Baixa idade média
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Baixa Idade Média (séculos X ao XV)
Professor Douglas Freitas
Os Conflitos entre o Império e o Papado
A organização da Igreja Católica; No início da Idade Média, a Igreja foi a instituição que
desempenhou o papel mais dinâmico e progressista;
Fundou escolas;
Ajudou os pobres;
Protegeu crianças em seus orfanatos;
Construiu hospitais;
Os Conflitos entre o Império e o Papado
Os Conflitos entre o Império e o Papado
Os Conflitos entre o Império e o Papado
A Espada contra a Cruz
“Somente o pontífice romano pode depor ou absolver os bispos. O seu legado, em um concílio, manda em todos os bispos, mesmo que seja em posição inferior e, somente ele pode pronunciar uma sentença de deposição. A sentença do papa não pode ser reformada por ninguém e, somente ele pode reformar a de todos. Não deve ser julgado por ninguém. Ninguém pode condenar uma decisão da Santa Sé. As causas importantes de todas as igrejas devem ser levadas a ela. Quem não se acha em comunhão com a Igreja Romana não pode ser considerado católico(...). O papa é o único homem cujos pés os príncipes beijam(...). É-lhe permitido depor os imperadores(...)”
ISAAC, J. e ALBA, A. História Universal – Idade Média. São Paulo, Mestre Jou, 1968. p. 80.
A Organização da Igreja
As paróquias, dioceses e províncias eclesiásticas;
Cada Bispo administrava um território denominado diocese;
A reunião de várias dioceses recebia o nome de Província Eclesiástica e ficava sob a liderança de um Arcebispo;
As Dioceses eram formadas por várias paróquias e cada uma delas possuía um cura (curate) para administrá-la;
A Organização da Igreja
Papa Bispos
Cônegos Curas
Clero Secular
A Organização da Igreja
Clero Regula
r
Castigoscorporais
Isolamento social
Disciplina Beneditin
a
Maior austerida
de
As Penalidades Religiosas
A Igreja conseguiu difundir, de forma profunda, a fé religiosa; O Calendário, os mosteiros e as catedrais;
Eram frequentes as peregrinações ao túmulo de Cristo; O Clero possuía tribunais próprios;
O maior temor nessa sociedade consistia em ser condenado a penas eternas após a morte;
As Penalidades Religiosas
excomunhão
Jejum
Cansativas Peregrinaçõ
es
Clausura no Convento
Flagelações
As Penalidades Religiosas
As Penalidades Religiosas
Cerimônia de Excomunhão
Sermão realizado para os fiéis
SANTOS, João Henrique dos. ‘A Aproximação dos distantes: Os Éditos de Anátema e Excomunhão cristã e judaico no século XVII’. In: Revista Vértices, nº 10. São Paulo: USP, p. 7 e 8.
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
• Igreja sob o poder imperial;
• Poder Temporal sobre o Poder Espiritual;
• A nomeação de Bispos permitia-lhe controlar os senhores feudais eclesiásticos;
• Os bispos e curas eram escolhidos devido aos interesses pouco religiosos da nobreza feudal;
• Compras de cargos eclesiásticos e tráfico de coisas santas;
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
O texto bíblico narra o episódio em que Simão tenta comprar dos apóstolos o poder de operar milagres.
“E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro,Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.”
Atos 8:18-20
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
Um relicário contendo uma pequena quantidade do sangue de São Januário (séc. XIV);
A transformação desse sangue, originalmente conservado em estado sólido, chamava a atenção de vários peregrinos.
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
Em meados de 1260, a tumba que alojava Santo Antônio de Pádua foi aberta depois de mais de trinta anos de sua morte.
No caso de Santo Antônio, o primeiro reconhecimento foi no dia 8 de abril de 1263.
“O corpo tinha virado pó, só restavam os ossos. Mas a língua estava intacta e há testemunhas oculares disso”.
Alessandro Ratti, porta-voz da Basílica de Santo Antônio de Pádua.
