Bando das Cavernas - booksmile.pt · Códigos Secretos – exclamou o Menir ... vez não era o...

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Bando das Cavernas

Tocha: Na escola tem fama de saber acender uma fogueira, embora nunca ninguém o tenha visto fazer tal proeza.

Ruby: Como a sua melhor qualidade é o bom senso, é ela quem, na maioria dos casos, põe ordem no bando.

Menir: É forte, emociona-se com facilidade e pensamentos complexos não são o seu forte. Não existe, porém, amigo mais leal do que ele.

Kromeleque: É o membro mais hiperativo do bando. De todas as coisas mais irritantes do mundo, as que mais o enervam são a injustiça e os trogloditas bananas que dizem mal do Bando das Cavernas.

Tzick: Vive no teto da caverna do Kromeleque e acompanha o bando para todo o lado.

Sabre: Simpático e calmo, o grande tigre só se zanga quando os amigos estão em perigo.

Tremoço: É cúmplice de todas as trapalhadas dos amigos, mas se algo corre mal transforma-se num queixinhas.

Pinguinhas: Vingativo e com mau perder, está sempre a espirrar porque é alérgico a quase tudo.

Crava: Tem mau feitio e as piores notas de todos, pois só pensa na próxima partida que vai pregar ao bando rival.

O giganteCapítulo I

O gigante

10 de abril de 10 000 A.C.14h00 - Sexta-feira

O Bando das Cavernas

preparava-se para as aulas da tarde numa sexta-feira

pré-histórica, quando um misterioso homem atirou um

velho livro por cima do muro da escola e disse estas

palavras, desaparecendo a correr:

– Escondam este livro! E, por favor, não leiam o

que nele está escrito. As consequências podiam ser

terríveis! Voltarei em breve para o recuperar!

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– exclamou o Menir, entregando

de imediato o livro ao Tocha. – Depois do que ouvi, não

quero esse livro ao pé de mim!

– Não me digas que acredistaste naquelas tretas? –

riu-se o Kromeleque. – Esse livro não pode ser pior do

que o livro de registos de comportamento da dra. Didi.

Olha que eu já o li às escondidas e, acredita,

No entanto, não me aconteceu nada!

- Que tipo tão estranho!

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– Não gozes – interveio a Ruby. – O homem parecia

estar a falar a sério!

– Então e agora, o que fazemos? – perguntou o Menir.

O Tocha guardou o livro na mochila e respondeu:

Amanhã é sábado

e por isso encontramo-nos na sede do bando à hora do

costume. Só então decidiremos o que fazer! Combinado?

– Combinado.

– Olhem lá – disse ainda a Ruby –, aquela voz não

vos pareceu familiar?

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No dia seguinte, à hora do costume, o Bando das

Cavernas encontrava-se reunido na sede e à sua frente

estava

– Esta noite até sonhei com ele! – exclamou o

Kromeleque. – Sabem como eu sou... não resisto a um

bom mistério! E se espreitássemos só um bocadinho?

– disse logo o Menir. – Sabes lá o

que pode acontecer! O homem avisou que...

– Já sei, pronto, está bem! – resmungou o Kromeleque.

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Entretanto, na floresta, Desta

vez não era o Bando dos Que Têm a Mania Que São Bons,

mas um enviado da longínqua tribo dos Neandertais.

O monstruoso guerreiro parecia interessado no livro,

o que, só por si, já é muito estranho. Os Neandertais

estão em vias de extinção e isso enerva-os mesmo

muito. É por isso que são do

que à leitura. Sendo assim, de onde viria agora este súbito

interesse por um livro?

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Ao verificar que o antigo livro estava no interior

da sede, o guerreiro Neandertal elaborou logo uma

estratégia bastante sofisticada para se apoderar dele:

partir tudo e levá-lo consigo.

Satisfeito por se considerar um

o Neandertal sorriu. E, sem mais demoras, atacou a sede

do bando gritando como um gorila da montanha:

– Esse livro será meu!

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os quatro amigos ficaram

por momentos sem saber o que fazer. Felizmente, o

bando tinha o Sabre. Pacífico e pachorrento como

um gato gordo, mal o grande felino viu os amigos em

perigo transformou-se naquilo que realmente era:

Colocando-se entre os seus amigos e o temível

guerreiro, o Sabre conseguiu travar o ataque, esqui-

vando-se aos golpes da sua enorme maça.

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– gritou o Tocha. – O Sabre

não vai conseguir travá-lo para sempre e o livro não

pode ir parar às mãos dele!

Estavam prestes a sair pelas traseiras da sede, quando

a Ruby teve uma ideia: sobre

a mesa, para enganar o Neandertal. Quando viu os

amigos fora de perigo, o Sabre juntou-se a eles.

Furioso, o Neandertal entrou por fim na sede do

Bando e viu o livro que a Ruby ali deixara. Julgando ser o

original, pegou nele e saiu com um ar

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Ao passar ali perto, o Bando dos Que Têm a Mania

Que São Bons – aliás, a duas

coisas incríveis: um Neandertal a sair alegremente da

sede do Bando das Cavernas, e com um livro debaixo

do braço! Incrédulos, o Crava, o Pinguinhas e o Tremoço

foram esconder-se imediatamente entre a vegetação e

o que tinham acabado de ver.

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– Vocês os dois viram o mesmo que eu? – perguntou

o Crava. – Ou ou passou-se ali

alguma coisa muito estranha!

– Provavelmente dão aulas de pintura ruspestre aos

Neandertais! – disse o Tremoço, tentando arranjar uma

explicação que fizesse sentido. –

e ouvi o stor dizer que os Neandertais são fraquíssimos,

principalmente nas figuras humanas e...

– Atchiiim! Cala-te! – ordenou o Pinguinhas entre dentes.

– Quais aulas de pintura rupestre, qual quê. Ninguém

explica nada a um Neandertal sem

Tem de ser outra coisa!

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– E se o seguíssemos, para tentar perceber o que

vai ele fazer com o livro? – propôs o Crava.

– É uma boa ideia – concordou o Pinguinhas,

assoando o nariz –, mas

Se ele nos descobre, ficamos em sarilhos!

Dito e feito, pouco depois o Bando dos Que Têm

a Mania Que São Bons o alegre

Neandertal com o livro.

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