Banco Sofisa S.A. Demonstrações Financeiras Consolidadas ......das carteiras de financiamento de...
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Banco Sofisa S.A.
Demonstrações Financeiras Consolidadas 2011
Elaboradas no Padrão Contábil Internacional (IFRS)
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RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 22001111
O ano de 2011 foi pautado pela cautela. Optamos pelo conservadorismo na expansão de nossos negócios e,
como consequência, concluímos o ano amparados por um Índice de Basileia de 20,6%.
A expansão da carteira de crédito em nosso segmento de atuação continua sendo imperativa para aumento dos
resultados e entendemos que não poderemos manter indefinidamente a condição de “banco mais capitalizado
do mundo”, pois isso reduz de forma relevante os resultados. Entretanto, ainda acreditamos que nosso
segmento se encontra em uma fase de muitas alterações, principalmente pela mudança de posicionamento dos
bancos concorrentes. Após o que identificamos ter sido uma fase de expansão exagerada, alguns players
importantes do segmento adotaram uma correção de rumos e desaceleração, que pode afetar a capacidade de
rolagem de passivo das empresas e, consequentemente, aumentar o risco de inadimplência. Notadamente no
quarto trimestre, encontramos elevado grau de endividamento de clientes prospectivos, o que nos levou a
atrasar a expansão da carteira.
Neste cenário, projetamos para 2012 resultados melhores mesmo com uma expansão moderada da carteira de
crédito, pelos esforços de ganhos de produtividade, e contínua redução dos custos relacionados à desmontagem
das carteiras de financiamento de veículos e crédito consignado que foram descontinuadas a partir de maio de
2010.
É motivo de muita satisfação o grande interesse do público de todo o Brasil pelos produtos do Banco Sofisa
Direto, nosso banco online para pessoas físicas, que lançado em junho de 2011 já apresenta resultados bastante
satisfatórios em termos de operações e abertura de contas. Acreditamos no potencial de diferenciação trazido
pelo Sofisa Direto ao Banco Sofisa, pela proposta inovadora. Portanto, continuaremos investindo no
desenvolvimento do negócio com a oferta de novas linhas de produtos financeiros de boa vantagem
comparativa.
Alexandre Burmaian
Presidente do Conselho de Administração
No encerramento de 2011, segundo dados divulgados
pelo Bacen, o volume de crédito do sistema
financeiro, incluindo operações com recursos livres e
direcionados, atingiu R$2.030 bilhões, crescimento de
19,0% em doze meses. A relação Crédito Total/PIB
alcançou 49,1%, ante 45,2% em dezembro de 2010.
O saldo das operações de crédito destinadas às
pessoas jurídicas atingiu R$1.090 bilhões em
dezembro de 2011, crescimento de 17,5% em relação
a dezembro de 2010. Em todos os meses do ano de
2011, o crescimento acumulado de 12 meses foi
sempre superior a 18,2%, indicando que houve um
aquecimento da demanda por recursos dos bancos
comerciais em comparação a 2010, em que esse
crescimento acumulado de 12 meses chegou a 13%.
O Banco Sofisa é uma das mais tradicionais
instituições financeiras do país. Fundado em 1961
como Sofisa S.A. Crédito, Financiamento e
Investimentos, foi pioneiro no desenvolvimento e
aprimorador de negócios voltados ao financiamento
de pessoas físicas. No ano de 1990, ampliou sua
participação na vida financeira do país com nova
denominação, Banco Sofisa S.A.
Desde então, o Banco Sofisa tem atuado de maneira
proeminente em seu principal foco de negócio:
empréstimos a pequenas e médias empresas, o
chamado middle-market. Dentro deste segmento,
têm prioridade as empresas com faturamento anual
de R$5 milhões a R$300 milhões.
O excelente atendimento que o Sofisa propicia é
garantido por estruturas específicas, que zelam pelo
relacionamento do Banco. Estas estruturas são
compostas por gerentes especialmente treinados para
oferecer soluções e aconselhamento detalhado sobre
os produtos e serviços que melhor atendem às
peculiaridades e demandas de negócio de cada
segmento.
O Banco fundamenta seus negócios em uma política
de concessão de crédito baseada em intensa análise
fundamentalista, amparada por fortes garantias e
alta pulverização de riscos, considerando uma
exposição máxima de crédito por grupo econômico
limitada a R$30 milhões (4,0% do Patrimônio Líquido).
O Sofisa conta com patrimônio líquido de R$782,8
milhões e ativos de R$4,5 bilhões, no padrão contábil
PERFIL CORPORATIVO
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DESEMPENHO DO CRÉDITO NO BRASIL
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IFRS, e presença em 09 estados do território nacional
por meio de uma rede de 16 agências.
Nestes 50 anos de história, o Sofisa tornou-se
conhecido pela solidez e tradição de bons serviços
prestados aos clientes e hoje conta com uma gama de
clientes fiéis, dos quais é parceiro financeiro de
confiança, que entende suas atividades e participa de
seu dia-a-dia.
Juros sobre o Capital Próprio 2010 - Em 17.03.2011
o Banco realizou a distribuição de JCP complementar,
referente ao exercício de 2010, no valor bruto total
de R$4,4 milhões, aprovada pelo Conselho de
Administração em 28.02.2011 e ratificada pela
Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de
Acionistas em 29.04.2011.
Juros sobre o Capital Próprio 2011 - Durante o ano,
o Banco realizou o pagamento de antecipação de
remuneração aos Acionistas referente ao exercício de
2011 como segue: a) Em 08.06.2011 foi realizado
pagamento de JCP no valor bruto de R$6,0 milhões,
aprovado pelo Conselho de Administração em
23.05.2011; b) Em 29.08.2011 foi realizado
pagamento de JCP no valor bruto de R$29,2 milhões,
aprovado pelo Conselho de Administração em
19.08.2011.
Venda de Subsidiária – Em 07.04.2011 foi concluída a
venda da subsidiária Rede Matriz Serviços e Franquias
Ltda. à Gerador Assessoria Financeira Ltda., entidade
dos controladores do grupo Banco Gerador, pelo
montante aproximado de R$12 milhões.
Lançamento do Sofisa Direto, divisão online para
pessoas físicas - Em 03.06.2011 o Banco Sofisa lançou
o Sofisa Direto, banco online voltado para pessoas
físicas. O modelo, inédito no Brasil, é totalmente
isento de taxas ou tarifas e oferece, para valores de
R$1 a R$1 milhão de reais, a mesma rentabilidade
disponível a grandes clientes.
Juros sobre o Capital Próprio 2011 - Em 16.01.2012
foi aprovado pelo Conselho de Administração o
pagamento de JCP, referente ao exercício de 2011,
no valor bruto de R$8,0 milhões, pago aos Acionistas
em 26.01.2012.
Operações de Crédito
Com a adoção das práticas contábeis em IFRS, ao
final do ano de 2011 a carteira total, incluindo as
operações cedidas, totalizou R$2,30 bilhões (R$2,27
bilhões em BR GAAP).
A carteira de empréstimos a Empresas totalizou R$1,8
bilhão, representando 78,3% do total da carteira, e a
carteira de Varejo encerrou com saldo de R$498,2
milhões, correspondendo a 21,7% da carteira total.
Com relação à qualidade da carteira de crédito, o
maior devedor representou 1,3% da carteira total e
3,9% do Patrimônio Líquido.
Em função do encerramento das atividades de
originação de operações de Varejo a partir de maio
de 2010, a projeção dos saldos remanescentes dessa
carteira para os próximos anos se apresenta da
seguinte forma: R$209 milhões (Dez/2012), R$113
milhões (Dez/2013) e R$78 milhões (Dez/2014).
Impairment
Com base na orientação fornecida pelo IAS 39, o
Banco estima a provisão para perdas sobre crédito
com base no histórico de perda de valor recuperável
e outras circunstâncias conhecidas por ocasião da
avaliação. Tais critérios diferem em determinados
aspectos dos critérios adotados segundo o BR GAAP,
que usa determinados limites regulatórios definidos
pelo Bacen para fins do cálculo da provisão para
perdas sobre crédito.
A perda com ativos financeiros (impairment),
calculada pelo padrão contábil IFRS, foi de R$95,5
milhões e R$125,5 milhões em 2011 e 2010,
respectivamente. Pelos critérios adotados no padrão
BR GAAP, como provisão para devedores duvidosos,
foram contabilizados R$119,7 milhões em 2011 e
R$132,6 milhões em 2010.
Captação
No encerramento de 2011, a captação total somou
R$3,1 bilhões, 3,1% inferior ao montante de R$3,2
bilhões registrado em dezembro de 2010.
Os depósitos a prazo, incluindo as Letras de Crédito
do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário
(LCI), representaram 47,5% dos depósitos totais
(64,2% em 2010), totalizando R$1,1 bilhão, queda de
24,5% em relação ao ano de 2010. O saldo das
operações cedidas contabilizadas pela Resolução
Bacen nº 3.533 totalizou R$23,9 milhões, queda de
73,8% em relação aos R$91,4 milhões observados no
encerramento de 2010.
As operações de Depósitos com Garantias Especiais
(DPGE) encerraram 2011 com saldo de R$1,2 bilhões,
alta de 73,7% em relação ao saldo registrado em
2010, e prazo médio de 898 dias. Vale ressaltar que
esta operação tem por objetivo promover o
casamento de ativos e passivos de longo prazo e o
Banco tem R$2,4 bilhões de limite de emissão ainda
não utilizado.
EVENTOS RELEVANTES
DESTAQUES OPERACIONAIS
EVENTOS SUBSEQUENTES
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Lucro Líquido
No padrão contábil IFRS, o Banco Sofisa encerrou
2011 com lucro líquido de R$37,4 milhões.
Os principais impactos da adoção dos critérios do
padrão IFRS em relação aos critérios do padrão BR
GAAP no lucro líquido são:
R$mil 2011 2010
Lucro Líquido em BRGAAP 27.175 76.031
Perda ao valor recuperável de
empréstimos e recebíveis -
Impairment 26.230 6.185
Diferimento de tarifas bancárias
e comissões pelo método de taxa
efetiva de juros 1.991 4.659
Operações de venda ou de
transferência de ativos
financeiros 1.494 (3.880)
Efeito de cessão de crédito à
acionista (6.320) -
Reversão de receitas -
Sociedades de propósito
especifico (3.522) -
Imposto de renda e contribuição
social sobre ajustes de IFRS (7.949) (2.786)
Ajustes de exercícios anteriores
no BRGAAP (1.731) -
Lucro Líquido em IFRS 37.368 80.209
Despesas Administrativas
Segundo os critérios do padrão IFRS, as despesas
administrativas acumuladas somaram R$138,4 milhões
em 2011, compostas por R$76,5 de despesas de
pessoal e R$61,9 de outras despesas administrativas,
aumento de 2,0% em relação a 2010.
Ativo Total
Os ativos totais do Banco em padrão IFRS somaram
R$4,5 bilhões em dezembro de 2011, redução de 5,2%
em relação aos R$4,7 bilhões registrados em
dezembro de 2010.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido do Sofisa atingiu R$782,8
milhões em 2011 (R$ 770,2 em 2010).
Os principais impactos da adoção dos critérios do
padrão IFRS em relação aos do padrão BR GAAP no
patrimônio líquido são:
R$mil 2011 2010
Patrimônio Líquido em BRGAAP 763.125 770.870
Perda ao valor recuperável de
empréstimos e recebíveis -
Impairment 33.350 7.120
Diferimento de tarifas bancárias
e comissões pelo método de taxa
efetiva de juros (1.059) (3.050)
Operações de venda ou de
transferência de ativos
financeiros (2.386) (3.880)
Reversão de receitas -
Sociedades de propósito
especifico (3.522) -
Transferência de categoria de
títulos e valores mobiliários 1.355 (777)
Imposto de renda e contribuição
social sobre ajustes de IFRS (8.025) (76)
Patrimônio Líquido em IFRS 782.838 770.207
Índice de Basileia
O Banco Sofisa encerrou o exercício de 2011 com
Índice de Basileia II de 20,6%, aumento de 1,3 p.p.
em relação aos 19,3% no mesmo período de 2010.
O Banco Sofisa declara ter capacidade financeira e
intenção de manter até o vencimento os títulos
classificados na categoria “Mantidos até o
Vencimento”, no montante de R$544,2 milhões, que
representa 65,6% do total de títulos e valores
mobiliários nos padrões contábeis BRGAAP.
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A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara
de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula
Compromissória constante do seu Estatuto Social.
As agências de classificação de rating afirmaram a
posição do Banco, refletindo a boa qualidade de seus
ativos, a postura conservadora da Administração, o
grande conhecimento do mercado de pequenas e
médias empresas, e adequadas liquidez e
capitalização.
Baixo Risco Médio Prazo AA-: Longo Prazo
Disclosure: Excelente A-1: Curto Prazo
Dezembro/2011 Janeiro/2012 Novembro/2011
Aa3.br/Br-1 (nac.)
DESTAQUES ECONÔMICO-FINANCEIROS
DESTAQUES PATRIMONIAIS
CIRCULAR Nº 3.068/01 - BACEN (BRGAAP)
RATINGS
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM
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Em 31 de dezembro de 2011, as ações do Sofisa
fecharam cotadas a R$3,85, redução de 24,2% em
relação à cotação de fechamento de R$5,08 em 31 de
dezembro de 2010. A variação do Ibovespa para o
mesmo período foi de -18,1%.
A área de Relações com Investidores do Banco Sofisa
é o elo de ligação entre o Banco e o mercado,
interagindo diretamente com a BM&FBovespa e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores,
acionistas, analistas e stakeholders em geral, através
da disponibilização de informações com qualidade e
transparência no prazo adequado, além da captação
da percepção externa do mercado objetivando
otimizar resultados, contribuindo assim para a
valorização e liquidez das ações do Banco.
Desta forma, o RI vem cumprindo sua missão através
da elaboração de relatórios de desempenho
trimestrais, fatos relevantes e/ou outros comunicados
ao mercado, em base bilíngue, e do aprimoramento e
atualização do website de RI, segmentado por área
de interesse. No exercício de 2011, o Sofisa promoveu
e participou dos seguintes eventos:
mais de 60 reuniões individuais e/ou calls com
analistas e investidores nacionais e estrangeiros;
8 teleconferências de resultados;
1 Reunião Pública realizada na Sede do Banco -
APIMEC (SP);
participação no XII Annual CEO Conference - BTG
Pactual;
participação no III Banks and Financial Services
Conference - Fator Corretora;
participação na XLV Assembleia Anual da
Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban
2011).
Durante o ano de 2011 o Banco teve cobertura por
parte de 11 corretoras nacionais e internacionais.
O Banco tem aprimorado continuamente seus
critérios socioambientais para a concessão de
créditos às Empresas, em consonância com as
diretrizes do International Finance Corporation (IFC),
braço do Banco Mundial, do Nederlandse
Financierings-Maatschappij Vorr Ontwikkelingsladen
N.V (FMO), banco de desenvolvimento da Holanda, e
do Inter-American Development Bank (IDB),
instituição financeira membro do Grupo Banco
Mundial (World Bank Group).
No âmbito socioassistencial, no ano de 2011 o Banco
continuou a integrar programas assistenciais e de
apoio ao adolescente e à criança com Câncer, através
das atividades de diagnóstico, tratamento,
desenvolvimento do ensino e pesquisa do GRAACC, e
a comunidades carentes, com destaque para o
Programa “Crê-Ser” da Ação Comunitária do Brasil,
entidade conveniada ao Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente. O Banco também contribui
com as obras assistenciais das enfermarias e UTI da
Associação de Amigos da Clínica Médica da UNIFESP-
EPM.
Alcançar a satisfação de seus clientes, mediante a
manutenção de um corpo de funcionários motivados e
alinhados às suas metas, em um ambiente corporativo
saudável, é um dos objetivos do Sofisa.
O Banco acredita que seus funcionários são o seu
maior ativo, e, partindo desta premissa, todas as suas
políticas e ações encorajam uma atitude de cuidado e
preocupação com sua equipe, composta por 355
profissionais. Assim, são realizados investimentos em
programas de Formação Profissional, em Estagiários e
Trainees, e na Capacitação Técnica e Educacional da
sua equipe, com destaque às parcerias realizadas com
instituições de ensino renomadas (FGV, FIA-USP, HSM
Educação, UBS – União Business School) para
realização de cursos de MBA, pós-graduação e
graduação aos funcionários.
O Sofisa realiza semestralmente o processo de
avaliação de desempenho de seus funcionários,
oferece, mediante sua Assistência Médica, Programa
de Apoio ao funcionário, de natureza profissional e
pessoal e de caráter confidencial e opcional,
adequado a gerenciar qualquer tipo de dificuldade
que possa comprometer a saúde e o bem estar de um
funcionário ou sua família, e mantém o "Sofisa com
Você", linha direta de comunicação do funcionário
com o RH.
O Banco Sofisa investe nas melhores práticas de
Governança e, desde dezembro de 2008, está listado
em um dos mais altos níveis de Governança, o Nível 2
de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA.
Os principais destaques de Governança do Banco
Sofisa são:
Conselho de Administração com 60% de membros
independentes;
Comitê de Auditoria desde 1995;
Conselho Fiscal com representante efetivo e
suplente eleitos pelos acionistas minoritários;
DESEMPENHO DAS AÇÕES
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
RECURSOS HUMANOS
GOVERNANÇA CORPORATIVA
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Comitê não estatutário de Remuneração e
Recursos Humanos;
Tag-along de 100%;
Política de Negociação de Valores Mobiliários;
Vínculo à Câmara de Arbitragem do Mercado,
conforme Cláusula Compromissória constante do
seu Estatuto Social.
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, de 14
de janeiro de 2003, informamos que os auditores
independentes da companhia, Ernst & Young Terco
Auditores Independentes, não prestaram ao Banco
Sofisa, durante o ano de 2011, outros serviços que
não os de auditoria externa. A política do Banco na
contratação de serviços de auditores independentes
assegura que não haja conflito de interesses, perda
de independência ou objetividade.
O Banco Sofisa se orienta por um conjunto de normas
e procedimentos, de ordem interna e externa, para
assegurar o cumprimento das determinações legais e
regulamentares pertinentes, das melhores práticas de
mercado e de suas políticas internas. A gestão de
riscos, efetuada de forma estruturada e por processo
contínuo e permanentemente revisado, abrange a
avaliação e o controle dos riscos de crédito, de
mercado, de liquidez e operacionais que podem
afetar o Banco Sofisa e suas controladas.
Desde 1995 o Sofisa conta com um Comitê de
Auditoria, cujo objetivo é avaliar as atividades da
auditoria interna e externa e a efetividade dos
sistemas de controles internos e compliance do
Banco. Em 2007 este comitê adequou-se aos moldes
exigidos pelos padrões atuais de Governança
Corporativa.
Maiores informações acerca das práticas de gestão de
riscos do Banco Sofisa podem ser encontradas na nota
explicativa 36 das Demonstrações Financeiras em IFRS
ou no site de Relações com Investidores
(www.sofisa.com.br/ri).
O Banco adota sistema de controle e de
monitoramento sobre operações ativas e passivas,
imprimindo especial atenção à função cadastro e
back-office, com a finalidade de prevenir a realização
de operações que possam afrontar o marco
regulatório da prevenção à lavagem de dinheiro,
entendendo ser sua responsabilidade subsidiária atuar
no combate a operações da espécie.
Em observância às disposições da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria do Banco declara que discutiu, reviu e
concordou com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes e com as demonstrações
financeiras relativas ao período encerrado em dezembro de 2011.
***
PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO
RELACIONAMENTO COM AUDITORES
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA
GESTÃO DE RISCOS
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Banco Sofisa S.A. Balanços patrimoniais consolidados 31 de dezembro de 2011 e 2010 e 01 de janeiro de 2010 (Em milhares de reais)
Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010
Ativo
Disponibilidades 5 47.431 29.517 7.909
Ativos financeiros
3.802.116 4.101.941 4.157.852
Ativos financeiros avaliados ao valor justo
825.243 1.292.051 577.300
Ativos financeiros para negociação
127.169 98.480 154.127
Instrumentos de dívida 6 37.826 50.793 97.130
Instrumentos de patrimônio 7 17.544 24.960 15.490
Derivativos 8 71.799 22.727 41.507
Ativos financeiros disponíveis para venda
698.074 1.193.571 423.173
Instrumentos de dívida 6 698.074 1.193.571 423.173
Empréstimos e recebíveis
2.976.873 2.809.890 3.580.552
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 9 774.499 130.970 591.589
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 2.297.820 2.804.419 3.125.747
Impairment sobre empréstimos e adiantamentos a clientes 10 (95.446) (125.499) (136.784)
Créditos tributários
235.653 226.123 210.092
Imposto de renda e contribuição social diferidos 11 235.653 226.123 210.092
Outros ativos
280.701 281.044 223.784
Ativos não correntes mantidos para venda 12 66.164 73.747 27.326
Outros créditos 13 214.537 207.297 196.458
Investimentos
42.522 6.825 9.030
Investimentos 14 42.522 6.825 9.030
Imobilizado
53.218 58.423 59.780
Imobilizado de uso 15 53.218 58.423 59.780
Intangível 2u 6.133 5.553 3.232
Intangível
6.133 5.553 3.232
Total do ativo
4.467.774 4.709.426 4.671.679
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Banco Sofisa S.A. Balanços patrimoniais consolidados 31 de dezembro de 2011 e 2010 e 01 de janeiro de 2010 (Em milhares de reais)
Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010
Passivo
Passivos financeiros para negociação
16.344 38.321 38.054
Derivativos 8 16.344 38.321 38.054
Passivos financeiros ao custo amortizado
3.310.576 3.576.175 3.458.177
Depósitos de instituições de crédito 16ª 23.746 44.229 94.242
Depósitos de clientes 16b 2.376.467 2.305.068 1.971.343
Captações no mercado aberto 16c 104.339 134.958 13.722
Obrigações por empréstimos e repasses 16d 611.208 663.331 740.809
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros 16e
194.816
428.589
638.061
Provisões
9.606 6.989 3.954
Provisões para passivos contingentes 17 9.606 6.989 3.954
Outros passivos
348.410 317.734 412.792
Impostos e parcelamentos a recolher 18ª 72.530 79.836 80.796
Impostos diferidos 18b 119.168 135.846 129.011
Outras obrigações 18c 156.712 102.052 202.985
Total do passivo
3.684.936 3.939.219 3.912.977
Patrimônio líquido 19 782.838 770.207 758.702
Capital social – País
685.700 685.700 685.690
Reserva de capital
6.320 - -
Reserva de lucros
91.245 92.204 72.568
Ajustes de avaliação patrimonial
(427) (7.697) 444
Total do passivo e patrimônio líquido
4.467.774 4.709.426 4.671.679
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
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Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas do resultado e resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais, exceto o lucro por ação)
Nota
2011
2010
Receitas com juros e similares 20
643.919
764.227
Despesas com juros e similares 21
(645.788)
(576.267)
Receita (despesa ) líquida com juros
(1.869)
187.960
Receitas de tarifas e comissões 22
14.702
31.213
Despesas de tarifas e comissões 23
(12.812)
(25.945)
Receita líquida com comissões
1.890
5.268
Perdas com ativos financeiros
(19.273)
(94.913)
Empréstimos e recebíveis 10
(19.273)
(94.913)
Ativos e Passivos financeiros
224.069
158.356
Derivativos 9
4.837
(28.866)
Títulos e valores mobiliários 24
174.391
166.806
para negociação
126.157
133.376
disponíveis para a venda 19e
48.234
33.430
Variações cambiais (líquidas) 25
44.841
20.416
Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda
(5.186)
(26.362)
Resultado da intermediação financeira
199.631
230.309
Despesas administrativas
(164.711)
(168.314)
Despesas com pessoal 26
(76.453)
(79.228)
Despesas tributárias 27
(26.351)
(32.622)
Outras despesas administrativas 28
(61.907)
(56.464)
Outras receitas (despesas) operacionais 29
(10.687)
30.623
Depreciações e amortizações
(4.506)
(4.966)
Resultado das operações continuadas
19.727
87.652
Resultado das operações descontinuadas 12.2
132
680
Lucro operacional antes da tributação
19.859
88.332
Imposto de renda e contribuição social 30
17.509
(8.123)
Lucro líquido consolidado do exercício
37.368
80.209
Ativos financeiros disponíveis para venda
7.270
(8.141)
Lucro líquido abrangente
44.638
72.068
Lucro básico e diluído por ação (em reais – R$) Ações ordinárias
0,28
0,58
Ações preferenciais
0,28
0,58
Lucro líquido atribuído Ações ordinárias
27.573
56.564
Ações preferenciais
11.526
23.645
Média ponderada das ações emitidas – básica e diluída Ações ordinárias
97.140.150
97.140.150
Ações preferenciais
40.607.271
40.607.271
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
-
9
Banco Sofisa S.A. Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
Reservas de
Ajustes de
Total
Capital Social
Capital
Lucros
avaliação patrimonial
Lucros acumulados
patrimônio líquido
Saldos em 01 de janeiro de 2011
685.700
- 92.204
(7.697) -
770.207
Ativos financeiros disponíveis para venda
-
- -
7.270 611
7.881
Contribuição de acionista
-
6.320 -
- -
6.320
Lucro líquido do exercício
-
- -
- 37.368
37.368
Reserva legal
-
- 1.955
