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2007 BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.

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2007

BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.

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Índice

RELATÓRIOApresentação do relatório 4

Órgãos sociais 5

Estrutura financeira e negócio 6

Recursos humanos 7

Enquadramento da actividade 8

Actividade em 2007 16

Análise financeira 22

Rating 26

Referências finais 27

Proposta de aplicação de resultados 28

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTASDemonstrações financeiras 29

Notas às demonstrações financeiras 35

Certificação legal das contas 96

Relatório e parecer do Conselho Fiscal 98

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Apresentação do relatório

Em 2007, o Banco Português de Investimento obteve umlucro líquido de 24.3 M.€, o que correspondeu a umcrescimento de 23.2% relativamente ao resultado de2006. A rendibilidade do capital próprio médio (ROE) doBanco ascendeu a 31.8% em 2007 (30.4% em 2006).

O contributo da actividade da banca de investimento1 –corporate finance, corretagem, trading de acções eprivate banking – para o lucro líquido do Grupo BPIascendeu a 24.9 M.€. Este valor é ligeiramente superiorao registado no ano anterior, mas importa ter em contaque, em 2006, o contributo excedera o dobro do de2005. O peso relativo no lucro líquido consolidadosituou-se nos 7%, em 2007.

A rendibilidade do capital próprio da banca deinvestimento2, caracterizada por um reduzido consumo decapital (1.4% do capital próprio médio do Grupo, em2007), ascendeu a 99%.

No negócio de corretagem, o BPI registou um aumentode 128% do volume de acções intermediadas, atingiu aliderança na intermediação de acções portuguesas comuma quota de 16.1%, as comissões líquidas decorretagem e de colocação aumentaram 119% para 23.3M.€. Registou ainda crescimentos expressivos dascomissões de corretagem para Clientes institucionais(148%) e de corretagem de acções espanholas (106%).

Nas operações em mercados de acções destacou-se acolocação no mercado de um bloco de 15% do capital daJerónimo Martins, que foi uma das maiores colocaçõesem mercado secundário, em 2007, e uma das maioresalguma vez realizada exclusivamente por um bancoportuguês. Merecem igual destaque a colocação de umbloco de 4.6% do capital da Brisa e a montagem eorganização de uma operação de equity swap entre aSonae SGPS e o Banco BPI. O BPI participou no IPO daREN, em Portugal, e participou, pela primeira vez, emIPO de empresas espanholas (Clínica Baviera, Criteria).

O BPI organizou, pelo quarto ano consecutivo, aconferência de Iberian Small & Mid Caps, a queassistiram 25 empresas e mais de 80 investidoresespecializados. Organizou, pelo segundo ano consecutivo,uma conferência de bancos ibéricos nos EUA, em queparticiparam nove bancos e 25 investidores americanos.Também nos EUA, o BPI realizou uma conferência sobreInfra-estruturas e utilities, em que participaram oitoempresas ibéricas e 24 investidores.

O BPI foi o intermediário financeiro responsável porquatro ofertas públicas de aquisição, com um valor globalde 409 M.€. Foi também responsável pela operação decisão da Sonae Capital e pelo respectivo processo deadmissão à negociação e foi co-líder da oferta pública devenda que integrou a oferta inicial da REN. No segmentodas operações de fusões e aquisições, o BPI concluiutransacções num valor global de cerca de 1 211 M.€.O BPI prestou ainda assessoria a um vasto conjunto deentidades, entre as quais se destaca a assessoriaprestada à NAER, nos trabalhos de preparação doprocedimento de concurso para privatização daANA – Aeroportos de Portugal.

O volume de negócios de private banking era de3 283 M.€, no final de 2007, o que correspondia a umcrescimento de 12%. Os activos sob gestão discricionáriae aconselhamento aumentaram 18% para 2 538 M.€.

1) O negócio de Banca de Investimento compreende a actividade do Banco de Investimento, da BPI Suisse (Private Banking), da BPI Luxemburgo, da Ulissipair ACE e a apropriação de16% do contributo da BPI Gestão de Activos e de 2% do contributo da BPI Vida, que reflecte o peso relativo do banco de investimento na colocação dos produtos.

2) Na determinação do capital ajustado afecto a cada uma das áreas de negócio integrantes da actividade doméstica do Grupo BPI pressupõe-se uma utilização de capital idêntica àutilização média, no conjunto dessa actividade, excepto quanto às reservas de reavaliação, que foram repartidas de acordo com a efectiva expressão em cada área de negócio. O valordo capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre situação líquida (sem reservas de reavaliação) e activo ponderado para o conjunto dasreferidas áreas. Sempre que a situação líquida de uma área de negócio seja superior (ou inferior) ao capital afecto pelo procedimento acima descrito, pressupõe-se uma redistribuiçãode capital, sendo o contributo da área ajustado pelos custos (proveitos) que resultam do aumento (diminuição) dos recursos alheios, em virtude da reafectação do capital.

4 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

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Relatório | Apresentação do relatório e Órgãos sociais 5

Órgãos sociais

Conselho de Administração

Presidente

Fernando Ulrich

Vice-Presidente

António Domingues

Vogais

Manuel Ferreira da SilvaAlexandre Lucena e ValeCarlos Jaime Amoedo CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Pedro Oliveira e CostaJosé Miguel Morais Alves

Comissão Executiva do Conselho de Administração

Presidente

Manuel Ferreira da Silva

Vogais

Alexandre Lucena e ValeCarlos Jaime Amoedo CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Pedro Oliveira e CostaJosé Miguel Morais Alves

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete

Secretário

Manuel Correia de Pinho

Conselho Fiscal

Presidente

Artur Alves Conde

Vogais

João Morais CabralDeloitte & Associados, SROC, S.A.

Representado por Maria Augusta Cardador Francisco

Vogal suplente

Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

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Estrutura financeira e negócio

6 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

O Banco Português de Investimento é a entidade que noGrupo BPI é responsável pela condução da actividade deBanca de Investimento. Esta estrutura-se em trêsprincipais linhas de negócio: Corporate Finance, Acções ePrivate Banking. As duas primeiras actividadesdesenvolvem-se no âmbito geográfico da PeninsulaIbérica, através da sua estrutura em Portugal e de uma

sucursal em Madrid de cuja Bolsa é membro, e em Angolae Moçambique, para o que dispõe de uma equipa própria.A actividade de Private Banking é desenvolvidadirectamente pelo Banco Português de Investimento eatravés de uma subsidiária na Suíça detida a 99.9%– a BPI Suisse.

Empresas

Governos

Institucionais

Investidores Institucionais

Particulares

Empresas

Particulares de elevado património

Fusões e aquisições

Reestruturações

Consultoria

Apoio à internacionalização

Privatizações

Research de acções

Vendas de acções em mercado primário e secundário

Operações de mercado primário

Trading por conta própria

BPI Online (corretagem via internet)

Gestão discricionária de carteiras

Aconselhamento financeiro

Corporate Finance Acções Private Banking

Clientes

Produtos e serviços

BPI Suisse

NEGÓCIO DE BANCA DE INVESTIMENTO

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Relatório | Estrutura financeira e negócio e Recursos humanos 7

Recursos humanos

No final de 2007, o Banco Português de Investimentodispunha de um quadro de recursos humanos compostopor 157 Colaboradores, jovem e dotado de elevadosníveis de qualificação. Cerca de 74% dos Colaboradorestêm formação universitária.

Colaboradores do Banco Português de InvestimentoPrincipais indicadores

20072006

Colaboradores 140 157

Colaboradores com formação universitária 75.2% 73.8%

Média de idades 38.0 37.7

Experiência (antiguidade média no BPI) 10.5 9.7

Homens 59.7% 56.6%

Mulheres 40.3% 43.4%

Quadro 1

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A economia mundial continuou a crescer a bom ritmo, em2007, não obstante a viragem observada no final do ano,em maior escala nos Estados Unidos, mas também naEuropa e no Japão. As estimativas mais recentes apontampara um crescimento médio da economia global aindapróximo dos 5% registados em 2006. A desaceleraçãoacentuou-se, contudo, no último trimestre, e foi mais fortenos países desenvolvidos, apontando para uma evoluçãosignificativamente menos favorável, em 2008.

Nas economias emergentes, registou-se ainda uma ligeiraaceleração do crescimento, em 2007, devido sobretudo àChina, à Índia e às economias africanas. Estes paísesbeneficiaram do forte impulso da procura interna, dadisciplina que impuseram às respectivas políticasmacroeconómicas e, no caso dos exportadores dematérias-primas, da subida dos preços dos produtosalimentares e energéticos. A dependência que têm dosmercados dos países desenvolvidos faz, contudo, esperartambém alguma desaceleração, em 2008.

Os aspectos fundamentais a salientar, no enquadramentomacroeconómico de 2007 não se referem contudo aosvalores do crescimento observado, aliás, aindapreliminares, mas sim à viragem que teve lugar, tanto noque respeita à desaceleração do crescimento, como àsubida da inflação.

A causa imediata do abrandamento da economiaamericana foi a crise no mercado hipotecário, quecomeçou a manifestar-se a partir de Fevereiro e seagravou, ao longo do segundo semestre. O impacto desterelativamente pequeno segmento do mercado financeiroglobal foi muito ampliado pela rápida e crescentementecomplexa inovação financeira dos últimos anos e peloque agora se percebe ser o carácter acentuadamentepró-cíclico dos mecanismos de regulação em vigor nosistema financeiro internacional. Inicialmente encaradacomo uma simples crise de liquidez, rapidamente setornou claro tratar-se de uma questão mais complexa,que envolvia a própria capacidade de expansão docrédito, de que depende a confiança dos mercadosfinanceiros e também a dos consumidores americanos,principal fonte de procura a nível global.

Assistiu-se, por isso, a um esforço crescente dasautoridades financeiras para controlar os problemas deliquidez e para restituir a confiança à economia. O Fedmostrou-se especialmente dinâmico nesta área, iniciandouma trajectória de redução acentuada das taxas de juro,revelando como principal prioridade o combate ao riscode abrandamento da actividade económica. O BCEcontinuou a considerar que o risco de subida da inflaçãoera a principal preocupação da economia europeia, nãoobstante a incerteza resultante da turbulência financeirainternacional. Na perspectiva daquela instituição, aevolução registada na zona do Euro, em matéria decrescimento, emprego e rendibilidade das empresas, e oforte crescimento das economias emergentes serão demolde a assegurar o crescimento da economia, emparalelo com o potencial da mesma. Assim, embora tenhainterrompido, a partir de meio do ano, a subida gradualdas taxas de juro, a que vinha procedendo, o BCE nãoconsiderou aconselhável descê-las.

8 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Enquadramento da actividade

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

Crescimento do PIBTaxas de variação homóloga

Gráfico 1PortugalEspanhaZona do Euro

%

6

3

0

-32004 2005 2006 20072003

Fonte: Eurostat.

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Relatório | Enquadramento da actividade 9

Entretanto a subida da taxa de inflação, ultrapassando os3% ao ano na Zona do Euro, contra o objectivo do BCEde não exceder os 2%, reforçou essa preocupação,tornando-se num factor limitativo da margem de manobrada política económica dos países desenvolvidos. Asrazões desta subida são em larga medida estruturais,ligadas ao aumento da procura nos países emergentes eàs limitações da oferta global, cujo ajustamento seránecessariamente mais lento. Os bancos centraispermanecem, contudo, responsáveis por evitar que esseaumento exógeno de preços se repercuta nos salários enas margens a nível interno, à semelhança do que seobservou nos anos 70, com consequências nefastas parao crescimento económico posterior.

O crescimento da economia portuguesa, em 2007,estima-se em 1.9%, prosseguindo uma trajectória derecuperação que este ano assentou na retoma doinvestimento empresarial, para além das exportaçõeslíquidas, que tinham já sido responsáveis pela evoluçãopositiva observada no ano anterior.

Prosseguiu, além disso, a redução acentuada dos déficesorçamental e externo, devendo o primeiro ultrapassar osobjectivos fixados no âmbito do Pacto de Estabilidade eCrescimento e situar-se já abaixo dos 3% do PIB.A moderação do consumo das famílias e a naturezarestritiva da política orçamental, embora sendoindispensáveis à correcção dos desequilíbrios quepunham em causa a estabilidade e o potencial decrescimento da economia, têm condicionado, no curtoprazo, a expansão económica a ritmo mais rápido.A evolução observada em 2007 permite, contudo, esperaruma contribuição mais significativa da procura internapara o crescimento económico, em 2008. Pensa-se queesta será uma consequência do investimento e daredução do desemprego que ele deverá assegurar, bemcomo da menor pressão orçamental, resultante dasconquistas já conseguidas, em matéria de consolidação.Além disto, há a registar, no que respeita às exportações,a diversificação que tem vindo a ocorrer, tanto demercados quanto de produtos, bem como o aumento dasexportações de serviços. Esta é uma evolução bem-vinda,num momento em que o crescimento mundial tenderá a

centrar-se fora dos mercados habituais. Tais perspectivasrelativamente mais favoráveis para a economiaportuguesa estão, aliás, bem reflectidas na evolução doindicador de sentimento económico, publicado pelaComissão Europeia.

Em resultado da turbulência nos mercados financeirosinternacionais, as condições de concessão de crédito e defunding dos bancos tornaram-se mais restritivas, ao longode 2007. A despeito das operações excepcionais decedência de liquidez pelo BCE, as taxas interbancáriaspara prazos superiores a um mês passaram a situar-sesubstancialmente acima da respectiva taxa de referência,incorporando um elevado prémio de contraparte, aomesmo tempo que se tornava mais difícil o acesso aalguns instrumentos de mercado. Assim, embora asituação dos bancos portugueses permanecesse robusta,em matéria de rendibilidade e quanto ao incumprimentode crédito, o agravamento do enquadramentointernacional requereu um maior esforço de captação dedepósitos, bem como uma maior exigência nas condiçõesde concessão de empréstimos a particulares e empresas.Além do aumento de spreads, os bancos tornaram-semais exigentes relativamente às maturidades contratuaise às garantias exigidas.

Indicador de sentimento económico

Gráfico 2PortugalEspanhaZona do Euro

%

120

100

80

602004 2005 20062003

Fonte: Eurostat.

2007

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Apesar destes condicionalismos, a taxa de crescimentodo crédito à economia (ajustada no respeitante àsoperações de titularização) acelerou de 10.7% para11.7% entre o final de 2006 e 2007, o que resultou daconjugação do abrandamento do financiamento àaquisição de habitação (de 9.9% para 8.5%) e daaceleração do crédito a sociedades não-financeiras(de 10.8% para 14.3%).

O rácio de créditos em incumprimento baixou, no casodas sociedades não-financeiras, de 1.54%, em Dezembro2006, para 1.47%, no fim de 2007, enquanto, no dosparticulares, se manteve em 1.74%. Entretanto, osdepósitos totais e equiparados cresceram 7.1%, contra8.4%, no ano anterior.

10 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Previsões pormenorizadas para Portugal e para a zona do Euro Taxas de crescimento em %

1) Projecções do Banco de Portugal, Boletim Económico, Inverno 2007.2) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Novembro 2007. 3) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor.4) Em percentagem do PIB.

2008

BP1 CE2 CE2

Portugal Zona do Euro

2007

BP1 CE2 CE2

Portugal Zona do Euro

Consumo privado 1.2 1.2 1.7 1.1 1.3 2.1

Consumo público (0.2) (0.3) 2.1 0.0 0.4 2.0

Investimento fixo 2.6 0.9 4.7 3.3 2.3 2.9

Exportações de bens e serviços 7.0 6.7 5.7 4.9 5.6 5.3

Importações de bens e serviços 4.1 3.4 5.3 2.9 3.3 5.5

PIB 1.9 1.8 2.6 2.0 2.0 2.2

Inflação3 2.4 2.4 2.0 2.4 2.4 2.1

Balança corrente4 (8.2) (9.0) n.d. (7.3) (8.8) n.d.

Quadro 2

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Mercado cambialAo longo de 2007, dominou a tendência defortalecimento do Euro relativamente ao Dólar, comintensificação, na segunda metade do ano, interrompidapontualmente por períodos de maior turbulência nosmercados financeiros, em que o Dólar beneficiava doestatuto de moeda de refúgio. Os argumentos favoráveisao Dólar foram-se esboroando ao longo do ano, à medidaque se iam sobrepondo o abrandamento da economiaamericana, confrontada com o ajuste de desequilíbriosestruturais, e a redução do diferencial de rendibilidadeentre activos denominados em euros e em dólares. Esteúltimo factor deveu-se, primeiro, à subida das taxas dejuro, na área do Euro e, na segunda metade do ano, àredução das taxas directoras, nos EUA. Recentemente, opatamar cambial de 1.50 tem-se revelado de difíciltransposição para o EUR / USD, fortalecendo a tese darelativa estabilidade cambial em torno de 1.43-1.49. Defacto, apesar de a economia da UEM se apresentar maisequilibrada e robusta que a dos EUA, não deixa por issode correr risco de contágio. Assim, a divergência no ritmode crescimento e a discrepância de taxas de juro deverãoesbater-se ao longo dos próximos meses, retirando ímpetoà tendência ascensional da moeda europeia.

Relatório | Enquadramento da actividade 11

Cotações do Euro em 2007

1.60

1.50

1.40

1.30

1.20

Gráfico 3

USD

USD / EUR

Fonte: BCE, Reuters.

MERCADOS

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Mercado monetárioCom as taxas directoras inalteradas, desde Junho de2006, a turbulência nos mercados financeiros, detonadapela crise no crédito imobiliário de pior qualidade(subprime), e as tensões no mercado interbancário nosEUA induziram a Reserva Federal americana a reduzir, apartir de Setembro, a principal taxa de referência, portrês vezes, de 5.25% para 4.25%, em Dezembro. Após oinício da crise financeira, mas antes da actuação daReserva Federal, as taxas no mercado monetárioregistaram um comportamento anómalo, afastando-se doreferencial oficial. Os bancos passaram a exigir umprémio de risco para as operações de financiamento entresi. A falta de aderência das taxas Libor do Dólar aoreferencial tradicional reflectia um ambiente dedesconfiança no mercado monetário, que foi sendocorrigido ao longo dos meses com o auxílio da queda dataxa oficial e da alteração dos procedimentos de cedênciade fundos, pela autoridade monetária. Em Janeiro, aReserva Federal voltou a reduzir em 125 pontos-base ataxa dos fed funds, colocando-a em 3%. As taxas Liborestão a forçar antecipadamente a continuação dasquedas da taxa directora até cerca dos 2%.

A segurança do ritmo de crescimento da actividadeeconómica, na Europa, justificou a subida da taxa derefinanciamento de 3.5% para 3.75%, em Março, e para4%, em Junho. Apesar das declarações do BCE,orientadas por uma política monetária mais restritiva comorigem em receios inflacionistas, a taxa directoramanteve-se inalterada, na segunda metade de 2007.Contudo, a taxa Euribor a três meses superou os 4.90%,em Dezembro, manifestando assim as atípicas condiçõesvividas no mercado interbancário. A passagem do ano e oaumento da cedência de fundos a médio prazo pelo BCEfacilitaram o regresso à normalidade, no início de 2008,altura em que a Euribor a três meses regressou a níveispróximos dos 4.30%.

A desaceleração global e o surgimento dos primeirossinais de enfraquecimento da actividade real na Europasuscitaram expectativas de redução das taxas de juro decurto prazo, durante o ano de 2008. Esta perspectivapode ser constatada no comportamento dos futuros daEuribor: a curva do mercado monetário do Euro tem-se

apresentado horizontal, indiciando que a normalidadeainda não terá sido totalmente restabelecida. Se assimfor, registar-se-á uma queda mais acentuada dosprincipais indexantes deste mercado.

12 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Taxas de juro a seis meses em 2007

6

5

4

3

2

Gráfico 4

Fontes: BPI, Reuters.

Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

%

EuriborLibor USD

Evolução da taxa de refinanciamento bancário e impactona Euribor 3 meses

5

4

3

2

1

Gráfico 5Taxa de refinanciamento bancário (Refi rate)Euribor 3 meses

2003 2006 200720052004

Fonte: Reuters.

%

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Relatório | Enquadramento da actividade 13

Mercado de obrigaçõesSe é verdade que, nos EUA, durante o primeiro semestredo ano, as taxas de juro de longo prazo, concretamente adez anos, apresentaram uma tendência relativamenteinequívoca de subida, passando de 4.5% para 5.20%,devido aos receios de estagflação e de redução deposições em treasuries dos bancos centrais asiáticos, nasegunda metade do ano, é também certo que a agitaçãodos mercados financeiros, convocando temores deabrandamento económico e mitigando riscosinflacionistas, beneficiou a dívida pública graças àscaracterísticas de activo de refúgio. Assim, as taxasreduziram-se, com maior incidência nos prazos maiscurtos, tendo aumentado consideravelmente a inclinaçãopositiva da curva de rendimentos. As expectativas de quecontinuarão a adoptar-se políticas económicasexpansionistas tendem a favorecer curvas maisinclinadas. Porém, a aproximação da conclusão do ciclode queda das taxas de juro de curto prazo limita aredução das yields, podendo registar-se uma ligeiracorrecção, sobretudo nos prazos mais curtos. Em final deJaneiro, as yields nos três e dez anos estavam atransaccionar-se, respectivamente, a 1.96% e 3.98%.

Na Europa, as taxas de juro de longo prazoacompanharam os movimentos da dívida públicaamericana, embora descrevendo movimentos menosbruscos. Os preços estão também a reflectir expectativasde arrefecimento económico e queda das taxas de juro decurto prazo, que ainda não se materializaram. Estedesfasamento da política do BCE relativamente à ReservaFederal explica a menos acentuada queda das yields naEuropa, no segundo semestre, e a consequente inversãodo sinal do spread entre dívida alemã e americana. Noinício de 2008, os treasuries a dez anos, em moedalocal, ofereciam uma rendibilidade cerca de 30pontos-base inferior à proporcionada pelos bundscorrespondentes. Em Janeiro de 2007, este diferencialera positivo em 75 p.b., tendo-se reduzido para 50 p.b.,em Junho. Na área do Euro, o prémio das dívidassoberanas elevou-se relativamente à dívida alemã, aolongo de 2007. No caso das Obrigações do TesouroPortuguês, esta diferença, que se apresentou estável emtorno dos 15 pontos-base, ao longo do primeiro semestre,aumentou para 28 p.b., em Setembro, reduzindo-se para20 p.b., no final do ano.

A aversão ao risco nos mercados financeiros aumentouconsideravelmente, na segunda metade do ano, o quepenalizou sobretudo as instituições financeiras devido aoimpacto, nos resultados, das perdas associadas à crise docrédito hipotecário. Embora, nos primeiros meses do ano,os prémios de risco de crédito se tenham mantidorelativamente estáveis, na segunda metade, alargaram-semuito significativamente regressando aos valoresobservados em 2002 / 3. Apesar da existência deliquidez, nos mercados financeiros, a incerteza sobre aactividade económica global em fase de desaceleração ea disseminação da crise do crédito hipotecário explicam apreferência por activos financeiros menos arriscados, oque por sua vez justifica os spreads elevados, sobretudopara as classes com piores notações de crédito. Acresceque, muito embora as empresas apresentem estruturassólidas e elevada capacidade de geração de meios, oarrefecimento económico suscita receios de elevação dastaxas de incumprimento, dificultando uma eventualcorrecção do incremento dos prémios recentementeverificado.

Taxas de juro a dez anos em 2007

5.4

4.8

4.2

3.6

3.0

Gráfico 6

Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

%

Portugal (EUR)Alemanha (EUR)EUA (USD)

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Mercado de acçõesOs mercados de acções iniciaram o ano de 2007 com umcomportamento muito positivo. A divulgação de bonsdados macroeconómicos, a manutenção de umaactividade intensa, no que respeita a fusões e aquisições,e a apresentação de resultados positivos pela generalidadedas empresas explicam as valorizações dos principaisíndices accionistas nos primeiros meses do ano.

No entanto, a emergência de problemas no mercadoimobiliário norte-americano e os receios de um eventualcontágio da economia real, bem como a subsequente crisede liquidez nos mercados financeiros originaram umainversão daquela tendência positiva. Os mercadosassistiram a um aumento significativo da volatilidade,assim como a uma “fuga para a qualidade”: osinvestidores passaram a privilegiar activos com elevadaliquidez, tidos como defensivos em alturas deinstabilidade.

Apesar de todos estes receios e incertezas, que setornaram mais intensos nos últimos meses do ano, ageneralidade dos mercados accionistas europeusterminaram o ano com ganhos, destacando-se o DAX comuma valorização de 22%. Por seu lado, os índices domercado norte-americano registaram retornos positivos,tendo o Nasdaq, o Dow Jones e o S&P 500 subido 10%,6% e 4%, respectivamente. É importante referir que asempresas de pequena e média dimensão foramespecialmente penalizadas, neste novo contexto dosmercados financeiros, tendo tido, pela primeira vez, nosúltimos anos, uma underperformance, relativamente àscongéneres de maiores capitalizações bolsistas.

Os mercados ibéricos evoluíram em linha com os outrosmercados accionistas, tendo o PSI-20 e o IBEX 35acumulado valorizações em 2007, de 16% e 7%,respectivamente. Saliente-se que o mercado espanhol foi,durante o ano, negativamente afectado por preocupaçõescom uma possível correcção do mercado imobiliário ecom os possíveis efeitos negativos que a mesma terianoutras áreas de actividade e de crescimento económico,em Espanha.

14 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Prémios de risco de crédito a empresasEmissões em euros (2003-2007)

pontosbase200

150

100

50

0

-50

Gráfico 7AAAAAABBBFinanceiras

20072003 2004 2005 2006

DJ Europe Stoxx BanksDJ Euro StoxxS&P500

Fonte: Reuters Knowledge.

Evolução dos índices DJ Europe Stoxx Banks, DJ Euro Stoxxe S&P500 em 2007

20

10

0

-10

-20

-30

Gráfico 8

Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

%

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Em termos sectoriais, a emergência dos problemas domercado de subprime nos Estados Unidos, ditou umaforte rotação sectorial, assistindo-se, em Agosto, a umabandono de empresas de sectores mais sensíveis aoconsumo privado e crescimento económico, e um maiorinteresse por empresas vistas como mais defensivas,como as de telecomunicações e as utilities. É importanteainda referir que o sector de construção espanhol sedestacou pela negativa, em 2007, reflectindo os sinaisde abrandamento no mercado imobiliário e aspreocupações quanto ao elevado endividamento dageneralidade das empresas, num contexto de condiçõesde financiamento mais restritivas, decorrente da escassezde liquidez nos mercados financeiros.

O mercado de ofertas iniciais de venda (IPO) continuoumuito dinâmico em 2007. Em Portugal, a REN e aMartifer estrearam-se no mercado accionista, enquanto,em Espanha, mais 11 novas empresas foram admitidas àcotação (Clínica Baviera, Criteria Caixa Corp, Codere,Iberdrola Renovables, Fluidra, Laboratórios Almirall,Laboratórios Farmacêuticos Rovi, Realia, Renta 4, ReyalUrbis e Solaria).

Relatório | Enquadramento da actividade 15

PSI-20IBEX 35

Fonte: Reuters Knowledge.

Evolução dos índices PSI-20 e IBEX 35 em 2007

30

20

10

0

-10

-20

Gráfico 9

Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

%

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16 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Actividade em 2007

ACÇÕES

CorretagemDurante o ano de 2007, o Grupo BPI intermediou umvolume de acções no valor de 21 406 M.€,correspondente a um crescimento de 128% relativamenteao valor negociado durante o ano de 2006.

Este desempenho positivo levou o Grupo BPI à posiçãode liderança do grupo de intermediários financeirosregistados na CMVM, no que respeita a intermediação deacções. O Grupo BPI obteve uma quota de 16.1%,durante o ano de 2007, o que pode comparar-se com aquota de 11.6%, obtida em 2006. Passou, pois, doquarto lugar quanto a corretagem de acções em Portugal,obtido em 2006, para a posição de liderança, em 2007.

Este aumento do volume de transacções permitiu ao BPIgerar comissões líquidas de corretagem e de colocação,em 2007, no valor de 23.3 M.€, o que corresponde auma variação positiva de 119% relativamente ao ano de2006. Importa realçar que, já em 2006, o crescimentodas comissões de corretagem e colocação tinha sido de82%, relativamente a 2005.

Além do reconhecimento implícito por parte dos Clientesdo valor do serviço prestado pelo BPI, estes resultadosreflectem:

� um crescimento claro do negócio realizado com Clientesinstitucionais: em 2007, as comissões de corretagemlíquidas, cobradas a Clientes institucionais,representaram 15.8 M.€, o que corresponde a umaumento de 148%, relativamente a 2006;

� uma envolvente positiva para os mercados accionistasem geral e para o mercado accionista português emespecial: o volume negociado em acções portuguesas,na Euronext, registou um crescimento de 86%, em2007, relativamente a 2006;

� a afirmação do BPI na corretagem de acçõesespanholas e junto de investidores espanhóis. Em2007, o BPI conseguiu aumentar em 106%,relativamente ao ano de 2006, o total das comissõesobtidas com a intermediação de acções espanholas ecom a intermediação ao serviço de Clientes espanhóis.

É importante realçar que a quota de mercado dasplataformas de corretagem por Internet do Grupo BPI –BPI Netbolsa e BPI Online – continuaram a aumentar,atingindo os 17.6%, em 2007, relativamente aos 16.4%,em 2006. Ficaram, portanto, claramente acima da quotanatural do Grupo BPI, na Banca de Retalho. Atravésdestes canais, o Grupo BPI intermediou 2 766 M.€, oque representa uma variação homóloga positiva de 50%,relativamente ao ano anterior.

Quota de mercado nacorretagem de acçõesem Portugal

%

Gráfico 102005 2006

# 5# 4

16.1

2007

# 1

11.6

10.1

Fonte: CMVM.Nota: considera intermediáriosfinanceiros registados na CMVM,recepção e transmissão de ordenspor conta de outrem no mercadoaccionista português e em mercadosinternacionais.

Para efeitos estatísticos só foramconsiderados pertencentes a umgrupo financeiro as instituiçõesdominadas a 100% pelo Grupo.

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Relatório | Actividade em 2007 17

O modelo do negócio de corretagem de acções do BPIassenta na prestação de um serviço de elevado valoracrescentado aos seus Clientes institucionais e particulares.

No que respeita aos Clientes institucionais, oposicionamento do BPI baseia-se:

� num produto de research, especializado no mercadoibérico e especialmente focado nas empresas cotadas depequena e média capitalização;

� no acompanhamento dos principais investidoresinstitucionais (ibéricos e internacionais), quer na geraçãode ideias de investimento quer na aproximação destesinvestidores às empresas.

No final de 2007, a equipa dedicada a estes Clientes eraconstituída por 31 Colaboradores: 15 formavam a equipa

de análise e 16 assumiam funções comerciais, dos quais11 se encontram no escritório de Madrid.

Quanto aos investidores particulares, o Grupo BPI utilizaprincipalmente dois canais:

� o BPI NetBolsa, que está integrado na oferta de serviçosde homebanking para os Clientes do Banco BPI;

� o BPI Online, canal exclusivo do Banco de Investimento.Todo o research produzido pelo BPI é igualmentedisponibilizado através destes canais.

Ambos os canais se apoiam na mesma plataformatecnológica de negociação. Esta plataforma é gerida peloDepartamento de Acções do BPI, quer no que respeita àmanutenção e desenvolvimento quer quanto à produção deconteúdos e apoio especializado ao Cliente.

BROKER IBÉRICO COM FORTE ESPECIALIZAÇÃO EM PEQUENAS E MÉDIAS CAPITALIZAÇÕES

Equity Capital MarketsEntre as operações realizadas pelo BPI no mercadoaccionista português, destacam-se as seguintes:

� a colocação no mercado de um bloco (através de umaoperação de accelerated bookbuilding) de 15% docapital da Jerónimo Martins; operação que, tendoenvolvido 362 M.€, foi uma das maiores colocações emmercado secundário do ano de 2007 e uma dasmaiores alguma vez realizada exclusivamente por umbanco português;

� a colocação de um bloco de 4.6% do capital da Brisa,uma operação de private placement, realizadaexclusivamente pelo BPI, que envolveu 275 M.€.

Nestas duas operações, o BPI actuou do lado do vendedor.Em ambos os casos, os vendedores foram gestores defundos e Clientes do BPI no mercado secundário.

O BPI assegurou também a montagem e organização deuma operação de equity swap entre a Sonae SGPS e oBanco BPI. Esta operação, resultante da venda de 6.7%de acções próprias da Sonae SGPS ao Banco BPI,permitiu à Sonae SGPS monetizar a sua posição emacções próprias.

Quanto a initial public offerings (IPO), o BPI participouna IPO da REN, em Portugal. No mercado accionistaespanhol, o BPI participou pela primeira vez em IPO deempresas espanholas:

� Clínica Baviera – Abril de 2007 – o BPI actuou comoco-lead manager da tranche institucional;

� Criteria – Outubro de 2007 – o BPI actuou como co-manager da tranche institucional internacional.

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18 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

O BPI assumiu também um papel muito activo emoperações de colocação de blocos de acções – blockplacement –, entre as quais se destaca a colocação de5% do Banco Pastor, de 3% do capital da CorporaciónDermoestética e de vários blocos da Galp Energia.

O BPI apoiou vários investidores na constituição deposições relevantes – stake building – em empresasibéricas, destacando-se as compras de posiçõesrelevantes na Enagas, na Galp, na MotaEngil e na REN.

Research e vendasEm 2007, o âmbito do research foi alargado, tendo-seiniciado a análise a 14 empresas ibéricas resultantes deIPO ou de empresas de pequena e média capitalização:Banesto, Banif, Clínica Baviera, Ercros, Galp Energia,GAM, Grifols, Inapa, Mecalux, Miquel Y Costas, Natra,Natraceutical, Tavex e Vueling.

No final de 2007, a análise do BPI Equity Researchabrangia 96 empresas (68 em Espanha e 28 emPortugal). Importa salientar que o BPI Equity Researchanalisa mais empresas que não constam do principalíndice espanhol (IBEX 35) do que pertencentes a esteíndice. O BPI é, actualmente, uma das casas ibéricas deresearch mais abrangentes, quer em Espanha, quer emPortugal.

Em 2007, foram elaborados 522 relatórios de research(excluindo notas diárias). O Iberian Small & Mid CapsGuide, produto quadrimestral, é hoje uma referência nacomunidade de investidores institucionais especializadosneste tipo de empresas. Destaque-se, também, aelaboração de relatórios de estratégia, de relatóriossectoriais e um estudo sobre energias renováveis.

O BPI continuou a organizar vários eventos com oobjectivo de aproximar as empresas e a comunidade deinvestidores institucionais. Entre estes, destacam-se osque se seguem.

� IV Conferência de Iberian Small & Mid Caps. O BPIorganizou pelo quarto ano consecutivo, desta vez emCascais, esta conferência que é já uma referência paraos investidores institucionais especializados noinvestimento nesta categoria de empresas. Enviaramrepresentação 25 empresas e mais de 80 investidoresespecializados.

� Pelo segundo ano consecutivo, o BPI organizou umaconferência de bancos ibéricos nos EUA. Nestaconferência, que se realizou no mês de Novembro, emNova Iorque, participaram nove bancos (Banesto, Banif,Bankinter, BBVA, BCP, BES, Banco BPI, Popular eSantander) e 25 investidores americanos.

� Também em Nova Iorque, o BPI realizou, em Junho,uma conferência sobre o tema “Infra-estruturas eutilities”, tendo contado com a participação dasseguintes empresas: Abertis, Brisa, EDP, Endesa,Iberdrola, MotaEngil, REE e Sacyr. Nesta conferência,participaram 24 investidores.

Também em 2007, o BPI realizou 27 roadshows comempresas e analistas. No âmbito das actividadescomerciais desenvolvidas em 2007, o BPI organizoucerca de 900 reuniões entre empresas e investidoresinstitucionais, cuja presença ascendeu a cerca de 160diferentes investidores institucionais.

BPI IberianInfrastructures andUtilities Conference

Abertis; Brisa; EDP;Edesa; Iberdrola;

MotaEngil; REE; Sacyr.

II Iberian BanksConference

Banesto; Banif; Bankinter; Banco

Popular; BBVA; BES;BCP; BPI; Santander.

IV BPI’s IberianSmall & Mid Cap

Conference

5 e 6 de Junho 6 e 7 de Novembro20 e 21 de Setembro

Abengoa; Acerinox; Altri;Banco BPI; Banif; Brisa;Cimpor; Clínica Baviera;GAM; Indra; Jerónimo

Martins; La Seda;Martifer; Mecalux;

MotaEngil; Natra; OHL;REN; Sogecable; SonaeIndústria; Sonae SGPS;

Tavex; Tubacex; Viscofan;Vocento.

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Relatório | Actividade em 2007 19

TradingA actividade de trading contribuiu positivamente – em8.6 M.€ – para os lucros com operações financeiras doBanco Português de Investimento, em 2007.

O value-at-risk (duas semanas com intervalo de confiançade 99%) observado nestas carteiras foi de 1.5 M.€.A relação entre os resultados obtidos e esta medida derisco caracteriza a forma criteriosa como são geridasestas carteiras. A actividade de trading do Departamentode Acções do BPI regeu-se pelo princípio de uma fortepreservação dos ganhos e por uma gestão adequada dorisco. Note-se que os riscos tomados em acções visamobter, independentemente da envolvente do mercado,retornos absolutos positivos. Recorre-se para tal atécnicas desenvolvidas na indústria de fundos“alternativos”.

Em 2007, o BPI obteve também resultados consideráveisna venda de opções cotadas sobre acções ibéricas.

RECONHECIMENTO EM 2007

O research do BPI continuou, igualmente, a obterboas classificações em rankings que avaliam aqualidade das estimativas feitas e dasrecomendações. Em 2007, a AQ, conceituadaempresa britânica que se dedica ao apuramento daeficiência das recomendações e estimativas feitaspelos analistas, considerou ser o BPI Equity Researcha segunda melhor casa de análise ibérica, quanto àeficácia das recomendações. Também segundo a AQ,o BPI foi a segunda melhor casa de análise emEspanha. A Starmine, outra empresa britânica quequantifica e analisa o trabalho das casas de análise,classificou também o BPI como a segunda melhorcasa de análise do universo do IBEX 35, no que serefere à qualidade das recomendações.

Banco Português deInvestimento Equity

Research

# 2 M a i o rCasa de Análise

IBEX 35

Banco Português deInvestimento Equity

Research

# 2 M a i o rhit ratio

Iberian Mid Caps

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CORPORATE FINANCE

Em 2007, o BPI manteve a sua tradicional posiçãofortemente competitiva no mercado português decorporate finance, tendo alcançado elevadas quotas, emtodos os segmentos em que actua.

No segmento das operações de mercado, o BPI foi ointermediário financeiro responsável por quatro ofertaspúblicas de aquisição, cujo valor global foi de 409 M.€,o que equivale a uma quota de mercado de 78%. O BPIfoi também responsável pela operação de cisão da SonaeCapital e pelo respectivo processo de admissão ànegociação, tendo ainda sido co-líder da oferta públicade venda que integrou a oferta inicial da REN.

No segmento das operações de fusões e aquisições M&A,o BPI concluiu transacções num valor global de cerca de1 211 M.€, montante a que, de acordo com aBloomberg, corresponde uma quota de mercado de 17%.

O BPI assessorou ainda um vasto conjunto de entidadesna tomada de decisões de investimento e definanciamento, executando avaliações e agenciando osfundos necessários aos projectos de investimentodaquelas entidades.

Entre os processos em que esteve envolvido, destaca-se aassessoria prestada à NAER, nos trabalhos de preparaçãodo procedimento de concurso para privatização da ANA –Aeroportos de Portugal.

Listam-se, de seguida, algumas das assessoriasefectuadas pelo BPI, que se traduziram, no caso dastransacções, em comissões de sucesso.

20 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

� Amorim Desenvolvimento – Assessoria em análise comvista a uma tomada de decisão sobre desinvestimento econdução do respectivo processo de alienação.

� Allianz Portugal – Assessoria na organização e montagemda oferta pública de distribuição de acções, reservada atrabalhadores.

� Cin – Assessoria em análise com vista a tomada dedecisão sobre investimento e na concretização dacorrespondente aquisição.

� Cerealis – Assessoria em análise com vista a tomada dedecisão sobre investimento.

� Comendador Rodrigo Leite – Assessoria na alienação daparticipação detida na Tertir.

� NAER – Assessoria no processo de preparação daprivatização da ANA e de contratação da concepção,construção, financiamento e exploração do NovoAeroporto de Lisboa.

� Partex – Assessoria na determinação do fair value dosinteresses petrolíferos da empresa.

� Ricon – Assessoria no processo de reforço da posiçãoaccionista no capital da Gant.

� SF – Sociedade de Controlo – Assessoria no processoconducente à perda do estatuto de sociedade aberta daCIN.

� Sonae, SGPS – Assessoria no processo de cisão da SonaeCapital.

� Sonae, SGPS – Assessoria na estruturação da operaçãode aquisição do Carrefour Portugal.

� Sonae Capital – Assessoria no processo de admissão dasacções da empresa à negociação.

� Sonae Turismo – Assessoria na avaliação do grupo e naaquisição de acções pertencentes a accionistasminoritários da Torralta.

� Tertir – Assessoria na candidatura à concessão deexploração, no âmbito da actividade da Silopor, no Beato,na Trafaria e em Vale Figueira.

� Vertix – Assistência nas duas ofertas públicas deaquisição lançadas sobre a Media Capital, bem como nalançada sobre a TVI.

� Violas – Assistência na oferta pública de aquisiçãolançada sobre a Solverde e no processo conducente àperda de qualidade de sociedade aberta.

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PRIVATE BANKING

O volume de negócios do BPI Private Banking ascendia,no final de 2007, a 3 283 M.€, valor que representa umcrescimento de 12%, relativamente ao final de 2006.Os activos sob gestão discricionária e aconselhamentoefectivo do BPI Private Banking registaram, no ano emanálise, um crescimento de 18%. No final de 2007,ascendiam a 2 538 M.€.

As soluções geridas discricionariamente pelo BPI PrivateBanking atingiram, no final de 2007, um volume total de 1 057 M.€. A carteira de crédito cresceu 16%, face aofinal de 2006, e os activos relativos a participaçõesestáveis sob custódia diminuíram 10%, no mesmoperíodo.

O comportamento dos mercados financeiros no segundosemestre de 2007 condicionou as rendibilidades dassoluções geridas discricionariamente pelo BPI PrivateBanking. Não obstante, o ano de 2007 ficou marcado, emtermos comerciais, por um acelerado ritmo de angariaçãode novos Clientes e de novos activos. Os novos volumes deactivos captados, não só junto de novos Clientes mastambém de Clientes actuais, permitiram compensar osefeitos da desvalorização dos mercados financeirosobservada ao longo do segundo semestre de 2007.

Relatório | Actividade em 2007 21

Private Banking Principais indicadores Valores em M.€

2007 Δ%2006

Gestão discricionária e aconselhamento 2 144 2 538 18%

Gestão discricionária 979 1 057 8%

Aconselhamento 1 165 1 481 27%

Participações estáveis sob custódia 627 561 - 10%

Crédito concedido 158 184 16%

Volume de negócio 2 928 3 283 12%

Quadro 3

1) Anualizadas até 28 de Dezembro de 2007.

Seguros de Capitalização BPI Private BankingRendibilidades brutas1

Últimos5 anos

Últimos4 anos

Últimos3 anos

Últimos2 anos

ÚltimoanoDenominação

BPI Capitalização PB – Ultra Conservador 0.09% 1.13% 1.41% 2.28% 2.31%

BPI Capitalização PB – Conservador (0.27%) 2.49% 3.35% 4.13% 3.97%

BPI Capitalização PB – Equilibrado (0.31%) 3.39% 5.07% 5.75% 5.34%

BPI Capitalização PB – Agressivo (0.60%) 4.99% 8.04% 8.83% 7.19%

Quadro 4

RECONHECIMENTO EM 2007

A qualidade do serviço de private banking do BPI e asatisfação dos Clientes com o mesmo viria a serreconhecida, no final do ano de 2007, com aatribuição pela Euromoney do prémio de “BestPrivate Banking em Portugal”. Este prémio éatribuído após um inquérito levado anualmente acabo pela revista Euromoney a nível mundial. Osvencedores são apurados com base na avaliaçãoqualitativa e quantitativa que os concorrentes dosector fazem dos seus pares.

M e l h o rPrivate Banking

em Portugal

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22 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Análise financeira

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASConta de resultadosA actividade do Banco Português de Investimentoconcentra-se, exclusivamente, nas linhas de negócio deCorporate Finance, Acções e Private Banking, com umreduzido consumo de capital.

O lucro líquido em 2007 ascendeu a 24.3 M.€, o quecorrespondeu a um crescimento de 23.2% relativamenteao resultado de 2006. A rendibilidade do capital própriomédio (ROE) do Banco ascendeu a 31.8% em 2007(30.4% em 2006).

O significativo crescimento da actividade, em particulardo negócio de acções, traduziu-se no crescimento doproduto bancário em 13.6%.

As comissões líquidas cresceram 43.5% (+14.6 M.€)para 48.3 M.€ em 2007. Representaram cerca de 81%do produto bancário do exercício. Para esta evoluçãocontribuiu principalmente o crescimento em 95% dascomissões de corretagem e colocação, de 12.2 M.€ em2006 para 23.8 M.€ em 2007.

A crescente afirmação do BPI enquanto broker ibérico,fortemente especializado em pequenas e médiascapitalizações, cujo research de acções cobre largamenteo mercado ibérico, tem contribuído para o aumento daquota de mercado na intermediação de transacções deacções portuguesas e para um crescimento significativoda corretagem com acções espanholas, designadamentepara Clientes institucionais.

Ainda de referir o aumento em 36.7% (+5.4 M.€) dascomissões associadas a fundos de investimento e segurosde capitalização, para 20.2 M.€ em 2007.

Os lucros em operações financeiras, apesar da evoluçãomais desfavorável dos mercados de capitais,principalmente, no segundo semestre do ano,ascenderam a 8.1 M.€ em 2007. Foram 48% inferioresaos 15.5 M.€ registados no ano anterior. O peso relativodos lucros em operações financeiras no produto bancáriodiminuiu de 30%, em 2006, para 14%, em 2007.

Os custos de estrutura aumentaram 3.4% (+0.8 M.€).Os custos com pessoal aumentaram 3.7% (+0.6 M.€),representando mais de dois terços do acréscimo doscustos de estrutura.

Em 2007, o quadro médio de pessoal aumentou 7.3%.No final do ano o quadro de Colaboradores ascendia a 157.

O resultado antes de impostos cresceu 20.9%, para33.1 M.€. A taxa média de impostos situou-se em26.8%1 (28.1% em 2006).

1) Relação entre impostos sobre lucros registados em resultados e o resultado antes de impostos.

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Relatório | Análise financeira 23

As demonstrações financeiras do Banco Português deInvestimento são preparadas, desde 2005 inclusivé, deacordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA)estabelecidas pelo Banco de Portugal (Aviso n.º 1 / 2005 eInstrução n.º 9 / 2005).

As Normas de Contabilidade Ajustadas correspondem emgeral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS /IFRS) adoptadas pela União Europeia, excepto quanto àsseguintes matérias:

� a carteira de crédito e garantias está sujeita àconstituição de provisões para riscos específicos e parariscos gerais de crédito, nos termos do Aviso do Banco dePortugal n.º 3 / 2005;

� o acréscimo das responsabilidades por pensões dereforma dos Colaboradores do BPI Investimentosresultante da aplicação do IAS 19, com referência a31 de Dezembro de 2004, está a ser reconhecido emresultados transitados por um período de 7 anos, naparte relativa a responsabilidades por cuidados médicospós-emprego e à alteração da tábua de mortalidade, e porum período de 5 anos, relativamente aos restantesimpactos.

NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS (NCA)

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BalançoNo final de 2007, o activo total líquido do BancoPortuguês de Investimento ascendia a 2 497.8 M.€, oque corresponde a um crescimento de 35.2%relativamente a Dezembro de 2006. A forte expansão dosdepósitos de Clientes (+76%), para 2 200.7 M.€,explicam esse crescimento. Note-se que o balanço doBanco Português de Investimento reflecte principalmentea captação de depósitos de Clientes de Private Banking eClientes Institucionais e a aplicação dessa liquidez,maioritariamente no mercado interbancário.

No final de 2007, as aplicações em instituições decrédito ascendiam a 2 036.6 M.€, representando cercade 82% do total do activo.

A carteira de crédito a Clientes, maioritariamenteconcedido a Clientes de Private Banking, ascendia a183.1 M.€ (7% do total do activo), o que corresponde aum crescimento de 20.7% relativamente a 2006.

A carteira de activos financeiros de negociação ascendiaa 146.3 M.€. no final 2007 (cerca de 6% do total doactivo).

Em 31 de Dezembro de 2007, os fundos de pensões dosColaboradores ascendiam a 18.4 M.€ e asseguravam ofinanciamento a 102% das responsabilidades com pensões.

No final de 2007, o capital próprio ascendia a 79.5 M.€.

Em 31 de Dezembro de 2007, os fundos próprios, deacordo com as regras do Banco de Portugal, eram de73.1 M.€. O rácio de requisitos de fundos próprios erade 10.0% e o rácio Tier I de 6.2%1.

24 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Conta de resultados Valores em M.€

Margem financeira estrita 2.8 3.1 11.1%

Rendimento de instrumentos de capital 0.2 0.3 101.0%

Margem financeira 3.0 3.4 15.7%

Comissões e outros proveitos (líquidos) 33.7 48.3 43.5%

Resultados em operações financeiras 15.5 8.1 (47.8%)

Rendimentos e encargos operacionais 0.3 (0.3) -

Produto bancário 52.5 59.6 13.6%

Custos com pessoal 16.5 17.1 3.7%

Outros gastos administrativos 6.9 7.3 6.0%

Amortizações do exercício 1.0 0.8 (18.3%)

Custos de estrutura 24.4 25.2 3.4%

Resultado operacional 28.1 34.3 22.4%

Provisões e imparidades 0.7 1.2 78.8%

Resultado antes de impostos 27.4 33.1 20.9%

Impostos sobre os lucros 7.7 8.9 15.2%

Lucro líquido 19.7 24.3 23.2%

Cash-flow após impostos 21.4 26.3 23.0%

Quadro 5

2006 2007 Δ%

1) De acordo com as instruções do Banco de Portugal, desde Junho de 2007, passou-se a afectar ao Tier I 50% das deduções aos fundos próprios relativas a participações em instituiçõesfinanceiras e seguradoras, quando anteriormente estas deduções eram integralmente afectas ao Tier II. Esta alteração ocasionou uma redução de 1.4 pontos percentuais no rácio Tier I,com referência a Dezembro de 2007.

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Relatório | Análise financeira 25

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22.8 0.2 (99.2%)

Disponibilidades em outras instituições de crédito 43.9 47.0 7.1%

Aplicações em instituições de crédito 1 331.9 2 036.6 52.9%

Crédito a Clientes 151.7 183.1 20.7%

Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 202.0 146.3 (27.6%)

Activos financeiros disponíveis para venda 15.1 20.8 37.9%

Derivados de cobertura 18.1 1.0 (94.7%)

Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 2.2 2.2 0.0%

Outros activos tangíveis 3.6 2.9 (19.4%)

Activos intangíveis 0.0 0.0 (69.0%)

Activos por impostos 0.6 0.5 (12.0%)

Outros activos 55.5 57.2 3.0%

Total do activo 1 847.5 2 497.8 35.2%

Passivo e capital próprio

Passivos financeiros detidos para negociação 10.1 12.7 26.4%

Recursos de outras instituições de crédito 416.4 112.5 (73.0%)

Recursos de Clientes e outros empréstimos1 1 248.4 2 200.7 76.3%

Responsabilidades representadas por títulos 0.4 0.3 (14.0%)

Derivados de cobertura 0.2 0.0 (88.9%)

Provisões 2.0 3.0 48.2%

Passivos por impostos 4.5 3.0 (33.4%)

Passivos subordinados 35.3 35.4 0.2%

Outros passivos 57.4 50.6 (11.8%)

Capital 20.0 20.0 0.0%

Reservas e resultados transitados 33.3 34.5 3.7%

Outros instrumentos de capital (0.2) 0.8 561.4%

Resultado do exercício 19.7 24.3 23.2%

Capital próprio 72.8 79.5 9.2%

Total do passivo e capital próprio 1 847.5 2 497.8 35.2%

2006 2007 Δ%

1) Depósitos, cheques e ordens a pagar e juros.

Balanço Valores em M.€

Quadro 6

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Rating

26 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

NOTAÇÕES DE RATINGA estratégia, posição competitiva, solidez financeira ecapacidade de geração de resultados do Grupo BPIcontinuaram a merecer, de entidades independentes ereputadas – a Fitch Ratings, a Moody’s e a Standard &Poor’s – uma avaliação que se consubstancia emelevadas notações de rating.

A Standard & Poor’s subiu as notações de rating doBanco Português de Investimento e do Banco BPI –entidade de topo do Grupo BPI – no 1.º semestre de2007, enfatizando a boa posição do BPI em Portugal, agestão competente, a qualidade dos activos melhor que ados seus concorrentes domésticos e uma performancefinanceira sólida e em contínua melhoria.

1) Notação atribuída a todos os bancos que compunham o Grupo BPI nessa data.

2) Notação atribuída ao BFB.3) O último relatório de actualização da notação

de rating foi divulgado a 25 de Maio de 2007.

Moody’s:A1 Títulos com rating A possuem muitos atributos favoráveis e devem ser considerados

investimentos de nível médio / superior.(1 significa um posicionamento superior na classe A).

Fitch Ratings:A+ Crédito de elevada qualidade. Os ratings denotam uma baixa expectativa de risco de

crédito.(+significa um posicionamento superior na classe A).

Standard & Poor’s:A– Uma entidade com rating A possui uma forte capacidade para cumprir as suas

obrigações financeiras.(– significa um posicionamento na parte inferior da classe A).

Notações de rating

Standard & Poor's

Moody'sFitchRatings

Banco Português de Investimento

Longo prazo A+ - A

Curto prazo F1 - A-1

Outlook Estável - Estável

Banco BPI

Longo prazo A+ A1 A

Curto prazo F1 P-1 A-1

Outlook Estável Estável Estável

Atribuição de rating:

Data inicial 31 Out. 961 1 Nov. 962 27 Abr. 99

Último relatório 07 Nov. 07 14 Nov. 07 29 Out. 073

Quadro 7

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Relatório | Rating e Referências finais 27

Referências finais

Consideram-se bastante positivos a actividade desenvolvida e os resultados alcançados pelo BPI numaconjuntura pouco favorável do mercado de capitais. Para tanto foi decisivo o dedicado empenho dosColaboradores bem como a reiterada confiança e fidelidade dos Clientes do Banco. A uns e outros se exprimeo mais vivo reconhecimento.

Uma saudação especial é dirigida ao Dr. José Carlos Agrellos, ao Dr. Rui Lélis e ao Dr. Manuel Correia dePinho. Os dois primeiros, por se aproximarem do limite de idade, deixaram de integrar o Conselho deAdministração do Banco e o terceiro, pela mesma razão, vai cessar as funções de Secretário da Sociedade.Os três são quadros da Alta Direcção fortemente ligados à constituição da SPI – Sociedade Portuguesa deInvestimento, instituição originária do actual Grupo BPI, ao qual, ao longo de mais de um quarto de século,dedicaram o melhor das suas elevadas capacidades e da sua total dedicação.

O Conselho exprime ainda o seu reconhecimento pela cooperação recebida das Autoridades Monetárias,Financeiras e de Supervisão no âmbito das respectivas atribuições.

Porto, 12 de Março de 2008

O Conselho de Administração

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Proposta de aplicação de resultados

28 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

No exercício de 2007, o Banco Português de Investimento, S.A. obteve um lucro de

24 250 903.36 euros.

O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2007, seja distribuído

um dividendo de 21 825 813.02 euros (vinte e um milhões, oitocentos e vinte e cinco mil,

oitocentos e treze euros e dois cêntimos) ao conjunto das 4 000 000 de acções representativas

do capital social em 31 de Dezembro de 2007.

O dividendo proposto representa uma distribuição de resultados correspondente a 90% do lucro

do exercício.

O Banco Português de Investimento, S.A. deverá, nos termos do n.º 1 do artigo 97 do Regime

Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), destinar 10% dos lucros

líquidos à formação de reserva legal.

Assim, e em conformidade com o n.º 1 do artigo 19 dos Estatutos do Banco, propõe-se que o

lucro do exercício de 2007 tenha a seguinte aplicação:

Para reserva legal (artigo 97, n.º 1 do RGICSF) 2 425 090.34 euros

Para dividendos 21 825 813.02 euros

Total 24 250 903.36 euros

Porto, 12 de Março de 2008

O Conselho de Administração

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Demonstrações financeiras

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BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

30 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

As notas anexas fazem parte integrante destes balanços.

(Montantes expressos em milhares de euros)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

31 Dez. 06

Valor líquido

Valor liquído

31 Dez. 07

Valor antes de imparidade eamortizações

Notas Provisões,imparidade eamortizações

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3.1 191 191 22 817

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.2 47 019 47 019 43 910

Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 3.3 / 3.4 146 262 146 262 201 999

Activos financeiros disponíveis para venda 3.5 21 040 221 20 819 15 098

Aplicações em instituições de crédito 3.6 2 036 654 9 2 036 645 1 331 853

Crédito a clientes 3.7 184 786 1 705 183 081 151 735

Derivados de cobertura 3.4 952 952 18 135

Outros activos tangíveis 3.8 24 100 21 186 2 914 3 617

Activos intangíveis 3.9 3 136 3 121 15 47

Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 3.10 2 230 2 230 2 230

Activos por impostos 3.11 501 501 569

Outros activos 3.12 / 3.21 57 741 582 57 159 55 470

Total do activo 2 524 612 26 824 2 497 788 1 847 480

PASSIVO

Passivos financeiros detidos para negociação 3.13 / 3.4 12 727 10 070

Recursos de outras instituições de crédito 3.14 112 479 416 415

Recursos de clientes e outros empréstimos 3.15 2 200 695 1 248 403

Responsabilidades representadas por títulos 3.16 302 352

Derivados de cobertura 3.4 20 177

Provisões 3.17 2 973 2 007

Passivos por impostos 3.18 3 021 4 538

Passivos subordinados 3.19 35 384 35 308

Outros passivos 3.20 50 640 57 384

Total do passivo 2 418 241 1 774 654

CAPITAIS PRÓPRIOSCapital 3.22 20 000 20 000

Outros instrumentos de capital 3.23 757 (164)

Reservas de reavaliação 3.24 565 619

Outras reservas e resultados transitados 3.25 33 974 32 686

Resultado líquido 24 251 19 685

Total dos capitais próprios 79 547 72 826

Total do passivo e dos capitais próprios 2 497 788 1 847 480

RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAISGarantias prestadas e outros passivos eventuais 3.26 38 032 45 639

Dos quais:

[Garantias e avales] [35 913] [36 685]

Compromissos 3.26 46 064 16 423

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Demonstrações financeiras 31

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em milhares de euros)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

31 Dez. 0631 Dez. 07Notas

Juros e rendimentos similares 106 432 82 178

Juros e encargos similares (103 315) (79 371)

Margem financeira estrita 3.27 3 117 2 807

Rendimentos de instrumentos de capital 3.28 310 154

Margem financeira 3 427 2 961

Comissões recebidas 53 317 37 870

Comissões pagas (5 013) (4 210)

Outros proveitos líquidos 32 33

Comissões líquidas 3.29 48 336 33 693

Ganhos e perdas em operações ao justo valor 8 144 12 198

Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda (27) 3 375

Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões 3.21 (22) (68)

Resultados em operações financeiras 3.30 8 095 15 505

Rendimentos e receitas operacionais 288 801

Encargos e gastos operacionais (165) (94)

Outros impostos (395) (391)

Rendimentos e encargos operacionais 3.31 (272) 316

Produto bancário 59 586 52 475

Custos com pessoal 3.32 (17 124) (16 516)

Gastos gerais administrativos 3.33 (7 293) (6 882)

Depreciações e amortizações 3.8 / 3.9 (820) (1 003)

Custos de estrutura (25 237) (24 401)

Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias 3.17 (789) (409)

Imparidade e outras provisões líquidas 3.17 (437) (277)

Resultado antes de impostos 33 123 27 388

Impostos sobre lucros 3.34 (8 872) (7 703)

Resultado líquido 24 251 19 685

Resultado por acção (euros)Básico 1.213 0.984

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.

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DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

32 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Reservas dereavaliação

Outros instrumentosde capital

Capital

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 20 000 285 1 961

Dividendos distribuídos em 2006

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2005

Remuneração variável em acções (RVA) (449)

Amortização do impacto do IAS 19 nos termos do Aviso n.º 4 / 2005 (nota 3.12)

Valor antes de impostos

Impostos sobre lucros

Reavaliação de activos disponíveis para venda (1 342)

Resultado gerado no exercício de 2006

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 20 000 (164) 619

Dividendos distribuídos em 2007

Incorporação em reservas do resultado líquido de 2006

Remuneração variável em acções (RVA) 921

Amortização do impacto do IAS 19 nos termos do Aviso n.º 4 / 2005 (nota 3.12)

Valor antes de impostos

Impostos sobre lucros

Reavaliação de activos disponíveis para venda (54)

Resultado gerado no exercício de 2007

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 20 000 757 565

O Técnico Oficial de Contas

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Demonstrações financeiras 33

Capitais próprios

Resultado doexercício

TotalOutrasReserva legal

Outras reservas e resultados transitados

2 951 23 155 26 106 13 252 61 604

(6 000) (6 000)

1 325 5 927 7 252 (7 252)

(449)

(914) (914) (914)

242 242 242

(1 342)

19 685 19 685

4 276 28 410 32 686 19 685 72 826

(17 716) (17 716)

1 969 1 969 (1 969)

921

(914) (914) (914)

233 233 233

(54)

24 251 24 251

6 245 27 729 33 974 24 251 79 547

O Conselho de Administração

(Montantes expressos em milhares de euros)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

34 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

31 Dez. 0631 Dez. 07

Actividades operacionaisJuros, comissões e outros proveitos recebidos 150 795 119 123

Juros, comissões e outros custos pagos (107 179) (80 741)

Pagamentos a empregados e fornecedores (24 791) (20 574)

Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos 18 825 17 808

Diminuições (aumentos) em:

Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda 58 082 (30 125)

Aplicações em instituições de crédito (697 794) 586 637

Créditos a clientes (31 203) (28 871)

Outros activos 11 420 42 829

Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais (659 495) 570 470

Aumentos (diminuições) em:

Recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito (296 178) 46 441

Recursos de clientes 945 977 (608 746)

Passivos financeiros de negociação 2 657 5 999

Outros passivos 1 007 377

Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais 653 463 (555 929)

Contribuições para Fundos de Pensões (2 759) (3 083)

Pagamento de impostos sobre lucros (10 320) (6 661)

(286) 22 605

Actividades de investimentoAquisições de outros activos tangíveis e intangíveis (85) (52)

Vendas de activos intangíveis 1

Dividendos recebidos e outros proveitos 310 154

225 103

Actividades de financiamentoAmortizações de dívida títulada (53) (55)

Juros de dívida titulada e subordinada (1 735) (1 295)

Distribuição de dividendos (17 716) (6 000)

(19 504) (7 350)

Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes (19 565) 15 358

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 66 685 51 327

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 47 120 66 685

(Montantes expressos em milhares de euros)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.

O Técnico Oficial de Contas

Carlos Manuel Rocha Santos

O Conselho de Administração

Presidente Fernando Ulrich

Vice-Presidente António Domingues

Vogais Manuel Ferreira da SilvaAlexandre Lucena ValeCarlos Jaime CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Oliveira CostaJosé Miguel Morais Alves

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Notas às demonstrações financeiras

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Notas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

36 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

(Montantes expressos em milhares de euros – m. euros – excepto quando expressamente indicada outra unidade)

O Banco Português de Investimento, S.A. (BPI Investimentos ou

Banco) é um banco integrado num Grupo Financeiro – o Grupo

BPI – liderado pelo Banco BPI, S.A. O BPI Investimentos foi

constituído em 1995 para exercer a actividade própria da banca

de investimento do Grupo BPI.

Anteriormente a 30 de Novembro de 1995, a actividade própria

da banca de investimentos do Grupo BPI era exercida pela

holding do Grupo. Esta sociedade foi o primeiro banco de

investimento privado criado após a reabertura do exercício da

actividade bancária à iniciativa privada em 1984, a qual havia

resultado da transformação em banco de investimento, por

escritura pública de Dezembro de 1984, da SPI – Sociedade

Portuguesa de Investimentos, S.A.R.L. cuja actividade tinha sido

iniciada em 1981.

As participações detidas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

pelo BPI Investimentos em empresas filiais e associadas são

apresentadas na nota 3.10.

Em 2007, o Banco Português de Investimento passou a deter

uma participação de 50% no agrupamento complementar de

empresas – Ulissipair ACE (nota 3.10).

1. O BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO

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Demonstrações financeiras | Notas 37

A) BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras do BPI Investimentos foram

preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas

(NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso n.º 1 /

2005, de 21 de Fevereiro e definidas nas Instruções n.º 9 / 2005

e n.º 23 / 2004, na sequência da competência que lhe foi

atribuída pelo n.º 1 do artigo 115 do Regime Geral das

Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

As Normas de Contabilidade Ajustadas correspondem em geral

às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS / IFRS)

adoptadas pela União Europeia, excepto quanto às seguintes

matérias:

� a carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de

provisões para riscos específicos e para riscos gerais de

crédito, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95,

de 30 de Junho com as alterações introduzidas pelo Aviso do

Banco de Portugal n.º 3 / 2005, de 21 de Fevereiro;

� o acréscimo das responsabilidades por pensões de reforma

resultante da aplicação do IAS 19 com referência a 31 de

Dezembro de 2004 está a ser reconhecido em resultados

transitados, através de um plano de prestações uniformes até

31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte relativa a

responsabilidades por cuidados médicos pós-emprego e

alteração dos pressupostos relativos à tábua de mortalidade

para as quais o prazo se estende até Dezembro de 2011,

conforme definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005,

de 21 de Fevereiro.

B) PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às

demonstrações financeiras do BPI Investimentos.

2.1. Empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

(IAS 27 e IAS 28)

O BPI Investimentos detém participações financeiras em

empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos. São

consideradas empresas filiais aquelas em que o BPI

Investimentos ou o Grupo BPI detém o controlo ou o poder para

gerir as políticas financeiras e operacionais da empresa.

Empresas associadas são aquelas em que o Banco ou o Grupo

BPI exerce, directa ou indirectamente, uma influência

significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas

não detém o controlo da empresa. Como regra geral, presume-se

que existe influência significativa quando a participação de

capital é superior a 20%. Empreendimento conjunto é uma

actividade empreendida por duas ou mais empresas, sujeita a

controlo conjunto destas mediante um acordo contratual.

Nas demonstrações financeiras do BPI Investimentos, as

empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos são

valorizadas ao custo histórico.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda

estrangeira (itens não monetários valorizados ao custo histórico)

são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da

transacção, conforme previsto no IAS 21.

Os dividendos de empresas filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos são reconhecidos nos resultados do

BPI Investimentos na data em que são atribuídos ou recebidos.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por

imparidade é reconhecida em resultados.

Nos termos do IAS 27, o BPI Investimentos está dispensado de

elaborar demonstrações financeiras consolidadas por o Banco

BPI, S.A. (detentor da totalidade do seu capital social)

apresentar contas consolidadas, nas quais são incluídas as

demonstrações financeiras do Banco e das suas filiais e por o

Banco não dispor de valores mobiliários admitidos à negociação

em bolsa de valores com referência a 31 de Dezembro de 2007

e 2006.

2.2. Activos e passivos financeiros (IAS 32 e IAS 39)

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do

BPI Investimentos na data de negociação ou contratação, salvo

se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime

legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações

inerentes aos valores transaccionados se transferem em data

diferente, casos em que será esta última a data relevante.

No momento inicial, os activos e passivos financeiros são

reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção

directamente atribuíveis, excepto para os activos e passivos ao

justo valor através de resultados em que os custos de transacção

são imediatamente reconhecidos em resultados.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

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Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado

activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre

contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em

efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de

uma operação o justo valor é geralmente o valor da transacção.

O justo valor é determinado com base em:

� preços de um mercado activo, ou

� métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado

activo), que tenham subjacente:

– cálculos matemáticos baseados em teorias financeiras

reconhecidas; ou,

– preços calculados com base em activos ou passivos

semelhantes transaccionados em mercados activos ou com

base em estimativas estatísticas ou outros métodos

quantitativos.

Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se

transacciona de uma forma regular. Em geral, existem preços de

mercado para títulos e derivados (futuros e opções) negociados

em bolsa.

2.2.1. Activos financeiros de negociação e ao justo valor através

de resultados e passivos financeiros de negociação

Estas rubricas incluem:

� títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, incluindo posições

longas (títulos comprados) ou curtas (títulos vendidos a

descoberto), e derivados adquiridos pelo BPI Investimentos

para venda ou recompra num prazo muito próximo;

� títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos e em que o Banco tenha

optado, na data de escrituração, por registar e avaliar ao justo

valor através de resultados.

A avaliação destes activos e passivos é efectuada diariamente

com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos

de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante dos

juros corridos e não cobrados.

Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são

reconhecidos em resultados.

2.2.2. Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica inclui:

� títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados

como carteira de negociação nem como carteira de crédito;

� títulos de rendimento variável disponíveis para venda;

Os activos classificados como disponíveis para venda são

avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de

capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo

valor não pode ser fiavelmente mensurado ou estimado, que

permanecem registados ao custo.

Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor de

activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos

directamente nos capitais próprios na rubrica RESERVAS DE

REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR, excepto no caso de perdas por

imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos

monetários, até que o activo seja vendido, momento em que o

ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é

registado em resultados.

Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento

fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo

com o método da taxa efectiva.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no

caso das acções) são registados em resultados, na data em que

são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no

exercício em que é deliberada a sua distribuição.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de

diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou

de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na

reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital

próprio e reconhecida nos resultados.

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento

fixo são revertidas através de resultados, se houver uma

alteração positiva no justo valor do título resultante de um

evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas

por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não

podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha

sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de

justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

38 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Page 39: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos

de capital) classificados na carteira de activos disponíveis para

venda são registadas em reservas de reavaliação por diferenças

cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são

registadas em resultados.

2.2.3. Créditos e outros valores a receber

O crédito e valores a receber abrange os créditos concedidos

pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, que não sejam

transaccionados num mercado activo e para os quais não haja

intenção de venda.

Os empréstimos e créditos titulados transaccionados num

mercado activo são classificados como activos financeiros

disponíveis para venda.

No momento inicial os créditos e valores a receber são

registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento

inicial corresponde ao valor de transacção e inclui comissões,

taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de

crédito.

Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são

valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de

juro efectiva e sujeitos à constituição de provisões.

Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a

operações de crédito são periodificados ao longo da vida das

operações, independentemente do momento em que são

cobrados ou pagos.

O Banco classifica em crédito vencido as prestações vencidas de

capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu

vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas

vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas).

O BPI procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) das

operações que considera irrecuperáveis e cujas provisões (de

acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA)

estabelecidas pelo Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal)

estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior

ao do abate.

Reportes

Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados

na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na

data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor

de juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na

carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos

recebidos são registados, na data de liquidação, em conta

própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos

irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo

valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros

proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida

das operações.

Provisões para crédito e garantias

A carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de

provisões nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95,

de 30 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso do

Banco de Portugal n.º 3 / 2005, de 21 de Fevereiro,

nomeadamente para:

� risco específico de crédito – crédito vencido e crédito de

cobrança duvidosa;

� riscos gerais de crédito;

� risco-país.

As provisões para risco específico de crédito são constituídas

para crédito e juros vencidos (incluindo crédito titulado) e para

outros créditos de cobrança duvidosa e destinam-se a fazer face

aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de

capital ou juros vencidos não regularizados dependendo de

eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente

em função do tempo decorrido desde a entrada em

incumprimento.

As provisões para outros créditos de cobrança duvidosa

destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança das

prestações vincendas relativas a créditos daquela natureza não

vencidos. São considerados nesta situação:

a) as prestações vincendas de uma mesma operação de crédito

em que se verifique, relativamente às respectivas prestações

em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes

condições:

(i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros

vencidos;

Demonstrações financeiras | Notas 39

Page 40: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

(ii) estarem em incumprimento há mais de:

� seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

� doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5

e inferior a 10 anos;

� vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou

superior a 10 anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos

apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo

provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito

vencido dessas operações.

b) os créditos vincendos sobre um mesmo Cliente se, de acordo

com a sua reclassificação prevista na alínea anterior, o crédito

e juros vencidos de todas as operações relativamente a esse

Cliente, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros

vencidos. Estes créditos são provisionados com base na

aplicação de metade das taxas de provisionamento aplicáveis

aos créditos vencidos.

As provisões para riscos gerais de crédito correspondem a 1.5%

do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade

não determinada, a 0.5% do crédito garantido por hipoteca

sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária, em

ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do

mutuário, e a 1% do restante crédito concedido, incluindo o

representado por aceites, garantias e outros instrumentos de

natureza análoga.

Nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro

de 2003, o reforço líquido desta provisão deixou de ser aceite

como custo fiscal. Adicionalmente, nos termos da legislação

fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2001, quando se

verifique a reposição de provisões para riscos gerais de crédito,

são consideradas proveitos do exercício, em primeiro lugar,

aquelas que tenham sido custo fiscal no exercício da respectiva

constituição.

Nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro

de 2007, o reforço das provisões para crédito vencido e crédito

de cobrança duvidosa com garantia real hipotecária deixou de

ser aceite como custo fiscal. O saldo existente em 31 de

Dezembro de 2006 destas provisões será tributado na medida

em que forem efectuados reforços para as provisões para crédito

vencido e crédito de cobrança duvidosa sem garantia real e para

as provisões para risco-país de crédito ao exterior.

As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao

risco imputado aos activos financeiros e elementos

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de

risco. O regime de constituição destas provisões é o que está

previsto na Instrução do Banco de Portugal n.º 94 / 96,

publicada no Boletim de Normas e Informações n.º 1, de 17 de

Junho de 1996, e em Carta do Banco de Portugal sob referência

46 / 07 / DSBDR, de 22 de Junho de 2007.

2.2.4. Depósitos e outros recursos

Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos

financeiros de Clientes e Instituições de Crédito são valorizados

ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro

efectiva.

Os recursos financeiros de instituições de crédito designados

como passivos cobertos são valorizados conforme descrito na

nota 2.2.6. CONTABILIDADE DE COBERTURA – DERIVADOS E

INSTRUMENTOS COBERTOS.

2.2.5. Dívida titulada emitida pelo Banco

As emissões de obrigações e de certificados de depósito do

Banco estão registadas nas rubricas PASSIVOS SUBORDINADOS e

RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS.

Na data de emissão as obrigações e certificados de depósito são

relevados pelo justo valor (valor de emissão), incluindo despesas

e comissões de transacção, sendo posteriormente valorizados ao

custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva.

2.2.6. Contabilidade de cobertura – derivados e instrumentos

cobertos

O BPI Investimentos realiza operações derivadas no âmbito da

sua actividade, gerindo posições próprias com base em

expectativas de evolução dos mercados (negociação),

satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo

posições de natureza estrutural (cobertura).

Todos os instrumentos derivados são registados ao justo valor e

as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

As transacções de derivados financeiros, sob a forma de

contratos sobre taxas de câmbio, sobre taxas de juro, sobre

acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma

combinação destes subjacentes são efectuadas em mercados de

balcão (OTC – Over-The-Counter) e em mercados organizados

(especialmente bolsas de valores). A maioria dos derivados fora

de bolsa, swaps, forwards e opções normalizadas são

transaccionados em mercados activos, sendo a respectiva

avaliação calculada com base em métodos geralmente aceites

40 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Page 41: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

(actualização de fluxos de caixa, modelo Black-Scholes, etc.) e

preços de mercado para activos similares. O valor obtido é

ajustado em função da liquidez e do risco de crédito.

Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais

pelo seu valor teórico (valor nocional), excepto os futuros cujo

registo em contas extrapatrimoniais é efectuado pelo valor de

mercado actualizado diariamente.

Contabilidade de cobertura

O BPI Investimentos realiza operações de derivados de cobertura

de riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio (operações de

cobertura de justo valor), para cobertura de passivos financeiros

individualmente identificados (recursos de outras instituições de

crédito).

O BPI Investimentos dispõe de documentação formal da relação

de cobertura identificando, aquando da transacção inicial, o

instrumento (ou parte do instrumento, ou parte do risco) que

está a ser coberto, a estratégia e tipo de risco coberto, o

derivado de cobertura e os métodos utilizados para demonstrar a

eficácia da cobertura.

Mensalmente o Banco testa a eficácia das coberturas,

comparando a variação do justo valor do instrumento coberto,

atribuível ao risco coberto, com a variação do justo valor do

derivado de cobertura, devendo a relação entre ambos situar-se

num intervalo entre 80% e 125%.

Os ganhos e perdas resultantes da reavaliação de derivados de

cobertura são registados em resultados. Os ganhos e perdas na

variação do justo valor de passivos financeiros cobertos,

correspondentes ao risco coberto, são também reconhecidos em

resultados, por contrapartida do valor de balanço dos passivos

cobertos, dado que se tratam de operações ao custo amortizado

(recursos de outras instituições de crédito).

Um activo ou passivo coberto pode ter apenas uma parte ou uma

componente do justo valor coberta (risco de taxa de juro, risco

de câmbio ou risco de crédito), desde que a eficácia da

cobertura possa ser avaliada, separadamente.

Caso a relação de cobertura deixe de existir, por a variação

relativa no justo valor dos derivados e dos instrumentos cobertos

se encontrar fora daquele intervalo, os derivados são

reclassificados para negociação e o valor da reavaliação dos

instrumentos cobertos é reconhecido em resultados durante o

prazo remanescente da operação.

Os testes à eficácia das coberturas são devidamente

documentados em cada final de mês, assegurando-se a

existência de comprovativos durante a vida das operações

cobertas.

2.2.7 Activos e passivos financeiros em moeda estrangeira

Os activos e passivos financeiros em moeda estrangeira são

registados segundo o sistema multi-currency, isto é, nas

respectivas moedas de denominação.

A conversão para euros dos activos e passivos expressos em

moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio oficial de

divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são

convertidos para euros ao câmbio do dia em que são

reconhecidos.

Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito

que as operações têm sobre a posição cambial:

Posição à vista

A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos

activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das

operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo

que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição

cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de

divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de

Portugal, por contrapartida de contas de custos ou proveitos.

Posição a prazo

A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das

operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que

se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos

relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a

prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo

com base nas taxas de juro das respectivas moedas para o prazo

residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores

em euros às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os

contravalores em euros às taxas contratadas representam o custo

ou o proveito da reavaliação da posição cambial a prazo, sendo

registadas por contrapartida de contas de custos ou proveitos.

2.3. Activos tangíveis (IAS 16)

Os activos tangíveis utilizados pelo Banco para o

desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente

relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente

atribuíveis) deduzido de amortizações acumuladas e perdas por

imparidades.

Demonstrações financeiras | Notas 41

Page 42: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base

sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem,

correspondente ao período em que se espera que o activo esteja

disponível para uso:

As despesas de investimento em obras não passíveis de

recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade

do Banco, são amortizadas em prazo compatível com o da sua

utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos

pelo BPI Investimentos até 1 de Janeiro de 2004 foram

registados pelo valor contabilístico na data de transição para as

NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações

efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices

gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do

aumento das amortizações que resultou dessas reavaliações não

é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os

correspondentes impostos diferidos passivos.

2.4. Activos intangíveis (IAS 38)

O Banco regista nesta rubrica as despesas da fase de

desenvolvimento de projectos implementados e a implementar,

bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos

quando o impacto esperado se repercuta para além do exercício

em que são realizados.

Os activos intangíveis são amortizados pelo método das quotas

anuais constantes e por duodécimos, ao longo do período de

vida útil estimado do bem o qual, em geral, corresponde a um

período de três anos.

Até à presente data, o Banco não reconheceu quaisquer activos

intangíveis gerados internamente.

2.5. Pensões de reforma e de sobrevivência (IAS 19)

A generalidade dos Colaboradores do BPI Investimentos não está

abrangida pelo Sistema de Segurança Social. Nos termos do

Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário

Português, o BPI Investimentos assumiu o compromisso de

atribuir aos seus Colaboradores ou às suas famílias prestações

pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de

reforma antecipada ou de sobrevivência (plano de benefícios

definidos). Estas prestações consistem numa percentagem

crescente com o número de anos de serviço do Colaborador,

aplicada aos seus salários.

O BPI Investimentos determina anualmente o valor das

responsabilidades com serviços passados através de cálculos

actuariais pelo método de Project Unit Credit para as

responsabilidades com serviços passados por velhice e método de

“Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo dos benefícios de

invalidez e sobrevivência. Os pressupostos actuariais (financeiros

e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento

dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de

mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto

é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de

empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação

das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente

compatíveis. Em 2006 e 2007, o BPI Investimentos actualizou

os pressupostos actuariais com referência a 30 de Junho e 31 de

Dezembro, os quais se reflectem prospectivamente nos custos

com pensões e na determinação e amortização dos desvios

actuariais que excedem o corredor. O valor das responsabilidades

inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os

benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com

subsídio de morte na reforma.

O BPI Investimentos reconhece o valor acumulado líquido

(após 1 de Janeiro de 2004) dos ganhos e perdas actuariais

resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e

financeiros e de diferenças entre os pressupostos actuariais e

financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, na

rubrica OUTROS ACTIVOS / OUTROS PASSIVOS – desvios actuariais,

conforme aplicável. São enquadráveis no corredor, os ganhos ou

perdas actuariais acumulados que não excedam 10% do valor

das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor

do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os valores que excedem

o corredor são amortizados em resultados pelo período de tempo

médio até à idade esperada de reforma dos Colaboradores

abrangidos pelo plano.

Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos

nas contas do BPI Investimentos em 31 de Dezembro de 2003

foram reconhecidos como custos diferidos e estão a ser

amortizados por contrapartida de resultados transitados pelo

período de 5 anos com início no exercício de 2005.

Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados

decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma

antecipada são integralmente reconhecidos como custo nos

resultados do exercício.

Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados

decorrentes de alterações das condições do Plano de Pensões

42 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Anos de vida útil

Imóveis 20 a 50

Obras em edifícios próprios 10 a 50

Imobilizações não passíveis de recuperação efectuadas em edifícios arrendados 3 a 10

Equipamento 3 a 12

Outras imobilizações corpóreas 3 a 10

Page 43: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

são integralmente reconhecidos como custo no caso de

benefícios adquiridos, ou amortizados durante o período até os

benefícios se tornarem adquiridos. O saldo dos acréscimos de

responsabilidades ainda não relevados como custo está registado

na rubrica OUTROS ACTIVOS.

Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005, o

acréscimo de responsabilidades resultante da aplicação do IAS

19 e os desvios actuariais existentes em 31 de Dezembro de

2004, antes da transição para NCAs (no valor de 4 742

m. euros) foram reconhecidos na rubrica OUTROS ACTIVOS –

DESPESAS COM CUSTO DIFERIDO e estão a ser amortizados em

resultados transitados de acordo com um plano de amortização

de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009 (5 anos,

com início em 2005), com excepção da parte referente a

responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e

alterações de pressupostos actuariais relativos à tábua de

mortalidade para as quais a amortização será efectuada até

31 de Dezembro de 2011 (7 anos, com início em 2005).

A cobertura das responsabilidades com serviços passados

(benefícios pós-emprego) é assegurada por fundos de pensões.

O valor do fundo de pensões corresponde ao justo valor dos seus

activos à data do balanço.

O Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005 determina a

obrigatoriedade do financiamento integral pelo fundo no final de

cada exercício das responsabilidades por pensões em pagamento

e de um nível mínimo de financiamento de 95% das

responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo,

excepto quanto às responsabilidades ainda não amortizadas nos

termos previstos no referido Aviso.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, nas demonstrações

financeiras do BPI Investimentos, o valor das responsabilidades

com serviços passados por pensões de reforma líquido do valor

do fundo de pensões está registado na rubrica OUTROS ACTIVOS.

Os resultados do BPI Investimentos incluem os seguintes custos

relativos a pensões de reforma e sobrevivência:

� custo do serviço corrente (custo do ano);

� custo dos juros da totalidade das responsabilidades;

� rendimento esperado dos fundos de pensões;

� custos com acréscimo de responsabilidades por reformas

antecipadas;

� amortização de desvios actuariais ou de alterações de

pressupostos fora do corredor;

� custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições

do Plano de Pensões.

Os componentes acima indicados são reconhecidos em custos

com pessoal, excepto no que se refere ao custo dos juros da

totalidade das responsabilidades e rendimento esperado dos

Fundos de Pensões que são registados em Resultados em

operações financeiras – Juros, ganhos e perdas financeiras com

pensões.

Na data de transição, o BPI Investimentos adoptou a

possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos

e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção

designada de reset).

2.6. Prémios de antiguidade (IAS 19)

Nos termos do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o

Sector Bancário Português, o BPI Investimentos assumiu o

compromisso de atribuir aos Colaboradores no activo que

completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo

serviço, um prémio de antiguidade de valor igual,

respectivamente, a um, dois ou três meses da sua retribuição

mensal efectiva (no ano da atribuição).

O BPI Investimentos determina anualmente o valor actual dos

benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos

actuariais pelo método de Project Unit Credit. Os pressupostos

actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas

para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de

mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de

desconto é determinada com base em taxas de mercado de

obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao

da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são

mutuamente compatíveis.

As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas

na rubrica OUTROS PASSIVOS.

Os resultados do BPI Investimentos incluem os seguintes custos

relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade:

� custo do serviço corrente (custo do ano);

� custo dos juros;

� ganhos e perdas resultantes de desvios actuariais, de

alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos

benefícios.

Os componentes acima indicados são reconhecidos em custos

com pessoal.

Demonstrações financeiras | Notas 43

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2.7. Remuneração variável em acções – RVA (IFRS 2)

O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um

esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração

variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do

Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou

superior a 2 500 euros é paga em acções representativas do

capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de

compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável

individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%,

sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de

responsabilidade do Administrador ou do Colaborador.

As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o

beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da

atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir

de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no

âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição.

As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o

primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição.

A disponibilização das acções (nos 3 anos subsequentes à

atribuição) e das opções (até 2005, no ano seguinte ao da

atribuição, a partir de 2005, inclusivé, nos 90 dias seguintes ao

da atribuição) está condicionada à permanência dos

Colaboradores no Grupo BPI.

Os custos com o programa de remunerações variáveis em acções

são periodificados em custos com pessoal, em contrapartida da

rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL, conforme definido na

IFRS 2 para programas de share-based payment. O custo das

acções e dos prémios das opções na data de atribuição são

periodificados de forma linear desde o início do ano do programa

(1 de Janeiro) até à respectiva data de disponibilização ao

Colaborador.

O Banco BPI1 assegura directamente a cobertura do Programa

de Remuneração Variável em Acções de Colaboradores das

empresas participadas. Após a atribuição anual do RVA, o BPI

Investimentos paga ao Banco BPI, o valor global das

remunerações variáveis em acções e opções desse programa.

O valor das acções e opções já atribuídas aos Colaboradores

(e liquidadas ao Banco BPI) mas ainda não disponibilizadas está

reconhecido nos capitais próprios na rubrica – OUTROS

INSTRUMENTOS DE CAPITAL.

2.8. Provisões para outros riscos e encargos (IAS 37)

Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a

outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais,

processos judiciais e outras perdas decorrentes da actividade do

BPI Investimentos.

2.9. Impostos sobre os lucros (IAS 12)

O BPI Investimentos está sujeito ao regime fiscal consignado no

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e

no Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de

imposto legalmente em vigor, nos países onde o Banco tem

presença, para o período a que se reportam os resultados.

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor

do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante

de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo

no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais

reportáveis e os créditos fiscais são também registados como

impostos diferidos activos.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante

em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros

que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis.

Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com

base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se

prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo.

Os impostos correntes e os impostos diferidos são relevados em

resultados excepto os que se relacionam com valores registados

directamente em capitais próprios (nomeadamente, mais e

menos valias potenciais em títulos disponíveis para venda).

O BPI Investimentos não reconhece impostos diferidos activos

ou passivos para as diferenças temporárias tributáveis associadas

a investimentos em empresas filiais e associadas, por não ser

expectável a sua venda no futuro previsível.

Os lucros distribuídos ao BPI Investimentos por empresas filiais

e associadas localizadas em Portugal não são tributados na

esfera deste em resultado da aplicação do regime previsto no

artigo 46.º do CIRC que prevê a eliminação da dupla tributação

económica dos lucros distribuídos.

44 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

1) O Banco BPI detém 100% do capital do BPI Investimentos.

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2.10. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação

das políticas contabilísticas

Na elaboração das demonstrações financeiras do BPI

Investimentos são utilizadas estimativas e valores futuros

esperados, nomeadamente nas seguintes áreas:

Pensões de reforma e sobrevivência

As responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência são

estimadas com base em tábuas actuariais e pressupostos de

crescimento das pensões e dos salários. Estes pressupostos são

baseados nas expectativas do BPI Investimentos para o período

durante o qual serão liquidadas as responsabilidades.

Justo valor de derivados e activos financeiros não cotados

O justo valor dos derivados e activos financeiros não cotados foi

estimado com base em métodos de avaliação e teorias

financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos

utilizados.

A situação conjuntural dos mercados financeiros, nomeadamente

em termos de liquidez, pode influenciar o valor de realização

destes instrumentos financeiros em algumas situações

específicas, incluindo a alienação antes da respectiva

maturidade.

Impostos sobre lucros

A partir de 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras

do BPI Investimentos passaram a ser preparadas de acordo com

as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo

Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal. O cálculo dos impostos

correntes e diferidos relativos a alguns impactos da transição

para as novas regras contabilísticas foram baseadas em

pressupostos, os quais podem ou não vir a ser confirmados pelas

autoridades fiscais no futuro.

O reconhecimento de impostos diferidos activos pressupõe a

existência de resultados e matéria colectável futura.

Os impostos diferidos activos e passivos foram determinados

com base na legislação fiscal actualmente em vigor para o BPI

Investimentos ou em legislação já publicada para aplicação

futura. Diferentes interpretações da legislação fiscal podem

influenciar o valor dos impostos sobre lucros.

Demonstrações financeiras | Notas 45

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46 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3. NOTAS

3.1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO

BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos constituídos para satisfazer

as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema

Europeu de Bancos Centrais (SEBC). A partir de 2007,

beneficiando do mecanismo de constituição conjunta de reservas

mínimas, o BPI Investimentos passou a ser representado junto

do Banco de Portugal pelo Banco BPI para cumprimento destas

exigências.

3.2. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.3. Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor

através de resultados

Esta rubrica tem a seguinte composição:31 Dez. 0631 Dez. 07

Caixa 101 82

Depósitos à ordem no Banco de Portugal 22 696

Juros a receber 90 39

191 22 817

31 Dez. 0631 Dez. 07

ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Instrumentos de dívida

Títulos cotados

Obrigações de emissores públicos nacionais

Taxa fixa 1 263 1 257

Obrigações de outros emissores estrangeiros

Dívida não subordinada 2 392

Títulos não cotados

Obrigações de outros emissores nacionais

Dívida não subordinada 23 550

1 263 27 199

Instrumentos de capital

Títulos cotados

De emissores nacionais

Acções 26 219 44 891

De emissores estrangeiros

Acções 103 381 117 614

129 600 162 505

130 863 189 704

INSTRUMENTOS DERIVADOS COM JUSTO VALOR POSITIVO (NOTA 3.4) 15 399 12 295

146 262 201 999

31 Dez. 0631 Dez. 07

Disponibilidades sobre instituições de créditono País

Depósitos à ordem 8 472 5 850

Disponibilidades sobre instituições de créditono estrangeiro

Depósitos à ordem 38 547 38 057

Cheques a cobrar 3

47 019 43 910

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Demonstrações financeiras | Notas 47

Em 31 de Dezembro de 2007, os títulos classificados como activos financeiros detidos para negociação apresentam o seguinte detalhe:

Natureza e espécie dos títulos

Valor de aquisição

Valor de balanço /

justo valor

Mais- -valia

Menos- -valia

Cotação /preço

Nominal

Quantidade Valores unitários

TÍTULOS Instrumentos de dívidaEmitidos por residentesDe dívida pública portuguesa:Obrigações do TesouroOT 3.25% Julho 2004 / 2008 1 250 000 0.01 0.01 1 255 1 263 6

1 255 1 263 6

Instrumentos de capitalEmitidos por residentesAcçõesAltri, SGPS 10 422 0.25 5.33 59 56 3

Banco BPI 284 268 1.00 5.36 1 626 1 524 102

Banco Comercial Português – Nom. 631 186 1.00 2.92 1 867 1 843 24

Banco Espírito Santo – Nom. 190 351 5.00 15.00 2 983 2 855 128

Brisa – Priv. 290 198 1.00 10.05 2 915 2 916 1

Cimpor – Cim.de Portugal – SGPS 237 524 1.00 6.00 1 458 1 425 33

EDP – Energias de Portugal 897 470 1.00 4.47 4 057 4 012 45

Galp-Energia, SGPS – 4.ª fase – Publ. Geral 111 008 1.00 18.39 1 890 2 041 151

Grupo Soares da Costa, SGPS 7 398 1.00 2.07 16 15 1

Impresa – SGPS 258 404 0.50 2.06 551 532 19

Inapa – Investim. Partic. e Gestão 225 360 5.00 0.92 224 207 17

Jerónimo Martins – SGPS 56 770 1.00 5.40 307 307

Mota-Engil-SGPS 17 010 1.00 5.12 90 87 3

Novabase, SGPS 42 000 0.50 3.27 181 137 44

Portucel – N 42 612 1.00 2.23 98 95 3

Portugal Telecom – Nom. 456 308 0.03 8.93 4 195 4 075 120

PT Multimédia, SGPS – NOM. 193 403 0.01 9.55 1 792 1 847 55

REN – Redes Energ. Nac. SGPS 172 096 1.00 3.62 618 623 5

Semapa – Soc. de Inv. e Gestão – SGPS 3 294 1.00 8.77 35 29 6

Sonae.Com., SGPS 86 956 1.00 3.30 335 287 48

Sonae Industria, SGPS 117 938 5.00 6.65 886 784 102

Sonae SGPS 263 004 1.00 1.98 518 522 4

26 701 26 219 216 698

Instrumentos de capitalEmitidos por não residentesAcçõesAbertis Infraestructuras, S.A. 55 654 3.00 22.04 1 238 1 227 11

Acciona S.A. 7 525 1.00 216.85 1 403 1 632 229

ACS, Actividades Construccion y Serv 104 588 0.50 40.65 4 142 4 252 110

Aguas de Barcelona 20 000 1.00 27.53 536 551 15

Altadis 47 000 0.10 49.71 2 341 2 456 115

Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Eur 0.49 517 986 0.49 16.76 8 872 8 681 191

Banco Pastor 65 000 0.33 10.66 706 693 13

Banco Popular Espanol 85 875 0.10 11.70 1 095 1 005 90

Banco Popular Espanol (Madrid) 410 925 0.10 11.70 4 857 4 808 49

Banco Sabadel 92 000 0.50 7.41 714 682 32

Banco Santander Central Hispano (BVLP)-N 206 732 0.50 14.79 2 694 3 058 364

Banco Santander Central Hispano (Madrid) 139 168 0.50 14.79 1 994 2 058 64

Corp Dermoestetica 24 825 0.10 7.33 200 182 18

Criteria Caixa Corporation 100 000 1.00 5.17 517 517

Enagas 87 485 1.50 19.99 1 494 1 749 255

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48 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Instrumentos de capital (cont.)Emitidos por não residentes (cont.)Acções (cont.)Endesa – Empresa Nacional Electricidade 36 000 1.20 36.35 1 297 1 309 12

Espirito Santo Financial Group (BVLP) 18 000 10.00 24.00 470 432 38

Fomento de Construc Y Contr 6 000 1.00 51.40 357 308 49

Gamesa Corp Tecnologia 30 000 0.17 31.98 1 015 959 56

Gas Natural SDG 28 000 1.00 40.02 1 139 1 121 18

Gestevision Telecinco 65 300 0.50 17.51 1 219 1 143 76

Grupo Ferrovial 39 859 1.00 48.12 2 481 1 918 563

Iberdrola 1 053 492 0.75 10.40 9 623 10 956 1 333

Iberia (Linea Era de Espana) 70 000 0.78 3.00 227 210 17

Inditex 60 784 0.15 42.02 2 517 2 554 37

Indra Sistemas 60 0.20 18.58 1 1

La Seda de Barcelona 100 000 1.00 1.72 199 172 27

Natraceutical 250 000 0.10 0.80 215 200 15

Obrascon Huarte Lain 17 000 0.60 23.03 469 392 77

Realia Business S.A. 55 000 0.24 6.50 342 358 16

Repsol YPF 503 412 1.00 24.38 12 631 12 273 358

Sogecable 37 958 2.00 27.40 943 1 040 97

Tavex Algodonera S.A. 253 000 0.92 1.80 756 455 301

Telefonica 1 452 084 1.00 22.22 22 375 32 265 9 890

Union Fenosa 28 661 3.00 46.19 1 273 1 324 51

Viscofan 30 486 0.30 14.48 491 440 51

92 843 103 381 12 588 2 050

Natureza e espécie dos títulos

Valor de aquisição

Valor de balanço /

justo valor

Mais- -valia

Menos- -valia

Cotação /preço

Nominal

Quantidade Valores unitários

3.4. Derivados

A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (nota 3.3 e 3.13) tem a seguinte composição:

31 Dez. 06

Valor de balançoValornocional1

Activos Passivos

31 Dez. 07

Valor de balançoValornocional1

Activos Passivos

Cotados em bolsa

Contratos de taxa de câmbio

Futuros 50 382 429

Contratos de taxa de juro

Futuros 18 204 22 160

Contratos sobre índices e acções

Futuros 161 283 2 309 4 243 952 1 393 1 965

Opções 19 460 2 303

Mercado de balcão

Contratos de taxa de câmbio

Forwards 530 256 3 873 3 503 432 303

Swaps 13 926 4 415 3 360

Contratos de taxa de juro

Swaps 442 410 8 147 8 147 192 174 4 022 4 018

Opções 9 480 194 194 10 000 140 138

Contratos sobre acções

Opções 33 588 876 879

1 177 017 15 399 12 727 980 401 12 295 10 070

1) No caso de swaps e forwards só foram considerados os valores activos.

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O BPI Investimentos realiza operações derivadas no âmbito da

sua actividade, gerindo posições próprias com base em

expectativas de evolução dos mercados (negociação),

satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo

posições de natureza estrutural (cobertura).

O BPI Investimentos transacciona derivados financeiros,

nomeadamente, sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio,

sobre taxas de juro, sobre acções ou índices de acções, sobre a

inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes. Estas

transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC –

Over-The-Counter) e em mercados organizados (especialmente

bolsas de valores).

A negociação de derivados em mercados organizados rege-se

pelas normas e regulamentação própria desses mercados.

A negociação de derivados no mercado de balcão (OTC) baseia-se,

normalmente, num contrato bilateral standard, que engloba o

conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes:

� no caso de relações interprofissionais, um Master Agreement

da ISDA – International Swaps and Derivatives Association;

� no caso de relações com Clientes, um contrato próprio do BPI.

Neste tipo de contratos, prevê-se a compensação de

responsabilidades em caso de incumprimento (compensação

essa, cuja abrangência está prevista no próprio contrato e é

regulada na lei portuguesa e, para contratos com contrapartes

estrangeiras ou feitos sob lei estrangeira, nas jurisdições

relevantes).

O contrato de derivados pode incluir igualmente um acordo de

colateralização do risco de crédito que seja gerado pelas

transacções por ele regidas. De notar que o contrato de

derivados entre duas partes enquadra por norma todas as

transacções em derivados OTC realizadas entre essas duas

partes, sejam estas utilizadas para cobertura ou não.

No âmbito das IAS / IFRS, são igualmente autonomizadas e

contabilizadas como derivados partes de operações,

comummente designadas por “derivados embutidos”, de forma a

reconhecer em resultados o justo valor destas operações.

Todos os derivados (embutidos ou autónomos) são reconhecidos

contabilisticamente pelo seu valor de mercado.

O valor nocional é o valor de referência para efeitos de cálculo

dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela

operação e é registado em contas extrapatrimoniais.

O valor de mercado (fair value) corresponde ao valor que os

derivados teriam se fossem transaccionados no mercado na data

de referência. A evolução do valor de mercado dos derivados é

reconhecida nas contas relevantes do balanço e tem impacto

imediato em resultados.

Diferentemente das operações tradicionais de mútuo em que o

valor de mercado é directamente relacionado com o capital

mutuado, nas operações derivadas o valor de mercado pode:

� ser determinável a partir de preços cotados no mercado (ex.

futuros);

� ser calculado a partir do valor actual dos fluxos futuros (cash

flows), dado o conjunto de taxas de juro relevantes, vigentes no

momento do cálculo (mark to market: ex. swaps) ou,

� determinado por recurso a modelos que procuram determinar o

preço a partir de modelos estatísticos, com base em princípios

geralmente aceites no mercado (mark to model: ex. opções).

A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA COBERTURA tem a seguinte composição:

31 Dez. 06

Valor de balançoValornocional1

Activos Passivos

31 Dez. 07

Valor de balançoValornocional1

Activos Passivos

Mercado de balcão

Contratos de taxa de juro

Swaps 1 791 951 19 44 331 18 125 167

Contratos sobre índices e acções

Opções 1 875 1 36 935 10

Outros2

Opções 2 500 1 52 000 10

6 166 952 20 133 266 18 135 177

1) No caso de swaps e forwards só foram considerados os valores activos.2) Parte de operações que são autonomizadas para efeitos contabilísticos e comummente designadas “derivados embutidos”.

Demonstrações financeiras | Notas 49

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O valor de exposição corresponde à perda potencial, em termos

de valor actual, no caso de incumprimento da contraparte.

No caso de um contrato de derivados em que esteja prevista a

compensação de responsabilidades em caso de incumprimento o

valor de exposição é igual à soma algébrica dos valores de

mercado do conjunto das operações regidas por esse contrato

quando positiva. No caso de operações cujo contrato não preveja

a compensação de responsabilidades, o valor de exposição é

igual à soma dos valores de mercado de cada transacção

individual, quando positivos. A abrangência das cláusulas de

compensação em caso de incumprimento é considerada pelo BPI

Investimentos de forma conservadora, sendo em caso de dúvida

considerado que a compensação não existe.

A perda potencial de um conjunto de operações derivadas num

dado momento é dada pelo seu valor de exposição nesse

momento. No caso dos futuros, as contrapartes do BPI

Investimentos são bolsas de valores pelo que o risco de crédito é

eliminado diariamente através da liquidação financeira. Nas

operações derivadas a médio e longo prazos, os contratos que

enquadram as operações prevêem em geral a compensação entre

saldos devedores e credores com a mesma contraparte, o que

elimina ou reduz o risco de crédito. Com a finalidade de controlar

o risco de crédito em derivados OTC, foram também assinados

alguns acordos pelos quais o Banco recebe da (ou transfere para

a) sua contraparte valores (em divisas ou em títulos) que servem

de garantia ao bom cumprimento das responsabilidades.

Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição do valor nocional por

maturidades residuais é:

50 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

<= 3 meses > 3 meses<= 6 meses

> 6 meses<= 1 ano

> 1 ano <= 5 anos

> 5 anos Total

Contratos negociados em mercado de balcãoContratos sobre taxas de câmbio 231 385 289 036 9 835 530 256

Forwards 231 385 289 036 9 835 530 256

Contratos sobre taxas de juro 1 791 193 871 258 019 453 681

Swaps 1 791 184 391 258 019 444 201

Opções 9 480 9 480

Contratos sobre índices e acções 16 780 16 808 1 875 35 463

Opções 16 780 16 808 1 875 35 463

Outros 2 500 2 500

Opções 2 500 2 500

248 165 305 844 16 001 193 871 258 019 1 021 900

Contratos negociados em mercados organizadosContratos sobre índices e acções 161 283 161 283

Futuros 161 283 161 283

161 283 161 283

409 448 305 844 16 001 193 871 258 019 1 183 183

Page 51: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição das operações

derivadas por categorias de contrapartes é:

Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição do valor nocional por maturidades residuais é:

Demonstrações financeiras | Notas 51

<= 3 meses > 3 meses<= 6 meses

> 6 meses<= 1 ano

> 1 ano <= 5 anos

> 5 anos Total

Contratos negociados em mercado de balcãoContratos sobre taxas de câmbio 443 014 223 2 992 446 229

Forwards 429 088 223 2 992 432 303

Swaps 13 926 13 926

Contratos sobre taxas de juro 8 082 38 457 199 966 246 505

Swaps 8 082 38 457 189 966 236 505

Opções 10 000 10 000

Contratos sobre índices e acções 7 220 27 840 1 875 36 935

Opções 7 220 27 840 1 875 36 935

Outros 10 000 39 500 2 500 52 000

Opções 10 000 39 500 2 500 52 000

451 096 17 443 108 789 204 341 781 669

Contratos negociados em mercados organizadosContratos sobre taxas de câmbio 50 382 50 382

Futuros 50 382 50 382

Contratos sobre taxas de juro 18 204 18 204

Futuros 18 204 18 204

Contratos sobre índices e acções 243 952 19 460 263 412

Futuros 243 952 243 952

Opções 19 460 19 460

312 538 19 460 331 998

763 634 17 443 128 249 204 341 1 113 667

% valornocional

Exposiçãolíquida2

Valornocional1

31 Dez. 07

Mercado de Balcão 1 021 900 9 277 86.4%OTC com instituições financeiras 371 158 8 264 31.4%

OTC com fundos investimento / pensões 4 002 697 0.3%

OTC com empresas 382 029 35 32.3%

OTC com particulares 264 710 281 22.4%

Mercados Regulamentados 161 283 13.6%Bolsas 161 283 13.6%

1 183 183 9 277 100.0%

1 183 183 9 277 100.0%

1) Não inclui derivados embutidos no valor de 2 500 m. euros.2) Valor de exposição líquido de acordos de netting e de prestações de colateral.

Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição das operações

derivadas por categorias de contrapartes é:

% valornocional

Exposiçãolíquida2

Valornocional1

31 Dez. 06

Mercado de Balcão 729 669 14 854 68.7%OTC com instituições financeiras 184 353 14 488 17.4%

OTC com fundos investimento /pensões 104 792 40 9.9%

OTC com empresas 407 942 164 38.4%

OTC com particulares 32 582 162 3.1%

Mercados Regulamentados 331 998 2 371 31.3%Bolsas 331 998 2 371 31.3%

1 061 667 17 225 100.0%

1 061 667 17 225 100.0%

1) Não inclui derivados embutidos no valor de 52 000 m. euros.2) Valor de exposição líquido de acordos de netting e de prestações de colateral.

Page 52: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

52 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é:

31 Dez. 07

Valornocional1

Exposiçãobruta2

Exposição c/ netting3

Exposiçãolíquida4

Transaccionados em mercado de balcão (OTC)AA- 1 875 1 1 1

A+ 379 285 9 054 8 263 8 263

N.R. 640 740 1 443 1 012 1 012

1 021 900 10 498 9 277 9 277

Transaccionados em BolsaFuturos5 161 283

Opções

161 283

1 183 183 10 498 9 277 9 277

Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio e longo prazo atribuídos pelas agências Moody’s, Standard& Poor e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comité de Basileia (quando há ratingsdivergentes escolher o segundo melhor). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno.

1) Não inclui derivados embutidos no valor de 2 500 m. euros.2) Valor de exposição sem considerar acordos de netting nem prestação de colateral.3) Valor de exposição sem considerar prestação de colateral.4) Valor de exposição considerando netting e prestação de colateral.5) A exposição dos futuros é nula, uma vez que são transaccionados em Bolsas de Valores e existe liquidação diária.

Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é:

31 Dez. 06

Valornocional1

Exposiçãobruta2

Exposição c/ netting3

Exposiçãolíquida4

Transaccionados em mercado de balcão (OTC)

AA 73 183 15 318 15 318 11 218

A 111 170 5 732 5 692 3 269

N.R. 545 316 787 367 367

729 669 21 837 21 377 14 854

Transaccionados em Bolsa

Futuros5 312 537

Opções 19 461 2 371 2 371 2 371

331 998 2 371 2 371 2 371

1 061 667 24 208 23 748 17 225

Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio e longo prazo atribuídos pelas agências Moody’s, Standard& Poor e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comité de Basileia (quando há ratingsdivergentes escolher o segundo melhor). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno.

1) Não inclui derivados embutidos no valor de 52 000 m. euros.2) Valor de exposição sem considerar acordos de netting nem prestação de colateral.3) Valor de exposição sem considerar prestação de colateral.4) Valor de exposição considerando netting e prestação de colateral.5) A exposição dos futuros é nula, uma vez que são transaccionados em Bolsas de Valores e existe liquidação diária.

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Demonstrações financeiras | Notas 53

3.5. Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O movimento ocorrido nas imparidades durante os exercícios de

2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Instrumentos de dívida

Títulos cotados

Obrigações de emissores públicos nacionais

Taxa fixa 899 913

Títulos não cotados

Obrigações de outros emissores nacionais

Dívida não subordinada 4 995

899 5 908

Instrumentos de capital

Títulos cotados

Acções de emissores nacionais 315 317

Imparidade (194) (165)

Títulos não cotados

Acções de emissores nacionais 933 933

Acções de emissores estrangeiros 65 65

Imparidade (27) (27)

1 092 1 123

Outros títulos

Títulos cotados

Unidades de participação 13 075 1 458

Títulos não cotados

Unidades de participação 5 753 6 609

18 828 8 067

20 819 15 098

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54 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

TÍTULOS Instrumentos de dívidaEmitidos por residentesDe dívida pública portuguesa:Obrigações do TesouroOT 5.15% Junho 2001 / 2011 850 500 0.01 0.01 921 899 22

921 899 22

Instrumentos de capitalEmitidos por residentesAcçõesBoavista Futebol Clube 21 900 5.00 110 110

Buciqueira – SGPS – Cap. Red. – Em. 2001 8 5.00 1 1

Futebol Clube do Porto 60 000 5.00 2.01 315 121 194

J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. 83 5.00 2 2

SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 68 957 5.00 400 400

Soc. Port. Inovação, Consul. Empres. Fom. Inovação, S.A. 1 500 5.00 7 7

Terologos – Tecnologias de Manutenção – P 7 960 4.99 40 40

Unicre – Cartão Internacional de Crédito 5 882 5.00 373 373

1 248 1 054 194

Direitos s/ operações de capitalOliva – Ind. Metalurgicas – Direitos de redução 100 1.00

OutrosUnidades de participaçãoBPI Selecção (Gestão de Activos) 200 000 5.00 4.98 1 000 996 4

BPI Taxa Variável (Gestão de Activos) 1 297 332 4.99 8.27 10 892 10 729 163

Fundo BPI – América 200 000 0.01 5.14 998 1 028 30

Fundo Caravela 1 400 5 000.00 5 933 5 752 181

18 823 18 505 30 348

Instrumentos de capitalEmitidos por não residentesAcçõesClub Financiero Vigo 1 15 626.31 18 12 6

Nasdaq Europe SA / VN 100 49.96 25 4 21

Swift – Society for Worldwide Inf. Dev 12 125.00 22 22

65 38 27

OutrosUnidades de participaçãoFundo BPI – Europa (Luxemburgo) 23 405 0.01 13.80 171 323 152

171 323 152

21 228 20 819 182 370 221

Natureza e espécie dos títulos

Valor de aquisição

Valor de balanço /

justovalor1

Mais- -valia2

Menos- -valia2

Imparidade

Cotação /preço

Nominal

Quantidade Valores unitários

Em 31 de Dezembro de 2007 esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:

1) Valor líquido de imparidade.2) Valor registado em RESERVAS DE REAVALIAÇÃO (nota 3.24).

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3.6. Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os

exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.

3.7. Créditos a Clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os

exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Aplicações em outras instituições de crédito no País

Depósitos 2 028 225 1 325 642

Operações de compra com acordo de revenda 4 872

Outras aplicações 15 15

Juros a receber 7 901 1 396

2 036 141 1 331 925

Aplicações em outras instituições de crédito no estrangeiro

Outras aplicações 83

83

Receitas com rendimento diferido (59)

2 036 224 1 331 866

Crédito e juros vencidos 430

Provisões para risco país (9) (13)

2 036 645 1 331 853

31 Dez. 0631 Dez. 07

Crédito não tituladoInterno

EmpresasEmpréstimos 50 455 53 130

Descobertos em depósitos à ordem 25 308 10 086

Operações de compra com acordo de revenda 26

Particulares

Habitação 9 229 6 879

Consumo 22 336 18 404

Outros créditos 66 510 58 568

Ao exterior

Empresas

Descobertos em depósitos à ordem 2 170 1 954

Particulares

Habitação 140 54

Consumo 60 14

Outros créditos 4 905 796

Juros a receber 1 765 1 346

182 878 151 257

Crédito e juros vencidos 1 908 2 026

Provisões para crédito (1 705) (1 548)

183 081 151 735

Demonstrações financeiras | Notas 55

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56 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Em 31 de Dezembro de 2007, a estrutura sectorial das carteiras de crédito sobre Clientes e garantias prestadas (nota 3.26) do BPI

Investimentos é a seguinte:

Garantias prestadas2

Valor %

Crédito sobre Clientes1

Valor %

Residentes:

Agricultura, produção animal e caça 1 349 0.8 3

Silvicultura e exploração florestal 949 0.5

Indústrias transformadoras

Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 2 346 1.3 61 0.2

Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão 182 0.5

Indústrias de outros produtos minerais não metálicos 250 0.1

Construção 3 163 1.8

Comércio por grosso e a retalho 4 693 2.6 38 0.1

Alojamento e restauração 625 0.4

Transportes, armazenagem e comunicações 1 292 0.7

Bancos 3 861 2.1 23 977 66.8

Outras instituições financeiras e seguradoras 4 063 2.2

Sociedades gestoras de participações sociais 29 385 16.2

Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas 21 388 11.8 111 0.3

Educação 1 000 0.6

Saúde e acção social 778 0.4 44 0.1

Actividades recreativas, culturais e desportivas 601 0.3

Outras empresas de serviços 4

Particulares

Crédito imobiliário 9 229 5.1

Outros 88 846 49.1 11 497 32.0

Instituições financeiras supranacionais 16

Não residentes:

Instituições financeiras supranacionais 2 170 1.2

Particulares 5 105 2.8

181 113 100.0 35 913 100.0

1) Exclui crédito e juros vencidos e juros a receber.2) Inclui garantias e avales.

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Demonstrações financeiras | Notas 57

Em 31 de Dezembro de 2006, a estrutura sectorial das carteiras de crédito sobre Clientes e garantias prestadas (nota 3.26) do BPI

Investimentos é a seguinte:

Garantias prestadas2

Valor %

Crédito sobre Clientes1

Valor %

Residentes:

Agricultura, produção animal e caça 6 076 4.0 3

Silvicultura e exploração florestal 324 0.2

Indústrias transformadoras

Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 2 207 1.5 61 0.2

Indústrias do couro e dos produtos do couro 500 0.3

Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão 182 0.5

Indústrias de outros produtos minerais não metálicos 250 0.2

Construção 3 279 2.2

Comércio por grosso e a retalho 3 875 2.6 38 0.1

Alojamento e restauração 525 0.4

Transportes, armazenagem e comunicações 448 0.3

Bancos 835 0.6 22 815 62.2

Outras instituições financeiras e seguradoras 2 077 1.4

Sociedades gestoras de participações sociais 18 339 12.2

Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas 20 255 13.5 2 072 5.6

Educação 1 050 0.7

Saúde e acção social 598 0.4 44 0.1

Actividades recreativas, culturais e desportivas 605 0.4

Particulares

Crédito imobiliário 6 879 4.6

Outros 76 972 51.3 11 470 31.3

Instituições financeiras supranacionais 1 954 1.3

Outros sectores 45

Não residentes:

Instituições financeiras supranacionais 1 954 1.3

Empresas não financeiras 864 0.6

149 911 100.0 36 685 100.0

1) Exclui crédito e juros vencidos e juros a receber.2) Inclui garantias e avales.

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58 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.8. Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Valor bruto

Alienações e abates

Transferências e outros

Saldo em 31 Dez. 07

AquisiçõesSaldo em31 Dez. 06

Imóveis em uso

Imóveis de serviço próprio 1 164 1 164

Obras em imóveis arrendados 295 295

1 459 0 0 0 1 459

Equipamento

Mobiliário e material 3 624 12 3 636

Máquinas e ferramentas 683 5 688

Equipamento informático 4 037 30 4 067

Instalações interiores 13 412 38 13 450

Material de transporte 463 (296) 167

Equipamento de segurança 368 368

22 587 85 (296) 0 22 376

Activos tangíveis em curso 0

Outros activos tangíveis 265 265

265 0 0 0 265

24 311 85 (296) 0 24 100

Valor bruto

Alienações e abates

Transferências e outros

Saldo em 31 Dez. 06

AquisiçõesSaldo em31 Dez. 05

Imóveis em uso

Imóveis de serviço próprio 1 164 1 164

Obras em imóveis arrendados 295 295

1 459 0 0 0 1 459

Equipamento

Mobiliário e material 3 622 3 (1) 3 624

Máquinas e ferramentas 680 3 683

Equipamento informático 4 081 36 (88) 8 4 037

Instalações interiores 13 411 1 13 412

Material de transporte 657 (194) 463

Equipamento de segurança 365 3 368

22 816 46 (283) 8 22 587

Activos tangíveis em curso 8 (8) 0

Outros activos tangíveis 265 265

273 0 0 (8) 265

24 548 46 (283) 0 24 311

O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Page 59: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Demonstrações financeiras | Notas 59

Amortizações

Alienações e abates

Saldo em 31 Dez. 07

Amortizações do exercício

Saldo em31 Dez. 06

Valor líquido

Saldo em 31 Dez. 06

Saldo em31 Dez. 07

277 17 294 870 887

253 8 261 34 42

530 25 0 555 904 929

3 335 98 3 433 203 289

643 18 661 27 40

3 906 92 3 998 69 131

11 554 511 12 065 1 385 1 858

429 25 (296) 158 9 34

297 19 316 52 71

20 164 763 (296) 20 631 1 745 2 423

0 0 0

0 265 265

0 0 0 0 265 265

20 694 788 (296) 21 186 2 914 3 617

Amortizações

Alienações e abates

Transferências e outros

Saldo em 31 Dez. 06

Amortizações do exercício

Saldo em31 Dez. 05

Valor líquido

Saldo em 31 Dez. 05

Saldo em31 Dez. 06

260 17 277 887 904

246 7 253 42 49

506 24 0 0 530 929 953

3 219 116 3 335 289 403

619 24 643 40 61

3 857 137 (88) 3 906 131 224

11 027 527 11 554 1 858 2 384

545 77 (193) 429 34 112

278 19 297 71 87

19 545 900 (281) 0 20 164 2 423 3 271

0 0 8

0 0 265 265

0 0 0 0 0 265 273

20 051 924 (281) 0 20 694 3 617 4 497

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60 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.9. Activos intangíveis

O movimento ocorrido nos outros activos intangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

O movimento ocorrido nos outros activos intangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Valor bruto

Transferências e outros

Abates ealienações

Saldo em 31 Dez. 07

AquisiçõesSaldo em31 Dez. 06

Sistema de tratamento automático de dados 3 130 6 3 136

Outros activos intangíveis 27 (27) 0

3 157 0 6 (27) 3 136

Activos intangíveis em curso 6 (6) 0

3 163 0 0 (27) 3 136

Valor bruto

Transferências e outros

Abates ealienações Saldo em

31 Dez. 06

AquisiçõesSaldo em31 Dez. 05

Sistema de tratamento automático de dados 3 111 5 14 3 130

Outros activos intangíveis 199 (172) 27

3 310 5 14 (172) 3 157

Activos intangíveis em curso 19 1 (14) 6

3 329 6 0 (172) 3 163

3.10. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos sob controlo conjunto

Os investimentos em empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntas:

Em 2007, o Banco Português de Investimento passou a deter uma participação de 50% no agrupamento complementar de empresas –

Ulissipair ACE.

Em 31 de Dezembro de 2007, os principais agregados retirados das demonstrações financeiras destas empresas eram os seguintes:

Valor de balanço

31 Dez. 07 31 Dez. 06

Participação efectiva (%)

31 Dez. 07 31 Dez. 06

Investimentos em filiais

BPI Suisse 99.9 99.9 2 020 2 020

Banco de Fomento (Angola), S.A.R.L. 0.007 0.007 2 2

BPI Dealer – Socidedade Financeira de Corretagem (Moçambique) 75.5 75.5 114 114

Empreendimento conjunto

Ulissipair ACE 50.0

Investimentos em associadas

Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 0.3 0.3 94 94

2 230 2 230

Lucro (prejuízo)do exercício

ActivoCapitais própriosSede

BPI Suisse1 Suíça 377 2 501 312

Banco de Fomento (Angola), S.A.R.L.2 Angola 258 548 2 427 157 70 489

BPI Dealer – Socidedade Financeira de Corretagem (Moçambique)3 Moçambique 91 91 9

Ulissipair ACE Portugal 2 190 3 397 2 196

Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L.3 Moçambique 43 691 547 212 12 101

1) Valores resultantes da conversão de francos suíços ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.2) Valores resultantes da conversão de kwanzas ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.3) Valores resultantes da conversão de meticais ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.

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Demonstrações financeiras | Notas 61

Amortizações

Amortizações do exercício

Abates ealienações

Saldo em 31 Dez. 07

Saldo em31 Dez. 06

Valor líquido

Saldo em 31 Dez. 06

Saldo em31 Dez. 07

3 089 32 3 121 15 41

27 (27) 0 0 0

3 116 32 (27) 3 121 15 41

0 6

3 116 32 (27) 3 121 15 47

Amortizações

Amortizações do exercício

Abates ealienações

Saldo em 31 Dez. 06

Saldo em31 Dez. 05

Valor líquido

Saldo em 31 Dez. 05

Saldo em31 Dez. 06

3 013 76 3 089 41 98

196 3 (172) 27 0 3

3 209 79 (172) 3 116 41 101

6 19

3 209 79 (172) 3 116 47 120

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62 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.12. Outros activos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Devedores, outras aplicações e outros activos

Devedores por operações sobre futuros 27 872 40 004

Contas caução 5 141 1 395

IVA a recuperar 4 4

Outros devedores 890 215

Devedores e outras aplicações vencidos 660 615

Imparidade (582) (506)

33 985 41 727

Rendimentos a receber

Outros rendimentos a receber

Por serviços bancários prestados 10 681 8 442

10 681 8 442

Despesas com encargo diferido

Fundos de pensões 2 172 3 085

Seguros 53

Rendas 102 100

Outras despesas com encargo diferido 40 17

2 367 3 202

Responsabilidades com pensões e outros beneficios (nota 3.21)

Valor patrimonial do fundo de pensões

Pensionistas e Colaboradores 18 420 15 465

Administradores 3 449 3 084

Responsabilidades por serviços passados

Pensionistas e Colaboradores (18 081) (14 496)

Administradores (3 452) (3 083)

Desvios actuariais

Colaboradores 3 279 1 067

Administradores (616) (498)

Alterações das condições do Plano de Pensões por amortizar

Colaboradores (6)

Administradores 20 26

3 019 1 559

Outras contas de regularização

Operações sobre valores mobiliários a regularizar – operações de bolsa 7 017

Operações activas a regularizar 90 32

Outras operações a regularizar 508

7 107 540

57 159 55 470

3.11. Activos por impostos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

A análise da rubrica ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada

na nota 3.34.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Activos por impostos correntes

IRC a recuperar 149

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 501 420

501 569

Os valores registados em DESPESAS COM ENCARGO DIFERIDO – FUNDO

DE PENSÕES estão relacionados com o impacto da introdução do

IAS 19, o qual está a ser amortizado por contrapartida de

Resultados Transitados pelo período de 5 anos com início no

exercício de 2005, conforme previsto pelos Avisos 4 / 2005, de

28 de Fevereiro e 12 / 2005, de 30 de Dezembro do Banco de

Portugal, excepto no que respeita aos benefícios de saúde e

alteração de pressupostos relativos à tábua de mortalidade cujo

período de diferimento termina em Dezembro de 2011 (nota

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Demonstrações financeiras | Notas 63

2.5). No BPI Investimentos, o total do acréscimo de

responsabilidades de Colaboradores sujeito a diferimento

ascende a 4 742 m. euros, dos quais 1 205 m. euros têm um

prazo de diferimento de 7 anos e 3 537 m. euros de 5 anos.

O total do acréscimo de responsabilidades de Administradores

sujeito a diferimento ascende a 171 m. euros e tem um prazo

de diferimento de 5 anos.

O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os

exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.

3.13. Passivos financeiros detidos para negociação

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.14. Recursos de outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.15. Recursos de Clientes e outros empréstimos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Instrumentos derivados com justo valor negativo (nota 3.4) 12 727 10 070

12 727 10 070

2010200920082007200620052004Responsabilidades com pensões a diferir – Impacto do IAS 19

Responsabilidades de Colaboradores

SAMS e Tábua de mortalidade 1 205 1 033 860 689 516 344 172

Outras responsabilidades 3 537 2 829 2 122 1 415 707

4 742 3 862 2 982 2 104 1 223 344 172

Responsabilidades de Administradores 171 137 103 68 34

4 913 3 999 3 085 2 172 1 257 344 172

31 Dez. 0631 Dez. 07

Recursos de instituições de crédito no País

Depósitos 101 227 356 321

Operações de venda com acordo de recompra 3 117 1 355

Outros recursos 2 427

Juros a pagar 1 046 8 795

105 390 368 898

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

Depósitos de organismos financeiros internacionais 33

Depósitos 4 828 23 382

Margem para cobertura de derivados 6 524

Outros recursos 2 218 17 304

Juros a pagar 3 6

7 082 47 216

Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura 21 309

Despesas com encargo diferido (14) (8)

112 479 416 415

31 Dez. 0631 Dez. 07

Depósitos à ordem 937 405 600 184

Depósitos a prazo 1 241 780 632 471

Depósitos de poupança 2 964 3 367

Depósitos obrigatórios 2 440 2 195

Cheques e ordens a pagar 2 446 2 840

2 187 035 1 241 057

Juros a pagar 13 660 7 346

2 200 695 1 248 403

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64 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.16. Responsabilidades representadas por títulos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 06

Saldo Taxa de juromédia

Emissões

31 Dez. 07

Saldo Taxa de juromédia

Emissões

Certificados de Depósito

EUR 257 257 3.8% 309 309 3.7%

257 257 309 309

Juros a pagar 45 43

302 352

Os certificados de depósito são remunerados a uma taxa fixa.

Em 31 de Dezembro de 2007, os certificados de depósito emitidos pelo BPI Investimentos apresentam a seguinte composição por

maturidade contratual:

Em 31 de Dezembro de 2006, os certificados de depósito emitidos pelo BPI Investimentos apresentam a seguinte composição por

maturidade contratual:

Total2012-20152011201020092008

Certificados de Depósito

EUR 51 49 47 45 65 257

Maturidade

Total2012-201520112010200920082007

Certificados de Depósito

EUR 53 51 49 47 45 64 309

Maturidade

3.17. Provisões e imparidades

O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do BPI Investimentos durante o exercício de 2007 foi o seguinte:

Saldo em 31 Dez. 07

Utilizaçõese outros

Reposições /Reversões

AumentosSaldo em 31 Dez. 06

Aplicações em instituições de crédito 13 (4) 9

Provisões para risco país (nota 3.6) 13 (4) 9

Crédito a Clientes (nota 3.7) 1 548 165 (8) 1 705

Provisões para cobrança duvidosa 9 (8) 1

Provisões para crédito vencido 1 539 165 1 704

Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5) 192 29 221

Instrumentos de capital 192 29 221

Outros activos 506 78 (2) 582

Provisões para crédito vencido (nota 3.12) 506 78 (2) 582

Outras provisões 2 007 966 2 973

Provisões para riscos gerais de crédito

Crédito concedido 1 538 357 1 895

Crédito por assinatura 282 275 557

Provisões para contigências fiscais 6 6

Outras provisões 181 334 515

Total 4 266 1 238 (12) (2) 5 490

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Demonstrações financeiras | Notas 65

O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do BPI Investimentos durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Saldo em 31 Dez. 06

UtilizaçõesReposições /Reversões

AumentosSaldo em 31 Dez. 05

Aplicações em instituições de crédito 14 (1) 13

Provisões para risco país (nota 3.6) 14 (1) 13

Crédito a Clientes 1 520 95 (67) 1 548

Provisões para cobrança duvidosa (nota 3.7) 17 4 (12) 9

Provisões para crédito vencido (nota 3.7) 1 503 91 (55) 1 539

Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5) 189 3 192

Instrumentos de capital 189 3 192

Outros títulos

Outros activos 377 129 506

Provisões para cobrança duvidosa (nota 3.12)

Provisões para crédito vencido (nota 3.12) 377 129 506

Outras provisões 2 080 561 (34) (600) 2 007

Provisões para riscos gerais de crédito

Crédito concedido 1 195 343 1 538

Crédito por assinatura 244 38 282

Provisões para contigências fiscais 6 6

Outras provisões 635 180 (34) (600) 181

Total 4 180 788 (102) (600) 4 266

3.18. Passivos por impostos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Passivos por impostos correntes

Impostos sobre lucros a pagar 2 614 4 024

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 407 514

3 021 4 538

A análise da rubrica PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada na nota 3.34.

3.19. Passivos subordinados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

As obrigações perpétuas subordinadas poderão ser reembolsadas antecipadamente, total mas não parcialmente, por iniciativa do BPI

Investimentos no final do 10.º ano de vida e posteriormente nas respectivas datas de pagamento de juros.

Durante os exercícios de 2007 e 2006 não ocorreram reembolsos de passivos subordinados.

31 Dez. 06

Saldo Taxa de juro Emissões

31 Dez. 07

Saldo Taxa de juro Emissões

Passivos Subordinados

BPI Obrigações Perpétuas Subordinadas 2004 35 000 35 000 5.6% 35 000 35 000 4.8%

35 000 35 000 35 000 35 000

Juros a pagar 384 308

35 384 35 308

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66 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.20. Outros passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.21. Responsabilidades com pensões e outros benefícios

As responsabilidades por serviços passados de Pensionistas, de

Colaboradores e de Administradores que estão, ou estiveram, ao

serviço do BPI Investimentos são calculadas em conformidade

com o estabelecido no IAS 19.

A BPI Pensões é a entidade a quem compete a responsabilidade

de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das

responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem

como a de gerir os fundos de pensões respectivos.

Os métodos de valorização actuarial utilizados são o Projected

Unit Credit, para o cálculo do custo normal e das

responsabilidades com serviços passados por velhice, e os

Prémios Únicos Sucessivos, para o cálculo dos custos relativos

aos benefícios de invalidez e sobrevivência.

Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no

cálculo das responsabilidades por pensões são:

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os Pensionistas e

Colaboradores beneficiários de planos de pensões financiados

pelos fundos de pensões são em número de:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Credores e outros recursos

Credores por operações sobre futuros 26 859 27 245

Recursos conta subscrição 494 542

Sector público administrativo

IVA a pagar 281 486

Retenção de impostos na fonte 4 140 788

Contribuições para a Segurança Social 72 70

Cobranças por conta de terceiros 5 5

Contribuições para outros sistemas de saúde 27 23

Credores diversos

Credores por operações sobre valores mobilários 252 252

Credores por fornecimentos de bens 301 115

Credores por parcelas a realizar em títulos subscritos 1 225 4 165

Outros credores 106 140

Despesas com encargo diferido (49) (550)

33 713 33 281

Encargos a pagar

Gastos com pessoal 6 900 7 103

Gastos gerais administrativos 95 265

6 995 7 368

Receitas com rendimento diferido

De garantias prestadas e outros passivos eventuais 15 19

15 19

Outras contas de regularização

Operações cambiais a liquidar 7 335 16 271

Operações sobre valores mobiliários a regularizar – operações de bolsa 344

Operações passivas a regularizar 25 101

Outras operações a regularizar 2 557

9 917 16 716

50 640 57 384

Realizado

31 Dez. 0631 Dez. 07

Pressupostos

31 Dez. 0631 Dez. 07

Pressupostos demográficos:

Tábua de mortalidade TV 73/77-H TV 73/77-H - -

TV 88/90-M TV 88/90-M

Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 - -

Taxa de rotação do pessoal 0% 0% - -

Decrementos Por Por mortalidade mortalidade - -

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto 5.00% 4.75% - -

Taxa de crescimento dos salários pensionáveis1 4.00% 2.75% 6.20% 4.10%

Taxa de crescimento das pensões2 2.50% 2.00% 2.75% 2.50%

Taxa de rendimento 1.º sem. 5.25% 3.54% 6.55%dos activos dos 5.25% / anofundos de pensões 2.º sem. 5% / ano

1) Calculada com base na variação dos salários pensionáveis dos trabalhadores que seencontram simultaneamente no activo no início e no final de ano (inclui alterações denível remuneratório e não reflecte entradas e saídas de Colaboradores).

2) Corresponde à taxa de actualização da tabela do ACTV.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Pensionistas por reforma 8 9

Pensionistas por sobrevivência 2 3

Colaboradores em actividade 155 143

Ex-trabalhadores (cláusula 137.º A e 140.º do ACTV) 262 255

427 410

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Demonstrações financeiras | Notas 67

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades por

serviços passados de Pensionistas e Colaboradores do BPI

Investimentos e a respectiva cobertura no fundo de pensões é:

O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006

relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços

passados foi o seguinte:

O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006 no

fundo de pensões foi o seguinte:

Nos exercícios de 2007 e 2006, as contribuições para os fundos

de pensões foram realizadas em dinheiro.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades

com pensões ainda não reconhecidas como custo são:

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as

despesas com encargos diferidos que serão reconhecidas por

contrapartida de Resultados transitados nos termos do Aviso n.º

4 / 2005 do Banco de Portugal ascendem a 2 172 m. euros e

3 085 m. euros, respectivamente (nota 3.12).

O movimento ocorrido nos desvios actuariais1 durante os

exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Responsabilidades totais por serviços passados

Responsabilidades por pensões em pagamento 2 296 2 470

Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo e de ex-Colaboradores 15 785 12 026

18 081 14 496

Situação patrimonial do fundo de pensões 18 420 15 465

Excesso / (Insuficiência) de cobertura 339 969

Grau de cobertura das responsabilidades 102% 107%

31 Dez. 0631 Dez. 07

Responsabilidades no início do exercício 14 496 14 629

Custo do serviço corrente:

Do BPI Investimentos 879 808

Dos Colaboradores 79 68

Custo dos juros 842 691

(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 1 992 (1 315)

Alteração das condições do plano de pensões (170)

Pensões estimadas pelo fundo de pensões (207) (215)

Responsabilidades no fim do exercício 18 081 14 496

31 Dez. 0631 Dez. 07

Desvios actuariais

Dentro do corredor (1 842) (1 067)

Fora do corredor (1 437)

(3 279) (1 067)

Alteração das condições do plano de pensões 6

(3 279) (1 061)

31 Dez. 0631 Dez. 07

Situação patrimonial do fundo de pensões no início do exercício 15 465 14 636

Contribuições efectuadas:

Pelo BPI Investimentos 2 505

Pelos Colaboradores 80 68

Rendimento dos fundos de pensões (líquido) 547 959

Pensões pagas pelos fundos de pensões (177) (198)

Situação patrimonial do fundo de pensões no final do período 18 420 15 465

1) Perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais efinanceiros e os valores efectivamente realizados e de alterações nos pressupostosactuariais e financeiros.

Valor em 31 de Dezembro de 2005 (2 598)

Amortização de desvios fora do corredor 27

Actualização acima do previsto da Tabela ACTV (78)

Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 975

Desvios de rendimento dos fundos de pensões 172

Desvios de pensões pagas 17

Outros desvios 418

Valor em 31 de Dezembro de 2006 (1 067)

Amortização de desvios fora do corredor 38

Actualização acima do previsto da Tabela ACTV (114)

Alteração de pressupostos actuariais e financeiros (1 878)

Desvios de rendimento dos fundos de pensões (288)

Desvios de pensões pagas 30

Valor em 31 de Dezembro de 2007 (3 279)

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68 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as demonstrações

financeiras registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS

FINANCEIROS COM PENSÕES (nota 3.30) e em CUSTOS COM PESSOAL

(nota 3.32) os seguintes valores relacionados com a cobertura

de responsabilidades por pensões:

Os Administradores do BPI Investimentos beneficiam de um

plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência. Em

31 de Dezembro de 2006 foi constituído um fundo de pensões

para cobertura destas responsabilidades.

Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no

cálculo das responsabilidades por pensões são:

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades por

serviços passados e respectiva cobertura deste plano apresentam

a seguinte composição:

O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006

relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços

passados deste plano foi o seguinte:

O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006 no

fundo de pensões foi o seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades

com pensões dos Administradores ainda não reconhecidas como

custo são:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões

Custo de juros 842 691

Rendimento esperado do Fundo (835) (787)

7 (96)

Custos com pessoal

Custo do serviço corrente 879 808

Amortização de desvios fora do corredor 38 27

Alteração das condições do plano de pensões (6) (6)

911 829

31 Dez. 0631 Dez. 07

Desvios actuariais – Administradores

Dentro do corredor 345 308

Fora do corredor 271 190

616 498

Alteração das condições do plano de pensões

dos Administradores (20) (26)

596 472

Realizado

31 Dez. 0631 Dez. 07

Pressupostos

31 Dez. 0631 Dez. 07

Pressupostos demográficos:Tábua de mortalidade TV 73/77-H TV 73/77-H

TV 88/90-M TV 88/90-M

Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80

Taxa de rotação do pessoal 0% 0%

Decrementos Por Por mortalidade mortalidade

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto 5.00% 4.75%

Taxa de crescimento dos salários pensionáveis1 2.50% 2.75% 2.75% 2.50%

Taxa de crescimento das pensões2 2.50% 2.00% - -

Taxa de rendi- 5.25% / ano 1.º sem. - 3.60% -mento dos activos 5.00% / ano dos fundos de pensões 2.º sem.

1) Calculada com base na variação dos salários pensionáveis dos Administradores que seencontram simultaneamente no activo no início e no final de ano (inclui alterações denível remuneratório e não reflecte entradas e saídas de Administradores).

2) Corresponde à taxa de actualização da tabela do ACTV.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Valor actual das responsabilidades por serviços passados

Responsabilidades por serviços passados de administradores no activo e de ex-administradores 3 452 3 083

3 452 3 083

Situação patrimonial do fundo de pensões 3 449 3 084

Excesso / (Insuficiência) de cobertura (3) 1

Grau de cobertura das responsabilidades 100% 100%

31 Dez. 0631 Dez. 07

Responsabilidades no início do exercício 3 083 3 532

Custo do serviço corrente 370 361

Custo dos juros 184 164

(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (185) (974)

Responsabilidades no fim do exercício 3 452 3 083

31 Dez. 0631 Dez. 07

Situação patrimonial do fundo de pensões no início do exercício 3 084

Contribuições efectuadas 254 3 083

Rendimento dos fundos de pensões (líquido) 111 1

Situação patrimonial do fundo de pensões no final do período 3 449 3 084

Page 69: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

O movimento ocorrido nos desvios actuariais durante os

exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as demonstrações

financeiras registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS

FINANCEIROS COM PENSÕES (nota 3.30) e em CUSTOS COM O PESSOAL

(nota 3.32) os seguintes valores relacionados com a cobertura

de responsabilidades por pensões de Administradores:

3.22. Capital

Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social do Banco

Português de Investimento, integralmente subscrito e realizado,

está representado por 4 000 000 acções de valor nominal de

5 euro cada.

3.23. Outros instrumentos de capital

O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um

esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração

variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do

Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou

superior a 2 500 euros é paga em acções representativas do

capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de

compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável

individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%

sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de

responsabilidade do Administrador ou do Colaborador.

Considerando que, em 31 de Dezembro de 2006, o Banco BPI

se encontrava sob uma oferta pública de aquisição, lançada em

13 de Março de 2006, e ponderando, por um lado, o interesse

em manter o Programa RVA, uma vez que os princípios que

presidiram à sua criação e os objectivos que visa atingir se

mantém válidos e, por outro lado, as possíveis questões que,

naquelas circunstâncias, poderiam ser suscitadas pela atribuição

de remunerações em acções, o Conselho de Administração do

BPI entendeu abster-se de executar o RVA relativo ao exercício

de 2006. Nesses termos, a remuneração variável daquele

exercício foi integralmente disponibilizada em numerário. Em

2007 foi retomado este esquema remuneratório nas condições

habituais referidas no parágrafo anterior.

Com excepção do referido no parágrafo anterior, o Programa RVA

mantém-se em vigor, quanto a todos os seus efeitos passados e

futuros, incluindo todos os decorrentes das atribuições relativas

a 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005.

As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o

beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da

atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes.

O preço de atribuição das acções resulta da média ponderada

pelas quantidades transaccionadas das cotações das acções BPI

nas últimas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição

das referidas acções. O preço de atribuição das acções

corresponde igualmente ao preço de exercício das opções.

Demonstrações financeiras | Notas 69

Valor em 31 de Dezembro de 2005 (482)

Amortização de desvios fora do corredor 5

Desvios de rendimento dos fundos de pensões 1

Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 154

Alteração da idade de reformado 830

Outros desvios (10)

Valor em 31 de Dezembro de 2006 498

Amortização de desvios fora do corredor (9)

Desvios de rendimento dos fundos de pensões (58)

Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 12

Outros desvios 173

Valor em 31 de Dezembro de 2007 616

31 Dez. 0631 Dez. 07

Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões

Custo de juros 184 164

Rendimento esperado do Fundo (169)

15 164

Custos com pessoal

Custo do serviço corrente 370 361

Amortização de desvios fora do corredor (9) 5

Alteração das condições do plano de pensões 7 7

368 373

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70 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

A disponibilização das acções (nos três anos subsequentes à atribuição) está condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo

BPI. Os preços de atribuição, bem como o período de disponibilização das acções encontram-se resumidos no quadro seguinte:

As opções de compra de acções dos programas RVA 2001 a RVA

2004 são exercíveis entre o primeiro e o final do quinto ano a

contar da data de atribuição; as opções do RVA 2005 são

exercíveis entre o 90.º dia e o final do 5.º ano a contar da data

de atribuição. A disponibilização das opções encontra-se

condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo BPI.

As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o

primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição, estando

a sua disponibilização igualmente condicionada à permanência

dos Colaboradores no Grupo BPI.

Os preços de exercício das opções, bem como o respectivo

período de exercício encontram-se resumidos no quadro

seguinte:

A rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL inclui:

� O valor dos custos do RVA já periodificados com acções a

disponibilizar e opções ainda não exercidas;

� O valor das liquidações entregues ao Banco BPI para gestão

dos programas do RVA.

Os custos com as remunerações variáveis em acções e opções

são integralmente liquidados ao Banco BPI no ano da atribuição.

A rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL inclui também o valor

das acções e opções já atribuídas aos Colaboradores mas ainda

não disponibilizadas.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 a rubrica OUTROS

INSTRUMENTOS DE CAPITAL tem a seguinte composição:

Programa

Opções

Data deatribuição

Preço deexercício

Período de exercício

De A

RVA 2001 21/03/2002 2.54 21/03/2003 21/03/2007

RVA 2002 22/02/2003 2.14 22/02/2004 22/02/2008

RVA 2003 23/02/2004 3.13 23/02/2005 23/02/2009

RVA 2004 28/02/2005 3.10 28/02/2006 28/02/2010

RVA 2005 23/02/2006 4.44 23/05/2006 23/05/2010

Programa

Acções

Data deatribuição

Preço deexercício

Data de disponibilização das tranches

2.ª 3.ª 4.ª

RVA 2003 23/02/2004 3.13 23/02/2005 23/02/2006 23/02/2007

RVA 2004 28/02/2005 3.10 28/02/2006 28/02/2007 28/02/2008

RVA 2005 23/02/2006 4.44 23/02/2007 23/02/2008 23/02/2009

31 Dez. 0631 Dez. 07

Outros instrumentos de capital

Custos com acções e opcões a disponibilizar

RVA 2003 228 224

RVA 2004 689 656

RVA 2005 952 872

RVA 2007 804

Liquidação ao Banco BPI e acções e opções disponibilizadas

RVA 2003 (228) (228)

RVA 2004 (694) (694)

RVA 2005 (994) (994)

757 (164)

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3.24. Reservas de reavaliação

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.25. Outras reservas e resultados transitados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

De acordo com o disposto no art. 97.º do Regime Geral das

Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 298 / 91, de 31 de Dezembro e alterado pelo

Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 25 de Setembro, o BPI

Investimentos deve destinar uma fracção não inferior a 10% dos

lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma

reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao

somatório das reservas livres constituídas e dos resultados

transitados, se superior.

Nos exercícios de 2007 e 2006, o custo total reconhecido em custos com pessoal relativo aos programas RVA pode ser resumido da

seguinte forma:

Demonstrações financeiras | Notas 71

31 Dez. 0631 Dez. 07

Reservas de reavaliação

Reservas resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5):

Instrumentos de dívida (22) (16)

Instrumentos de capital 2

Outros (166) (101)

Reservas de reavaliação legais 703 703

515 588

Reservas por impostos diferidos

Resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda:

Impostos activos 98 109

Impostos passivos (48) (78)

50 31

565 619

31 Dez. 0631 Dez. 07

Reserva legal 6 245 4 276

Reserva de fusão (2 970) (2 970)

Outras reservas e resultados transitados 30 699 31 380

33 974 32 686

Programa31 Dez. 06

Acções Opções Total

31 Dez. 07

Acções Opções Total

RVA 2002 4 4

RVA 2003 4 4 33 33

RVA 2004 34 34 73 26 99

RVA 2005 80 80 165 245 410

RVA 2007 332 471 803

Total 450 471 921 275 271 546

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72 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.26. Contas extrapatrimoniais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rubrica ACTIVOS DADOS

EM GARANTIA inclui:

� títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos

Investidores no montante de 875 m. euros;

� títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos

no montante de 1 244 m. euros;

Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, o

saldo da rubrica RESPONSABILIDADES A PRAZO DE CONTRIBUIÇÕES

ANUAIS PARA O FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS corresponde ao

compromisso irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei, de

entregar àquele fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas

não realizadas das contribuições anuais.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, o

saldo da rubrica RESPONSABILIDADE POTENCIAL PARA COM O SISTEMA DE

INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES corresponde à obrigação irrevogável

que o BPI Investimentos assumiu, por força da lei aplicável, de

entregar àquele sistema, em caso de accionamento deste, os

montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas

indemnizações que forem devidas aos investidores.

3.27. Margem financeira estrita

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.28. Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.29. Comissões líquidas

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales (nota 3.7) 35 913 36 685

35 913 36 685

Activos dados em garantia 2 119 8 954

Compromissos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 43 418 13 804

Responsabilidades a prazo de contribuiçõesanuais para o Fundo de Garantia de Depósitos 1 026 1 009

Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 1 620 1 610

46 064 16 423

Responsabilidades por prestação de serviçosPor depósito e guarda de valores 15 201 535 16 497 904

Por valores administrados pela instituição 1 422 850 1 298 823

16 624 385 17 796 727

31 Dez. 0631 Dez. 07

Juros e rendimentos similaresJuros de disponibilidades 3 037 2 065

Juros de aplicações em instituições de crédito 60 523 42 225

Juros de crédito a Clientes 8 269 5 605

Juros de crédito vencido 36 58

Juros de títulos detidos para negociação e disponíveis para venda 229 286

Juros de derivados 34 105 31 888

Juros de devedores e outras aplicações 123 42

Outros juros e rendimentos similares 110 9

106 432 82 178

Juros e encargos similaresJuros de recursos

De outras instituições de crédito 10 060 13 571

Depósitos de Clientes 59 735 38 644

Débitos representados por títulos 10 12

Juros de derivados 30 379 23 963

Juros de passivos subordinados 1 805 1 385

Outros juros e encargos similares 1 326 1 796

103 315 79 371

3 117 2 807

31 Dez. 0631 Dez. 07

SIBS 76 64

Euronext 25

Unicre 30 30

Fundo Caravela 178

Outros 26 35

310 154

31 Dez. 0631 Dez. 07

Comissões recebidasPor garantias prestadas 62 52

Por serviços bancários prestados 26 225 24 486

Por operações realizadas por conta de terceiros 27 030 13 332

53 317 37 870

Comissões pagasPor operações sobre instrumentos financeiros (306) (347)

Por serviços bancários prestados por terceiros (2 127) (2 276)

Por operações realizadas por terceiros (2 580) (1 587)

(5 013) (4 210)

Outros proveitos líquidosReembolso de despesas 32 33

32 33

48 336 33 693

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3.30. Resultados em operações financeiras

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.31. Ganhos e perdas operacionais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

3.32. Custos com pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica REMUNERAÇÕES

inclui os seguintes custos relativos a remunerações atribuídas

aos membros do Conselho de Administração do BPI

Investimentos:

� 1 557 m. euros e 2 050 m. euros, respectivamente, relativas a

Remunerações pagas em numerário;

� 356 m. euros e 212 m. euros, respectivamente, relativas à

periodificação de custos com remunerações pagas em acções e

opções (RVA) nos termos do IFRS 2. No ano 2006, na

sequência da oferta pública de aquisição, as remunerações

variáveis de 2006 foram atribuídas integralmente em

numerário, não havendo atribuição de acções e opções (RVA).

3.33. Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Demonstrações financeiras | Notas 73

31 Dez. 0631 Dez. 07

Ganhos e perdas em operações ao justo valor

Ganhos e perdas em diferenças cambiais 536 185

Ganhos e perdas em activos financeiros detidos para negociação e derivados

Instrumentos de dívida 2 339 1 002

Instrumentos de capital 23 730 45 718

Outros títulos (1) (1)

Instrumentos derivados (18 425) (34 775)

Derivados de cobertura (338) (2 114)

Ganhos e perdas em passivos financeiros de negociação 15 52

Ganhos e perdas na reavaliação de activos e passivos cobertos por derivados 288 2 131

8 144 12 198

Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda

Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis para venda

Instrumentos de dívida (27) (4)

Instrumentos de capital 3 379

(27) 3 375

Juros, ganhos e perdas em custos com pensões (nota 3.21)

Custo dos juros (1 026) (855)

Rendimento esperado do fundo 1 004 787

(22) (68)

8 095 15 505

31 Dez. 0631 Dez. 07

Rendimentos e receitas operacionaisGanhos em outros activos tangíveis 79 26

Outras receitas operacionais 209 775

288 801

Encargos e gastos operacionaisQuotizações e donativos (2) (5)

Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (94) (63)

Outros gastos operacionais (69) (26)

(165) (94)

Outros impostosImpostos indirectos (392) (391)

Impostos directos (3)

(395) (391)

(272) 316

31 Dez. 0631 Dez. 07

Remunerações 14 387 13 969

Prémios de antiguidade (nota 2.6) 103 (5)

Fundos de pensões (nota 3.21) 1 279 1 202

Outros encargos sociais obrigatórios 1 141 1 095

Outros custos com pessoal 214 255

17 124 16 516

31 Dez. 0631 Dez. 07

Gastos gerais administrativos

Com fornecimentos

Água, energia e combustíveis 286 229

Material de consumo corrente 100 133

Outros fornecimentos de terceiros 142 113

Com serviços

Rendas e alugueres 1 574 1 432

Comunicações e informática 683 726

Deslocações, estadas e representações 1 191 831

Publicidade e edição de publicações 175 234

Conservação e reparação 262 271

Seguros 95 90

Avenças e honorários 326 430

Serviços judiciais, contencioso e notariado 1 9

Segurança, vigilância e limpeza 170 321

Serviços de informações 1 143 959

Estudos, consultas e auditoria 197 213

Cedência de mão de obra especializada 105 134

Aluguer operacional de viaturas 422 334

Outros serviços de terceiros 421 423

7 293 6 882

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74 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

3.34. Impostos sobre os lucros

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o custo com impostos

sobre lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga

fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o

lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos

como se segue:

A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal

verificada nos exercícios de 2007 e 2006, bem como a

reconciliação entre o custo de imposto e o produto do lucro

contabilístico pela taxa nominal de imposto, pode ser analisada

como se segue:

Os impostos correntes e diferidos são calculados com base na

taxa nominal de imposto legalmente em vigor.

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor

do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante

de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo

no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais

reportáveis e os créditos fiscais dão também origem ao registo

de impostos diferidos activos.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Impostos correntes sobre os lucrosDo período 8 847 7 820

Correcção de exercícios anteriores (40) 17

8 807 7 837

Impostos diferidosRegisto e reversão de diferenças temporárias 65 (129)

Alteração da taxa de imposto (5)

65 (134)

Total do imposto registado em resultados 8 872 7 703

Resultado antes de impostos 33 123 27 388

Carga fiscal 26,8% 28,1%

31 Dez. 07

ValorTaxa de imposto ValorTaxa de imposto

31 Dez. 06

Lucro antes de impostos 33 123 27 388

Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 26.5% 8 778 27.5% 7 532

Lucro tributável de sociedades transparentes imputado ao Banco 0.9% 290

Mais-valias e imparidades em participações (líquidas) 0.0% 2 (0.1%) (18)

Dividendos não tributáveis (1.8%) (593) (0.2%) (64)

Imparidades e provisões para crédito 0.5% 167 0.4% 105

Benefícios fiscais (0.1%) (35) (0.2%) (55)

Custos com pensões não aceites 0.3% 104 0.6% 151

Outros proveitos e custos não tributáveis 0.3% 98 0.0% 5

Efeito da alteração de taxa nos impostos diferidos 0.0% (5)

Tributação autónoma 0.2% 61 0.2% 52

26.8% 8 872 28.1% 7 703

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Demonstrações financeiras | Notas 75

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o valor dos impostos

diferidos activos e passivos é o seguinte:

Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante

em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros

que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis.

O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante

o exercício de 2007 foi o seguinte:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Imposto diferidosActivos (nota 3.11) 501 420

Passivos (nota 3.18) (407) (514)

94 (94)

Registados por contrapartida de:Resultados transitados 159 (259)

Reserva de reavaliação (nota 3.24)Instrumentos financeiros disponíveis para venda 50 31

Resultado líquido (65) 134

94 (94)

Saldo em31 Dez. 06

Saldo em31 Dez. 07

DiminuiçõesAumentos

Por reservas e resultados transitados

ProveitosCustos

Por resultados

Impostos diferidos activos

Responsabilidades com pensões 66 (210) 16 207 79

Reformas antecipadas 21 (18) 27 30

Provisões e imparidades tributadas 48 57 105

Prémio de antiguidade 178 13 191

Instrumentos financeiros disponíveis para venda 109 (11) 98

Outros (2) (2)

420 (228) 86 234 (11) 501

Impostos diferidos passivos

Reavaliações de imobilizado corpóreo (16) (16)

Derivados (1) (1) 2

Instrumentos financeiros disponíveis para venda (90) 30 (60)

Variações patrimoniais na transição para as NCAs (406) 76 (330)

Outros (1) (1)

(514) (1) 78 30 (407)

(94) (229) 164 264 (11) 94

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76 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2006 foi o seguinte:

Saldo em31 Dez. 05

Saldo em31 Dez. 06

DiminuiçõesAumentos

Por reservas e resultados transitados

ProveitosCustos

Por resultados

Impostos diferidos activosResponsabilidades com pensões 41 (214) 25 214 66

Reformas antecipadas 11 (18) 28 21

Provisões e imparidades tributadas 48 48

Prémio de Antiguidade 208 (30) 178

Instrumentos financeiros disponíveis para venda 89 20 109

Outros (1) (1) (2)

348 (233) 43 262 420

Impostos diferidos passivosReavaliações de imobilizado corpóreo (17) 1 (16)

Derivados (693) 692 (1)

RVA's (49) 49

Instrumentos financeiros disponíveis para venda (537) (11) 458 (90)

Variações patrimoniais na transição para as NCAs (406) (406)

Outros (1) (1)

(1 296) (417) 741 458 (514)

(948) (650) 784 720 (94)

3.35. Efectivos

Nos exercícios de 2007 e 2006, o número de efectivos, em média e no final do período, eram os seguintes:

31 Dez. 07

Final do períodoMédia do período Final do períodoMédia do período

31 Dez. 06

Administradores 3 6 2 2

Quadros superiores 49 50 47 46

Outros quadros 86 91 80 84

Outros Colaboradores 9 10 8 8

147 157 137 140

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3.36. Riscos financeiros

Justo valor

Em 31 de Dezembro de 2007, o justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumido conforme quadro seguinte:

1) Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor.2) Para além dos instrumentos financeiros cotados em Bolsas de Valores, esta categoria inclui os títulos valorizados com base em preços de mercados activos divulgados através de

plataformas de negociação.3) Valorização baseada em taxas de mercado (curvas de swap).4) O justo valor corresponde ao valor contabilístico.5) Os títulos em carteira apresentados na categoria “Técnicas de valorização – modelos” correspondem a títulos valorizados através de Bids indicativos e de modelos desenvolvidos

internamente.

Activos e passivos valorizados ao justo valor Activosvalorizados ao

custo histórico1

Valorcontabilístico

total

Tipo de instrumento financeiro

Metodologia de apuramento do justo valor

Cotações emmercado

activo2

Técnicas de valorização

Dados demercado3

Modelos

Totaljusto valor

Diferença Valorcontabilístico

Valorcontabilístico

(líquido)

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais4 191 191 191 191

Disponibilidades em outras instituições de crédito4 47 019 47 019 47 019 47 019

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados5 146 262 130 862 14 329 1 071 146 262 146 262

Activos financeiros disponíveis para venda5 19 863 14 095 5 768 19 863 956 20 819

Aplicações em instituições de crédito 2 036 645 2 036 811 2 036 811 166 2 036 645

Crédito a Clientes 183 081 184 032 184 032 951 183 081

Provisões para riscos gerais de crédito (2 452) (2 452) (2 452) (2 452)

Derivados de cobertura 952 951 1 952 952

2 384 351 144 957 2 225 231 2 385 468 1 117 956 2 385 307

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 12 727 11 654 1 073 12 727 12 727

Recursos de outras instituições de crédito 112 479 112 460 112 460 19 112 479

Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 200 695 2 198 395 2 198 395 2 300 2 200 695

Responsabilidades representadas por títulos 302 293 293 9 302

Derivados de cobertura 20 19 1 20 20

Passivos subordinados 35 384 34 737 34 737 647 35 384

2 361 607 2 346 959 2 358 632 2 975 2 361 607

22 744 26 836 4 092 956 23 700

Diferenças de valorização de activos financeiros reconhecidas emreservas de reavaliação (189)

Total 3 903

Demonstrações financeiras | Notas 77

Page 78: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Em 31 de Dezembro de 2006, o justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumido conforme quadro seguinte:

78 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Sempre que possível, o BPI Investimentos estimou o justo valor

utilizando cotações em mercado activo (um mercado é

considerado activo, e portanto líquido, quando é acedido por

contrapartes igualmente conhecedoras e onde se efectuam

transacções de forma regular) ou técnicas de valorização

baseadas em dados de mercado para instrumentos com

características idênticas ou similares aos instrumentos

financeiros detidos pelo Banco. No entanto, em determinadas

circunstâncias, incluindo nomeadamente crédito a Clientes,

recursos de Clientes e responsabilidades representadas por

títulos, não existe actualmente um mercado activo em Portugal

com transacções entre contrapartes igualmente conhecedoras e

interessadas em efectuar essas transacções. Desta forma, o

Banco desenvolveu valorizações internas para estimar qual

poderia ser o justo valor desses instrumentos financeiros.

As técnicas de valorização utilizadas envolvem a assumpção de

um conjunto de pressupostos que não são necessariamente os

mesmos para as diferentes instituições.

O justo valor apresentado para uma parte dos instrumentos

financeiros não corresponderá ao seu valor de realização num

cenário de venda ou de liquidação.

Nas rubricas em que não é contabilisticamente registado o justo

valor, este foi apurado tendo por base as condições de mercado

que seriam aplicáveis a operações similares na data de

referência das demonstrações financeiras, nomeadamente:

� nas operações interbancárias foram utilizadas taxas de juro de

mercado e de swaps;

1) Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor.2) Para além dos instrumentos financeiros cotados em Bolsas de Valores, esta categoria inclui os títulos valorizados com base em preços de mercados activos divulgados através de

plataformas de negociação.3) Valorização baseada em taxas de mercado (curvas de swap).4) O justo valor corresponde ao valor contabilístico.5) Os títulos em carteira apresentados na categoria “Técnicas de valorização – modelos” correspondem a títulos valorizados através de Bids indicativos e de modelos desenvolvidos

internamente.6) Em 31 de Dezembro de 2006, estava a ser desenvolvido o modelo de valorização do crédito pelo que foi considerado o valor contabilístico como aproximação do justo valor.

Activos e passivos valorizados ao justo valor Activosvalorizados ao

custo histórico1

Valorcontabilístico

total

Tipo de instrumento financeiro

Metodologia de apuramento do justo valor

Cotações emmercado

activo2

Técnicas de valorização

Dados demercado3

Modelos

Totaljusto valor

Diferença Valorcontabilístico

Valorcontabilístico

(líquido)

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais4 22 817 22 817 22 817 22 817

Disponibilidades em outras instituições de crédito4 43 910 43 910 43 910 43 910

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados5 201 999 189 704 12 156 139 201 999 201 999

Activos financeiros disponíveis para venda5 14 142 2 523 11 619 14 142 956 15 098

Aplicações em instituições de crédito 1 331 853 1 331 429 1 331 429 (424) 1 331 853

Crédito a Clientes6 151 735 151 735 151 735 151 735

Provisões para riscos gerais de crédito (1 821) (1 821) (1 821) (1 821)

Derivados de cobertura 18 135 18 125 10 18 135 18 135

1 716 043 192 227 1 493 111 1 715 619 (424) 956 1 716 999

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 10 070 9 931 139 10 070 10 070

Recursos de outras instituições de crédito 416 415 415 129 415 129 1 286 416 415

Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 248 403 1 246 284 1 246 284 2 119 1 248 403

Responsabilidades representadas por títulos 352 343 343 9 352

Derivados de cobertura 177 167 10 177 177

Passivos subordinados 35 308 37 486 37 486 (2 178) 35 308

1 710 725 10 099 1 699 391 1 709 489 1 236 1 710 725

5 318 6 130 812 956 6 274

Diferenças de valorização de activos financeiros reconhecidas em reservas de reavaliação (115)

Total 697

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Demonstrações financeiras | Notas 79

� nas operações com Clientes foram utilizadas as taxas de juro

na data de referência das demonstrações financeiras para os

mesmos prazos das operações, utilizando-se o valor

contabilístico quando este é a melhor aproximação ao justo

valor.

Durante o exercício de 2007, as valias potenciais em

instrumentos financeiros reconhecidas com base em técnicas de

valorização podem ser resumidas como segue:

Durante o exercício de 2006, as valias potenciais em

instrumentos financeiros reconhecidas com base em técnicas de

valorização podem ser resumidas como segue:

Nos instrumentos financeiros registados ao custo amortizado

apenas são reconhecidas as variações no justo valor atribuíveis

ao risco coberto no âmbito da aplicação de contabilidade de

cobertura, nomeadamente ao nível de recursos de outras

instituições de crédito.

Desreconhecimento de instrumentos financeiros

Durante os exercícios de 2007 e 2006, não foram

desreconhecidos instrumentos financeiros para os quais não

fosse possível determinar de forma fiável o justo valor, pelo que

o impacto em resultados é nulo.

Riscos resultantes de instrumentos financeiros

A avaliação e controlo do Risco é feita no BPI Investimentos de

acordo com as melhores práticas e em cumprimento das normas

e regulamentos prudenciais, seguindo os preceitos, definições e

valorimetria estipulados, de acordo com as recomendações do

Comité de Basileia de Supervisão Bancária nos seus três pilares.

Tipo de instrumento financeiro Capitais próprios1

Resultados em operações financeiras

ActivosActivos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados2 95

Activos financeiros disponíveis para venda 204

Derivados de cobertura (338)

(243) 204

PassivosRecursos de outras instituições de crédito 288

288

45 204

1) Variação face a 31 de Dezembro de 2006.2) Inclui o valor líquido de activos e passivos relativo a derivados.

Tipo de instrumento financeiro Capitais próprios1

Resultados em operações financeiras

Activos

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados2 (50)

Activos financeiros disponíveis para venda (62)

Derivados de cobertura (2 114)

(2 164) (62)

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito 2 130

2 130

(33) (62)

1) Variação face a 31 de Dezembro de 2005.2) Inclui o valor líquido de activos e passivos relativo a derivados. Não está disponível

informação relativa às valias potenciais em títulos.

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Risco de crédito

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2007, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro pode ser resumida como segue:

80 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Em 31 de Dezembro de 2006, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro pode ser resumida como segue:

Tipo de instrumento financeiroValor

contabilísticobruto

Imparidade Valorcontabilístico

líquido

PatrimoniaisDisponibilidades em outras instituições de crédito 47 019 47 019

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 130 863 130 863

Activos financeiros disponíveis para venda 21 040 (221) 20 819

Aplicações em instituições de crédito 2 036 654 (9) 2 036 645

Crédito a Clientes 184 785 (3 599) 181 186

Derivados

Derivados de cobertura 952 952

Derivados de negociação 15 399 15 399

2 436 712 (3 829) 2 432 883

ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 35 913 (557) 35 356

Linhas de crédito irrevogáveis 43 418 43 418

79 331 (557) 78 773

2 516 043 (4 386) 2 511 656

Tipo de instrumento financeiroValor

contabilísticobruto

Imparidade Valorcontabilístico

líquido

PatrimoniaisDisponibilidades em outras instituições de crédito 43 910 43 910

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 189 704 189 704

Activos financeiros disponíveis para venda 15 290 (192) 15 098

Aplicações em instituições de crédito 1 331 866 (13) 1 331 853

Crédito a Clientes 153 283 (3 086) 150 197

Derivados

Derivados de cobertura 18 135 18 135

Derivados de negociação 12 295 12 295

1 764 484 (3 291) 1 761 193

ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 36 685 (282) 36 403

Linhas de crédito irrevogáveis 13 804 13 804

50 489 (282) 50 207

1 814 973 (3 573) 1 811 400

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Demonstrações financeiras | Notas 81

Decomposição do crédito vencido

Em 31 de Dezembro de 2007, o crédito e juros vencidos apresenta a seguinte decomposição por classes de incumprimento:

Em 31 de Dezembro de 2006, o crédito e juros vencidos apresenta a seguinte decomposição por classes de incumprimento:

Colaterais

No âmbito da actividade de concessão de crédito, o Banco

recebe, entre outras, as seguintes garantias reais (colaterais):

� hipotecas sobre habitação própria;

� hipotecas sobre imóveis e terrenos;

� depósito de valores;

� penhor de valores mobiliários;

� garantias prestadas por outras instituições de crédito.

O justo valor dos colaterais recebidos é apurado com base no

valor de mercado tendo em conta as suas especificidades. Por

exemplo, os imóveis recebidos em garantia são avaliados através

de avaliadores externos ou por unidades do Grupo BPI com

métodos julgados adequados.

Em 31 de Dezembro de 2007, o grau de cobertura do crédito

vencido por garantias reais apresenta a seguinte decomposição:

Classe de incumprimento

até 1 mês de 1 mês até 3 meses

de 3 mesesa 1 ano

de 1 ano a5 anos

mais de 5anos

Total

Crédito vencido

Valor bruto 54 129 3 1 601 122 1 908

Provisões1 (6) (1) (1 576) (122) (1 704)

54 123 2 25 204

Classe de incumprimento

até 1 mês de 1 mês até 3 meses

de 3 mesesa 1 ano

de 1 ano a5 anos

mais de 5anos

Total

Crédito vencido

Valor bruto 49 8 559 1 332 78 2 026

Provisões1 (131) (1 330) (78) (1 539)

49 8 428 2 487

1) Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa (1 m. euros).

1) Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa (9 m. euros).

Grau de cobertura

Crédito com incumprimento

Vincendo associado acrédito vencido

Vencido Total

Colaterais1

Hipotecas Outras GarantiasReais2

Provisões

Créditovencido

Crédito de co-brança duvidosa

Total

>=100% 1 122 123 23 100 96 1 97

Sem garantia 1 786 1 786 1 608 1 608

Total 1 1 908 1 909 23 100 1 704 1 1 705

1) O valor apresentado de Colaterais corresponde ao mínimo entre o justo valor dos colaterais recebidos e o valor em dívida em 31 de Dezembro de 2007.2) Outras garantias reais incluem penhor de depósitos e de valores mobiliários.

Grau de cobertura

Crédito com incumprimento

Vincendo associado acrédito vencido

Vencido Total

Colaterais1

Hipotecas Outras GarantiasReais2

Provisões

Créditovencido

Crédito de co-brança duvidosa

Total

>=100% 5 614 619 404 215 185 5 190

Sem garantia 5 1 412 1 417 1 354 4 1 358

Total 10 2 026 2 036 404 215 1 539 9 1 548

1) O valor apresentado de Colaterais corresponde ao mínimo entre o justo valor dos colaterais recebidos e o valor em dívida em 31 de Dezembro de 2006.2) Outras garantias reais incluem penhor de depósitos e de valores mobiliários.

Em 31 de Dezembro de 2006, o grau de cobertura do crédito vencido por garantias reais apresenta a seguinte decomposição:

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Qualidade do risco de crédito (rating)

Nesta secção é apresentada informação relativamente à

qualidade do risco de crédito dos principais activos financeiros

do BPI Investimentos, excluindo instrumentos financeiros

derivados que são analisados detalhadamente na nota 4.4.

Relativamente aos activos financeiros para os quais se encontra

disponível o rating atribuído pelas agências internacionais de

rating (Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch) foram seguidas as

normas constantes na regulamentação prudencial emitida pelo

Banco de Portugal, escolhendo-se o segundo melhor no caso de

haver ratings externos diferenciados para o mesmo instrumento.

No caso de não haver ratings externos específicos para o

instrumento em causa são utilizados os ratings externos

atribuídos ao emissor para instrumentos com o mesmo grau de

subordinação. O rating externo é um elemento importante a ter

em conta na gestão de posições, sobretudo nas carteiras de

títulos, sendo igualmente utilizado para efeitos de cálculo dos

ponderadores a utilizar no apuramento do capital prudencial pelo

método standard, de acordo com os normativos emitidos pelo

Banco de Portugal.

De referir que a rubrica CRÉDITO A CLIENTES inclui um conjunto

alargado de operações de crédito a particulares e a empresas

para os quais o BPI Investimentos dispõe de garantias reais,

nomeadamente penhores de depósitos a prazo, valores

mobiliários e hipotecas de imóveis. O Banco não dispõe

actualmente de informação relativamente ao rating interno das

operações de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2007 a decomposição das

disponibilidades e aplicações em instituições de crédito por

ratings era a que segue:

Em 31 de Dezembro de 2007 a decomposição dos títulos em carteira por ratings era a que segue:

Em 31 de Dezembro de 2006 a decomposição das disponibilidades e aplicações em instituições de crédito por ratings era a que segue:

82 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Rtg Externo AAA a AA- 2 075 239

A+ a A- 6

BBB+ a BBB- 78

B+ a B- 19

N/D N/D 430

2 075 772

Provisões 9

Exposição líquida 2 075 763

Nota: Não inclui cheques a cobrar.

Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Rtg Externo AAA a AA- 48 649

A+ a A- 1 325 687

BBB+ a BBB- 79

B+ a B- 21

Exposição bruta 1 374 436

Provisões 13

Exposição líquida 1 374 423

Nota: A exposição bruta corresponde ao valor nominal ajustado pelas correcções de valor. Não inclui cheques a cobrar.

Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta

Títulos Rtg Externo AAA a AA- 18 040

A+ a A- 26 220

BBB+ a BBB- 56 734

N/D N/D 50 908

Exposição bruta 151 903

Imparidade 221

Exposição líquida 151 682

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Crédito reestruturado

No contínuo desenvolvimento dos sistemas de informação do

Banco estão a ser desenvolvidos esforços com vista à

identificação das operações de crédito reestruturado, não sendo

ainda possível à data actual a identificação destas operações.

Risco de liquidez

De seguida apresentam-se os mapas preparados com base nos

requisitos definidos no IFRS 7 relativamente a Risco de

Liquidez, considerando a totalidade dos cash-flows contratuais

não descontados que se prevêem vir a ser pagos ou recebidos

nos períodos indicados relativos a operações em vida na data de

referência.

Os principais pressupostos utilizados na construção dos quadros

abaixo apresentados são os seguintes:

� no caso de juros dependentes de indexantes de mercado ou

outros referenciais apenas determináveis em data futura (por

exemplo os juros baseados na Euribor) foram feitas hipóteses

quanto ao valor futuro desses referenciais, baseadas no último

valor conhecido;

� não são considerados incumprimentos ou reembolsos

antecipados (salvo no caso de instrumentos de dívida

perpétuos);

� as acções e o crédito vencido são incluídos (pelo seu valor de

balanço) na coluna “indeterminado”;

� os depósitos à ordem (incluindo juros) e as notas e moedas em

“caixa” são considerados na coluna “à vista”;

� as operações da carteira de negociação e de todos os

derivados, são consideradas nestes mapas pelos cash flows

previsionais ou estimados, nas datas contratuais, e não pelo

valor de mercado que seria obtido por uma sua eventual

alienação a curto prazo.

Demonstrações financeiras | Notas 83

Em 31 de Dezembro de 2006 a decomposição dos títulos em carteira por ratings era a que segue:

Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta

Títulos Rtg Externo AAA a AA- 14 894

A+ a A- 4 995

BBB+ a BBB- 46 656

N/D N/D 138 449

204 994

Imparidade 192

Exposição líquida 204 802

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84 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Em 31 de Dezembro de 2007, os cash-flows contratuais não descontados dos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte

estrutura:

à vista até 3 meses

de 3 mesesa 1 ano

de 1 ano a 5 anos

mais de 5 anos

Indeterminado Total

Prazos contratuais residuais

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 191 191

Disponibilidades em outras instituições de crédito 47 019 47 019

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 244 786 362 930 249 500 300 828 129 600 1 287 644

Activos financeiros disponíveis para venda 43 801 266 412 19 598 329 811

Aplicações em instituições de crédito 1 347 776 696 263 6 636 36 963 430 2 088 067

Crédito a Clientes 48 287 18 239 88 223 32 094 1 908 188 751

Derivados de cobertura 3 834 3 834

47 210 1 640 849 1 125 067 610 771 369 885 151 536 3 945 317

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 247 201 325 468 249 494 300 824 1 122 987

Recursos de outras instituições de crédito 105 724 7 942 113 666

Recursos de Clientes e outros empréstimos 939 719 1 056 726 218 616 240 30 2 215 331

Responsabilidades representadas por títulos 15 44 218 25 302

Derivados de cobertura 1 872 1 872

Passivos subordinados 504 1 513 8 067 40 378 50 462

939 719 1 410 170 555 455 258 019 341 257 3 504 620

Gap de liquidez (892 509) 230 679 569 612 352 752 28 628 151 536 440 697

Em 31 de Dezembro de 2006, os cash-flows contratuais não descontados dos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte

estrutura:

à vista até 3 meses

de 3 mesesa 1 ano

de 1 ano a 5 anos

mais de 5 anos

Indeterminado Total

Prazos contratuais residuais

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22 817 22 817

Disponibilidades em outras instituições de crédito 43 907 3 43 910

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 32 803 151 810 449 922 5 144 162 505 802 184

Activos financeiros disponíveis para venda 153 6 278 1 501 9 382 17 314

Aplicações em instituições de crédito 367 999 560 153 437 637 39 553 1 405 342

Crédito a Clientes 38 391 13 927 91 874 33 204 2 026 179 422

Derivados de cobertura 6 739 32 690 106 422 145 851

66 724 446 088 764 858 1 087 356 77 901 173 913 2 616 840

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 21 681 100 955 418 902 541 538

Recursos de outras instituições de crédito 359 667 57 142 2 809 419 618

Recursos de Clientes e outros empréstimos 603 286 501 961 160 092 78 641 66 1 344 046

Responsabilidades representadas por títulos 15 44 219 74 352

Derivados de cobertura 5 482 25 529 105 928 136 939

Passivos subordinados 525 1 575 8 400 44 326 54 826

603 286 889 331 345 337 614 899 44 466 2 497 319

Gap de liquidez (536 562) (443 243) 419 521 472 457 33 435 173 913 119 521

Page 85: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Demonstrações financeiras | Notas 85

Os valores dos quadros de liquidez estática aqui apresentados

traduzem a situação típica de uma instituição bancária. Em

termos dinâmicos, os depósitos, que surgem aqui como passivos

à vista ou a curto prazo, são uma fonte de fundos estável que

permite financiar a concessão de créditos a empresas e a

particulares em prazos longos, complementada pelo recurso aos

mercados monetários e de capitais a que o Banco tem acesso.

Considerando os aspectos acima referidos, conclui-se que o risco

de liquidez é negligenciável.

Risco de Mercado

O risco de mercado (taxa de juro, taxa de câmbio, preço das

acções, preço de mercadorias e spread) define-se como a

possibilidade de incorrer em perdas, devido a variações

inesperadas do preço de instrumentos ou de operações (“preço”

inclui o valor de um índice, da taxa de juro ou da taxa de

câmbio). O risco de spread é o risco proveniente da variabilidade

das taxas de juro de algumas contrapartes relativamente à taxa

de juro tomada como referência.

A gestão do risco de mercado no Grupo BPI é da

responsabilidade da Comissão Executiva para Riscos de Mercado

(CERM) e é diferenciada no que concerne à carteira de

negociação (trading) relativamente à restante actividade. No

caso específico do risco cambial, a avaliação é feita para a

actividade como um todo (trading e não-trading).

Carteira de negociação (trading)

As posições de trading são geridas autonomamente pelos

traders, dentro dos limites estabelecidos pelo Manual da Sala de

Mercados, único para todo o Grupo BPI, aprovado pela Comissão

Executiva do Conselho de Administração. A carteira de

negociação é definida para efeitos de gestão financeira e de

risco de forma independente da classificação contabilística

(embora os conceitos coincidam em boa parte) e inclui todo o

tipo de instrumentos financeiros negociados pelas Salas de

Mercados (derivados, reportes, acções e obrigações) que

produzem vários tipos de risco de mercado, nomeadamente os

riscos de taxa de juro, acções, cambial, mercadorias e spread.

A avaliação e controlo dos riscos de mercado em operações de

trading é executada diariamente mediante o uso de uma rotina

de cálculo do VaR – Value at Risk – que utiliza um modelo

standartizado (do tipo “variância co-variância”), com base na

actividade do BPI Investimentos.

O VaR calculado equivale à perda máxima potencial, com um

nível de confiança de 99%, resultante de uma evolução

desfavorável dos factores de risco num horizonte temporal de

duas semanas (factores de risco são as taxas de crescimento dos

preços, índices e taxas de juro que informam o valor da carteira,

ou que são tomados como representativos desses mesmos

preços, índices e taxas). O modelo utiliza como volatilidade dos

factores de risco os desvios padrão de amostras históricas dos

seus valores com uma dimensão anual e ponderação uniforme.

É assumida uma distribuição normal dos factores de risco, com

média zero e desvio padrão que leve ao nível de confiança acima

referido.

Em 2007 e 2006, o VaR nos livros de trading do BPI

Investimentos foi seguinte:

No cumprimento das suas obrigações legais o BPI Investimentos

produz igualmente informação prudencial para efeitos de

controlo pelo supervisor e cálculo do capital regulamentar

relativo a riscos de mercado de acordo com metodologia

standard constante das normas publicadas pelo Banco de

Portugal.

Carteira bancária (não-trading)

O Comité Financeiro, presidido pelo elemento da Comissão

Executiva com o pelouro Financeiro, acompanha e faz a gestão

corrente das posições que fazem parte da carteira bancária, a

partir de relatórios produzidos para o efeito e dentro das

orientações da CERM. Quando necessário é pedida uma reunião

extraordinária da CERM para tomada de decisões mais

importantes.

Média2006

31 Dez.2006

Média2007

31 Dez.2007

VaR 198 1 461 1 799 1 053

Risco de taxa de juro 41 9 9 6

Risco de acções 195 1 461 1 798 1 053

VaR (máximo) 2 974 2 841

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86 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Risco de Taxa de Juro

De seguida apresentamos a análise de sensibilidade da margem

financeira e da situação líquida do BPI Investimentos a uma

descida de 2% das taxas de juro de referência, considerando

a totalidade dos instrumentos da carteira bancária sensíveis à

taxa de juro:

O factor de ponderação reflecte o prazo residual, expresso em

meses em relação ao horizonte temporal de um ano, de

investimento e financiamento de todos os elementos da carteira

bancária. Este indicador traduz uma estimativa da duração

modificada dos elementos da carteira bancária com maturidade

igual ao prazo médio de cada banda temporal, assumindo que

todos os activos, passivos e extrapatrimoniais são remunerados à

taxa de 5% e que a taxa de desconto para todo o espectro de

maturidades é igualmente de 5%.

Risco Acções

De acordo com os requisitos prudenciais, o BPI Investimentos

apura o impacto da descida de 10% da cotação das acções e das

unidades de participação classificadas em activos financeiros

disponíveis para venda activos financeiros de negociação. Em 31

de Dezembro de 2007, a descida de 10% da cotação dos títulos

acima referidos traduzir-se-ia numa redução do respectivo justo

valor em 3 915 m. euros, implicando o reconhecimento de um

custo no montante de 1 901 m. euros, sendo a restante

desvalorização reflectida em reservas.

Banda temporal

Margem financeira

31 Dez. 06

Posição Factor deponderação

Posiçãoponderada

31 Dez. 07

Posição Factor deponderação

Posiçãoponderada

à vista 214 299 2.00% (4 286) (116 967) 2.00% 2 339

à vista-1 mês (779 884) 1.92% 14 974 (919 769) 1.92% 17 660

1-2 meses (13 368) 1.75% 234 167 058 1.75% (2 924)

2-3 meses 443 600 1.58% (7 009) 825 685 1.58% (13 046)

3-4 meses 54 855 1.42% (779) (12 388) 1.42% 176

4-5 meses (47 909) 1.25% 599 (44 617) 1.25% 558

5-6 meses (378) 1.08% 4 (17 580) 1.08% 190

6-7 meses (1 855) 0.92% 17 13 645 0.92% (126)

7-8 meses 6 888 0.75% (52) (5 036) 0.75% 38

8-9 meses 22 382 0.58% (130) (5 114) 0.58% 30

9-10 meses 815 0.42% (3) (29 738) 0.42% 125

10-11 meses (1 504) 0.25% 4 (1 799) 0.25% 4

11-12 meses (3 632) 0.08% 3 (2 094) 0.08% 2

Total 3 576 5 026

Banda temporal

Situação líquida

31 Dez. 06

Posição Factor deponderação

Posiçãoponderada

31 Dez. 07

Posição Factor deponderação

Posiçãoponderada

à vista-1 mês (572 379) 0.08% 458 (951 837) 0.08% 761

1-3 meses 458 079 0.32% (1 466) 884 205 0.32% (2 829)

3-6 meses 56 0.72% (0) (56 112) 0.72% 404

6-12 meses 8 551 1.43% (122) (24 969) 1.43% 357

1-2 anos (50) 2.77% 1 (12) 2.77% 0

2-3 anos 418 4.49% (19) (48) 4.49% 2

3-4 anos 343 6.14% (21) 413 6.14% (25)

4-5 anos (36) 7.71% 3 330 7.71% (25)

5-7 anos (1) 10.15% 0 (20) 10.15% 2

7-10 anos 13.26% 13.26%

10-15 anos 17.84% 17.84%

15-20 anos 22.43% 22.43%

> 20 anos 26.03% 26.03%

Total (1 166) (1 353)

Nota: As posições foram distribuídas pelas colunas de activo, passivo e pelas respectivas classes de maturidade.

Nota: As posições foram distribuídas pelas colunas de activo, passivo e pelas respectivas classes de maturidade.

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Demonstrações financeiras | Notas 87

Risco cambial

Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição dos activos e passivos financeiros por moeda apresenta a seguinte estrutura:

Tipo de instrumento financeiroActivos e passivos por moedas

Euros Dólares americanos Outras moedas Total

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 191 191

Disponibilidades em outras instituições de crédito 18 544 12 979 15 496 47 019

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 143 006 3 090 167 146 262

Activos financeiros disponíveis para venda 20 819 20 819

Aplicações em instituições de crédito 2 026 961 12 9 672 2 036 645

Crédito a Clientes 181 784 250 1 048 183 081

Derivados de cobertura 952 952

2 392 258 16 331 26 382 2 434 969

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 11 875 843 9 12 727

Recursos de outras instituições de crédito 12 158 87 203 13 119 112 479

Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 047 850 129 405 23 440 2 200 695

Responsabilidades representadas por títulos 302 302

Derivados de cobertura 20 20

Passivos subordinados 35 384 35 384

2 107 588 217 450 36 568 2 361 607

Operações cambiais a prazo 278 006 (245 874) (31 842) 290

Exposição líquida 44 754 21 656 73 072

Stress test 8 951 4 331 13 282

Tipo de instrumento financeiroActivos e passivos por moedas

Euros Dólares americanos Outras moedas Total

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22 817 22 817

Disponibilidades em outras instituições de crédito 37 462 3 639 2 809 43 910

Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 197 620 4 213 166 201 999

Activos financeiros disponíveis para venda 15 075 23 15 098

Aplicações em instituições de crédito 1 324 188 7 665 1 331 853

Crédito a Clientes 150 082 180 1 473 151 735

Derivados de cobertura 18 135 18 135

1 765 379 8 032 12 136 1 785 547

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação 8 854 1 051 165 10 070

Recursos de outras instituições de crédito 85 589 323 651 7 175 416 415

Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 166 841 57 812 23 750 1 248 403

Responsabilidades representadas por títulos 352 352

Derivados de cobertura 177 177

Passivos subordinados 35 308 35 308

1 297 121 382 514 31 090 1 710 725

Operações cambiais a prazo 417 644 (384 504) (18 682) 14 457

Exposição líquida 10 022 (272) 60 365

Stress test 2 004 (54) 1 950

Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição dos activos e passivos financeiros por moeda apresenta a seguinte estrutura:

O stress test realizado consiste em avaliar o impacto da variação de 20% no câmbio de cada moeda contra o euro.

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88 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Contabilidade de cobertura

O BPI Investimentos aplica Contabilidade de Cobertura de justo

valor ao nível da macro-cobertura de recursos de instituições de

crédito celebradas com o Banco BPI.

O BPI Investimentos assegura a cobertura do risco de taxa de

juro associado aos elementos cobertos acima descritos,

utilizando para o efeito swaps de taxa de juro. A cobertura da

componente opcional associada aos recursos de instituições de

crédito é efectuada através de opções e de swaps.

De referir que a aplicação de Contabilidade de Cobertura permite

eliminar o accounting mismatch que resultaria do

reconhecimento ao custo amortizado dos elementos cobertos,

enquanto os instrumentos de cobertura (instrumentos financeiros

derivados) teriam de ser obrigatoriamente registados ao justo

valor através de resultados.

Em 31 de Dezembro de 2007 o justo valor dos instrumentos de

cobertura tem a seguinte decomposição:

Em 31 de Dezembro de 2006 o justo valor dos instrumentos de cobertura tem a seguinte decomposição:

Instrumentos de cobertura

Correcçõesde valor

Total Montantenocional

Juros eprémios

Reava-liação

Justo valor

Elementos cobertos

Montantenominal

Juros, prémios evalias potenciais

Tipos de cobertura de justo valor

Recursos de ICs (2 500) (1 426) (21) (3 947) 3 666 920 12 932

(2 500) (1 426) (21) (3 947) 3 666 920 12 932

Instrumentos de cobertura

Correcçõesde valor

Total Montantenocional

Juros eprémios

Reava-liação

Justo valor

Elementos cobertos

Montantenominal

Juros, prémios evalias potenciais

Tipos de cobertura de justo valor

Recursos de ICs (52 000) (20 655) (309) (72 963)0 81 266 17 638 319 17 958

(52 000) (20 655) (309) (72 963) 81 266 17 638 319 17 958

Em 2007 e 2006 os resultados em operações financeiras

reconhecidos nos instrumentos financeiros derivados de

cobertura e nos elementos cobertos foram os seguintes:

3.37. Gestão do capital

O Grupo BPI tem como política de distribuição de resultados, a

distribuição de um dividendo anual, mediante proposta a

submeter pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral,

tendencialmente não inferior a 40% do lucro líquido apurado

nas contas do exercício a que se reporta, salvo se circunstâncias

excepcionais justificarem a distribuição de um dividendo

inferior.

Conforme também expresso na politica de dividendos, o Grupo

BPI prossegue objectivos de solidez financeira que se expressam

na manutenção de:

� um rácio entre os seus fundos próprios de base e os activos

ponderados pelo risco – Tier I – tendencialmente superior a 7%;

� uma percentagem de acções preferenciais não superior a 20%

dos fundos próprios de base, ou seja, um indicador Core Tier I

tendencialmente superior a 5.5%.

As componentes potenciais dos Fundos Próprios Tier I (incluindo

Core Tier I) e Tier II (incluindo um patamar superior e outro

inferior), seguem o que está estabelecido regulamentarmente

pelo Banco de Portugal no Aviso 5 / 2007. As proporções

regulamentares a respeitar indicam que o valor de Tier II não

poderá superar Tier I e o valor do patamar inferior de Tier II

(dívida subordinada de longo prazo e acções preferenciais

remíveis) não poderá exceder 50% de Tier I.

De acordo com nova regulamentação, desde Junho de 2007

passou-se a afectar ao Tier I 50% das deduções aos Fundos

Próprios relativas a participações em instituições financeiras e

seguradoras quando anteriormente estas eram integralmente

afectas ao Tier II, o que ocasionou uma redução de 1.4 pontos

percentuais no rácio Tier I, com referência a Dezembro de 2007.

31 Dez. 0631 Dez. 07

Recursos de instituições de crédito

Elemento coberto 288 2 131

Instrumento de cobertura

Opções (308) 31

Swaps de cobertura (30) (2 145)

(50) 17

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Demonstrações financeiras | Notas 89

Relativamente ao exercício de 2007, o Conselho de

Administração do BPI Investimentos propõe a distribuição de

dividendos no montante de 21 826 m. euros.

De acordo com as normas do Banco de Portugal, os Fundos

Próprios do BPI Investimentos têm a seguinte composição:

4.49. Partes relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2007, as entidades relacionadas do

Grupo BPI são as seguintes:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Fundos próprios de base

Capital realizado, prémios de emissão, reservas (excluindo reserva de justo valor) e resultados retidos 56 885 54 190

Contribuições para o fundo de pensões ainda não relevadas como custo (1 456) (26)

Imobilizações incorpóreas (15) (47)

Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (304) (231)

Fundos próprios de base 55 109 53 885

Fundos próprios complementares

Reservas de reavaliação de activo imobilizado 703 703

Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (45)

Dívida subordinada perpétua 35 000 35 000

Reservas de reavaliação ao justo valor 82 132

Provisões para riscos gerais de crédito 1 991 1 290

Fundos próprios complementares 37 776 37 081

Deduções

Dedução de interesses em participações em empresas de seguros e em outras instituições financeiras (19 737) (25 031)

Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (15)

Deduções (19 737) (25 046)

Total de fundos próprios 73 149 65 919

Requisitos totais 58 477 51 082

Activos ponderados pelo risco1 730 963 638 530

Rácio de requisitos de fundos próprios 10.0% 10.3%

Tier I2 6.2% 8.4%

Core Tier I (excluindo acções preferenciais)2 6.2% 8.4%

1) Requisitos totais x 12.5.2) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal. Em Junho de

2007 passou-se a afectar ao Tier I e core Tier I 50% das deduções aos fundospróprios relativas a participações em instituições financeiras e seguradoras, quandoanteriormente estas eram integralmente afectas ao Tier II.

Participaçãoefectiva

SedeNome da entidade relacionada

Empresas participadasBanco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Moçambique 0.3%BPI Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique) S.A.R.L. Moçambique 75.5%BPI (Suisse) S.A. Suíça 99.9%Banco de Fomento, S.A.R.L. Angola 0.007%Ulissipair ACE Portugal 50.0%Outras entidades do Grupo BPIBanco BPI Cayman, Ltd. Ilhas CaymanBPI – Global Investment Fund Management Company, S.A. LuxemburgoBPI Capital Finance Ltd. llhas CaymanBPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. PortugalBPI Locação de Equipamentos, Lda. PortugalBPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. PortugalBPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. PortugalBPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda. PortugalBPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. PortugalBPI, Inc. EUACompanhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. PortugalCosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. PortugalDouro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. PortugalEurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. PortugalF. Turismo – Capital de Risco, S.A. PortugalFinangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. PortugalInter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. PortugalSimofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. PortugalSofinac – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. PortugalViacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. PortugalUnicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. PortugalFundos de Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPIFundo de Pensões Banco BPI PortugalFundo de Pensões Aberto BPI Valorização Portugal 20.1%Fundo de Pensões Aberto BPI Segurança Portugal 1.4%Fundo de Pensões Aberto BPI Acções PortugalFundo de Pensões Aberto BPI Garantia PortugalAccionista do BPI InvestimentosBanco BPI, S.A. Portugal 100.0%Accionistas indirectos do BPI InvestimentosGrupo Itaú BrasilGrupo La Caixa EspanhaMembros do Conselho de Administração do BPI Investimentos e do Banco BPIArtur Santos SilvaCarlos da Câmara PestanaFernando UlrichRuy Octávio Matos de CarvalhoAlfredo Rezende de AlmeidaAntonio DominguesAntónio Farinha MoraisArmando Leite de PinhoCaixa Holding S.A., Sociedade Unipessoal – Representada por Marcelino Armenter VidalCarlos Moreira da SilvaEdgar Alves FerreiraIsidro Fainé CasasJorge de Figueiredo DiasJosé Pena do AmaralKlaus DuhrkopManuel Ferreira da SilvaMaria Celeste HagatongPedro BarretoRAS International, N.V. – Representada por Herbert WalterRoberto Egydio SetúbalTomaz JervellAlexandre Lucena ValeCarlos Jaime CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Oliveira CostaJosé Miguel Morais Alves

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90 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

De acordo com o IAS 24, são consideradas entidades

relacionadas, aquelas em que o BPI Investimentos ou o Banco

BPI exercem, directa ou indirectamente, o controlo ou uma

influência significativa sobre a sua gestão e a sua política

financeira – Empresas participadas, outras entidades do Grupo

BPI e Fundos de Pensões – e as entidades que controlam ou

exercem directa ou indirectamente uma influência significativa

sobre a gestão do Banco – Accionistas e membros do Conselho

de Administração do BPI Investimentos ou do Banco BPI.

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante global dos activos e

passivos, proveitos e custos, e responsabilidades

extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com empresas

participadas, outras entidades do Grupo BPI e com os Fundos de

Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPI

têm a seguinte composição:

Outras entidades do Grupo BPI

Empresasparticipadas

Fundos de pensões de Colaboradores doBPI Investimentos e do Banco BPI

Total

Activos

Activos financeiros detidos para negociação e derivados 5 5

Outros valores a receber 7 328 7 328

7 333 7 333

Passivos

Passivos financeiros de negociação e derivados 4 4

Depósitos 912 758 205 659 1 118 417

Passivos subordinados 35 000 35 000

Outros valores a pagar 5 984 5 984

953 746 205 659 1 159 405

Proveitos

Juros e rendimentos similares 29 10 39

Comissões recebidas 500 7 897 8 397

500 7 926 10 8 436

Custos

Juros e encargos similares 19 606 6 063 25 669

Comissões pagas 130 130

19 606 6 063 25 799

Extrapatrimoniais

Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 902 710 2 272 959 3 175 669

Operações cambiais e instrumentos de derivados

Compra 374 374

Venda (390) (390)

902 694 2 272 959 3 175 653

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Demonstrações financeiras | Notas 91

1) Com influência significativa sobre a gestão do Banco. Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%.2) Em nome individual.

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante global dos activos e

passivos, custos e proveitos, e responsabilidades

extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com

accionistas, membros do Conselho de Administração e

sociedades em que estes têm influência significativa têm a

seguinte composição:

Accionistasindirectos1

Accionistadirecto

Membros do Conselho deAdministração do BPI

Investimentos e do Banco BPI2

TotalSociedades onde os Membros doConselho de Administração têm

influência significativa

Activos

Aplicações financeiras 2 036 046 2 036 046

Activos financeiros detidos para negociação e derivados 9 881 15 9 896

Outros valores a receber 7 898 7 898

2 053 825 15 2 053 840

Passivos

Passivos financeiros de negociação e derivados 1 678 862 2 540

Depósitos 102 789 915 7 319 1 963 112 986

Outros valores a pagar 1 045 1 045

105 512 915 8 181 1 963 116 571

Proveitos

Juros e rendimentos similares 70 201 4 70 205

Comissões recebidas 9 244 101 9 345

79 445 105 79 550

Custos

Juros e encargos similares 17 981 53 5 1 18 040

Prejuízos em operações financeiras 813 813

Gastos gerais administrativos 105 105

18 899 53 5 1 18 958

Extrapatrimoniais

Garantias recebidas 12 956 12 956

Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 1 023 565 53 154 125 640 1 202 359

Operações cambiais e instrumentos de derivados

Compra 366 490 8 681 375 171

Venda (365 562) (8 100) (373 662)

13 884 1 023 565 53 735 125 640 1 216 824

Page 92: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Em 31 de Dezembro de 2006, o montante global dos activos e

passivos, proveitos e custos, e responsabilidades

extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com empresas

participadas, outras entidades do Grupo BPI e com os Fundos de

Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPI

têm a seguinte composição:

92 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Outras entidades do Grupo BPI

Empresasparticipadas

Fundos de pensões de Colaboradores doBPI Investimentos e do Banco BPI

Total

Activos

Outros valores a receber 5 280 5 280

5 280 5 280

Passivos

Depósitos 394 110 175 853 569 963

Passivos subordinados 35 000 35 000

Outros valores a pagar 3 614 3 614

432 724 175 853 608 577

Proveitos

Juros e rendimentos similares 2 2

Comissões recebidas 5 763 5 763

5 765 5 765

Custos

Juros e encargos similares 11 904 343 12 247

Comissões pagas 101 101

Outros custos 91 91

11 995 343 12 439

Extrapatrimoniais

Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 901 509 2 191 720 3 093 229

Operações cambiais e instrumentos de derivados

Compra 13 13

Venda (13) (13)

901 509 2 191 720 3 093 229

Page 93: BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A. · liderança na intermediação de acções ... do capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre

Demonstrações financeiras | Notas 93

Em 31 de Dezembro de 2006, o montante global dos activos e

passivos, proveitos e custos, e responsabilidades

extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com

accionistas, membros do Conselho de Administração e

sociedades em que estes têm influência significativa têm a

seguinte composição:

1) Com influência significativa sobre a gestão do Banco. Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%.2) Em nome individual.

Accionistasindirectos1

Accionistadirecto1

Membros do Conselho deAdministração do BPI

Investimentos e do Banco BPI2

TotalSociedades onde os Membros doConselho de Administração têm

influência significativa

Activos

Aplicações financeiras 1 336 393 1 336 393

Activos financeiros detidos para negociação e derivados 27 584 27 584

Outros valores a receber 1 395 1 395

1 365 372 1 365 372

Passivos

Passivos financeiros de negociação e derivados 30 30

Depósitos 380 517 13 673 9 553 353 404 096

Outros recursos financeiros 1 605 1 605

Outros valores a pagar 8 799 8 799

389 346 13 673 11 158 353 414 530

Proveitos

Juros e rendimentos similares 46 837 46 837

Comissões recebidas 3 319 56 1 3 376

50 156 56 1 50 213

Custos

Juros e encargos similares 17 671 298 6 1 17 976

Prejuízos em operações financeiras 569 569

Outros custos 43 43

18 283 298 6 1 18 588

Extrapatrimoniais

Garantias recebidas 12 870 12 870

Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 1 546 823 63 455 87 1 610 365

Operações cambiais e instrumentos de derivados

Compra 118 607 118 607

Venda (165 597) (165 597)

(34 120) 1 546 823 63 455 87 1 576 245

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94 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Nos exercícios de 2007 e 2006, as remunerações atribuídas aos

membros do Conselho de Administração do BPI Investimentos

apresentam a seguinte composição:

31 Dez. 0631 Dez. 07

Remunerações em numerário 1 557 2 050

Remuneração com base em instrumentos

de capital 518

2 075 2 050

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Demonstrações financeiras | Notas 95

Nos termos do artigo 447 do Código das Sociedades Comerciais, em 31 de Dezembro de 2007, a posição accionista no Banco BPI dos

membros do Conselho de Administração do BPI Investimentos é a seguinte:

FERNANDO ULRICH – Em 30 de Janeiro de 2007, adquiriu, por

exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito

do RVA 2005, 486 112 acções.

Vendeu em bolsa: em 29 de Novembro de 2007, 13 004 e

6 996 acções aos preços de 5.46 euros e 5.45 euros,

respectivamente; em 30 de Novembro de 2007, 20 000 acções

ao preço de 5.46 euros; em 3 de Dezembro de 2007, 20 000

acções ao preço de 5.42 euros; em 4 de Dezembro de 2007,

8 995 e 11 005 acções aos preços de 5.53 euros e 5.54 euros,

respectivamente; em 5 de Dezembro de 2007, 20 000 acções

ao preço de 5.58 euros; em 6 de Dezembro de 2007, 20 000

acções ao preço de 5.55 euros; em 7 de Dezembro de 2007,

9 138 e 10 862 acções aos preços de 5.50 euros e 5.51 euros,

respectivamente; e, em 10 de Dezembro de 2007, 20 000

acções ao preço de 5.49 euros.

Em 31 de Dezembro de 2007, o cônjuge detinha 45 000

acções.

ANTÓNIO DOMINGUES – Em 8 de Março de 2007, adquiriu, por

exercício de opções de compra de acções 222 223, 370 968 e

375 000 acções que lhe foram atribuídas no âmbito do RVA

2003, RVA 2004 e RVA 2005, respectivamente.

MANUEL FERREIRA DA SILVA – Em 27 de Fevereiro de 2007 e em 8

de Março de 2007, adquiriu, por exercício de opções de compra

atribuídas no âmbito do RVA 2001, 3 147 e 80 000 acções,

respectivamente. Em 8 de Março de 2007, em 15 de Maio de

2007, em 8 de Junho de 2007 e em 14 de Junho de 2007,

adquiriu, por exercício de opções de compra de acções

atribuídas no âmbito do RVA 2002, 22 834, 11 000, 5 797 e

17 992 acções, respectivamente. Em 14 de Junho de 2007,

adquiriu, por exercício de opções de compra no âmbito do RVA

2003, 2 008 acções.

Vendeu em bolsa: em 15 de Maio de 2007, 797 acções ao

preço de 6.30 euros; e, em 14 de Junho de 2007, 5 000

acções ao preço de 6.68 euros.

Em 31 de Dezembro de 2007, o cônjuge detinha 100 000

acções e 350 000 opções de compra de acções.

ALEXANDRE LUCENA E VALE – Não efectuou movimentos.

CARLOS JAIME CASQUEIRO – Não efectuou movimentos.

HENRIQUE CABRAL MENESES – Não efectuou movimentos.

JOSÉ MIGUEL MORAIS ALVES – Não efectuou movimentos.

JOÃO PEDRO OLIVEIRA COSTA – Não efectuou movimentos.

Exercício Detidas em 31Dez.07

Opções

Detidas em 31Dez.06

Aliena-ções

Detidas em 31 Dez.07

Valor em 31

Dez.071

Acçõesdadas emgarantia

B

Acçõesindispo-

níveisA

Acçõesdadas emgarantia

C

CréditoRVA

D

Acções

Detidas em 31 Dez.06

Aquisi-ções

Aquisi-ções

Fernando Ulrich 1 839 433 486 112 160 000 2 165 545 11 607 39 755 2 015 219 50 000 6 424 033 486 112 486 112

Antonio Domingues2 402 550 968 191 1 370 741 7 347 28 276 1 278 191 4 217 168 968 191 968 191

Manuel Ferreira da Silva 193 019 142 778 5 797 330 000 1 769 14 169 80 000 60 000 171 200 642 778 142 778 500 000

Alexandre Lucena e Vale 41 907 41 907 225 4 600 9 608 24 404 195 006 195 006

Carlos Jaime Amoedo Casqueiro 10 868 10 868 58 3 235 88 388 88 388

Henrique Cabral Meneses 10 666 10 666 57 4 673 60 000 60 000

José Miguel Morais Alves 16 395 16 395 88 4 395

João Pedro Oliveira e Costa 3 513 3 513 19 3 513 60 000 60 000

1) Justo valor das acções.2) Foi contratado um “collar” (isto é, foi contratada a compra de uma put e a venda simultânea de uma call) relativo a 1 350 000 acções detidas em 31 de Dezembro de 2007Nota: O saldo inicial reporta-se a 1 de Janeiro de 2007 no caso dos Membros do Conselho de Administração Fernando Ulrich, António Domingues e Manuel Ferreira da Silva; o saldo inicial

corresponde à data do início das funções de Membro do Conselho de Administração (que ocorreu em 10 de Setembro de 2007) no caso dos Administradores Alexandre Lucena eVale, Carlos Jaime Amoedo Casqueiro, Henrique Cabral Meneses, José Miguel Morais Alves e João Pedro Oliveira e Costa.

A – Acções atribuídas no âmbito do RVA cuja disponibilidade, em 31 de Dezembro de 2007, se encontra condicionada à verificação de condição resolutiva.B – Acções que, em 31 de Dezembro de 2007, estão dadas de penhor como garantia de financiamento obtido com a finalidade de adquirir aquelas acções em resultado do exercício de

opções.C – Acções que, em 31 de Dezembro de 2007, estão dadas de penhor para efeitos do art.º 396 do Código das Sociedades Comerciais.D – Saldo (em euros) em dívida, em 31 de Dezembro de 2007, do financiamento referido em B.

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96 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Certificação legal das contas

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS(Montantes expressos em milhares de euros – m. euros)

Introdução1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas do Banco Português de Investimento, S.A. (Banco), as quais compreendem

o Balanço em 31 de Dezembro de 2007 que evidencia um total de 2 497 788 m. euros e capitais próprios de 79 547m. euros, incluindo um resultado líquido de 24 251 m. euros, as demonstrações dos resultados, de alterações no capitalpróprio e dos fluxos de caixa no exercício findo naquela data e o correspondente anexo.

Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco a preparação de demonstrações financeiras que apresentem

de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa,bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nossoexame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um graude segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nasdemonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho deAdministração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas aspolíticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade doprincípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeiraconstante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona umabase aceitável para a expressão da nossa opinião.

Deloitte & Associados, SROC S.A.Inscrição na OROC n.º 43Registo na CMVM n.º 231

Edifício Atrium SaldanhaPraça Duque de Saldanha, 1 - 6.º1050-094 LisboaPortugal

Capital Social: 500.000,00 euros - Matriculada na CRC de Lisboa e NIPC 501 776 311

Sede: Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, 1 - 6.º, 1050-094 Lisboa

Tel.: +(351) 210 427 500 Fax: +(351) 210 427 950 · www.deloitte.com/pt

· Porto: Bom Sucesso Trade Center, Praça do Bom Sucesso, 61 - 13º, 4150-146 Porto - Tel.: +(351) 225 439 200 - Fax: +(351) 225 439 650

A expressão Deloitte refere-se a uma ou várias sociedades que operam ao abrigo de um acordo com a Deloitte Touche Tohmatsu, uma Swiss Verein, bem como às suas respectivas representadase afiliadas. Deloitte Touche Tohmatsu é uma associação mundial de sociedades dedicadas à prestação de serviços profissionais de excelência, concentradas no serviço ao cliente sob uma estratégiaglobal, aplicada localmente em, aproximadamente, 150 países. Como Swiss Verein (associação), nem a Deloitte Touche Tohmatsu nem qualquer das suas sociedades membro assumem qualquerresponsabilidade isolada ou solidária pelos actos ou omissões de qualquer das outras sociedades membro. Cada uma das sociedades membro é uma entidade legal e separada que opera sob amarca “Deloitte”, “Deloitte & Touche”, “Deloitte Touche Tohmatsu” ou outros nomes relacionados.

Member ofDeloitte Touche Tohmatsu

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Certificação legal das contas 97

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Opinião4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e

apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco Português de Investimento, S.A.em 31 de Dezembro de 2007, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, emconformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.

Porto, 14 de Março de 2008

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Maria Augusta Cardador Francisco

Deloitte & Associados, SROC S.A.Inscrição na OROC n.º 43Registo na CMVM n.º 231

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RELATÓRIO E PARECER DA CONSELHO FISCAL

Ao Accionista doBanco Português de Investimento, S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação onosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas doBanco Português de Investimento, S.A. (Banco) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os quais sãoda responsabilidade do Conselho de Administração.

Ao longo do exercício de 2007 acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco, a regularidade dosseus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração edos serviços do Banco, as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções examinámos o Balanço do Banco em 31 de Dezembro de 2007, as demonstrações dosresultados, de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa e o respectivo anexo, bem como o Relatório deGestão, preparado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos aCertificação Legal das Contas, elaborada pelo Revisor Oficial de Contas vogal deste Conselho, a qual mereceu o nossoacordo.

Face ao exposto, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bemcomo a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, pelo quepoderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco o nosso apreço pela colaboraçãoprestada.

Porto, 14 de Março de 2008

Artur Alves CondePresidente

João Adelino Marinha de Morais CabralVogal

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Maria Augusta Cardador Francisco

Vogal

98 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007

Relatório e parecer do Conselho Fiscal

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BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.

Sede: Rua Tenente Valadim, n.º 284, 4100-476 Porto, PORTUGAL

Capital Social: 20 000 000 euros

Matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva sob o número único 503 569 046