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AVM FACULDADE INTEGRADA Rodrigo Corrêa de Almeida Prof a Edla Trocoli Rio de Janeiro 2011

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AVM

FACULDADE INTEGRADA

Rodrigo Corrêa de Almeida

Profa Edla Trocoli

Rio de Janeiro

2011

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AVM

FACULDADE INTEGRADA

A importância do docente do ensino superior como orientador

nos cursos de Acupuntura.

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Docência do Ensino Superior.

Por: Rodrigo Corrêa de Almeida

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AGRADECIMENTOS

Aos professores do IAVM por

todo carinho e dedicação, a

orientadora profª Edla Trocoli e

aos queridos colegas de turma

pelo crescimento conjunto nesse

ano.

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DEDICATÓRIA

...dedico a minha esposa Alice e

minha filha Sofia pelos

incentivos para concluir o curso

de Docência do Ensino Superior.

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RESUMO

Uma das grandes vantagens dos dias de hoje, é a quantidade de

recursos que incentivam o ato de ensinar-aprender. Os Docentes que utilizam

recursos didáticos mais antigos associados aos da modernidade, saem na

frente dos que só se valem de uma explanação oral, com modelos bi

dimensional e pouca prática. Isto acontece com os cursos de Acupuntura.

Além disso, os cursos de Acupuntura precisam melhorar a qualidade do

ensino tendo como educadores profissionais melhor preparados para lidar com

o público alvo dos cursos que em sua maioria são de educandos que estão ali

se especializando.

Ao longo do trabalho, é possível acompanhar a complexidade da técnica

de Acupuntura, dando a real noção de como é importante que o curso seja

ministrado por um docente do ensino superior, e que este se utilize de vários

recursos didáticos para alcançar o objetivo final que é formar profissionais com

capacidade de ao trabalhar, se utilizem dos conhecimentos da Medicina

Tradicional Chinesa para avaliar e tratar cada caso em específico.

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METODOLOGIA

A execução deste trabalho, só foi possível após uma releitura de livros,

sobre anatomia, os fundamentos da acupuntura, fisiologia e bioquímica, os

norteadores sobre docência do ensino superior, periódicos, bancos de dados

da área da saúde e algumas fontes da internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I – A Acupuntura 10

CAPÍTULO II – A Nobre Arte de Ensinar Acupuntura 20 CAPÍTULO III – Regularização da Acupuntura 22 CONCLUSÃO - 30 BIBLIOGRAFIA - 31 ANEXO - 34 ÍNDICE - 37 Folha de Avaliação 38

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INTRODUÇÃO

A acupuntura é uma das terapias que engloba a Medicina Tradicional

Chinesa (MTC) utilizada no tratamento preventivo e curativo de inúmeras

patologias reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde. Suas origens

datam da Pré-história, onde evidências arqueológicas permitem a suposição de

que a acupuntura era praticada no continente asiático, na região que

compreende a China, há mais de cinco mil anos. Suas raízes estão

fundamentadas no pensamento Taoísta e na cultura e filosofia da China antiga.

Esse método terapêutico chinês baseia-se na inserção de agulhas descartáveis

em pontos específicos do corpo, chamados pontos de acupuntura.

A Medicina Tradicional Chinesa abrange vasto campo de conhecimento,

envolvendo vários setores ligados à saúde. Suas concepções são voltadas

principalmente ao estudo dos fatores causadores da doença, à maneira de

tratá-la e ao estudo das formas de prevenção, na qual reside toda a filosofia e a

essência da medicina chinesa. Vários estudos científicos demonstram que a

acupuntura tem contribuído grandemente para o desenvolvimento da Saúde.

O excesso de cursos de Acupuntura que são abertos infelizmente não

consegue suprir a necessidade de um ensino de qualidade. Por isso se faz

necessário que os professores de acupuntura se especializem formando-se em

docência do ensino superior, pois não basta só que se tenha domínio do

assunto, é preciso utilizar uma didática adequada, uma postura diferenciada

diante dos alunos, uma sequência de informação, além de várias ferramentas

de trabalho, como por exemplo, recursos didáticos variados para que os alunos

possam assimilar melhor a informação e localizar os pontos com uma margem

de erro menor possível.

Já que em acupuntura clinica o objetivo é formar um profissional capaz

de traçar todo um tratamento individual para cada caso, é imprescindível que

estes docentes estejam plenamente capacitados para a formação destes

profissionais.

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Uma das propostas é fazer uma releitura das obras de grandes

acupunturistas, para que primeiro possa dar uma pequena noção do universo

que é a Medicina Tradicional Chinesa, e da complexidade que é ensiná-la.

Este trabalho se propõe a realizar um levantamento da problemática que

envolve os cursos de acupuntura, para assim se ter conhecimento de causa, e

com isso tornando possível encontrar uma solução para que os alunos destes

cursos não sejam prejudicados, tendo que fazer vários outros para chegarem a

um nível de conhecimento que lhes dê segurança para atuar e não causar

nenhum mal maior aos pacientes, o que é uma realidade, já que a maioria dos

cursos sobre a técnica tem a duração mínima e Docentes mal qualificados

tecnicamente. Acabando por formar pessoas despreparadas para o mercado

de trabalho e por fim deturpando a imagem da Medicina Tradicional Chinesa.

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CAPÍTULO I

ACUPUNTURA

Neste capítulo se destaca um breve histórico da acupuntura e sua

expansão no Ocidente, enfatizando a sua chegada ao Brasil trazida pelos

orientais, conceito da acupuntura segundo princípios da Medicina Tradicional

Chinesa e a visão ocidental desta técnica.

1.1- Histórico da Acupuntura

A acupuntura é uma das terapias que engloba a Medicina Tradicional

Chinesa (MTC) utilizada no tratamento preventivo e curativo de inúmeras

patologias reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Suas

origens datam da Pré-história, onde evidências arqueológicas permitem a

suposição de que a acupuntura era praticada no continente asiático, na região

que compreende a China, há mais de cinco mil anos. Acredita-se que a

acupuntura já era conhecida e praticada na Idade da Pedra. Achados

arqueológicos em várias partes da China confirmam essa hipótese, junto a

outros instrumentos de cura, foram encontrados agulha de pedra, que eram

diferentes das de costura (WEN, 1999).