- (1.955)
-
Reserva estatutária
-
- (2887)
- 2.887
-
Juros sobre capital próprio
-
- -
- (38.938)
(38.938)
Outros
-
- (27)
- 27
-
Saldos em 31 de dezembro de 2011
685.700
6.320 91.245
(427) -
782.838
Saldos em 01º de janeiro de 2010
685.690
- 72.568
444 -
758.702
Aumento de capital
10
- -
- -
10
Ativos financeiros disponíveis para venda
-
- -
(8.141) -
(8.141)
Lucro líquido do exercício
-
- -
- 80.209
80.209
Reserva legal
-
- 4.010
- (4.010)
-
Reserva estatutária
-
- 15.549
- (15.549)
-
Juros sobre capital próprio
-
- -
- (60.650)
(60.650)
Outros
-
- 77
- -
77
Saldos em 31 de dezembro de 2010
685.700
- 92.204
(7.697) -
770.207
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
-
10
Banco Sofisa S.A. Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
2011
2010
Atividades operacionais Lucro líquido ajustado
59.095
172.028
Lucro líquido consolidado do exercício
37.368
80.209
Ajuste de avaliação patrimonial
7.270
(8.141)
Depreciação e Amortização
4.506
4.966
Equivalência patrimonial
(9.322)
1.016
Impairment
19.273
94.913
Outros ajustes
-
(935)
Variação de ativos e passivos operacionais
(43.343)
(148.090)
(Aumento) Redução Aplicações interfinanceiras de liquidez
(710.885)
456.961
(Aumento) Redução Instrumento de dívida
508.464
(792.542)
(Aumento) Redução Instrumento de Patrimônio
7.416
(9.470)
(Aumento) Redução Derivativos (líquidos)
(71.049)
18.780
(Aumento) Redução Empréstimos e adiantamentos a clientes
454.109
259.622
(Aumento) Redução Imposto de renda e CSLL diferidos
(9.530)
(6.201)
(Aumento) Redução Ativos não correntes para venda
7.583
(46.421)
(Aumento) Redução Imposto de renda a compensar
5.997
(193)
(Aumento) Redução Outros Ativos
(11.506)
5.488
Aumento (Redução) Depósitos de instituições de crédito
(20.483)
(50.013)
Aumento (Redução) Depósitos de clientes
71.399
333.725
Aumento (Redução) Captações no mercado aberto
(30.619)
121.236
Aumento (Redução) Obrigações por empréstimos e repasses
(52.123)
(77.478)
Aumento (Redução) Obrigação por operações de venda ou de transferência de ativos financeiros
(233.773)
(227.637)
Aumento (Redução) Provisões para passivos – Fiscais e previdenciários
(19.901)
(960)
Aumento (Redução) Outras Obrigações
61.558
(132.987)
Caixa líquido proveniente de atividades operacionais
15.752
23.938
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Alienação de Imobilizado de Uso
699
2.873
Investimentos
(26.375)
1.189
Aquisição de Imobilizado de Uso
-
(5.440)
Aumento do Intangível
(580)
(3.363)
Caixa líquido proveniente de (aplicado em) atividades de investimento
(26.256)
(4.741)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Juros sobre capital próprio
(38.938)
(60.650)
Aumento de capital
-
10
Caixa líquido aplicado em atividades de financiamento
(38.938)
(60.640)
REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(49.442)
(41.443)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício
101.094
142.537
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício
51.652
101.094
REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(49.442)
(41.443)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. .
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
11
1. Contexto Operacional
O Banco Sofisa S.A. em conjunto com suas controladas (Sofisa ou Banco), opera na forma de Banco Múltiplo por meio de suas carteiras comercial, crédito, financiamento e investimento, câmbio e arrendamento mercantil. O Banco é uma companhia de direito privado com capital aberto e listado como nível 2 de Governança Corporativa na BM&FBOVESPA S.A. O Sofisa possui seu domicilio no Brasil, tendo sua sede na Alameda Santos, 1496 – Cerqueira Cesar – São Paulo – SP. O processo de elaboração destas demonstrações financeiras foi encerrado em 04 de abril de 2012, data em que a administração do Banco SofisaS.A. aprovou sua divulgação ao mercado.
2. Principais práticas contábeis
a. Base de preparação
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC). Em 24.09.2009, o Conselho Monetário Nacional emitiu a Resolução nº 3.786, requerendo que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, constituídas sob a forma de companhia aberta ou que estão obrigadas a constituir comitê de auditoria, apresentassem, a partir de 31.12.2010, demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela International Accounting Standards Committee Foundation (IASC Foundation). Para fins desta demonstração, o Banco Sofisa elegeu a data de 1º de janeiro de 2010 como a data de transição das práticas contábeis adotadas no Brasil (“BRGAAP”) para o IFRS. O BRGAAP foi definido como a prática contábil anterior (“GAAP anterior”), de acordo com o pronunciamento IFRS 1 – “First-time Adoption of International Financial Reporting Standards”. Essa adoção foi efetuada considerando a Carta-Circular No. 3.435, emitida pelo BACEN. A reconciliação entre o patrimônio líquido e o lucro líquido em BRGAAP, que foi considerado como o GAAP anterior, e em IFRS é apresentada na Nota 38 com uma descrição das isenções aplicáveis e exceções obrigatórias adotadas, conforme definido pelo IFRS 1.
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
12
b. Mudanças nas políticas, nas estimativas contábeis e erros (IAS 8)
Reapresentação das Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2010 Durante a elaboração do balanço de abertura na adoção inicial do IFRS a reconciliação preliminar do patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2009 foi preparada pelo Banco considerando os principais aspectos de divergências entre as normas. Alguns ajustes efetuados no exercício de 2010, previamente apresentados em 29 de abril de 2011, foram calculados incorretamente e para fins comparativos estão sendo reapresentados:
1/1/2010 31/12/2010
Saldo Patrimônio Líquido 1/1/2010 e 31/12010 em IFRS – Publicado 760.532 774.934
Ajustes que impactaram os resultados de 2009 e 2010 (1.830)
(1.716)
Reversão da receita com tarifas bancárias e comissões - BRGAAP (4.539) (2.335) (i) Reversão da receita das operações de venda de ativos financeiros - BRGAAP - (2.013) (ii) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS 2.709 2.632 (iii) Ajustes que não impactaram os resultados de 2009 e 2010 - (3.011)
Ajustes de avaliação patrimonial sobre os títulos disponíveis para venda - (2.234) (iv) Reclassificação da categoria dos títulos mantidos até o vencimento - (777) (v)
Saldo Patrimônio Líquido 1/1/2010 e 31/12010 em IFRS – Reapresentado 758.702 770.207
Resultado dos exercícios findo em 2009 e 2010 em IFRS – Publicado 8.351 80.095
Impacto dos ajustes no lucro líquido do exercício de 2010 (1.830) 114
Reversão da receita com tarifas bancárias e comissões - BRGAAP (4.539) 2.204 (i) Reversão da receita das operações de venda de ativos financeiros - BRGAAP - (2.013) (ii) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS 2.709 (77) (iii)
Resultado dos exercícios findos em 2009 e 2010 em IFRS – Reapresentado 6.521 80.209
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
13
31/12/2010
Balanço Patrimonial Publicado
Reclassificações / ajustes
Reapresentado
Ativo
Empréstimos e adiantamentos a clientes 2.776.686 27.733 2.804.419
(vi) Ativos financeiros disponíveis para venda 799.128 394.443 1.193.571
(vii)
Ativos financeiros mantidos até o vencimento 395.220 (395.220) -
(vii) Imposto de renda e contribuição social diferidos 223.378 2.745 226.123
(iii)
Outros ativos 191.163 16.134 207.297
(viii)
45.835
Passivo
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros
(410.424)
(18.165)
(428.589)
(ix)
Impostos diferidos passivos (135.770) (76) (135.846)
(iii) Outras obrigações (69.731) (32.321) (102.052)
(x)
Patrimônio Líquido (774.934) 4.727 (770.207)
(45.835)
31/12/2010
Fluxos de caixa Publicado
Reclassificações / ajustes
Reapresentado
Atividades operacionais
Lucro líquido ajustado 168.801 3.227 172.028 Lucro líquido consolidado 80.095 114 80.209 Outros ajustes ao lucro 88.706 3.113 91.819 (xi)
Variação de ativos e passivos operacionais (601.824) 453.734 -148.090 (xii) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais (433.023) 456.961 23.938
Atividades de investimento (4.741) - (4.741) Atividades de financiamento (60.640) - (60.640)
Aumento / redução de caixa e equivalentes de caixa (498.404) 456.961 (41.443)
(i) Ajuste feito para complementar a reversão das receitas com tarifas bancárias e
comissões reconhecidas no BRGAAP e que pela norma internacional devem ser apropriadas pela taxa efetiva de juros pelos prazos contratuais. Essa diferença foi ocasionada por falha no cálculo efetuado pelo sistema produto.
