Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
-
Upload
michelleferreirasant -
Category
Documents
-
view
121 -
download
1
Transcript of Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
14BACIA HIDROGRAFICA DO RIO SERGIPE
1. Fundamentos das bacias hidrográficas........................................................................02
1.1 Introdução.................................................................................................................02
2.0 Características físicas ...............................................................................................03
2.1 - Localização..............................................................................................................03
2.2 Unidades de planejamento.........................................................................................04
2.3 Regime hidrológico ..................................................................................................05
2.4 Relevo.............. .........................................................................................................05
2.5 – Vegetação...............................................................................................................07
2.6 Altitude......................................................................................................................07
3.0 Características climatológicas...................................................................................07
3.1 Temperatura média....................................................................................................07
3.2 Precipitação média.....................................................................................................08
3.3 Tipo de clima.............................................................................................................08
4.0 Características hidrológicas.......................................................................................08
4.1 Rio Principal..............................................................................................................08
4.2 Afluentes....................................................................................................................08
4.3 Usos da água..............................................................................................................09
4.4 Usos do solo...............................................................................................................09
4.5 Vazão dos rios...........................................................................................................09
5.0 População...................................................................................................................11
6.0 Atividades econômicas..............................................................................................13
7.0 Considerações finais..................................................................................................14
5.0 Referências................................................................................................................39
14BACIA DO RIO SERGIPE
1.0 FUNDAMENTOS DAS BACIAS HIDROGRAFICAS
1.1 – INTRODUÇÃO
Entende-se por bacia hidrográfica toda a área de captação natural da água da chuva que escoa superficialmente para um corpo de água ou seu contribuinte. Os limites da bacia hidrográfica são definidos pelo relevo, considerando-se como divisores de águas as áreas mais elevadas. O corpo de água principal, que dá o nome à bacia, recebe contribuição dos seus afluentes, sendo que cada um deles pode apresentar vários contribuintes menores, alimentados direta ou indiretamente por nascentes. Assim, em uma bacia existem várias sub-bacias ou áreas de drenagem de cada contribuinte. Estas são as unidades fundamentais para a conservação e o manejo, uma vez que a característica ambiental de uma bacia reflete o somatório ou as relações de causa e efeito da dinâmica natural e ação humana ocorridas no conjunto das sub-bacias nela contidas.
A bacia hidrográfica serve como unidade básica para gestão dos recursos hídricos e até para gestão ambiental como um todo, uma vez que os elementos físicos naturais estão interligados pelo ciclo da água. No estado de Sergipe a Lei nº 3.870, de 25 de setembro de 1997 é que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, marco regulatório da matéria. A Política Estadual de Recursos Hídricos determina à gestão sistemática dos recursos hídricos, com a consideração conjunta dos aspectos quantitativos e qualitativos, a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental e do uso do solo, assim como de bacias hidrográficas com sistemas estuarinos e zonas costeiras, articulação do planejamento de recursos hídricos estadual, regional e nacional entre si e com os setores usuários, além da articulação com municípios para gerenciamento dos recursos hídricos de interesse comum. (Título I, Cap.III, Artigos 3º. e 4º.)
A importância econômica do rio Sergipe
Por Nilton Pedro da Silva – Doutor em Economia e Advogado
Ao longo da história, os rios sempre exerceram fascínio extraordinário sobre os
seres humanos, determinando muitas vezes as ações que deveriam adotar na ocupação
do território. A legendária frase do famoso rio do Oriente Próximo , "o Egito é uma
dádiva do Nilo", é emblemática da consideração singular que os rios têm secularmente
merecido de praticamente todas as formações sócio-culturais......
Sobre o nosso rio Sergipe, sabemos que tem oferecido contribuição ímpar ao
desenvolvimento do Estado xará, que lhe deu ou recebeu o nome. O açúcar, o sal, o
14algodão e outros produtos da economia sergipana, receberam do rio Sergipe a ajuda de
que necessitavam para serem transportados e, assim, chegarem aos destinos de sua
realização econômica, através da venda.
Com sua nascente nas "fraldas da Serra Negra, no Estado da Bahia", o rio
Sergipe percorre 140 km até alcançar o Atlântico, em Aracaju. Na sua sinuosa trajetória
o Sergipe banha 26 municípios, dos quais nove totalmente - Laranjeiras, Nossa Senhora
Aparecida, Malhador, Riachuelo, Ribeirópolis, Santa Rosa de Lima, Moita Bonita, São
Miguel do Aleixo e Nossa Senhora do Socorro -, recebendo a afluência de dezenas de
rios, riachos e córregos, tributários que lhes conferem a proeminente posição de mais
densa bacia hidrográfica do Estado, tanto em relação à população (56,6 % do Estado),
como relativamente às atividades econômicas que congrega. Outros indicadores sócio-
econômicos, como as matrículas no ensino fundamental, médio e superior, ligações
residenciais de energia elétrica e abastecimento d'água confirmam a importância
econômica da bacia do rio Sergipe no contexto da economia estadual.
O rio Sergipe abrigou por mais de um século o Porto de Sergipe. Hoje, o
Terminal Portuário Inácio Barbosa, localizado no município da Barra dos Coqueiros, é
parcialmente abrangido pela bacia do Rio Sergipe.
Portanto, a extensa bacia do rio Sergipe, cujo principal afluente é o rio
Cotinguiba que, somado aos demais mananciais tributários, conformam a sua bela e
capilarizada malha fluvial, é portadora de uma mensagem de progresso.
2 CARACTERÍTICAS FÍSICAS
2.1 LOCALIZAÇÃO
O rio Sergipe tem uma extensão total de 206,55 km, perenizado a jusante do
município de Nossa Senhora das Dores. Seus principais afluentes são: rio Poxim,
Pitanga, Cotinguiba, Jacarecica, rio do Sal e Ganhamoroba. Este rio corta o estado de
Sergipe no sentido Oeste-Leste configurando 3 regiões climáticas distintas:
Região Subúmida: área de 676 km², representando 18,01% da bacia,
temperatura variando de 19ºC a 30ºC, evapotranspiração anual de 1.400 mm e
pluviometria média anual de 1.500 mm.
14Região de Agreste: área de 886 km², representando 23,62% da bacia,
temperatura variando de 34ºC na máxima e 18ºC na mínima, evapotranspiração anual de
1.600 mm e pluviometria média anual de 850 mm.
Região Semiárida: área de 2.191 km² representando 58,37% da bacia,
temperatura variando de 34ºC na máxima e 16 ºC na mínima, evapotranspiração anual
de 1.700 mm e pluviometria média anual de 700 mm.
2.2 UNIDADES DE PLANEJAMENTO
A Bacia do rio Sergipe está dividida em 4 Unidades de Planejamento (UP)
Municípios totalmente inseridos na Bacia: Laranjeiras, Malhador, Moita Bonita,
Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Santa Rosa de Lima,
São Miguel do Aleixo.
Municípios parcialmente inseridos na Bacia: Aracaju, Areia Branca, Barra dos
Coqueiros, Carira, Divina Pastora, Feira Nova, Frei Paulo, Gracho Cardoso, Itabaiana
Itaporanga d’Ajuda, Maruim, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores,
Ribeirópolis, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Siriri
142.3 REGIME HIDROLÓGICO
A Bacia apresenta um regime hidrológico composto de escoamentos
intermitentes em seu tramo alto e parte do médio, e perene após Nossa Senhora das
Dores.
Para o abastecimento de água urbano e rural, 54,9 mil m³/dia de água são
produzidos dentro da Bacia, principalmente pelo Rio Jacarecica e poços profundos.
Desta fonte hídrica, 52,6 mil m³/dia (96%) de água são fornecidos à própria Bacia e 2,3
mil m³/dia (4%) a outras. Dos 259,4 m³/dia de água consumida, 80% provêm de outras
Bacias (principalmente do rio São Francisco) e 20% de dentro da Bacia. É, portanto, a
Bacia Hidrográfica que mais depende de água proveniente das outras.
2.4 RELEVO
Alto Sergipe (UP-8) – 5,52 m3/s (média anual)
A análise do relevo constatou existência de raros locais com condições mínimas
para a implantação de barramentos com capacidade de armazenamento superior a 10
milhões de metros cúbicos, que permitissem a regularização plurianual de
abastecimento. Outro aspecto negativo encontrado está no espraiamento que a bacia
hidráulica alcança quando o reservatório atinge cotas altas, inundando grandes porções
de terras agricultáveis.
O aproveitamento recomendado é a implementação de pequenas barragens
vertedouras de concreto, com operação interanual.
Baixo Sergipe (UP-11) – 7,37 m3/s (média anual)
A análise do relevo constatou que são poucos os locais favoráveis à implantação
de barramentos com capacidade de armazenamento superior a 10 milhões de metros
cúbicos.
O aproveitamento recomendado é a implementação de pequenas barragens
vertedouras de concreto, com operação interanual.
14Cotinguiba (UP-10) – 2,78 m3/s (média anual)
A análise do relevo constatou que apenas na região dominada pelos solos PV1,
com relevo ondulado a fortemente ondulado, existem locais com razoável condição para
a implantação de barramentos com capacidade de regularização sazonal. Nesta área,
porém, são poucas as chances de implantação de reservatórios de armazenamento
superior a 10 milhões de metros cúbicos.
O aproveitamento recomendado é a implementação de pequenas barragens
vertedouras de concreto, com operação interanual.
Jacarecica (UP-9) – 4,41 m3/s (média anual)
A análise do relevo constatou que há poucos locais favoráveis à implantação de
barragens com capacidade de armazenamento superior a 10 milhões de metros cúbicos.
O aproveitamento recomendado é a implementação de pequenas barragens
vertedouras de concreto, com operação interanual.
Poxim (UP-12) - 3,19 m3/s (média anual)
A análise do relevo constatou que são poucos os locais favoráveis a implantação
de barramentos com capacidade de armazenamento superior a 10 milhões de metros
cúbicos.
O aproveitamento recomendado é a implementação de pequenas barragens
vertedouras de concreto, com operação interanual.
2.5 VEGETAÇÃO
A classe espectral que predomina na Bacia do Rio Sergipe é associação de
Caatinga/Cultivos/Pastagem como 52% do total, seguida pelas classes de Pastagem com
17% e Cultivos Agrícolas/Solos Expostos com 14%.
14As principais categorias de uso do solo estão assim divididas:
Caatinga Arbórea (Savana Estépica Florestada)
2.728ha
Floresta Estacional 19.418ha
Floresta Ombrófila 2.112ha
Mata Ciliar 2.326ha
Manguezal 8.499ha
Vegetação de Restinga 7.182ha
Caatinga/Cultivos/Pastagem 193.270ha
Cultivos agrícolas/Solos expostos 50.622ha
Pastagem (vegetação natural e plantada) 61.015ha
Os demais usos estão divididos entre as seguintes categorias: Caatinga
Arbustiva, Dunas e Areal, Área Embrejada, Viveiro e Salinas, Área Industrial, Sede
Municipal, Povoados e Distritos, Corpos d’Água, Área Degradada, Assoreamento e
Áreas não Mapeadas.
2.6 ALTITUDE
A bacia hidrográfica do rio Sergipe situa-se no quadrante de coordenadas
geográficas com latitudes 10º08’00’’ e 11º04’00’’ S, e longitudes 36º50’00’’ e
37º50’00’’ W, drenando uma área de 3.753,81 km² da qual 3.693,84 km² situa-se no
estado de Sergipe.
3.0 CARACTERÍSTICAS CLIMATOLÓGICAS
3.1 TEMPERATURA MÉDIA
A temperatura média anual é de 25,2%°C.
3.2 PRECIPITAÇÃO MÉDIA
As chuvas, normalmente, se concentram nos meses de março e agosto. A
precipitação média anual é de 1.333 mm.
143.3 TIPO DE CLIMA
Na bacia do rio Sergipe, como em todo o Estado, predomina o clima quente,
com verão seco. No sertão, que corresponde a 58% da bacia, o clima é semi-árido,
enquanto na parte do agreste, que cobre 24% das terras, é sub-úmido. Na faixa litorânea
(18% da área), o clima é classificado como úmido. As chuvas, normalmente, se
concentram nos meses de março e agosto. Na grande Aracaju, a precipitação média
anual é de 1.333 mm e a temperatura média anual é de 25,2%°C.
4.0 CARACTERÍTICAS HIDROLÓGICAS
4.1 RIO PRINCIPAL
O curso d’água principal é o Sergipe, com nascente na Serra da Boa Vista (BA),
próximo à divisa dos estados da Bahia e Sergipe (município de Poço Redondo) e
desembocadura no oceano Atlântico entre os municípios de Aracaju e Barra dos
Coqueiros.
4.2 AFLUENTES
Entre os principais afluentes que compõem a bacia hidrográfica, destacam-se
pela margem direita os rios Sovacão, Lages, Campanha, Jacoca, Vermelho, Jacarecica,
Pitanga e Poxim e pela margem esquerda os rios Salgado, Cágado, Ganhamoroba,
Parnamirim e Pomomba; a Lagoa dos Mastros, o Açude da Macela, em Itabaiana e as
Barragens Jacarecica I e II.
4.3 USOS DA ÁGUA
Abastecimento humano através dos rios Poxim, Jacarecica e poços artesianos
perfurados na bacia, atendendo a população urbana e rural. As barragens Jacarecica I e
14II e o Açude da Macela são importantes reservatórios de água para a irrigação de
hortaliças e frutas. As atividades pesqueiras artesanais, aqüicultura, recreação náutica,
turismo e transporte hidroviário lignado a cidade de Aracaju aos municípios vizinhos. O
crescimento urbano e o desenvolvimento industrial submetem a bacia à intensa
poluição, resultante dos efluentes domésticos e industriais.
O Decreto nº 20.778 de 21 de junho de 2002, do Governo do Estado de Sergipe
instituiu o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe que tem, entre outras, a
atribuição de deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos.
4.4 USOS DO SOLO
Ao longo da bacia hidrográfica predomina a ocupação das terras com pastagem,
correspondendo a 46% da área física da bacia. Esse fato torna a pecuária uma atividade
econômica de natureza predatória, sendo responsável por grande parte do
desmatamento. As matas pouco densas ocupam 22,6% da área, enquanto 18,5% estão
ocupadas pelas lavouras; 5,1% por florestas; 2,2% por mangues; 2% por áreas urbanas;
1,6% por vegetação de dunas; 1,3% por superfícies com água e 0,7% por áreas expostas
(SEPLANTEC, 2002).
4.5 VAZÃO DOS RIOS
Água Superficial
A bacia do rio Sergipe alcança a vazão 23,27 m³/s, ou seja, 733 milhões de
metros cúbicos de escoamento médio anual.
Devido às características de seu relevo, que não são favoráveis à implantação de
barragens com capacidade de regularização plurianual, sua capacidade hidrológica fica
reduzida às disponibilidades naturais, que representam 0,94 m³/s, ou seja, 29,6 milhões
de metros cúbicos de escoamento médio anual, com garantia de atendimento em 90%
dos anos, insuficiente para Projetos Hídricos de maior porte, que requeiram baixo risco
de falha em seu atendimento.
14A efetivação das descargas potenciais com a utilização de reservatórios para
regularização dos escoamentos, aplicando-se as taxas médias de aproveitamento
observadas no Nordeste, para uma garantia de 90%, poderia atingir cerca de 219
milhões de metros cúbicos de escoamento anual.
Para uma garantia de 99%, as descargas representam 0,79 m³/s, ou seja, 24,9
milhões de metros cúbicos de escoamento médio anual.
Água Subterrânea
A disponibilidade de água subterrânea na Bacia do Rio Sergipe é de 64,72% da
disponibilidade hídrica total
A qualidade da água subterrânea pode ser assim classificada segundo os
principais usos:
Unidade de Planejamento Consumo Humano Consumo Animal Irrigação
Alto Sergipe (UP-8)Imprestável salvo raras exceções
Sem restrições para gado bovino de corte e caprinos/ovinos e para demais animais apenas em eventuais poços
Não recomendado por exceder a tolerância das culturas e oferecer risco de salinização dos solos
Jacarecica (UP-9) Sem restrições Sem restrições para todos os animais
Sem restrições para a maioria das culturas e solos
Cotinguiba (UP-10) Sem restrições Sem restrições para todos os animais
Sem restrições para culturas e solos
Baixo Sergipe (UP-11) Aceitável com restrições em alguns locais
Sem restrições para todos os animais
Sem restrições para a maioria das culturas e solos
Poxim (UP-12) Sem restrições Sem restrições para todos os animais
Sem restrições para a maioria das culturas e solos
5.0 POPULAÇÃO
A Bacia Hidrográfica do rio Sergipe concentra cerca da metade da população
total do estado (46,8% da população rural e 59,2 % da população urbana do Estado).
Nesta bacia se localiza a capital do estado, Aracaju, e a região metropolitana. O rio
Sergipe se constitui num importante curso d'água para o desenvolvimento econômico do
estado, contribuindo para as atividades econômicas e tornando-se um corredor atrativo
para a implantação de empreendimentos nos setores industriais e de agropecuária.
14População, Área e Densidade Demográfica dos Municípios Integrantes da Bacia do
Rio Sergipe
MunicípioPopulação 2007
(hab)
Área
(km²)
Densidade Demográfica
(hab/km²)
Aracaju 520.303 174,053 2.989,34
Areia Branca 16.072 128,392 125,18
Barra dos Coqueiros 19.218 91,101 210,95
Carira 18.965 636,404 29,80
Divina Pastora 4.198 92,249 45,51
Feira Nova 5.628 188,012 29,93
Frei Paulo 12.589 399,439 31,52
Gracho Cardoso 5.554 242,148 22,9
Itabaiana 83.161 336,685 247
Itaporanga d'Ajuda 28.131 757,283 37,15
Laranjeiras 23.923 162,538 147,18
Malhador 11.728 100,94 116,19
Maruim 15.150 94,293 160,67
14
Moita Bonita 10.910 95,82 113,86
Nossa Senhora Aparecida 8.517 340,378 25,02
Nossa Senhora da Glória 29.546 756,485 39,06
Nossa Senhora das Dores 23.800 471,001 50,53
Nossa Senhora do Socorro 148.546 157,515 943,06
Riachuelo 9.087 78,48 115,79
Ribeirópolis 15.676 261,548 59,94
Rosário do Catete 8.518 105,413 80,81
Santa Rosa de Lima 3.844 67,607 56,86
Santo Amaro das Brotas 11.652 234,654 49,66
São Cristóvão 71.931 437,437 164,44
São Miguel do Aleixo 3.670 144,543 25,39
Siriri 7.618 168,956 45,09
TOTAL GERAL 1.117.935 6723,37 166,28
6.0 ATIVIDADES ECONOMICAS
14Nesta bacia se localiza a região metropolitana, a de maior desenvolvimento do
Estado. Suas principais atividades econômicas são: agropecuária olericultura,
monocultura de cana-de-açúcar com usinas e destilarias e a cultura do coco da baía,
exploração de petróleo, atividades de mineração (areia, calcário) e atividades
industriais, na região metropolitana de Aracaju.
Agricultura
No setor Agrícola da bacia do rio Sergipe a lavoura temporária com 64,5% da
área plantada predomina sobre a permanente. Destaque para a lavoura temporária de
milho, com 43% do total de área plantada e a de cana-de-açúcar.
Entre as lavouras permanentes, a cultura da laranja foi a que apresentou a maior
área plantada com lavoura permanente com 22% de área em 2008. Destacaram-se
também a cultura do coco-da-baía que atingiu 8,9% da área plantada em 2008.
Indústria e comercio
A Bacia do Rio Sergipe detém o maior percentual de indústrias abrigando 43%
(2.200) do total de 5.121 estabelecimentos do Estado, em 2008. Por isso, nessa Bacia
está também o domínio no número de empregos gerados nas atividades de indústria e
construção civil com o percentual de 60% dos empregos – o que equivale a 48.459
empregados.
No setor de comércio e serviços 44% do total de pessoal ocupado encontra-se na
Bacia do Rio Sergipe, com 198.600 empregados. O comércio varejista é responsável por
44,5% dos estabelecimentos formais da região da bacia do Rio Sergipe.
Criação de animais
O efetivo de galos, frangos e pintos desta bacia experimentou incrementos
expressivos nos últimos anos tendo crescimento de 29,3% no período de 1996 a 2008. O
efetivo bovino apresentou um crescimento total da ordem de 18,4%
14A produção de leite apresentou um crescimento significativo, sendo a ampliação
superior a 107%, entre 1996 e 2008. A produção de mel vem aumentando desde 1996
chegando a crescer 526% no período analisado.
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao propor este trabalho, teve-se como foco observar os aspectos hidrológicos,
socioeconômicos e ambientais e com isso perceber a importância de se evitar lixeiras a
céu aberto; deficiências no sistema de esgoto; desmatamento; contaminação por fontes
diversas e irregularidades no abastecimento de água; uso intensivo de agrotóxicos;
desperdício de água; exploração de areia e de argila das margens de rios, para que se
possa obter uma boa qualidade da água.
8.0 REFERÊNCIAS
www.suapesquisa.com/geografia/bacias_hidrograficas.htm
www.cbh.gov.br
www.semarh.se.gov.br