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BACEN – 2010 Específica (Área 2 – Política Econômica) Prof. Antonio Carlos Assumpção www.acjassumpcao77.webnode.com

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� BACEN – 2010Específica (Área 2 – Política Econômica)

Prof. Antonio Carlos Assumpção

www.acjassumpcao77.webnode.com

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1) Bacen 2010 – Analista – Específica - 20

• Com as constantes inovações financeiras, tem-setornado mais difícil a administração da políticamonetária por causa do surgimento de ativosfinanceiros com elevada liquidez (quase moeda).Isso tem conduzido os responsáveis por políticamonetária, nos mais variados países, aconcentrar a administração monetária, na taxabásica de juros. O regime de metas para ainflação tem essa característica. Assim, é pormeio da taxa básica de juros que a estabilidadede preços é administrada pelo Banco Central.Sobre o regime de metas para a inflação, analiseas afirmações a seguir.

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• I - O sucesso dessa forma de promover a estabilidade depreços depende da credibilidade do Banco Central juntoaos agentes econômicos, sendo que metas muitoambiciosas e pouco prováveis de serem atingidas podemrepresentar fracasso da política, com consequênciasdanosas à estabilidade de preços.

• II - Definida a meta para a inflação, para um período detempo não muito longo ou excessivamente curto, o BancoCentral só precisa acompanhar a taxa básica de juros, umavez que ela regula a liquidez do sistema, o que torna apolítica monetária transparente, pois a taxa básica de jurosé amplamente divulgada.

• III - Um aspecto negativo do regime de metas para ainflação é que os agentes econômicos antecipam a direçãoda política e, portanto, não havendo o elemento surpresa,ela não atingirá seus objetivos.

V

F

F

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• Está correto APENAS o que se afirma em• (A) I. • (B) II.• (C) I e II. • (D) I e III.• (E) II e III.

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• I – Verdadeira.� O Efeito das Expectativas Racionais no Caso da Desinflação

� Expectativas e Credibilidade: A Crítica de Lucas

� Tomar a equação (curva de Phillips) ,

que com expectativas adaptativas estáticas equivale

a como dada, seria equivalente a

supor que os fixadores de preços e salários continuariam a

esperar que a inflação futura fosse mesma do passado e que

não se alteraria em resposta a uma mudança na política

econômica. Nesse caso, o custo do combate à inflação é o

aumento da taxa de desemprego, no curto prazo (curva de

Phillips negativamente inclinada, no curto prazo)

� Robert Lucas: Por que os fixadores de preços e salários não

deveriam levar em consideração as mudanças na política

econômica ?

� Com P e w flexíveis e, sendo crível a promessa do Bacen dedesinflacionar isso deveria reduzir a expectativa de inflação, reduzindoa inflação sem a necessidade de um aumento no desemprego.

( )n

t

e

tt uu −α−π=π

( )n

t1tt uu −α−=π−π −

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� Suponha que o melhor palpite para a taxa de inflação seja

a meta de inflação fixada pelo Bacen. Nesse

caso, , onde é a meta de inflação

anunciada pelo Bacen.

� Desta forma, o anúncio de uma meta crível de inflação,

menor, por parte do Bacen, reduziria a expectativa de

inflação e a própria inflação, desde que P e w sejam

flexíveis, sem que a taxa de desemprego se desviasse do

seu nível natural. Logo, uma meta de 0% poderia levar a

inflação para 0% com u = un .

[ ]1 1|e M

t t t tE Iπ π π+ += =1

M

tπ +

( )1 1 1

M n

t t tu uπ π α+ + += − −

1 1 1,M n

t t tcom u uπ π+ + +↓⇒ ↓ =

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5%t

π =

( )5%e

t t tcph π π= =

u

ππππ

Curva de Phillips (cph): ( )e n

t t tu uπ π α= − −

Com Expectativas Racionais: [ ]1 1|e

t t tE Iπ π− −=

A expectativa ótima para a inflação no período t leva em consideraçãotodas as informações disponíveis em t-1.

nu

( )1 1 1 0e

t t tcph π π+ + += =

1 0t

π + =

CP e LPCph

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• II – Falsa.▫ No regime de metas para a inflação o principal, mas

não único, instrumento de política monetária é a taxabásica de juros.

▫ Note que existem outros instrumentos de políticamonetária, como a fixação da taxa de redesconto e afixação do recolhimento compulsório.

• III – Falsa.▫ Note que isso não pode ser considerado um aspecto

negativo. Como vimos no item I, caso a meta sejacrível e, com isso, os agentes econômicos formem suasexpectativas segundo a meta anunciada, a redução dameta pode reduzir a taxa de inflação sem anecessidade de uma recessão. Dito de outro modo, épossível obter estabilidade de preços a um menorcusto para a sociedade.

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2) Bacen 2010 – Analista – Específica - 21• Os economistas utilizam, com muita frequência, construções

teóricas com o objetivo de analisar situações reais e dinâmicas,com simplicidade. Longo prazo x curto prazo, produto potencial etaxa natural de desemprego são alguns exemplos.

• Nesse contexto, analise as proposições abaixo.• I - O produto potencial corresponde ao potencial de produto de

uma economia, dadas suas instituições sociais, a disponibilidade derecursos produtivos e a tecnologia; por isso, produto potencialcorresponde ao conceito de curva de possibilidades de produção.

• II - Além dos mercados de bens e serviços, de recursos produtivos,de ativos financeiros e de moeda estrangeira (câmbio) usados nacaracterização do modelo de demanda e oferta agregadas, oseconomistas utilizam o conceito de produto potencial paracaracterizar a oferta agregada de longo prazo.

• III - A Curva de Phillips, originariamente percebida como umaregularidade estatística, pode ser interpretada como a ofertaagregada de curto prazo, enquanto que sua versão de longo prazo àla Friedman-Phelps pode ser interpretada como oferta agregada delongo prazo.

V

V

V

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• Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)• (A) I, apenas. • (B) III, apenas.• (C) I e II, apenas. • (D) II e III, apenas.• (E) I, II e III.

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• Os itens I e II são verdadeiros.

▫ O produto potencial e uma medida da capacidade degeração de oferta da economia. Portanto, depende dadotação de recursos produtivos. Por conta disso, talconceito pode ser caracterizado (com algumas ressalvas)ao conceito de oferta agregada de longo prazo.

▫ Lembre-se que a oferta agregada de longo prazo évertical, implicando que um aumento da demandaagregada impacta tão somente sobre o nível de preços.

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• O item III é verdadeiro.

▫ A curva de Phillips, versão Friedman-Phelps, é aquela queconsidera as expectativas sendo formadasadaptativamente. Nesse caso, uma política monetáriaexpansionista eleva o produto e o nível de preços no curtoprazo (OA positivamente inclinada), mas afeta somente onível de preços, no longo prazo (OA vertical).

• Vejamos um exemplo.

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Um Exemplo Numérico da Curva de Phillips

t

e

tt u318,0 −=−ππ

1

e

t tπ π −= 0n

u u e π= =

� Suponha uma curva de Phillips dada por :

com e, em t-1,

a) Qual a taxa natural de desemprego ?

Resposta: como a taxa natural de desemprego é a taxa dedesemprego não-aceleradora da inflação, devemos ter:

1 0.n

t tu π π −⇒ − =

%606,018,03318,00 ==⇒=⇒−= nnn uuuLogo,

Observe então, que a curva de Phillips pode ser escritacomo:

( ) ( )13 6% 3 6%e

t t t t t tu uπ π π π −− = − − → − = − −

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b) Suponha que o governo deseje reduzir a taxa dedesemprego para 5% e mantê-la nesse patamar. Quais seriamas taxas de inflação nos próximos 3 períodos ?

01 == −t

e

t ππ

t

e

tt u318,0 −=−ππ

( )05,0318,00 −=−tπ

%303,0 ==tπ

111 318,0 +++ −=− t

e

tt uππ

( )05,0318,003,01 −=−+tπ

%606,01 ==+tπ

t

t+1Logo,

%909.02 ==+tπ

Um Exemplo Numérico da Curva de Phillips

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Graficamente

01 =−tπ%6

( )01 =e

tcph π

cphLP

( )%312 =+e

tcph π

( )%613 =+e

tcph π

%5

%3=tπ

Curva de Phillips de longo

prazo: associada a taxa

natural de desemprego.

%61 =+tπ

%92 =+tπ

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• Observações importantes:▫ Como as expectativas são adaptativas, caso o Bacen realize

uma política monetária expansionista, após as expectativasserem formadas, teremos a taxa de inflação maior que aexpectativa de inflação (produto maior que o potencial etaxa de desemprego menor que a natural).

▫ No período seguinte, a expectativa de inflação se ajusta àinflação, na ausência de novos choques monetários, com oproduto voltando ao seu nível potencial e a taxa dedesemprego convergindo para a taxa natural. Entretanto,com uma taxa de inflação maior.

▫ Caso o Bacen deseje manter a taxa de desempregosistematicamente abaixo da natural ele deverá promoverchoques monetários de maneira sequencial. Nesse caso, ainflação subirá permanentemente.� Por conta desse último resultado, a curva de Phillips com

expectativas adaptativas também é conhecida como “versãoaceleracionista”.

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3) Bacen 2010 – Analista – Específica - 22• Considere uma economia descrita pelas funções a seguir.

• Consumo: , sendo C0 > 0 e (0 < α < 1);• Tributos diretos: T = T0 + ty, onde T0 > 0 e (0 < t < 1);• Investimento: I = I0 + β y – γ r , onde I0 > 0, (0 < β < 1) e γ > 0;

• Demanda por moeda: , onde λ > 0 e θ > 0 ;

• Exportações líquidas: NX = my ;• Gastos do governo: G = G0 .

( )0C C y Tα= + −

dM

y rP

λ θ= −

• A oferta monetária é exógena e fixada em Ms; P é o índice geral depreços; r é a taxa de juros; y é a renda da economia; C0, T0 e I0 sãoconstantes, sendo que todas as letras gregas são parâmetros dessaeconomia e t é a alíquota do imposto de renda.

• Nesse contexto, analise as proposições abaixo.

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V

V

F

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• É(São) correta(s) a(s) proposição(ões)• (A) I, apenas. • (B) III, apenas.• (C) I e II, apenas. • (D) II e III, apenas.• (E) I, II e III.

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Observações Sobra a Demanda Agregada (Economia Fechada e Tributação Exógena)

A curva de demanda agregada capta o efeito do nível de preços sobre o

produto, e é deduzida a partir do equilíbrio dos mercados de bens e monetário.

),()()( −+

= iYLM

GiYITYcY ++=−+−+

),(),()()()()(

IS

LM

=

−++

)()()(

,, TGP

MYYDA

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AD0

LM0 (M0/P0)

IS0

i

P

Y

YY0

Y0

P0

i0

LM1 (M0/P1)

Y1

i1

P1

Y1

Dado um aumento no nível de

preços, o estoque real de moeda

(liquidez real) diminui, o que

aumenta a taxa de juros, reduzindo

o investimento e, pelo processo do

multiplicador, a renda

Inclinação da DA

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AD0

LM0

IS0

i

P

Y

YY0

Y0

P0

i0

AD0

LM0

IS0

i

P

Y

YY0

Y0

P0

i0

LM1

Y1

i1

Y1

AD1

AS AS

Y1

AD1

Y1

i1

IS1

� Políticas Monetária e Fiscal no Modelo OA-DA com P

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(I) A Curva IS

( )

( )

( )

( )

( )

( )

0 0 0 0

0 0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0 0 0

0

1

1

[1 1 ] ,

[1 1 ]

Y C I G NX Y C Y T I Y R G mY

Como T T tY Y C Y T tY I Y R G mY

Y C T t Y I Y R G mY

Y t Y Y mY C T I G R

t m Y A R onde A C T I G

t m Y R A

α β γ

α β γ

α α β γ

α β α γ

α β γ α

α β γ

= + + + ⇒ = + − + + − + −

= + ⇒ = + − − + + − + −

= − + − + + − + −

− − − + = − + + −

− − − + = − = − + +

− − − + + = Logo, (I) é falsa

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• O Equilíbrio no mercado monetário exige que aoferta monetária (exógena), seja igual ademanda por moeda, que dependepositivamente da renda e negativamente da taxade juros.

(II) A Curva LM

MY R

Pλ θ= −

Oferta Monetária

Demanda por Moeda

Logo, (II) é Verdadeira

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• Do item (I), temos que IS =

(III) A Curva de Demanda Agregada

( ) 0[1 1 ]t m Y R Aα β γ− − − + + =

( )[ ]

( )[ ]

0

0

1Logo, IS Y

1 1

1

1 1

IS Y

1

A Rt m

Se kt m

k A R

M M MLM Y R R Y R Y

P P P

γα β

α β

γ

λλ θ θ λ

θ θ

⇒ = − − − − +

= − − − +

⇒ = −

⇒ = − ⇒ = − ⇒ = −

Substituindo a LM na IS, temos:

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0 0

0 0

0 0

1

0 0

1Y

,

1 1

M Mk A Y Y k A Y

P P

MY k Y k A Isolando A temos

P

M MY k Y kA k Y k Y k kA

P P

MY Y A Y MP A

k P k

λ γλ γγ

θ θ θ θ

γλ γθ θ

γλ γ γλ γθ θ θ θ

γλ γ γλ γθ θ θ θ

= − − ⇒ = − +

+ = +

+ = + ⇒ + − =

+ − = ⇒ + − =

Logo, (III) é Verdadeira

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4) Bacen 2010 – Analista – Específica - 23• Considerando o Modelo Mundell-Fleming, analise as

proposições abaixo.• I - A política fiscal não exerce influência sobre a renda

agregada quando a taxa de câmbio é flutuante.• II - A política monetária não exerce influência sobre a

renda agregada quando a taxa de câmbio é flutuante.• III - Um aumento do prêmio pelo risco país eleva a taxa

doméstica de juros e desvaloriza a moeda local.• É(São) correta(s) a(s) proposição(ões)• (A) I, apenas.• (B) III, apenas.• (C) I e III, apenas.• (D) II e III, apenas.• (E) I, II e III.

Mesmo considerando Mundell-Flemingcomo perfeita mobilidade de capitais, aIII só é verdadeira se a taxa de câmbiofor flexível.

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• Item I: Verdadeiro.

Política Fiscal com Câmbio Flexível e PMC

LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

B

IS1

YY1

BP=0

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• A curva IS se desloca para IS1, devido ao nível mais elevadode demanda agregada, elevando o nível de produção. Com aeconomia fechada o equilíbrio ocorreria no ponto B. Como aeconomia é aberta com PMC, quando a taxa de juros começa asubir, devido ao aumento da demanda por moeda originadopelo crescimento da renda, há uma rápida entrada de recursos(maior demanda pela moeda doméstica – maior oferta demoeda estrangeira), gerando um superávit no BP. Como a taxade câmbio é flexível o Bacen não atua no mercado cambial,de forma que o câmbio nominal se valoriza e, com os preçosfixos, o câmbio real também. A valorização da taxa de câmbioreal reduz as exportações líquidas de bens e serviços (menordemanda sobre a produção doméstica), fazendo com que acurva IS retorne para a posição inicial.

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• Item II: Falso.

LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

LM1

B

IS1

C

Y1 Y

Política Monetária com Câmbio Flexível e PMC

BP = 0

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• A política monetária expansionista desloca a LM para LM1. Oexcesso de oferta monetária nominal e real (pois, por hipótese,os preços são rígidos no curto prazo) aumenta a demanda portítulos, reduzindo a taxa de juros, estimulando níveis maiores deinvestimento, fazendo com que as firmas aumentem aprodução. Portanto, com economia fechada o novo equilíbrioocorreria no ponto B. Entretanto, com economia aberta e PMCocorre uma rápida saída de recursos (maior demanda pormoeda estrangeira) quando a taxa de juros doméstica diminui,ou seja, o BP fica deficitário. Como a taxa de câmbio é flexível, oBacen não intervém no mercado câmbio, permitindo adesvalorização do câmbio nominal e real (preços fixos no curtoprazo). A desvalorização cambial real aumenta as exportaçõeslíquidas de bens e serviços (maior demanda sobre a produçãodoméstica), deslocando a curva IS para IS1, com o consequenteaumento da produção. Note que, com o aumento da renda, há umaumento da demanda por moeda, que reequilibra o mercadomonetário.

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0000 α++=∧

∗ eEii

iLM

A

Y

BP=0

Y0

IS

BP1=01 0 0 1

ei i E α

∧∗= + +

� Câmbio Flexível

IS1

B

Y1

• Item III: Verdadeiro (caso o câmbio seja flexível).

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• O aumento do risco-país provoca uma “fuga” de capitais (deslocaa curva BP para cima). A maior demanda por moeda estrangeiradesvaloriza o câmbio nominal e real (preços rígidos), aumentandoassim as exportações líquidas de bens e serviços (deslocamento daIS para IS1). O aumento da demanda agregada aumenta a renda,elevando assim a demanda por moeda e a taxa de juros, até que acondição de PDJ volte a ser respeitada, cessando assim a “fuga” decapitais.

• Logo, o efeito do aumento do risco-país sobre a pequenaeconomia aberta com câmbio flexível é uma desvalorização docâmbio, elevando assim as exportações líquidas, a demanda aagregada e o produto.

• Observe que a taxa de juros aumenta, pois a demanda por moedaaumentou, dada a mesma oferta monetária.▫ Observe também que esse resultado só é válido pois estamos

supondo que a expectativa de desvalorização cambial éexógena. Caso a desvalorização cambial reduzisse a expectativade desvalorização cambial a taxa de juros poderia diminuir.

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5) Bacen 2010 – Analista – Específica - 24• Quanto à flexibilidade de taxas, é correto afirmar que no regime

cambial de taxa• (A) flexível, a política monetária torna-se endógena, de modo que a

autoridade monetária perde sua capacidade de definir que políticamonetária adotar.

• (B) flexível, com perfeita mobilidade de capitais, as diferenças entre astaxas de juros internas dos diversos países devem refletir expectativasde desvalorização ou valorização cambial das moedas desses países.

• (C) flexível, a taxa de câmbio varia conforme a demanda e a oferta demoeda estrangeira, mantendo, dessa forma, a paridade entre os preçosdos bens importados e os preços dos bens domésticos.

• (D) fixa, uma política fiscal expansionista aumenta o superávitcomercial.

• (E) fixa, a autoridade monetária fixa a taxa de câmbio da moedanacional em relação a uma moeda estrangeira, aceitainternacionalmente (US dólar, por exemplo), e com isso mantém opoder de controlar a oferta monetária.

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• Item A: Falso.▫ Isso ocorre no caso em que a taxa de câmbio é fixa e existe

perfeita mobilidade de capitais.▫ Como vimos no item II do exercício anterior, a política monetária

exerce efeito sobre o produto, quando o câmbio é flexível e existePMC. Entretanto, se a taxa de câmbio for fixa, teremos:

LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

LM1

B

YY1

BP = 0

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• A política monetária expansionista desloca a LM para LM1. Oexcesso de oferta monetária nominal e real (pois, por hipótese,os preços são rígidos no curto prazo) aumenta a demanda portítulos, reduzindo a taxa de juros, estimulando níveis maiores deinvestimento, fazendo com que as firmas aumentem a produção.Portanto, com economia fechada o novo equilíbrio ocorreria noponto B. Entretanto, com economia aberta e PMC ocorre umarápida saída de recursos (maior demanda por moedaestrangeira) quando a taxa de juros doméstica diminui, ou seja, oBP fica deficitário. Como o governo pretende manter fixa a taxa decâmbio nominal, ele vende reservas internacionaisinstantaneamente (aumenta a oferta de moeda estrangeira),contraindo a base monetária e os meios de pagamento, até que ataxa de juros volte ao seu nível inicial e a PDJ seja respeitada.Portanto a curva LM volta, instantaneamente, para a posiçãoinicial e o equilíbrio final de curto prazo acontece no ponto A. Noteentão que, com Economia aberta, o produto não aumenta para Y1,pois a taxa de juros não fica mais baixa por tempo suficiente paraque a demanda agregada e a renda aumentarem.

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• Item B: Verdadeiro.

:

e

e

PDJ i i E

Desconsiderando o risco soberano i i E

α∧

∧∗

→ = + +

= +

• Logo:

0;

0.

e

e

se i i E

se i i E

∧∗

∧∗

> ⇒ >

< ⇒ <

• Item C: Falso.▫ A desvalorização cambial reduz o preço dos

produtos domésticos em moeda estrangeira eaumenta o preço dos importados na moedadoméstica. Logo, altera os preços relativos.

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• Item D: Falso.

Política Fiscal com Câmbio Fixo e PMC

LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

B

IS1

LM1

C

Y1 Y

BP=0

( ) ( ) ( ) ___ __* *, ,NX f Y Y e com Y e e Y NX

+− + = → → ↑→ ↓

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• O Governo pode fazer política fiscal aumentando G ou reduzindoT. Dessa forma a curva IS será deslocada para a direita. Note que,no caso de choques sobre a economia que aumentem a demandaagregada (aumento do consumo ou do investimento autônomo, darenda esperada,...), a curva IS também se deslocaria para adireita. Exemplificaremos com o governo fazendo política fiscal,aumentando G.

• Com o aumento em G a curva IS se desloca para IS1, devido aonível mais elevado de demanda agregada, elevando o nível deprodução. Com a economia fechada o equilíbrio ocorreria noponto B. Como a economia é aberta com PMC, quando a taxade juros começa a subir, devido ao aumento da demanda pormoeda originado pelo crescimento da renda, há uma rápidaentrada de recursos (maior demanda pela moeda doméstica –maior oferta de moeda estrangeira), gerando um superávit no BP.Como o Bacen pretende manter fixa a taxa de câmbio, ele atuano mercado cambial comprando moeda estrangeira(acumulando reservas internacionais). Tal procedimento aumentaa base monetária e os meios de pagamento, deslocando a curvaLM para LM1, até que a taxa de juros volte ao seu nível inicial evolte a ser respeitada a PDJ.

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• Item E: Falso.▫ Como vimos, ao fixar a taxa de câmbio, a autoridade

monetária perde o controle sobre a ofertamonetária, quanto maior for a mobilidade decapitais.

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6) Bacen 2010 – Analista – Específica - 25• As seguintes funções descrevem uma economia:

• onde C = consumo; I = investimento; = demanda pormoeda; P = Índice geral de preços, mantido constante;y = produto; yd = renda disponível.

90 0,9 dC y= +

200 1000I r= −

10000d

My r

P= −

dM

P

• O imposto de renda é proporcional e corresponde a 1/3 darenda. Os gastos do governo são iguais a 710 e a ofertamonetária é de 500. Sob tais circunstâncias, o governoapresenta um déficit a ser financiado por uma expansão demoeda. Nessas condições, o multiplicador monetário e aexpansão de moeda são, respectivamente,

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• (A) 0,15 e 200• (B) 0,2 e 150• (C) 0,25 e 120• (D) 0,3 e 100• (E) 0,35 e 85,71

Note que o multiplicador monetário a que serefere o enunciado mede a variação do produtoinduzida por um aumento na oferta monetária.Sendo assim, temos que calcular tal efeito atravésda curva de demanda agregada.

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( )

( ) ( )

0 1 0 1

0 0 1

1 1

: 1

1 1 1 1

IS Y c c t Y I I R G

c I G IY R

c t c t

= + − + − +

+ += −

− − − −

Chamando o gasto autônomo de A e o multiplicador de α:

[ ]1:IS Y A I Rα= −

1:

M MLM eY fR R eY

P f P

= − ⇒ = −

Substituindo a LM na IS para encontrarmos a curva dedemanda agregada:

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Passo 1 – Equilíbrio: IS=LM

( ) ( )0 0 1

1 1

90 200 710 1000

1 1 1 1 1 0,9(1 0,333) 1 0,9(1 0,333)

: 2500 2500

/ 500 10000

1 1

: 500 10000

2500 2500 500 10000

0,16 2100

710 0,33 2

c I G IY R Y R

c t c t

IS Y R

M M P feY fR Y R Y R

P e e

LM Y R

IS LM R R

R e Y

Com G e T tY T

+ + + += − ⇒ = −

− − − − − − − −

= −

= − ⇒ = + ⇒ = +

= +

= ⇒ − = +

= =

= = ⇒ = • 100 693=

Déficit Público = 17

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R

Y

LM

IS

0,16

2100

LM1

Devemos calcular o aumento na oferta monetária que elevaria o produtoaté que a arrecadação do governo se iguale aos gastos, ou seja, 710.Como 0,3333 x Y = 710, o produto deve ser igual a 2130. Logo, devemoscalcular o aumento em M que elevaria o produto em 30 unidadesmonetárias.

2130

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1 1

1 11 1

1

11

1 1

1

1 1

1 1

1

1 1

1 1

M e MY A I eY Y A I Y

f P f f P

I Ie M e MY A I Y Y I Y A

f f P f f P

I M

Ie M A f PI Y A Y

e ef f PI I

f f

I

A MfY

e e PI I

f f

α α

α α α α

αα

α α αα α

αα

α α

= − − ⇒ = − −

= − + ⇒ + = +

+ = + ⇒ = +

+ +

= ++ +

Passo 2 – A Demanda Agregada

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1

1 1

:

1 1

I

A MfDA Y

e e PI I

f f

αα

α α= +

+ +

Sendo assim:

( ) ( )

1

1

2,5(1000) /100000,2

1 2,5 1000 1/100001

I

Y Yf

M e MIP P

f

α

α

∂ ∂ = ⇒ = = + •∂ ∂+

0,2 30 0,2 150M M M

YP P P

∆ = • ∆ ⇒ = • ∆ ⇒ ∆ =

Logo, o Bacen deveria aumentar a oferta monetária em 150. Com isso, oaumento do produto seria de 30 (pois o multiplicador da política monetária éigual a 0,2), eliminando o déficit público.

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7) Bacen 2010 – Analista – Específica - 26• Em uma economia aberta com taxa de câmbio flexível, se o governo adotar

uma política fiscal expansionista, incorrendo em um déficit fiscalfinanciado pela venda de títulos de dívida pública, com relação ao impactosobre a demanda agregada, verifica-se que

• (A) este será dado por kD, onde k é o multiplicador keynesiano dos gastosautônomos e D o déficit público.

• (B) este, pelo efeito crowding-out, será inferior ao implicado pelo modelokeynesiano básico, porque a equivalência ricardiana não operaplenamente.

• (C) o efeito crowding-out será mitigado pelo influxo de capitaisestrangeiros, entretanto, a valorização da moeda local reduzirá asexportações líquidas e, consequentemente, reduzirá o impacto do déficitsobre a demanda agregada.

• (D) o efeito crowding-out será neutralizado pelo influxo de capitalestrangeiro atraído pelas altas taxas domésticas de juros.

• (E) o efeito crowding-out será nulo, caso valha a equivalência ricardiana e,portanto, o impacto sobre a demanda agregada será o previsto pelo modelokeynesiano básico.

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• Item a: Falso.▫ Note que, com PMC, o efeito sobre o produto, da política fiscal

expansionista com câmbio flexível será nulo.

Política Fiscal com Câmbio Flexível e PMC

LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

B

IS1

YY1

BP=0

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• A curva IS se desloca para IS1, devido ao nível mais elevado dedemanda agregada, elevando o nível de produção. Com a economiafechada o equilíbrio ocorreria no ponto B. Como a economia éaberta com PMC, quando a taxa de juros começa a subir, devido aoaumento da demanda por moeda originado pelo crescimento darenda, há uma rápida entrada de recursos (maior demanda pelamoeda doméstica – maior oferta de moeda estrangeira), gerandoum superávit no BP. Como a taxa de câmbio é flexível o Bacen nãoatua no mercado cambial, de forma que o câmbio nominal sevaloriza e, com os preços fixos, o câmbio real também. Avalorização da taxa de câmbio real reduz as exportações líquidasde bens e serviços (menor demanda sobre a produção doméstica),fazendo com que a curva IS retorne para a posição inicial.

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• Item b: Falso.▫ O efeito “crowding-out” diz respeito a uma redução do

investimento, por conta da elevação da taxa de juros, apósa expansão fiscal. Isto faz com que, independentemente daeconomia ser aberta, o efeito sobre o produto seja menor,mas não por conta da equivalência ricardiana.

▫ Quanto a equivalência ricardiana, ela nos diz que adespoupança do governo no presente implica em maioresimpostos no futuro. Logo, se os agentes econômicospretendem suavizar sua trajetória de consumo, teremos:

▫ Logo, caso seja válida a equivalência ricardiana, a curva ISnão se deslocaria após a expansão fiscal.

____ __

1 1 1 2( )g P eG S C S pois T DA Y↑→ ↓→ ↓→ ↑ ↑ ⇒ →

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i

Y

IS

LM

Y0

i0

Y1

i1

O aumento da demanda por moeda após o aumento da renda eleva a taxa de juros gerando um impacto negativo sobre o investimento privado.

Efeito“crowding-out”

A Política Fiscal e o Investimento

IS’

Y’

GIc

Y ∆

−−=∆

211

1

1

0

M

P

= IS1

Se vale a equivalência ricardiana

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• Item c: Verdadeiro.▫ Veja o item a.▫ O efeito “crowding-out” será menor, pois a taxa de juros

subirá menos: o influxo de capitais valoriza a taxa decâmbio, reduzindo (ou mesmo anulando o efeito sobre oproduto).

• Item d: Falso.▫ Veja o item a.▫ Isso será verdade se tivermos perfeita mobilidade de

capitais.

• Item e: Falso.▫ Como vimos no item b, a afirmação é falsa.

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8) Bacen 2010 – Analista – Específica - 27

• A existência de ciclos econômicos temestimulado o desenvolvimento das mais variadasteorias que procuram explicar suas causas demodo a sugerir o que pode ser feito pelosresponsáveis pelas políticas macroeconômicas.Nessa perspectiva, relacione as explicações àsreferências de autores, grupo de autores outeoria a seguir.

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• I - Os ciclos econômicos são identificados pelos movimentosauto-correlacionados das discrepâncias do produto realquanto à sua tendência, as quais não podem ser explicadaspela disponibilidade de fatores e pela tecnologia.

• II - À medida que a economia se aproxima do plenoemprego, a taxa de crescimento do produto se reduz e, peloefeito acelerador, os investimentos caem, o que realimenta aredução na taxa de crescimento do produto pelomultiplicador keynesiano.

• III - O princípio do acelerador não considera a existência deexcesso de capacidade durante os ciclos, excesso que podepermitir aumento de produto sem que ocorra investimento;dessa forma, os investimentos devem depender das taxas delucro e não do crescimento do produto como sugere oprincípio do acelerador.

• IV - A maioria das flutuações econômicas é causada, nãopelas variações de demanda agregada decorrentes demudanças de expectativas ou otimismo empresarial, massim pelas reações dos agentes econômicos a choques deoferta.

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• Autores ou teoriasP - KaleckiQ - KeynesianosR - Teoria dos ciclos reaisS - Novos clássicosT - Teoria monetarista dos ciclos

• As associações corretas são:(A) I – R ; II – S ; III – P e IV – Q.(B) I – R ; II – S ; III – T e IV – P.(C) I – S ; II – P ; III – R e IV – T.(D) I – S ; II – Q ; III – P e IV – R.(E) I – T ; II – Q ; III – S e IV – R.

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• Breves esclarecimentos sobre ciclos econômicos.

• Novos-Clássicos (I) – Moeda Imprevista▫ Como as expectativas são formadas racionalmente, em um

ambiente de flexibilidade de preços e salários, os desviosdo produto real em relação ao seu nível potencial,ocorrem devido às surpresas na condução da políticamonetária: após as expectativas de inflação seremformadas, por exemplo 3%, o Bacen expande a ofertamonetária, elevando a inflação para 6%. Com isso,teremos:

• Monetaristas:▫ Como as expectativas são formadas adaptativamente,

qualquer política monetária (percebida ou não pelosagentes econômicos), gera ciclos econômicos.

.e n

t t tY Yπ π> → >

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• Breves esclarecimentos sobre ciclos econômicos.

• Novos-Clássicos (II) – Ciclos Econômicos Reais▫ Teoria que explica os ciclos econômicos através das

variações (choques) tecnológicas, ou seja, choquesaleatórios na tecnologia, propagados em mercadoscompetitivos, fazem com que o produto real flutue.

• Keynesianos:▫ Expectativas, ligadas ao maior grau de incerteza, reduzem

o investimento, desviando o produto do seu nívelpotencial. Esse efeito é amplificado pelo efeito doacelerador (Samuelson) →

• Kalecki▫ Os investimentos dependem da taxaa de lucro e não

do crescimento do produto como sugere o princípiodo acelerador.

( )1 .t t

I K Y Yν −= ∆ = −

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9) Bacen 2010 – Analista – Específica - 28• A teoria do crescimento endógeno, associada aos trabalhos de Paul Romer

e Robert Lucas, diferente de outras construções com base no Modelo deCrescimento de Solow, considera que

• (A) capital humano, externalidades positivas entre firmas e investimentosem pesquisa e desenvolvimento são os fatores determinantes docrescimento econômico e explicam a não verificação da hipótese deconvergência das diferentes taxas de crescimento.

• (B) as instituições sociais são um fator determinante para o crescimentoeconômico e explicam a não verificação da hipótese de convergência dasdiferentes taxas de crescimento.

• (C) a taxa de crescimento do capital físico resultante dos investimentosfinanciados pela poupança é o fator determinante do crescimentoeconômico.

• (D) a disponibilidade de recursos naturais limita o processo decrescimento que, para ser promovido, depende da abertura da economiapara o comércio e para as transações financeiras internacionais.

• (E) o desenvolvimento de tecnologia própria e adequada às condiçõesinternas é o fator preponderante na promoção do crescimento econômico.

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• No modelo neoclássico de Solow (1956), Swan (1956),onde a taxa de poupança é uma variável exógena, utilizamosuma função de produção com retornos constantes de escala eprodutividades marginais do capital e trabalho, positivas edecrescentes. Com isso, a economia converge para um estadoestacionário, onde a taxa de crescimento do PIB per capita éigual a zero. A taxa de crescimento passa a ser positiva, desdeque a tecnologia “aumentadora de trabalho” cresça a umataxa exógena ga.

• A partir da publicação do trabalho de Romer (1986), ospesquisadores tiveram como objetivo principal a construçãode modelos em que, diferentemente dos modelos chamadosde neoclássicos (como Solow), a taxa de crescimento delongo prazo pode ser positiva sem a necessidade dasuposição de que uma variável cresça de forma exógena(como a tecnologia no modelo de Solow).

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• A primeira família desses modelos, bem representadapelos trabalhos de Romer (1986), Lucas (1988), Rebelo (1991)e Barro (1991), mostrou ser possível gerar taxas positivas decrescimento através da eliminação dos rendimentosdecrescentes para o capital, seja por conta da introdução deexternalidades do capital ou por conta da introdução decapital humano.

• Um segundo grupo de contribuições pode ser encontradonos trabalhos de Romer (1987 e 1990), Aghion e Howitt (1992e 1998) e Grossman e Helpman (1991).▫ Em um contexto de concorrência imperfeita, tais autores

construíram modelos, onde o investimento em P&D dasempresas gera progresso tecnológico de forma endógena.

▫ Nesses modelos, a sociedade premia as empresas que inovamcom o poder monopolístico, quando elas conseguem inventar umnovo produto ou melhorar a qualidade de um produto existente.

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• Em ambos os casos, podemos eliminar a ideia de estadoestacionário e convergência da renda per capita(as economias com menor PIB per capita tenderiam acrescer mais rapidamente que as economias com maior PIBper capita).

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10) Bacen 2010 – Analista – Específica - 29• A incorporação das expectativas dos agentes

econômicos na avaliação de prováveis impactos dapolítica de estabilização ou anticíclica é indispensável.Como não se dispõe de informações sobre asexpectativas dos agentes econômicos, os economistasdesenvolveram modelos de formação de expectativaque pudessem ser usados para antecipar as reaçõesdos agentes econômicos e, desse modo, inferir sobre osimpactos das políticas. Considerando uma situaçãoinicial, na qual haja estabilidade de preços e o nívelcorrente do produto seja o de pleno emprego (produtopotencial), suponha que seja introduzida uma políticaeconômica expansionista. Associe os dois modelos deformação de expectativas com os resultados para aeconomia, antecipados no curto e no longo prazos, emdecorrência da nova política macroeconômica,apresentados abaixo.

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• Modelo de ExpectativasI - AdaptativasII – Racionais

• Impactos da política macroeconômica sobre a economia

• No curto prazo:P - Preços ficam mais elevados e há aumento de produto.Q - Preços ficam mais elevados e não há mudança no produto.

• No longo prazo:R - Preços ficam mais elevados e não há mudança no produto.S - Não há mudança nos preços e no produto.T - Não há mudança nos preços e o produto aumenta.

• As associações corretas são:• (A) I - P e R; II - Q e R• (B) I - P e T; II - Q e S• (C) I - P e S; II - P e S• (D) I - Q e S; II - P e T• (E) I - Q e R; II - P e R

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• Um resumo do que vimos sobre ciclos econômicos:

P

Y

0DA

0

CPOA

P0

YP Y1

P1

1DA

1

CPOA

P2

LPO A

MonetaristasExpectativas Adaptativas

. . : .

. . : .

n e

n e

C P Y Y e P P

L P Y Y e P P

> >

= =

P

Y

0DA

0

CPOA

P0

YP

1D A

1

CPOA

P1

Novos-ClássicosExpectativas Racionais

. . : .

. . : .

n e

n e

C P Y Y e P P

L P Y Y e P P

= =

= =

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11) Bacen 2010 – Analista – Específica - 30• Em uma economia aberta, com taxa de câmbio

flexível, o Banco Central muda sua políticamonetária comprando títulos públicos do setorprivado. Como resultado dessa política, pode-seantecipar que, no curto prazo,

• I - tanto os investimentos quanto o consumocorrentes serão estimulados, porquanto os gastospresentes se tornaram mais baratos que os gastosfuturos;

• II - pode ocorrer uma saída de capital para oexterior, causando uma desvalorização da moedalocal, a qual deverá estimular a demanda agregadapelo aumento das exportações líquidas;

• III - os preços dos ativos serão pressionados paracima (ações, habitações, etc.), o que estimulará ademanda agregada.

V

V

V

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• Como resultado dessa nova política monetária,não antecipada pelos agentes econômicos, pode-seafirmar que é(são) correta(s) as proposição(ões)

• (A) II, apenas.• (B) I e II, apenas.• (C) I e III, apenas.• (D) II e III, apenas.• (E) I, II e III.

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LM

IS

α++=∧

∗ eEii

i

Y0

A

LM1

B

IS1

C

Y1 Y

Política Monetária com Câmbio Flexível e PMC

BP = 0

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• A política monetária expansionista desloca a LM para LM1. Oexcesso de oferta monetária nominal e real (pois, por hipótese,os preços são rígidos no curto prazo) aumenta a demanda portítulos, reduzindo a taxa de juros, estimulando níveis maiores deinvestimento, fazendo com que as firmas aumentem a produção.Portanto, com economia fechada o novo equilíbrio ocorreria noponto B. Entretanto, com economia aberta e PMC ocorre umarápida saída de recursos (maior demanda por moedaestrangeira) quando a taxa de juros doméstica diminui, ou seja,o BP fica deficitário. Como a taxa de câmbio é flexível, o Bacennão intervém no mercado câmbio, permitindo a desvalorizaçãodo câmbio nominal e real (preços fixos no curto prazo). Adesvalorização cambial real aumenta as exportações líquidas debens e serviços (maior demanda sobre a produção doméstica),deslocando a curva IS para IS1, com o consequente aumento daprodução. Note que, com o aumento da renda, há um aumento dademanda por moeda, que reequilibra o mercado monetário.

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• Quanto ao item I, ele é verdadeiro, se considerarmos (comofaz a Cesgranrio, de forma equivocada) o C.P. como sendo oponto B. Nesse caso, a redução da taxa de juros aumenta oinvestimento e o consumo, neste último caso, pelasubstituição intertemporal (a redução da taxa de juros tornao consumo presente mais barato relativamente ao consumofuturo.

• Quanto ao item II, vimos que é verdadeiro, pois a queda dataxa de juros ocasiona uma saída de capitais, que desvalorizao câmbio ocasionando um aumento das exportaçõeslíquidas.

• Quanto ao item III, com o aumento dos preços dos ativos, háum aumento da riqueza das famílias, aumentando assim oconsumo (demanda agregada).

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12)Bacen 2010 – Analista – Específica - 31• No sistema de contas nacionais, o produto de uma

economia pode ser obtido de três maneiras diferentes:sob a ótica da produção, da despesa e da renda.

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O exercício se refere à conta de produção do “novo”sistema de contas nacionais.

• Analisando as informações da tabela acima, pode-seconcluir que, para essa economia, em $, a(o)

• (A) renda nacional é 949.• (B) renda interna é 1.026.• (C) despesa interna é 1.068.• (D) produto nacional bruto é 1.068.• (E) produto interno bruto é 1.086.

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Recursos Usos

Produção

Importação de B e S

Impostos s/ Produtos

Subsídios

Consumo Intermediário

C + G

FBKF = Var Estoques

Exportações de B e S

Total

1979

(+) 135

(+) 119

2233 2233

1012

236

117

868

868 236 117 135 1086

PM BS BS

PM

PIB C G FBKF E X Q

PIB

= + + + ∆ + −

= + + − =

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13) Bacen – Analista – Específica – 2010 - 32

• Em um mundo de apenas dois bens, as preferênciasde um consumidor são representadas pela funçãoutilidade . Se o preço do bem x for 5, odo bem y for 10 e a renda do consumidor for 500, emequilíbrio, esse consumidor

• (A) gastará metade de sua renda com o bem x.• (B) gastará 200 unidades de sua renda com o bem x.• (C) gastará 100 unidades de sua renda com o bem y.• (D) comprará 60 unidades do bem x.• (E) comprará 40 unidades do bem y.

( ) 0,6 0,4,U x y x y=

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• Trata-se de um tradicional problema demaximização de utilidade do consumidor, sujeita auma restrição orçamentária.

• A utilidade será maximizada quando o consumidorse encontrar na curva de indiferença mais distanteda origem, que toque na restrição orçamentária.

• Logo, a utilidade será maximizada quando a curvade indiferença tangenciar a restrição orçamentária.▫ Assim, a maximização da utilidade ocorrerá quando a

inclinação da curva de indiferença (TMgS(y,x) ) for iguala inclinação da restrição orçamentária (dada pelarelação de preços = -Px/Py ).

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x

y

100

50

0

(I/Py) =

(I/Px)

y*

x*

U*

( ) ( )0,6 0,4

, ,

1.O. I P P 50

2

1: . , . . 50

2

xx y

y y

y x y x

PIR x y y x y x

P P

Logo Máx U x y U x y s a y xα β

→ = + → = − → = −

= → = = −

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• Demandas de Uma Função Cobb-Douglas

( )

1

1

( , )

,

. :

0 0

0 0

0 0

:

x y

x

y

x y

xy x

y

U x y x y

Logo o lagrangeano x y I P x P y

Cond de primeira ordem

x y Px

x y Py

I P x P y

PyLogo P y P x

x P

α β

α β

α β

α β

λ

α λ

β λ

λα ββ α

=

→ ℑ = + − −

∂ℑ= ⇒ − =

∂∂ℑ

= ⇒ − =∂

∂ℑ= ⇒ − − =

= ⇒ =

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( ) ( )

:

. . .

1 1

xy x

y

x y x x x

x

x

x x y

PyLogo P y P x

x P

Substituindo na R O I

II P x P y P x P x I P x I

P x

I I I IP x x e y

P x P P

α ββ α

β β βα α α

α β α βα βα α β α β

α

∗ ∗

= ⇒ =

= + ⇒ + = ⇒ + = ⇒ = +

+= ⇒ = ⇒ = =

+ + +

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• Observação Importante▫ Note que as funções de demanda por x e y, derivadas de

uma função utilidade Cobb-Douglas, são dadas por

▫ Sendo assim:� Proporção da renda gasta com x =� Proporção da renda gasta com y =

( ) ( ) ( ),x y

x y

I IU x y x e y

P P

α β α βα β α β

∗ ∗= ⇒ = =+ +

( )

( )

/

/

α α β

β α β

+

+

• Logo, se

� 40% da renda será gasta com o bem x e 60% da renda será gasta com o bem y.

( )0,4 0,6

,x yU x y=

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( )

( )

, :

0,6 50060 $300

1 5

0,4 50020 $200

1 10

x

y

Logo temos

Ix Gasto

P

Iy Gasto

P

αα β

βα β

= → = → =+

= → = → =+

x

y

100

50

0

(I/Py) =

20

60

U*

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• Analise as proposições abaixo, considerando oconceito econômico de bem público.

• I - Resolvido o problema de como financiar suaprodução, se desejado, o bem público estará àdisposição da sociedade, mesmo que não sejaproduzido pelo governo.

• II - Bens públicos são bens de propriedade comum atodos os indivíduos de uma sociedade e, portanto,todos têm direito a dele usufruir.

• III - Bens públicos são bens cujo consumo de umaunidade por um indivíduo não reduz a quantidadedisponível desse bem para qualquer outro indivíduo eninguém pode ser excluído de seu uso ou consumo.

14) Bacen – Analista – Específica – 2010 - 33

V

V

V

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Na verdade, os três itens são verdadeiros.

• É correto APENAS o que se afirma em• (A) II. • (B) III.• (C) I e II. • (D) I e III.• (E) II e III.

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• Os bens públicos possuem duas características:

▫ São bens não rivais (não disputáveis): podem ficardisponíveis para todos sem que seja afetada aoportunidade do seu consumo para qualquer outrapessoa.

▫ São bens não excludentes (não exclusivos): as pessoasnão podem ser impedidas de consumi-los.

• Logo, pela definição de bem público, todas asafirmações são verdadeiras.

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• A respeito de informação assimétrica e seleção adversa,analise as afirmações abaixo.

• I - O problema de seleção adversa reside no fato de omercado gerar apenas incentivos para pessoas oufirmas de baixo risco adquirirem apólices de seguro.

• II - No mundo real, as escolhas de mercado, comoqualquer outra decisão, são feitas com informaçãoincompleta, de modo que a realidade do conhecimentoimperfeito não é uma falha de mercado.

• III - O problema da assimetria de informação sóemerge quando o comprador potencial, ou o vendedorpotencial, tem uma informação importante para atransação que a outra parte não tem.

15) Bacen – Analista – Específica – 2010 - 34

F

V

V

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• É correto APENAS o que se afirma em• (A) I.• (B) II.• (C) I e II.• (D) I e III.• (E) II e III.

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� A existência de informações assimétricas afeta aalocação de recursos e o sistema de preços.

� Assimetria de Informações no mercado de seguros

� Devido à presença de informação assimétrica, é possível queapenas indivíduos com alto risco de sinistro decidam fazerseguro. Assim, temos um problema de seleção adversa.

� Note a diferença em relação ao risco moral (moralhazard).

� O risco moral ocorre quando a parte segurada, cujas ações nãosão observadas, pode afetar a probabilidade ou magnitude dopagamento associado a um evento.

� Portanto, o risco moral ocorre pois um dos lados do mercado (nessecaso a seguradora), não pode verificar como os segurados secomportarão após a contratação do seguro (comportamentoposterior a contratação do seguro).

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• Em um contexto de curto prazo, com relação ao mercado deum recurso produtivo,

• (A) se o mercado do produto final for dominado por ummonopolista, o preço do recurso produtivo será determinadopela oferta desse recurso e, portanto, igual ao valor de suaprodutividade físico-marginal.

• (B) se os mercados forem de concorrência perfeita e oproduto final for obtido a custos crescentes, um aumento nademanda do produto final provocará aumento no valor daprodutividade físico-marginal desse fator, deslocando acurva de demanda por esse fator para a direita.

• (C) se o recurso produtivo for adquirido por ummonopsonista que opera em um mercado de concorrênciaperfeita, o valor da produtividade físico-marginal desserecurso será irrelevante na determinação do preço desserecurso produtivo.

16) Bacen – Analista – Específica – 2010 - 35

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• (D) em um mercado em competição perfeita, a demandapor um recurso produtivo é negativamente inclinada,porque a demanda pelo bem final, cuja produção requer ouso desse recurso, é negativamente inclinada.

• (E) a elasticidade preço da demanda por um recursoprodutivo é tão mais elevada, em valor absoluto, quantomenor a participação dos custos com esse recurso noscustos totais de produção.

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• O item a é falso.

D

RMg

CMg

Q

P

Q*

P*

RMg=CMg

( )* *. ,Máx Lucro RMg CMg Q e P com P RMg P PMg∗⇒ = → > •

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• O item b é verdadeiro.▫ Um aumento na demanda pelo bem final, caso eleve o custo

marginal, fará com que, na nova posição de equilíbrio, a RMg,nesse caso, igual ao preço, seja maior. Adicionalmente, lembre-se que, em concorrência perfeita, no longo prazo, P=CTMe, ouseja, o Lte = 0

P

Q

P

q

S

D

P

Q q

CMgLp

CTMeLpS1

D1

Q1

P1

q1Q2

SLP

q2

P2

CTMe1LpCMg1Lp

• Os itens c, d e e são falsos e bastante óbvios.

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• Considere o jogo descrito pela matriz de possibilidadesabaixo, na qual os valores entre parênteses indicam,respectivamente, o ganho do agente 1 e o ganho doagente 2. Ai e Bi indicam as estratégias possíveis para oagente 1, se i = 1, e para o agente 2, se i = 2.

17) Bacen – Analista – Específica – 2010 - 36

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• Analise as seguintes proposições sobre esse jogo:

• I - o par de estratégias (B1, B2) é um Equilíbrio deNash;

• II - o par de estratégias (A1, B2) é eficiente nosentido de Pareto;

• III - todo Equilíbrio de Nash nesse jogo é eficienteno sentido de Pareto.

• Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)• (A) I, apenas.• (B) I e II, apenas.• (C) I e III, apenas.• (D) II e III, apenas.• (E) I, II e III.