“A língua, como todas as partes moles do corpo, é uma das primeiras que se decompõem. O fato de ela ter permanecido intacta foi interpretado como um sinal de Deus, que quis preservar essa língua, visto que Santo Antônio era conhecido por ser um grande pregador”
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
Em 1083, um grupo de clérigos ordenou que o corpo de Santo Estevão da Hungria fosse desenterrado para que o seu processo de beatificação fosse inaugurado.
Ao observarem as condições gerais do corpo, notaram que a mão dele se encontrava em perfeito estado de conservação.
Prontamente, a mão foi extraída para se transformar na mais importante relíquia da Basílica de Santo Estevão, localizada na cidade de Budapeste.
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
No século XIV, a morte de Santa Catarina de Siena provocou uma tenebrosa disputa pela posse de seu corpo.
A solução encontrada foi realizar a extração de seu pé direito, que acabou parando na cidade de Veneza;
A cabeça, que ficou como principal relíquia de sua cidade natal.
Atualmente, o resto de seu corpo está depositado na cidade de Roma, capital da Itália.
A Ordem de Cluny
Movimento da própria Igreja para colocar fim à Simonia e ao Cesaropapismo.
910 Sul da França – moralização da Igreja – Ordem Beneditina – celibato obrigatório;
A Ordem de Cluny tinha sob seu poder mais de 200 mosteiros;
Esses pontífices acabaram por provocar a Querela das Investiduras;
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
Submissão de São Luis a Inocêncio IV em Cluny
A Prática do Cesaropapismo e da Simonia
Inocêncio IV
A Ordem de Cluny
Abadia de Cluny
A Querela das Investiduras
O poder espiritual e temporal, mediram suas forças;
A Querela das Investiduras
Além das disputas entre o papado e o imperador... 1ª Imperador e os duques germânicos;
• Pretensão imperial em dominar o s duques e fortalecer o poder;• Os duques pretendiam limitar o poder imperial;
2ª Duques e os condes alemães;• Os duques queriam manter o controle sobre os condes;• Os condes procuravam maior autonomia;
3ª Opunha o Imperados as cidades lombardas do Norte da Itália;
• O imperador pretendia exigir maiores os tributos;• As cidades queriam diminuição dos tributos e maior autonomia;•
A Querela das Investiduras
4ª Bispos alemães e o papa;• Os bispos queriam manter sua autonomia sobre o papa;• O papa queria impor e manter sua autonomia sobre os
bispos;
5ª Ordem de Cluny e os Bispos alemães;• Cluny – moralizar e fortalecer a Igreja;• Os bispos alemães sabotavam as reformas de Cluny;
A Querela das Investiduras
A luta entre o papa Gregório VII e o imperador Henrique IV;
1059 Nicolau II criou o o Colégio dos Cardeais; Este órgão tinha a função de eleger o novo papa;
1073 Hidelbrando antigo abade de Cluny; Condenava a Simonia;
A Excomunhão e a peregrinação à Canossa;
A Querela das Investiduras
“ Julgaste que minha humildade era medo... Pois agora eu digo pela boca de meus bispos (os bispos alemães): deixai a cátedra que usurpastes. Que a Sé de São Pedro seja ocupada por outro que não procure cobrir a violência com o manto da religião. Eu Henrique, rei pela graça de Deus, vos digo com nossos bispos: Descei, Descei!!!”
• HENRIQUE IV
A Querela das Investiduras
“Venham sobre eles todas as maldições e pragas do Egito, que vieram sobre o Rei Faraó e sua gente, porque não obedeceram à lei de Deus. Sejam malditos nos povoados e no campo, onde quer que estejam, e no comer e beber, e no velar, dormir, viver e morrer. Os frutos de suas terras sejam malditos e os animais que possuem. Envie-lhes, Deus, fome e que a pestilência que os consuma(...)”.¹
[1]SANTOS, João Henrique dos. ‘A Aproximação dos distantes: Os Éditos de Anátema e Excomunhão cristã e judaico no século XVII’. In: Revista Vértices, nº 10. São Paulo: USP, p. 7 e
8.
