NOVOS RUMOS tio de Joneiro, i.morvo de 19 • 15 do •bril do-lH» —

Salário Mais Alto ParaEnsinar Melhorf. Paulo (Ds sucursal) —

Acompanhando outras cate-gortas profissionais, tam-bem os professores prlmà-ims do Estado de 81o Pauloarreglmentam-je no sentidode conquistar melhoria deseus vencimentos. No dia 18de março cerca de 1.000 pro-fessóres concentraram-se naSecretaria da Educaçio, paraassistir à entrega de memo-rtal elaborado pela Vnilodos Professores Primários,do Estado de 81o Paulo(UPPESP). O caminho esco-lhido pelo magistério prima-rio paulista foi o da adoçãodo salário móvel, tomandopor base o salário minlmovigente. Isto porque o pre-*fessorado paulista nlo vemrecebendo remuneração non-dizente com suas atribui-ções. Ao contrário, essa re-muneraçáo vem sofrendo

uma baixa relativa, vemperdendo substância à me-dlda que se eleva o custo devida.

Nesse particular, a UPPESP apresentou, acom-panhando o memorial cita-do, minucioso quadro de-monstratlvo. Nele, demons-tra-se que um professor pri-márlo (pertencente aos qua-dros do ensino oficial) per-cebla, em 1M7, remuneraçãoequivalente a 3,01 vezes osalário minlmo vigente. Em1950, a situação era bemmelhor, apresentando umarelação de 0,38 vezes o sa-lario mínimo. Já em 1900evidenciava-se uma quedabrusca: um professor, en-tâo, nlo percebia mais doque o equivalente a 1,07 vé-zes o salário minlmo. Emcomeços de 63, a situaçãoapresenta-se pior. Enquanto

o minlmo vigente no Estadoé de 21 mil cruzeiros, o pro-fessor percebe apenas 30.050cruselros, o que nlo corres-ponde a mala do que 1.85vezes o salário básico. Namesma situação encontram-se os diretores, inspetores edelegados de ensino.

A UPPESP apresenta, en-tao, a solução do salário mo-vel. Os professores percebe-riam vencimentos corres-pondentes a 2,70 saláriosmínimos; 4,00 para os dire-tores de grupos escolares;5,47 os Inspetores escolarese 0.20 para os delegados deensino.

O secretario da Educaçio,padre Januário Baleeiro, aoreceber o memorial, prome-teu uma rápida resposta, oque nlo foi feito até o mo-mento. Os professores, atra-vé. da UPPESP, intonsifi-cam a sua arreglmentaçàoem todo o Estado, objetlvan-do elevar a sua campanha anivela mais altos. .

Santos Defende a Democraciae

Preparando-se Para Greve GeralSANTOS (Da sucursal)— A crise política eclodi-

da há dias no pais mobili-sou amplamente a opiniãopública dc Santos, princi-pálmtiite a classe operária,através do seu movimentosindical.

Desde que o governo fas-cista de Carlos Lacerdaproibiu a realização naGuanabara do CongressoContinental de Solidarieda-de a Cuba, organizou-se areação contra essa tentati-va de golpear as liberdadesdemocráticas.

A reação a Lacerda seconcretizou através doapoio de todas as organiza-•Ses sindicais, particular-mente do Fórum Sindicalde Debates, que congrega 50drgaos.de classe, e da Uniãodos Blndicatos da Orla Ma-'ritlma (USOMS). que reúnemais de 20000 trabalhado-.les do porto; ao governofederal quando determinoua Intervenção militar noex-Distrito Federal para

OSASCOiOONFERMOIADE JACOB•0RENDER

Osasco (Do correspon-.dente) — Operários, intelec-tuala. lideres sindicais e po-polares lotaram, dia 28 úl-timo, os salões do Sindica-to dos Metalúrgicos, nesta«idade,, para ouvir a confe-rêncla proferida pelo soció-logo Jacob Gorender, abor-dando o tema "O marxismoLo

movimento operário",nome da comissão sln- '

dical que. patrocinou o ato,falou o sr. Francisco Gomes,diretor da União dos Ferro-viários da Estrada de FerroSoroeabana.

O conferencista referiu-separticularmente ao papeldesempenhado pela classeoperária nas lutas pelaemancipação nacional e pelosocialismo, detendo-se numaexposição detalhada do querepresentam para o Paisas reformas de base, a ma-neira como devem ser feitase o tipo. de governo que po-dera executá-las.

proteção dos própr.^s pú-blicos federais e desinvc."íi-ção da UNE e outras entl-dades.

Deram apoio ainda a essaatitude a União das Socie-dades de Melhoramentos daBaixada, que congrega cèr-ca de 70 entidades popula-res. bem como o,Centro dosEstudantes de Santos, oCentro Acadêmico Alexan-dre Gusmão e o CentroAcadêmico Visconde de SãoLeopoldo.

Na Câmara Municipal foiapresentado requerimentode protesto, contra os atosde Lacerda pelo vereadorAntônio Rodrigues.

Durante o evoluir da cri-se o Fórum Sindical de De-bates realizou uma reuniãoextraordinária, tomando vá-rias deliberações,-principal-mente a de chamar a aten-ção dos órgãos filiados pa-ra a necessidade de semanterem alertas no senti-do de cumprir as resolu-ções do CGT. que deliberoupreparar a greve geral emdefesa daa liberdades de-mocráticas.

MANIFESTOAs dezenas de telegramas

enviados às autoridadescompetentes pelas assem-blèlas sindicais que serealizaram, somaram-se asmanifestações por ocasiãoda visita, dia 9, do mlnls-tro Almlno Afonso a San-tos.

Na recepção que lhe foifeita pelos operários, na se-de do Sindicato dos Por-tuários, decidiu-se- unáni-memento enviar um tele-grama de solidariedade aogeneral Osvino Ferreira Al-ves por seu corajoso pronun-ciamento frente ao Batalhãode Guardas e outro ao pre-sldente João Goulart, di-zendo queoFSD e a USOMSestão plenamente solidárioscom o comido convocadopelo CGT e com as pala-vras do comandante doI Exército.

Em reunião nesse dia, asduas entidades de cúpula domovimento sindical santis-ta decidiram dar a públicoum manifesto em que afir-mam fundamentalmente oseguinte:

— ficar em sessão per-manente diante das amea-ças das forças reacionáriasás liberdades democráticase as tentativas golpistas;— os trabalhadores daBaixada Santlsta não ad-mltlrão qualquer retroces-so nas conquistas políticase sociais já alcançadas;

— concitam todas asentidades que lhes sao fi-liadas, bem como as orga-nizaçõea estudantis, popu-lares e femininas a seman-terem em estado de.alertaface ao rumo dos acóntecl-mentos políticos queempol-gam a nação, unindo-se epermanecendo vigilantes emsuas assembléias para o fielcumprimento de qualquerpalavra de ordem decreta-da pelo CGT, inclusive agreve geral política.

Seguindo essa orientaçãodas organizações de cúpu-Ia. alguns sindicatos santis-tas já se preparam paratransformar suas reuniõesem assembléias permanen-tes.

Ajuda aNOVOSRUMOSPune. do Banco Hl-potecárto e Agri-cola de Minas Ge-reis (GB) 520,00Amigos de Cosmos 1.100,00Oficinas Caldeirei-ros de Ferro (Mo-cangue) 30.000,00Um amigo de Uber-lándla 200,00Amigos do Bairrode Cantagalo (TrêsRios-ER) 110,00

João VieiraFaleceu dia 23 de março,

em Blrigui, o ferroviário emilitante de vanguarda daslutas proletárias, João Viei-ra. Multo querido entre seuscompanheiros da Estradade Ferro Noroeste, JoãoVieira, graças ao seu exem-pio, contribuiu para formarnumerosos elementos revo-luclonários.

Prefeito Maranhense «Proíbe»Fundação de Sindioato Rural

Silo Luís, Maranhão (Docorrespondente) — Insur-glndo-se eontra as leis emvigor no Pais e desafiandoarrogantemente o Ministériodo Trabalho, o prefeito dnmunicípio de Slo Mateusvem Impedindo a fundaçãodo sindicato dos trabalha-dores rurais. O sr. MarcosPinheiro, que é o proprietá-rio de quase todas as terrasdaquele município, diz co-nhecer u icqislação que au-torlza a organização do.camponeses mas afirma quecm São M.V.us se faz ape-nas o que éle quer.Contando com a conivén-cia do governador NewtonBelo, o atrabiliário prefeito,que antcr.o: mente sc nega-ra a fornecer certificado dcque o edital dc convocaçãoda assembléia dc fundaçãodo sindicato fora afixado naPrefeitura, mandou dlssol-ver a própria reunião comque os camponeses Inicia-

vam a vida oficial de suaorganização. Na oportunlda-de a policia, constituídaquase exclusivamente deantigos jagunço, e capan-gas do sr. Pinheiro, agiucom a mais brutal vlolén-cia, agredindo lavradores eaprisionando o lider dostrabalhadores rurais Mar-Unho Nunes e o presidentec!a União dos Ferroviáriosdo Maranhão, Benedito Tel-::cira, que compareceram aoiii).

