Bacias Petrolíferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospecção e Equipamentos de Produção

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    INTRODUO

    O trabalho referido tratara de bacias petrolferas, o incio de tudo, desde o

    estudo detalhado das rochas at os equipamentos usados para a produo,passando pelos equipamentos de prospeco, esse material faz o estudo de duas

    bacias conhecidas e bastante estudadas pela PETROBRAS: Bacia de Campos e

    Bacia do Solimes, ambas importantes para o pas devido s grandes descobertas

    do pr-sal, e pela grande concentrao de gs, respectivamente. Apresentamos

    suas reservas, nveis de produo, qualidade do leo explorado e idade estimada

    das provncias.

    A Bacia de Campos hoje a principal bacia petrolfera brasileira sendo

    responsvel por mais de 85% da produo nacional de petrleo, o que atrai grandes

    investimentos no s da PETROBRAS como de outras multinacionais do setor. A

    Bacia do Solimes j a segunda maior reserva de gs do pas e apresenta uma

    grande produo de leo leve o que proporciona um produto agregado de alto valor

    comercial.

    Pontos como prospeco, plataformas de perfurao e produo, os tipos de

    plataformas, sero apresentados dados das reservas e produo de petrleo e gs

    das Bacias do Solimes e de Campos. Os investimentos previstos e a questo

    ambiental.

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    1. BACIAS PETROLFERAS

    Bacias Petrolferas so reas favorveis para a ocorrncia de campos de

    petrleo e/ou gs, ou seja, reas de maior potencial de explorao e produo quepodem ser localizadas na Margem Leste Continental (Esprito Santo, Campos e

    Santos) e Bacias Interiores (Solimes, Recncavo, Amazonas e Paran) e que

    compreende a existncia de quatro elementos (rochas geradoras maturas, rochas-

    reservatrio, rochas selantes e trapas) e dois fenmenos geolgicos dependentes do

    tempo (migrao e sincronismo).

    Existem dois tipos de bacias petrolferas:

    - Onshore: ocorre quando a bacia encontra-se em terra e que so originadas

    de antigas bacias sedimentares marinhas;

    - Offshore: ocorre quando a bacia est na plataforma continental ou ao longo

    da margem continental. As maiorias das bacias petrolferas brasileiras encontram-se

    no mar, em guas rasas com lmina dgua at 400 metros,guas profundas com

    lmina dgua entre 400 metros 1.000 metros e guas ultra-profundas com lmina

    dgua a partir de 1.000 metros.

    O Brasil com suas dimenses continentais, conta com uma rea sedimentar

    total de aproximadamente seis milhes e meio de quilmetros quadrados, exibe uma

    diversidade de bacias prospectveis de diferentes idades geolgicas, como:

    proterozicas (compreendida entre 2,5 bilhes a 542 bilhes de anos), paleozicas

    (compreendida entre o final do Pr-Cambriano 600 milhes de anos atrs at o incio

    da Era Mesozica 225 milhes de anos atrs), cretcicas (compreendida entre 145

    milhes a 500 mil anos) e terciria (compreendida entre 65 a 5 milhes de anos).

    As reas de Bacia Sedimentares Brasileiras esto localizadas em uma rea

    total de 6.436.200 km2, sendo localizadas em terra cerca de 4.898.050 km2

    (Amazonas, Cear, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia e Esprito Santo),

    em mar cerca de 1.538.150 km2 (Cear, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe,

    Bahia, Esprito Santo, Rio de Janeiro, So Paulo e Paran), nas bacias interiores

    cerca de 4.513.450 km2 e nas bacias costeiras cerca de 384.600 km2.

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    Em 1953 foi criada a Petrleo Brasileiro S.A., a PETROBRAS, que marcou o

    incio da histria da indstria petrolfera no Brasil. Essa trajetria exploratria de

    sucesso que comeou nas bacias terrestres e logo depois migrou para o mar,

    avanou com sucesso para as regies de guas profundas entre 400 metros a 2.000

    metros de lmina dgua, que so designada como guas ultra-profundas.

    Com a descoberta do Campo de Garoupa em 1974, uma rea gigantesca

    em termos de desenvolvimento tecnolgico e de sucessivas conquistas

    exploratrias, marcou a histria da indstria petrolfera brasileira com nova Bacia de

    Campos.

    Exemplo dessa atividade exploratria : as expressivas acumulaes de gs

    e condensado na Bacia do Solimes, localiza-se na regio norte do Brasil, Estado do

    Amazonas, uma rea trabalhada persistentemente durante dcadas at se alcanar

    o primeiro sucesso exploratrio.

    1.1 PROVNCIAS PETROLFERAS DO BRASIL

    Hoje em dia oito provncias respondem pela produo de petrleo no Brasil,

    includas nas bacias Solimes, Cear, Potiguar, SergipeAlagoas, Recncavo,

    Esprito Santo, Campos e Santos (Fig.1).

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    Figura 1: Mapa das bacias sedimentares brasileiras, com indicao das provncias produtoras de leo e gs no

    Pas

    As rochas geradoras encontradas nas provncias petrolferas so

    responsveis pela origem de trs em cada quatro barris de petrleo j descobertos

    no Pas. Esse leo encontra-se acumulado principalmente em leques turbidticos,

    sequncias de deposio de sedimentos finos a mdios, com estratificao rtmica

    e gradacional do perodo Neocretceo (compreendida h 400 milhes de anos) e

    Tercirio (compreendida entre 65 a 5 Ma) e, secundariamente, em carbonatos

    albianos.

    1.2 BACIA DE CAMPOS

    H milhes de anos, a separao dos continentes sul-americanos e

    africanos comeou a definir os limites atuais da costa brasileira. Com o afastamento

    dos dois continentes, surgiu uma grande bacia, denominada Bacia. No limite dos

    novos continentes, formaram-se bacias sedimentares, como as de Pelotas, Campos

    e Esprito Santo (Costa Brasileira) e Cuanza, Gabo e Cabinda (Costa Africana).

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    Durante os milhes de anos seguintes, com as variaes climticas,

    movimentos da crosta terrestre que provocaram rebaixamentos ou elevaes no

    nvel do mar, alterando o limite da linha da costa. Com essas alteraes, o que

    modificou nesta regio foi o "aterro natural", formado por sedimentos despejados

    pelo Rio Paraba do Sul no Oceano Atlntico durante milhes de anos, formando

    assim uma plancie com vastos campos, que deram origem ao nome da cidade de:

    Campos dos Goytacases.

    A Bacia de Campos (Fig.2) est localizada em guas territoriais do Estado

    do Rio de Janeiro, cobrindo cerca de 100.000 km2, dos quais apenas 500 km2 so

    em rea emersa. A Bacia de Campos conta com 39 campos de petrleo, o que

    equivale a 80% da produo nacional, com reservas de leo equivalente a 1 milho

    250 mil barris de petrleo por dia e 17 milhes de metros cbicos de gs natural

    tambm por dia.

    Figura 2: Localizao geogrfica da Bacia de Campos

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    Mais de 70% desta bacia est em guas com profundidades maiores que

    200 metros de lmina dgua. A plataforma continental tem em mdia 100 km de

    largura e a quebra da plataforma varia de 80 metros de lmina dgua.

    At hoje, 59 campos j foram descobertos na bacia de Campos, guardando

    cerca de 30 bilhes de barris de leo. (Guardado e Luchesi, 1988).

    A origem e a evoluo tectono-estratigrfica da Bacia de Campos est

    relacionada com o rompimento do supercontinente Gondwana (Barbosa, 2002). A

    Bacia de Campos embasada por rochas pr-cambrianas recobertas por derrames

    baslticos e camadas vulcanoclsticas eocretceas da Formao Cabinas, datada

    entre 120 Ma e 130 Ma (Dias et al., 1990), o que formou o assoalho de todo o

    preenchimento sedimentar da bacia.

    1.2.1 SISTEMA PETROLFERO LAGOA FEIA CARAPEBUS

    A Formao Lagoa Feia inclui conglomerados com abundantes clastos de

    basalto que formam grandes leques ao longo das falhas de borda; tambm ocorremarenitos, folhelhos ricos em matria orgnica, sltitos e coquinas definindo a

    sedimentao lacustre.

    Os sedimentos continentais da Formao Lagoa Feia so encontradas

    rochas geradoras e rochas resevatrios de uma seqncia carbontica-siliciclstica

    predominantemente lacustre, intercalada com folhelhos pretos carbonosos (Pereira

    et al. 1984; Dias et al. 1988; Guardado et al. 1989; Abraho e Warme, 1990). A partir

    do Cretceo Superior, o Tercirio Inferior caracteriza-se uma fase marinha

    regressiva, com deposies nas bacias de Grupo Campos, que inclui, a Formao

    Embor com depsitos de arenito, Formao Grussa com plataforma carbontica,

    Formao Ubatuba com uma seqncia de folhelhos e Formao Caraepebus com

    depsitos arenosos turbidticos intercalados nos folhelhos batiais.Nas pores mais

    proximais, a Formao Maca constituda por conglomerados e arenitos

    pobremente selecionados.

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    Carta estratigrfica da Bacia de Campos, com indicao dos elementos do

    sistema petrolfero atuante na rea (fig.3).

    Figura 3: Carta estratigrfica da Bacia de Campos

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    O Sistema Petrolfero Lagoa FeiaCarapebus foi o responsvel pela origem

    dos maiores campos descobertos no Brasil, como Marlim, Albacora, Roncador,

    Barracuda e Marimb, todos em turbiditos. Encerrando tambm volumes muito

    importantes de petrleo aparecem reservatrios em outras unidades estratigrficas

    tais como os carbonatos da Formao Maca, carbonatos tercirios da Formao

    Ubatuba que ocorrem na poro de guas rasas da bacia, encerram apreciveis

    volumes de leo pesado, biodegradado.

    Aparecem reservatrios de petrleo muito importante tambm em outras

    unidades estratigrficas, tais como os carbonatos da Formao Maca e as

    coquinas da Formao Lagoa Feia. Carbonatos tercirios da Formao Ubatuba,

    ocorrem na poro de guas rasas da bacia, encerram apreciveis volumes de leo

    pesado, biodegradado.

    1.3 BACIA DO SOLIMES

    Situa-se na poro norte do Brasil, com uma rea de aproximadamente

    600.000 km. Possui dois teros de pacotes sedimentares paleozicos, no

    aflorantes, pois est seo ficou sotoposta a um pacote arenoso continental de

    idade cretcia devido evoluo mesocenozica. Juntamente com a Bacia do

    Amazonas, a Bacia do Solimes possui calha intracratnica, com 2.500 km de

    comprimento, 500 km de largura e at 5.000 km de profundidade. Delimitada da

    seguinte forma: A leste pelo arco de Purus, separando-a da Bacia do Amazonas, ao

    oeste pelo arco de Iquitos que a separa da Bacia do Acre, e os Escudo das Guianas

    e Escudo Brasileiro a limita pelo norte e sul respectivamente (Fig.4). Possui tambmdiviso em sub-bacias, denominadas, Juru e Jandiatuba (Fig.5), esta primeira muito

    estudada pela Petrobrs devido alta concentrao de condensado.

    A escala de descobertas comeou com levantamento de dados ssmicos em

    1975 e em 1978 houve confirmao de expressivas acumulaes de gs, na rea do

    rio Juru. Finalmente, nos anos 80, a primeira provncia de hidrocarbonetos gasosos

    e lquidos do rio Urucu apresentou cerca de 132 milhes de barris de leo, e 44

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    milhes de m de gs (ANP, 2001). Atualmente a segunda maior reserva de

    disponvel nas bacias Brasileiras.

    Figura 4: Localizao aproximada das bacias do Estado do Amazonas

    Figura 5: Delimitao das sub-bacias na Bacia do Solimes

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    acumulaes da provncia so Rio Urucu, Juru, Nordeste de Juru, Sudoeste de

    Urucu, Igarap Marta, So Mateus e Leste de Urucu (Fig.6). A Bacia apresenta 15

    campos de gs e 3 campos de leo e gs (Fig.7).

    Figura 6: Mapa de localizao das bacias paleozicas do Solimes, Amazonas e Parnaba

    Figura 7: Mapa de localizao dos campos de leo e gs da Bacia do Solimes

    As sequncias estratigrficas da bacia do Solimes foram definidas comreviso litoestratigrafica. Existem duas sequncias de 1 ordem, Paleozica e

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    Mesozica/Cenozica. A primeira composta por quatro sequncias de 2 ordem

    (Ordoviciano Inferior, Siluriano Superior-Devoniano Inferior, Devoniano Mdio

    Carbonfero Inferior e Carbonfero Superior-Permiano Inferior) a segunda, por sua

    vez, possui duas sequncias de 2 ordem (Cretcea e Tercirio-Quartenrio). Nas

    formaes Benjamin Constant, Juta e grupos Marimari foram formalizadas as

    rochas sedimentares paleozicas. A seo ps-paleozica originou-se no grupo

    Javari composto pela formao Alter do Cho (Cretceo) e Solimes (Tercirio)

    (Fig.8).

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    Figura 8: Carta estratigrfica da Bacia do Solimes. Fonte Petrobrs

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    O pacote paleozico est intrudido nas soleiras de diabsio, as quais

    encontram-se na sequencia carbonfera, acontecimento que ocorreu cerca de 220

    Ma, definido como Neotrissico. O megacisalhamento do Solimes (Tectonismo

    responsvel pela formao das trapas estruturais anticlinais de falhas reservas com

    direo geral NE-SW) ocorreu a partir do Neojurssico quando a regio Norte foi

    submetida a esforos compressivos horizontais intensos devido abertura do

    oceano Atlntico Sul.

    Segundo o autor da carta estratigrfica da bacia, Eiras (1998 e 1999) o

    sistema petrolfero Jandiatuba-Juru contm aproximadamente 99,8% das

    acumulaes cormeciais da rea.

    1.3.2 PLO DO RIO URUC

    A perfurao do pioneiro 1-RUC-1-AM, em 1986, revelaria a primeira

    descoberta comercial de leo em rochas paleozicas no Brasil, na bacia do

    Solimes, a cerca de 600 km a W-SW de Manaus. As jazidas dessa rea hoje

    arranjadas em plo de produo incluem Rio Uruc, leste de Uruc, sudoeste de

    Uruc e Igarap Marta, em uma rea total excedendo os 100 km.

    As estruturas portadoras de petrleo resultam de atividade tectnica

    transpessional e confirmam-se como anticlinais assimtricos associados a falhas

    reversas, individualmente com reas em torno de 15 km. A coluna de leo alcana

    20 metros e recoberta por uma capa de gs com at 80 metros de espessura; a

    acumulao de liquido, na realidade, tem uma geometria em anel circundado a

    culminncia estrutural da regio, na forma de uma jazida com grande rea de

    ocorrncia delgada espessura. A rea do Plo do Rio Uruc inclui reservas de 45

    milhes de barris de leo, 16 milhes de barris de condensado e 14 bilhes de m de

    gs.

    A produo de leo e gs no Plo do Rio Urucu se d a partir de

    reservatrios neocarbonferos da formao Juru. Essa unidade inclui depsitos

    arenosos elicos e de plancie de mar como as fceis de melhores caractersticaspermoporosas, com porosidade mdia da ordem de 18%. O leo tem densidade de

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    41API, sendo produzido juntamente com o condensad o (60 a 70API) e gs (80%

    metano, etano e propano).

    A principal zona produtora na rea conhecida como Juru, encontra-se emtorno de 2.400 metros de profundidade e caracteriza-se pelo excelente

    selecionamento granulomtrico e boa continuidade lateral. Delgadas intercalaes

    de anidrita, folhelho e marga, de ampla distribuio, constituem bons marcos

    estratigrficos para o zoneamento dos reservatrios.

    O mecanismo de produo de leo nas jazidas do Plo do Rio Uruc, que se

    d por surgncia, por expanso da extensa capa de gs, com influncia pouco

    expressiva do aqfero sotoposto.

    2. PROSPECO DE PETRLEO

    A prospeco de petrleo a atividade de deteco de reservas de petrleo

    e/ou gs natural, atravs de estudos e analise de dados geolgicos e geofsicos da

    rea da bacia sedimentar.

    A primeira etapa da atividade exploratria a realizao do estudo geolgico

    como a geologia de superfcie que tem como objetivo analisar as caractersticas das

    rochas na superfcie com o intuito de prever seu comportamento a grandes

    profundidades.

    Mtodos indiretos so fundamentais na prospeco de petrleo, pois atravs

    deles possvel realizar todo mapeamento da bacia sedimentar, economizandocustos com a perfurao, os mtodos geofsicos so realizados com instrumentos

    sofisticados que mapea toda a bacia e permite selecionar a melhor rea onde possa

    haver acumulo de hidrocarbonetos. Dentre os mtodos geofsicos podemos destacar

    a gravimetria, magnetometria, eletromagntico, radioativos, perfilagem geofsica e

    ssmica de reflexo.

    Com as informaes geradas pelos estudos preliminares onde foi possvel

    obter informaes como espessura, constituio, profundidade e comportamento

    das camadas de rochas existentes entram em cena os mtodos diretos. realizada

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    a perfurao da rea com potencial de reservatrio e durante a perfurao mais

    dados so coletados atravs de testemunhos de rocha. Inicia se a instalao de

    um poo pioneiro, para a instalao deste poo usado uma sonda de perfurao

    que pode ser terrestre ou martima. Na Bacia de Campos a PETROBRAS possua

    em 2008 4 plataformas de perfurao e mais 8 contratadas, como a SS-37 (fig.9).

    Figura 9: Plataforma de perfurao semi submersvel SS-37

    2.1 EQUIPAMENTOS DE PROSPECO

    Na atividade offshore so utilizadas plataformas de perfurao e navios

    sonda para a realizao das perfuraes, as plataformas podem ser fixas, auto-

    elevatrias e semi-submersveis, o que diferencia as plataformas a rea de

    atuao, as fixas e as auto-elevatrias so utilizadas em lminas dgua de no

    mximo 300m, j as semi - submersveis e os navios sonda so para guas

    profundas e ultra profundas com lminas dgua superiores a 1000m. Quanto aos

    equipamentos da sonda de perfurao so basicamente os mesmos, compostos de:

    Sistema de sustentao de cargas;

    Composto por: torre de perfurao (fig.10), subestrutura e estaleiro.

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    Figura 10: Torre de perfurao

    Sistema de movimentao de cargas;

    Composto por: Bloco de coroamento, que um conjunto de polias fixo

    que fica apoiado na parte superior do mastro por onde passam os

    cabos de perfurao; Catarina, conjunto de polias mveis justapostas

    num pino central, a catarina se move ao longo da torre (fig.11);

    Gancho, elemento de ligao da carga ao sistema de polias; Swivel,elemento que liga as partes girantes as fixas, permitindo livre rotao

    da coluna e por um tubo na sua lateral permite injeo de fluido no

    interior da coluna de produo, Guincho,movimenta o cabo

    responsvel pela movimentao vertical das tubulaes no poo.

    Figura 11: Catarina

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    Sistema de rotao;

    Composto por: Mesa rotativa, transmite rotao a coluna de perfurao

    e permite o livre deslizamento do kelly no seu interior (fig.12); Kelly,transmite a rotao proveniente da mesa rotativa coluna de

    perfurao, Top drive, perfura por seo, exige menor nmero de

    conexes e facilita a retirada da coluna com circulao e rotao.

    Figura 12: Mesa rotativa

    Sistema de gerao e transmisso de energia;

    Composto por: Sondas mecnicas, os vrios motores so ligados a

    compounds no qual so conectados os principais equipamentos de

    perfurao; Sondas Diesel eltricas, os motores a diesel so ligados

    a geradores de energia eltrica onde a gerao feita em corrente

    alternada e a utilizao nos equipamentos realizada em corrente

    contnua (fig.13).

    Figura 13: Sonda Diesel eltrica

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    Sistema de circulao de fluidos;

    Composto por: Tanques de lama, armazena os fluidos; Bombas de

    lama, fornece energia ao fluido para que possa circular pelo poo;

    Bombas centrfugas, faz o carregamento das bombas de lama; Tubo

    bengala, um tubo rgido de 4 que conduz a lama at a mangueira de

    injeo; Mangueira de injeo, uma mangueira de 4 que recebe a

    lama e a conduz at o swivel.

    Sistema de segurana de poo;

    Constitudo pela: Cabea de revestimento; BOP, sua principal funo

    impedir que os fluidos das formaes atinjam a superfcie de formadescontrolada (fig.14) em perfuraes terrestres e martimas com at

    300m de lmina dgua os BOPs ficam na superfcie em lminas

    dgua superiores a 300m eles so instalados no fundo do mar.

    Figura 14: BOP Blow out preventer

    Sistema de monitoramento;

    Painel do sondador que fica instalado na plataforma (fig.15).

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    Figura 15: Painel do Sondador

    Os principais componentes da coluna de produo so o comando de

    perfurao (drill collar) o tubo de perfurao (drill pipe) e o tubo de perfurao

    pesado (HWDP) e temos as brocas que podem ser: Tricnicas com dentes de ao

    (fig.16), Tricnicas com insertos de tungstnio (fig.17), brocas de PDC (diamante

    sinttico, fig.18) e brocas de diamante natural (fig.19) as brocas so escolhidas de

    acordo com o tipo de rocha que ir perfurar.

    Figura 16: Broca tricnica com dentes de ao

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    30

    Figura 17: Broca tricnica com insertos de tungstnio

    Figura 18: Broca de PDC

    Figura 19: Broca de diamante natural

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    31

    Nas perfuraes terrestres os equipamentos e sequncias so similares as

    martimas, as diferenas esto na instalao da sonda e principalmente no custo

    bem menor que nas perfuraes martimas. Para a instalao da sonda realizada

    a escavao de um fosso retangular ao redor do local da perfurao, essa

    escavao fornece um espao de trabalho ao redor do poo para os trabalhadores e

    movimentao de equipamentos e acessrios de perfurao.

    Inicia se ento a perfurao do poo, usando se inicialmente um

    caminho sonda (fig.20), porque a primeira parte do poo mais rasa do que o poo

    principal e revestida com uma tubulao de esteio de grande dimetro. Outros

    poos so escavados na lateral para temporariamente armazenar equipamentos,

    finalizada essa etapa, os equipamentos da torre de perfurao (fig.21) so trazidos e

    instalados.

    Figura 20: Caminho sonda

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    32

    Figura 21: Torre de perfurao terrestre

    Realizada a perfurao inicia se o processo de revestimento do poo que

    a necessidade de revestir as paredes do poo para proteo, e constitui tambm

    uma parcela expressiva do custo da perfurao (10 a 15% no mar e 50% em terra),

    sua funo prevenir o desmoronamento das paredes, evitar contaminao,

    promover meios de controle de presso, etc, realizada a cimentao que tem

    como objetivo fixar a tubulao de revestimento. Em seguida feita a avaliao da

    formao realizando teste de perfilagem a poo aberto, teste de formao a poorevestido e a perfilagem de produo.

    3. EVOLUO HISTRICA E EXPLORATRIA DA BACIA DE CAMPOS

    Durante a separao dos continentes Sul - americano e Africano, h cerca

    de 100 milhes de anos, comeou a ser definida os limites da costa brasileira. Esse

    processo geolgico formou a Bacia do Atlntico, que ainda hoje continua a se

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

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    expandir a uma taxa de 2 cm/ano. No incio desse processo de separao foram

    criadas as Bacias sedimentares como as de Pelotas, Campos e Esprito Santo (no

    lado oriental brasileiro) e Cuanza, Gabo e Cabinda (no lado ocidental africano),

    entre outras.

    Com cerca de 100 mil Km a Bacia de Campos considerada a maior

    reserva petrolfera brasileira, estendendo se da cidade de Vitria/ES at Arraial do

    Cabo, localizada no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro. A regio responsvel

    por 85% da produo nacional de petrleo.

    A explorao na Bacia de Campos iniciou se em 1968, com estudos e

    levantamentos de reconhecimento gravimtricos e ssmicos, que continuou at

    1974, como resultados foram obtidos 13 poos pioneiros e aproximadamente 12.000

    km de ssmica. Em 1976, com o poo 1-RJS-9-A, deu se origem ao campo de

    Garoupa, localizado em lmina dgua de 100 metros, e em agosto de 1977 com o

    poo 3-EM-1RJS tem incio a produo comercial da Bacia de Campos.

    Em 2008 existiam 55 campos na Bacia de Campos, sendo que 36 j

    atingiram seu pico de produo, e atravs da utilizao de novas tecnologias a

    PETROBRAS conseguiu aumentar ao mximo a vida til dessas reas, conseguindo

    um aumento de 3% no fator de recuperao dos poos.

    A PETROBRAS atuava em 2008 com 40 unidades de produo de petrleo,

    operando em 546 poos, essas unidades de produo so divididas em plataformas

    Fixas, Semi submersveis e os navios adaptados FPSO (Unidades flutuantes de

    produo, armazenamento e escoamento), esse aparato tem uma produo mdia

    de 1.265 milho de barris/dia.

    4. PLATAFORMAS DE PETRLEO

    As plataformas de petrleo so estruturas metlicas utilizadas em alto mar,

    para abrigar trabalhadores, mquinas e equipamentos destinados a perfurao de

    poos, extrao e produo de petrleo e/ou gs natural.

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    34

    De acordo com a lmina dgua as plataformas podem ser fixas ou

    flutuantes.

    4.1 TIPOS DE PLATAFORMAS DE PRODUO

    Vejamos os tipos de plataformas existentes e suas caractersticas.

    Plataformas fixas: Foram s primeiras plataformas utilizadas, so

    destinadas a produo em guas rasas na plataforma continental

    com lmina dgua de at 200m. So constitudas geralmente de

    estruturas modulares em ao, so instaladas no local de operao com

    estacas que so fixadas no leito marinho. Exemplo: PCH-1 (fig.22)

    uma das 13 plataformas fixas que operam atualmente na Bacia de

    Campos, a PCH-1 opera a 25 anos no campo de Cherne.

    Figura 22: Plataforma fixa PCH-1

    Plataformas Semi submersveis (SS): Sua estrutura compe um ou

    mais conveses, apoiada por colunas flutuantes submersas. Sendo uma

    unidade flutuante ela est sujeita a ao das ondas, correntes e ventos,

    o que pode ocasionar danos aos equipamentos que so ligados da

    plataforma ao poo. Por isso fundamental que a plataforma fique

    posicionada na superfcie martima, dentro de um raio de tolerncia que regido pelos equipamentos de produo de subsuperfcie.

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    35

    As plataformas SS possuem 2 tipos de sistema de posicionamento, so

    eles: o sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento

    dinmico.

    O sistema de ancoragem constitudo de 8 a 12 ncoras e cabos e/ou correntes,

    atuando como molas que produzem esforos capazes de restaurar a posio do

    flutuante quando modificada pela ao das ondas, ventos e correntes.

    No sistema de posicionamento dinmico, no existe ligao fsica da plataforma com

    o fundo do mar, exceto a dos equipamentos de perfurao. Sensores acsticos

    determinam a deriva, e propulsores no casco acionados por computador restauram a

    posio da plataforma. (PETROBRAS, 2010)

    Por no possuir sistema prprio de propulso as SS so rebocadas atos locais de operao, ao contrrio das plataformas fixas as semi

    submersveis podem ser transferidas para outras locaes. Exemplo:

    Plataforma SS P-12 (fig.23), que opera no campo de Linguado.

    Figura 23: Plataforma SS P-12

    Plataformas tipo FPSO: As FPSOs so navios adaptados, que so

    capazes de produzir, armazenar e transferir o petrleo e/ou gs natural

    extrado. Assim como as plataformas SS, os FPSOs so utilizados em

    guas profundas e ultra profundas, os navios possuem uma planta de

    processo instalada no convs, que separa e trata os fludos extrados

    dos poos. Realizado o processo primrio de separao, o petrleo

    armazenado na prpria embarcao. A transferncia do petrleo realizada de tempos em tempos para um navio de alvio, j o gs

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

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    comprimido produzido enviado para o continente atravs de

    gasodutos e/ou reinjetado no prprio reservatrio, a capacidade mdia

    de produo dos maiores FPSOs so de 200 mil bpd de petrleo, com

    produo associada de gs de aproximadamente 2 milhes m/d. Na

    Bacia de Campos so 13 os FPSOs, entre eles a P-31(fig.24) instalada

    no campo de Albacora, operando em todos os estgios. Existem 3

    FPSOs que no produzem, somente processam, armazenam e

    transferem a produo de outras plataformas.

    Figura 24: FPSO P-31

    5. RESERVAS

    No final de 2009 as reservas totais de petrleo do Brasil foram

    contabilizadas em 21,1 bilhes de barris, em comparao a 2008 representa um

    acrscimo de 1,3%, refletindo uma taxa crescente de 5,6% ao ano, nos ltimos 10

    anos.

    As reservas totais de petrleo da Bacia de Campos no Estado do Rio de

    Janeiro (graf.I) sofreram um aumento significativo neste perodo de 45,43%. O pice

    das reservas ocorreu em 2008 com 16.372,1 milhes de barris, 0,21% maior que

    2009.

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    37

    Fonte: ANP

    No mar esto localizadas 92,8% das reservas provadas de petrleo

    nacional, sendo que o Rio de Janeiro detm 87% das reservas offshore e 80,7% do

    total nacional. Os nmeros da Bacia de Campos (RJ) em 2009 so de 10.381,9

    milhes de barris, um aumento de 0,52% referente ao ano de 2008, em que as

    reservas provadas eram de 10.328,5 milhes de barris (graf.II).

    Fonte: ANP

    As reservas totais de gs natural da Bacia de Campos (RJ) em 2009 eram

    de 276.170 milhes m, uma queda de 4,78% referente ao ano anterior. No entanto

    se compararmos os nmeros de 2000 a 2009 houve um crescimento de 58,96% ou

    113.343 milhes m nas reservas totais de gs natural (graf.III) de Campos.

    Grfico I - Reservas totais de petrleo - BC

    11.233

    ,7

    11.432

    ,9

    10.561

    ,2

    11.046

    ,9

    11.514

    ,2

    12.915

    ,5

    14.218,

    3

    15.909

    ,9

    16.337

    ,4

    16.3

    72,1

    0,0

    3.000,0

    6.000,0

    9.000,0

    12.000,0

    15.000,0

    18.000,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesdebarris

    Grfico II - Reservas provadas de petrleo - BC

    7.36

    6,1

    7.37

    5,6

    8.17

    4,4

    8.85

    4,1

    8.93

    1,1

    9.53

    2,6

    9.76

    2,2

    10.177

    ,9

    10.381

    ,9

    10.328

    ,5

    0,0

    3.000,06.000,0

    9.000,0

    12.000,015.000,0

    18.000,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Ano

    Milhesdebarris

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    38

    Assim como petrleo a maior parte (82,1%) das reservas provadas de gs

    natural no Brasil se encontrava, ao fim de 2009 nos reservatrios offshore. A

    exemplo do que ocorre com o petrleo, o Estado de Rio de Janeiro o maior

    participante nas reservas nacionais com 166.165 milhes m (graf.IV), o que

    correspondeu a 45,3% do volume nacional, seguido do Amazonas, cujas jazidas

    terrestres so de 52.397 milhes m ou 14,3% das reservas provadas.

    Fonte: ANP

    Fonte: ANP

    6. PRODUO

    A produo nacional diria de petrleo - incluindo leo cru e condensado, mas

    excluindo lquido de gs natural (LGN) e leo de xisto- aumentou 7,3% e chegou a

    711,9 milhes de barris em 2009. Nos ltimos 10 anos, houve um crescimento mdio

    anual de 5,2% da produo de petrleo do Pas. Em 2009, o Brasil foi o 14 maior

    produtor mundial de petrleo (incluindo leo cru, condensado e LGN). (ANP, 2010)

    Grfico IV - Reservas provadas de gs natural - BC

    103.51

    5

    106.24

    6

    116.33

    9

    119.

    257

    119.04

    9

    145.37

    8

    164.50

    3

    167.91

    7

    166.165

    173.

    142

    0

    50.000100.000

    150.000

    200.000250.000

    300.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesm

    Grfico III - Reservas totais de gs natural - BC

    162.827

    159.425

    150.1

    16

    148.7

    97

    152.7

    96 197.

    405 2

    74.525

    272.83

    9

    276.170

    290.02

    8

    0

    50.000100.000

    150.000200.000

    250.000

    300.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesm

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

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    Os campos martimos foram responsveis por 90,8% da produo nacional

    de petrleo, excluindo o lquido de gs natural (LGN). O Estado do Rio de Janeiro

    respondeu por 93,6% da produo martima e por 85% do total nacional. O

    crescimento anual mdio do Estado foi de 6% entre 2000 e 2009 (graf.V).

    A qualidade do petrleo produzido na Bacia de Campos (RJ) possui em

    mdia grau API de 23 e teor de enxofre de 0,60% em peso.

    Em referncia ao LGN, foram produzidos em 2009 no pas, 28,7 milhes de

    barris, 9,2% menor que 2008. Apesar da queda em 2009, o Rio de Janeiro, mais

    uma vez o principal Estado produtor com 15,5 milhes de barris ou 53,9% da

    produo nacional (graf.VI).

    A Bacia de Campos (RJ) possua em 2009, 554 poos produtores de

    petrleo e gs natural, um aumento de 4,3% em relao ao ano de 2008.

    Fonte: ANP

    Fonte: ANP

    Grfico V - Produo de petrleo - BC

    358.75

    1

    380.46

    6

    438.292

    446.238

    443.156

    501

    .772

    529.

    627

    5

    20.922

    605.

    213

    547.34

    8

    0

    175.000

    350.000

    525.000

    700.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    mildebarris

    Grfico VI - Produo de LGN - BC

    4.37

    6

    3.70

    65.09

    7 7.83

    28.39

    6

    14.113 16

    .912

    16.403

    15.48517

    .412

    0

    5.000

    10.000

    15.000

    20.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    mildebarris

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

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    Com crescimento mdio anual de 5,3% no perodo de 2000 a 2009, a

    produo nacional de gs natural atingiu a marca de 21,1 bilhes m em 2009. Os

    campos martimos lideraram a produo nacional com um volume de 15,1 milhes

    m ou 71,4% do gs natural produzido no pas.

    O Estado do Rio de Janeiro liderou a produo em 2009 com 10,5 milhes

    m, concentrando 49,7% do total nacional e 69,5% da produo offshore, e

    representa um crescimento de 54,5% desde 2000 (graf.VII). O segundo lugar ficou

    com o Estado do Amazonas, com 3,8 milhes m ou 17,9% da produo nacional e

    62,5% do total onshore.

    Fonte: ANP

    Um grande desafio para a PETROBRAS na Bacia de Campos o

    escoamento da produo, ele feito em 80% atravs de navios aliviadores e 20%

    atravs de dutos submarinos. De acordo com o tipo de plataforma so usados

    diferentes modais de escoamento (tab.1).

    Escoamento de leo

    Tipos de Plataformas Alternativas de modal

    FixasDuto submarino ou FSO + Navio aliviador

    Semi submersvel Duto submarino ou FSO + Navio aliviador

    FPSO Navio aliviador

    FSO Navio aliviadorTabela 1: Tipos de plataformas e formas de escoamento

    Grfico VII - Produo de gs natural - BC

    5.72

    1,0

    5.96

    8,3

    6.88

    6,3

    6.660,

    2

    6.77

    9,1

    7.96

    7,2

    8.210,8

    8.02

    5,1 10

    .497

    ,2

    8.76

    3,3

    0,0

    5.000,0

    10.000,0

    15.000,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    Ano

    milhesm

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    41

    7. INVESTIMENTOS

    No Estado do Rio de Janeiro, esto cerca de 60% das descobertas do Pr-

    Sal, com isso o Estado dever receber cerca de R$ 80 bi em investimentos at2013. A PETROBRAS estima produzir nos prximos 10 anos o mesmo que produziu

    em 50 anos. Em 2020 a meta produtiva de 4 milhes de barris por dia de petrleo,

    praticamente o dobro da produo atual, e boa parte desse acrscimo dever vir dos

    campos fluminenses do Pr-Sal.

    A PETROBRAS e outras petrolferas iro investir em torno de R$ 40 bi, em

    recursos nos elos da cadeia produtiva, como a construo de refinarias, indstrias

    de plsticos, siderrgicas, fabricantes de mquinas e equipamentos e indstria

    naval. O maior desafio para a explorao do Pr-Sal ser o desafio tecnolgico o

    que render altssimos investimentos nos prximos anos.

    8. PETRLEO NA AMAZNIA

    Cerca de uma dezena de bacias sedimentares esto situadas na AmazniaLegal Brasileira, perfazendo quase 2/3 dessa rea territorial. Trs delas bacias do

    Solimes, Amazonas e Parnaba so as mais importantes, no s pelo tamanho,

    juntas ocupam aproximadamente 1,5 milhes de km, mas principalmente pelo seu

    potencial.

    A principal vocao da Amaznia o gs natural. O estado do Amazonas

    tem a segunda maior reserva brasileira de gs natural, sendo de 93.908 milhes de

    m nas reservas totais (graf.VIII) e de 52.397 milhes m em reservas provadas (graf.

    IX), dados de 2009.

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    Bacias Petrolferas: Estratigrafia, Equipamentos de Prospeco e Equipamentos de Produo.

    42

    Fonte: ANP

    Fonte: ANP

    Essa regio j auto-suficiente em petrleo e parte de sua produo

    exportada para outras refinarias da Petrobrs, localizadas em diferentes regies do

    pas.

    O Estado do Amazonas possua em 2009, 200,5 milhes de barris em suas

    reservas totais de petrleo (graf.X), um aumento de 22,14% em relao a 2008. J

    suas reservas provadas (graf.XI), tm o volume de 114,0 milhes de barris um

    aumento de 5,88 % de aumento comparado com o ano de 2008.

    Grfico VIII - Reservas totais de gs natural - Amazonas

    88.138

    75.324

    85.051

    77.986

    84.239

    84.361

    88.634

    90.518

    93.908

    90.453

    0

    30.000

    60.000

    90.000

    120.000150.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesm

    Grfico IX - Reservas provadas de gs natural - Amazonas

    44.402

    44.549

    47.983

    49.075

    49.448

    51.465

    53.232

    52.774

    52.397

    52.143

    0

    30.000

    60.000

    90.000

    120.000

    150.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesm

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    Fonte: ANP

    Fonte: ANP

    9. HISTRICO DA BACIA DO SOLIMES

    Apesar de ser uma rea produtora de petrleo, a Bacia do Solimes ainda

    pouco conhecida. A presena de reas ainda bastante inacessveis, com algumas

    reservas indgenas e florestais, desestimulou durante muito tempo a pesquisa nesta

    bacia.

    Por ser antiga, essa bacia contm rochas muito duras, o que aumenta o

    tempo e o custo de perfurao de poos. O estudo geofsico prejudicado pela altavelocidade das ondas nessas rochas antigas e pela presena de rochas vulcnicas

    Grfico X - Reservas totais de petrleo - Amazonas

    115,0 15

    0,8

    140,7

    130,8

    123,8

    115,7

    121,2 15

    6,4 20

    0,5

    164,2

    0,0

    100,0

    200,0

    300,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    ano

    milhesdebarris

    Grfico XI - Reservas provadas de petrleo - Amazonas

    128,8

    131,8

    114,5

    110,

    6

    100,0

    9

    1,9

    96,7

    102,7

    114,0

    107,

    6

    0,0

    100,0

    200,0

    300,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    Ano

    Milhesdebarris

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    intercaladas nelas, o que reduz a qualidade ssmica e cria falsas estruturas

    geolgicas. Sob o ponto de vista geofsico, o mapeamento das rochas-reservatrio

    nas sees ssmicas difcil devido m qualidade da resposta ssmica e da

    complexidade geolgica da rea.

    Como estas reas esto situadas distantes dos grandes centros

    consumidores, so pouco atrativas aos investidores devido s dificuldades de

    transportar gs por longas distncias. Precisam, portanto, de uma regulamentao

    especfica, com reduo de taxaes, para compensar os riscos exploratrios e os

    custos operacionais elevados, e atrair novos investimentos.

    Dos quase 220 poos perfurados at o momento na Bacia do Solimes,

    somente 17 deles (15 poos de carter de estudo e 2 pioneiros para produo)

    foram concludos entre 1958 e 1963. Ainda assim, foram perfuraes realizadas nas

    margens dos grandes rios, propostas com base apenas em estudos gravimtricos

    (34.750 km de perfis), feitos a partir de levantamentos realizados no perodo de 1957

    e 1960.

    O resultado desse estudo foi testado pelo poo 1-JR-1-AM (Rio Juru N1) e

    os resultados foram positivos: foi descoberta a provncia gasefera do Juru,

    marcando uma nova era na histria do petrleo amaznico. A partir de 1978, ano da

    descoberta dessa provncia, a pesquisa de petrleo na Bacia do Solimes tomou

    vulto. Com o prosseguimento da atividade exploratria, novas descobertas foram

    feitas: mais oito campos de gs foram confirmados, ao longo de lineamento do

    Juru, entre 1980 e 1984.

    Em outubro de 1986, foi descoberta a provncia petrolfera do Urucu. Doisanos depois, o leo j estava sendo escoado por balsas, atravs do rio homnimo,

    at a refinaria de Manaus.

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    9.1 CARACTERSTICAS

    O petrleo de Urucu considerado o de melhor qualidade no pas e dele so

    produzidos, principalmente, derivados mais nobres (de alto valor agregado) comodiesel e nafta.

    Cerca de 92% da capacidade da UN-Reman ocupada pelo petrleo de

    Urucu. Esse petrleo por ser extremamente leve, no produz asfalto, sendo

    necessrio importar leo mais pesado da Venezuela. Os 8% restantes da

    capacidade da refinaria so ocupados pelo petrleo importado, de nome Leona, com

    o nico objetivo de produzir o asfalto necessrio para o abastecimento de mercado

    regional.

    9.2 PRODUO

    A explorao e produo de petrleo na Amaznia so mais difceis que em

    outras reas terrestres do Brasil.

    As dificuldades esto relacionadas localizao da bacia. Ela est situada

    em uma rea remota e florestada, de difcil acesso, com muitas reservas indgenas e

    florestais, o que causa restries operacionais e legais.

    Atualmente, todo o petrleo produzido na Bacia do Solimes provm da

    provncia petrolfera do Urucu, mas, com os projetos prprios da Petrobras, ora em

    execuo, e os em negociao para parceria, outras reas, tais como Juru, Bi e

    So Mateus, tambm entraro em produo brevemente.

    A produo atual est em torno de 35.000 barris (quase 6.000 m) por dia de

    lquidos, compreendendo leo leve (42API), de exc elente qualidade, e lquido de

    gs natural (LGN), alm de aproximadamente, 1.700.000 m de gs natural.

    A meta produzir diariamente, j este ano, 45.000 barris de leo e 6 milhes

    de m de gs natural. Com o processamento desse gs sero obtidas 950 toneladas

    de gs liquefeito de petrleo (GLP) por dia, equivalentes a 10.000 barris de leo ou70.000 botijes de gs de cozinha. Para tal, esto sendo desenvolvidos projetos de

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    perfurao de mais poos verticais, direcionais e, principalmente, horizontais;

    ampliao das instalaes industriais e de apoio operacional da base do Urucu; e

    aumento da capacidade de escoamento.

    Para alcanar esta ltima meta, foi construdo um poliduto (leo, GLP e C5+)

    de 280 km de extenso e 14 pol. (36 cm) de dimetro, interligando a estao de

    produo do plo Arara, instalada no campo de Urucu, ao terminal de Solimes,

    construda na localidade conhecida como Travessia. A partir da, o petrleo

    transportado por navios e balsas at a refinaria de Manaus e outras refinarias do

    pas. Brevemente, ser construdo um gasoduto de 18 pol. (46 cm) para escoamento

    tambm da frao gasosa.

    Esto sendo realizados estudos para substituio do leo importado por um

    produto similar produzido na bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Caso os estudos

    apontem para a viabilidade da substituio, a UN-Reman passar a refinar

    unicamente petrleo de origem nacional. Sua capacidade de refino de 49 mil barris

    de petrleo por dia, o equivalente a 2,5% da capacidade de refino instalada no

    Brasil.

    Mantidos os nveis de produo atuais, estima-se que o petrleo da regio

    possa ser explorado, no mnimo, por mais oito anos. Considerando a real

    possibilidade de incorporao de novas reservas, fruto dos investimentos que a

    Petrobras continua fazendo nessa rea.

    A Petrobras mantm quatro sondas de perfurao de poos atuando na

    regio e, no incio do ano que vem o consrcio formado por HRT e Petra Energia

    recebe sua primeira sonda, que deve comear a perfurar no primeiro trimestre. Asperspectivas de descobertas so animadoras. A Petrobras pode ter encontrado na

    regio o maior campo terrestre do Pas.

    A empresa desenvolve tambm, internamente, projetos envolvendo estudos

    e pesquisas sobre toda a geologia da bacia.

    A UFPA, em parceria com a Petrobras e, em alguns casos, com outras

    companhias de petrleo, tambm vem desenvolvendo estudos nesse sentido,

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    visando aumentar o conhecimento sobre essas antigas e vastas reas

    sedimentares.

    9.3 INVESTIMENTOS

    O movimento de investimentos foi iniciado com a Petrobras, que j tem duas

    descobertas na regio, e ter a participao de companhias privadas que

    arremataram concesses (onde a empresa no sofre interveno da Unio) e leiles

    da Agncia Nacional do Petrleo (ANP).

    A Petrobras j conseguiu aprovar na ANP um plano de desenvolvimento

    para o SOL-T-171, que deve incluir a perfurao de novos poos. Dados da agncia

    apontam que a estatal conseguiu reverter um declnio natural da produo na regio.

    Alm dessa descoberta, a estatal anunciou ter encontrado gs na concesso

    SOL-T-150, que fica no traado do gasoduto que liga Urucu a Manaus, inaugurado

    em novembro do ano passado. A Petrobras tem ainda duas reservas antigas na

    regio, no desenvolvidas, que formam o plo Juru-Araracanga, prontas paraentrar em produo.

    Um dos objetivos da Petrobras manter Urucu produzindo no nvel pouco

    acima de 50 mil barris dia de leo. Com maior recuperao no plo de tratamento do

    material extrado na unidade de beneficiamento Arara poder chegar a 56 mil ao

    dia.

    9.4 QUESTO AMBIENTAL E SOCIAL

    No ano de 2000 foi instalado o Centro de Defesa Ambiental da Amaznia

    (CDA-AM), uma central de Logstica preparada para responder de forma rpida e

    eficaz a qualquer emergncia nos rios amaznicos, atuando na conteno e reduo

    de riscos ambientais no caso de vazamentos de petrleo. Alm de investimentos em

    segurana operacional e gesto ambiental, incluindo patrocnios institucionais para apreservao de animais silvestres.

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    A UN-Reman tambm vem desenvolvendo aes para minimizar os

    impactos ao meio ambiente. A refinaria conta com um sistema de tratamento de

    efluentes lquidos que garante a qualidade da gua devolvida ao rio Negro. O

    mesmo cuidado mantido em relao aos resduos slidos oriundos do processo de

    refino. Para isso foi implantado um sistema de coleta seletiva de lixo e um centro de

    tratamento de resduos. Depois de tratados, os resduos so dispostos de forma

    seletiva para evitar riscos ao meio ambiente.

    A Petrobras, por meio da UN-BSOL, foi a primeira empresa de petrleo do

    mundo a ser certificada simultaneamente nas gestes ambiental, de sade e

    segurana no trabalho.

    A preocupao da UN-BSOL com o meio ambiente tambm pode ser

    constatada em outras aes da companhia no trabalho de recuperao da

    vegetao nas reas de explorao de petrleo em Urucu, realizao de campanhas

    internas e junto s comunidades para a conscientizao da questo ambiental e a

    reciclagem de resduos orgnicos, sucata e papel. O dinheiro arrecadado com a

    venda dos materiais reciclados revertido para atividades filantrpicas da empresa.

    Para evitar a ocupao populacional na rea de Urucu, a regio foi isolada,

    construdo apenas acessos. Os equipamentos foram levados por balsa, helicptero

    e avio.

    Os funcionrios seguem o mesmo regime de plataformas no mar. Ficam 24

    dias trabalhando 12 horas por dia no regime de revezamento, descansando 21. Os

    terceirizados fazem 14 por 14. S chegam e saem em avies ou em helicpteros. Se

    as condies do tempo estiverem ruins, so utilizados barcos.

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    CONCLUSO

    A partir do referido conclumos que, as Bacias de Campos e do Solimes,

    so essncias para a indstria de petrleo no Brasil cada uma apresentandocaractersticas especficas com relao qualidade do produto extrado (petrleo e

    gs), mtodos de prospeco e produo. A Bacia de Campos com seu campo

    petrolfero gigantesco responsvel por 85% da produo nacional, apesar do grande

    volume produzido o leo extrado em Campos um petrleo considerado mdio ou

    pesado na sua maioria, o que no rende um produto agregado de alto valor

    comercial, j o leo que produzido no Solimes um petrleo leve, o proporciona

    um produto acabado com alto valor comercial. O maior desafio encontrado pelas

    bacias, para exercer a explorao e produo, so os locais em que elas se

    encontram, na Bacia de Campos as altas profundidades dos campos de explorao

    e produo requerem tecnologias e investimentos altssimos, at porque a tende a

    produo em guas cada vez mais profundas, a Bacia do Solimes j a segunda

    maior reserva de petrleo e gs do pas e o seu desafio explorar e produzir numa

    regio de difcil acesso, afinal de contas trata se de uma regio florestal, o que

    exige uma ateno enorme com relao segurana das operaes, at porque

    qualquer incidente que ocorra traria prejuzos ambientais devastadores a regio. No

    entanto apesar da importncia das duas bacias fato que a Bacia de Campos e

    ainda ser por um longo perodo a principal provncia petrolfera brasileira.

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    REFERNCIAS

    A EVOLUO DA EXPLORAO DA BACIA DE CAMPOSDisponvel em:

    Acesso em:

    05/11/2010.

    ANP. ANURIO ESTATSTICO BRASILEIRO DO PETRLEO, GS NATURAL E

    BIOCOMBUSTVEIS, 2010 p. 70 a 83 Disponvel em:

    Acesso em: 25/10/2010

    AS PLATAFORMAS Disponvel em:

    Acesso em:

    05/11/2010.

    BACIA DE CAMPOS - A MAIOR RESERVA DE PETRLEO DO BRASIL

    Disponvel em:

    Acesso em: 01/11/2010.

    O INCRVEL MUNDO DAS PLATAFORMAS DE PETRLEO Disponvel em:

    Acesso

    em: 05/11/2010.

    PLATAFORMA PETROLFERA Disponvel em:

    Acesso em:10/11/2010.

    PLATAFORMAS EM OPERAO Disponvel em:

    Acesso em: 10/11/2010.

    SEES GEOLGICAS E CARTAS ESTRATIGRFICAS Disponvel em: