Bahia - Sistema Fieb · 2017-05-23 · da alta engenharia para criar o Instituto de Tecnologias em...
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXIv Nº 248 2017
A novA fAce do cimAtec
Unidade do SENAI utiliza recursos da alta engenharia para criar
o Instituto de Tecnologias em Saúde (ITS)
editoRiAL
Quando surgiu, há 15 anos, o SENAI Cimatec veio para suprir um ni-
cho de mercado representado pela demanda reprimida por serviços
tecnológicos. Olhando em retrospecto, pode-se afirmar que dificil-
mente alguém poderia então intuir a dimensão que a unidade viria
a alçar apenas uma década e meia depois.
Considerada a unidade mais avançada do SENAI e um dos mais
importantes centros tecnológicos do país, com reconhecida atuação
em áreas como manufatura avançada, energia e sustentabilidade,
robótica e automação e novos produtos, o Cimatec desbrava cami-
nhos em busca de novas competências.
A partir da experiência obtida na atuação em biotecnologia,
que dispõe de laboratório bem equipado – aplicado mais à área de
alimentos, como também a sínteses de substâncias novas – a insti-
tuição parte para o desafio de implantar o Instituto de Tecnologias
em Saúde (ITS), com a missão de apoiar empresas nacionais, labo-
ratórios públicos e órgãos reguladores para a produção e avaliação
de insumos estratégicos para o Sistema Único de Saúde. O ITS vai
atuar basicamente em três áreas de competências: base química e
biotecnológica; equipamentos e materiais de uso em saúde; quali-
dade, regulação e gestão.
O projeto do Instituto prevê a construção de um novo prédio no
Campus Integrado Cimatec, com custo estimado de R$ 180 milhões.
O empreendimento ganhou impulso a partir da contratação do re-
nomado infectologista Roberto Badaró, contando já com pesquisas
em andamento e parcerias com centros tecnológicos internacionais
de excelência, como a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts).
O ITS irá desenvolver soluções inovadoras, utilizando novas tec-
nologias para auxiliar no controle e cura de enfermidades, por meio
de novos medicamentos, equipamentos, materiais e kits, em muitos
casos, barateando o custo de tratamentos. Uma atuação socialmen-
te relevante, à qual se somará o estímulo à atração de cadeias pro-
dutivas estratégicas para a economia baiana.
Com o novo instituto, o Sistema FIEB, ao qual o SENAI Cima-
tec está vinculado, adianta sua atuação prioritária nas principais
tendências tecnológicas da saúde: engenharia de tecidos, órteses e
próteses, aprimoramento e automação do diagnóstico por imagem,
terapias para a população da terceira idade, diagnóstico in vitro e
e-health (saúde digital), nanotecnologia, tecnologias assistivas, te-
rapia gênica e medicina personalizada.
Juntamente com o Cimatec Industrial, que se encontra com obras
em andamento em um amplo terreno no Polo Industrial de Cama-
çari, o ITS prepara o caminho a ser trilhado pela unidade do SENAI
nos próximos 15 anos.
Instituto terá investimento estimado em R$ 180 milhões e tornará a Bahia polo de difusão do conhecimento e de tecnologias aplicadas para a área de saúde
Bet
to Jr./Co
per
pho
to/S
iSte
ma F
ieB
Aos 15 anos, Cimatec lança o ITS
Nevan Hanumara,
professor do
MIT, visitou o
Cimatec e elogiou
a instituição
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEB
Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS Vege-
taiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e
de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de
madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo,
milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eSta-
do da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-
dúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS
d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS
induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, gra-
nitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS,
concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado
da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sin-
dicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e
tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-
dúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado
da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS
hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução
e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do
nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (Sina-
Val) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected]
Filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE antonio ricardo alvarez alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge Gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; eduardo Catha-
rino Gordilho; edison Virginio Nogueira Correia;
alexi pelagio Gonçalves portela Junior. DIRETORES
TITULARES alberto Cánovas ruiz;eduardo meirelles
Valente; renata Lomanto Carneiro müller; Fernando
Luiz Fernandes; Juan José rosario Lorenzo; theofilo
de menezes Neto; José Carlos telles Soares; angelo
Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima;
Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitman;
antonio Geraldo moraes pires; mauricio toledo de
Freitas; Waldomiro Vidal de araújo Filho. DIRETORES
SUPLENTES Guilherme moura Costa e Costa; Glads-
ton José Dantas Campêlo; Cléber Guimarães Bastos;
Jorge Catharino Gordilho; marcelo passos de araú-
jo; roberto mário Dantas de Farias
conSElhoSMICRO E PEqUENA EMPRESA INDUSTRIAL Carlos henri-
que Jorge Gantois; ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS
Sérgio pedreira de oliveira Souza; COMéRCIO ExTE-
RIOR angelo Calmon de Sá Junior; ECONOMIA E DE-
SENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Sergio alipio;
INFRAESTRUTURA marcos Galindo pereira Lopes;
INOVAçãO E TECNOLOgIA José Luis Gonçalves de al-
meida; MEIO AMBIENTE Jorge emanuel reis Cajazei-
ra; RELAçõES TRABALHISTAS homero ruben rocha
arandas; RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
marconi andraos oliveira; JOVENS LIDERANçAS IN-
DUSTRIAIS Nayana Carvalho pedreira; PETRóLEO,
gáS E NAVAL humberto Campos rangel; PORTOS
Sérgio Fraga Santos Faria
ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE Jor-
ge emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos
antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE ro-
berto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene a. Vil-
pert; Benedito a. Carneiro Filho; Cleber G. Bastos;
Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de almei-
da; marcelo passos de araújo; mauricio Lassmann;
paula Cristina Cánovas amorim; hilton moraes
Lima; thomas Campagna Kunrath; Walter José papi;
Wesley K. F. Carvalho. DIRETORES SUPLENTES antonio
Fernando S. almeida; Carlos antônio Unterberger
Cerentini; Décio alves Barreto Junior; Jorge r. de o.
Chiachio; Fernando elias Salamoni Cassis; José Luiz
poças Leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; Su-
dário m. da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz
augusto Gantois de Carvalho; rafael C. Valente; ro-
berto ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES
Felipe pôrto dos anjos; rodolpho Caribé de araújo
pinho Neto; thiago motta da Costa
SESiPRESIDENTE DO CONSELHO E DIRETOR REgIONAL
antonio ricardo alvarez alban.
SUPERINTENDENTE armando da Costa Neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELHO antonio ricardo a. alban.
DIRETOR REgIONAL Luís alberto Breda
DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO Leone peter andrade
iElPRESIDENTE DO CONSELHO E DIRETOR REgIONAL
antonio ricardo alvarez alban.
SUPERINTENDENTE evandro mazo
DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB
Vladson menezes
SUPERINTENDENTE ExECUTIVO DE SERVIçOS
CORPORATIVOS Cid Vianna
Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
UNIDADES DO SISTEMA FIEB
sistema fieb nas mídias sociais
editada pela Gerência de Comunicação institucional
do Sistema Fieb
CONSELHO EDITORIAL mônica mello, Cleber Borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-
RIAL Cleber Borges. EDITORA
patrícia moreira. REPORTAgEM
patrícia moreira, Carolina men-donça, marta erhardt, iverton Bispo (estagiário), Luciane Vi-vas (colaboração). PROJETO gRá-
FICO E DIAgRAMAçãO ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coper-photo. ILUSTRAçãO E INFOgRAFIA Bamboo editora. IMPRESSãO
Gráfica trio.
FEDERAçãO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA
rua edístio pondé, 342 – Stiep, Cep.: 41770-395 / Fone:
71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-
tria_online
as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.
fieB – fedeRAção dAs indústRiAs do estAdo dA BAhiA
sede: (71) 3343-1200
sesi – seRviço sociAL dA indústRiA
sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9901@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080
senAi – seRviço nAcionAL de ApRendizAgem industRiAL
sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349@Barreiras: (77) 3612-2188
ieL – instituto euvALdo Lodi
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cieB - centRo dAs indústRiAs do estAdo dA BAhiA
sede: (71) 3343-1214
Instituto em
Saúde vai
contar com a
expertise de
Roberto Badaró
SENAICImAtECAvANçA
16
Vinte e cinco empresas baianas serão
qualificadas a partir de parceria
firmada entre o IEL e o Grupo Boticário
para desenvolvimento de fornecedores
de produtos e serviços
ProgrAmA quAlIfICA forNECEdorES bAIANoS
Performances e esquetes marcaram
comemoração do aniversário do
espaço, que fomenta cultura e
promove atividades voltadas para o
trabalhador da indústria
SESI CElEbrA 20 ANoS do tEAtro do rIo vErmElho
sumáRio
12
Novas tecnologias vão ampliar as atividades do SENAI Cimatec
24
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Setor de base
florestal segue com
bons resultados,
apesar do cenário
econômico
CoNtrAmão dA CrISE
6
aBaF/
DiV
ULG
ação
nº 248 mar/abr 2017
Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB
ShUtterStoCK
6 Bahia Indústria
Os reflexos da crise econômica e política que
o Brasil vive há mais de dois anos atingem
diversos setores produtivos do país e po-
dem ser constatados em números. De acor-
do com o IBGE, o 3° trimestre de 2016 fechou com re-
cuo de 0,8% da economia. Entre janeiro e setembro
do ano passado, o PIB caiu cerca de 4% em relação
ao mesmo período de 2015. A indústria tem demorado
a emitir sinais de recuperação. No entanto, seguindo
a tendência do ano passado, o setor de base florestal
continua apresentando resultados positivos.
Em 2016, de acordo com a Associação Baiana das
Empresas de Base Florestal (Abaf), o setor registrou
exportações no valor de US$ 7,6 bilhões. A produção
brasileira de celulose atingiu 18,7 milhões de tonela-
das e a de papel manteve-se estável, totalizando 10,3
milhões de toneladas. Na Bahia, a indústria florestal
cresceu mais de 5% nos últimos dois anos e detém 20%
das exportações – representando 5.4% do PIB –, além
de gerar mais de 300 mil empregos. Dados da IBÁ (In-
dústria Brasileira de Árvores) revelam que o volume de
exportações do setor registrou desempenho positivo
no primeiro bimestre de 2017. A celulose totalizou 2,3
milhões de toneladas exportadas em janeiro e feverei-
ro, alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2016.
Na Veracel, indústria de celulose sediada no Sul
da Bahia, a produção vem crescendo. No 1° trimestre
zona de confortoApesar da crise, setor de base florestal se beneficia de variáveis do cenário econômico e segue com bom desempenho
PoR Carolina Mendonça
do ano passado, foram produzidas 267.766 toneladas.
Em 2017, houve um aumento para 281.877 toneladas.
Para o diretor presidente da empresa, Sergio Alipio,
esse panorama só confirma a relevância do segmento
no estado. “Há dois anos, a exportação de celulose su-
pera a de petroquímicos no estado da Bahia”.
equAção fAvoRáveLA combinação de preços competitivos e câmbio fa-
vorável, mesmo com a queda do preço do dólar (que
já esteve na faixa de R$ 4 e agora está em R$ 3.2),
mantém os produtores em situação confortável. “Os
investimentos estão sendo mantidos: a Fibria está
investindo numa fábrica nova em Três Lagoas (MS),
a Suzano está expandindo a fábrica em Mucuri, aqui
na Bahia, e a BSC (Bahia Specialty Cellulose) vem
incrementado suas exportações, especialmente de
celulose solúvel”, conta um dos gerentes executivos
do Grupo Suzano e presidente do Sindipacel, Jorge
Cajazeira.
A área plantada em quatro regiões do solo baiano,
de 800 mil hectares (10% da produção nacional), ali-
menta segmentos como papel e celulose; construção
civil; movelaria; mineração; e energia de biomassa.
As perspectivas são otimistas. “A expectativa é que
até 2030 sejam 16 milhões de hectares plantados no
Brasil e a Bahia precisa estar preparada para con-
Bahia tem
800 mil
hectares
de áreas
plantadas
Bahia Indústria 7
setor e suas vantagens. Para rever-
ter esse quadro, a Abaf - em par-
ceria com uma série de entidades
ligadas à agricultura, indústria e à
qualificação de mão de obra, entre
elas a FIEB, – lançou o Programa
Mais Árvores Bahia.
A iniciativa tem como objeti-
vo incentivar o produtor rural a
investir no plantio e manejo de
florestas para uso múltiplo. Tam-
bém pretende contribuir para a
inclusão dos pequenos e médios
produtores e processadores de ma-
deira para uso múltiplo, visando
o atendimento da demanda por
móveis, peças e partes de madei-
ra na Bahia, hoje atendida majo-
ritariamente por outros estados.
As ações incluem mapeamento,
diagnóstico, capacitação tecnoló-
gica e consultoria gerencial para
empresas do setor (serrarias, car-
pintarias etc.); engajamento de
serrarias âncoras; fortalecimento
do cooperativismo, além de ações
de acesso a mercado e crédito. [bi]
DiVULGação aBaF
323 mil
NÚMEROS DO SETOR NA BAHIA
EMPREGOS MANTIDOS PELO SEGMENTO FLORESTAL BAIANO (2015)
MILhectaresde plantioscertificados
549DO TOTALplantado noESTADO
82%=
+ + =
=MAIOR RAZÃO
entre áreacertificada e
área plantadaNO BRASIL
CRESCIMENTO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) DOS MUNICÍPIOS (1991 a 2010)
63%
84%
MUNICÍPIOS NÃO FLORESTAIS
MUNICÍPIOS FLORESTAIS
A produtividade dos plantios de eucalipto da Bahia é a maior no mundo, principalmente pelas condições edafoclimáticas (relação planta-solo-clima para plantio) regionais e pela tecnologia de ponta empregada na cultura. Em 2014, a produtividade média dos plantios baianos de eucalipto atingiu 42 m³/ha/ano, superior à média brasileira e à média de outros importantes países produtores de florestas.
Fonte: Abaf
182 milresultantes do
efeito-renda
REGIÕES DE DESTAQUE
40 mil diretos
101 mil indiretos
OESTE
LITORALNORTE
SUL
SUDOESTE
quistar boa parte destes investi-
mentos”, defende o presidente da
Associação, Wilson Andrade.
Dos segmentos que compõem o
setor de base florestal, a produção
de energia de biomassa de euca-
lipto desponta como uma das mais
vantajosas. Além de contribuir
para a diversificação da matriz
energética do estado, atendendo a
demanda das regiões mais distan-
tes, é a que menos exige unidades
de transmissão, de acordo com
Andrade. “Na Bahia, temos bons
exemplos: a usina Campo Grande,
em implantação em Barreiras; a
unidade da ERB, que funciona na
Dow Química e atende boa parte da
sua demanda em energia e calor; e
a Solid – primeira fábrica de pel-
lets de madeira da Bahia, que será
inaugurada até junho”, anuncia.
O estado ainda não produz e
processa madeira plantada de for-
ma suficiente a atender o mercado
e a razão disso, segundo Andrade,
é a falta de conhecimento sobre o
8 Bahia Indústria
presença no interiorSeNai inicia construção de Centros de Formação profissional na região Central do estado
O SENAI-BA iniciou, em fe-
vereiro, a construção de
oito Centros de Formação
Profissional (CFP) no interior do
estado. A ação foi marcada pelos
lançamentos das pedras funda-
mentais nos terrenos destinados
às unidades em Ipirá e Serrinha,
na região Central. Ao todo, serão
oito Centros, com previsão de en-
trega até o fim deste ano. Além
de Ipirá e Serrinha, as cidades
beneficiadas com as unidades se-
rão Jequié e Guanambi (na região
Sudoeste), Jacobina e Senhor do
Bonfim (região Norte), Eunápolis
e Teixeira de Freitas (região Sul)
e Simões Filho e Candeias, na re-
gião de Camaçari.
As novas unidades vão oferecer
cursos de iniciação e qualificação
profissional aderentes à demanda
dos segmentos industriais predo-
minantes na região. Além de ati-
vidades específicas, serão contem-
pladas áreas transversais à indús-
tria, como eletricidade, mecânica,
segurança do trabalho e informáti-
ca. De acordo com o diretor do SE-
NAI-BA, Luís Brêda Mascarenhas,
a parceria com cada município vai
garantir a capacidade de operação
do CFP. “O Centro terá uma oferta
consistente de vagas, sintonizada
com a demanda do setor produtivo
de toda a região. Será uma unidade
completa, adequada ao porte da ci-
dade”, garantiu.
Os eventos de lançamento
contaram com a participação de
prefeitos da região e lideranças
políticas estaduais e locais. O
vice-presidente da FIEB, Edison
Nogueira, destacou que os Centros
vão qualificar trabalhadores, im-
pulsionando os negócios. “Tenho
convicção de que as unidades vão
trazer oportunidades para a re-
gião Central, que poderá se trans-
formar em um polo exportador de
artigos de couro para o país e para
o mundo”, pontuou. [bi]
SíLVio tito/Coperphoto/SiStema FieB
Dirigentes
do Sistema
e prefeitos da
região
lançaram
pedra
fundamental
em Ipirá
Parceria visa beneficiar startupsCom atuação reconhecida
na área de tecnologia e ino-
vação, fomentando o empre-
endedorismo por meio do
Acelera Cimatec - programa
que contempla incubação e
aceleração, além de outros
serviços de suporte ao de-
senvolvimento de negócios
tecnológicos - o SENAI Ci-
matec firmou parceria com a
INSEED, gestora de recursos
focada na área de inovação,
com o objetivo de acelerar o
processo de criação de star-
tups de base tecnológica.
As instituições estão so-
mando expertise para criar
dois fundos de investimentos
visando atender à necessida-
de de financiamento de pro-
jetos em áreas como manufa-
tura avançada, novas tecno-
logias para o setor de saúde e
robótica. A ideia é trabalhar
em duas frentes: um Fundo
para Estágios Iniciais, com
aporte inicial de R$ 100 mi-
lhões, para dar suporte à base
empreendedora que gravita
ao redor da incubadora do Ci-
matec; e um Fundo de Compe-
titividade, com aporte de R$
300 milhões para financiar as
empresas em estágio de matu-
ridade mais avançado.
"Essa foi a estratégia pen-
sada para que se consiga criar
um hub de tecnologia forte na
Bahia. Estamos elaborando o
modelo de governança e bus-
cando potenciais investido-
res", explica o conselheiro do
SENAI, Luiz Hermida.
circuito
Bahia Indústria 9
Por ClEbEr borgES
Selic exige cortes mais ousadosSe o Banco Central decidisse
antecipar os cortes na taxa Selic
previstos para ocorrer ao longo do
ano, não somente o governo
federal sairia ganhando, com a
redução dos custos do pagamento
da dívida pública, quanto a
economia, com forte incentivo à
retomada do crescimento. Isso
ajudaria a recuperar a situação
financeira das empresas e
também dos consumidores, ao
tempo em que frearia o ingresso
no país de dólar especulativo,
com impacto positivo sobre o
câmbio. A previsão da indústria é
de que os juros básicos da
economia caiam para 8,5% ao
ano no fim de 2017.
Brasil deve usar melhor mecanismos da OMC As exportações brasileiras
poderiam ser mais expressivas se
o País aproveitasse melhor
mecanismos da Organização
Mundial do Comércio (OMC) para
derrubar barreiras comerciais. Ao
contrário do que fazem os Estados
Unidos e países europeus, o
Brasil subutiliza os Comitês para
Levantar Preocupações
Comerciais Específicas na OMC.
Essa é a conclusão do Relatório
sobre Estratégias de Acesso a
Mercados, da Confederação
Nacional da Indústria, em
parceria com a Apex-Brasil. Nos
comitês, se as partes chegam a
um acordo, a questão está
resolvida. Sem acordo, elas vão a
uma instância superior. Nesses
foros, as principais economias do
mundo conseguem eliminar
muitas barreiras impostas a seus
produtos industriais e agrícolas.
“Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”
Albert Einstein, autor da teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da Física moderna.
PIB terá crescimento módicoEm relação ao desempenho da economia, a previsão
da indústria é que o Produto Interno Brasileiro (PIB)
crescerá apenas 0,5% em 2017. Pode não parecer
grande coisa, mas já é algo bom, pois viemos de dois
anos consecutivos de queda: -3,8%, em 2015; e
-3,6%, em 2016. Já o PIB industrial, depois de três
anos caindo, terá uma expansão de 1,3%, o que
anima um pouco o setor. O consumo das famílias
permanecerá estável (alta de 0,2%) e os
investimentos crescerão 2%. A taxa de desemprego
aumentará e fechará o ano em 13,3%, após se situar
em 8,5%, em 2015; e em 11,5%, em 2016.
Inflação deve fechar ano em 4,2%De acordo com o estudo trimestral
Informe Conjuntural, da
Confederação Nacional da
Indústria (CNI), a indústria estima
que a inflação fechará o ano em
4,2%, abaixo do centro da meta de
4,5% fixado pelo governo, o que é
um incentivo a mais para reduzir
os juros. Em 2015, a inflação
alcançou 10,7% e, em 2016, ficou
em 6,3%. O baixo consumo,
provocado pelo desemprego
e pelo alto
endividamento das
famílias brasileiras,
explica o arrefecimento
da inflação, de acordo
com a publicação. Sem
consumo, as
empresas adiam
investimentos, as
famílias adiam
compras e a economia
perde sustentação.
10 Bahia Indústria
sindicatos
Sipaceb elege nova diretoriaO Sindicato das Indústrias de Panificação e
Confeitaria do Estado da Bahia (Sipaceb) está
com nova diretoria. O empresário Cosme Fred
Rios Santana foi eleito presidente para mandato
até 2019. Ele destaca como principal foco da
atuação da entidade a disseminação, entre os
empresários do setor, da necessidade de
qualificação empresarial. “Acreditamos que não
haverá melhora de produtividade do setor sem a
qualificação do empresário”, afirmou.
Os conceitos e estilos de lideranças mais eficazes, além da importância
da atuação do líder para os resultados da empresa foram apresentados
a representantes de indústrias de autopeças, dia 14.03, no curso
Liderança para o Chão de Fábrica, promovido pelo Sindipeças no
SENAI Cimatec. A capacitação abordou temas como comunicação em
público e desenvolvimento de equipes. O especialista em Liderança,
Washington Zucoloto ministrou o treinamento. “O principal propósito é
fomentar o conhecimento em áreas como liderança e cultura lean
manufacturing, elevando a competitividade do segmento”, ressalta o
diretor regional Bahia do Sindipeças, Marcelo Sena.
Curso com foco em liderança
oficina debate projetos para captar recursos
O consultor da CNI, Michel Freller
Sindicato de mármores e granitos inicia agenda de reuniões itinerantesCom encontros em Feira de
Santana e Ourolândia, o
Simagran-BA iniciou a
programação de reuniões
itinerantes de 2017. Os eventos
contaram com palestras sobre
temas como eficiência energética
e design em marmorarias. A
proposta é realizar encontros em
cidades estratégicas para levar
informações e discutir soluções e
demandas das empresas do
interior. “É papel do sindicato
levar informação para que os
empresários possam agir pela
melhoria da competitividade dos
negócios”, afirmou Marcos Regis,
presidente do Simagran.
Siacan busca competitividade, inovação e qualidade do setorA agricultura do Nordeste se
mantém como a atividade
fundamental para a economia da
região. A indústria de adubos e
corretivos agrícolas tem
importante papel ao trazer os
elementos imprescindíveis às
lavouras: os nutrientes para as
plantas. A afirmação é do
presidente Sindicato da Indústria
de Adubos e Corretivos Agrícolas
do Nordeste (Siacan), Thomas
Bernard. Reeleito em 2016, com
mandato até 2019, ele destaca que
“o setor trabalhará para
desenvolver a indústria nacional,
mantendo um alto nível de
competitividade”.
aNGeLo poNteS / Coperphoto /SiStema FieB
Apresentar ferramentas e estratégias para que
os sindicatos possam buscar recursos para
melhorar seu desenvolvimento foi o objetivo
da oficina Projetos para Captação de Recursos.
Aliando teoria e prática, a oficina abordou
temas como captação e planejamento,
principais fontes e estratégias para captação
de recursos. “Uma das principais estratégias é
a elaboração de projetos. A ferramenta auxilia
os sindicatos a mobilizar e captar recursos”,
explicou o consultor da CNI, Michel Freller.
Esta foi a primeira ação, em 2017, do Programa
de Desenvolvimento Associativo (PDA) para
líderes e executivos sindicais.
Com 30 anos de experiência na área, Zucoloto ministrou o treinamento
Beto Jr. / Coperphoto /SiStema FieB
Bahia Indústria 11
Uma delegação de 30 diplomatas do Ministério das
Relações Exteriores conheceu, dia 23.03, a Rota
do Charuto, no Recôncavo baiano. A rota é uma
programação pelas fazendas e fábricas produtoras,
apresentando a cadeia produtiva do tabaco, desde
o plantio da semente até o charuto finalizado, além
de toda história e cultura que envolve o produto. O
roteiro é coordenado pelo Sinditabaco-BA e envolve os
municípios de São Gonçalo dos Campos, Governador
Mangabeira, Muritiba, São Félix e Cachoeira.
Treinamento capacita líderes com foco em estratégias de vendasCiente do desafio enfrentado
pelas empresas para prospectar
clientes e ampliar vendas, o
Sindcosmetic-BA promoveu, dia
07.03, o treinamento Liderança
com Foco em Estratégias de
Vendas. “Para ganhar mercado, o
caminho passa pela preparação
das equipes. O objetivo do
treinamento é apresentar
ferramentas que contribuam para
a prospecção de mercado”,
afirmou Raul Menezes, presidente
do sindicato.
Um dos temas abordados foi o
diferencial competitivo. “Para que
se consiga vender em um mercado
competitivo, é preciso estar
alinhado com alguma estratégia
que o seu concorrente não tenha”,
defendeu o consultor, Josicleido
Nogueira.
diplomatas conhecem a rota do Charuto
Rota engloba municípios do Recôncavo Baiano, como Cachoeira, São Félix e Muritiba
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Rede sindical discute perspectivas para a IndústriaPara fortalecer o vínculo e
ampliar o alinhamento entre
sindicatos, federações e CNI
acerca de temas prioritários do
setor produtivo, foi realizado, dia
07.03, o 1º Diálogo da Rede
Sindical da Indústria, uma ação
do Programa de Desenvolvimento
Associativo (PDA).
O encontro foi transmitido por
videoconferência para
Federações de todo o país, e além
de apresentar a Rede Sindical da
Indústria, discutiu as
perspectivas nos cenários
econômico e político.
Sinec tem nova gestãoO Sindicato das Indústrias de
Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,
Computadores, Informática e
similares de Ilhéus e Itabuna
(Sinec) iniciou 2017 com nova
gestão. Tomou posse para a
presidência o empresário Silvio
Comin, que fica no comando da
entidade até 2019.
Entre as prioridades, está a
ampliação do quadro de
associados e a realização do
estudo de aumento de base
territorial do sindicato.
Salvador sedia xVIII SANNAREficiência energética, novas tecnologias,
tendências de mercado e qualidade do ar de
interiores foram alguns dos temas discutidos
no XVIII Salão Norte Nordeste de Ar
Condicionado e Refrigeração, promovido pelo
Sindratar-BA, em parceria com a Novatécnica e
o Sistema FIEB, dias 29 e 30.03. Além de
palestras, os participantes puderam conferir
soluções oferecidas por empresas do setor, em
estandes montados no local. “As palestras
contribuem para o aperfeiçoamento técnico dos
profissionais. Além disso, é uma oportunidade
para promover a interação entre fabricantes e
empresas locais”, pontuou o diretor do
Sindratar, Francisco Redondo Filho. Em
paralelo à programação do SANNAR foi
realizado, dia 31.03, o 5º Seminário de
Qualidade do Ar de Interiores, que teve como
foco principal o ambiente hospitalar.
Sinduscon reforça campanha de combate ao Aedes aegyptiCom o início da temporada de
chuvas, o Sinduscon-BA reforçou
a campanha de conscientização
contra o mosquito Aedes aegypti,
transmissor das doenças dengue,
zika, chikungunya e febre
amarela. A campanha, que teve
início em 2015, envolve a
mobilização de seus associados
para a importância das ações
preventivas nos canteiros de obra.
O trabalho é realizado pela Tenda
Bahia, através de agentes
comunitários de saúde e com a
participação de seus
funcionários. As ações são
desenvolvidas constantemente a
fim de eliminar a água parada e
possíveis criadouros do mosquito.
12 Bahia Indústria
Vinte e cinco empresas baianas fornecedoras
de produtos e serviços serão qualificadas gra-
ças a uma parceria firmada entre o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL) e o Grupo Boticário. As em-
presas vão participar do Programa de Qualificação de
Fornecedores (PQF), que tem como objetivo fortalecer
a cadeia produtiva e promover o desenvolvimento lo-
cal, com a qualificação de empresas fornecedoras.
Com uma fábrica e um Centro de Distribuição ins-
talados na Bahia desde 2014, a empresa de cosméti-
cos tem, entre suas prioridades, o desenvolvimento
de fornecedores. “Nosso objetivo é gerar emprego e
renda na Bahia. Por isso a parceria com o IEL é funda-
mental, pois podemos desenvolver esses fornecedo-
res para que, ano após ano, estejam capacitados para
trabalhar junto ao Grupo Boticário”, explicou o dire-
tor de Suprimentos do Grupo Boticário, Fábio Miguel.
Há mais de 10 anos o IEL prepara micro, pequenas
e médias empresas baianas através do PQF. Ao longo
deste tempo, mais de 480 organizações foram aten-
didas para melhorar a qualidade de gestão, reduzir
custos e aumentar as oportunidades de negócios.
“Um dos nossos grandes desafios é ajudar os for-
necedores locais a se desenvolverem para atender aos
requisitos definidos por grandes empresas instaladas
no estado. Com isso, estamos cumprindo a nossa mis-
são, que é contribuir para a competitividade das em-
presas baianas”, destacou o superintendente do IEL,
Evandro Mazo.
O Programa de Qualificação de Fornecedores é
Parceria para desenvolver fornecedoresieL e Grupo Boticário vão qualificar 25 empresas baianas fornecedoras de produtos e serviços
Por Marta erhardt
Estudantes
são preparados
para
desenvolver
soluções
práticas, como
o carrinho
elétrico (acima,
à esq)
Bahia Indústria 13
eDSo
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Uiz
/GrUpo B
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Cário
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ULG
ação
aNGeLo poNteS/Coperphoto/SiStema FieB
dividido em cinco etapas: definição dos critérios e
requisitos técnicos de aquisição (junto à empresa
âncora); identificação, sensibilização e seleção de
fornecedores locais; desenvolvimento e certificação
de fornecedores selecionados; ações de aproximação
comercial e de acesso a mercados; e gestão e monito-
ramento de ações e resultados.
As empresas fornecedoras participantes são au-
xiliadas na implantação de 92 práticas de excelência,
distribuídas em 10 critérios. Ao final do processo, elas
podem ser certificadas nas categorias Diamante, Rubi
e Topázio. Entre as empresas-âncoras que têm parceria
com o IEL para desenvolver fornecedores estão Deten
Química, Cristal, Veracel e Monsanto do Brasil.
gRupo BoticáRioConstituído em 2010, o Grupo Bo-
ticário é uma referência interna-
cional no varejo de beleza. Con-
trola quatro unidades de negócio
(O Boticário, Eudora, Quem Disse
Berenice? e The Beauty Box), e é
mantenedor da Fundação Grupo
Boticário de Proteção à Natureza,
criada em 1990. A holding do setor
de cosméticos está presente em 11
países e conta com uma força de
trabalho composta por 7 mil cola-
boradores diretos. [bi]
Com o objetivo de promover o networking, ge-
rando oportunidade de negócios entre as em-
presas participantes, foi realizada uma Rodada
de Negócios na fábrica da holding do setor de
cosméticos, em Camaçari. Para o evento, foram
selecionadas 64 fornecedoras de áreas prioritá-
rias apontadas pelo Grupo Boticário, que tive-
ram encontros com duração máxima de 20 mi-
nutos para apresentar seus produtos e serviços.
Na abertura do encontro, o diretor de Supri-
mentos do Grupo Boticário, Fábio Miguel apre-
sentou a trajetória do Grupo, que atualmente
conta com mais de 3.900 fornecedores de pro-
dutos (matérias-primas, embalagens) e 227 for-
necedores de serviços. Na Bahia, são 282 forne-
cedores e a ideia é ampliar este
número.
A empresária Noêmia Dal-
tro, da empresa Dapi, do seg-
mento de cosméticos, falou
sobre a expectativa em relação
ao encontro. “Nós, pequenas
empresas, estamos vendo uma
grande chance de negócios
neste evento que reúne o Grupo
Boticário e o Sistema FIEB. Isso
é tudo que precisamos para dar
um passo largo e seguro”.
A Rodada de Negócios con-
tou com a presença de outros
representantes do Grupo Bo-
ticário, a exemplo do gerente
Industrial da planta da Bahia,
Leandro Balena; do gerente
de Suprimentos Indiretos do
Grupo, Veridiano Andrade, e
do gerente de Suprimentos Di-
retos, Rafael Muller. Também
participou do evento a direto-
ra de Atração de Investimen-
tos da Secretaria de Desen-
volvimento Econômico (SDE),
Andréa Lanza.
Rodada de Negócios
Fábrica do
grupo Boticário
e Rodada de
Negócio com
fornecedores
baianos
14 Bahia Indústria
Projeto do vlt em Salvador é apresentado na fIEb
O secretário
Bruno Dauster
participou da
reunião do
Coinfra
Convidado para a reunião do Conselho de Infraestrutura da FIEB
(Coinfra), em 13.03, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster,
apresentou o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, que
deverá atender mais de 600 mil moradores do Subúrbio
Ferroviário de Salvador. Dauster detalhou o projeto, que vai
substituir os trens do subúrbio e ampliar a ligação desta região até
o bairro do Comércio, além de falar sobre a situação de outras
importantes obras para o estado, como a ponte Salvador-Itaparica,
o Metrô, novas rodovias e a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol). O VLT terá
18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. Atualmente, a malha
ferroviária que liga Paripe à Calçada é de 13,6 quilômetros e está
em funcionamento desde a década de 1970.
JeFFerSoN peixoto/Coperphoto/SiStema FieBconselhos
Caft defende simplificação do ICMS Atender exigências da Secretaria da Fazenda
do Estado da Bahia (Sefaz) relativas às
obrigações acessórias impõe às empresas a
manutenção de uma estrutura dispendiosa.
Por essa razão, especialistas acreditam que,
para simplificar a legislação do ICMS, o
primeiro passo seja eliminar as obrigações
acessórias ou, ao menos, tornar o assunto
menos complexo. Esta visão foi defendida pelo
consultor tributário do Grupo de Estudos
Tributário Aplicados (Getap), André Bizarro,
em reunião do Conselho de Assuntos Fiscais e
Tributários da FIEB (Caft), em 10.03. No
mesmo dia, ele esteve na Sefaz, na companhia
do coordenador do Caft, Sérgio Pedreira, onde
apresentou proposta da Getap, que tem um
projeto de simplificação do sistema tributário.
Vice-coordenador do Citec recebe premiaçãoA Federação das Associações das Empresas
Brasileiras de Tecnologia da Informação
(Assespro Nacional) concedeu ao vice-
coordenador do Conselho de Inovação e
Tecnologia da FIEB (Citec), Ruben Delgado, o
prêmio Personalidade Assespro, como
Empresário de Destaque. A premiação é
destinada aos empresários que mais
contribuíram no avanço das propostas do
setor nacional de Tecnologia de Informação
nos últimos cinco anos. A solenidade de
entrega aconteceu em 15.03, em Brasília.
Compem realiza reunião itinerante em Santo Antonio de JesusCom o objetivo de identificar demandas de
micro, pequenas e médias empresas industriais
do Recôncavo foi realizada, em 19.04, em
Santo Antônio de Jesus, a quarta reunião
itinerante do Conselho da Micro e Pequena
Empresa Industrial da FIEB (Compem).
Participaram do encontro o 1º vice-presidente
da FIEB, Carlos Gantois, o presidente do CIEB,
Reginaldo Rossi e o presidente do Sindicer,
Jamilton Nunes, além de representantes do
setor industrial e do governo.
Bahia Indústria 15
Segurança jurídica na relação entre fisco e contribuinterepresentantes do setor produtivo apresentam projeto de Código estadual de Defesa do Contribuinte ao presidente da alba
A complexidade do sistema
tributário e a dinâmica com
que são alteradas as suas
normas, especialmente na esfera
estadual, trazem prejuízos aos con-
tribuintes. Diante disso, a FIEB, em
parceria com a Fecomércio e com
o Fórum Empresarial da Bahia,
elaborou minuta de Projeto de Lei
que institui o Código Estadual de
Defesa do Contribuinte. O texto
foi entregue no dia 18.04, ao pre-
sidente da Assembleia Legislativa
da Bahia (Alba), Ângelo Coronel, e
à deputados que compõem as Fren-
tes Parlamentares da Indústria e de
Defesa dos Comerciários da Bahia.
O Código de Defesa do Con-
tribuinte Estadual visa garantir
segurança jurídica nas relações
entre o Fisco Estadual e os con-
tribuintes, fortalecendo a relação
entre esses atores e facilitando
o cumprimento das obrigações
tributárias por ambas as partes.
“Esta iniciativa é mais um pas-
so no sentido de mantermos um
bom diálogo, tendo em vista o
desenvolvimento econômico do
nosso estado, que não pode mais
perder tempo”, disse o presidente
da FIEB, Ricardo Alban, no ato da
entrega do texto do Projeto de Lei
aos parlamentares.
“O empresariado sabe como
está difícil sobreviver neste perí-
odo de crise, então todas as ini-
ciativas que podem dar vida aos
negócios ainda existentes, e aos
novos, são importantes”, pon-
tuou o presidente da Fecomércio,
Carlos Andrade.
O presidente da Alba garantiu
que o PL será tema de discussão
em reunião do Conselho de Líde-
res da Assembleia, e que a ideia é
fazer com que a proposta seja aco-
lhida com brevidade pela casa, já
que se trata “de um projeto que é
bom para a Bahia, independente
de quem o apresente em plenário”.
Estiveram presentes os depu-
tados da Frente Parlamentar da
Indústria Nelson Leal (presiden-
te), Pablo Barrozo, Leur Lomanto
Júnior e Sandro Régis, e da Fren-
te em Defesa dos Comerciários
da Bahia participaram Reinaldo
Braga e Adolfo Viana, além do
presidente da ACB, Luiz Fernando
Studart, e o presidente da CDL Sal-
vador, Antoine Tawil.
pRojeto de Lei O projeto traz normas gerais de
direito tributário, em caráter su-
pletivo às já editadas pelo Poder
Legislativo Federal, preenchendo
as atuais lacunas normativas que
têm provocado discussões e diver-
gências entre a Administração Fa-
zendária e os contribuintes.
Código semelhante já existe
em dez estados brasileiros, entre
os quais Pernambuco e Ceará.
Especialistas da área do direito
tributário defendem que o marco
normativo traz diversos ganhos,
não apenas para os contribuintes
do estado, mas para o fisco esta-
dual, que contará com um impor-
tante instrumento para guiar suas
condutas, diminuindo, inclusive,
o número de ações nos âmbitos
administrativo e judicial. [bi]
JeFFerSoN peixoto/Coperphoto/SiStema FieB
Presidentes
da FIEB e
Fecomércio
entregaram
documento a
parlamentares
16 Bahia Indústria
análise de fármacos e desenvolvimento de equipamentos hospitalares estão na mira
do itS, em implantação no Cimatec
tecnoLogiAspARA A sAúde
Por Carolina Mendonça
Bahia Indústria 17
tentos às demandas do mercado, às com-
petências transversais das instalações
e recursos humanos do SENAI Cimatec,
dirigentes do Sistema FIEB e da institui-
ção vêm estruturando, dentro do cam-
pus, desde o final de 2016, o Instituto de
Tecnologias em Saúde (ITS). Impulsionado pela chegada
do renomado infectologista Roberto Badaró ao projeto,
o ITS ganhou musculatura e já tem pesquisas em anda-
mento e parcerias com centros tecnológicos internacio-
nais de excelência, como a Universidade de Harvard e o
MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
O novo braço do Cimatec tem como missão apoiar em-
presas nacionais, laboratórios públicos e órgãos regula-
dores na sua qualificação para a produção de insumos es-
tratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos
refinando o modelo conceitual, mas já disparamos
projetos com demanda definida, a exemplo
da área de fármacos e medicamen-
tos”, conta Leone Andra-
Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB
18 Bahia Indústria
Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB
de, diretor de Tecnologia e Inova-
ção da instituição. Ele explica que
o ITS vai atuar com base em três
pilares: Base química e biotecnoló-
gica; Equipamentos e materiais de
uso em saúde; Qualidade, regula-
ção e gestão.
O projeto do Instituto prevê a
construção de um novo prédio no
Campus Integrado de Tecnologia e
Manufatura (Cimatec), com custo
estimado de R$ 180 milhões. O Mi-
nistério da Saúde já acenou com a
possibilidade de aportar recursos,
mas enquanto estes ainda não es-
tão garantidos, o empreendimento
vai caminhando com esforços e es-
truturas internos. “Há competên-
cias no Cimatec que já podem ser
aplicadas para o desenvolvimen-
to de produtos e tecnologias para
a área de saúde. Um exemplo é o
laboratório de biotecnologia, que é
aplicado mais à área de alimentos,
mas faz sínteses de substâncias
novas”, aponta o pesquisador che-
fe do ITS, Roberto Badaró.
De acordo com o presidente da
FIEB, Ricardo Alban, o ITS poderá
desenvolver soluções inovadoras,
utilizando novas tecnologias pa-
ra auxiliar no controle e cura de
enfermidades por meio de novos
medicamentos, equipamentos,
materiais e kits, além de atrair
cadeias produtivas interessantes
para a economia baiana. “Existem
procedimentos, como a cirurgia de
próstata com robôs, que custam
entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para o
SUS, porque os equipamentos são
importados. Se produzirmos aqui,
este custo vai cair para algo entre
R$ 3 mil e R$ 4 mil”, projeta.
pARceRiAsUm acordo assinado em novembro
de 2015, entre o SENAI e a Fiocruz,
visando o desenvolvimento de
programas, projetos e atividades,
está rendendo frutos no âmbito
do ITS. As duas instituições têm
em andamento projetos na área
de análises químicas e estudos na
área de cromatografia para leish-
mania. “Temos trabalhos também
na área de emissões, a parte relati-
va a citotoxicidade de gases e esta-
mos fechando algumas atividades
vinculadas à pós-graduação, para
que a gente possa ter intercâmbio
de professores e alunos dos pro-
gramas deles e dos nossos, que
tenham projetos de dissertação ou
de tese, que possam transitar nes-
ta área de saúde”, conta a gerente
do ITS, Josiane Barbosa.
O reconhecimento da dinâmica
integrada do SENAI Cimatec – com
desenvolvimento de pesquisa,
oferta de soluções inovadoras pa-
ra a indústria e educação de ponta
–, um modelo único de atuação no
país, e o trabalho de interlocução
efetuado por Badaró resultaram
em parcerias recentes para a ins-
tituição. Após uma missão aos Es-
tados Unidos, em março, em que
ele, juntamente com Leone Andra-
de e Ricardo Alban prospectaram
possíveis cooperações científico-
-tecnológicas, o campus recebeu
pesquisadores de peso e começa-
ram a surgir novas oportunidades
de transferência de tecnologia e
inovação na área de saúde.
O presidente do Instituto de
Pesquisa de Doenças Infecciosas
(Infectious Disease Research Ins-
titute – IDRI), de Seattle (EUA),
Steven Reed, esteve no Cimatec e
assinou protocolo de cooperação
com a casa para o intercâmbio de
profissionais. “Vamos enviar um
pesquisador nosso para lá, reali-
zando transferência de tecnologia
Acima, o
SENAI Cimatec
recebe a visita
do professor
Nevan
Hanumara,
do MIT, fruto
de uma das
parcerias
articuladas
pelo
pesquisador
chefe do
Instituto,
Roberto Badaró
FotoS Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB
Bahia Indústria 19
de alguns adjuvantes para serem utilizados em vacinas. Esta parceria
também será essencial para a montagem do nosso laboratório de bio-
logia molecular”, diz Josiane.
A instituição assinou um memorando de entendimento com o presi-
dente do Elucida Research, instituto situado na Harvard Medical Scho-
ol, Preston Mason. A parceria prevê intercâmbio de protocolos, informa-
ções e cientistas, além de projetos conjuntos de pesquisa e publicações,
principalmente na área de controle de qualidade de medicamentos.
Em viagem pela América Latina, o cientista pesquisador do MIT,
Nevan Hanumara, esteve no Cimatec, nos dias 20 e 21 de abril, quan-
do visitou suas instalações, conheceu projetos, proferiu palestra pa-
ra professores e estudantes da casa e conversou com os gestores do
ITS sobre modelo de negócio. “Estou muito impressionado de ver esta
combinação de design e fabricação, assim como de ensino e pesquisa.
É muito similar com o que temos no MIT, mas as instalações de fa-
bricação do Cimatec são muito melhores. Também é maravilhoso que
vocês o façam combinando o ensino técnico com alta engenharia”, en-
fatizou o cientista, que também é professor.
Hanumara deixou claro o desejo de realizar trabalhos conjuntos com
os profissionais que lá conheceu. “Pelo que ouvi nas discussões das
quais participei, as pessoas estão nutridas de interesses, nutridas de
entusiasmo. Se o Cimatec atrair a organização de um sistema, o mind-
set (mentalidade) do negócio, e bastante amor e carinho, vocês podem
fazer algo realmente impactante aqui, para a Bahia e o Brasil”, acredita.
peRspectivAsCom a criação do ITS, pretende-se atuar nas principais tendências
tecnológicas e assistenciais da atualidade: engenharia de tecidos, ór-
teses e próteses, aprimoramento e automação do diagnóstico por ima-
gem, terapias para a população a terceira idade, diagnóstico in vitro e
e-health (saúde digital), nanotecnologia e TIC, tecnologias assistivas,
terapia gênica, produtos biológicos e medicina personalizada.
A consolidação do instituto poderá ser um importante vetor de
atração de investimentos para o estado, especialmente de startups
e plantas fabris de empresas do setor farmacêutico e de dispositivos
médicos. O projeto conta com o apoio dos ministérios da Saúde e de Ci-
ência e Tecnologia, governo da Bahia e parlamentares do estado. “No
pilar mais ligado a equipamentos, temos um projeto estruturante, que
é o curso de graduação em Engenharia Biomédica, o qual devemos
lançar em 2018 e, a primeira turma, em 2019. Também já estamos tra-
balhando em outro pilar, que é regulação, por meio de reuniões com
representantes da Anvisa, Ministério da Saúde e alguns fóruns espe-
cíficos”, conta Leone Andrade.
O diretor de Tecnologia e Inovação diz ainda que, enquanto não é
possível erguer um novo edifício, há espaço em um dos prédios do
campus do Cimatec para montar os primeiros laboratórios. Além dis-
so, o Cimatec Industrial, cujas obras estão em andamento em um ter-
reno nas proximidades do Polo Industrial de Camaçari, terá uma área
reservada aos projetos na área de saúde.
àreas de atuação do its
» quALidAde, ReguLAção e gestão
Acompanhamento das regulamentações nacionais
requeridas para aprovação de um produto em saúde;
acompanhamento de processos para inclusão de um
produto no SUS; análise econômica e captação de
recursos para realização de pesquisa, desenvolvimento
e produção em território nacional; consultoria em
gestão e qualidade para unidades de saúde
Indústrias do setor de mecânica, eletrônica,
softwares, TICs e matérias, quando aplicáveis à
equipamentos e matérias de uso em saúde
» BAse químicA e BiotecnoLógicA
Indústria farmacêutica dedicada à produção de
fármacos, medicamentos, soros e toxinas, vacinas,
hemoderivados e reagentes para diagnósticos
» equipAmentos e mAteRiAis de uso em sAúde
Especialistas
do Instituto
Brasileiro de
Robótica
20 Bahia Indústria
Concebido com o propósito de servir como um impor-
tante ator na promoção da competitividade da indús-
tria, por meio do desenvolvimento tecnológico e da
inovação, o Cimatec foi inaugurado em 2002 com foco
na área de Fabricação. O então Centro Integrado de
Manufatura Avançada (hoje Campus) cresceu rapi-
damente para atender às demandas industriais e se
transformou na maior e mais avançada unidade do
SENAI no país.
Em 2012, ao ser escolhido pelo governo federal
como um dos três centros tecnológicos nacionais
a participar do projeto-piloto da Associação Brasi-
leira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii),
adentrou o campo dos projetos de alta complexidade
e custo para a indústria, o que revelou sua vocação
para o ineditismo e a ousadia na pesquisa aplicada
para o setor. O case emblemático desta nova fase é o
FlatFish, veículo autônomo submarino desenvolvido
para a BG Brasil/Shell, gigante da produção de óleo
e gás, apresentado no final de 2015. Com investimen-
to total de R$ 64 milhões, realizado pela BG Brasil/
Shell, SENAI Cimatec e Embrapii, o veículo é o pri-
meiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil.
Além do ITS, outro “braço” de ampliação é o Ci-
matec Industrial. A falta de espaço e estrutura ade-
quados para receber projetos de grande porte físico,
como testes de protótipos e plantas piloto, por exem-
plo, deu origem a um projeto arrojado, que promete
atender a demanda reprimida. Será infraestrutura
capaz de dar suporte às necessidades da energia eóli-
ca, mecânica, naval e off shore, automotiva, elétrica,
construção civil, química, petroquímica e biotecno-
logia, fármacos, papel e celulose e petróleo e gás.
“O Cimatec Industrial será um centro de pesquisa,
desenvolvimento e inovação (P&D&I) com foco no es-
calonamento de produção e desenvolvimento de pro-
tótipos em escala real, apoiando todo o processo de
desenvolvimento tecnológico e inovação industrial”,
Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB
SENAI Cimatec completa 15 anos comemorando conquistas
Bahia Indústria 21
acrescenta Leone Andrade.
A expansão permitiu desenvol-
ver inúmeras competências des-
tacadas em âmbito nacional e in-
ternacional, mas o Cimatec nunca
deixou de voltar suas ações para as
empresas de micro, pequeno e mé-
dio portes, novas ou já experientes
no mercado. “Além do atendimento
das demandas de empresas madu-
ras, o Cimatec está avançando na
articulação entre grandes empre-
sas, startups e investidores de ris-
co, trabalhando em conjunto para
alavancar a inovação no Brasil”,
conta o gerente de empreendedo-
rismo, Flávio Marinho.
educAçãoO intenso fluxo de projetos de
ponta desenvolvidos na institui-
ção deu ao Cimatec condições de
atrair investimentos na sua infra-
estrutura. A partir de 2014, a im-
plantação dos Institutos SENAI de
estudos da Fiocruz na área de saúde.
Em março deste ano, a Faculdade de Tecnologia
SENAI Cimatec recebeu do MEC o status de Centro
Universitário. O foco em Pesquisa e Inovação para o
desenvolvimento, além do quadro de professores da
casa, formado por mestres e doutores, foram pontos-
-chave para o reconhecimento do órgão federal. São
diferenciais dos centros universitários a qualificação
do seu corpo profissional e o nível de excelência do
ensino oferecido. Tais instituições têm autonomia pa-
ra criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
programas de educação superior.
Pelo quarto ano consecutivo, o Cimatec foi ava-
liado como melhor instituição de ensino superior em
Engenharia do Norte/Nordeste, entre todas as facul-
dades, centros universitários e universidades públi-
cas e privadas, na avaliação divulgada pelo Ministé-
rio da Educação, com base no Índice Geral de Cursos
(IGC). A pontuação de 2017 (ano base 2015) resultou
em média de pontos superior a instituições tradicio-
nais, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR)
e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP). “Hoje, somos líderes em relação a qualquer
outra universidade na região Norte/Nordeste”, come-
mora o gerente do Campus, Daniel Motta.
“Falar da história que foi construída aqui nos dei-
xa emocionados, nos enche de orgulho”, diz o diretor
regional do SENAI-BA, Luis Breda Mascarenhas, que
participou da incubação do projeto do Cimatec, perí-
odo que durou cinco anos até sua inauguração. Ele
destaca a entrega dos profissionais envolvidos nesses
20 anos, buscando projetos de alto impacto e fomen-
tando uma rede de parceiros única no país.
Para Leone Andrade, o SENAI Cimatec é uma
marca consolidada, que vale muito mais do que sua
infraestrutura, estimada por ele em 150 milhões de
dólares. Isso se deve especificamente à qualidade das
equipes da instituição. “Ter este capital humano é o
nosso bem mais valioso”, afirma.
Novato no Campus, Roberto Badaró corrobora
com a opinião do diretor de Tecnologia e Inovação da
casa: “O acaso me trouxe aqui. Recebi um convite do
governador (em 2016, quando atuava como subsecre-
tário de Saúde do estado) para acompanhá-lo numa
visita e fiquei impressionado. Não com os laborató-
rios, as máquinas, as instalações, mas com as pes-
soas. A massa crítica aqui dentro é muito apelativa,
chama a gente a vir colaborar. A estrutura fundamen-
tal que se tem aqui é gente”, define. [bi]
Inovação (ISI) em Automação, em
Conformação Mecânica, União de
Materiais e em Logística, do Ins-
tituto Brasileiro de Robótica e o
Centro de Supercomputação ele-
varam a instituição à condição de
Campus Integrado.
Em 2015, foi inaugurado um
dos computadores mais potentes
do mundo, o Cimatec Yemoja. Es-
te introduziu a Bahia no universo
das pesquisas em computação de
alto desempenho. Com capacida-
de para realizar 405 trilhões de
operações de ponto flutuante por
segundo (TFlops), ele é utilizado
prioritariamente em pesquisas de
geofísica. Um segundo supercom-
putador, de menor capacidade, o
Omolu, também está em funcio-
namento no centro tecnológico. A
máquina, instalada no Centro de
Integração de Dados e Conheci-
mentos para Saúde – Cidacs, pro-
cessa informações voltadas para
22 Bahia Indústria
JoSé paULo LaCerDa/CNi
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) ficou entre as três federações de indús-
tria apontadas como referência na promoção
do desenvolvimento associativo, atrás ape-
nas das Federações de Santa Catarina e Paraná. Pa-
ra elaborar o ranking, a Confederação Nacional das
Indústrias (CNI) consultou os membros da Rede de
Desenvolvimento Associativo (RDA), composta por
técnicos e gestores do Programa de Desenvolvimento
Associativo (PDA) nas Federações.
O PDA tem como foco aprimorar a atuação dos sin-
dicatos e, para isso, engloba ações de relacionamento,
gestão, comunicação e capacitação de empresários,
líderes e executivos sindicais. Provê aos sindicatos fer-
ramentas como planejamento estratégico, sistemas de
gestão, sites e newsletters, além do conhecimento so-
bre o ambiente sindical, participação em intercâmbios
e nas redes sindicais setoriais.
Responsável pela execução do PDA na Bahia, a
gerência de Relações Sindicais da FIEB tem atuado
para dar visibilidade às ações do programa e também
às dos sindicatos filiados. “O reconhecimento é fruto
Líderes do
setor de
vestuário
reunidos em
Brasília
FIEB é referência entre as federações de indústriatrabalho realizado na Bahia para promoção do desenvolvimento associativo ficou entre os destaques
Por luCiane ViVas
Bahia Indústria 23
miGUeL aNGeLo/CNi
do desenvolvimento das ações do
programa no Estado, feito com o
empenho da equipe da Gerência
de Relações Sindicais e dos sindi-
catos filiados. Ficamos felizes com
o fato de a escolha ter sido feita pe-
los colegas da Rede, de onde sem-
pre buscamos boas práticas para
implementar em nossa Federa-
ção”, afirma a gerente de Relações
Sindicais, Manuela Martinez.
A premiação ocorreu durante
o 20º Encontro da Rede de Desen-
volvimento Associativo (RDA), em
abril, na CNI, em Brasília, quando
também foi lançada a cartilha Sin-
dicato Legal. Durante o encontro,
Manuela Martinez apresentou a
boa prática Ações de comunicação
em apoio aos sindicatos filiados à
FIEB e explicou como ocorre este
apoio nas áreas de jornalismo e
publicidade, além de publicações,
campanhas, assessoria e demais
ações de marketing e relaciona-
mento sindical.
inteRcÂmBios setoRiAisEntre as ações do Programa de
Desenvolvimento Associativo,
estão os Intercâmbios de Lide-
ranças Setoriais, realizados com
o objetivo de fomentar a troca de
experiências de gestão entre diri-
gentes de sindicatos empresariais
de vários estados brasileiros. A
novidade nos Intercâmbios, a
partir deste ano, é a presença de
uma federação interlocutora, que
terá o papel de participar ativa-
mente das discussões, mediar e
ser porta-voz da Rede Sindical do
segmento. A FIEB é a interlocuto-
ra dos segmentos de Vestuário e
Construção Civil. Outra novida-
de é a possibilidade, a partir da
consulta aos membros da rede, da
participação de uma associação
nacional do setor.
A CNI lançou, por meio do PDA, a cartilha
Sindicato Legal. O objetivo do documento
é incentivar a regularização dos sindica-
tos filiados às federações de indústrias e
incluir normas editadas entre 2010, ano da
primeira cartilha, e 2016.
Com a cartilha Sindicato Legal, a CNI in-
centiva a atualização constante dos dados
dos sindicatos empresariais e a adoção,
por parte das entidades, de procedimen-
tos objetivos e transparentes na gestão das
entidades. "É importante que os sindica-
tos estejam sempre em conformidade com
a legislação para atuarem junto ao poder
público e às empresas. Eles são a base da
representação da indústria", explica a ge-
rente-executiva de Desenvolvimento Asso-
ciativo da CNI, Camilla Cavalcanti.
Entre as atualizações mais importantes
incluídas na cartilha, está a Portaria MTE
326/2013, que passou a disciplinar o registro
de sindicatos. O documento também explica
regras relacionadas à criação de sindicatos e
a procedimentos sindicais - como alteração
estatutária e eleições, que estão diluídos em
diversas leis e atos normativos. (dA CNI) [bi]
» A cartilha está disponível para consulta no site do PDA, no Portal da Indústria
Camilla Cavalcanti, da CNI, apresenta cartilha
O segmento de vestuário foi o
escolhido para iniciar a agenda
de intercâmbios de 2017. O evento
reuniu 21 presidentes de sindica-
tos de todo o país. Representando
o setor industrial baiano, partici-
param o presidente do Sindicato
da Indústria de Vestuário de Fei-
ra de Santana e Região (Sindvest
Feira) e vice-presidente da FIEB,
Edison Nogueira, e o presiden-
te do Sindicato da Indústria do
Vestuário, Waldomiro Araújo. O
evento também contou com a pre-
sença do presidente da Associa-
ção Brasileira da Indústria Têxtil
e de Confecção (ABIT), Fernando
Pimentel.
Na oportunidade, foi realizada
uma mesa-redonda que discutiu o
fortalecimento da atuação conjun-
ta entre os sindicatos, federações,
associações e CNI. Também foram
sinalizados caminhos de mobili-
zações para a defesa de interes-
ses. Os presidentes participaram,
ainda, de oficina com a temática
Como tornar seu sindicato impres-
cindível para a indústria?. “Pre-
cisamos reforçar a Rede Sindical
para fazer nossa voz ser ouvida
pelos legisladores”, destacou o
presidente do Sindvest Salvador e
Região, Waldomiro Araújo.
Ainda em abril, foi realizado
na sede da CNI o 3º Intercâmbio
de Lideranças Setoriais da Indús-
tria de Base Florestal. Os presi-
dentes dos sindicatos da Indús-
tria do Mobiliário (Moveba), João
Schnitman, e das Indústrias de
Serrarias (Sindiscam), Jaime Lo-
renzo Piñeiro, representaram o
setor industrial baiano.
No encontro, foram apresenta-
das oportunidades do Sebrae e da
Associação Brasileira de Pesquisa
e Inovação Industrial (Embrapii)
para o setor de base florestal.
Cartilha incentiva regularização dos sindicatos empresariais
24 Bahia Indústria
há 20 Anos nA cenA do Rio veRmeLhoPor PatríCia Moreira
teatro SeSi comemorou aniversário com performances e espetáculo musical
Bahia Indústria 25
Os 20 anos marcam o vigor da juventude. No
caso do Teatro SESI Rio Vermelho, chegar
a esta idade apenas reafirma uma constan-
te no seu dia a dia, movido pela inovação.
Mantido pelo Sistema FIEB, o espaço também atua
como um Centro de Estudos Culturais, produzindo
conteúdos como o Sala de Som, programa educativo
sobre música que foi veiculado na TVE Bahia em 2016,
com audiência estimada em 42.900 espectadores.
Também realiza iniciativas como o Festival de Música,
Encontro de Corais de Empresas, Mostra de Teatro e
Concurso Literário, dentro do Programa Arte na Em-
presa, bem como atua como espaço para realização de
eventos corporativos de empresas industriais.
Para celebrar os 20 anos, o teatro acolheu Ana Ma-
meto, Claudia Cunha e Manuela Rodrigues, que revi-
sitaram o Canto das Sereias, espetáculo que marcou a
abertura do espaço, em 1997. As cordas de Alexandre
Leão, o teclado de Yacóci Simões e a percussão de
Joceval Santana completaram a cena que, na inau-
guração, foi protagonizada pelas intérpretes Marilda
Santana, Guida Moira e Ana Paula Albuquerque.
Com as sereias deslizando pelo palco, ao som do
sucesso de Candeia, O Mar Serenou, imortalizado na
voz de Clara Nunes, os artistas deram início ao espe-
táculo que lembrou o vento de Caymmi, a baía sob
um certo ‘ponto de vista’ de Gil, a malemolência de
Gerônimo e o feminino de Chico Buarque e Rita Lee.
O espetáculo foi só o começo.
Além de intervenções em videomapping (proje-
ções visuais) na fachada do casarão, a Varanda foi
tomada por artistas de diversas linguagens. Eles mar-
caram a programação com performances e esquetes,
tornando a noite tão diversa quanto é o espaço do SE-
SI no Rio Vermelho no seu dia a dia.
Se de um lado, o Teatro SESI fomenta cultura e pro-
move atividades especialmente voltadas para o tra-
balhador da indústria, o reconhecimento de artistas,
produtores e soteropolitanos vem do fato de o casarão
do Rio Vermelho ser aberto à diversidade cultural e
aos novos talentos da cena artística de Salvador.
Teatro e Varanda funcionam diariamente e aco-
lhem por ano uma média de 180 grupos culturais,
com 500 apresentações e público médio de 44 mil es-
pectadores, gerando renda para 2.200 profissionais
que vivem da arte e da cultura. Ele foi inaugurado
em 1997 com o espetáculo Abismo de Rosas, prota-
gonizado pelo ator Wagner Moura, com direção de
Fernando Guerreiro. Foto
S: B
eto JúNio
r/C
oo
per
pho
to/S
iSte
ma F
ieB
Acrobatas, dança
flamenca, poesia
e esquetes
teatrais
marcaram a
celebração do
aniversário
do espaço. Na
página ao lado,
Ana Mameto,
Claudia Cunha
e Manuela
Rodrigues,
em o Canto das Sereias,
espetáculo
que marcou a
abertura do
Teatro, em 1997
26 Bahia Indústria
A comemoração contou com a presença do presiden-
te da FIEB, Ricardo Alban, que relembrou a importância
do SESI Rio Vermelho: “uma referência para a cena ar-
tística e cultural de Salvador”. Ele destacou o empenho
da equipe que faz o Teatro SESI acontecer e ressaltou a
importância da arte para ajudar o empresário a pensar
de forma inovadora. “O empresário é um ser pragmáti-
co e gostaríamos de ter a capacidade de criar e inovar
dos artistas. Contamos com este potencial criativo para
nos colocar neste caminho e nos fazer enxergar outras
possibilidades”, arrematou.
Para Maria Angélica Ribeiro, gerente da unidade,
o segredo está no espírito que move a força de traba-
lho da unidade. “Os desafios são grandes, mas a gente
trabalha naquilo que gosta. São projetos interessantes,
inovadores e com artistas maravilhosos”, explica. Ro-
sa Villas Boas, gerente do teatro, lembra que a receita
é parceria. “O coração do Teatro SESI é acolhedor. Os
artistas fazem parte e, em tudo que a gente inventa e
cria, conseguimos esta adesão, da mesma forma que
estamos abertos ao que eles trazem”.
Lembrando que o SESI Rio Vermelho é referência en-
tre os Departamentos Regionais no país pelo trabalho
na área de cultura, o superintendente do SESI na Bahia,
Armando Neto, destacou o quanto é relevante poder as-
segurar a manutenção de um espaço cultural integrado
à vida da cidade. Complementando, o gerente de Quali-
dade de Vida do SESI, Amélio Miranda, destacou que a
instituição entende a cultura como um dos pilares para
assegurar bem-estar e qualidade de vida e é este o pa-
pel que o teatro e centro cultural vêm cumprindo.
Estiveram presentes às comemorações represen-
tantes da indústria, gestores, funcionários, parceiros,
além do ex-superintendente do SESI, Carlos Alberto
Vieira Lima, que foi responsável pela implantação do
Teatro. [bi]
FotoS: Beto JúNior/Cooperphoto/SiStema FieB
Tocar violão no show de abertura, em 1997,
e estar na comemoração dos 20 anos é apenas um detalhe desta história, que se tornou mais efetiva a partir de 2005, quando fui convidado para animar as sextas-feiras da Varanda. É um privilégio muito grande, porque este é o centro cultural da Bahia de maior atuação, com funcionamento diário. Foi aqui também que me descobri apresentador, com o projeto Sala de Som”
Alexandre Leão,
músico, tem uma
trajetória profissional
marcada pela sua
relação com o Teatro e
Varanda do SESI
André Simões, produtor cultural, destaca o fato de o teatro ser um espaço que se preocupa com a filosofia do conteúdo exposto
Uma casa é feita de pessoas, por isso
é importante reconhecer o trabalho de todos os profissionais que habitam o Teatro SESI. É importante o fato de o Sistema Fieb entender que a matriz cultural da Bahia é responsável pela cidadania, pela prosperidade econômica e pessoal dos cidadãos. Quando há uma compreensão do capital sobre o que significa a postura sobre arte e cultura nós temos uma comunidade muito mais madura”
Bahia Indústria 27
João aLVarez/SiStema FieB
Serviços de odontologia são ampliados no interiorConstrução das unidades integradas no interior e a extensão do serviço à comunidade ampliam atuação do SeSi em saúde bucal
Em 2016, 470 empresas indus-
triais e 61 mil trabalhadores
e seus dependentes em toda
a Bahia foram atendidos nas uni-
dades do Serviço Social da Indús-
tria (SESI) em odontologia. Antes
reservado apenas aos trabalha-
dores da indústria, o atendimento
passou a ser oferecido também à
comunidade, como forma de am-
pliar o acesso aos serviços que a
instituição oferece.
Os serviços, realizados nas clí-
nicas do SESI ou nas instalações
das indústrias, incluem diagnós-
ticos, planejamento de interven-
ções, ações curativas, monito-
ramento da saúde bucal e ações
educativas e preventivas. O SESI
dispõe de equipe qualificada e se-
gue rigoroso controle no processo
de esterilização, com nota de 9,1
de satisfação do cliente.
Além da abertura dos serviços
à comunidade, o SESI ampliou a
capacidade de atendimento com
a construção e requalificação das
unidades do interior. Em Feira de
Santana, o número de consultó-
rios passou de 4 para 6. A expec-
tativa do gerente da unidade, Luiz
Figueiredo, é de crescimento de
20% no atendimento em 2017. Em
Feira, o SESI oferece as especiali-
dades de clínica geral, periodon-
tia, endodontia, prótese, cirurgia
e ortodontia.
Em Vitória da Conquista, agora
são três consultórios, o que per-
mitiu oferecer a especialidade or-
Equipe
qualificada
atua sob
rigoroso
processo de
qualidade
todontia na região sudoeste. “Até
2016, a unidade contava com ape-
nas um consultório odontológico
com clínica geral. Com a instala-
ção da Unidade Integrada, nossa
capacidade triplicou”, explica o
gerente do SESI, Fabrício Vieira
da Silva.
Em 2016 foram realizados 6.509
procedimentos em odontologia
em Conquista e a projeção é de um
aumento de 17% em 2017. Fabrício
Vieira explica que a Unidade Su-
doeste tem buscado estar próxima
dos clientes industriais, levando
informações sobre o programa de
gestão da saúde bucal e o impacto
gerado pelo absenteísmo que este
problema pode acarretar.
Em Salvador, na unidade do
SESI no bairro do Lucaia, e em Ca-
maçari, na região metropolitana,
são oferecidos os serviços de clí-
nica geral, periodontia, endodon-
tia, prótese, cirurgia, ortodontia,
estética, odontopediatria, radio-
logia e implantodontia. Além das
unidades do interior já citadas, o
SESI também presta atendimento
em saúde bucal nas unidades do
oeste (Barreiras e Luis Eduardo
Magalhães) e da região norte (Ju-
azeiro) em clínica geral. Na região
sul (Ilhéus/Itabuna) são ofereci-
dos os serviços de clínica geral e
endodontia. O serviço tende a ser
ampliado com a inauguração da
unidade integrada na região. [bi]
28 Bahia Indústria
indicAdoRes Números da Indústria
PRODUçãO INDUSTRIAL CAI 7,1% NA BAHIAestado foi o que apresentou pior desempenho, dentre os 14 que são pesquisados pelo iBGe
A produção física da indústria de transforma-
ção da Bahia apresentou queda de 7,1%, em
fevereiro de 2017, no acumulado de 12 meses,
e ocupou a última posição no ranking dos
14 estados que participaram da Pesquisa Industrial
Mensal - Produção Física. Todos os estados regis-
traram resultados negativos: Espírito Santo (-0,9%),
Santa Catarina (-1,3%), Paraná (-2,3%), Minas Gerais
(-2,6%), Mato Grosso (-2,7%), Goiás (-3,0%), Ceará
(-3,3%), São Paulo (-3,4%), Pernambuco (-3,4%), Rio
Grande do Sul (-3,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Pará
(-4,8%), Amazonas (-5,3%) e Bahia (-7,1%).
A indústria de transformação nacional registrou
queda de 4,6% no mesmo período. Na Bahia, seis dos
11 segmentos apresentaram queda: Equipamentos de
Informática (-32,3%); Refino de petróleo e biocombus-
tíveis, setor que representa 31,5% do Valor de Trans-
formação Industrial da Bahia, (-19,7%, devido a uma
parada não programada da unida-
de de craqueamento catalítico de
resíduos U-39 durante todo o mês
de julho e a uma parada progra-
mada nos meses de janeiro e feve-
reiro nas unidades U-09 e U-18);
Minerais não metálicos (-10,3%);
Metalurgia (-8,8%); Borracha e
Plástico (-4,1%); e Veículos auto-
motores (-1,4%). Os cinco segmen-
tos que apresentaram crescimento
foram: Couro e Calçados (10,2%);
Bebidas (7,8%); Alimentos (3,1%);
Produtos Químicos (1,7%); e Celu-
lose e Papel (0,5%).
Na comparação do bimestre ja-
neiro-fevereiro de 2017 com igual
período do ano anterior, a produ-
ção física da indústria de transfor-
mação baiana apresentou queda
de 10,2%, enquanto a indústria
nacional contabilizou retração de
0,9%. Seis dos 11 segmentos indus-
triais da Bahia apresentaram re-
sultados negativos: Equipamentos
de Informática (-68,9%, retração
na fabricação de gravador ou re-
produtor de sinais de áudio/vídeo
e computadores pessoais de mesa
e portáteis); Metalurgia (-35,5%,
queda na produção de barras,
perfis e vergalhões de cobre e de
ligas de cobre); Refino de petróleo
e biocombustíveis (-19,7%,devido
a parada programada para manu-
tenção que reduziu a produção de
Bahia Indústria 29
Couro e Calçados (7,2%); Bebidas
(3,8%); Produtos químicos (2,5%);
e Minerais não metálicos (2,0%).
Os dados do 1º bimestre deste
ano não mostram uma recupe-
ração da indústria brasileira e
baiana. O desemprego (segundo
dados da PNAD para o trimestre
dezembro/2016-fevereiro/2017)
continua em alta, alcançando
13,2%, com um contingente de 13,5
milhões de pessoas desemprega-
das. Percebe-se a dificuldade na
estabilização do ambiente eco-
nômico, que se traduz na falta de
investimentos. No entanto, o ciclo
de redução da taxa de juros, queda
da inflação e uma possível melhora
da confiança dos empresários, so-
bretudo com a tomada de decisões
óleo diesel, óleos combustíveis e
naftas para petroquímica); Celulo-
se e Papel (-9,2%, menor produção
de pastas químicas de madeira);
Alimentos (-5,2%, tortas, bagaços,
farelos e outros resíduos da extra-
ção do óleo de soja, carnes de bo-
vinos frescas ou refrigeradas, óleo
de soja refinado e óleo de soja em
bruto; Borracha e Plástico (-4,1%).
Apresentaram resultados po-
sitivos: Couro e Calçados (12,4%,
tênis de material sintético), Veícu-
los Automotores (11,1%, aumento
na produção de automóveis diante
de uma base deprimida), Minerais
não metálicos (6,4%), Bebidas
(3,3% produção de refrigerantes) e
Produtos Químicos (0,9%).
Na comparação de fevereiro de
2017 com igual mês do ano ante-
rior, a indústria de transformação
da Bahia apresentou uma queda
de 4,3. Seis dos 11 segmentos apre-
sentaram resultados negativos:
Equipamentos de Informática
(-66,8% queda na fabricação de
gravador ou reprodutor de sinais
de áudio/vídeo e computadores
pessoais de mesa); Metalurgia
(-38,8% barras, perfis e verga-
lhões de cobre e de ligas de cobre);
Celulose e Papel (-22,9% pastas
químicas de madeira); Refino de
petróleo e biocombustíveis (-17,1%
menor produção de óleo diesel,
óleos combustíveis e naftas para
petroquímica); Alimentos (-7,2%
carnes de bovinos frescas ou refri-
geradas, óleo de soja refinado, tor-
tas, bagaços, farelos e outros resí-
duos da extração do óleo de soja e
óleo de soja em bruto); e Borracha
e Plástico (-2,0%).
Apresentaram resultados positi-
vos: Veículos Automotores (175,8%,
em decorrência de férias coletivas
de 8 a 26 de fevereiro de 2016, de-
primindo a base de comparação);
importantes como as medidas de
ajuste fiscal e as reformas na Pre-
vidência e trabalhista, associada
às concessões na área da infraes-
trutura (a exemplo dos aeroportos),
devem gerar um ciclo econômico
ascendente, provavelmente no se-
gundo semestre deste ano.
A expectativa para 2017 é que,
assim como no Brasil, a economia
baiana apresente uma branda me-
lhora, com os níveis de atividade
da economia sendo retomados de
forma gradual. Conforme informa-
ções do Banco Central, as perspec-
tivas para 2017 são: (i) inflação de
4,09%; (ii) crescimento de 1,20%
na produção industrial; (iii) queda
da taxa Selic para 8,5%; e (iv) cres-
cimento de 0,41% no PIB. [bi]
bahia: pim-pf de fevereiro 2017
Indústria de Transformação -4,3 -10,2 -7,1Refino de petróleo e biocombustíveis -17,1 -19,7 -19,7Produtos químicos 2,5 0,9 1,7Veículos automotores 175,8 11,1 -1,4Alimentos -7,2 -5,2 3,1Celulose e papel -22,9 -9,2 0,5Borracha e plástico -2,0 -4,1 -4,1Metalurgia -38,9 -35,5 -8,8Couro e Calçados 7,2 12,4 10,2Minerais não metálicos 2,0 6,4 -10,3Equipamentos de Informática -66,8 -68,9 -32,3Bebidas 3,8 3,3 7,8
Extrativa Mineral -10,6 -15,3 -22,9
Variação (%)
SETORES FEV17/FEV16 JAN-FEV17/ MAR16-FEV17/ JAN-FEV16 MAR15-FEV16
FoNte: IBGe; elaBoração FIeB/SdI
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
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DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
115
110
105
100
95
90
85
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75
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2017
2016
2015
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2015-2017)
30 Bahia Indústria
painel
Bem estar GloBal • O evento, parceria entre o SESI e a Rede Globo, chegou à
terceira edição e ofereceu serviços gratuitos à população, dia 31 de março. O evento foi
marcado por atividades esportivas e contou com uma estrutura com mais de 20 tendas
para atendimento em saúde e cuidados pessoais, instaladas no estacionamento da
Arena Fonte Nova, no Dique do Tororó.
Sistema FIEB e prefeitura firmam parcerias Com o objetivo de discutir ações futuras e debater demandas do setor
industrial, o prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente da FIEB,
Ricardo Alban, secretários municipais, dirigentes do Sistema Indústria,
além de empresários participaram de reunião na qual foram assinados
três protocolos de intenções entre a prefeitura e o SENAI Cimatec, com
a finalidade de realizar parcerias em áreas estratégicas para a capital
baiana. O poder municipal e a instituição deverão atuar para encontrar
soluções em capacitação profissional, tecnologias com foco em
inteligência urbana e empreendedorismo. Prefeito e secretários
prometeram analisar as sugestões feitas pelos representantes da
indústria e anunciaram que, até o fim do ano, a prefeitura irá lançar
projetos em prol do desenvolvimento sustentado da capital baiana.
João aLVarez/arqUiVo SiStema FieB Deputados baianos conhecem o Cimatec No dia 5 de abril, o SENAI Cimatec
recebeu os deputados estaduais
da Bahia, em um café da manhã,
com o intuito de ampliar e
fortalecer o diálogo e parcerias
entre o Poder Legislativo e o setor
industrial da região. Na
oportunidade, o presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia,
deputado Ângelo Coronel (PSD),
demonstrou o interesse do Poder
Legislativo em fortalecer parceiras
com o Sistema FIEB e o SENAI
Cimatec, com a implementação de
projetos voltados para novas
tecnologias e inovação. “A
Assembleia vive um novo
momento. Por isso estaremos de
portas abertas para acolher todos
os projetos que vêm em
benefício da sociedade baiana,
com a FIEB e o seu importante
braço, o SENAI Cimatec”.
Ferbasa e SESI mantémparceria em educaçãoFerbasa mantém parceria com o
SESI para oferecer aos seus
trabalhadores um programa de
educação de jovens e adultos. Este
ano, foi diplomada uma turma de
85 alunos no ensino fundamental
2 e no ensino médio, nas
modalidades a distância e
presencial. A solenidade contou
com a presença do presidente da
Ferbasa, Rafael Machado Tibo, do
superintendente do SESI,
Armando Neto e da gerente de
Educação, Cléssia Lobo.
Atualmente, estão matriculados
70 trabalhadores e seus
dependentes das unidades de
metalurgia e florestal, com
previsão de concluir o ciclo de
formação em 2018.
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VaLter poNteS/Coperphoto/SiStema FieB
ACM Neto e
Ricardo Alban
assinaram
protocolos de
intenções
Bahia Indústria 31
mário
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Representantes do comércio e da indústria estiveram no lançamento
Fabrício Vieira recepcionou
os participantes do evento
Câmara Argentina-Bahia é lançada em SalvadorCom o intuito de impulsionar o desenvolvimento do comércio exterior
entre empresários baianos e argentinos, foi lançada, em 29 de março, a
Câmara Empresarial de Comércio Argentina-Bahia (Cecab). A sede da
nova entidade, que tem apoio da Fecomércio e da FIEB, vai funcionar
do edifício da Casa do Comércio. De acordo com o cônsul-geral da
Argentina em Salvador, Mariano Vergara, atualmente, a Argentina é
um dos principais destinos das exportações baianas e o principal país
de origem das importações do estado. A Cecab irá representar os
interesses dos empresários baianos e argentinos.
FeComérCio/DiVULGação
Mais Saúde na Escola em Vitória da ConquistaCom a participação da
comunidade, o Serviço Social da
Indústria (SESI) de Vitória da
Conquista abriu suas portas, em
abril, para acolher o projeto Mais
Saúde na Escola, realizado em
parceria com a Revista Mais
Saúde, que circula na região. Para
o gerente do SESI, Fabrício Vieira,
a iniciativa foi um sucesso. A
programação começou com um
café da manhã saudável, seguido
de atividades esportivas e
recreativas, como judô, exercícios
funcionais, zumba, tecidos
acrobáticos. Foi também uma
oportunidade para a comunidade
conhecer as instalações da escola
de ensino médio do SESI.
Produtos desenvolvidos em incubadora são premiadosIdeias inovadoras que receberam mentoria e
apoio tecnológico da Aceleradora e da
Incubadora do SENAI Cimatec vêm chamando a
atenção em premiações e editais de fomento
locais e nacionais. Um dos exemplos é um
software que substitui o RDO (Relatório Diário
de Obra) de forma eletrônica, incluindo a
assinatura digital no documento por meio de
um aplicativo. O projeto do engenheiro civil
Lucio Felix Neto recebeu recursos do Programa
Laboratório Aberto, do Sebrae, e teve seu
protótipo desenvolvido no Cimatec. Já a Mel de
Cacau, uma das startups da Acelera Cimatec,
apoiada pelo Edital SENAI SESI de Inovação, é
uma das finalistas do Desafio Carrefour Brasil x
Hello Tomorrow BR. A competição fomenta três
vertentes: desenvolvimento de alimentos mais
saudáveis, mais sustentáveis e com menos
desperdício. A startup produz bebida natural a
partir da mucilagem do cacau.
FIEB lança vídeo sobre sindicato empresarialApresentar aos empresários baianos os
principais benefícios e ações dos sindicatos
empresariais é o objetivo do Vídeo Sindicato
Empresarial, criado pela Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para
desmistificar o trabalho do sindicato
empresarial e apresentar os benefícios do
associativismo, valorizando o papel do
sindicato para a sociedade. Produzido em
parceria com a Confederação Nacional da
Indústria (CNI), através do Programa de
Desenvolvimento Associativo (PDA), o vídeo foi
criado em dois formatos. Uma versão com
duração de um minuto e outra mais longa,
abordando os benefícios voltados para
indústrias associadas e a importância da
atuação conjunta para o fortalecimento do
setor. O vídeo será disponibilizado aos
sindicatos filiados para uso em visitas de
relacionamento, divulgação em ações de
mobilização e eventos. O material será
divulgado em plataformas digitais, como
e-mail marketing e o Portal da FIEB.
32 Bahia Indústria
jurídico
Inclusão de desconto incondicional no IPI é inconstitucionalO Senado Federal, através da
Resolução nº 1/2017,
declarou inconstitucional a
previsão de inclusão dos
descontos incondicionais na
base de cálculo do Imposto
sobre Produtos
Industrializados (IPI).
Este posicionamento do
Senado reflete a decisão
definitiva já proferida pelo
Supremo Tribunal Federal e
acarreta a suspensão da
execução do § 2º do art. 14 da
Lei nº 4.502/1964, com a
redação dada pelo art. 15
da Lei nº 7.798/1989, que
dispõe sobre a base de
cálculo do IPI.
DREI revisa diversas instruções normativas O Departamento de Registro
Empresarial e Integração
(Drei) revisou diversas
Instruções Normativas (INs),
com o objetivo de simplificar
e desburocratizar os serviços
oferecidos pelas Juntas
Comerciais.
Assim, entraram em vigor a
partir de 2 de março deste
ano, as INs nº 34, 35, 36, 37 e
38, que dispõem sobre o
arquivamento de atos de
empresas de diversos tipos
jurídicos, bem como alteram
os procedimentos para
enquadramento,
reenquadramento e
desenquadramento de
microempresa e empresa de
pequeno porte.
Vaneide Souzaintegra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB
Litigância de má fé no Novo Código de Processo Civil
O processo judicial apresenta-se
como meio para aquele que tem
ou suponha ter direito violado, ga-
rantir a sua pretensão, diante do
conflito de interesses, assegurada
à parte contrária a ampla defesa,
com o fim de se obter julgamento
equânime.
Entretanto, a busca da verdade
dos fatos para a aplicação da Jus-
tiça torna-se inócua frente à con-
duta abusiva e aética de alguns
interessados. A litigância de má
fé constitui-se como eficaz instru-
mento de controle dos abusos de
direito em ações judiciais, pois vi-
sa garantir a lealdade processual e
o comportamento ético das partes,
penalizando aqueles que infringi-
rem seus preceitos.
O Novo CPC reitera diversos
dispositivos da legislação ante-
rior, contudo, inova ao majorar as
penas para aqueles que utilizarem
o processo para prejudicar o seu
andamento, ou desvirtuar a ver-
dade dos fatos, impedindo a apli-
cação da Justiça.
O instituto está disciplinado
nos arts. 79 a 81 do Código, que
apresentam o rol das condutas de
litigância de má fé, entre as quais
se destacam: deduzir pretensão
ou defesa contra texto expresso de
lei ou fato incontroverso; alterar a
verdade dos fatos, usar do proces-
so para conseguir objetivo ilegal;
interpuser recurso com intuito
manifestamente protelatório.
O texto legal possibilita a res-
Por Vaneide souza ponsabilização por perdas e da-
nos daquele que litigar de má-fé
como autor, réu ou interveniente,
autorizando o juiz a condenar o in-
frator ao pagamento de multa, em
montante bem superior ao previs-
to na lei pretérita.
Segundo o art. 81 do CPC, a
multa deverá ser superior a um
por cento e inferior a dez por cen-
to do valor corrigido da causa, e o
ligante de má fé deverá indenizar
a parte contrária pelos prejuízos
sofridos, no valor arbitrado pelo
juiz, além de arcar com honorários
advocatícios e demais despesas
suportadas pela parte.
A nova lei possibilita a aplica-
ção de multa, mesmo se o valor da
causa for irrisório ou inestimável.
Nestes casos, poderá ser fixada
multa de até 10 (dez) vezes o valor
do salário mínimo, o que ressalta
a intenção do legislador em coibir
condutas processuais abusivas.
As novas sanções legais têm ca-
ráter punitivo e indenizatório, com
alcance educativo, inibindo con-
dutas atentatórias aos princípios
da boa fé e da lealdade processu-
al, e vêm sendo aplicadas pelos
tribunais, com destaque para a
Justiça do Trabalho.
A litigância de má fé consiste,
portanto, em uma violação ao di-
reito, decorrente da utilização de
recursos fraudulentos, contrários
à lei. Neste sentido, a legislação
pátria avançou, estabelecendo
maior rigidez para o seu controle,
inibindo lides temerárias atentató-
rias à dignidade da Justiça.
Bahia Indústria 33
ideiAs
Por renato MiCeli
Zé abriu uma padaria. Com a crise,
começou a fazer pães em casa pa-
ra ganhar um extra. Logo a pada-
ria fazia sucesso no bairro. Ainda
assim, certo mês, Zé endividou-
-se. Qual a causa do prejuízo? Foi
o preço da farinha? O pão estava
muito barato? Zé estava no estágio
zero de conhecimento de negócio.
Negócios são formados por pesso-
as e processos, e os processos de
Zé corriam à revelia.
Zé começou a contabilizar nú-
meros; preocupava-se com as fi-
nanças do negócio. Escrevia em
seu bloquinho toda a contabilida-
de. Renegociou compras de insu-
mos, barateou custo e conseguiu
comprar um ponto comercial. Zé
documentava os dados de negó-
cio. Zé entrou no estágio 1 de co-
nhecimento de negócio.
Zé era ambicioso. Queria com-
prar uma panificadora industrial
e aumentar a produção. Por quan-
tos meses pouparia para comprar?
Zé contratou um especialista, que
organizou os dados da padaria no
computador. Agora, facilmente
analisaria sua contabilidade his-
tórica e projetaria receitas e inves-
timentos. As curvas de crescimen-
to traziam confiança no sucesso.
Zé havia entrado no estágio 2.
A padaria ia de vento em popa.
Zé acabara de contratar o nono
funcionário. Mas Zé investia mui-
to tempo na contabilidade. Deci-
diu informatizar o negócio: pôs
caixas eletrônicos e relógios de
ponto para contabilizar vendas e
tempo direto em sistema. Usava a
tecnologia para obter dados do ne-
gócio. Zé reduziu custo de tempo e
logo abriu duas filiais. Zé entrava
no estágio 3.
Zé agora tinha três gerentes. Só
focava na estratégia: qual forne-
cedor, panificadora, campanha.
Dirigia cada uma das padarias com
seu tino comercial; todavia, ver o
negócio como um todo era difícil. A
contabilidade em sistema só atua-
lizava ao fechar o caixa. Inclusive,
Zé perdeu a da matriz num alaga-
mento. Resolveu, então, migrar
seus números para a nuvem. Uma
aplicação online agora resolvia tu-
do; até permitia a Zé perceber dias
fracos em negócio e agir pronta-
mente. Com rápida tomada de deci-
são, as padarias se multiplicaram.
Zé estava entrando no estágio 4.
Zé pensava conhecer seu negó-
cio como ninguém. Acompanhava
o caixa em tempo real, monitorava
entrada e saída de estoque, proje-
tava investimentos. Para crescer,
sabia que deveria olhar para fora
do negócio: precisava conhecer os
clientes. Zé instituiu um cartão fi-
delidade com bônus em compras;
em troca, coletava dados dos ti-
tulares e o histórico de compras.
Agora Zé sabia quais idades com-
pravam quais produtos e a taxa de
recompra por produto. Pôde mon-
tar estratégias mais efetivas, rene-
gociou contratos de fornecimento,
dinamizou o estoque e alavancou
receitas. Zé entrara no estágio 5.
As padarias de Zé dominavam
a região. A marca conhecida fo-
mentava discussões e inspirava
novos negócios. Certo dia, um de-
poimento de uma consumidora,
que adquiriu produto fora de vali-
dade, causou a Zé constrangimen-
to nacional. Zé precisava mitigar
o impacto. Começou a monitorar
Renato Miceli, consultor de Negócios em Supercomputa-ção, Big Data e Inovação Tecnológica
Você realmente conhece seu negócio?sua marca online. Elaborou uma
estratégia de marketing direciona-
da e melhorou a reputação, alcan-
çando recordes de vendas. Sondou
tendências, lançou uma linha de
padarias gourmet e dominou o
mercado nacional. Zé entendeu
que dados de mercado, bem além
do seu negócio, são ótima fonte de
insights para crescimento; Zé esta-
va no estágio 6.
Zé resolveu apostar no estran-
geiro e abriu sua primeira padaria
e fábrica em Miami. Zé sabia que,
para satisfazer a demanda ameri-
cana e crescer, precisaria otimizar
a fábrica. Assim, substituiu recurso
humano, mais caro e lento, por sis-
temas computacionais capazes de
tomada de decisão ágil. Robôs con-
trolavam a qualidade e limpavam o
chão de fábrica, e sistemas online
disparavam ordens de compras
para centenas de fornecedores em
quantidades precisas para o esto-
que estimado. Usando sistemas ci-
berfísicos e Internet das Coisas, Zé
elevou sua fábrica à produtividade
da Indústria 4.0. Crescendo, seu
negócio enfim figurou na Fortune
500. Zé entrou no estágio final.
Zé foi um homem de visão:
encontrou oportunidades e corre-
lacionou dados para validar suas
estratégias. Confiou no instin-
to empreendedor. Suas análises
quantitativas permitiram testar
hipóteses, mensurar sucesso so-
bre resultados em curto prazo, e
rapidamente direcionar o negócio.
Com conhecimento de negócio, Zé
cresceu a largos passos. Apostou
na inovação tecnológica como ca-
talisadora do desenvolvimento.
E você, conhece sobre seu ne-
gócio o suficiente para crescer? [bi]
livros
leitura&entretenimento
O presente ressignificado Beleza, gênio, trabalho, desorientação.
Essas são algumas das palavras que
Domenico De Masi, o pai do ócio criativo,
usa para nos desafiar e demonstrar que
conceitos considerados óbvios, na
verdade, estão bem longe disso. Por trás
de cada uma delas existe um mundo: no
passado, tais vocábulos tinham
significados e valores diferentes, logo,
eram diferentes também as implicações
na vida dos homens e no seu universo
mental.
Duelo econômicoDois dos maiores economistas da história,
John Keynes e Friedrich von Hayek
estiveram em lados opostos da maior
batalha econômica de todos os tempos: se os
governos deveriam ou não intervir nos
mercados. Da Grande Depressão à Segunda
Guerra, e da recuperação do pós-guerra aos
dias atuais, o jornalista Nicholas Wapshott
examina os animados debates entre esses
dois gigantes do século XX cujas visões
moldaram a ascensão e a queda de
economias em todo o mundo.
Alfabeto da sociedade desorientadaDomenico De Masi600 p.objetivaR$ 69,90
Keynes x HayekNicholas Wapshott448 p.RecordR$ 69,90
34 Bahia Indústria
Espetáculo com bonecosSob a direção de Olga Gómez, a peça conta a história da
infância e juventude de uma das personalidades negras
mais notáveis do século 19 - o baiano Luiz Gama. Filho de
mãe negra livre e de pai branco, foi escravizado pelo
próprio pai aos 10 anos, mas venceu os obstáculos da
escravidão e tornou-se advogado, orador, jornalista e
escritor. Conquistou judicialmente a própria liberdade e,
aos 29 anos, e foi considerado "o maior abolicionista do
Brasil”. Neste espetáculo, adaptado pela Companhia A
Roda, a história de Luiz Gama é contada por meio da
técnica de animação de bonecos de luva.
DiVULGação
márCio Lima/DiVULGação
Forró e cantadores na VarandaCom a aproximação das festas juninas, a Varanda do SESI
ganha novos ritmos com os shows do cantor Viny Brasil que,
às quartas-feiras, apresenta repertório dançante de forró.
Maio também marca o início da temporada 2017 do projeto
Varanda dos Cantadores, que a cada primeira quinta-feira
de cada mês, até novembro, vai reunir artistas como João
Sereno, Wilson Aragão, Raymundo Sodré, Maviael Melo e
Verlando Gomes, na área externa do Teatro SESI Rio
Vermelho. O poeta e cantador Maviael Melo, um dos
idealizadores do projeto, diz que devido ao sucesso do
projeto em 2016, veio a ideia de antecipar a temporada.
Não perca Forró na Varanda, qua., 22h, R$20/R$10 (meia); Varanda dos Cantadores, 1ª quinta do mês, até nov., 22h, R$30. R. Borges dos Reis, 9
Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, 13/05 a 18/06, sáb e dom, 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia) Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Livre (+8 anos)
música
teatro