As aroltrarledades foram1'i.iiuncladas ao ministroAlmlno Afonso e outras au-11 Idades federais, que pro-meteram providências noKiUido dc fazer respeitar or.iiatuto do Trabalhadorl"..iral, sancionado há poucopelo presidente da Repúbli-c.i. e garantir, contra a In-tolerância e ós arreganhosf.i clstus dos senhores Mar-cos Pinheiro e Newton Belo,oí legítimos direitos doscamponeses.

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FAZENDA AMÁLIA: SEIS MILTRABALHADORES IRÃO À GREVEEM DEFESA DE SfcUS DIREITOS

Súo Paulo (Da sucursal)— Com a partic.puçúo demais de 2.000 trabalhadoresda Fazenda Amálla, de San-ta Rosa de Vtterbo. realizou-se no último domingo, umaassembléia onde foram tu-madas medidas em defesado reajuste salarial e con-tra a pretensão do condeMatarazzo, de fazer comque os empregados da la-voura canavieira deixem depertencer ao IAPI. Estive-ram presentes à reunião,que se efetuou na sede doSindicato dos Trabalhadoresem Alimentação daquela cl-dade, os dirigentes sindicaisLuís Tenório de Lima, pre-sldente da Federação de Ali-mentação. Wladmir JorgeSchnor, presidente do Sln-dlcato dos Metalúrgicos deLimeira e delegado da JJR,do IAPI, Abinoan Paz deFreitas e Miguel SabinoSoares, diretores do Sindi-cato dos Trabalhadores emLaticínios dc São Paulo, Ju-vénclo José da Silva, diretordo Sindicato do8 Trabalha-dores em Bebidas de SãoPaulo e o advogado da Fe-deraçao da Alimentação,José Arouca.FISCAIS DO IAPIVENDIDOS

A, empresa, tendo em suasmãos um documento assina-do por inspetores do IAPIonde se afirma que os tra-balhadores da lavoura cana-vieira da empresa são rurais,fez um pedido de registro aoIAPI dos empregados da fa-zenda, certa de que o mes-mo seria negado, como real-mente o foi, pois basearam-se no laudo pericial dos fis-cais, que demonstraram es-tar a serviço do uslneiro.Com tal despacho em seupoder, a empregadora con-vocou os trabalhadores afim de comunicar-lhes quetodo o dinheiro descontadopara o Instituto seria devol-vido. Devido à orientaçãodada pelo Sindicato, os tra-balhadores recusaram a de-

vuluçúo do dinheiro descon-t:: cio.

O propósito do conhecidolatifundiário, é fugir aoscompromissos que a CLT oobriga a cumprir em benefi-cio dos seus empregados.Além disso, o escorchantedesconto do aluguel de casa,voltaria a ser feito, comotambém possibilitaria a éleentregar a lavoura canavlel-ra a empreiteiros, livrando-se assim das responsabilída-des de empregador dessestrabalhadores. Estes no ca-so, perderiam todas suasconquistas.LUTA SALARIAL

Com relação à campanhapelo reajuste de salários, fo-ram tomadas várias resolu-ções. Em vista da proxlmi-dade do término do últimoacordo salarial (30 dé maio),ficou decidido desenvolver omáximo dos esforços, obje-tivando aumentar o nume-ro de participantes nas fu-tures assembléias, uma vezque a empresa tem 6.000 tra-balhadores. Ficou aindaaprovada a participação dediretores do Sindicato naassembléia marcada para odia 10 do corrente, na sededa Federação, juntamentecom os outros 20 sindicatosdo setor de açúcar do Esta-do. . n:* j.GREVE A VISTA

Quanto ao problema deserem considerados ruraisos que trabalham na lavou-ra da cana, ficou resolvidoque a Federação enviaria umoficio ao IAPI, pedindonovo parecer, pois o que foifornecido à empresa fero to-talmente a lei que regula-menta a filiação dos traba-lhadores da lavoura canavi-elra àquele Instituto. Todosos trabalhadores presentesdeixaram clara a sua dis-posição de irem até a greveem defesa de suas conquis-tas ameaçadas pelo latifun-diário.

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OOM ARRAES, FOR PERNAMBUCOElislo Artmatéla Ribeiro, de Fortaleza,

Ceará, reclama "dos dirigentes populares doBrasil" a mobilização de todo o nosso povopara uma açlo de grande envergadura con-íí* * c»mP»«***» que ameaça o governo deMiguel Arraes com uma Intervenção federal.

Afirma o leitor: "Fstá em perigo opovo pernambucano, que heroicamente deuuma resposta aos rcacionárlor. Pela primei-ra vez no Brasil, mesmo enfrentando umajustiça eleitoral falha, os trabalhadores con-seguiram levar ao poder um homem queprocure apoio na sua força per* poder go-vemnr democraticamente. Contra Isto ce cs-boca no momento úinH reação orf*nn'7ndaem todo o Pais cor.';/*] i govérn-i de Per-nambuco, cogltundo-se lnc uslve dc uma

intervenção federal. Os atos populares deArraes slo abafados em sua verdade crie-tallna. Diariamente na imprensa vendidavemo. as manchetes: "Pernambuco, Ilha.Vermelha"; "Governo ds Pernambuco pragarevolução"; "Pernambuco entregue aos co-munlstas" etc. Nisto notamos' uma orien-tação nacional com o fito de afastar do po-der o representante das forças populares.Depois tentaria generalizar-se esse procedi-mento em todo o Brasil,

Cabe aos homens de vanguarda do Pais,Imediatamente, organizar-se contra estaumeaçe clara e patente. Devem ser organl-zodes nos E-lados congressos de apoio aekovérno e ao povo de Pernambuco" — con-clul.

REFORMA ELEITORAL E DEM0CRAJIA

OPERÁRIOS CONTRACASSAÇÃO DE MANDATOS

OPERÁRIOS E CULTURASAO PAULO (Da sucursal) — Reali-

aou-se dia 6, na sede do Sindicato dos Tra-balhadores Metalúrgicos de São Caetano doSul, a cerimônia de conclusão do Curso Bá-eico de Extensão Cultural, promovido pelossindicatos daquele município, a cerimôniafoi presidida pelo presidente do Sindicatodos Metalúrgicos de Santo André. MarcosAndreotti, contando com a presença de nu-merosos líderes sindicais e professores docurso. Como convidado especial, RafaelMartlnelll, presidente da Federação Nacio-nal dos Ferroviários, féz entrega dos certifi-cados de freqüência a 31 trabalhadores. Fa-lando na òpçrtuiljdaite, pos em evidência o

significado profundo daquele ato, como de-monstraçáo do amadurecimento da classeoperária no Brasil, interessada em elevarseu nivel cultural para colocar-se em con-dlçôes de mais fácil e eficientemente orga-nizar e dirigir suas próprias lutas e as lutasdo nosso povo, preparando-se para as tare-fas administrativas que certamente terá deenfrentar dentro de algum tempo. A pri-meira parte do ato foi encerrada com odiscurso do presidente do Sindicato da.Construção Civil, Pedro Daniel, seguindo-sea apresentação de números de teatro, can-to e dança, sob a responsabilidade dos CPCsde São Caetano e de Santo André. Na foto,aspecto da solenidade.

Operários de São Joãoda Boa Vista enviaram aoSupremo Tribunal Fede-ral e ao deputado SérgioMagalhães, dois abaixo-assinados exigindo que se-ja declarado inconstitucio-nal o artigo 58 da Lei Elel-toral.

Manifestando o repúdiopopular, afirma o do-cumento ao Supremo Tri-bunal: "Apelamos a essaCorte de Justiça para queseja declarado inconstitu-cional o artigo 58 da LeiEleitoral, pois somente essamedida devolverá os direi-tos aos eleitores, restitu-indo a vigência da Cons-tituiçâo e a tranqüilidadeaos lares brasileiros".

GREVE FÉZ WESTERNRECUAR: READMITIDO'0

UDER SINDICALFlorianópolis (Do corres-

pondente) — Os trabalha-dores da Cia. Western fo-ram à greve, dia 2 de abril,exigindo a reádmissão doTesoureiro do Sindicato deTelecomunicações de Fio-rianópolls, despedido ilegal,mente, num atentado fia-grante contra a lei que ga-rante estabilidade provisó-ria ao dirigente sindical.

Após demarches lnfrutife-ras no sentido da readmls-são do colega, os diretoresdo Sindicato convocaramuma Assembléia Geral Ex-traordinárla que determinoua paralisação dos trabalhos.

Com apenas 8 horas degreve a Intransigência pa-tronai foi quebrada pelo es-pírito de unidade de luta dostrabalhadores, firmeza daDiretoria do Sindicato e so-lidariedade imediata dasSindicatos de Florianópolise da Federação dos Traba-lhadores de construção «mobiliário.

Pedindo a ação dos depu-tados da Frente Parlamen-tar Nacionalista escrevemos operários ao deputadoSérgio Magalhães:"Solicitamos a V. Exa.para que lute em nome daFPN contra a manutençãodo artigo 58. As eleiçõesmunicipais aproximam-see este artigo impede quemilhares e milhares denacionalistas e democratastenham os registros de seuscandidatos concedidos, pre-judicando assim o desenvol-vlmento da democracia e omovimento nacionalista doBrasil".

Us 200 signatários destesdocumentos vém juntar-se yaos milhares de brasileiros ¦que manifestaram seu repú-dio ã cassação dos manda-tos dos sargentos e dos can-didatos populares.

EDIÇÃOEXCEPCIONALDE PPS

Já nas bancas e livrariasdc todo o pais a edição defevereiro de PPS — PRO-BLEMAS DA PAZ E DO SO*CIAL1SMO. PPS é revistaque se esgota facilmentenas bancas. Assim, procureadquirir logo seu exemplare se inteire da verdadeiraatitude do povo norteameri-cano, o povo de operírios egrangeiros brancos e ne-gros oprimidos pelos trustese lutando também contra omaçartismo. Ainda nesse nú*mero um bem lançado estu-do do sociólogo brasileiroJacob Gorender sobre "Con-tradições do deseiivolvimen-to econômico tio Brasil",além de outros trabalhos deinteresse. — Agências e as-sinaturas: rua- da Assem-bléia, 34 sala 301. Rio (GB).Valores em nome de H. Cór-deiro.

José André Borges, d.\ Guanabfra, aomesmo tempo cm que sugere a transfor-maçáo desta secção num Fórum Poitlcodos Leitores, remete-nes o artigo abaixo,sóbre "a reforma eleitoral e o desenvolvi-mento democrático da revolução brasl-leira":

"O Brasil vive um momento decisivo dcsua transição social: o das reformas de ba-se, Indispensáveis ao nosso desenvolvimento.Embora existam, no Congresso, alguns pro-jetos com relação á Reforma Eleitoral,quase nenhum dos deputados do nosso povotém tido o devido interesse em mcbilz- r rscamadas mais interessadas na reo ligaçãodesta reforma com a brevidade que o mo-mento exige, sem o que ela não virú.

Como sabemos, milhões de brasileirosvivem hoje completamente amordaçadospela atual Lei Eleitoral, não podendo assim,tomar parte ativa na luta que compete aosque mais necessitem de uma mudança ra-dical por serem os mais prejudicados com avigência, incrível nos dias atuais, de umaLei Eleitoral discriminatória: estes com-preendem os milhares de cabos e soldadosde nossas forças armadas, e os milhares deanalfabetos.

O avanço e a consciência política denosso povo nos mostram que êle Já está ca-pacitado a fazer uso corrente do voto, pois,nas últimas eleições vimos como soube su-tragar aqueles que realmente defendemseus interesses. Não podemos caminharpara a transição pacífica sem a remoçãoImediata deste grande obstáculo: A Lei Elei-toral obsoleta que temos, em verdadeirocontraste com a democracia em que vive-mos, dificultando a verdadeira chmocratl-zação para a qual caminhamos, inegável-mente, numa marcha célere.

Ê. sabido qué temos 50% de bra.-.ileirosanalfabetos; além dos cabos e soldados çuese acham privados do voto legal. Sc te-mos 75 milhões de habitantes e só 15 ou25% exercem o direito do voto. como mar-charmos pacificamente em nossa revolução?

Acreditamos que os parlamentares dopovo devem-se unir, no Congresso, e póina ordem-do-dla essa questão de suma im-portancla; assim como também, cabe aosoperários, camponeses e todos os demais in-teressadós Juntamente com seus lideres sln-dlcals mais autênticos e o CGT, mobilizaraf massas e pressionar, em. conjunto com osseus representantes no Congresso, a reação,no sentido de ser votada, urgentemente, en-tre as demais reformas, a Eleitoral.

Caso contrario, se não sairmos, o quan-to antes, das súplicas verbais para a lutaefetiva nas ruas e no Congresso é bem pos-slvel que não tenhamos as reformas reais.Acreditamos que o momento atual exigeessa forma de luta. Já temos forças e con-diçoes concretas para pô-la èiri prática. Onão atendimento desta questão poderá anosso ver, retardar a ação das maínas e des-perdlçar, assim, as condições propícias quese nos oferecem. Levando em consideraçãoque p Brasil está esperando que os revolu-eionários de vanguarda dêem o passo Ini-BAHIA E ANIVERSÁRIO DO PCB

F. Montalvão, de Salvador, faz um re-lato das comemorações do 41.° aniversáriodo partido dos comunistas na Boa Terra:"Os comunistas de Salvador não dei-xaram passar despercebido o 41.° anlversá-rio do Partido Comunista Brasileiro. Namadrugada do dia 25 de março foram pin-tadas as paredes com dizeres alusivos aoPCB, ao imperialismo e exigindo a legalidadepara o Partido.

Grandes cartazes cuidadosamente con-íeccionados foram colados nas paredes, en-quanto milhares de panfletos eram coloca-dos nas casas. A policia mobilizou dezenasde homens, soldados armados de metralha-aoras etc... e conseguiu prender 5 estudan-tes as.ultimas horas da madrugada. Comoa policia tivesse conseguido apreender ai-gumas bombas juninas, a reação aprovei-tou-se do fato para "denunciar plano sub-vçrsivo e terrorista". Divulgou-se que ha-via dinamite reservada aos Palácios e aoAPLAUSOS E SUGESTÃO

Joaquim dos Santos Quelha Júnior, deSantos, São Paulo, manda-nos uma cartaanimadora. Abaixo, a reprodução de algunstópicos:

• "Na semana próxima passada me foidada a oportunidr.de de ler o conceituadosemanário NOVOS RUMOS. Desejo nestaoportunidade expressar minhas sinceras fc-licitações a todos os que fazem essa folhaum jornal por intermédio do qual o ino-cente, bom e sofredor povo brasileiro temuma real idéia da situação do Pais. Almejoque num futuro bem próximo êsse porta-vozPORTO DE MANAUS

Francisco Máximo de Oliveira, de Ma-naus. Amazonas, também faz referênciaselogiosas a NOVOS RUMOS. E louva a atl-tude do governo federal em Intervir na com-panhia estrangeira qúe explora os serviçosdo porto de sua cidade. Vejamos algumaspassagens de sua carta:"NOVOS RUMOS é um jornal que se-manalmente recebo através de distribuiçãolocal. Tenho a satisfação em assegurar-lhesque o considero o órgão de imprensa maisútil ao Brasil e a seu povo.

Oxalá a difusão de NOVOS RUMOS pu-desse ser feita de modo amplo e liberto, e te-riamos dentro em breve um povo conscien-te e esclarecido, apto a pugnar pelos seusdireitos esbulhados e defender sua Pátriados saques estrangeiros, notadamente nor-te-americanos. Penn que não tenhamos ain-da os meios necessários par» que sejam ex-pulsos os prepotentes ladrões de nessas ri-quezas e subvertedores de nossa soberania.

Quero aplaudir, pelas páginas desse ór-gão da nossa imprense, livre, a intervençãodecretnda na MANAOS HARBOUR LIMI-TED pe.o governo ieuerai.

A empresa aludida é exploradora do

ciai na unificação das forças Interessadasno evanço de nossa luta, nio devemos ficarno campo da simples polêmica. Temos for»ças novas e autênticas (embora em mtao-ria) no Congresso e náo aproveitá-las cons-tltulrá um erro Imperdoável pelo que seriorc-pcnsabill/ados todos aqueles que cerra-rem seus olhos á realidade e ao momentohistórico brr silelro, desprezando assim umagrande oportunidade em tornar realidade •anseio do povo.

O líder nacionalista, deputado LeonelBrizoir, cm suas pregações, tem frisado anecessidade de uniiicpçáo de todos que lu-tam pela realização das reformas de base;chegou me.-mo a sugerir que déssemos umprazo definido ao Parlamento para votá-laso quanto antes.. É lamentável que esta su-gestão não se tsnha tornado realidade até opresente momento, ainda mais quando játemos uma casse operária ativa e organl*zada, que por duas vezes deu prova de suaforça e maturidr.de paralisando o Brasil eimpondo brühcntemente a vontade do povoás forças retrógradas; quando temos o COT,que expressa a organização e consciênciapolítica atual de nosso povo.

Sc paramos o Brasil por duas vezes enos fizemos ouvir derrotando os gorilas ,agora mais do que nunca temos náo só anecessidade mas as condições objetivas paraimpor-lhes mais uma derrota e conseguir-mos, assim, que sejam votadas as refor-mas de base por intermédio da luta no Con-gresso e nas ruas, mobilizando o nosso povoem torno de seas representantes empos-sados recentemente; principalmente comrebção á Reforma Eleitoral que virá tirar aniorclc ça da boca de milhões de brasl'ei-mu. pcsslbilltándo. asrim.. a'viabilidade doprocívso democrático de nessa revolução.

Sabemos que se pode intervir em favordo abreviamenio que virá criar as condlçjesnecessárias ao desdobramento de nossa Re-velução segundo as condições especificasinternas e externas. Mas para isto é pre-ciso uma ação revolucionária efetiva pon-do nas ruas, nos sindicatos, nas fábricas eonde fõr necessário a idéia de que, se pres-sionarmos o Congresso, coesos, teremos asreformas; se nos mantivemos como sim-pies espectadores nesse momento eferves-cente da luta social sem atuarmos de umamaneira direta e eficaz, jamais teremos asreformas e nos arriscaremos, Inclusive, a umretrocesso democrático. Pois a reação já vis-*lümbra o perigo - que fará - tombar as suasInstituições e por isso está fazendo os maio-res esforços e exigências para reduzir a nadaas conquistas do povo, negociando com osnossos maiores inimigos si nossss riqueza»e nossa soberania. Embora gritemos, eleslevam a efeito seus propósitos e se nfto sair-mos dessa espectativa, amanhã talvez és-tej amos amargando a terrível ditadura qu*escraviza nossos irmãos argentinos.

Não podemos, sob o pretexto de que anossa revolução deve ser pacifica, deixar quea oportunidade das reformas seja esvazia-da de. seu conteúdo por omissão da formacoerente para consegui-las o mais' brevepossível".

Hotel da Bahia. De maneira ridícula a rea-ção féz propaganda gratuita do PartidoComunista, mostrando-o como um Partidoorganizado, e que traz em si um esquemade soluções. Apresentou-nos ao povo maisuma vez.

As 20 hs. foram liberados os 5 jovenspatriotas, graças à intervenção de advoga-dos e das entidades estudantis e sindicais.Não sofreram espancamentos apesar da or-dem expressa do Secretário de Segurança de"bata. depois prenda". Com a nào observán-cia desta ordem fascista, criou-se, Inclusiveum clima de divergências na própria policia.A noite os comunistas se reuniram. Usa-ram da palavra diversos oradores, foramcantadas várias canções revolucionárias edepois foi servido um coquetel.Compareceram operários, estudantes, li-deres de massa, bem como simpatizantes doPartido.Féz-se 1 minuto de silêncio em memó-ria do camarada Rui Facó".

do sadio e patriótico jornalismo brasileiropossa ter em cada grande cidade do nossoimenso Brasil uma sucursal.

Por meio desta quero também fazeruma sugestão: que o jornal faça uma sériede reportagens sóbre como vive o povo bra-sileiro. de Norte a Sul; os nossos Irmãospescadores, seringueiros, garimpeiros, colo-nos. eornerciárlos etc.

Sem mais, desejo a todos que prossl-gam na luta para derrotar os vendilhõesda Pátria, que acreditam náo ser. possívelum Brasil respeitado, econômica e finan-ceiramente independente".

nosso porto através dc concessão. Ela vemcobrando t?::»s eievatíi.simas pí.ra promo-mer a guarda e a movimentação da merca-doria que entra no porto de MANAUS, masoutra coisa não faz que cobrar as taxas, so-negar vencimentos a servidores e deixar queo porto se escangalhe dia a dia sem fazer osconsertos e reparos de sua obrigação, viaan-do entregar ao Brasil, quando terminado ocontrato, a aparelhagem inteiramente inu-tilizada. Esse descaso vem refletir sóbre aconservação dos produtos, os quais se estra-gam. ficando deteriorados ou avariados detal maneira pela incidência das chuvas ouecausa prejuízos vultosos ás companhias denavegação quando não é aos seguros. Alémdesse desmazêlo. ainda se julga com o di-reito de tripudiar dos estivadores, punin-do e demitindo estes por "me dá cá umap.nlrr. '.lenho a honra, de haver sido um dosprimc;ro.i a denunciar-lhe as falcatruasatravés da imprensa e por isto me sintocompensado com o ato do presidente daRepublica que determinou intervenção naempresa intrusa, procurando, desta formampiíiir ° zel0' ° decoro e a honestidadeno PORTO DE MANAUS". "«¦«*¦•»<«

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Page 7: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

.— Ho 'áo

Janeiro, lemano d» 19 a 25 dt abril dt 1963Os eaatponsses do tabé-- munldpjo da Campo., u-tado do Rio - tomaram ainiciativa: no dia I deabril, sob o comando da sencompanheiro José Puma,ocuparam as terras daquelalocalidade, griladas por ai-•un» latifundiários, inclusl*?e estrangeiros. Pureza, ocomandante das 200 fami-Uas camponesa» do Imbé, é*rt£«te<U Federação dasAssociações de Lavradores eTrabalhadores Agrícolas do

?^?0..doJR,° e tewurelroda Ünilo dos Uvradores eTrabalhadores Agrícolas doBrasil (ULTAB)' Ao seulado, apoiando a açfto doscamponeses, estava o depu-tado federal Adão PereiraMunas.Como sempre acontece emtais casos, os políticos e os

Jornais reacionários bota*

c NOVOS RUMOS 7-;

do Imbé D osUsineiros e Fazem Reforma Agrária

?¦•" • Mca no mundo,alardeando a existência deum "plano subversivo" emCampos e exigindo o esma-gamento dos camponesespelas forças da policia e doExército.

Que aconteceu e estáacontecendo realmente emImbé?

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ACIMPIMEITOta Imbé oa lavradores fizeram seu acampamento. Sob aliderança de José Pureza (na foto assinalado pela seta),estão dispostos a resistir às violências dos grileiros e cons-cientes de que a causa que defendem é a causa justa.A terra é dos que a trabalham.

TERRAS GRILADASA região ocupada pelescamponeses está locaUsadanas fraldas da Serra dasAlmas, distante uns 60 qui*Unatroe do município deCampos. Suas Urras são dasmal, férteis do Estado doRio, abrangendo 310.000hectares de Arríi devoluta(42.000 alqueires de 40.400metros quadrados). São ter-ras magníficas para o açu-car. ¦ par iaao vinham aon*do griladas pelo» Minriro*,Eis alguns desses usineiros:o grupo francês Socleté Su-crt-rles Brasllllcnne; o ude-nlsta Joio Cleofas, dono dausina Sapucaia; os Inglese»Walther Pryttnann. donosda usina Santa Crus; a fa-mula Moll. através de seustestas-de-íerro, oa limão»Roberto e Rubens, donoa daUsina Novo Horizonte; Ve-nãncio, grande latifundlá-rio, dono da fazenda Sertão,

grilada por melo de jagun-ços armados; os donos dausina Sfio José. Além deJoão Cleofas. outros usinei-ros do Nordeste estão rou-bando terras do Imbé. Atéusineiros cubanos que es-poliavam os trabalhadoresna época de Batista a fu-giram de seu pais eom avitória da revolucio. estàose apossando de terras noImbé.

Essa grilagem vinha cam-peando livremente no Imbé.Nenhuma providência toma-vam os governos flumlnen-sés para impedir que ttterras passassem para o po-

der Ilegítimo dos latlfun-diários.TUDO t BAGAÇO_. Para os grileiros e donosde usina, além de seus lu-cros fraudulentos, tudo ébagaço. A cana, depois demolda, é bagaço Inútil. Ostrabalhadores, depois deheras de suor e estafa, sàosimples bagaço humano. Osusinrlros costumam amar-rar o» operários e campo-nesrs em troncos, espanca*los e até ajsarslnà-los. comoss estivéssemos em plenaIdade Media. Pagam o quebem entendem, desrespel-tando as leis e Impcndo suaprópria vontade.

E quanto mais aumentamas áreas griladas, as usinasmontadas e os lucros ex-torquldos, maior é a vora-cidade dos usineiros, maio-res são o abandono e a ml-séria da massa trabalhado-ra. Na cidade de Campos,encontram-se hoje mais de10.000 trabalhadores desem-pregados e passando fome,sem contar os municípiosvtxlnhoe. .REAÇÃOEM DESESPERO

' Nào podendo mais supor-tar tal situação e, eonvcn-cldos, pela sua dura expe-riêncla, de que a explora-ção e o arbítrio dos usinei-ros tinham a seu lado sem-pre as autoridades, os cam-poneses tomaram a firmedecisão: ocupar as terras

do liibr. Cumpriam, assim,n resolução de seu nisto-rico Congresso Camponêsde Belo Horisonte: a açãod.- massas para Impor a rc-íoraia agraria.Okí latifundiários e usinei-

ros. que se apossaram dasterras, passaram a serapossados pelo desespero.Não acreditavam que oscamponeses se lançassem a«Pão. não confinv.ini naíórça c no espirito de lutados trabalhadores. Quandotomaram conhecimento dofato, a prlnclra coisa quefizeram foi mobilizar a po-lida para d"fondcr seus In-famrs privilégios: 70 solda-dos armados de fusls, me-t.-alhadoras e bombas, co-mandados por um "jagunçode anel", o delegado IvoBarroso Graça, foram mnn-dados de Campos para Im-bé, com ordens para come-ter toda c qualquer violcn-cia, contanto que os cam-poiiescs fossem desalojados.E. de fato, as maiores bar-harldadcs foram praticadaspoli» polícia a serviço dosgrileiros das usinas: os sol-dados derrubaram barracas,espancaram famílias doscamponeses, roubaram dl-nheiro e objetos de utlli-dade, ameaçaram de morteos que nào abandonassemas terras. Invadiram a re-sidencia do lider JoàoGuarda, maltrataram suaesposa, prenderam um fl-lho menor do casal e deramvárias rajadas de metralha-dora na casa. Nào satlsfel-tos, os policiais rumaram

para a sede do Sindicato dosFerroviários da Leopoldlna,por élea invadido crtmlno-semente, sob o pretexto de

jmsca de Joio Guarda.Jlóuve servtçals doa usl-nelros, como um Unido detal, candidato a prefeito de

Campos derrotado naa últi-mas eleições, que telefonoupara o comandante da uni-dade do Exército em lia-eaó pedindo-lhe que. comtoda a urgência, mandassea tropa atacar os eampone-sei. Desaforado, dista aooficial que o atendeu no'telefone: "Nós estamos pa-gando a vocês é para Isso".O presidente da CâmaraMunicipal de Campos, Se-vrrlno Vcloso. outro servi-çal dos usineiros, levou aCâmara a aprovar um votode aplauso ao delegadoatrabiliário. Nao é a pri-meira vez. aliás, que êsse8everlno Vcloso se vende:certa feita apresentou naCâmara, um projeto prolbln-do a venda de produtosfarmacêuticos com prazossuperados, retirando-o depauta mediante polpudaimportância que lhe foi en-tregue pelos farmacêuticoscriminosos.

Os reacionários tiveram aaudácia de convocar um co-inicio em praça pública deapoio ao delegado e contraos camponeses e os sindi-estos operários. Fracassa-ram. entretanto: ninguématendeu à convocação e ocomício nio ae realizou.

Deve-se assinalar que essaonda de terror e ameaças

Café do Brasil na Exposição de 8 S

coincidiu com a tentativade go'.pe gorillslo, roman-dada pelo general Kruel. naOuanabara.VOLTAMOS CAMPONESES

Os tiros desfechados pe-los Jagunços policiais a ser-viço dos usineiros saírampela culatra. Porque os cam-Íioneses e os operários, iteusrnüos de luta. nào recua-ram. Os ferroviários daLeopoldlna cm Campo*,tendo ã frente o seu d"sta-cado lider Jacl Darbeto,realizaram uma greve deprotesto contra a Invasãode seu Sindicato e de apoioaos camponeses do Imbé.Todo o movimento sindicalde Campos e do Estado doRio colocou-se ao lado doscamponeses, p r o t estandocontra os latifundiários c apolicia. Os camponeses, quehaviam sido dispersadospela policia do aeampamen-to que haviam ocupado noImbé. voltaram è terra. Emais: ae no Inicio eram200. hoje sào mata de 200famílias que passaram aocupar e cultivar o Imbé. Enumerosos camponeses con-tlnuam chegando, todos osdi'as, à procura de terra. OSindicato dos Trabalhado-res de Usinas de Campos,com seu grande lider, Alml-rante Costa, realizaram nodia 14, uma assembléia coma presença de mais de 2.000trabalhadores, de apoio aoscamponeses em süa lutapela conquista da terra,por aumento de salários epelas liberdades democrátl-.<as. Em passeata-monstropelas ruas de Campos, bra-''arnhi b n nito nos lati-'fundiários e usineiros que

estSn firmemente unidos as. ui» li mios do campo o n&opermitirão que eles sejamdespejados das terna queocuparam.

DESAPROPRIAÇÃO

O deputado Adão PereiraNunes, no lado de outrosparlamentares e de lideres.sindicais entraram em en-trndtmentos rom o gover-nador Bndger silveira e dl-rigentes da SUPRA, fazen*fio-lhes ver a razão que as-siste aos rtimponesr» doImbé e a necessidade de,quanto antes, serem a élrsentregues as terras griladaspelos usineiros. tsse é oúnico caminho acertado.Mas para que éle se torne

. rcalloadc é Indispensávelque sp Intensifique, no Es-tnclo do Rio e em todo opais. o movimento de mas-sas rie solidariedade aoscamponeses do Imbé.

Nesse sentido, a ULTABestn tomando uma série deurgentes providências. Umapelo está sendo dirigidoaos trabalhadores, estudan-tes e todas as forças demo-çrátlcas do Estado do Rio,bem como de outros Es-tsdos. para que sejam redo-brados o apoio e a ajudamaterial aoa camponeses doImbé e para que novas fa-millas de lavradores aetransfiram pnra ns terrasagora ocupadas, Isso cor-responde, aliás, aos Interês-ses da economia e de todaa população do Estado doRio, pois a área de 310.000hectares de terras do Imbé,dividida em lotes de 20 heo*>tares cada, é suficiente par*que nela reslòam e traba-lhem 10.500 famílias cam-ponesns. rom a capacidadede produzir cereais parasuprir todo o território flu-minensc e sobrar ainda parao abastecimento de outroapontos do pais.

Os camponeses do Imbé,liderados por José Pureza —e Inspiradas no exemplo doaseu» Irmãos de Goiás, dirl-gidos por José Porfirlo —saberão fazer a sua refor-ma agrária. E dão com isso

um exemplo ao* espolia-dos camponeses de todo oBrasil.

Reportagem de Hélio COIltrtiflt,correspondente de NR na Alemanha

. A tradicional feira deiMptig. com os seus oitoséculos de existência, foitambém neste ano uma vezmala o ponto de encontrodo mundo comercial. Nio éasm rasão que a Importin-ela da Tetra, especialmentedepois ds IMS, vem crês-aonde pragreoslvamente,ano nara ano, apesar dastentativas de boicote leva-daa á efeito pelos "ultras"farmano-ocidentais e eeusaliados da OTAN, que tudofaaem para estender a"guerra fria" ao âmbito dasrelações econômicas entreos povos.

O. campo socialista, en-glosando atualmente umterço da população mun-dial, desenvolve a sua for-te economia num ritmoinatingível pelos paises ca-pitallstas mais adiantados,o a sua indústria já con-tribul com 37% da produ-ção Industrial mundial. Seuprocesso pianificado de de-senvolvimentò, isento decrises, inflação e outras ma-selas crônicas do capitalls-mo, aliado a um alto niveltécnico-cleritiflco e ao au-mento constante da produ-tlvidade do trabalho é umarealidade em vigoroso as-censo, que lhe dá condiçõesde negociar com todos ospaises do mundo, na basede relações reciprocamentevantajosas, sem imposições

ou discriminações de qual-quer naturesa.NA PRIMAVERADE 1963

Wpdi .eosaleaou-ao no-vãmente esto ano, de S a Ude março, para receber ml-lharea de visitantes, ho-mana de nsgéelos e delega-Çóes governamentais, ria-dos dos quatro cantos domundo. Ldpzig é tambémum dos maiores centrosculturais da Europa. Na suafamosa Universidade KarlMan estudam jovens de 80poises do mundo. Bach. Be-ethoven, Handel sio aquiexecutados quase . diária-mente na» inúmeras salasde espetáculos da cidade.Mundialmente famoso é ocoro dos "Menino» Canto-,res da Igreja de São To-maz", conhecido pelo públl-co brasileiro durante uma"tournée" através da Amé-rica do Sul.

Este ano, nada menos de560 mil visitantes, prove-nientes de 87 paises vierama Lelpzlg. onde 03 paisesexibiam os seus produtos,do mais alto nivel técnico-cientifico, numa emulaçãopacifica, que. sem dúvida,só pode ser útil a todos.Aumentou considerável-mente a participação defirmas britânicas, que com-preendendo a» vantagensdecorrentes da ampliaçãodo comércio entre o Ocl-

dente e o Leste, nio se dei*xaram Impressionar pelaspressões de certos círculosreacionário» Ingleses. Crês-ceu notadamente na Feirada Primavera dêste ano aparticipação daa jovens ES-tados nacionais da Aata eda Afriea, recentemente 11-bertados do jugo do eolo-nlallsmo. Apesar das Imen-sas dificuldades erladaapelo governo de Bonn, apartkdpeeio doe homens ienegócio da Alemanha oet-dental e de Bcriba odden-tal foi bastante slgnlflcatl-va. Nada menos de 1400comerciantes e industriaisgermanos e berlinenses ocl-dentais vieram a Lelpzlg.A INDÚSTRIA DA RDA

Uma variedade imensa dsartigos e produto» lndus-trlais da mais alta qualida-de enchia os pavilhõesda exposição da ROA. Aí sedestacavam os famososprodutos "Zelss". novidadesda eletrotécnica, da indús-tria de construção de má-quinas, química etc. En-nm, quase todos os ramosindustriais de bens de pro-duçio e de consumo esta-vam representados e bemdistam do espetacular pro-gresso alcançado pela RDAnos 15 anos da construçãodo socialismo. A AlemanhaDemocrática é hoje o 5.° paisindustrial da Europa eo oi-tavo no mundo. Especialatenção provocaram as see-ções do pavilhão dedicado àmecanização e automatiza-ção do processo de traba-lho. Complicados mecanls-mos eletrônicos, verdadel-

ros cérebros, deslumbravamos visitantes e depertavamelogios dos engenheiros eespecialistas estran-geiros. Eram o ponto cen-trai da exposição da lndús-tria eletrônica.

Aumenta e ee desenvolveno mundo a especlalisaçio,que no» paises socialistas seprocessa ds forma planifl-cada, assando os planostraçados pelo Conselho Econôndoo de Aluda Mútua,toado eom» objetivo o de-aenvolvlmento harmônico eproporcional, na baae daexploração econômica ra-cional do potencial de ca-da um dos paises membroso de ótimas condições deprodução. Da mesma formaque aumenta a especializa-ção e conseqüentemente adivisão do trabalho em es-cala internacional, aumen-ta par outro lado o inter-câmbio comercial entre osÍiaíses

altamente industria-lzados.É fato notório, tam-

bém, que aa relações eco-nômlcaa entre os paises ai-tamente Industrializados docampo capitalista com ospaises monocultores oupouco Industrializados, na-da têm a ver Com vanta-gens mútuas. A queda cons-tante dos preços dos produ-tos primários nó mercadoInternacional, os def Idtscrônicos na balança de pa-gamento, á desvalorizaçãoda moeda e a Inflação, sãoexpressões óbvias desta re-lação de rapina, na qual osImpertaUstas sempre levama parte do leão. Esta, noentanto, não é nem pode-

Jânio Expressa Repúdio aQueda de Salazar Depende

O ex-presidente JânioQuadros concedeu, dia 20de março, entrevista ao Jorrnal "Portugal Democrático",editado em São Paulo. Pelaoportunidade do documen-to, transcrevemos abaixo a.Integra da entrevista:

P. — Quando v. exa., em1060, esteve em Lisboa, naqualidade de presidenteeleito do Brasil, rectisouavistar-se com o sr. Olivei-ra Salazar. Esse gesto foimulto apreciado pelo povoportuguês. O que o moti-vou? No que se refere àconjuntura política, econô-mlca e social do pais, queImpressões colheu duranteessa estada em Portugal?

B. —Sempre fui adversa-rio dtis ditaduras. Durantea campanha que precedeu aminha eleição afirmei re-petldamente que, se esco-lhldo pelo povo, não pactua-fia com nenhum regime to-talltário. Na primeira en-trevista coletiva que mantt-ve com a imprensa, após opleito de outubro de 1900,reafirmei essa posição, ei-tando notadamente as dl-taduras ibéricas em respos-ta a uma pergunta. Em Lis-boa, ao negar-me a ntan-ter contatos com as aüton-dades fascistas, fui apenascoerente Seria inimaglna-vel que o presidente elel-to desmentisse pela sua con-

duta as palavras do can-didato.

A minha estada em Por-tugal foi multo agradável.Como brasileiro, jà o disse,sou também português. Oprazer que sinto sempreque me encontro na mãe-pátria não é, contudo, Isen-to de um sentimento detristeza. Os males decorren-tes de 36 anos de uma di-tadura cruel e óbscürantls-ta são demasiado visíveispara que a sua contempla-ção me deixe indiferente.Por incrível que isso pareçaa certos brasileiros, eu mesentia em qualquer cidadeportuguesa, especialmenteno Porto, rodeado de tantoou mais carinho do que naVila Maria. E nada podiafazer por êsSe povo admira-vel! Mais de uma ves re-.cordel a Imagem de um jor-nal francês que apresentouo Portugal de Salazar comouma fazenda dividida entrecem famílias...

P. — Que pensa v. exa.de Salazar e da política por-tuguesa do Itamaratl?

B.— Minha formação de-mocrática leva-me a repu-dlar o cesarismo. O dr. OU-veiia Salazar está há maisde três décadas no poder,exercendo-o discricionária-mente. Tem do mundo e daproblemática do Homemuma concepção que me pa-

rece absolutamente desatua-lizada, eu diria mesmo me-dleval. Admito que tenhasido um financista Ilustre,mas não creio que tenha ja-mais servido aos interessesdo povo português.

A política portuguesa doItamarati volta a enfermarde fiaquezas, omissões etransigênçias que durante

o meu breve mandato pro-curei eliminar. Prendem-nos ao povo de Portugal la-çòs históricos multo intl-mos; nenhuma poMtlca no-dera destrui-los; mas sem-pre pensei que nenhumaatenção especial deveríamoster pata com o governo que.oídio*'!n ê''? nn,vK^" ""¦••.^Uma das primeiras decisõesque fui chamado a tomar,como presidente da Repú-bllca do Brasil, foi a con-cessão de asilo político aosrevolucionários do "SantaMaria". Hoje, o governoportuguês permite-se oporuma negativa terminante atodas as diligências feitaspelo Itamarati para trazerpara o Brasil os dez asiladosque se encontram hà maisõ> urr. ano , rr, nos** em bal-xada de Lisboa. Não com-preendo a nossa passivida-de até porque em relaçãoaos asilados cubanos o pro-cedimento adotado foi bemoutro.

«POLÍTICAAFRICANA»

P — V. exa. foi o criadorda chamada "política «trl-cana do Brasil". Qual era o •d e s e nvolvlmento previstodessa política no tocante àposição brasileira diante do

. colonialismo português c,mais concretamente, daguerra de Angola

R - A nnlitícn níricamdo Brasil erá apenas umaecn"ci'."í-r?'" |rT.rr> :'•"> no'í-tica de dignidade e indepen-déncia que Inaugurei noplano Internacional, pondotermo a uma era de inad-mlssivel submissão da diplo-macia. brasileira aos Inte-rêsses de certos governos es-trangelros e de grandesmonopólios instalados entrenós. No caso concreto docolonialismo de Sarazar (enão de Portugal, porque oseu povr. não deseja a ml-séria e a escravidão do tra-ba.ho forçado impostas amilhões de africanos) mar-quet desde a primeira hora,quando presidente, uma cia-ra posição em favor da aa-todeterminação de Angola.Sei que estadistas eminen-tes, como o presidente Se-kou Touré, da Guiné, acha-ram insuficiente ¦> que flre-mos nf.-se campo. Os acoi,-tecime' tos políticos naeio-"¦ais não tardaram, entre-

ria ser a política seguidapelos paises socialistas naasuas relações econômicascom os outros povos domundo. Vejamos um exem-pio concreto: a RepúblicaDemocrática Alemiestá In-teressada vivamente emaumentar o volume comer-ciai com o Brasil atravésda compra de uma maiorquantidade de eaté, óleos,resinas, frutas tropicais,couros, minerais etc, ofere-cando em troca uma- sériede* produtos dá sua ifidBs-tria pesada e leve. Já ésemdúvida um progresso queo comércio entre a RDA e oBrasil tenha aumentado,de 1958 a 1962. em 28%.Na Feira da Primavera deLelpzlg foram realizadosnegócios entre a RDA e oBrasil no valor de 1 milhãoe trezentos mil dólares, oque sem dúvida é aindauma inslgnif icâncla to-mando-se em consideraçãoas imensas possibilidadesexistentes para um amplointercâmbio comercial en-tre os dois paises.

Aproximadamente 60% docafé consumido atualmentena RDA vem do Brasil. Es-te consumo é ainda muitopequeno (2 quilos per ca-pita anualmente) e o go-vêrno da RDA está empe-nhado em aumentá-lo. Opróprio ministro do Co-merclo Exterior da RDA,quando da sua visita aoBrasil, Jogou por terra aafirmação dos círculos liga-dos aos chamados "merca-dos tradicionais", deixandobem clara a disposição da

RDA de comprar uma maior)âuanttdade

de café do Bra-11. A RDA realizou dúran-

to a Feira de Lelpsig aeôr-dos de exportação no valorde 2,8 bilhões de marcos eoontratoa de importação nomontante de líbtlhio demarcos. Paises como a In-dia, a República Árabe Uni-da. Gana e outros, figuramentre os participantes malaimportantes destas transa-ções, depois dos países so-claUstae-

Assim pois, existem sscondições reais e objetivaspara uma expansão do eo-mércio entre o Brasil e aRDA. Negócios de bilhões,reciprocamente vantajosospodem ser realisados. Oscinqüenta milhões de sacasde café estocados pelo go-vêrno brasileiro atualman-te, esta montanha de café,sem mercado, destinada emgrande parte à queima ouao apodreclmento, pode setransformar em maquinaspara a agricultura e a In-dústria, em adubos, navios,fábricas, centrais elétricaspara o desenvolvimento e oprogresso do Pais.

Tudo depende da posiçãodo governo brasileiro nestasituação concreta: ou rom-pemos eom os "tabus" e en-írentamos eom soberania aSressão

òos monopólios In-K-naclonais, ampliando as

relações comerciais do Bra-sil com o Imenso mercadodo campo socialista ou acrise e os problemas sco-nômlcos internos agravar-se-io dia a dia.

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Ditadura Portuguesa:da Unidade Dos Democratas

tanto, a demonstrar que asforças mais reacionárias doBrasil dispunham de umpoder considerável e esta-vam dispostas a tudo paraevitar no Pais as reforma»de estrutura e mudançasimpostas pelas necessidadesdo desenvolvimento nacio-nal. No plano internado-nal — indissociável dos pro-.blemas internos — fui tãolonge quanto as circunstàn-cias me permitiram na In-transigente defesa da au-*f}de':rrm',,"(;r.rt dn Cuba eAngola. Sei que Mário deAndrade, do Movimento Po-pular de Libertação de An-gola, nensa vir brevemen-te ao Brasil. Será para mimuma grafa sntisfacão vê-loe ouvi-lo. Só lastimo nãoestar hoje em condições deabrir — como era minhaintenção — as universidades,brasileiras aos patriotas an-goianos, nossos irmãos, eauxiliar os duzentos milangolanos que, segundo osjornais, definham nos cam-pos de refugiados da Re-pública do Congo. O menosque as autoridades brasl-lelras deveriam fazer poresses desgraçados seria en-viar-lhes professores, leitee medicamentos.UNIDADE PARAA VITÓRIA

Como meara v. exia. %política de unidade de tô-

das a» correntes políticasanti-salazaristas. defendidapela oposição democráticaportuguesa e recentementereafirmada na Conferênciadas Forças Antifascistas,realissda em dezembropassado na Europa?R.— Vejo na unidade detodas as forças que comba-tem a ditadura portuguesauma condição lmpresclndi-vel ao ê x i t o da luta quetravam. No Brasil temosuma experiência bem dolo-rosa das conseqüências domaccarthismo. Os "caça-dores de feiticeiras" ude-nlstas chegam aqui à obje-ção de aplaudir com entu-siasmo um embaixador es-trangelro que. depondo pe-rante parlamentares do seupais, se permite apontar adedo os "comunistas" infil-trados no governo brasilei-ro. Se Isto acontece noBrasil, nào me é difícilimaginar ao que conduziriaa discriminação ideológicase introduzida nas fileirasda oposição portuguesa emluta contra Salazar.F. — O levantamento na-cional, isto é, a derrubadade Salazar e da oligarquia

que o sustenta, medianteuma insurreição popular, éa solução para o problemaportuguês que encontramaior, receptividade entre opovo. Como encara v. exia.o assunto?

R. — Tr&ta-Be de um pro-blema Interno do povo por-tuguês. sobre o qual não mecompete fazer qualquerpronunciamento. Aliás, de-vo confessar que nâo co-nheço suficientemente ascondições objetivas exis-tentes em Portugal para es-tar habilitado a ter umaidéia definida sobre a quês-tão da derrubada da dita-dura. Lembrarei apenasque uma Insurreição popu-lar não se verifica nuncaapenas pelo fato de ser de^sejada. Ela produzlr-se-áou náo de acordo com asvicissitudes de um processodialético cuja evolução de-pende da organização e damaturidade revolucionáriadas massas. Meu coraçãode católico leva-me a nãoaceitar a violência comosolução. Mas como homemdo centro-e s q o e r d a nàoacredito que. Salazar entre-gue o poder por meirw paci-flcos

P. — Salasar acaba dereabrir o campo de concen-tração do Tarrafal, no Ar-quipélago de Cabo Verde.Que pensa r. exa. dessadecisào?

R. — A reabertura doeampo de conf-cutraçào doTarraín! pila ditadura por-tuguesa é um crime contra

a humanidade, Ataato» da

imprensa lxwiileira tomaiconhecimento dos horroresque, no passado, assinala-ram tão tragicamente aexistência do Tarrafal. Umainsignificante parcela dêe-se* crimes monstruosos bas-taria para apontar um re-glme a execração da com-ciência universal. Sei queno Brasil está em cursouma grande campanhacontra o gesto criminosodas autoridades salazaris-tas. gesto que nos trás àmemória os nomes de Bel-sen. Aushwits e Buchen-wald. A essa campanha meassocio como cristão, comodemocrata e como portu-guês que me sinto.SAUDAÇÃO AOPOVO PORTUGUÊS

Ao conceder a entrevistaacima reproduzida, o sr.Jftnio Quadro.s entregou aorepresentante do Jornal"Portugal Democrático"' aseguinte saudação:"Por Intermédio dé Por-tural Democrático, saúdo opovo de Portugal, na cer-teza de que se aproxima ahora da sua libertação dojugo cruel que o oprime.Brasileiro e. por ls«o. por-tuguès. antevejo a alvora-da das liberdade», na Mãe-Pátria."

\ \¦A V M

\ \

-*.-, -.:¦... ...Vi-.-.Tfe.:,.,.,'

Page 8: Barnabés Rejeitam 407, e Unem-se los Militares na Batalha I...- 1 NOVOS RUMOS Rio ide Janeiro, semana 19 a 25 'de Barnabes Rejeitam oe 407. e Unem-eeabril de 1903 — Aoe Militares

Para a Divi ia GB em MunicípiosDomingo, dia 21, realiza-se na Guanabara um pie*hincito. Deverá o povo carioca manifeslar-ne pela di*visão ou nlo do Estado em municípios.A maioria esmagadora da população, atreve* denumerosos pronunciamento» de personalidades, par*tidos politicos, entidades populares e sindicais, jávotou: NAO será a resposta do eleitorado v per*gunta sóbre se deve ou nfto o Estado ser dividido.Entretanto, a decisão plebiscitaria somente cor*responderá a uma parle da vontade do povo. Êstenáo quer uma divisão que tudo indica não corres*

pondera aos interesses 4a cidade. Mas, por outro lado,esti a exigir uma descentralização administrativademocrática, que atenda aos seus interesses.Votará NAO no plebiscito. Mas, continuará a ba*lalha para liquidar os «prcfeitínhoss de Lacerda, pa*ra criar administrações regionais realmente idenlifi*

cadas com o povo e não com os interesses escusos degrupos ligados ao fascista e inimigo dos trabalhadoresque está instalado no Palácio Guanabara. VotaráAMO para ganhar depois o direito de exigir da Assem*,bléia que vote pela democratização da administra*ção da cidade.

Para a Descentralização DemocráticaPOR QUE COMUNISTASVOTAM NÃO

Os COMUNISTAS são favoráveis àdescentralização o à democratizaçãoda administração do Estado, lutampara que se aproxime o Poder do povoe lhe permita exercer maior influên*cia na direção da coisa pública. OsCOMUNISTAS são contra a atual si-tuação administrativa na Guanabara,que permite as arbitrariedades gover-namentais, que o governador nomeieos seus «prefeitinhos» e possa, assim,prosseguir em suas maquinações gol-pistas.

Mas, os COMUNISTAS consideramque:

1. SOB A FORMA OBSCURA EMQUE O POVO FOI CHAMADO A MA*NIFESTAR-SE NO PLEBISCITO DE 21DE ABRIL, VOTAR PELO SIM NÃOCORRESPONDE AO DESEJO DASMASSAS.

2. A DIVISÃO DO ESTADO VIRIAA AGRAVAR AINDA MAIS A ATUALDESORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVAE ACRESCENTAR NOVAS DIFÍCULDA-DES À VIDA JA INSUPORTÁVEL DASMASSAS.

3. A VITORIA DO SIM NÃOGARANTIRIA UMA CORRETA DIVISÃOMUNICIPAL DO ESTADO.

4. Assim sendo, os COMUNISTASVOTARÃO PELO NÃO, mas dirigem-seao povo carioca, aos trabalhadores,aos estudante;, c a todas as forçassociais, que aspiram ao progresso de-mocrótico, para que se unam na LUTAPELA APROVAÇÃO DE UM PROJETODE LEI QUE DETERMINE A DESCEN-TRALIZAÇÂO E A DEMOCRATIZAÇÃODA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO.

NOVOS

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HÉRCULES APONTA A SAÍDA .

Descentralização Administrativae Democratização do Poder

Atendendo às aspirações populares de maior des-centralização administrativa e de unia democratização .dopoder no Estado da Guanabara, o deputado estadual Hércu-les Correia dos Reis elaborou o' projeto de n.° 2 de 1963,sóbre o qual concedeu uma entrevista a NOVOS RUMOS.DESCENTRALIZAÇÃO 1)0 PODER

"È evidente a tendência popular pela manutenção dacidade do Rio de Janeiro como unidade territorial indivi-sivel, — declarou. Porém, o Município não constitui o únicoelemento de descentralização do poder e, pelo simples fatode êle não existir, as portas não se fecham para a adoçãode um processo que melhor associe a ação política às natu-rais subordinações às regras do sistema democrático. Nessesentido, o projeto que apresentamos propõe a escolha deconselhos regionais por eleição, vinculando ao poder políticoque, representativamente, é a Assembléia c, originâriamenteo povo, aquilo que no sistema atual das administrações re-gionais, pertence exclusivamente ao Executivo, o que temo estilo de improvisação imprópria e de desajustamento emface ao regime de representação que caracteriza os cargospoliticos e as delegações da mesma origem na vontade po-pular."SEM EMPREGUISMO

"Os Conselhos regionais não teriam como função legls-lar, mas apenas deliberar e executar. Também não há perigono que diz respeito ao empreguismo, pois não serão ádmi-tidos novos funcionários, mas sim "equisitados os que jác.tão a serviço do Estado. Haveria *.jsim, uma redistribui-

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PROJETO MOSTRA COMOSERÁ DESCENTRALIZAÇÃO

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çáo dos funcionários qualificados que, atualmente, estãolocalizados nas Secretarias e que nassariam a prestar ser-viço às diversas localidades sem que novas despesas fossemacrescentadas."

AS FUNÇÕES DO CONSELHO"Quanto ao problema de fracionamento do poder dasSecretarias, — prosseguiu o parlamentar — foi éle evitadocontinuando a centralização de suas atividades em geral,sendo que aos Conselhos Regionais caberia tomar as provi-déncias necessárias para a execução dos serviços. O povopassaria a ter. desta maneira, a quem se dirigir para ateu-dé-lo em seus problemas."

DEMOCRATIZAÇÃO DAS VERBAS"Outro importante aspecto do projeto — salientou odeputado Hércules Correia —, diz respeito às verbas paraas varias circunscrlçóes. Serão elas votadas pela AssembléiaLegislativa, o que obrigará o executivo a aplicar a verbana circunscrlção aprovada corrigindo assim as arbitraríe-dades. injustiças o desigualdades na aplicação dos orca-mentos. Além disso, o Tribunal.poderá ter delegado juntoaos Conselhos Regionais para fiscalizar e acompanhar suareal aplicação."

ATIVIZAÇÂO POLÍTICA"Finalmente, o projeto — detlarou o deputado HérculesCorreia — tornando os diretórios distritais responsáveis peloregistro das candidaturas, e retirando êste poder das mãosdos Diretórios Regionais, promoverá maior ativizacão

política, ja que os partidos terão que passar a atuar maisintensamente junío ao povo pojs para manter-se no pode»será necessário maior ligação eom as massas pòpulpresEstas terão assim possibilidade de maior controle sóbre seusrepresentantes."

SINVAL PALMEIRA: POVO

VAI MANIFESTAR-SE CONTRA

A DIVISÃO DA GUANABARA"Pergunta-se ao povo. apenas, se deseja a divisão do

Estado em municípios e, nesta forma vaga c imprecisa, opovo vè, com justo receio, a criação de dezenas de Cama-ras de Vereadores e milhares de novos empregos. Por estarazão irá, sem dúvida, manifestar-se contra a divisão nostermos em que está colocada. Ê fora de cogitação que opovo tem Interesse na divisão administrativa , do Estado,de forma mais democrática, com instituições eleitas e res-ponsáveis e, neste sentido, trabalharemos na AssembléiaLegislativa em busca da solução que mais atenda aos in-te;esses populares", disse a NOVOS RUMOS o deputadoSinval Palmeira, a respeito do plebiscito do próximo domingo.

Depois de assinalar ser inconstitucional a consulta,acrescentou o deputado Sinval Palmeira que a questão estámal colocada, dai o absoluto'desinteresse popular.

— "Não se discute — prosseguiu — a conveniência ounão de se criar alguns municípios no Estado da Guanabara,o que deveria ser. e será certamente, objeto de exame pelaAssembléia Legislativa. Não se discute, por outro lado, aconveniência da divisão administrativa do Estado, rèconhe-cida pelo próprio governador. O plebiscito, porém, náo res-ponde a nenhuma destas questões."

K' o seguinte o texto dnprojeto apresentado peludeputado Hércules Correiafios Keis sóbre a descenira-lizaçào administrativa do Es-tado da Guanabara:

Art. 1.° — Conhecidos eproclamados os resultadosda consulta plebiscitaria, nostermos do artigo 9 do AtoConstitucional das Dispusições Transitórias, os Podêres

.Executivo e Judiciário, noprazo de 30 dias, nos limitesde sua competência, estuda-rão e proporão à Assem-bléia Legislativa, por meiode mensagem e anteprojeto,a forma tíe instalação detod;s os serviços públicos n:-èessários a assegurar a au-lónomia administrativa .isvárias unidades descentráli-zadas, obedecendo as estipu-laçõos normativas u;i prosou-te lei.Parágrafo único — O Tri-

bunal de Contas instituirá,junto a cada unidade, dele-gação de controle com oom-petència para registrar atosou contratos, orientar a ins-tração dos processos que lhedevam ser submetidos e pro-mover as diligências neces-rias, cabendo de suas deci-soes denegatórias recurso pa-ra o Tribunal, interposto pe-Ia autoridade competente, noprazo de 15 dias, contados dadata da ciência da decisão.

Art. 2.° — Ressalvando oaspecto constitucional da dl-visão do Estado em Munici-pios, caso o povo assim o dò-eida e que a lei orgânica es-pecifiea demonstrará, será,obrigatoriamente, promovidaa descentralização nos mol-des democráticos da legiti-iri;i representação popular.mediante a criação do Cir-cunserições Regionais emnúmero nunca inferior a 10e nem superior a 13,

Artigo 3.8 — Cada Cir-«inscrição terá estruturaprópria, quadro específicode pessoal fornecido, me-diante requisição, pela ad-ministração e stadu a l ecohsta.rá no orçamento doEstado com as verbas dis-criminadas para o custeioe manutenção dos seus ser-viçcs e obras.

Parágrafo Ünlco --• Osórgãos e serviços do Exe-cutivo enquadrados no re-gime dzsta lei ficarão ,su-bordinados a unidade queintegrarem, sem prejuízoda orientação normativa,Ce controle técnico e dafiscalização especifica dosórgãos estaduais compeíen-tes das várias secretarias;

Artigo 4.° — A Clrcuns-crição será dirigida por umConselho Regional de novemembros com funções ad-minlstrativas e delibsrati-vas discriminadas em esta-tuto próprio, respeitadas asconstituições e as 1 e i s emvigor.

Artigo 5.» — Cada Con-selho terá um presidenteque o representará todas asvezes que o deva fazé-loco-letivamente, em Juízo oufora dele e será eleito,anualmente, na forma es-tabelecida em estatuto ela-boiado pela Assembléia euniformemente aplicado atodos eles;

Artigo 6.° — Os membrosdo Conselho serão eleitosnor sufrágio direto peloseleitores inscrilos na zonaeleitoral que funcione noslimites territoriais da res-pectiva circunscrlção, nãosendo permitido, em qual-quer hipótese, áo eleitor,participar do .pleito de maisde uma circunscrlção.

Artigo 7.° — As chapaspartidárias para as eleiçõesde que trata a presente leiserão integrai.:, devendoconstor das mesmas os no-rriés dos candidatos titula-res e os dos suplentes, emigual número e terão o seuregistro requerdo à Justi-ça Eleitoral pelos diretórioslocais dos partidos regular-mente inítslados no terri-tório de cada circunscrlção,reconhecidos e registrados.

Artigo 8." — O mandatoc'os membres do Conse'hoterá a nv-ma dur?çâò. dulegislatura estadual, terçai-

nando o dos primeiros como dos deputados estaduaiseleitos em 7 de outubro de1!<62.

Artigo 9.° — Os membrosdos Conselhos Regionais nãoperceberão sulisidios, ca-bendo á Assembléia Legls-lativa fixar-lhe-, no fim decada legislatura para v;ro-rw na seguinte, uma aju-cia de custo por sesfáo aque comparecerem n u inmáximo de 2 idii^^ por se-mana e que náo poderá ul-trapassar o valor do "jr-ten" de presença dc umdeputado em ceda srsí.ão.

Par:'"rafo úrk-o. — Ofuncionário público r.ita-dual. o autárquico eu rir so-ciedade de economia mis-ta em que • o Estado tenhaparticipação ma jerj-tárla. quando eleito mem-bro de Conselho Re-gional, será, automática-mente, afastado do serviço,sem prejuízo dos seu. ven-

. cimentes no cargo ou fun-çáo que exerça, até o finaldo seu mandato.

Artigo 10.° — A primei-ra eleição realizar-se-á 120• cento e vinte) dias apóspublicada a lei que deter-mine o número de circuns-crições e as respectivos 11-mites territoriais de cadauma, cabendo ao Executivo,no prazo de 30 (trinta) diasda prpçliunacão do resulta-do do plebiscito, enviarproposta circunstanciada ãAssembléia Legislativaacompanhada de antepço-jeto.

Parágrafo ínveo — Se oPoder Executivo nâo cum-prir dentro do prazo as de-terminações centioas nesteartigo, a Assembléia toma-rá a iniciativa 48 horasapós esgotado o mesmo.Art. 11 — Até o dia 30 de •junho dc cada ano, os Con-sèlhòs Regionais deverãoenviar à Secretaria de Es-tado competente sua pro-posta orçamentária descri-minada para que possa fi-guiar na lei estadual demeios para o exercício se-guinte.

Art. 12 — A abertura decréditos adicionais a pedidodos Conselhos Regionais!quando ofereçam compen-saçào com verbas consigna-das no seu próprio orçamen-to, será autorizada por de-eretó-legislativò da Assem-bléia comunicada a autori-zaçào ao Poder Executivo,prevalecendo o processo vi-gente quando a compensa-çáo depender rie verbas con-siguada.s a órgãos do PoderEstadual.

Art. 13 — A lei especificaque fixar o número de cir-cunserições é suas respecti-vas áreas descriminará, emeapitulo-piúprio, os direitose deveres dos membros dosConselhos Regionais, suasatribuições e responsabilida-des, bem como as normas es-tatlitárias do seu funciona-mento..

Art. 14 —- Revogam-se asdisposições em contrário.

Sala dns Sessões, .18 riemarço de 1963. - HerculesCorrêa.

JUSTIFICAÇÃOO desmembramento eu a.

subdivisão, territorial atra-7;tís do plebiscito constituirecurso próprio e mais ició-neo do regime democráticopara acautelar o que é fun-dementai à legitimidade dasoberania popular.

Foi prudente o legisladorquando, na fase constituin-te, determinou que a oneãose fizesse pelo pronuncia-mento popular após mia sé-rie- de debates rm que nsverias correntes de opini.' ose manifestassem eontra ou'a favor rie. tese da divisão doEstado em municípios.

Os partidos nâo" fixaramuma posição efetiva em tòr-no do assunto, preferindoaguardar que, medidos, pe-sados e confrontados os ar-gumentos individuais eti degrupos, o Povo decida sóbreo que seus rcpres°ntantesdevam institucionalizar emface dn manifestação pie-biscitári»

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