A Querela das Investiduras
(...)Na Igreja com as paredes forradas de preto, ao som dos sinos, o bispo cercado por seu clero, empunhando tochas, lia diante do povo reunido a sentença de excomunhão. Depois pronunciava a fórmula de anátema (...).
(...) “Que sejam malditos sempre e em toda parte; que sejam malditos dia e noite e a toda hora; que sejam malditos quando dormem, quando comem e quando bebem; que sejam malditos quando se calam e quando falam; que sejam malditos desde o alto da cabeça até a planta dos pés. Que os seus olhos tornem-se cegos, que os seus ouvidos tornem-se surdos, que a sua boca torne-se muda, que a sua língua fique pregada à abóboda palatina, que as suas mãos não toquem em nada, que os seus pés não andem mais. Que todos os membros do seu corpo sejam malditos; que sejam malditos quando de pé, deitados ou sentados; que sejam enterrados com os cães e asnos; que os lobos rapaces devorem os seus cadáveres...E assim como se extinguem hoje estas tochas por nossas mãos, que a luz de sua vida se extinga eternamente, a menos que se arrependam”(...)
A Querela das Investiduras
A Querela das Investiduras
Após três dias na neve Henrique tem sua excomunhão retirada;
A Querela das Investiduras
A vingança veio rápido;
CLEMENTE III
São Gregório VII
A Concordata de Worms
Henrique V Papa Calixto II
Cetro e espada
Báculo e anel
A Concordata de Worms
Côneg
osBispos Im
perador
A Concordata de Worms
Esse acordo, obtido graças às pressões dos duques germânicos, enfraqueceu o poder do Imperador, fortalecendo a nobreza alemã e a igreja;
Os conflitos prosseguiram até os séculos XII e XIII;
O que se pensava no medievo?
O que se pensava no medievo?
O que se pensava no medievo?
“Somos todos da Idade Média.” (FRANCO, 2008, apud BRAIK, 2012, p. 95)
O que se pensava no medievo?
O que se pensava no medievo?
Papa Inocêncio III
O apogeu da Igreja;
Afirmação do poder espiritual sobre o poder temporal;
“(...) o vigário de Jesus Cristo, sucessor de São Pedro, está entre Deus e o homem; menor que Deus, maior que o homem. Ele possui, ao mesmo tempo a chave do céu e o governo da Terra (...) Fomos postos por Deus acima dos povos e dos reinos (...)”
Inocêncio III
Papa Inocêncio III
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
Expedições de cunho religioso-militar, foram uma contraofensiva cristã em relação ao cerco muçulmano;
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
1. Situação da Europa no século XII
Situação da Europa no século XII
Germânicos X Império Romano (século V); Crise econômica, social e política; Isolamento do continente europeu;
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
A Explosão Demográfica: A pressão demográfica não era absorvida
pelo sistema feudal; Incapaz de gerar uma produção agrícola adequada as
necessidades em expansão; Economia autossuficiente; Voltada pra subsistência; Técnicas e instrumentos rudimentares; Não criava excedentes;
Não conseguia absorver no setor produtivo a população resultante do crescimento demográfico;
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
O movimento das Cruzadas;• Contraofensiva da Europa Cristã para romper o cerco
muçulmano;
• Aliviar as pressões demográficas que ameaçavam o feudalismo;
• Condições de abastecimento do sistema feudal;
• Incapacidade de compreender e encontrar cientificamente meios para a superação da crise;
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
Aleixo I Urbano II
2. A Convergência de interesses nas cruzadas.
Setores interessados nas Cruzadas;• A Igreja – Expansão do Cristianismo e supremacia do
papado sobre o império;
• A Nobreza – obter novos feudos (conquistar terras e fortuna);
• Cidades Italianas – reabertura do Mediterrâneo;
• Setores marginalizados da população – reintegração ao processo produtivo;
“O movimento teve como causa imediata o bloqueio da peregrinação dos cristão ao Santo Sepulcro, dominado pelos turcos.”
2.2 As Cruzadas do Ocidente
A Guerra da Reconquista; 711 Tarik havia submetidos todos os territórios cristãos
da Península Ibérica (exceto as Astúrias);
Henrique e Raimundo de Borgonha e a busca por fama, glórias e riquezas.
Da Guerra da Reconquista resultou a formação das monarquias nacionais;
Na Itália a Guerra da Reconquista levou a reabertura do Mediterrâneo.
2.2 As Cruzadas do Ocidente
As CruzadasA aliança entre a espada e a Cruz
“Deixai os outrora estavam a se debaterem, impiedosamente, contra os fiéis(...) Deixai os que até aqui foram ladrões, tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora foram se bateram contra seus irmãos e parentes, lutarem agora contra os bárbaros como derem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixos salários receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra que vós habitais, fechada por todos os lados, pelo mar e circundada por picos e montanhas, é demasiadamente pequena para vossa grande população: a sua riqueza não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores(...) Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos(...)”
Urbano II, Clemont 1095
3. As Cruzadas do Oriente
A primeira Cruzada, a Cruzada dos Mendigos e a Cruzada dos Senhores; Após o apelo do Papa Urbano II ao Concílio de Clermont,
organizou-se a Primeira Cruzada. Pedro, o Eremita Gautier Sans Avoir;
40 mil marginalizados em direção a Jeruzalém;
3. As Cruzadas do Oriente
"Os condes e os cavaleiros pensavam ainda nos seus preparativos, e já os pobres faziam os seus com tal ardor que nada podia deter... Todos deixavam as suas casas, a sua vinha, o seu patrimônio, vendiam-nos a baixo preço e partiam alegres... Apressavam-se em converter em dinheiro tudo o que não podia servir durante a viagem... Pobres ferravam os bois como cavalos e atrelavam-nos a carretas em que colocavam algumas provisões e seus filhinhos, que arrastavam atrás de si. E essas crianças, assim que percebiam um castelo ou uma cidade, perguntavam logo se era ali essa Jerusalém para a qual caminhavam... As crianças, as velhas, os velhos preparavam-se para a partida; sabiam muito bem que não combateriam, mas esperavam ser mártires. Diziam eles aos guerreiros: Vós sois valentes e fortes, combatereis; nós sofreremos com o Cristo e faremos a conquista do céu.“
(Issac, J. e Alba, A. História universal - Idade Média).
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
A Primeira Cruzada, a Cruzada dos Mendigos e a Cruzada dos Senhores;
1096 a Cruzada comandada por Godofredo de Bulhões e Boemundo de Tarento;
A conquista de Antióquia e Tarento;
1099, Avistam Jerusalém e apesar de ter um número menor que o de defensores venceram, e o massacre foi imenso.
“Se desejais saber o que fizeram dos inimigos encontrados em Jerusalém, sabei que no Pórtico de Salomão e no Templo os nossos nadavam no sangue dos sarracenos e que suas montarias faziam-no até os joelhos”
Godofredo de Bulhão
3. As Cruzadas do Oriente
“Cerca de 10 mil sarracenos foram massacrados no Templo, quem ali se encontrassem teriam os pés tingidos de sangue até os tornozelos de sangue dos homens degolados(...) . (...) nenhum infiel teve a vida salva, não se poupando as mulheres nem as crianças(...)”
Foucher de Chartres
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
Os Estados Cristãos: O Reino de Jerusalém, o principado de Antioquia e os condados de Edessa e Trípoli.
Estados doados aos nobres, estrutura Feudal;
A Ordem de Malta – Hospitalários
3. As Cruzadas do Oriente
Cavaleiros Templários
3. As Cruzadas do Oriente
Cavaleiros Templários
"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente, um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para sua alma, é protegida pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de homens."
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood
3. As Cruzadas do Oriente
Os Fracassos da Segunda e da Terceira Cruzadas;
1147 Luís VII, da França e Conrado III, do Sacro Império Romano Germânico Responderam ao chamado da Igreja, são derrotados pelos turcos;
1187 Saladino retoma Jerusalém (Salah al-Din);
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
Os Fracassos da Segunda e da Terceira Cruzadas;
Com a notícia da perda da Cidade Santa organizou-se a Terceira Cruzada (1190);
Morte acidental ao banhar-se ou afogamento?
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
Felipe Augusto da França, segue por mar com Ricardo, Coração de Leão;
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
A diminuição do Ardor Religioso; Em 1200, Inocêncio III, convoca a Quarta Cruzada
Em direção a Zara, por interesses comerciais de Gênova e Veneza.
Após a destruição de Zara os cruzados marcharam sobre Constantinopla;
A quarta cruzada assinalou o declínio mercantil de Constantinopla e a ascensão comercial das cidades italianas.
3. As Cruzadas do Oriente
Quinta Cruzada.A Cruzada das Crianças, 1212;
20 mil crianças alemãs; 30 mil crianças francesas;
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
Em 1212, um grupo de crianças se organizou em uma Cruzada com a intenção de chegar à Terra Santa, Jerusalém.
Partiram de regiões da Alemanha e da França;
A maioria nunca retornou para seus lares.
As crianças que não foram sequestradas e escravizadas morreram pelo caminho de fome ou de frio.
3. As Cruzadas do Oriente
3. As Cruzadas do Oriente
Sexta Cruzada, organizada por André II, da Hungria e Frederico II, do Sacro Império Romano Germânico;
Acordo de 10 anos que foi violentamente rompido pelos mouros;
Sétima e Oitava Cruzada (1250 – 1270) organizadas por Luís IX, da França, malograram, ele morre vítima da peste e posteriormente é canonizado.
4 As Consequências das Cruzadas
“Reabertura” do Mediterrâneo e Renascimento Comercial e Urbano;
Reatamento das relações entre Oriente e Ocidente; O malogro das Cruzadas foi responsável pelo
reaquecimento da economia;
Em síntese, o Renascimento Comercial e Urbano do Ocidente da Europa, e a decadência do feudalismo, o declínio do poder da nobreza e o surgimento da burguesia, foram, direta ou indiretamente consequências das cruzadas.
A Peste
A Peste
A Peste
A Peste
Crise do sistema feudal: A Grande Fome (1315-1317);
Más colheitas e altas nos preços dos cereais; Em 1316, 2794 pessoas foram enterradas 12% da população de
Ypres.
A Peste Negra (1347-1350); “na cidade de Florença, entre o mês de março e o de julho (...) mais
de 100 mil pessoas morreram dentro das muralhas, onde, antes disso, não se supunha que tanta gente houvesse.”
Boccaccio, escritor do séc. XIV
Quanto aos médicos: “(...) Digamos que antes de mais, que a causa longínqua e primeira da peste foi e é ainda alguma constelação celeste a qual (...) causa real da corrupção mortífera do ar que nos rodeia, pressagia a mortalidade e a fome(...).”
Faculdade de Medicina de Paris.
A Peste
A Peste
A Peste
Renascimento Comercial e Urbano
Os fatores que dificultavam a circulação de mercadorias e o desenvolvimento das atividades comerciais;
O cerco dos muçulmanos; A precariedade das estradas; Escassez de dinheiro e moedas de vários pesos e
medidas;
Renascimento Comercial e Urbano
Crescimento demográfico: mais mão de obra para a produção e maior mercado consumidor. As inovações técnicas;
O crescimento populacional gerou simultaneamente mais mão de obra;
Os transportes e as comunicações também foram ampliadas;
Derrubada de florestas e drenagem de pântanos; Comércio e artesanato se desenvolveram em campos
urbanos e impulsionaram o renascimentos das antigas cidades.
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial; A “Trégua de Deus”
As rotas comerciais do norte e do sul da Europa;
Rotas fluviais, os mares do Norte e Báltico foram os eixos econômicos da Europa;
Renascimento Comercial e Urbano
As Feiras de Champagne ligavam o comércio do norte e do sul da Europa (renascimento das moedas);
A intensificação do comércio na Europa setentrional e na Europa meridional resultou no estabelecimento de ligações entre as duas regiões;
As primeiras feiras surgiram no século XI, mas seu auge se deu no XIII e XIV;
Até o século XII, as moedas praticamente desapareceram;
“No centro das feiras os banqueiros (chamados na época de cambistas) pesavam, avaliavam e trocavam as mais variadas espécies de moedas.”
“A terra deixava de ser a única riqueza na Europa Ocidental.”
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
Renascimento Comercial e Urbano
As associações de artesãos e comerciantes;
As corporações de artes e ofícios; Para defender seus interesses, os artesãos organizaram-
se em associações. Todos os que trabalhavam em um mesmo ofício numa determinada cidade juntavam-se e formavam uma associação denominada Corporação Artesanal.
Renascimento Comercial e Urbano
Oficiais: profissionais experientes ganhavam melhores salários;
Jornaleiros: contratados para jornadas de trabalho, raramente passando a mestre;
Aprendizes: eram iniciados pelo mestre aos segredos do ofício;
Mestre: o proprietário da oficina artesanal;
As corporações tinham a função de regulamentar a profissão, evitando o número excessivo de pessoas no mesmo ofício, controlar a qualidade e o preço dos produtos;
Renascimento Comercial e Urbano
As Hansas monopolizavam o comércio por atacado; As associações de mercadores chamavam-se Hansas (séc. XII);
A mais poderosa foi a Hansa Teutônica ou Liga Hanseática;
Reunia cerca de 90 cidades da Europa com uma potente esquadra;
Hansa das Dezessete Cidades; Ligava as cidades flamengas as Feiras de Champagne;
Hansa dos Mercadores Fluviais; Monopolizou o transporte ao longo do Sena;
Renascimento Comercial e Urbano
Algumas hansas permitiam que os não membros adquirissem mercadorias, mas à sociedade de mercadores ficavam reservados os primeiros negócios;
“Nenhum habitante ou estrangeiro trocará ou comprará qualquer espécie de mercadoria que chegue a cidade, antes dos membros da Corporação dos Mercadores, e quando um membro da sociedade estiver presente e deseje trocá-la ou comprá-la; se alguém o fizer e for considerado culpado, aquilo que comprar será confiscado pelo rei”
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
O ressurgimento das Cidades: À medida que o comércio se ampliava surgiam as
cidades, na confluência de estradas, na desembocadura de rios ou em regiões de declive elevado;
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
O burgo; A fortificação que facilitava a proteção dos comerciantes
(burgueses).
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
• As condições de higiene eram precárias;
• As construções eram pequenas devido o alto preço dos terrenos;
• Ruas praticamente sem calçamento;
• Inexistência de sistema de esgoto;
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
A luta das cidades pela conquista da independência;
“O ar da cidade torna o homem livre” A liberdade tornara-se fundamental para o exercício do
comércio e do artesanato, assim o servo da gleba já no século XII, considerava-se livre após ter morado um ano ou um dia em alguma cidade.
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
Burguesia X nobreza feudal. As cidades ficavam cada vez maiores, e as que se
situavam dentro dos feudos, ficavam sob a tutela dos senhores feudais;
A autonomia ficava pacífica ao passo que as cidades compravam dos senhores franquias e cartas de privilégios;
Movimento Comunal; Caracterizou-se pela luta constante pela autonomia das
cidades.
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
O comércio e a necessidade da centralização monárquica;
Em meio a uma sociedade essencialmente feudal, o comércio e as feiras realizavam-se no interior dos feudos;
Pedágios entre França, Áustria e Alemanha
Reno 64
Elba 35
Danúbio 77
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia
Renascimento Urbano e a formação da Burguesia