Suas raízes estão fundamentadas no pensamento Taoísta e na cultura

e filosofia da China antiga. O primeiro texto médico conhecido é o clássico

Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Nei Jing), escrito por Bing

Wang, na forma de diálogo entre o Imperador Amarelo Huang Di, figura

lendária e fundador da China e seu ministro Qi Bai, a respeito dos assuntos da

medicina e descrevendo as teorias e as práticas da acupuntura, datado entre

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475-221a.C. durante a Dinastia Tang e ainda muito utilizado pela MTC

(MACIOCIA, 2007).

No Ocidente, as primeiras referências à acupuntura chegaram através

dos missionários jesuítas, sendo que os seus relatos, apesar de serem

interessantes eram vagos. Os padres jesuítas portugueses, que viveram no

Japão por longos períodos a partir do século XVI, também puderam conhecer a

forma japonesa de praticar a medicina chinesa e, no século XVII, começaram

os relatos médicos propriamente ditos de médicos ocidentais que viveram na

Ásia. Entretanto, o que se transmitia em geral nessa época era apenas um

conhecimento superficial sobre a acupuntura e a medicina chinesa. Nesses

tempos, ninguém na Europa havia ainda utilizado uma única agulha com fins

terapêuticos. Em 1928, o diplomata francês George Soulié de Morant, que

morou na China durante 20 anos, tornou-se um exímio acupunturista e

introduziu a acupuntura na Europa. A partir de 1931, publicou uma série de

artigos e, entre 1939 e 1941, publicou sua famosa obra “L’Acuponcture

Chinoise”, que se tornou uma das fontes dos primeiros acupunturistas

brasileiros e que por sua forma completa e acurada, dispõe-se de um tratado

que, pelo seu conteúdo, serve de referência até os dias de hoje (MANN, 1994).

Soulié de Morant não parou mais de trabalhar e divulgar a MTC, apesar

da constante desconfiança dos médicos ocidentais. A comunidade científica da

época, apesar dos resultados positivos obtidos pela MTC, permanecia

incrédula em relação a essa técnica médica e ao trabalho de Morant. O fato de

Morant não possuir formação médica contribuía para a reação negativa da

comunidade médica ocidental. Entretanto, o que mais causava desconfiança

dos cientistas e pesquisadores do Ocidente era a introdução de uma técnica

terapêutica com conceitos e métodos tão diferentes dos seus, considerados

pouco racionais ou científicos para os padrões ocidentais estabelecidos

(FRÓIO, 2006).

Apesar das desconfianças, a medicina chinesa avançava, principalmente

na França, primeiro país europeu a praticar a acupuntura. Assim, o surgimento

da primeira sociedade de acupuntores ocorreu na França, A Associação

Médica de Acupuntores. Foi criada por vários médicos, sendo Soulié de Morant

o presidente de honra. Morant faleceu em 1955. Foi graças a ele que a

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medicina chinesa, principalmente a acupuntura, teve seus passos

impulsionados na Europa. No decorrer dos anos, a medicina chinesa foi então

conquistando a França, a Europa e posteriormente o mundo. Sua credibilidade

aumenta com os resultados positivos obtidos, o que demonstra que não se

tratava de uma técnica charlatã ou esotérica (FRÓIO, 2006).

De forma geral, portanto, os países europeus e o mundo presenciaram

um crescimento da acupuntura, em maior escala, e as técnicas médicas

tradicionais chinesas em seus sistemas de saúde. O que se vê é um sistema

sanitário externo, especificamente oriental e completamente diverso da

medicina ocidental, expandir-se e integrar-se em vários sistemas de saúde

nacionais. Particularmente a acupuntura, uma técnica peculiar da MTC, está

amplamente difundida atualmente e é utilizada em pelo menos 78 países

(FRÓIO, 2006).

Os EUA tiveram seus primeiros contatos com as técnicas médicas

chinesas por meio dos imigrantes orientais e das informações vindas da

Europa, onde a MTC já estava bastante difundida. Até 1960, os órgãos oficiais

de ensino e pesquisa norte-americanos praticamente desconheciam a MTC e

foram as diásporas chinesas que propiciaram sua chegada às Américas.

O interesse por outros sistemas médicos e práticas terapêuticas

pode ser localizado, em sua fase inicial, no desdobramento dos movimentos de

contracultura, originados em especial nos Estados Unidos e países da Europa,

principalmente a partir da década de 1960. De tendência naturista e anti-

tecnológica, esses movimentos seduziram segmentos da população jovem e

intelectual, que passaram a valorizar aspectos culturais do Oriente,

principalmente da Índia e da China. Estes sistemas terapêuticos e práticas de

medicação e cuidado “defendiam formas simplificadas e não-invasivas no

tratamento de doenças, o consumo de medicamentos oriundos de produtos

naturais (não químicos) e uma proposta ativa de promoção da saúde (distinta

do preventivismo médico), ao invés da postura de combate às doenças,

característica da medicina científica” (LUZ, 1995). Contudo, no Ocidente o

interesse em acupuntura expandiu, a partir de 1970 nos Estados Unidos,

quando médicos e pesquisadores visitaram a China e relataram observações

em relação à analgesia cirúrgica, usando somente agulhas de acupuntura. Tal

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fato desencadeou o interesse da mídia internacional para o assunto e a

produção de vários artigos sobre a MTC. Os EUA, inclusive, passaram a dar

uma atenção considerável para o estudo do tema e, em 1975, os estados de

Nova York e Califórnia regulamentaram a acupuntura como profissão

(MACIOCIA, 2007).

No Brasil, em 1810, D. João VI autorizou a entrada de dois mil chineses

para trabalhar nas plantações experimentais de chá no Jardim Botânico e da

Fazenda Imperial de Santa Cruz, ambos no Rio de Janeiro, mas apenas 400

acabaram realmente vindo para o Brasil. Esses imigrantes trouxeram consigo

suas técnicas médicas, no entanto, foram principalmente os japoneses que

introduziram em larga escala a técnica da acupuntura no país, já que vieram

em maior número para o Brasil. Os imigrantes japoneses eram contratados

para trabalhar nas plantações de café. Em 1895, foi firmado o Tratado de

Amizade, Comércio e Navegação entre o Brasil e Japão e, quando os contratos

venceram, grande parte dos japoneses mudaram para o interior paulista ou

para região litorânea. Os acupunturistas de origem oriental, por não falarem o

português, tiveram dificuldade de ensinar a acupuntura e as terapias orientais,

tornando-se restritas às suas comunidades, o que não facilitou a sua difusão na

sociedade brasileira (FRÒIO, 2006).

