AVES - 01

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AVES CLASSIFICAÇÃO SIENTÍFICA Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Aves Domínio: Eukaryota Sub-reino: Metazoa Subfilo: Vertebrata Infrafilo: Gnathostomata Ordem: Muitas ESPÉCIES ACCIPITER BICOLOR (Vieillot, 1817) - gavião-bombachinha-grande ACCIPITER POLIOGASTER (Temminck, 1824) - tauató-pintado ACCIPITER STRIATUS Vieillot, 1808 - gavião-miúdo ACCIPITER SUPERCILIOSUS (Linnaeus, 1766) - gavião-miudinho BUSARELLUS NIGRICOLLIS (Latham, 1790) - gavião-belo BUTEO ALBICAUDATUS Vieillot, 1816 - gavião-de-rabo-branco BUTEO ALBONOTATUS Kaup, 1847 - gavião-de-rabo-barrado BUTEO BRACHYURUS Vieillot, 1816 - gavião-de-cauda-curta BUTEO MELANOLEUCUS (Vieillot, 1819) - águia-chilena BUTEO NITIDUS (Latham, 1790) - gavião-pedrês BUTEO PLATYPTERUS (Vieillot, 1823) - gavião-de-asa-larga BUTEO POLYOSOMA (Quoy & Gaimard, 1824) - gavião-de-costas- vermelhas BUTEO SWAINSONI Bonaparte, 1838 - gavião-papa-gafanhoto BUTEOGALLUS AEQUINOCTIALIS (Gmelin, 1788) - caranguejeiro

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AVES CLASSIFICAO SIENTFICA

Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Aves Domnio: Eukaryota Sub-reino: Metazoa Subfilo: Vertebrata Infrafilo: Gnathostomata Ordem: Muitas

ESPCIES ACCIPITER BICOLOR (Vieillot, 1817) - gavio-bombachinha-grande ACCIPITER POLIOGASTE R (Temminck, 1824) - tauat-pintado ACCIPITER STRIATUS Vieillot, 1808 - gavio-mido ACCIPITER SUPERCILIO SUS (Linnaeus, 1766) - gavio-miudinho BUSARELLUS NIGRICOLLIS (Latham, 1790) - gavio-belo BUTEO ALBICAUDATUS Vieillot, 1816 - gavio-de-rabo-branco BUTEO ALBONOTATUS Kaup, 1847 - gavio-de-rabo-barrado BUTEO BRACHYURUS Vieillot, 1816 - gavio-de-cauda-curta BUTEO MELANOLEUCUS (Vieillot, 1819) - guia-chilena BUTEO NITIDUS (Latham, 1790) - gavio-pedrs BUTEO PLATYPTERUS (Vieillot, 1823) - gavio-de-asa-larga BUTEO POLYOSOMA (Quoy & Gaimard, 1824) - gavio-de-costas-vermelhas BUTEO SWAINSONI Bonaparte, 1838 - gavio-papa-gafanhoto BUTEOGALLUS AEQUINOCTIALIS (Gmelin, 1788) - caranguejeiro BUTEOGALLUS ANTHRACINUS (Deppe, 1830) - gavio-caranguejeiro-negro BUTEOGALLUS URUBITINGA (Gmelin, 1788) - gavio-preto CHONDROHIERAX UNCINATUS (Temminck, 1822) - caracoleiro CIRCUS BUFFONI (Gmelin, 1788) - gavio-do-banhado

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CIRCUS CINEREUS Vieillot, 1816 - gavio-cinza ELANOIDES FORFICATUS (Linnaeus, 1758) - gavio-tesoura ELANUS LEUCURUS (Vieillot, 1818) - gavio-peneira GAMPSONYX SWAINSONII Vigors, 1825 - gaviozinho GERANOSPIZA CAERULESCENS (Vieillot, 1817) - gavio-pernilongo HARPAGUS BIDENTATUS (Latham, 1790) - gavio-ripina HARPAGUS DIODON (Temminck, 1823) - gavio-bombachinha HARPIA HARPYJA (Linnaeus, 1758) - gavio-real HARPYHALIAETUS CORONATUS (Vieillot, 1817) - guia-cinzenta HELICOLESTES HAMATUS (Temminck, 1821) - gavio-do-igap HETEROSPIZIAS MERIDIONALIS (Latham, 1790) - gavio-caboclo ICTINIA MISSISSIPPIENSIS (Wilson, 1811) - sauveiro-do-norte ICTINIA PLUMBEA (Gmelin, 1788) - sovi LEPTODON CAYANENSIS (Latham, 1790) - gavio-de-cabea-cinza LEPTODON FORBESI (Swann, 1922) - gavio-de-pescoo-branco LEUCOPTERNIS ALBICOLLIS (Latham, 1790) - gavio-branco LEUCOPTERNIS KUHLI Bonaparte, 1850 - gavio-vaqueiro LEUCOPTERNIS LACERNU LATUS (Temminck, 1827) - gavio-pombopequeno

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LEUCOPTERNIS MELANOPS (Latham, 1790) - gavio-de-cara-preta LEUCOPTERNIS POLIONOTUS (Kaup, 1847) - gavio-pombo-grande LEUCOPTERNIS SCHISTA CEUS (Sundevall, 1851) - gavio-azul MORPHNUS GUIANENSIS (Daudin, 1800) - uirau-falso PARABUTEO UNICINCTUS (Temminck, 1824) - gavio-asa-de-telha PERCNOHIERAX LEUCORRHOUS (Quoy & Gaimard, 1824) - gavio-desobre-branco

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ROSTRHAMUS SOCIABILIS (Vieillot, 1817) - gavio-caramujeiro RUPORNIS MAGNIROSTRIS (Gmelin, 1788) - gavio-carij SPIZAETUS MELANOLEUCUS (Vieillot, 1816) - gavio-pato SPIZAETUS ORNATUS (Daudin, 1800) - gavio-de-penacho

SPIZAETUS TYRANNUS (Wied, 1820) - gavio-pega-macaco

As aves (latim cientfico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bpedes, homeotrmicos, ovparos, caracterizados principalmente por possurem

penas, apndices locomotores anteriores modificados em asas, bico crneo e ossos pneumticos

1. Note que todos os pssaros so aves, mas nem todas as aves so pssaros. Os pssaros esto includos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior nmero de espcies dentro do grupo das aves. Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas no podem voar ou apresentam voo limitado, uma caracterstica considerada secundria, ou seja, adquirida por espcies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espcies, particularmente as insulares, tambm perderam essa habilidade. As espcies novoadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves no-voadoras so especialmente vulnerveis extino por conta da ao antrpica direta (destruio e fragmentao do habitat, poluio etc.) ou indireta (introduo de animais/plantas exticas, mamferos em particular). A origem das aves foi um tpico controverso dentro da biologia evolutiva por muitos anos, porm mais recentemente surgiu um consenso cientfico que acredita que as aves so um grupo de dinossauros terpodes que evoluram na era mesozoica. Uma relao ntima entre aves e dinossauros foi inicialmente proposta no sculo XIX aps a descoberta da ave primitiva Archaeopteryx na Alemanha, que foi confirmada desde a dcada de 1960 pela anatomia comparativa e pelo mtodo de anlise cladstico de relaes evolucionrias. A descoberta progressiva de fsseis de dinossauros emplumados na provncia de Liaoning na China deu nova luz ao assunto tanto para especialistas quanto para o pblico em geral. No sentido filognico, as aves so dinossauros. As aves compartilham centenas de caractersticas do esqueleto com os dinossauros, especialmente com as derivadas dos terpodes maniraptoranos como os dromeossaurdeos, que a maioria das anlises mostra serem seus parentes prximos. Ainda que difcil de identificar no registro fssil, as similaridades nos sistemas digestivo e cardiovascular, assim como similaridades comportamentais e a presena comum de penas, tambm ligam as aves aos dinossauros. A descoberta de tecidos macios fossilizados de Tyrannosaurus rex permitiu a comparao da anatomia celular e da sequncia das protenas do colgeno, e ambos ofereceram evidncias adicionais corroborando a relao dinossauro-ave. Apenas alguns cientistas ainda debatem a origem "dinossauriana" das aves, sugerindo descendncia de outros tipos de rpteis arcossauros. At entre aqueles que apoiam a ancestralidade dinossauriana, a exata posio filognica das primeiras aves dentro dos terpodes permanece controversa. A origem do voo das aves uma questo separada, mas relacionada, para a qual h tambm vrias respostas propostas. O Archaeopteryx, o primeiro bom exemplo de "dinossauro emplumado", foi descoberto em 1861. O espcime inicial foi encontrado no depsito de pedra calcria de Solnhofen no sul da Alemanha, uma formao geolgica rara e fora do comum conhecida por seus fsseis admiravelmente detalhados. O Archaeopteryx um fssil de transio, com caractersticas claramente intermedirias entre aquelas dos rpteis modernos e das aves. Descoberto apenas dois anos aps a seminal obra A Origem das Espcies de Darwin, sua revelao estimulou o debate nascente entre os proponentes da biologia evolutiva e

do criacionismo. Esta ave primitiva to parecida com os dinossauros que, sem uma clara impresso das penas na rocha que a cerca, pelo menos um espcime foi descrito de forma equivocada como Compsognathus[59]. Desde a dcada de 1990, vrios dinossauros emplumados adicionais foram encontrados, fornecendo evidencias mais fortes do relacionamento prximo entre os dinossauros e as aves modernas. A maioria destes espcimes foi escavada na provncia de Liaoning, no nordeste da China, que foi parte de uma ilha continente durante o Cretceo. Apesar de as penas terem sido encontradas no depsito da formao Yixian e em poucos outros lugares, possvel que dinossauros no relacionados s aves em outros lugares do mundo fossem tambm emplumados. A falta de evidncias fsseis frequentes de dinossauros no relacionados s aves emplumados deve ser devida ao fato de que caractersticas delicadas como pele e penas no so frequentemente preservadas pela fossilizao e dessa forma esto ausentes no registro fssil. Devido ao fato de que as penas so frequentemente associadas s aves, os dinossuaros emplumados so muitas vezes apregoados como o elo perdido entre aves e dinossauros. No entanto, as vrias caractersticas do esqueleto tambm compartilhadas pelos dois grupos representam a ligao mais importante para os paleontlogos. Alm disto, de modo crescente evidente que a relao entre aves e dinossauros, e a evoluo do voo, so tpicos mais complexos que previamente imaginado. Por exemplo, enquanto se acreditava que as aves evoluram dos dinossauros em uma progresso linear, alguns cientistas, mais notavelmente Gregory S. Paul, concluram que dinossauros tais como os dromaeossauros devem ter evoludo de aves, perdendo o poder de voar enquanto mantinham suas penas numa maneira similar ao moderno avestruz e outros ratitas. Comparaes de esqueletos de aves e dinossauros, assim como anlises cladsticas, fortalecem a justificativa da ligao, particularmente para um ramo dos terpodes chamados Maniraptora. As similaridades dos esqueletos incluem o pescoo, o pbis, o punho, membro dianteiro, cintura escapular, escpula, frcula e osso da garganta. Outra evidncia de que aves e dinossauros so proximamente relacionados o uso de pedras de moela. Estas pedras so engolidas por animais para ajudar a digesto e decompor a comida e as fibras duras quando entram no estmago. Quando encontradas junto com fsseis, as pedras de moela so chamadas de gastrolitos[70]. Pedras de moela tambm so encontradas em alguns peixes (tainhas, sveis do lodo e no gillaroo, um tipo de truta) e em crocodilos. Debates sobre a origem do voo das aves so quase to antigos quanto a idia de que as aves evoluram dos dinossauros, surgindo logo aps a descoberta do Archaeopteryx em 1862. Duas teorias tm dominado a maioria das discusses desde ento: a teoria cursria ("do solo para cima") prope que as aves evoluram de predadores pequenos e velozes que corriam no solo; a teoria arbrea ("das rvores para baixo") prope que o voo de propulso prpria evoluiu do voo deslizante sem propulso de animais arbreos (escaladores de rvores). Uma teoria mais recente, "corrida inclinada com a ajuda de asas", uma variante da teoria cursria, e prope que as asas desenvolveram suas funes aerodinmicas como resultado da necessidade de correr mais rapidamente ladeira abaixo, por exemplo para escapar de predadores.

Reconstruo do Rahonavis, um dinossauro emplumado terrestre que alguns pesquisadores acreditam que era bem equipado para o voo.

Agora acredita-se que as penas no evoluram de escamas, porque as penas so feitas de protenas diferentes[78]. Seriamente, a teoria de Nopcsa supe que as penas evoluram como parte da evoluo do voo, mas descobertas recentes provam que essa suposio falsa. As penas so muito comuns nos dinossauros celurossaurianos (incluindo o antigo dilong tiranossauride)[79]. As aves modernas so classificadas como celurossauros por quase todos os paleontlogos[80], embora no sejam por alguns ornitlogos[81][82]. A verso moderna da hiptese "do solo para cima" argumenta que os ancestrais das aves eram dinossauros predadores corredores pequenos e emplumados (especialmente como o papalguas em seu estilo de caa[83]) que usa seus membros dianteiros para o equilbrio enquanto perseguem a presa, e que os membros dianteiros e as penas depois evoluram em formas que permitiram planar e depois o voo de propulso. As funes originais das penas mais amplamente sugeridas incluem o isolamento trmico e a exposio competitiva, como nas aves modernas[84][85]. A hiptese da corrida inclinada com a ajuda das asas foi estimulada pela observao de jovens filhotes de perdizes de chukar (Alectoris chukar), e prope que as asas desenvolveram suas funes aerodinmicas como resultado da necessidade de correr rapidamente subindo planos inclinados tais como tronco de rvores, por exemplo para escapar de predadores. Isto torna-se um tipo especializado da teoria cursria. Observese que, neste cenrio, as aves necessitam de presso para baixo (downforce) para dar a seus ps apoio crescente[90][91]. Mas as primeiras aves, incluindo o Archaeopteryx, eram desprovidas do sistema muscular pelo qual as asas das aves modernas produzem rpidos e poderosos movimentos para cima. Visto que a presso para baixo da qual a corrida inclinada com a ajuda das asas depende gerada pelos movimentos para cima, parece que as primeiras aves eram incapazes da corrida inclinada com a ajuda das asas. A primeira classificao das aves foi desenvolvida por Francis Willughby e John Ray, no Ornithologiae de 1676.[1] Carolus Linnaeus modificou a demoninao em 1758 para o sistema de classificao taxonmica atual.[2] As aves esto posicionadas na classe Aves na taxonomia de Linnaeus, entretanto, na taxonomia filogentica agrupa-se as aves junto aos dinossauros terpodes.[3] Aves e Crocodylia so os nicos membros viventes do clado reptiliano Archosauria. Na filogentica, o termo Aves comumente definido como sendo todos os descendentes do mais recente ancestral das aves modernas e do Archaeopteryx.[4]

As aves so animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presena de penas. A pena uma caracterstica exclusiva desses animais, ou seja, est presente em todas as espcies do grupo. Alm disso, as aves no possuem dentes, so endotrmicas e apresentam um metabolismo elevado.

Evoluo e diversificao das aves

Aves Pygostylia

Archaeopteryx Confuciusornithidae Enantiornithes Ornithurae Hesperornithiformes Neornithes Filogenia simplificada das aves segundo Chiappe, 2007 [11]Ornithothoraces

A primeira linhagem grande e diversa de aves de cauda curta a evoluir foi a Enantiornithes, nomeada em funo da construo dos ossos do ombro estarem em posio contrria a das aves modernas. Os Enantiornithes ocuparam uma grande variedade de nichos ecolgicos, de filtradores de areia e piscvoros a trepadores e granvoros.[11] Alguns linhagens mais avanadas tambm se especializaram em um dieta a base de peixes, como a classe Ichthyornithes.[12] Uma ordem de aves marinhas do Mesozico, a Hesperornithiformes, tornou-se to adaptada ao ambiente aqutico que perdeu a capacidade de voar. Apesar dessas especializaes extremas, os Hesperornithiformes representam uma das linhagens mais prximas as aves modernas.[11]CLASSIFICAO

Neornithes Palaeognathae Neognathae

Struthioniformes Tinamiformes Neoaves

Galloanserae Anseriformes Galliformes Divergncias basais das aves modernas baseada na Taxonomia de Sibley-Ahlquist

A classificao tradicional segue o padro de Clements (tambm conhecido como as ordens de Clements):

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Subclasse Archaeornithes Gadow, 1893 - aves ancestrais o Ordem Archaeopterygiformes Lambrecht, 1933 - arqueopterix o Ordem Confuciusornithiformes Hou et al., 1995 Subclasse Neornithes Gadow, 1893 - aves modernas o Superordem Paleognathae Pycraft, 1900 - aves com asas atrofiadas e osso esterno sem quilha Ordem Apterygiformes Haeckel, 1866 - quivi Ordem Dinornithiformes Gadow, 1893 - moa Ordem Casuariiformes Sclater, 1880 - casuar Ordem Aepyornithiformes Newton, 1884 - ave-elefante Ordem Struthioniformes Latham, 1790 - avestruz Ordem Rheiformes Forbes, 1884 - ema Ordem Tinamiformes Huxley, 1872 - macuco, inhambu o Superordem Neognathae Pycraft, 1900 - aves com asas bem desenvolvidas e osso esterno com quilha Ordem Sphenisciformes Bonaparte, 1831 - pinguim Ordem Gaviiformes Wetmore & Miller, 1926 - mobelha Ordem Podicipediformes Frbringer, 1888 - mergulho Ordem Procellariiformes Frbringer, 1888 - albatroz, petrel Ordem Pelecaniformes Sharpe, 1891 - pelicano, atob, cormoro, rabo-de-palha Ordem Ciconiiformes Bonaparte, 1854 - cegonha, gara, urubu, bis Ordem Anseriformes Wagler, 1831 - pato, ganso, cisne Ordem Falconiformes Sharpe, 1874 - guia, gavio, falco Ordem Galliformes Temminck, 1820 - galo, peru, faiso, perdiz, pavo, aracu, jacu, mutum Ordem Gruiformes Bonaparte, 1854 - grou, saracura, jacamim, seriema Ordem Charadriiformes Huxley, 1867 - batura, maarico, gaivota, jaan Ordem Columbiformes Latham, 1790 - pombo, dod Ordem Psittaciformes Wagler, 1830 - papagaio, arara, periquito, cacatua Ordem Cuculiformes Wagler, 1830 - cuco, anu Ordem Strigiformes Wagler, 1830 - coruja Ordem Caprimulgiformes Ridgway, 1881 - bacurau, urutau Ordem Apodiformes Peters, 1940 - andorinho, beija-flor Ordem Coliiformes Murie, 1872 - rabo-de-junco Ordem Trogoniformes Wetmore & Miller, 1926 - surucu Ordem Coraciiformes Forbes, 1884 - martim-pescador, rolieiro Ordem Piciformes Meyer & Wolf, 1810 - pica-pau, tucano Ordem Passeriformes Linnaeus, 1758 - pssaros

A classificao radicalmente diferente de Sibley-Monroe (Taxonomia de SibleyAhlquist), baseada em dados moleculares de hibridizao DNA-DNA, encontrou corroborao, por evidncias moleculares, fsseis e anatmicas, de algumas modificaes propostas, entre elas o apoio para o clado Galloanserae.[13]

ADAPTAES AO VOO No seu cami o evolutivo, as aves adqui i am vrias caractersticas essenciais que permitiram o voo ao animal. Entre estas podemos citar:

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Endote Desenvolv ento das penas Desenvolv ento de ossos pne atizados Pe da, atrofia ou fus o de ossos e rgos Desenvolvimento de um sistema de sacos areos Postura de ovos Presena de quilha, e panso do osso esterno, na qual se prendem os msculos que movimentam as asas 8 Ausncia de be iga urinria 9 Ausncia de dentes 10 orpo leve e aerodinmico

As penas, consideradas como diagnstico das aves atuais, esto presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o prprio Tyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificaes das escamas dos rpteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os voos planado e batido. Acredita-se que as penas teriam sido preservadas na evoluo por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle trmico dos dinossauros uma hiptese que aponta para o surgimento da endotermia j em grupos mais basais de Dinosauria (com relao s aves) e paralelamente com a aquisio da mesma caracterstica por rpteis Sinapsida, que deram origem aos mamferos. Os ossos pneumticos tambm so encontrados em outros grupos de rpteis. Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor "no-macios"), os ossos das aves so muito

resistentes, pois preservam um sistema de trabculas sseas arranjadas piramidalmente em seu interior. Com relao a caractersticas sseas relacionadas adaptao ao voo, podemos citar:y y y y

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Diminuio do crnio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estgio adulto; Rostrum (mandbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada crnea, a ranfoteca; Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posio "horizontal" da ave (quando em voo); Diminuio do nmero de vrtebras, em especial no sinsacrum (fuso de vrtebras e outros ossos da cintura plvica) e pigstilo (vrtebras caudais fusionadas); Tarsos (mos) com grande fuso de ossos, sendo que atualmente s se observam trs dedos; Fuso das clavculas formando a frcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptao ao fechamento dos rgos dentro de uma caixa ssea; Costelas dotadas de um processo uncinar (projeo ssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrs), tambm uma adaptao ao fechamento; Prolongamento do osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro tambm uma adaptao formao da caixa ssea e o segundo uma adaptao para a implantao dos msculos do voo, necessariamente fortes. Fuso de ossos nas pernas (apndices locomotores posteriores) formando a tbia-tarso e tarso-metatarso.

Quanto a outros rgos, as aves perderam os dentes (reduo do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovrio direito. O sistema de sacos areos funciona em conjunto com o sistema respiratrio (por isso a respirao em aves diferente dos outros grupos de tetrpodes). Ainda tem funo de diminuir a densidade do animal, facilitando o voo e a natao (no caso de aves que mergulham). Todas essas caractersticas j so observadas em outros grupos de rpteis, em especial nos Dinosauria, o que levou especialistas a classificar as aves no como um grupo parte (Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim como um grupo especializado de dinossauros (veja Ascendncia das aves). Do ponto de vista morfolgico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrpodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distinguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande nmero de espcies e adaptaes das mais variadas para diferentes nichos ecolgicos, o grupo como um todo mantm sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex., dos mamferos). Entre as caractersticas morfolgicas de grande importncia ecolgica e evolutiva, esto o formato do bico e dos ps e a proporo rea alar/tamanho corporal.

Do ponto de vista sistemtico, a estrutura da siringe de particular interesse, tendo sido de fundamental importncia na diviso da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe tambm tem sido usada para estudos filogenticos em grupos de aves no-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes).

ANCESTRAIS

As aves descendem de rpteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamferos fazem parte da linhagem Sinapsida. O Archaeopteryx o mais antigo fssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhes de anos atrs, do perodo Jurssico. Era um pouco maior que uma pomba e possua cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os rpteis, alm de dentes, dedos individualizados com garras e, como caracterstica mais marcante, penas do corpo e penas de voo assimtricas (indcios de que esse animal era capaz de voar). As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que j foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves no como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria. H cerca de 65 milhes de anos, com a extino da maioria dos grandes grupos de rpteis ocorreu uma grande radiao adaptativa e consequente diversificao das aves, que passaram a povoar praticamente todos ambientes terrestres. A filogenia dos grupos atuais de aves ainda est pouco elucidado, sendo difcil afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem.

As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, j foram descritas cerca de 12.000 espcies. Entre as espcies desse grupo h uma grande variedade de formas, tamanhos e hbitos. Existem desde espcies com poucos centmetros de altura at espcies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura. Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vo, existem algumas excees. O pingim, por exemplo, no voa, mas pode nadar e mergulhar. J o avestruz pode caminhar e correr. As aves surgiram durante a Era Mesozica, cerca de 150 milhes de anos atrs. Acredita-se que elas evoluram a partir de rpteis bpedes, prximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave o fssil da espcie Archaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possusse penas, ele tambm apresentava outras caractersticas, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos rpteis do que s aves atuais.

Adaptaes para o vo As aves possuem diversas adaptaes para o vo que esto relacionadas ao formato aerodinmico e reduo do peso do corpo. A presena de membros anteriores, transformados em asas, e de penas so algumas dessas adaptaes. A pena uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexvel e resistente. Alm de atuar no vo, tambm um importante isolante trmico. O isolamento trmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metablica desses animais no se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento tambm protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vo. Muitos dos ossos das aves so pneumatizados. Isso significa que o seu interior oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumticos existem extenses do pulmo chamadas de sacos areos. Os sacos areos contribuem para a reduo da densidade das aves, alm de promoverem a refrigerao interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respirao. Outras caractersticas que contribuem para a reduo do peso so: ausncia de dentes, ausncia de bexiga urinria e atrofia das gnadas fora da poca reprodutiva. Alm disso, as fmeas geralmente s possuem um ovrio. O osso que une as costelas na regio ventral, o esterno, apresenta uma projeo chamada de quilha. A quilha o ponto de insero dos fortes msculos peitorais, responsveis pelo batimento das asas. Digesto e excreo A ausncia de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta funo assumida pela moela, uma regio do estmago cujas paredes so dotadas de msculos fortes. Na moela os alimentos so triturados e esmagados, ou seja, realizada a digesto mecnica. Algumas espcies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na triturao do alimento. Muitas espcies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatao da poro posterior do esfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando esto com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transport-lo at o ninho e alimentar a prole. As aves, assim como a maioria dos rpteis, excretam cido rico, uma substncia nitrogenada que insolvel em gua. As excretas so eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem colorao escura. Reproduo A fecundao das aves interna e, assim como os rpteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionrios. As aves so animais ovparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a reduo do peso da fmea, pois ela no carrega o ovo ou o embrio dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade. As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes aps o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole chamado de cuidado parental. Em muitas espcies tanto a fmea quanto o macho realizam esta atividade.

rgos dos sentidos As aves possuem a viso e a audio bem desenvolvidas. Esses sentidos so essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vo. J o olfato pouco desenvolvido na maioria das espcies. A produo de sons realizada atravs de uma estrutura situada na base da traquia, a siringe. A vocalizao possui uma grande importncia na comunicao das aves, sendo uma caracterstica particular de cada espcie. *Alice Dantas Brites professora de biologia.

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