(ii) Ajuste feito para complementar a reversão das receitas das operações de venda de ativos financeiros no valor de (R$ 5.059) no BRGAAP e apropriação linear da receita dos créditos cedidos pelo prazo dos contratos, que não havia sido reconhecida na publicação em IFRS do exercício de 2010 no valor de R$ 3.046.
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
14
(iii) Ajuste decorrente do impacto tributário de 40% sobre os ajustes complementares registrados para reapresentação.
(iv) Referente ao acerto efetuado no patrimônio líquido na conta de ajuste de avaliação patrimonial para adequar o ajuste de marcação a mercado dos títulos disponíveis para venda.
(v) A administração na primeira adoção optou por reclassificar toda a carteira de títulos e valores mobiliários classificados na categoria de ativos mantidos até o vencimento para a categoria ativos disponíveis para venda no balanço de abertura de 1 de janeiro de 2010 e em 31 de dezembro 2010. O ajuste demonstrado nesta reapresentação é relativo aos efeitos da marcação a mercado, líquida dos impostos.
(vi) Decorrente da recomposição e registro de carteiras de crédito cedidas com coobrigação não ativadas na publicação de 2010 no montante de R$ 22.020 milhões, R$ 8.048 milhões de reclassificação de rendas a receber de operações de crédito para a carteira de crédito e apropriação de juros de R$ (2.335).
(vii) Referente a reclassificação dos ativos financeiros classificados como mantidos até o vencimento para a categoria disponíveis para venda no montante principal de R$ 395.220 e marcação a mercado de R$ (777) lançada em contraparte do patrimônio líquido.
(viii) Composto pela reclassificação de R$ 24.182 milhões referente a carteira de câmbio anteriormente registrada na rubrica outras obrigações e pela reclassificação de R$ (8.048) milhões já descrita no item (vi) acima.
(ix) Composto pelo ajuste decorrente da recomposição e registro de carteiras de crédito cedidas com coobrigação não ativadas na publicação de 2010 no montante de R$ 22.020 milhões descrito no item (vi) acima, mais R$ 2.013 de valor líquido dos ajustes de 5.059 e de R$ (3.046) descritos no item (ii) acima e mais reclassificação para a rubrica outras obrigações no valor de R$ (5.868).
(x) Composto principalmente pela reclassificação de R$ 24.182 descrita item (viii) acima, pela reclassificação de R$ 5.868 descrita no item (ix) acima e pelo acerto no valor de R$ 2.234 descrito no item (iv) acima.
(xi) Composto pelos ajustes de R$ 2.234 descrito no tem (iv) acima e R$ 777 descrito no item (v) acima.
(xii) Reclassificação de aplicações interfinanceiras de liquidez com vencimentos superiores a 90 dias anteriormente classificadas como equivalentes de caixa no valor de R$ 456.961.
c. Novos pronunciamentos, alterações e interpretações de pronunciamento existentes Na preparação destas demonstrações contábeis consolidadas, o Banco utilizou os critérios de reconhecimento, mensuração e apresentação estabelecidos nos IFRS e nas interpretações do “International Financial Reporting Interpretation Committee” (“IFRIC”) descritos nesta nota explicativa. Portanto, estas demonstrações contábeis consolidadas estão totalmente em conformidade com os pronunciamentos emitidos pelo IASB e as interpretações emitidas pelo IFRIC e representam a primeira demonstração contábil completa em IFRS.
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Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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Pronunciamentos contábeis aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011
Alteração do IFRIC 19 – “Extinguishing Financial Liabilities with Equity Instruments” – trata da contabilização da liquidação de um débito por meio de instrumento de patrimônio. Esclarece que o ganho ou perda na liquidação de passivos financeiros por meio de instrumento de patrimônio devem ser reconhecidos no resultado. Essa alteração de interpretação não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 1 – “Presentation of Financial Statements” – esclarece que uma entidade deverá divulgar uma análise de outros resultados abrangentes na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ou em notas explicativas. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 24 – “Related Party Disclosure” – trata de novos requerimentos para o relacionamento com agências governamentais e exclui transações entre coligadas. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 27 – “Consolidated and Separete Financial Statements” – determina que a perda de controle sobre uma subsidiária, perda de influência sobre uma coligada e perda de controle conjunto em uma joint venture são eventos similares e devem ser reconhecidos e mensurados a valor justo e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 32 – “Financial Instruments: Presentation” – estabelece condições as quais a emissão de certos direitos, em moeda funcional diferente da moeda funcional da entidade, pode ser classificada como instrumento de patrimônio. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 34 – “Interim Financial Reporting” – requer a divulgação sobre transações e eventos relevantes nas demonstrações contábeis intermediárias. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 1 – “First-time Adoption of International Financial Reporting Standards” – trata de isenções limitadas a partir das divulgações comparativas ao IFRS 7. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 3 (R) – “Business Combinations” – trata das participações dos acionistas não controladores e opções adquiridas. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 7 – “Financial Instruments: Disclosures” – enfatiza a interação entre divulgações quantitativas e qualitativas sobre a natureza e a extensão dos riscos associados com os instrumentos financeiros, especialmente as garantias mantidas.
Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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Os pronunciamentos a seguir entrarão em vigor para períodos após a data destas demonstrações contábeis consolidadas e não foram adotados antecipadamente:
Alteração do IAS 32 – “Financial Instruments: Presentation” – essa alteração foi emitida para esclarecer os requerimentos de “offsetting” de instrumentos financeiros no Balanço Patrimonial. Essa alteração é efetiva para exercícios iniciados em 1° de janeiro de 2014.
Alterações do IFRS 7 – “Financial Instruments: Disclosures” – em Outubro de 2010 foi emitida uma alteração nesse pronunciamento requerendo divulgações adicionais sobre transferências de ativos (riscos remanescentes) e de transferências próximas da data do período. Esses requerimentos são efetivos para exercícios iniciados após 1° de julho de 2011. Adicionalmente em dezembro de 2011 foi emitida nova alteração do pronunciamento requerendo divulgações adicionais sobre o processo de “offsetting”. Esses requerimentos são efetivos para exercícios iniciados após 1° de janeiro de 2013 e serão analisados pela administração os possíveis impactos decorrentes da adoção dessas alterações.
IFRS 9 – “Financial Instruments” – o pronunciamento é a primeira etapa no processo de substituir o IAS 39 “Financial Instruments: Recognition and Measurement”. O IFRS 9 introduz novos requerimentos para classificar e mensurar ativos financeiros e é esperado que afete a contabilização de instrumentos financeiros do Banco. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2015, e o IASB permite sua adoção antecipada.
IFRS 10 – “Consolidated Financial Statements” – o pronunciamento altera o princípio atual, identificando o conceito de controle como fator determinante de quando uma entidade deve ser consolidada. O IFRS 10 fornece guia adicional para ajudar na determinação do controle, quando há dificuldades em certos casos. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os possíveis impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 11 – “Joint Arrangements” – O pronunciamento fornece uma abordagem diferente para análises de “Joint Arrangements” com foco maior nos direitos e obrigações dos acordos, do que nas formas legais. O IFRS 11 divide os “Joint Arrangements” em duas formas: “Joint Operations” e “Joint Ventures”, de acordo com os direitos e as obrigações das partes. Para investimentos em “Joint Ventures”, a consolidação proporcional não é mais permitida. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 12 – “Disclosures of Interests in Other Entities” – O pronunciamento inclui novas exigências de divulgação de todas as formas de investimento em outras entidades, tal como “Joint Arrangements”, associações e sociedades de propósitos específicos. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os possíveis impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 13 – “Fair Value Measurement” – O pronunciamento tem como objetivo um maior alinhamento entre IFRS e USGAAP, aumentando a consistência e diminuindo a complexidade das divulgações, utilizando definições precisas de valor justo. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013.
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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d. Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas na moeda do ambiente econômico primário na qual a entidade opera, em Reais (R$), que é a moeda funcional do Banco, e inclusive da agência e de sua subsidiária no Exterior. Os ativos e passivos que são itens monetários são convertidos por taxas de câmbio no final do período, os itens não monetários são mensurados pela taxa de cambio histórica na data de cada transação e o resultado do balanço é convertido pela média da taxa de câmbio do período. e. Base de avaliação As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, com exceção aos seguintes aspectos:
Instrumentos financeiros derivativos - são mensurados ao valor justo.
Instrumentos financeiros classificados na categoria valor justo contra o resultado - são mensurados ao valor justo.
Títulos de investimento classificados na categoria disponíveis para venda - são mensurados ao valor justo.
f. Empresas consolidadas e base de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas do Sofisa abrangem integralmente as informações financeiras de sua agência no exterior e empresas controladas, no país e no exterior, compreendendo as seguintes: Sofisa S/A. – Crédito, Financiamento e Investimento, Sata - Sociedade de Assessoria Técnica e Administrativa S/A, Sofisa Invetment Ltda,Sofisa Serviços Gerais de Administração Ltda e Sofisa Corretora de Seguros Ltda. As práticas contábeis discriminadas abaixo foram aplicadas nos exercícios apresentados nas demonstrações financeiras, e têm sido aplicadas de forma consistente pelas Empresas controladas pelo Banco. g. Entidades de propósito específico (SPE's) Quando o Banco constitui entidades de propósito específico ou detém participação societária nelas para permitir que seus clientes tenham acesso a determinados Investimentos, para a transferência de riscos ou para outros fins, o Banco avalia, utilizando critérios e procedimentos próprios e considerando a legislação vigente, se há controle e, portanto, se essas entidades devem ser consolidadas. Esses critérios e procedimentos levam em conta, entre outros fatores, os riscos e as recompensas retidos pelo Banco e, desse modo, todas as questões relevantes são consideradas, inclusive eventuais garantias concedidas e quaisquer perdas associadas à cobrança dos respectivos ativos retidos pelo Banco. Essas entidades incluem os veículos com propósito específico de empreendimentos,
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Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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os quais são integralmente consolidados se for constatado, conforme a análise anteriormente mencionada, que o Banco continua a exercer controle sobre eles ou proporcionalmente no caso de join ventures onde o controle é dividido. Durante o processo de consolidação todos os saldos e transações entre o banco e suas subsidiárias são eliminados. h. Regime de competência A companhia prepara as suas demonstrações financeiras de acordo com o critério contábil da competência. i. Gestão do capital
A gestão do capital é efetuada nos níveis regulatórios e econômicos. Gestão de capital regulatória é baseada na análise dos índices de capital do Banco Central do Brasil. O objetivo é alcançar uma estrutura de capital eficiente nos termos de custos e compliance, com os requerimentos do órgão regulador, agências de rating e investidores. A fim de gerir adequadamente o capital do Banco, é essencial estimar e analisar futuras necessidades, em antecipação das várias fases do ciclo do negócio. Projeções de capital regulatório e econômico são feitos em projeções financeiras (balanço patrimonial, demonstração de resultado, etc.) e em cenários macroeconômicos estimados pelo serviço de pesquisa econômica. Estas estimativas são utilizadas pelo Banco como referência para o plano de ações gerenciais necessários para atingir seus objetivos. Adicionalmente, determinados cenários de estresse são simulados para verificar a disponibilidade do capital em situações adversas. Estes cenários são baseados em acentuadas flutuações de variáveis econômicas, taxa de juros, índices de mercado de ações entre outros que espelham os riscos inerentes as atividades da instituição. . Moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira e operações no exterior são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Reais à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, e as diferenças cambiais resultantes são reconhecidas no resultado.
j. Juros e taxa efetiva
Receitas e despesas de juros são reconhecidas na demonstração do resultado pelo método da taxa efetiva de juros. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os pagamentos e os recebimentos futuros durante a vida prevista do ativo
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ou do passivo financeiro (ou, se apropriado, um período inferior) até atingir-se o valor de registro do ativo ou do passivo financeiro. A taxa efetiva de juros é estabelecida quando do reconhecimento inicial do ativo ou do passivo financeiro, considerando todos os termos contratuais, não incluindo perdas futuras em operações de crédito. O cálculo da taxa efetiva de juros inclui todas as taxas e comissões, os custos de transação, os descontos e os prêmios que são pagos ou recebidos e que são parte integrante da taxa efetiva de juros. Os custos de transação incluem os custos incrementais que são diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de um ativo ou passivo financeiro. As receitas e despesas de juros apresentadas na demonstração de resultados incluem:
Juros de ativos e passivos financeiros registrados ao custo amortizado, com base na taxa efetiva de juros;
Juros de ativos de investimentos disponíveis para venda, com base na taxa efetiva de juros;
Receitas e despesas de juros de todos os ativos e passivos financeiros para negociação são consideradas incidentes às operações de negociação do Banco e são apresentadas de forma agregada a todas as mudanças no valor justo dos ativos e passivos em “Resultado de ativos e passivos financeiros para negociação”. k. Taxas e comissões
As receitas e as despesas de taxas e comissões que são parte integrante da taxa efetiva de juros de um ativo ou passivo financeiro são incluídas na apuração da taxa efetiva de juros. As demais receitas de taxas e comissões são reconhecidas à medida que os serviços relacionados são prestados. Outras despesas com taxas e comissões referem-se basicamente a eventos que são reconhecidos no resultado conforme os serviços são recebidos.
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Instrumentos financeiros ativos e passivos
i. Definições Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para o Banco e simultaneamente a um passivo financeiro ou participação financeira em outra entidade. Instrumento de patrimônio é qualquer contrato que represente uma participação residual no ativo da entidade emissora depois de deduzida a totalidade de seu passivo. Derivativo financeiro é o instrumento cujo valor muda em resposta às mudanças de uma variável de mercado observável (tais como taxa de juros, taxa de câmbio, preço dos instrumentos financeiros e índice de mercado). ii. Data de reconhecimento e mensuração inicial de instrumentos financeiros Inicialmente, o Banco reconhece as operações de crédito e adiantamentos, os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados na data em que são originados. Todos os demais ativos e passivos financeiros, incluindo aqueles designados a valor justo contra resultado, são inicialmente reconhecidos na data da negociação na qual o Banco se torna parte das disposições contratuais do instrumento. Os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu valor justo, acrescidos (para instrumentos não avaliados subsequentemente a valor justo contra resultado) dos custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. iii. Classificação Os instrumentos financeiros estão classificados em uma das categorias abaixo: Ativos e passivos para negociação (designados ao valor justo por meio do resultado) Os ativos e passivos para negociação são os ativos e passivos mantidos pelo Banco com o propósito de vender ou recomprar no curto prazo, ou que mantém como parte de uma carteira administrada em conjunto para obtenção de lucro no curto prazo ou para tomada de posições. Os ativos e passivos para negociação são inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo, e os custos de transação são registrados diretamente no resultado do período. Todas as mudanças no valor justo são reconhecidas como parte da receita líquida de negociação no resultado do período. Os ativos e passivos de negociação não são reclassificados após seu reconhecimento inicial.
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Lucro ou Prejuízo “Dia 1” Quando o valor da transação é diferente do valor justo de outras transações observáveis no mercado ativo com o mesmo instrumento ou baseado em uma técnica de valorização cujas variáveis incluem apenas dados observáveis de mercado, o Banco imediatamente reconhece a diferença entre o valor da transação e o valor justo (lucro ou prejuízo 'Dia 1') em 'receita líquida de negociação'. Em casos onde o valor justo é determinado usando dados não observáveis de mercado, a diferença entre o preço da transação e o valor do modelo é somente reconhecida na demonstração do resultado quando as variáveis possam ser observáveis, ou quando o instrumento for baixado. Ativos disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivativos que são designados nesta categoria no reconhecimento inicial ou que não são classificados em outras categorias de ativos financeiros. Todos os demais ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. A receita de juros é reconhecida no resultado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. A receita de dividendos é reconhecida no resultado quando o Banco passa a ter direito aos dividendos. As variações cambiais ativas ou passivas sobre investimentos em ativos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidas no resultado. Outras mudanças no valor justo são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido até que o investimento seja vendido ou uma perda por “impairment” seja verificada, quando então o saldo da reserva no patrimônio líquido é transferido para o resultado. Ativos mantidos até o vencimento
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são ativos com pagamentos fixados ou determináveis e vencimento fixado que o Banco tem intenção e capacidade de manter até o vencimento, e que não são classificados pelo valor justo contra resultado nem como disponíveis para venda. Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa efetiva de juros. Qualquer venda ou reclassificação de um montante significativo de investimentos mantidos até o vencimento não próximos de seu vencimento resultará na reclassificação de todos os títulos de investimento “mantidos até o vencimento” para “disponíveis para venda”, e impedirá que o Banco classifique títulos de investimento como “mantidos até o vencimento” no exercício social corrente e nos próximos dois subseqüentes.
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Empréstimos e recebíveis
Operações de crédito e adiantamentos são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo, e que o Banco não tem a intenção de vender imediatamente ou no curto prazo. Quando o Banco adquire um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato para revendê-lo (ou um ativo substancialmente semelhante) a um preço fixado em uma data futura (empréstimo de ações, por exemplo), o contrato é contabilizado como operações de crédito e adiantamentos, e o ativo subjacente não são reconhecidos nas demonstrações contábeis do Banco. As operações de crédito e adiantamentos são mensuradas inicialmente pelo valor justo acrescido dos custos de transação diretamente atribuíveis à operação, e subseqüentemente avaliados pelo custo amortizado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros, exceto quando se opta por contabilizar os empréstimos e adiantamentos a valor justo contra resultado. Passivos financeiros ao custo amortizado Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos. Instrumentos financeiros derivativos Os derivativos são inicialmente reconhecidos a valor justo na data em que o contrato é firmado e são subsequentemente reavaliados a valor justo. Todos os derivativos são contabilizados como ativos quando o valor justo é positivo, e como passivos quando é negativo. Derivativos podem ser designados e qualificados como instrumento de “hedge” para fins contábeis e, dependendo da natureza do hedge, o método de reconhecer os ganhos ou as perdas de valor justo é diferenciado. Estes derivativos e que atendem aos critérios do IAS 39 são contabilizados como “hedge” contábil. De acordo com o IAS 39, para qualificarem-se como “hedge” contábil as seguintes condições devem ser totalmente atendidas: • no início existe designação e documentação formais do objetivo e estratégia da gestão de risco da entidade do objeto a ser protegido.
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• é esperado que o “hedge” possua alta efetividade nas alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis aos objetos e aos instrumentos de hedge considerando a estratégia de gestão de risco documentada; • a efetividade do “hedge” pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de “hedge” podem ser confiavelmente medidos. • o “hedge” é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente efetivo durante todos os períodos das demonstrações contábeis para o qual o “hedge” foi designado. • O IAS 39 apresenta três estratégias de “hedge”: “hedge” de valor justo, “hedge” de fluxo de caixa e “hedge” de investimento líquido em operação no exterior. O Banco utiliza-se de derivativos como instrumento de “hedge” em estratégias de “hedge” de valor justo “Fair Value Hedge”, conforme detalhado abaixo e na nota 9: iv. Baixa dos instrumentos financeiros (i) Ativos financeiros Um ativo financeiro (ou, parte aplicável de um ativo financeiro ou um grupo de ativos semelhantes) é baixado quando: - o direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou - o Banco transferiu o direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou tenha assumido a obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, sem demora material, a um terceiro devido a um contrato de repasse e se: - o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou - o Banco não transferiu substancialmente ou reteve substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, mas tenha transferido o controle sobre o ativo. Quando o Banco transfere o direto de receber fluxo de caixa de um ativo ou tenha entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre o ativo, o mesmo é reconhecido na medida do envolvimento continuo do Banco no ativo. Neste caso, o Banco também reconhece um passivo relacionado. O ativo transferido e o passivo relacionado são mensurados com base a refletir os direitos e obrigações retidas pelo Banco. O continuo envolvimento que toma a forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado ao valor menor entre o valor contabilizado original do ativo e o valor máximo de compensação que o Banco possa ser requerido a pagar. (ii) Passivos financeiros Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação a respeito do passivo é eliminada, cancelada, ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por um outro do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada
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como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no valor contábil é reconhecida no resultado. v. Apresentação líquida de ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros podem ser aglutinados e o valor líquido pode ser apresentado no balanço quando, e somente quando, o Banco possui legalmente o direito de compensar os valores, e tem a intenção de liquidá-los pelo valor líquido ou de realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente. vi. Mensuração ao custo amortizado O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro é o valor pelo qual o ativo ou passivo financeiro é avaliado quando do seu reconhecimento inicial, menos as amortizações do principal, adicionado ou reduzido da amortização acumulada utilizando-se o método da taxa efetiva de juros de quaisquer diferenças entre o valor inicial reconhecido e o valor de resgate no vencimento, deduzindo-se quaisquer reduções por não recuperação (impairment) ou impossibilidade de cobrança. A “taxa de juros efetiva” é a taxa de desconto que corresponde exatamente ao valor inicial do instrumento financeiro em relação à totalidade de seus fluxos de caixa estimados, de todas as espécies, ao longo de sua vida útil remanescente. vii. Mensuração ao valor justo Valor justo é o montante pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes conhecidas e empenhadas na realização de uma transação justa, na data de balanço. Quando disponível, o Banco determina o valor justo de instrumentos financeiros com base nos preços cotados no mercado ativo para aquele instrumento. Um mercado é reconhecido como ativo se os preços cotados são prontamente e regularmente disponíveis e representam transações de mercado fidedignas e regulares ocorridas de forma justa entre partes independentes. Todos os derivativos são reconhecidos no balanço patrimonial ao valor justo desde a data do negócio. Os efeitos positivos da mensuração ao valor justo são reconhecidos como ativos; quando negativos são reconhecidos como passivos. As mudanças do valor justo dos derivativos desde a data do negócio são reconhecidas na rubrica “Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros” da demonstração de resultado consolidada. viii. Técnicas de avaliação de valor justo Os instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o reconhecimento inicial devem ser agrupados nos níveis 1 a 3 com base no grau observável do valor justo.
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Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Instrumentos financeiros ao valor justo, determinados com base em cotações públicas de preços em mercados ativos (Nível 1), incluem títulos da dívida pública, títulos de dívida privada e ações. Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (com preços) ou indiretamente (com base em preços). Quando as cotações de preços não podem ser observadas, a Administração, utilizando seus próprios modelos internos, faz a sua melhor estimativa do preço que seria fixado pelo mercado. Na maioria dos casos, esses modelos utilizam dados baseados em parâmetros de mercado observáveis como uma importante referência (Nível 2). Várias técnicas são empregadas para fazer essas estimativas, inclusive a extrapolação de dados de mercado observáveis e técnicas de extrapolação. A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é o preço da transação, a menos que, o valor justo do instrumento possa ser obtido a partir de outras transações de mercado realizadas com o mesmo instrumento ou com instrumentos similares ou possa ser mensurado utilizando-se uma técnica de avaliação na qual as variáveis usadas incluem apenas dados de mercado observáveis, sobretudo taxas de juros. Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis). Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Banco não possui instrumentos financeiros classificados nos níveis 2 e 3 vide nota 6a. ix. Operações compromissadas Compra (venda) de ativos financeiros com base em um contrato de revenda (recompra) não opcional a preço fixo são reconhecidas no balanço patrimonial consolidado como empréstimos e adiantamentos concedidos ou como captações no mercado aberto. estas operações são geralmente latreadas por instrumentos registrados sob a rubrica “instrumento de dívida”. x. Identificação e mensuração de "impairment" Em cada data de balanço, o Banco avalia se há evidências objetivas de que os ativos financeiros não avaliados ao valor justo contra resultado apresentam impairment. Os ativos financeiros são considerados com impairment quando evidências objetivas demonstram que uma perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que esta perda representa um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo que podem ser estimados de modo confiável.
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Modelo para cálculo de impairment para análise coletiva das carteiras O Sofisa optou pelo modelo de perda incorrida para cálculo de impairment de suas carteiras de Varejo e Crédito Empresas, realizando dessa forma apenas a análise coletiva. O modelo de negócio na concessão de crédito é fortemente apoiado em garantias, e por esse motivo, adotou-se a segregação das operações significativas por tipo de garantia para a apuração de perdas, bem como para o cálculo do impairment. Metodologia para apuração de perda histórica – Operações de empresas Foram apuradas as perdas históricas das operações de crédito deste segmento no período compreendido entre janeiro 2005 e dezembro de 2010. Para o cálculo de perda incorrida, foram considerados os eventos e situação de cada operação e suas respectivas faixas de atraso e foi atribuída probabilidade de perda associada a cada uma dessas faixas. Adicionalmente foi considerada na análise, de maneira associada, a recuperação das garantias obtidas. Por fim, com base nos dados estatísticos observados, chegou-se aos parâmetros de recuperação histórica por garantias. Metodologia para apuração de perda histórica – Operações de varejo Para apuração da perda histórica, o Sofisa selecionou as operações lançadas como perda no período compreendido entre maio de 2007 (início das operações dessa natureza) e dezembro 2010. Apurou-se toda a carteira, inclusive a cedida com coobrigação, e foram analisadas separadamente as carteiras de veículo e consignado. No cálculo de perdas, contemplou-se o tempo médio para a efetiva recuperação. Nas operações que envolveram execução de garantia foi considerado o valor líquido efetivamente recebido. Metodologia para cálculo de impairment O Sofisa estabeleceu a ocorrência de atraso nas operações a partir de 31 dias como evento para cálculo de impairment nas Operações de crédito empresas e varejo. Adicionalmente, para operações classificadas como significativas que apresentassem risco de atraso elevado, foram estabelecidas provisões de impairment, mesmo que essas não estivessem em atraso.
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Por fim, vale mencionar que a apuração do impairment sofre impacto progressivo em função das faixas de atraso.
Créditos baixados como prejuízo
O Sofisa considera como baixas para prejuízo as operações de crédito ou repasses interfinanceiros as quais estão inadimplentes há mais de 360 dias ou que tiveram seus contratos declarados vencidos antecipadamente por falta de atendimento às cláusulas contratuais. Tais créditos podem estar em cobrança amigável pela área de recuperação de créditos ou, em caso de insucesso, em cobrança judicial. xi. Hedge Accounting
O Banco utiliza instrumentos derivativos para administrar exposição a riscos de taxa de juros, variação cambial e crédito, inclusive exposição gerada de transações de futuras e compromissos firmes. Para administrar um risco especifico, o Banco aplica “hedge accounting” para transações que se enquadram nos critérios específicos.
No inicio do relacionamento de hedge, o Banco formaliza o processo através de documentação do relacionamento entre o item objeto de hedge e o instrumento de hedge, incluindo a natureza do risco, o objetivo e estratégia de designar o hedge, e o método que será utilizado para avaliar a efetividade do relacionamento de hedge. Também no inicio do relacionamento de hedge, uma avaliação formal é efetuada para garantir que o instrumento de hedge é altamente efetivo em anular o risco designado na relação de hedge. Hedges são formalmente avaliados todos os trimestres. Um hedge é esperado a ser altamente efetivo se a variação no valor justo ou fluxo de caixa atribuído ao risco que está sendo hedgiado durante o período na relação de hedge anular de 80% a 125% da variação do risco. Em situações em que o item objeto de hedge é uma transação futura, o Banco avalia se a transação é altamente provável e apresenta uma exposição a variações de fluxo de caixa que possa por fim afetar a demonstração do resultado. (i) hedge de valor justo Para os hedges de valor justo designados e qualificados, a variação no valor justo de um derivativo designado para hedge é reconhecido na demonstração do resultado em ‘receita líquida de negociação’. Entretanto, a variação do valor justo do item objeto de hedge atribuído ao risco que esta sendo hedgiado é registrada como parte do seu valor contábil e é também reconhecida na demonstração do resultado em ‘receita líquida de negociação’. Se o instrumento de hedge vence ou é vendido, cancelado ou exercido, ou quando a posição de hedge não se enquadra nas condições de “hedge accounting”, a relação de hedge é terminada. Para os itens objeto de hedge registrados a custo amortizado, a diferença entre o valor contábil do item objeto de hedge ao término e o valor nocional é amortizado ao longo do prazo remanescente do hedge original utilizando a taxa efetiva.
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Se o item objeto de hedge é vendido/ baixado, o ajuste ao valor justo não amortizado é reconhecido imediatamente na demonstração do resultado. Em 31 de dezembro de 2011 2010, o Banco não possui estruturas de hedges de fluxo de caixa e investimentos no exterior. l. Imobilizado de uso Os bens do Ativo Imobilizado correspondem aos bens e direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controles dos bens da companhia. i. Reconhecimento e mensuração Os ativos tangíveis são avaliados pelo custo menos as depreciações acumuladas e perdas por impairment. O custo inclui as despesas diretamente atribuíveis à aquisição do ativo. O custo de ativos tangíveis construídos pela própria empresa inclui o custo de materiais e mão-de-obra direta, quaisquer outros custos diretamente atribuíveis necessários à operacionalidade para a utilização prevista, e os custos de remoção dos itens e recuperação do local em que se encontram estabelecidos. Softwares adquiridos integrados à funcionalidade de um ativo tangível são registrados como parte do ativo tangível. Quando os principais componentes de um ativo tangível possuem diferentes vidas úteis, são contabilizados como itens separados do ativo tangível. ii. Custos subsequentes O custo de substituir parte de um ativo tangível é capitalizado ao valor do bem quando for provável que os benefícios econômicos futuros decorrentes das partes substituídas serão revertidos para o Banco e o seu custo pode ser mensurado de maneira confiável. O valor remanescente da parte substituída é baixado. Os custos de reparos rotineiros dos ativos tangíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. i. Depreciação A depreciação é reconhecida no resultado pelo método linear considerando a vida útil estimada de cada parte de um ativo tangível. As vidas úteis estimadas dos ativos tangíveis para os exercícios atual e comparativo são: Veículos 5 anos Sistemas de computação 5 anos
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Outros bens 10 anos
Edificações 50 anos O método de depreciação, a vida útil e os valores residuais dos ativos tangíveis são reavaliados a cada data de balanço. m. Ativos intangíveis
O Ativo Intangível corresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são geralmente amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico. i. Licença de uso de sistemas - software De acordo com o IFRS (IAS 38), os gastos com softwares adquiridos e desenvolvidos são classificados em três etapas distintas: 1. Etapa Preliminar do Projeto (despesa); 2. Etapa de Implantação do Projeto (capitalizar) 3. Etapa Pós-implementação do Projeto (despesa). Os softwares adquiridos pelo Banco são registrados pelo valor de custo, deduzidos das amortizações acumuladas e das perdas por impairment. A despesa de desenvolvimento interno de software é reconhecida como ativo quando o Banco consegue demonstrar sua intenção e sua capacidade de concluir o desenvolvimento, mensurando seu custo e a utilização do software de modo que gere benefícios econômicos futuros. Os custos capitalizados de softwares desenvolvidos internamente incluem todos os custos diretamente atribuíveis ao desenvolvimento e são amortizados durante sua vida útil estimada. Os softwares desenvolvidos internamente são registrados pelos seus custos capitalizados, deduzidos da amortização acumulada e de perdas por impairment. Despesas subseqüentes com softwares são capitalizadas somente quando aumentam os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo específico a que se referem. Todas as demais despesas são contabilizadas diretamente no resultado à medida que são incorridas. A amortização é reconhecida no resultado pelo método linear durante a vida útil estimada do software, a partir da data da sua disponibilidade para uso. ii. Outros intangíveis Os demais ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos pelo Banco são registrados pelo valor de custo, deduzidos das amortizações acumuladas e das perdas por impairment.
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As amortizações são reconhecidas no resultado pelo método linear durante a vida útil estimada dos ativos. n. Impairment de ativos não-financeiros o valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa que é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Em linhas gerais, o teste de impairment para o IFRS é efetuado com base no “recoverable amount”, que é o maior valor entre o valor justo (-) o custo para vender ou o valor em uso que representa o fluxo de caixa esperado pelo uso contínuo do ativo descontado ao valor presente. o. Depósitos e títulos emitidos
Os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados são as fontes do Banco para financiamento de dívidas. Os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados são inicialmente mensurados ao valor justo acrescido dos custos de transação incrementais diretamente atribuíveis à sua emissão, e subseqüentemente são avaliados pelo seu custo amortizado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. Quando o Banco vende um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato de recompra do ativo (ou um ativo similar) a um preço fixo ou em uma data futura (“venda com compromisso de recompra” ou “empréstimo de títulos”), o contrato é contabilizado como depósito e o ativo subjacente continua a ser reconhecido nas demonstrações contábeis do Banco. p. Ativos e Passivos Contingentes, Obrigações Legais e Provisões Uma provisão é reconhecida se, como resultado de um evento passado, o Banco tem uma obrigação presente, que pode ser estimada de modo confiável, e seja provável uma saída de benefícios econômicos para sua liquidação. Uma provisão pa