Tomando como base a pesquisa realizada por Marilene Cabral do

Nascimento (1998), podem-se estabelecer três conjunturas bem definidas no

processo de penetração da medicina chinesa no Brasil. A primeira situa-se na

década de 1970 e consiste em uma fase de descobertas. Nesse período, a

acupuntura e as técnicas chinesas causavam polêmicas, oscilando entre

taxações como técnicas de curandeiros e charlatanismo. A segunda fase, na

década de 1980, marcou o ingresso da acupuntura nas instituições brasileiras

oficiais de saúde e a fase final, já na década de 1990, desencadeou o debate

sobre a legitimação e a regulamentação da acupuntura, bem como sobre a

questão em torno do uso da MTC.

Em 1996, na reunião sobre cooperação científica e tecnológica entre

Brasil e China, o Brasil apresentou propostas interessantes para o setor da

saúde, com a finalidade de obter o apoio da China para: estabelecer

mecanismos de controle de qualidade dos produtos e serviços da MTC

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oferecidos em redes pública e privada de assistência à saúde, implantar o uso

rotineiro de medicamentos de origem vegetal pela população brasileira, e

especialmente da área rural do país, realizar no Brasil pesquisas científicas

básicas e estudos clínicos em MTC, particularmente acupuntura

(NASCIMENTO, 1997).

Dessa forma, o que se percebe é uma crescente aceitação da

acupuntura, que vem provocando, inclusive, uma busca por cooperação no

setor. Os problemas que estão relacionados com as técnicas orientais não

passam mais pelo questionamento da sua eficácia como prática terapêutica,

mas por disputas em relação à definição da profissão de acupunturista. A

classe médica teme pela perda de espaço no mercado e uma das formas

encontradas para evitar essa concorrência foi à luta pela obtenção de

exclusividade quanto ao exercício, bem como o esforço em manter a

acupuntura dentro de limites restritos. Assim, se por um lado a medicina

chinesa vem encontrando uma boa receptividade dentro da sociedade

brasileira em geral, por outro lado a classe médica tenta controlar o seu campo

de atuação. Ademais, a expansão gradual da medicina chinesa dentro do

Ocidente vem sinalizando uma tendência muito mais à complementaridade

entre práticas médicas do que à sua rejeição (FRÓIO, 2006).

O termo “acupuntura” deriva-se do latim acus, agulhamento e

punctura, que significa punturar. Também é relacionado a uma tradução livre

do termo chinês zhenjiu, onde zhen agulha (terapia) e jiu significa

cauterização/moxa (terapia), referindo-se à inserção de agulhas secas em

determinados locais do corpo, com o objetivo de prevenir ou tratar sintomas e

doenças (CENICEROS & BROWN, 1998).

A acupuntura consiste, conforme indica a origem da palavra

anteriormente citada, na inserção, na profundidade de alguns milímetros, de

agulhas finas em pontos da pele especificamente determinados em diferentes

direções, dependendo da localização do ponto e do objetivo a ser alcançado,

sendo deixadas por um determinado período de tempo e depois removidas

(MANN, 1994).

A acupuntura é um antigo método terapêutico chinês que se baseia na

estimulação de determinados pontos do corpo com uma agulha ou com fogo, a

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fim de restaurar e manter a saúde. A acupuntura foi idealizada dentro do

contexto global da filosofia do Tao e das concepções filosóficas que norteiam a

Medicina Tradicional Chinesa (YAMAMURA, 2001).

Para o médico chinês, a saúde do indivíduo é o resultado de um

equilíbrio entre forças opostas – o yin e o yang – cuja complementação se faz

necessária. Estas forças circulam no organismo sob a forma de uma energia

que percorre todo o corpo de acordo com canais bem determinados, chamados

Meridianos. A distribuição desta Energia Vital pode sofrer perturbações e os

órgãos enfrentariam então desequilíbrios por excesso ou insuficiência de

energia. Dessa forma, o corpo funcionaria sob o efeito da circulação da energia

posta em movimento, e não da circulação de sangue. Ao médico caberia

manter essas forças em harmonia. Para atuar sobre forças antagônicas, o

médico chinês recorre então à acupuntura, moxas, massagens e a uma

farmácia rica em produtos vegetais, minerais e animais (FRÓIO, 2006).

A prática da acupuntura pode envolver inúmeros métodos e técnicas,

sendo inesgotáveis as combinações entre os mesmos. São classificados, de

forma geral, em método tradicional oriental e método ocidental. O primeiro

consiste no diagnóstico energético através das interpretações dos sinais e

sintomas do paciente baseado em teorias como Yin e Yang, Cinco Elementos,

Zang Fu ou Sistemas de Órgãos e Vísceras, Meridianos, da Energia (Qi) entre

outros. A Energia (Qi) é a forma imaterial que promove o dinamismo, a

atividade do ser vivo. Manifesta-se sob dois aspectos principais, um de

característica Yang, que representa a Energia que produz o calor, a expansão,

a explosão, a ascensão, a claridade, o aumento de todas as atividades, e o

outro de característica Yin, a Energia que produz o frio, o retraimento, a

descida, o repouso, a escuridão, a diminuição de todas as atividades. Acredita-

se que a Energia Vital (Qi) circula por todo o organismo ao longo dos

Meridianos, os quais possuem determinados pontos, por intermédio dos quais

é possível manipular essa energia através de calor ou de agulhas. O bom

funcionamento do corpo depende do equilíbrio entre o Yin e o Yang, que são

duas forças contrárias e complementares. Quando esse equilíbrio é

interrompido, surgem as doenças. A acupuntura, então, tenta restabelecer o

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equilíbrio energético com a inserção de agulhas entre os mais de mil pontos já

identificados (AUTEROCHE & NANAILH, 1992; YAMAMURA, 2001).

O tratamento de condições patológicas pela acupuntura, com

modulações orgânicas e alívio da dor, está vinculado ao estímulo de pontos

específicos do corpo com agulhas especiais muito finas. Os pontos de

acupuntura são considerados na MTC a área mais externa do corpo energético

do indivíduo, funcionando como meio de comunicação entre o meio interno e

externo. Por meio dessa punção, as fibras nervosas responsáveis pelos

resultados da acupuntura serão estimuladas, induzindo o Sistema Nervoso

Central (SNC) a produzir neurotransmissores e substâncias neuro-humorais

que viabilizarão o controle da dor, do estresse, da ansiedade e de todos os

outros processos possíveis com a utilização da acupuntura. Dessa maneira, um

ponto situado em uma determinada parte do corpo pode agir sobre diversos

outros órgãos e estruturas. A seleção de pontos varia de indivíduo para

indivíduo, dependendo da localização da dor e da sensação à palpação,

podendo ser pontos locais ou à distância. Pacientes com patologias similares

podem receber tratamentos diferentes quando avaliados a partir dos princípios

da MTC e a seleção de pontos dependerá dessa avaliação (BRANCO et al.,

2005).

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1.2- Mecanismos de ação da Acupuntura

Em 1921, Goulden (http:8), concluiu sobre a participação do Sistema

nervoso autônomo na Acupuntura, através dos nervos simpáticos, observando

também que os pontos de Acupuntura possuem impedância menor entre si que

os pontos próximos ou circunjacentes.

Em 1985, foi descoberto que a aplicação de agulhas de Acupuntura

estimulava fibras nervosas específicas e que as sensações produzidas pelo

estímulo por acupuntura correspondem àquelas experimentadas pelo estímulo

das fibras nervosas do tipo A delta (A δ), como choque, sensação de peso ou

parestesia.

Esquema mostrando as conexões neurais da Ação

Segmentar da Acupuntura.

•Ação segmentar da Acupuntura.

Ação segmentar da Acupuntura é o conjunto de mecanismos fisiológicos

que ocorrem do local do estímulo com agulha até a medula espinhal. O

estímulo de fibras nervosas "A δ" por agulhas de Acupuntura ativa o

interneurônio inibitório, ou célula pedunculada, na lâmina II do corno posterior

da medula espinhal. A célula pedunculada, com a liberação de metencefalina,

bloqueia, na área conhecida como Substância Gelatinosa, a transmissão do

sinal da dor conduzido pelas fibras tipo "C" para os tratos ascendentes da

medula. Por outra via ascendente, o Trato espino talâmico, o estímulo da fibra

"A δ" é conduzido ao Córtex cerebral, onde são interpretadas, ou "percebidas"

as sensações de peso, distensão, calor ou parestesia que ocorrem durante o

estímulo por acupuntura (Carneiro, 2001).

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•Ação supra-segmentar da Acupuntura.

O estímulo das fibras A δ prossegue através do Trato espino talâmico

até o córtex cerebral, onde é percebido conscientemente e à medida que segue

neste trajeto, há colaterais para os diversos níveis da medula espinhal, com

liberação de Beta-endorfina, um dos tipos de Morfina do próprio organismo, e

afetando vias neurológicas descendentes que terminam por reforçar a

estimulação da célula pedunculada, com efeito analgésico sobre o estímulo das

fibras tipo C, e que usam o neurotransmissor Serotonina, o chamado

"Hormônio do bem-estar", o que explica bem os efeitos da Acupuntura não só

no tratamento da dor, como também da Depressão e dos estados de

Ansiedade (Carneiro, 2001).

•Ação Central da Acupuntura.

O estímulo da agulha de Acupuntura atinge áreas do encéfalo

mais elevadas, como o Hipotálamo e a Hipófise, promovendo o equilíbrio do

funcionamento destes centros. Como a Hipófise é uma Glândula,

ocasionalmente chamada de Glândula Mãe, que coordena a função de

diversas outras glândulas do corpo, o efeito da Acupuntura sobre este órgão

afeta o funcionamento das Glândulas supra-renais, da Tireóide, dos ovários,

dos testículos, e assim tem ação terapêutica sobre a Hipertensão arterial,

Dismenorréia, Tensão pré-menstrual, disfunções da Libido, e outras patologias

(Carneiro, 2001).

•Neurotransmissores na Acupuntura.

Até o presente momento, sabe-se que a Acupuntura afeta a

expressão e ou liberação de serotonina, e dos peptídeos opióides beta-

endorfina, meta-encefalina, e dinorfina. A colecistocinina, peptídeo envolvido no

processo digestivo, é antagonista da acupuntura. Considerando que a

colecistocinina é estimulante da secreção ácida do estômago, temos daí a

compreensão do efeito benéfico da acupuntura sobre as gastrites, úlceras e na

Doença de refluxo gastroesofágico. A Naloxona, inibidor da ação de opióides,

muito utilizada em Medicina antagoniza os efeitos da Acupuntura. Em dado

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momento, postulou-se que a ação da Acupuntura seria fruto apenas da

liberação de endorfinas, entretanto, a rápida instalação da analgesia e sua

duração maior que o tempo de aumento da quantidade de opióides pela

Acupuntura liberados demonstra que outros mecanismos estão envolvidos

(Carneiro, 2001).

Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que

governam o funcionamento do organismo humano e sua interação com o

ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão

tanto ao tratamento das doenças quanto à manutenção da saúde através de

diversos métodos.

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CAPÍTULO II

A Nobre Arte de Ensinar Acupuntura

Um educador quando se propõe a ensinar algo, precisa de uma

formação adequada para se fazer entender, e este objetivo é melhor alcançado

quando ele tem conhecimento da teoria da ação educacional dialógica-

problematizadora. Segundo FREIRE [Bibliografia 3], ser capaz de inventar,

regular, imaginar, avaliar, utilizar instrumentos e métodos, nas situações

educacionais vividas cotidianamente. Procedendo assim para gerir de forma

dialógico-problematizadora as situações-problema que vão surgindo, buscando

solucioná-las, sempre levando em conta suas especificidades.

2.1- O valor do docente do ensino superior no curso de

Acupuntura.

Dentro do exercício da docência são exigidos do professor algumas

qualificações e, especificamente no ensino superior, onde a figura do professor

lida com a realidade de formar da melhor maneira possível profissionais para

atuarem no mercado de trabalho. Que dependendo do ramo, existem

profissionais sendo formados aos milhares todos os anos, e só os que se

destacarem conseguiram uma colocação no mercado de trabalho.

Nos últimos anos, vários cursos de acupuntura foram abertos, com os

mais variados formatos:

• Com duração de mínima;

• Os que não utilizam recursos terapêuticos complementares (moxa,

ventosa, sangria, eletro-acupuntura, magnetoterapia, microssistemas);

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• Os que ensinam somente sobre uma escola (francesa, japonesa,

chinesa, e etc.);

• Os que não levam em consideração as bases da MTC, para traçarem

um diagnóstico energético e poder selecionar os pontos a serem tratados.

A concepção de FREIRE (Bli03) é a de uma educação que pode

possibilitar aos envolvidos a discussão rigorosa de sua problemática, exigindo

a inserção dos mesmos em sua realidade local. Isso implicaria, segundo o

autor, um diálogo constante com o outro.

Portanto, ao analisar o contexto da obra de FREIRE observa-se que ela

parametriza uma educação com potencial de propiciar ao ser humano ser cada

vez mais consciente de sua transitividade -- de ser humano que pode ser mais,

tendo como objeto de conhecimento seus direitos à participação, sua pesquisa

que, ao invés da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de

afirmações desconectadas das suas condições de profissional inexperiente e

muitas vezes auto-didata inseridos na realidade dos cursos, propiciando um

contato analítico com o existente, mas para tanto é preciso que este

profissional possua todas as vertentes de um docente do ensino superior, para

alcançar um objetivo final que é o de um aprendizado pleno, com educandos

críticos, observadores, que se utilizam também de bom senso diante os casos

mais delicados. Capazes de diagnosticar, traçar uma estratégia terapêutica,

selecionar os pontos a serem tratados e finalmente tratar.

Profissionais com capacidade de raciocinar cada vez que for consultar

uma fonte de informação sobre tratamento para determinadas queixas, e não

só reproduzirem na íntegra utilizando os pontos que o autor indica.

Há muito tempo ouve-se a afirmativa “Ensinar é uma arte”. Uma arte que

precisa ser aperfeiçoada a cada dia.

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Para desenvolver competências é preciso, antes de tudo, trabalhar por

problemas e por projetos, propor tarefas complexas e desafios que incitem os

alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em certa medida, completá-los. Isso

pressupõe uma pedagogia ativa, cooperativa, aberta para fora da sala de aula,

e no caso do educando de acupuntura, que o prepare para a prática cotidiana

da profissão com todas as questões que já vimos anteriormente da

complexidade que é não só a técnica em si, mas os fundamentos da MTC que

servem de base para se traçar uma estratégia terapêutica e selecionar pontos

para tratamento individualizados para cada caso e cada paciente.

É preciso desenvolver competências e para isso é necessário que este

educador se perceba como organizador de situações didáticas e de atividades

que têm sentido para os alunos, envolvendo-os, e, ao mesmo tempo, gerando

aprendizagens fundamentais.

Não se pode negar a complexidade que envolve o ser humano e no que

se refere ao processo ensino-aprendizagem, as implicações sociais, culturais,

orgânicas, cognitivas e também emocionais e espirituais. Em se tratando dessa

Multireferencialidade, é necessário a compreensão e tratamento do ser

humano enquanto ser – pessoa - aluno- educador. Nessa reflexão Perrenoud

(1993) diz ser a profissão docente uma “profissão impossível”, na medida em

que está sempre entre aquelas que trabalham com pessoas e assim sendo

sujeita a conflitos, ambigüidades e defesas.

Competência é a condição de não apenas fazer, mas de saber fazer e

sobre tudo de refazer permanentemente nossa relação com a sociedade e a

natureza, se utilizando de ferramenta o conhecimento inovador (bibliografia12).

No contexto de ampla discussão acerca da formação do docente do

ensino superior e as condições pelas quais esses profissionais ingressam na

vida acadêmica, surgem reflexões sob os diferentes enfoques e paradigmas

relativos aos saberes pedagógicos e epistemológicos que mobilizam a

docência gerando assim, uma tensão explícita no seio das universidades que

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cada vez mais têm recebido professores sem experiência prévia na função de

docente do ensino superior, além dos diversos professores que, apesar de

esboçarem um excelente referencial teórico, necessitam, entretanto, rever sua

prática pedagógica.

Partindo desse princípio, percebemos a vivência efetiva que os cursos

não só de acupuntura como todos os cursos de especialização enfrentam

quando os seus docentes são, em sua maioria, principiantes na docência do

ensino superior e nunca tiveram contato com uma formação pedagógica que

abarcasse os conhecimentos teóricos e práticos relativos às questões do

ensino e aprendizagem em sua contextualização, tais como:

o aluno – sujeito do processo de socialização do saber;

o professor – agente de formação, e o contexto-lócus onde ocorre o

saber e as relações que se travam entre suas interdependências.

O desenvolvimento profissional, é a chave para o domínio dos saberes

didáticos e o entrelaçamento da competência acadêmica com a competência

didática.

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CAPÍTULO III

- Regularização da Acupuntura.

No cumprimento de suas atribuições de coordenação do Sistema Único

de Saúde e de estabelecimento de políticas para garantir a integralidade na

atenção à saúde, o Ministério da Saúde apresentou a Política Nacional de

Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja implementação

envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural.

Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar,

incorporar e implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na

rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais destacam-se

aquelas no âmbito da Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura, da

Homeopatia e da Fitoterapia.

Segundo a Portaria Ministerial nº 971 de 03 de maio de 2006 que

aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

no Sistema Único de Saúde: O campo das Práticas Integrativas e

Complementares contempla sistemas médicos complexos e recursos

terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da

Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA),

conforme (WHO, 2002). Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que

buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e

recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase

na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na

integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos

compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a

visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado

humano, especialmente do auto-cuidado.

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No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas abordagens de

atenção à saúde iniciou-se a partir da década de 80, principalmente após a

criação do SUS. Com a descentralização e a participação popular, os estados e

os municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e

ações em saúde, vindo a implantar as experiências pioneiras.

Alguns eventos e documentos merecem destaque na regulamentação e

tentativas de construção da política, discorridos na Portaria Ministerial nº 971

que se encontra no ANEXO 1.

PROJETO DE LEI DO SENADO (bibliografia 13).

Nº 480, DE 2003

Regulamenta o exercício profissional de acupuntura, autoriza a criação

do Conselho Federal de Acupuntura, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º É assegurado, em todo o território nacional, o exercício

profissional da acupuntura, observado o disposto nesta lei.

Art. 2º São considerados habilitados para o exercício profissional da

acupuntura:

I – os diplomados em acupuntura nos estabelecimentos de ensino

superior oficiais ou reconhecidos;

II – os diplomados em curso similar no exterior, após a revalidação e

registro do diploma nos órgãos competentes;

III – os profissionais da área de saúde de nível superior, portadores de

certificado de conclusão de curso de especialização em acupuntura,

reconhecidos pelos respectivos Conselhos.

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IV – os que, tendo concluído o segundo grau, vêm exercendo

comprovada e efetivamente, à data da publicação desta lei, as atividades de

acupunturista. Parágrafo único. O profissional de que trata o inciso IV deverá

exercer sua atividade sob orientação de profissional habilitado na forma dos

incisos I, II ou III, na condição de técnico em acupuntura.

Art. 3º O exercício da acupuntura consiste na execução de técnicas e

métodos de estimulação, bem como de sedação de pontos energéticos

predeterminados do organismo humano ou animal, mediante inserção de

agulhas apropriadas e uso de instrumentos e processos adequados, com a

finalidade de promoção e recuperação das funções de órgãos e sistemas do

paciente.

Art. 4º O Sistema Único de Saúde assegurará à população o acesso à

acupuntura, como opção de tratamento, prevenção e manutenção da saúde.

Art. 5º Fica autorizada à criação do Conselho Federal de Acupuntura.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação

É com admiração que todos os profissionais graduados na área da

Saúde precisamos reconhecer o processo de desenvolvimento da prática da

Acupuntura no Brasil, que está sendo movido com seriedade cada vez maior

pelas iniciativas de associações e sindicatos, que vêm proporcionando uma

organização da classe, aglutinando cerca de vinte mil acupuntores em torno de

aprimoramentos constantes, que permitem que essa prática milenar seja

resgatada no país como atividade respeitável e responsável. É um contingente

imenso que vem prestando serviços à comunidade e colaborando de forma

cada vez mais aprimorada para o equilíbrio da Saúde Pública brasileira.

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Para propor a criação de mecanismos de regulamentação

multiprofissional da prática da acupuntura é fundamental que possamos ter a

percepção e o entendimento do processo de profissionalização da acupuntura,

até porque ele não é uniforme nas diversas regiões do Brasil, podendo estar

em diferentes etapas, nos diferentes estados brasileiros. Há por tanto, a

necessidade do crescimento do número de associações e sindicatos que

possam unificar a formação e fiscalização da acupuntura, devidamente

alinhados com as realidades regionais:

•Etapa Indiferenciada:

Caracteriza-se por uma prática em função das necessidades imediatas,

com conhecimento superficial.

Há cerca de 70 anos atrás a acupuntura era apenas uma prática

esporádica e familiar dentro da colônia oriental do Brasil, e a dificuldade da

língua a mantinha como algo estranho dentro dos hábitos orientais.

•Etapa de Diferenciação Ocupacional:

A prática da acupuntura passa a ser exercida como uma arte ou ofício,

sendo a ocupação principal da pessoa praticante. O sistema de aprendizagem

é próprio e sem cursos formais. Passa a crescer o grupo de consumidores

interessados nesse serviço, e o ingresso na profissão está aberto a quem

queira aprender o ofício.

Essa fase foi caracterizada pela transmissão de conhecimento dos

mestres orientais de forma prática, incentivando a habilidade e sensibilidade de

pessoas das mais variadas formações profissional. Ia-se delineando o perfil do

terapeuta acupunturista.

•Etapa inicial de profissionalização:

Caracterizada pelo organização de cursos com cargas horárias mais

longas e uma grade curricular mais específica e aprofundada, e determinada

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pela iniciativa daqueles que queriam melhorar seu nível de conhecimento e

prática. Inicia-se a disputa por um reconhecimento oficial para se diferenciar o

antagonismo entre os profissionais (que tinham mais conhecimento específico)

e os não profissionais em acupuntura (que praticavam intuitivamente a

acupuntura).

Nessa fase foi marcante a iniciativa do prof. Frederico Spaeth, um

eminente acupunturista austríaco não médico, que estava no Brasil desde a

década de 50 e que na década de 70 passou a ensinar a acupuntura em

cursos mais estruturados, fundando em seguida a ABA- Associação Brasileira

de Acupuntura, onde terapeutas, profissionais da área da Saúde, inclusive os

médicos, aprenderam com ele a Medicina Tradicional Chinesa.

•Etapa intermediária de profissionalização:

Ocorre na década de 80 a realização de inúmeros congressos,

simpósios e eventos que aglutinaram o interesse de muitos profissionais que

passaram a aperfeiçoar sua prática. E cresce a participação de profissionais

graduados na área da Saúde, que passaram a praticar a acupuntura com o

interesse natural de integrar seus conhecimentos dos bancos da faculdade.

É colocado em marcha o mecanismo necessário para a existência e a

aplicação de uma legislação capaz de orientar o desenvolvimento profissional

da acupuntura, com a discussão do assunto em nível municipal, estadual e

federal das instâncias governamentais competentes.

O Conselho de Fisioterapia em 1985 e o Conselho de Biomedicina em

1986 baixam Resoluções que reconhecem e normatizam a prática da

acupuntura para seus respectivos profissionais.

Completamente desalinhados da percepção desse processo

espontâneo, um grupo de médicos radicais, que aprenderam acupuntura com

não médicos, em 1995 se utilizam do Conselho Federal de Medicina para

iniciar um movimento corporativista em torno da prática da acupuntura.

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E bem orientado pelo trabalho de associações e sindicatos que

garantiram que o terapeuta acupunturista não ficasse marginalizado, o MEC

normatizou e regulamentou a formação do técnico em acupuntura.

A profissão de acupunturista é incluída e definida no Código Brasileiro

de Ocupações (CBO).

Em São Paulo e em Curitiba as Assembléias Legislativas dessas

cidades criaram o Dia do Acupunturista (23/03), em reconhecimento municipal

do trabalho realizado como prestação de serviços à Saúde da comunidade

pelos terapeutas acupunturistas dessas cidades.

A Secretaria de Saúde de S. Paulo anuncia um projeto para a integração

da Medicina Tradicional Chinesa com a Medicina Convencional nos serviços

públicos de Saúde, ao mesmo tempo em que foi aprovado a formação da

Comissão de Acupuntura dentro do Conselho Municipal de Saúde.

•Etapa avançada da profissionalização:

O ensino da Acupuntura ganha as universidades e também são criadas

Faculdades de Acupuntura, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Estamos praticamente iniciando esse período.

E acompanhando todo esse desenvolvimento da

profissionalização da Medicina Tradicional Chinesa no Brasil percebemos o

natural ensejo dos acupuntores em nível técnico em darem continuidade ao

seu desenvolvimento, buscando o nível de graduação que oferecer

reconhecimento profissional para o posterior exercício da acupuntura.

Portanto, a normatização da acupuntura com a criação das

Resoluções nos Conselhos Profissionais de Saúde, cria oportunidades para a

absorção desse contingente enorme de técnicos em acupuntura devidamente

regularizados, que queiram especializar seus conhecimentos.

E cada etapa do processo da profissionalização da acupuntura

no Brasil veio enfatizar essa necessidade de se buscar uma regulamentação

para uma ação multiprofissional em Saúde.

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CONCLUSÃO

Um intercâmbio democrático entre as bases científicas e tradicionais, as

medicina ocidental contemporânea e a medicina chinesa pode auxiliar na

redefinição da medicina, enquanto ciência e arte de curar, mais interativa que

invasiva, e comprometida com a saúde. Consideramos democrático um

intercâmbio de caráter cooperativo, que entende que os procedimentos

terapêuticos possam combinar técnicas e medicamentos ocidentais e

tradicionais chineses sem que haja base teórica comum. As racionalidades da

medicina tradicional chinesa e da medicina ocidental, apesar de trazerem

paradigmas médicos inegavelmente distintos, podem ter pontos de paralelismo

e encontro (LUZ, 1995).

Quando se trata de ensinar sobre alguma disciplina da Medicina

Tradicional Chinesa, não é muito diferente, talvez envolva até uma

problemática ainda maior, pois se trata de uma técnica com um embasamento

próprio, onde há mil maneiras diferentes de se avaliar e tratar cada caso em

específico.

Já é hora de todos os profissionais que ministram aulas de Acupuntura

se especializarem para que adquiram uma melhor desenvoltura didática,

acabando com os altos índices de alunos mau qualificados que acabam

regressando as salas de aula para refazerem o mesmo curso pois, o mercado

de trabalho está cada vez mais competitivo e exige melhor capacitação do

docente. Nos dias de hoje, podemos evitar que os alunos percam tempo e

dinheiro realizando cursos melhores administrados, com uma didática própria e

recursos complementares para estimular tipos de memórias variadas.

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ANEXO 1

EXTRATO DA PORTARIA MINISTERIAL Nº 971

- 1985 - Celebração de convênio entre o Instituto Nacional de Assistência

Médica da Previdência Social (INAMPS), a Fiocruz, a Universidade Estadual do

Rio de Janeiro e o Instituto Hahnemanniano do Brasil, com o intuito de

institucionalizar a assistência homeopática na rede publica de saúde;

- 1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), considerada também um

marco para a oferta das Práticas Integrativas e Complementares no sistema de

saúde do Brasil, visto que, impulsionada pela Reforma Sanitária, deliberou em

seu relatório final pela "introdução de práticas alternativas de assistência à

saúde no âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso

democrático de escolher a terapêutica preferida";

- 1988 - Resoluções da Comissão Interministerial de Planejamento e

Coordenação (Ciplan) nºs 4, 5, 6, 7 e 8/88, que fixaram normas e diretrizes

para o atendimento em homeopatia, acupuntura, termalismo, técnicas

alternativas de saúde mental e fitoterapia;

- 1995 - Instituição do Grupo Assessor Técnico-Científico em Medicinas Não-

Convencionais, por meio da Portaria nº 2543/GM, de 14 de dezembro de 1995,

editada pela então Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da

Saúde;

- 1996 - 10ª Conferência Nacional de Saúde que, em seu relatório final,

aprovou a "incorporação ao SUS, em todo o País, de práticas de saúde como a

fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias alternativas e

práticas populares";

- 1999 - Inclusão das consultas médicas em homeopatia e acupuntura na

tabela de procedimentos do SIA/SUS (Portaria nº 1230/GM de outubro de

1999);

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- 2000 - 11ª Conferência Nacional de Saúde que recomenda "incorporar na

atenção básica: Rede PSF e PACS práticas não convencionais de terapêutica

como acupuntura e homeopatia";

- 2001 - 1ª Conferência Nacional de Vigilância Sanitária;

- 2003 - Constituição de Grupo de Trabalho no Ministério da Saúde com o

objetivo de elaborar a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas

Complementares (PMNPC ou apenas MNPC) no SUS (atual PNPIC);

- 2003 - Relatório da 1ª Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica,

que enfatiza a importância de ampliação do acesso aos medicamentos

fitoterápicos e homeopáticos no SUS;

- 2003 - Relatório Final da 12ª CNS que delibera pela efetiva inclusão da

MNPC no SUS (atual Práticas Integrativas e Complementares);

- 2004 - 2ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovações em Saúde

à MNPC (atual Práticas Integrativas e Complementares) que foi incluída como

nicho estratégico de pesquisa dentro da Agenda Nacional de Prioridades em

Pesquisa;

- 2005 - Decreto Presidencial de 17 de fevereiro de 2005, que cria o Grupo de

Trabalho para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterápicos; e

- 2005 - Relatório Final do Seminário "Águas Minerais do Brasil", em outubro,

que indica a constituição de projeto piloto de Termalismo Social no SUS.

Levantamento realizado junto a Estados e municípios em 2004, mostrou

a estruturação de algumas dessas práticas contempladas na política em 26

Estados, num total de 19 capitais e 232 municípios. Esta política, portanto,

atende às diretrizes da OMS e visa avançar na institucionalização das Práticas

Integrativas e Complementares no âmbito do SUS.

A OMS recomenda a acupuntura aos seus Estados-Membros, tendo

produzido várias publicações sobre sua eficácia e segurança, capacitação de

profissionais, bem como métodos de pesquisa e avaliação dos resultados

terapêuticos das medicinas complementares e tradicionais. O consenso do

National Institutes of Health dos Estados Unidos referendou a Comissão

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indicação da acupuntura, de forma isolada ou como coadjuvante, em várias

doenças e agravos à saúde, tais como odontalgias pós-operatórias, náuseas e

vômitos pós-quimioterapia ou cirurgia em adultos, dependências químicas,

reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, dismenorréia, cefaléia,

epicondilite, fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre

outras.

No Brasil, a acupuntura foi introduzida há cerca de 40 anos. Em 1988,

por meio da Resolução nº 5/88, da Interministerial de Planejamento e

Coordenação (Ciplan), teve suas normas fixadas para atendimento nos

serviços públicos de saúde.

Vários conselhos de profissões da saúde regulamentadas reconhecem a

acupuntura como especialidade em nosso país, e os cursos de formação

encontram-se disponíveis em diversas unidades federadas.

De acordo com as diretrizes para implementação da MTC/acupuntura no

SUS, se faz necessário o desenvolvimento de estratégias de qualificação em

MTC/acupuntura para profissionais no SUS, consoante princípios e diretrizes

para a Educação Permanente no SUS, com a articulação com outras áreas

visando ampliar a inserção formal da MTC/acupuntura nos cursos de

graduação e pós-graduação para profissionais da saúde.

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Bibliografia 1-AUTEROCHE B., NANAILH P. O Diagnóstico na medicina chinesa. São Paulo: Andrei, 1992. 2-BARRENO, Pedro Garcia. EL Legado de Hipocrates: Los Grandes Temas de La Medicina, vol. 1; ed. ESPASA-CALPE, Madrid: 2002. 3-Biblioteca Digital Paulo Freire www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/Files/seminarios/ 4-BRANCO C. A., FONSECA, R. B., OLIVEIRA, T. R. C., GOMES, V. L. e FERNANDES NETO, A. J. Acupuntura como tratamento complementar nas disfunções temporomandibulares: revisão da literatura. Rev Odontol da UNESP, 34(1): 11-16, 2005. 5-CARNEIRO, NM. Fundamentos da Acupuntura Médica; ed. Sistema, Florianópolis, SC: 2001. 6-CENICEROS S., BROWN G.R. Acupuncture: A review of its history, theories, and indications. South Med J, 91(12): 1121-25, 1998. 7-CHIESA, A. M., NASCIMENTO, D. D. G., BRACCIALLI, L. A. D., OLIVEIRA,

M. A.C., CIAMPONE, M.H. T. A formação de profissionais da saúde: aprendizagem significativa à luz da promoção da saúde. Cogitare Enfer.

Abr/Jun, 12(2): 236-40, 2007.

8-FRÓIO, L. R. A expansão da Medicina Tradicional Chinesa: uma análise da vertente cultural das relações internacionais. Dissertação de Mestrado. Instituto de Relações Internacionais da UNB – Brasília: 120 p, 2006. 9- GARBIN, C.A.S., SALIBA, N.A., MOIMAZ, S.A.S., SANTOS, K.T. O papel das universidades na formação de profissionais na área de saúde. Rev ABENO, v.6, n.1, p 6-10, 2005. 10-GARCIA, A.E. Los Caminos de La Universidad em um contexto de cambio social. Interface-Comunic Saúde Educ, 7(3): 9-26, 2003.

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11-GERBER, R. Medicina vibracional uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 1998.

12- http://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_m%C3%A9dica

13- http://www.senado.gov.br/publicacoes/diarios/pdf/sf/2003/11

14-LUZ, M. T. A arte de curar e as ciências das doenças. Tese em Saúde e Sociedade. Instituo de Medicina Social – UERJ, 1995. 15-MACIOCIA, G. Os fundamentos da medicina chinesa. São Paulo: Roca, 2007. 16-MANN, F. Acupuntura: a arte chinesa de curar. São Paulo: Hemus, 1994. 17-MASETO M. T. Discutindo o processo ensino-aprendizagem no ensino superior. In: MARCONDES, E, GONÇALVES, E. L. Educação Médica. São Paulo: Sarvier, p. 11-19, 1998. 18-NASCIMENTO, M. C. De panacéia mística a especialidade médica: a acupuntura na visão da imprensa escrita. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, V(1): 99-113. 1998. 19-PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 2001, 90p. 20-Portaria Ministerial nº 971 de maio de 2006 – www.escam.com.br , acesso em 17/07/2011. 21-ROBLES, H. J. Interdisciplinary courses and programs: pedagogy and pratice. Recomendations for planning, implementation, and evaluation. Califórnia: Community ;Colleges, 1998, 145 p.

22-VALADÃO, R. Caminhos da acupuntura no Brasil (1970-1990). Anais do VI Seminário Nacional de Historia da Ciência e Tecnologia. nº.6, Rio de Janeiro, p. 471-75, 1997.

23-WANG; Bing, Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo; Ed. Ícone, São Paulo: 1995.

24-WEN, T. S. Acupuntura clássica chinesa. São Paulo: Cultrix. 1999. 25-WHO. Tradicional Medicine Strategy 2002-2005. Geneve: WHO, 65p, 2002.

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26-YAMAMURA, Y. Acupuntura tradicional. A arte de inserir. São Paulo: Roca. 2001.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A Acupuntura

1.1 – Histórico da Acupuntura 10

1.2 – Mecanismo de Ação da Acupuntura 17

CAPÍTULO II

A Nobre Arte de Ensinar Acupuntura 29

2.1- O Valor do Docente do Ensino Superior 20

no Curso de Acupuntura

CAPÍTULO III

Regularização da Acupuntura. 24

CONCLUSÃO 30

ANEXO 1 – Portaria Ministerial nº 971 31

BIBLIOGRAFIA 34

ÍNDICE 37

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes – Instituto A Vez do

Mestre

Título da Monografia: A importância do Docente do Ensino Superior

Como Orientador nos Cursos de Acupuntura

Autor: Rodrigo Corrêa de Almeida

Data da entrega:

Avaliado por: Edla Trocoli Conceito: