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Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores do Ensino Fundamental, Médio e Superior Estudo da Penosidade, Insalubridade e Periculosidade
Autora:
Nadja de Sousa Ferreira
Orientador:
Francisco de Paula Nunes Sobrinho
Rio de Janeiro, 27 de março de 2008
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE
TRABALHO DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO
E SUPERIOR: ESTUDO DA PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E
PERICULOSIDADE
Por:
Nadja de Sousa Ferreira
Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor. Orientador: Prof. Francisco de Paula Nunes Sobrinho, Ph.D.
Rio de Janeiro
Março de 2008
CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A
F383 Ferreira, Nadja de Sousa Avaliação dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e superior: estudo da penosidade, insalubridade e periculosidade - 2008. 218 f. Orientador: Francisco de Paula Nunes Sobrinho. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de
Janeiro . Faculdade de Educação. 1. Saúde e trabalho – Teses. 2. Professores – Satisfação no
trabalho – Teses. 3. Professores – Stress ocupacional – Teses. I. Nunes Sobrinho, Francisco de Paula. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Educação. III. Título.
CDU 371.15:613.73
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO
E SUPERIOR: ESTUDO DA PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
por
Nadja de Sousa Ferreira
Rio de Janeiro 27 /março / 2008
Dedicatória
Este trabalho é dedicado aos que acreditam que podem contribuir para a melhoria das
condições de trabalho, construindo uma sociedade mais justa em nosso país e que para esse
fim, dedicam suas vidas.
Aos meus pais pelo amor incondicional com os limites necessários ao meu crescimento.
Aos meus filhos por existirem.
Agradecimentos
Á Deus por permitir o desenvolvimento e término dessa tese e todas as minhas conquistas
pessoais.
Ao meu orientador Professor Ph.D. Francisco de Paula Nunes Sobrinho, agradeço pela
paciência e motivação para a construção da pesquisa.
À Professora Dra. Rosana Glat pelo apoio nas horas difíceis.
À Professora Iara Nassaralla pelo carinho e apoio.
Ao Prof.essor Ph.D.Assed Naked Haddad, por acreditar que era possível a realização dessa
pesquisa.
À minha filha Rachel por ser a leitora de apoio por muitas horas e ao meu filho André por ser
meu anjo.
À minha irmã Clívia pela ajuda nas horas difíceis.
A todos os meus familiares, parentes e amigos que de alguma forma contribuíram para que
esta pesquisa fosse concluída, os meus sinceros agradecimentos.
Aos Drs. Daphnis Souto e André Lopes Netto pelas palavras de apoio.
Ao Dr. Wagner Junger e sua equipe pela realização das intermináveis e cansativas medições
de campo.
Às Dras.: Teresinha Yoshiko Maeda, Laura Povina de Cavalcanti e Vera Lúcia da Silva pela
leitura técnica.
Aos Professores:José Matias de Lima e Eduardo Lima Campos, pela ajuda no Projeto
amostral.
À Greice Maria Silva da Conceição pela ajuda nas tabelas e gráficos.
Às funcionárias da Secretaria do Programa de Pós-graduação em Educação-Proped pela ajuda
e paciência.
Ao NUPI- Núcleo de Pedagogia Institucional da UERJ, agradeço o apoio técnico.
Agradeço de forma especial o apoio incansável das instituições de ensino como: o Colégio
Estadual João Alfredo, Colégio Estadual Equador e Colégio e Faculdade Silva e Souza e a
todas as instituições que participaram e acolheram a presente pesquisa.
Ferreira, Nadja de Sousa. Avaliação dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e superior: Estudo da penosidade, insalubridade e periculosidade. Tese de Doutorado – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Centro de Educação e Humanidades- Faculdade de Educação – Doutorado em Educação- PROPED – 2008.
RESUMO
O objetivo da pesquisa foi identificar as características do ambiente de trabalho dos
professores, relacioná-los e classificá-los como ambiente não insalubre, periculoso,
insalubre e penoso, de acordo com sistemas oficiais de classificação com base nas
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Para tanto, a
pesquisa foi conduzida em uma amostra de 180 instituições educacionais, com 1.446
salas de aula, 1.634 professores e 63.677 alunos, contemplando o ensino fundamental,
médio e superior, da rede pública e privada, na cidade do Rio de Janeiro. Na amostra
inicial com 180 instituições de ensino participantes, o estudo foi realizado em duas fases:
na primeira etapa foi realizado estudo através de um inventário qualitativo com base na
NR 9, para verificação da existência de fontes geradoras de insalubridade,
periculosidade e penosidade. Nessa etapa foram observadas as variáveis agentes físicos:
ruído, temperaturas anormais, radiação ionizante, radiação não ionizante, vibração,
umidade; agentes químicos: poeiras, vapores, névoas, líquidos e sólidos; agentes
biológicos; taxa metabólica; transporte de peso manual; uso de material de apoio
didático: microfone, datashow, retroprojetor; existência de ruído de fundo; presença de
produtos com inflamabilidade e explosibilidade e na segunda etapa foi estratificada uma
amostra de conglomerados com um estágio de seleção composta por 42 instituições de
ensino, selecionadas dentre as 180 instituições da primeira etapa, nas quais foram
realizadas medições instrumentais das seguintes variáveis: níveis de temperatura, de
iluminância e de ruído em sala de aula. Essas variáveis foram medidas com auxílio de
equipamentos de alta sensibilidade através do audiodosímetro, termômetro de globo,
termômetro de bulbo seco, termômetro de bulbo úmido e luxímetro. Os resultados
obtidos foram analisados e classificados, para fins de identificação da relação de causa e
efeito, entre estes e o adoecimento dos professores. O delineamento de pesquisa
estatística foi do tipo população intencional, estudada no período de junho de 2004 a
fevereiro de 2008, sendo aplicados protocolos qualitativos e quantitativos, ambos
validados. Em continuidade à pesquisa foi estudado o risco ocupacional dos professores,
sendo formuladas cinco hipóteses relativas à periculososidade, insalubridade e
penosidade, com possibilidade de causar danos à saúde dos professores.
Os dados obtidos na pesquisa foram analisados de acordo com o reconhecimento dos
níveis de insalubridade, penosidade e periculosidade nas instituições participantes e
comparadas aos níveis adotados como limites de tolerância pelas Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Os resultados da pesquisa apontaram a presença da insalubridade pelo agente ruído
(níveis elevados de pressão sonora) em seis salas de aula, porém o tempo de exposição
não é contínuo, não havendo então relação com possíveis perdas auditivas dos
professores desses ambientes. O ruído foi identificado em 100% das salas de aula
estudadas em níveis de penosidade, no total de 385, com probabilidade de desgaste físico
e mental dos professores e reconhecimento do nexo causal entre o risco ocupacional
ruído e a ocorrência de adoecimento desses professores por patologia da voz. Essa
penosidade esteve presente nos três níveis de ensino, ou seja, fundamental, médio e
superior, em ambas as redes de ensino. Como conclusão, houve identificação de riscos
ocupacionais na atividade do professor, sendo necessária a modificação das condições de
trabalho e do ambiente físico, com o objetivo de minimizar os riscos e implantar
programa de prevenção.
Palavras-chave: Insalubridade, penosidade e periculosidade da atividade do professor;
riscos ocupacionais dos professores.
. .
Ferreira, Nadja de Sousa. Evaluation of occupational risks in the workplace for primary, high school and university level teachers: Study of painful, unhealthy and dangerous activities. Doctoral Thesis – University of the State of Rio de Janeiro – School of Education – PhD in Education- PROPED – 2008.
ABSTRACT
The objective of this research was to identify the workplace characteristics of teachers,
list and classify them such as not unhealthy, dangerous, unhealthy and painful,
according to official classification systems set out in Labor and Employment Ministry
Regulations. The research was applied to a sample of 180 educational institutions, with
1,446 classrooms, 1,634 teachers and 63,677 students, contemplating primary school,
high school and university level education, public and private, in the city of Rio de
Janeiro. The study was developed in two phases: in the first phase a qualitative
inventory was taken based on Regulation no. 9, for verification of the existence of
sources causing unhealthiness, danger and painfulness. In this stage, physical variable
agents were observed: noise, abnormal temperatures, ionizing radiation, non-ionizing
radiation, vibration, humidity; chemical agents: dust, vapor, dampness, whether liquid
and solid; biological agents; metabolic rates; manual weight transport; didactic support
material use: microphone, data show, rear projectors; presence of background noise;
presence of inflammability and explosiveness and in the second phase a sample of
conglomerates was stratified with a selection stage comprised by 42 educational
institutions, selected among 180 primary level education institutions, in which
instrumental measurements of the following variables: temperature levels, lighting and
classroom noise. These variables were measured with the support of highly sensitive
instruments through audio symmetry, total temperature, dry bulb thermometer, humid
bulb thermometer and light meter. The results obtained were analyzed and classified
for purposes of identifying the cause and effect relationship between these and teachers
falling ill. Delineation of statistical research was the intentional population type, studied
in the period from June of 2004 to February of 2008, applying qualitative and
quantitative protocols, both valid. In furtherance of the research, the occupational risk
of professors was studied, formulated by five relative circumstances in respect to
danger, unhealthiness and painfulness, with the possibility of causing harm to the health
of professors.
The data obtained from the research were analyzed according to recognized levels of
unhealthiness, painfulness and danger in the participating institutions and compared
with the values adopted as tolerance limits by the Regulatory Norms of the Ministry of
Labor and Employment.
The research identified unhealthiness due to the noise agent in six classrooms, however,
the exposure time is not continuous, and there is no relation to possible auditory loss of
the professors of these environments. In 100% of the classrooms, totaling 385,
painfulness was identified, with possibility of physical and mental wear and tear of the
professional and recognition of the causal nexus between noise occupational risk and
occurrence of these teachers falling ill by voice pathology. Painfulness was present in
three educational levels, or rather, primary school, high school and university level
education, both private and public. In conclusion, occupational risks in teaching
activities were identified, and the physical environment and work conditions must be
modified, with the objective of minimizing the risks and implementing a prevention
program.
Keywords: Unhealthiness, painfulness and danger of the activity of teacher.
Ferreira, Nadja de Sousa. Évaluation des risques occupationnels dans l’environnement du
travail des professeurs de l’enseignement primaire, secondaire et supérieur: Étude de
fatigabilité, d’insalubrité et de danger. Thèse de Doctorat – Université de l’État de Rio de
Janeiro – Faculté d’Éducation – Doctorat en Éducation – PROPED – 2008.
RÉSUMÉ
Le but de la recherche a été d’identifier les caractéristiques de l’environnement du
travail des professeurs, de les inventarier et de les classer comme environnement non
insalubre, dangereux, insalubre et pénible suivant les systèmes officiels de classement
avec base sur les Normes Règlementaires du Ministère du Travail et de l’Emploi. La
recherche a été appliquée sur un échantillon de 180 institutions éducationnelles, avec
1.446 salles de cours, 1.634 professeurs et 63.677 élèves, prenant en compte
l’enseignement primaire, secondaire et supérieur, du réseau public et privé, dans la ville
de Rio de Janeiro. L’Étude a été développé en deux phases: lors de la première phase,
un inventaire qualitatif a été réalisé basé sur la Norme Règlementaire Nº9, pour
vérification de l’existence de sources génératrices d’insalubrité, de danger et de
fatigabilité. Lors de cette étape, ont été observées les variables agents physiques: bruit,
températures anormales, radiation ionisante, radiation non ionisante, vibration,
humidité ; agents chimiques: poussières, vapeurs, brumes, liquides et solides ; agents
biologiques ; taux métabolique ; transport manuel de poids ; utilisation de matériel
d’appui didactique : microphone, datashow, rétroprojecteur ; existence de bruit de
fond ; présence de produits avec une inflammabilité et une explosivité et dans sa seconde
phase, un échantillon de conglomérats a été stratifié avec un stage de sélection composé
par 42 institutions d’enseignement, sélectionnées parmi les 180 institutions de la
première étape, dans lesquelles ont été reálisées des mesures instrumentales des
variables suivantes: niveaux de température, de luminosité et de bruit en salle de cours.
Ces variables ont été mesurées par des équipements de haute sensibilité par un
audiodosimètre, un thermomètre à globe, un thermomètre à bulbe sec, un thermomètre
à bulbe humide et un luximètre. Les résultats obtenus ont été analysés et classés à des
fins d’identification de rapport de cause et d’effet, parmi lesquels la maladie des
professeurs. L’ébauche de la recherche statistique a été du type population
intentionnelle, étudiée durant la période de juin 2004 à février 2008, avec l’application
de protocoles qualitatifs et quantitatifs, les deux étant validés. En continuité à la
recherche, le risque occupationnel des professeurs a été étudié, cinq hypothèses ayant été
formulées, relatives au danger, l’insalubrité et la fatigabilité avec la possibilité de causer
des dommages à la santé des professeurs.
Les données obtenues dans la recherche ont été analysées suivant la reconnaissance des
niveaux d’insalubrité, de fatigabilité et de danger dans les institutions participantes et
comparées aux valeurs adoptées comme limites de tolérance par les Normes
Règlementaires du Ministère du Travail et de l’Emploi.
La recherche a identifié l’insalubrité par l’agent bruit en six salles de cours, cependant
le temps d’exposition n’est pas continu, n’ayant pas de rapport avec les possibles pertes
auditives des professeurs de ces ambiances. En 100% des salles de cours, pour un total
de 385, la fatigabilité a été identifiée, avec une probabilité de d’épuisement physique et
mental des professeurs et la reconnaissance du lien causal entre le risque occupationnel
bruit et l’occurrence de maladie de ces professeurs par pathologie de la voix. La
fatigabilité a été présente dans les trois niveaux d’enseignement ou soit, primaire,
secondaire et supérieur, dans les deux réseaux d’enseignement. Comme conclusion, il y a
eu l’identification de risques occupationnels dans l’activité du professeur, la
modification des conditions de travail et de l’ambiance physique étant nécessaires, dans
le but de minimiser les risques et d’instaurer un programme de prévention.
Mots-clé: Insalubrité, fatigabilité et danger de l’activité du professeur; risques
occupationnels des professeurs.
Ferreira, Nadja de Sousa. Evaluación de los riesgos ocupacionales en el ambiente de trabajo de los profesores de lo enseñanza primaria, secundaria y terciaria: Estudio de la situación penosa, de la insalubridad y la peligrosidad. Tesis de Doctorado – Universidad del Estado de Rio de Janeiro – Facultad de Educación – Doctorado en Educación- PROPED – 2008.
RESUMEN
El objetivo de la investigación fue identificar las características del ambiente de trabajo
de los profesores, relacionándolos y clasificándolos como ambientes en situación de
insalubridad, peligrosidad y situación penosa, de acuerdo con los sistemas oficiales de
clasificación basados en las Normas Reglamentarias del Ministerio de Trabajo y
Empleo. La investigación fue aplicada en una muestra de 180 instituciones
educacionales, con 1.446 aulas, 1.634 profesores y 63.677 alumnos, contemplando la
enseñanza primaria, secundaria y superior, de la red pública y privada, en la ciudad de
Rio de Janeiro. El estudio fue desarrollado en dos fases: en la primera fase se realizó un
inventario cualitativo basado en la Norma Reglamentaria N°9, para verificar la
existencia de fuentes generadoras de insalubridad, peligrosidad y situación penosa. En
esa etapa se observaron las variables agentes físicos: ruido, temperaturas anormales,
radiación ionizante, radiación no ionizante, vibración, humedad; agentes químicos:
polvos, vapores, nieblas, líquidos y sólidos; agentes biológicos; tasa metabólica;
transporte de peso manual; uso de material de apoyo didáctico: micrófono, datashow,
retroproyector; existencia de ruido de fondo; presencia de productos con inflamabilidad
y explosividad y en la segunda fase se estratificó una muestra de conglomerados con un
nivel de selección compuesto por 42 instituciones de enseñanza, seleccionadas entre las
180 instituciones de la primera etapa, en las cuales se realizaron mediciones
instrumentales de las siguientes variables: niveles de temperatura, de iluminación y de
ruido en sala de aula. Estas variables se midieron con la ayuda de equipos de alta
sensibilidad por medio del audio dosímetro, termómetro de globo, termómetro de bulbo
seco, termómetro de bulbo húmedo y capacímetro digital. Los resultados obtenidos se
analizaron y clasificaron, para fines de identificación de la relación de causa y efecto,
entre estos y las enfermedades de los profesores. El delineamiento de la investigación
estadística fue del tipo población intencional, estudiada en el periodo de junio de 2004 a
febrero de 2008, y se aplicaron protocolos cualitativos y cuantitativos, ambos validados.
Continuando la investigación se estudió el riesgo ocupacional de los profesores, y se
formularon cinco hipótesis relativas a la peligrosidad, insalubridad y a la situación
penosa, con posibilidad de causar daños a la salud de los profesores.
Los datos obtenidos en la investigación se analizaron de acuerdo con el reconocimiento
de los niveles de insalubridad, deterioro y peligrosidad en las instituciones participantes
y comparadas a los valores adoptados como límites de tolerancia por las Normas
Reglamentarias del Ministerio de Trabajo y Empleo.
La investigación identificó insalubridad por medio del agente ruido en seis aulas, pero el
tiempo de exposición no es continuo, no existiendo relación con posibles pérdidas
auditivas por parte de los profesores en esos ambientes. En el 100% de las aulas, en un
total de 385, la situación penosa fue identificada, con la probabilidad de desgaste físico y
mental de los profesores y el reconocimiento del nexo causal entre el riesgo ocupacional
ruido y la ocurrencia de la enfermedad de los profesores por la patología de la voz. La
situación penosa estuvo presente en los tres niveles de enseñanza o sea, primario,
secundario y terciario en ambas redes de enseñanza. Como conclusión se identificaron
riesgos ocupacionales en la actividad del profesor, siendo necesaria la modificación de
las condiciones de trabajo y del ambiente físico, con el objetivo de minimizar los riesgos
e implantar programas de prevención.
Palabras-claves: Insalubridad, situación penosa y peligrosidad de la actividad del
profesor; riesgos ocupacionales de los profesores.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Distribuição da população alvo, por categoria de ensino, bairro e zona urbana
162
Tabela 2 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino fundamental
163
Tabela 3 Fontes de agentes de Insalubridade - Categoria de ensino fundamental 164 Tabela 4 Fontes de periculosidade - Categoria de ensino fundamental 165 Tabela 5 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino fundamental 166 Tabela 6 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de
ensino médio 167
Tabela 7 Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino médio 168 Tabela 8 Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino médio 169 Tabela 9 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino médio 170 Tabela 10 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de
ensino superior 171
Tabela 11 Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino superior 172 Tabela 12 Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino superior 173 Tabela 13 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino superior 174 Tabela 14 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental público 175 Tabela 15 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental privado 176 Tabela 16 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio público 177 Tabela 17 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio privado 178 Tabela 18 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior público 179 Tabela 19 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior privado 180 Tabela 20 Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental público 181 Tabela 21 Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental privado 182 Tabela 22 Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio público 183 Tabela 23 Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio privado 184 Tabela 24 Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior público 185 Tabela 25 Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior privado 186 Tabela 26 Iluminação - Categoria de ensino fundamental público 187 Tabela 27 Iluminação - Categoria de ensino fundamental privado 188 Tabela 28 Iluminação - Categoria de ensino médio público 189 Tabela 29 Iluminação - Categoria de ensino médio privado 190 Tabela 30 Iluminação - Categoria de ensino superior público 191 Tabela 31 Iluminação - Categoria de ensino superior privado 192 Tabela 32 Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino 193 Tabela 33 Proporção Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de
ensino 193
Tabela 34 Fontes de ruído de sala por categoria de ensino 193 Tabela 35 Instituições com presença ou ausência de ruídos de fundo, por
categorias de ensino e tipo de fonte 194
Tabela 36 Número de salas, utilização de giz e caneta, por categorias de ensino 194 Tabela 37 Número de salas, datashow, microfone, retroprojetor, peso transportado
e gasto metabólico por categoria de ensino 194
Tabela 38 Teste Kruskal –Wallis- insalubridade e penosidade para o agente ruído 195
Tabela 39 Teste de Kruskal -Wallis para insalubridade e penosidade do agente temperatura
196
Tabela 40 Teste de Kruskal –Wallis para penosidade agente iluminação 196
LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Quantidade de alunos, professores e salas visitadas 80 Gráfico 2 Quantidade de alunos, professores e salas visitadas
por categoria de ensino 80
Gráfico 3 Instituições visitadas por zona urbana 81 Gráfico 4 Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a
ruído por categoria de ensino 84
Gráfico 5 Penosidade e Insalubridade relativa ao ruído 84 Gráfico 6 Salas de aula com penosidade em relação à temperatura por
categoria de ensino 87
Gráfico 7 Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino em Kcal/h
95
Gráfico 8 Recursos audiovisuais presentes nas salas de aula por categoria de ensino – População alvo
97
Gráfico 10 Quantidade de alunos/professores por sala de aula pestudada 103 Gráfico 11 Salas de aula por categoria de ensino 103 Gráfico 12 Instituições estudadas e zona urbana 104 Gráfico 13 Salas de aula/penosidade/insalubridade/ruído 106 Gráfico 14 Salas de aula /penosidade/periculosidade/categoria de ensino 106
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Demonstrativo dos limites de ruído 160 Quadro 2 Resumo das ações da pesquisa 69 Quadro 3 Demonstrativo do calculo da amostra aleatória simples 110
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente 139
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Ilustração da distribuição do som e da reverberação na sala de aula 51 Figura 2 Fotografia I e II Registro da realização da calibração antes da
realização das medidas. 58
Figura 3 Fotografia III Medições sendo realizadas no transcorrer das aulas 58 Figura 4 Fotografia IV e V Audiodosímetro na realização de medidas do
som 59
Figura 5 Fotografias VI e VII 62 Figura 6 Fotografia VIII Medidas de temperatura sendo realizadas na sala de
aula 62
Figura 7 A iluminância foi medida no centro de cada área 65 Figura 8 Ficha de análise qualitativa do ambiente de trabalho do professor 161
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. ABMT - Associação Brasileira de Medicina do Trabalho
2. ACGIH - American Conference Governmental of Industrial Hygienists
3. CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas
4. CCE - Comunidade Comum Européia
5. CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
6. CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
7. EST - Engenheiro de Segurança do Trabalho
8. INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
9. LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho
10. MPAS - Ministério da Previdência e Assistência Social
11. MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
12. NR - Normas Regulamentadoras
13. NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health
14. NHO - Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro
15. OIT - Organização Internacional do Trabalho
16. OSHA - Occupational Safety and Health Administration
17. PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
18. PPP - Perfil Profissiográfico Profissional
19. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
20. SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................9
2.1 O PROFESSOR E O SEU AMBIENTE DE TRABALHO ...............................................14
2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DOS PROFESSORES ..............................................16
RISCOS OCUPACIONAIS E AGENTES NOCIVOS À SAÚDE DOS PROFESSORES.....18
3. OBJETIVOS DO ESTUDO .................................................................................................23
3.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................23
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................................23
4. MÉTODO.............................................................................................................................24
4.1 LOCAL...............................................................................................................................24
4.2 PARTICIPANTES .............................................................................................................24
4.3 HIPÓTESES.......................................................................................................................26
4.4 PROJETO AMOSTRAL....................................................................................................26
4.5 VARIÁVEIS.......................................................................................................................29
4.5.1 PRIMEIRA FASE DA PESQUISA ................................................................................30
4.5.1.1 PRIMEIRO GRUPO - CONDIÇÕES INSALUBRES.................................................31
4.5.1.1.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO).....................................31
4.5.1.1.1.1 PROCEDIMENTOS PARA NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)...................................................................................................................................32
4.5.1.1.2 VIBRAÇÕES ............................................................................................................32
4.5.1.1.2.1 PROCEDIMENTOS PARA VIBRAÇÕES ...........................................................34
4.5.1.1.3 RADIAÇÕES IONIZANTES ...................................................................................35
4.5.1.1.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES IONIZANTES..................................36
4.5.1.1.4 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES..........................................................................36
4.5.1.1.4.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES .......................37
4.5.1.1.5 TEMPERATURAS ANORMAIS ............................................................................37
4.5.1.1.5.1 PROCEDIMENTOS PARA TEMPERATURAS ANORMAIS............................38
4.5.1.1.6 UMIDADE RELATIVA DO AR..............................................................................38
4.5.1.1.6.1 PROCEDIMENTOS PARA UMIDADE RELATIVA DO AR.............................39
4.5.1.1.7 PRESSÃO ATMOSFÉRICA ...................................................................................39
4.5.1.1.7.1 PROCEDIMENTOS PARA PRESSÃO ATMOSFÉRICA..................................40
4.5.1.1.8 AGENTES QUÍMICOS ............................................................................................40
4.5.1.1.8.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES QUÍMICOS...........................................40
4.5.1.1.9 AGENTES BIOLÓGICOS........................................................................................43
4.5.1.1.9.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS ......................................44
4.5.1.2 SEGUNDO GRUPO - CONDIÇÕES PENOSAS: ......................................................46
4.5.1.2.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE ..................................46
4.5.1.2.1.1 PROCEDIMENTO PARA TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE ............................................................................................................................47
4.5.1.2.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS ...............................................................47
4.5.1.2.2.1 PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS..............48
4.5.1.2.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS.................................................................................48
4.5.1.2.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RECURSOS AUDIOVISUAIS...............................49
4.5.1.2.4 ILUMINAÇÃO ........................................................................................................49
4.5.1.2.4.1 PROCEDIMENTOS PARA ILUMINAÇÃO ........................................................50
4.5.1.2.5 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA....................................50
4.5.1.2.5.1 PROCEDIMENTOS PARA RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA..................................................................................................................................52
4.5.1.3 TERCEIRO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE:.................................................................................53
4.5.1.3.1 INFLAMÁVEIS ........................................................................................................53
4.5.1.3.1.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA INFLAMÁVEIS....................53
4.5.1.3.2 EXPLOSIVOS...........................................................................................................54
4.5.1.3.2.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA EXPLOSIVOS ......................54
4.6 SEGUNDA FASE DA PESQUISA – MEDIÇÕES DE AGENTES NOCIVOS GERADOS POR FONTES PRESENTES NAS SALAS DE AULA ......................................55
4.6.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO) ...........................................55
4.6.1.1 PROCEDIMENTOS, INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DOS NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO) ....................................................56
4.6.2 TEMPERATURAS ANORMAIS ...................................................................................59
4.6.2.1 CALOR.........................................................................................................................60
4.6.2.2 FRIO .............................................................................................................................60
4.6.2.2.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE TEMPERATURA (CALOR E FRIO) ....................................................................................................................61
4.6.3 ILUMINAÇÃO ...............................................................................................................63
4.6.3.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO......64
4.7 INSTRUMENTOS .............................................................................................................66
4.8 PROCEDIMENTOS GERAIS ...........................................................................................66
4.9 AVALIAÇÕES DA SEGUNDA FASE.............................................................................67
4.9.1 FLUXOGRAMA DA PESQUISA ..................................................................................68
4.9.2 RESUMO DAS AÇÕES .................................................................................................69
4.10 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS...............................................................................70
4.10.1 ETAPAS DO ESTUDO ................................................................................................70
4.11 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................................71
4.12 FONTES DOS DADOS ...................................................................................................73
4.13 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................73
5. RESULTADOS ....................................................................................................................75
5.1 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS.........................................................................................75
5.2 TESTE DE HIPÓTESE......................................................................................................76
5.3 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE RUIDO...........................77
5.4 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE TEMPERATURAS ANORMAIS.............................................................................................................................78
5.5 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE ILUMINAÇÃO.................79
5.6 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA..............................................82
5.7 TEMPERATURAS ANORMAIS – CALOR E FRIO.......................................................86
5.8 FONTES DE AGENTES NOCIVOS NÃO DETECTADAS............................................87
5.9 FONTES DE AGENTES ANALISADOS QUALITATIVAMENTE...............................88
5.10 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES PENOSAS DOS PROFESSORES.......................................................................................................................94
5.10.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE .......................................94
5.10.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS ...................................................................95
5.10.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS.....................................................................................96
5.10.4 ILUMINAÇÃO .............................................................................................................97
5.10.5 RUÍDO ..........................................................................................................................99
5.11 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE NA ATIVIDADE DO PROFESSOR..................................................101
5.12 VIBRAÇÃO ...................................................................................................................102
5.13 UMIDADE RELATIVA DO AR...................................................................................102
5.14 PRESSÃO ATMOSFÉRICA .........................................................................................102
5.15 DOCUMENTOS ............................................................................................................108
6 DISCUSSÕES E SUGESTÕES...........................................................................................109 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA...................................................................................116
ANEXO ..................................................................................................................................160
APÊNDICE ............................................................................................................................161
1. INTRODUÇÃO
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os riscos ocupacionais presentes no ambiente
de trabalho dos professores, que atuam no ensino fundamental1, médio2 e superior3, tanto na
rede pública quanto na privada. Esse estudo teve o compromisso de identificar e medir os
agentes nocivos químicos, físicos e biológicos; agentes/fatôres de penosidade e
periculosidade, para averiguar a que níveis os professores possam estar expostos a estes
agentes nocivos e com isso causar, contribuir ou agravar doenças nos professores.
A escolha do objeto de estudo e do público-alvo, teve como peso decisório, a
importância da prevenção e a necessidade do conhecimento das fontes possíveis de gerar
riscos ocupacionais e assim, fornecer dados para o estabelecimento do nexo causal entre os
riscos presentes no ambiente de trabalho dos professores e o desenvolvimento de danos à
saúde nesses profissionais.
Os riscos ocupacionais podem ser produzidos por fatores comportamentais e /ou
agentes nocivos. Mas, para serem reconhecidos como ocupacionais devem guardar relação de
causa e efeito, ou seja, nexo causal com fatores e/ou agentes nocivos comprovadamente
presentes no ambiente de trabalho e relacionado às manifestações patológicas que possam
afetar aos professores (NIOSH/CDC, 2004)..
O risco ocupacional pode estar presente em qualquer fase do trabalho do
professor, mesmo naquelas em que as iniciativas preventivas individuais já foram
implantadas.
Se a presença do agente nocivo, causador da doença no professor, não for
controlada em seu posto de trabalho, haverá aumento da possibilidade de adoecimento deste
profissional (SOUTO, 2004).
1 Ensino Fundamental - Com duração de nove anos, é destinado a crianças e adolescentes com idade entre seis e quatorze anos, é dividido em duas fases: a primeira vai da primeira a quinta série, incluindo a alfabetização e a consolidação dos conteúdos básicos. A segunda vai da sexta à nona série (MEC, 2007). 2Ensino Médio - O Ensino Médio, anteriormente chamado de segundo grau, está estruturado em três anos, com duração mínima de 2.400 horas. Tem como objetivos a consolidação e o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, além da preparação para a vida e para os primeiros passos no mercado de trabalho (MEC, 2007). 3 Ensino Superior - Possui duração entre três e seis anos, e tem o objetivo de preparar o aluno para exercer uma profissão com conhecimentos teóricos e práticos de forma que o ingresso no mercado de trabalho seja facilitado pelo conhecimento e experiência adquirida (MEC, 2007).
2
Esse reconhecimento tem seu início na Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 em seu Capítulo V – Dos Direitos Sociais ao afirmar o seguinte:
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social: (...)
XXII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – Adicional de remuneração, para atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma da
lei; (...)
XXVIII – Seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
O diploma normativo fundamental da sociedade organizada é a Carta Magna, que
emite diretrizes básicas, as quais devem ser obedecidas pela legislação ordinária e servir de
base para regulamentação infralegal dos diversos níveis legislativos. Esse espraiamento da
diretriz constitucional há de ser harmônico e com base em pesquisa técnico-científica. Sua
ação deve ser adequada e aprofundada pelas normas em seus diversos níveis de hierarquias,
guardando coerência com seu preceito legal maior.
A não obediência aos preceitos constitucionais pode acarretar uma série de
interpretações que, por vezes, chegam a ser conflitantes. Há que se clarear tecnicamente o
problema; sem o desenvolvimento das atividades especializadas de proteção ao trabalhador,
que se propõe a proteger o mesmo, não poderá haver evolução no âmbito das atividades que
envolvem as tarefas exercidas pelo professor, permanecendo estagnadas e sem as devidas
considerações técnicas que, quando desprezadas, ficam sujeitas as às interpretações
oportunísticas, gerando decisões inadequadas ou incongruentes.
Ressalta-se que a Constituição Federal declara que o risco é inerente ao trabalho,
admitindo que ele faz parte da atividade laboral, inerente a toda atividade desenvolvida pelo
ser humano, porquanto inseparável da própria vida.
A redução dos riscos no trabalho para preservação da saúde e da vida, é direito do
trabalhador, assim sendo, impõe-se ao empregador a obrigação de implementar as medidas
estabelecidas em normas jurídicas sobre segurança, saúde e higiene no trabalho.
3
Mesmo com a implantação de ações que possibilitem a redução da penosidade,
insalubridade ou periculosidade, a níveis que não prejudiquem a integridade física e mental do
trabalhador, a legislação prevê amparo pecuniário ao trabalhador, pela possibilidade de
exposição ao risco.
Os fundamentos jurídicos e doutrinários da Carta Magna foram ampliados e
estabelecem a obrigação por parte do empregador de pagamento de seguro específico, visando
o amparo financeiro ao trabalhador que venha a sofrer conseqüências decorrentes de
condições adversas quando em exercício de suas atividades laborativas. Essa obrigação não
dispensa a responsabilidade do empregador quanto ao dolo, culpa ou descontrole das
condições de trabalho que possam causar dano aos trabalhadores (SOUTO, 2004).
Cumpre neste estudo, examinados os postulados constitucionais, comprovar
através de investigação do ambiente do professor, através das medições com uso de
instrumentos específicos e métodos cientificamente comprovados, a situação real das
condições de trabalho dos professores e o que for necessário para integrá-los e ajustá-los à
redução dos riscos inerentes ao trabalho desses profissionais.
A Carta Magna conceitua os riscos ocupacionais, contudo sua classificação
depende de aplicações de técnicas especificas e necessárias a sua caracterização.
Estas técnicas estão contidas em leis e principalmente nas normas
regulamentadoras que são a espinha dorsal da identificação dos riscos no ambiente de trabalho
(MTE, 1978, 1995, 2004 e 2006).
Com base na análise das condições de trabalho e na avaliação dos riscos a que
possam estar sujeitos, é que se poderá chegar às diretrizes e programas que tenham por
finalidade a proteção da saúde e da vida dos professores.
Impõe-se, deste modo, a realização de pesquisa que configure e confirme que no
trabalho do professor existem riscos que estão ligados a eventos adversos com conseqüências
negativas para sua segurança e saúde.
A educação é um processo de fundamental importância para a sociedade, mas de
grande complexidade em sua execução. Atua ao mesmo tempo de forma individual e coletiva,
proporcionando profundas modificações na estrutura social e estimulando melhor
desenvolvimento ao país.
4
Os participantes com maior destaque nesse processo são os professores e os
alunos. Aos professores cabem as atividades de maior responsabilidade, pois desempenham
múltiplas tarefas de facilitação no processo de ensino-aprendizagem (JOHNSON, 1990).
Além das funções específicas, o professor administra as relações interpessoais
dentro de sala de aula, minimiza os conflitos entre os alunos e as pessoas de seu núcleo
educacional; organiza o conteúdo das aulas e executa reuniões de classes; faz planejamentos
diversos e promove orientações aos pais e alunos.
Agregadas a essas tarefas estão as diversificadas ações extraclasse, cada dia mais
amplas, com novos e difíceis modos de atuação, o apoio às ações sociais como integração em
comunidades carentes, algumas perigosas, colocando em risco a vida do profissional. Essa
ação extraclasse continua com a necessidade de melhoria curricular, processo de adaptação ao
desempenho dos alunos; atualização freqüente de conhecimentos, aprendizagem de novas
tecnologias e domínio das novas ferramentas de ensino, como o computador, instrumentos
avançados audiovisuais e projetores.
Todas essas tarefas somadas aumentam significativamente a carga física e mental
do professor, principalmente os de mais idade (ARIKEWUYO, 2004)..
Dentro desse enfoque, ocorre na prática um tipo de trabalho multifatorial que
traduz um cotidiano com evidente sobrecarga física e mental, criando condições adversas ao
exercício de forma plena e saudável de suas atividades. A essa jornada de trabalho, se soma a
uma outra sobrecarga oriunda dos deslocamentos no trânsito: residência/trabalho/residência,
residência/trabalho/trabalho/comércio/residência e outros; tarefas obrigatórias do cotidiano
pessoal e doméstico; as atividades sociais, que agravam ainda mais as condições penosas na
vida do professor.
Todas as atividades profissionais trazem em si solicitações emocionais,
cognitivas, desgaste físico e estresse. Muitas vezes esses fatores são agravados pela presença
dos agentes nocivos representados pelos riscos ocupacionais no posto de trabalho do professor
(RITVANEN, 2003)..
Os riscos ocupacionais devem ser entendidos como a presença de agentes nocivos,
físicos, químicos e biológicos, que estejam acima dos limites de tolerância do organismo
humano. Esses limites são estabelecidos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do
5
Trabalho e Emprego e na falta desses, são adotados valores recomendados pelos centros de
pesquisa com credibilidade reconhecida (MTE, 1997; NIOSH, 2006; MPAS, 2007)..
A sala de aula é o ambiente físico que acolhe o processo ensino-aprendizagem, ao
mesmo tempo, é o ambiente de trabalho do professor, o foco principal dessa pesquisa.
Nas instituições de ensino, foram estudadas as condições que se evidenciam como
riscos ocupacionais, ou seja, condições de insalubridade4, penosidade5 e periculosidade6, e sua
relação com os danos à saúde dos professores (SOUTO, 2004).
Nesse ambiente, a sala de aula deve obedecer a determinados requisitos para que o
trabalho se processe corretamente, o que compreende condição ambiental dentro do conforto:
térmico, de umidade e velocidade do ar, de acordo com os níveis de normalidade; acústica
adequada com ausência de ruído de fundo e níveis apropriados de pressão sonora; iluminação
adequada; mobiliário ergonômico com dispositivos de ajustes individuais e recursos didáticos
em posicionamento correto. Esses requisitos modificam a sala de aula, transformando-o em
ambiente confortável e acolhedor, favorecendo o processo educacional.
A sala de aula que não se enquadra nas condições apontadas como de
favorecimento à saúde, propicia a desarmonia, a irritação, estimula a desatenção e
conseqüente interferência na comunicação. Provoca ansiedade, insegurança, favorecendo
conflitivas demandas pessoais, que podem originar, algumas vezes, situação de violência,
criando barreiras “invisíveis”, que dificultam o pleno acesso ao processo de ensino-
aprendizagem.
As barreiras ao processo de ensino não são somente de ordem física, mental e
social, mas também podemos incluir entre elas, as oriundas do projeto arquitetônico dos
estabelecimentos de ensino, com especial atenção para as salas de aula, local predominante de
trabalho dos professores. Para ilustrar a razão desse estudo, vejamos um exemplo comum de
interferência no processo ensino-aprendizagem, decorrente de projetos arquitetônicos
inadequados nas salas de aula, situação que será motivo da pesquisa visando sua prevenção. 4 Insalubridade - atividade que por sua natureza expõem o trabalhador a condições adversas capazes de provocar dano à saúde pelas condições do trabalho ou pela presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho (Lopes Netto, 2004 e Souto, 2004). 5 Penosidade - atividades que por sua natureza podem provocar distúrbios na fisiologia humana levando ao desequilíbrio na homeostasia, levando a maior gasto energético para o trabalhador (Souto, 2004). 6 Periculosidade - atividades que por sua natureza expõe a vida e a integridade física do trabalhador a um risco grave ou iminente, por explosão ou queima, levando a lesão corporal ou morte iminente (Lopes Netto, 2004 e Souto, 2004).
6
Nas situações em que ocorre ação do ruído de fundo, há agravamento da
reverberação, atingindo o aluno e o professor em sala de aula. Desta forma, não há
compreensão das palavras pronunciadas de forma clara. Tal situação dá origem a uma espécie
de mascaramento da voz, que por sua vez, promove uma redução significativa da
inteligibilidade da comunicação entre o professor e seus alunos. Para superar tal situação, o
professor aumenta a intensidade da emissão da voz. Com isso, há um esforço vocal maior da
musculatura que compõe a estrutura das pregas vocais. O aumento do trabalho e da tensão
leva a um estado de fadiga nesses músculos, provocando desgaste. Como manifestações
orgânicas compensatórias dessa situação, aparecem então rouquidão, quebra de sonoridade,
pigarro e dor de garganta, numa tentativa de superar as lesões induzidas pelos ruídos da sala
de aula. A longo prazo podem aparecer lesões mais graves como: pólipos, nódulos e mesmo
tumoração (SARVAT, 2004)..
A avaliação ambiental dos agentes nocivos tem como principal finalidade a
identificação da existência de condições de insalubridade, penosidade, e periculosidade,
conforme definidas oficialmente e sua relação com a saúde do trabalhador.
A legislação estabelece critérios para verificações ambientais em muitas
profissões7/funções8/atividades9 que devem ser minuciosamente avaliadas de seis em seis
meses, anualmente ou bianualmente, dependendo do grau de risco encontrado. Os ambientes
de trabalho dos professores, são regidos pelas mesmas leis, portarias e normas, que orientam a
realização de medições dos agentes nocivos, mas raramente são avaliados na prática, e quando
o são, essas medições são realizadas de forma isolada, com apenas um agente ou no máximo
dois, e técnicas utilizadas que deixam muitas dúvidas quanto aos resultados obtidos
(PORTARIA Nº. 3654/77, 3.214/78 e 1334/94 e LEI Nº. 6.514/77).
A presente pesquisa tem como objetivo o estudo das condições de trabalho do
professor, analisando o ambiente da sala de aula e, considerando as variáveis relacionadas às
condições insalubres, como: agentes físicos com: níveis elevados de pressão sonora. 7 Profissão - Ocupação, emprego que requer conhecimentos especiais e geralmente preparação longa e intensiva (Dicionário Michaelis, 2007). 8 Função - Ação natural e própria de qualquer coisa; Atividade especial, serviço, encargo, cargo, emprego, missão (Dicionário Michaelis, 2007). 9 Atividade - Soma de ações, de atribuições, de encargos ou de serviços desempenhados pela pessoa (Dicionário Michaelis, 2007).
7
Nesse grupo as variáveis selecionadas são os agentes físicos: ruído, calor, frio,
vibração, radiação ionizante, radiação não ionizante, umidade do ar, pressão atmosférica do
ar; os agentes químicos representados pela presença de poeiras, névoas, fumos, líquidos,
sólidos e gases; e, os agentes biológicos. Ainda, somando ao estudo, as variáveis que se
referem à periculosidade, com direcionamento para detectar condições inseguras quanto à
explosividade e inflamabilidade de materiais presentes nos locais de trabalho. E, por fim, a
penosidade levantada através das variáveis como: a avaliação da taxa de gasto metabólico
durante a jornada de trabalho, condições de iluminância, conforto acústico e térmico,
transporte manual de peso, emprego de recursos didáticos com a utilização de protocolos do
Ministério do Trabalho e Emprego (NORMAS REGULAMENTADORAS Nº. 17).
Sendo incontestável o adoecimento dos professores por causas diversas, contudo
sem identificação na literatura de levantamento de fatos ou agentes presentes no ambiente de
trabalho com possibilidade de atribuir esse adoecimento às causas ocupacionais. Razão pela
qual houve motivação para a presente pesquisa com o estudo da existência de fontes de
agentes nocivos, que compõem os riscos e se estes possuíam relação com as doenças nas
quais os professores são acometidos.
No levantamento da literatura relacionada aos danos causados à saúde dos
professores, não foi identifica publicações que apresentem dados quanto à realização de
medições do ambiente de trabalho do professor, incluindo os agentes nocivos responsáveis
pela relação de causa e efeito, ou seja, o nexo causal e técnico, relacionando as doenças como
ocupacionais. Desta forma, aceitando ou rejeitando a relação de causa ocupacional nos
eventos de adoecimento dos professores e realizando as medições dos agentes nocivos
presentes nos ambientes de trabalho dos professores que atuam no ensino fundamental, médio
e superior da rede pública e privada, no município do Rio de Janeiro, podendo haver a
ratificação ou retificação das causas das doenças registradas como afastamento dos
professores.
No presente estudo, a investigação foi realizada na primeira fase com o compromisso
de identificar a existência de fontes geradoras de agentes nocivos, quando constatadas, os
8
agentes nocivos registrados eram incluídos na segunda fase do estudo, na qual o agente
nocivo foi investigado com base em protocolos de avaliação qualitativa e quantitativa com
medições que utilizaram equipamentos de aferição específica para cada agente,
proporcionando a aplicação de técnicas e métodos validados pela OIT – Organização
Internacional do Trabalho e referendados pelas publicações do Ministério do Trabalho e
Emprego, através das Normas Regulamentadoras (LEI Nº. 6.514/77).
Os resultados desse estudo oferecerão direcionamento correto na aplicação da gestão
de programas de saúde e segurança, com ações preventivas focadas no ambiente de trabalho
do professor.
9
2. REFERENCIAL TEÓRICO
As publicações técnicas e científicas relativas às doenças na qual o professor foi
objetivo do estudo, guardam relação direta com diversas áreas do conhecimento como:
medicina, direito, psicologia, ergonomia, educação, engenharia, física e arquitetura, que
apontam, denunciam e procuram dar soluções ao problema ligado ao adoecimento do
Professor (NEUBAUER, 1998; OLIVEIRA,1998; NOVAIS E BASTOS, 2005; SPIES, 2004;
LIPP, 2002 E 2004; ARIKEWUYO, 2004; ROCHA ET AL. 2002; BENEVIDES- PEREIRA,
2001; SILVA, 2000; SORATTO E PINTO,1999; LIMA. F,2004; RITVANEN,2003;VIEIRA
E PEREIRA JUNIOR,2004, REIS,2002; PEREZ,2003; SOARES, 2001; NUNES
SOBRINHO,1996; DUL E WEERDIMEESTER,1995; LUZ, 2004; FALCONE, 2004,
NUNES SOBRINHO, 2003, 2004, 2005 ,2006 E2007; SOUTO,2003 E 2004; BRITO,2001;
BATISTA E ODELIUS,1999; IDOL,1997; COUTO (1995), BORSONELLO (2002);
BARRETO, 2004; HIRIGOYEN,2002 a e b, CARNEIRO E COUTO 1997; DEJOUR,1988;
MAUSS APUD BAMMER, 1979; COUTO, 2005, 2006 E 2007).
Esses riscos ocupacionais são mencionados como participantes diretos ou
indiretos na etiologia de algumas doenças que trazem sofrimento aos professores e são causas
preponderantes nos afastamentos e ausências ao trabalho, provocando elevado custo à
sociedade (SOUTO, 2004; SARVAT, 2002 e 2004).
Na literatura pesquisada, os autores descreveram aspectos diversos sobre as
doenças que atingem os professores, mas nenhum deles apresenta descrição de pesquisa com
identificação e análise do nexo causal dessas doenças, e ainda as que apontaram a presença
dos agentes nocivos físico, químico ou biológico não realizaram medidas específicas dos
mesmos.
Tavares (2000) publicou pesquisa na qual descreve a identificação dos agentes
nocivos presentes no trabalho do professor, tendo como destaque em sua dissertação o estudo
que demonstra a interferência do risco ergonômico no processo ensino-aprendizagem em salas
de aula, porém não foi apontada a relação com a condição penosa, na qual o risco ergonômico
se insere.
10
Muitos relatórios da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura, UNB – Universidade de Brasília, MTE – Ministério do
Trabalho e Emprego e MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social, apontam o
tipo de adoecimento que vem causando sofrimento ao professor, mas sem o registro de
identifcação dos agentes nocivos relacionados aos riscos à saúde dos trabalhadores.
O presente trabalho tem por objetivo identificar as fontes de agentes nocivos, com
medições específicas e análise técnica dos resultados verificando a possibilidade da relação de
causa e efeito, ou seja, o nexo causal, entre os agentes dos riscos ocupacionais e a atividade
do professor.
Sarvat e Leite (2001) relacionam os riscos ocupacionais por agentes físicos,
demonstrando que há ação nociva entre os níveis elevados de pressão sonora, ou seja, ruído e
casos específicos de perda auditiva e lesões vocais, indicando desta forma a relação de nexo
causal para os professores estudados.
Os agentes químicos podem ser encontrados em estados e formas variadas, mas
predominantemente como: poeiras, fumos, gases, substâncias sólidas ou líquidas. Não
havendo comprovação na literatura de adoecimento de professores tendo como causa os
agentes químicos (OMS, 2002).
As patologias responsáveis pelos afastamentos dos professores de suas atividades,
são amparadas legalmente, sendo reconhecido inclusive benefícios de várias categorias na
dependência dos quadros clínicos em que as doenças apresentam repercussões clinicas:
podendo ser exteriorizada como de pequena monta, onde o trabalhador necessita de prazo
curto para tratamento, chegando no máximo aos 15 dias de afastamento, que recuperando as
condições laborais plenas pode retornar as suas atividades profissionais de forma habitual.
Outra situação ocorre quando o adoecimento atinge o trabalhador de forma tal, que não há
previsibilidade de retorno à mesma função em prazo menor que 15 dias, havendo assim, o
afastamento classificado como temporário,de período variável, mas ainda há recuperação das
lesões com retorno ao trabalho. Em outros casos não há recuperação, sendo então
identificados como afastamento definitivo, recebendo aposentadoria por invalidez, com
possibilidade remota de recuperação para as atividades da vida diária (MPAS, 2006).
Os autores Dunkin e Biddle (1974); Johnson (1990); Coster e Pichanlt (1998)
apontam como causa de adoecimento do professor a monotonia. Esse enfoque fica claro na
11
seguinte citação de Gouthier et al (1997) “...milhares de professores e milhões de alunos
fazem a cada dia, a grosso modo, a mesma coisa, sempre com o mesmo objetivo”.
UNESCO (2004) publicou relatório onde ressalta preocupação com a excessiva
carga de trabalho dos professores. Apontou uma previsão de necessidade de 15 a 35 milhões
de novos professores para que todas as crianças possam estar na escola até 2015. Ao não
alcançar essa meta, significa que os professores estarão com carga de trabalho considerada
insuportáveis.
Em relatório anual a UNESCO (2006) destacou várias causas da escassez de
professores, entre elas ressalta-se: a baixa remuneração, ou seja, o salário do professor em
2005 foi considerado com poder aquisitivo menor do que o salário pago em 1970, e as
condições de trabalho mais precárias. Diante desse cenário, o aumento do índice de matrículas
agrava essa situação, quando no mesmo relatório há previsão de sessenta alunos, por sala de
aula, aduzindo um aumento das tarefas em 100%, para cada professor em atividade, por falta
de novos profissionais (UNESCO, 2004).
A crescente velocidade nas aquisições de conhecimento, no domínio de novas
tecnologias, que obrigam o professor a investir em sua própria atualização nos intervalos que
seriam dedicados ao seu descanso, se soma aos fatores de adoecimento dessa categoria de
trabalhadores.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
(2005), cerca de 9% das crianças entre zero e três anos freqüentam creches e, 52% das
crianças de quatro a seis anos freqüentam a pré-escola. Essa situação demonstra que a
realidade é critica e a conclusão a que se pode chegar é de que, se todas as crianças estivessem
na escola, não haveria professores suficientes.
Diante do exposto, tem-se um excesso de carga cognitiva, como no caso da dupla
jornada ou mais, ou por acúmulos de tarefas (SORATTO e PINTO,1999; LIMA F.,2004 e
RITVANEN, 2003)..
Lima F. (2004), em sua dissertação, aponta fatores agravadores à saúde dos
professores e relata conhecimento de até quádrupla jornada, na tentativa de driblar os baixos
salários. Para muitos, a constatação de quádrupla jornada parece uma afirmação longe do
concebível, mas temos que lembrar que a compensação pela perda de salários suficientes para
o amparo das necessidades diárias, pode impor ao professor a aceitação de tal condição.
12
Muitas vezes, o professor possui contratos de trabalho em várias escolas, quer atuando
por mais de 12 horas por dia, durante seis dias por semana, e alguns deles também trabalham
nos finais de semana.
Vieira e Pereira Junior (2004), Reis (2002), Lopes Netto (2003), Souto (2004),
apontam como causas de adoecimento dos professores, a exposição a ruídos em níveis
excessivos, baixa umidade do ar, temperaturas extremas, que incluem a alta ou baixa
temperatura, iluminação e mobiliário inadequados, vibrações acima dos limites de tolerância,
produtos químicos e poeiras em concentrações insalubres, periculosidade e de penosidade.
Esses estudos são apontados também por Perez (2003); Soares (2001); Nunes Sobrinho (1996
e 2003); Dul e Weerdimeester (1995); Luz (2004); Falcone (2004); Souto (2003); Brito
(2001); Batista e Odelius (1999); Idol (1997); Couto (1995); Borsonello (2002); Barreto
(2004); Hirigoyen (2002 a e b); Carneiro e Couto (1997); Dejour (1988); Mauss apud
Bammer (1979).
A UNESCO (2004) e a UNB (2005) em seus relatórios registram que 55% dos
professores brasileiros informam ter dificuldade em manter a disciplina em sala de aula, sendo
essa uma das razões do aumento do absenteísmo.
Couto (1995 b, p.296) descreve a fadiga física, mental e psíquica, como fatôres
presentes no ambiente de trabalho e responsáveis pelo desajustamento psíquico do indivíduo a
uma determinada realidade, e o que era somente atribuído apenas ao físico podem ser
também, integrado ao cognitivo e psíquico.
Bernstein e al (2002) registram a reação alérgica aos agentes biológicos, como
causa de adoecimento de uma professora em Cincinnati – USA. A professora utilizava larvas
de inseto para ensinar as crianças sobre o ciclo da vida e apresentava reações alérgicas como
coceira, lacrimejamento, congestão e sangramento nasal, num período de dois meses. Os
autores observaram que essas reações tinham inicio uma hora após a demonstração do ciclo
de vida com utilização de larvas. A remoção das larvas da sala de aula resultou em alívio
completo de seus sintomas
Rudblad et al (2001) apontam a umidade acima dos limites de normalidade como
causa de alterações das vias aéreas superiores (nariz, seios da face e traquéia), no estudo que
13
acompanhou vinte e oito professores que trabalhavam por no mínimo cinco anos em escola
com sérios problemas de umidade. Selecionaram dezoito professores, que trabalharam em
outra escola que não apresentava problemas de umidade. Formaram uma amostra composta
pelos vinte e oito professores que tinham contato com a umidade aos dezoito professores, sem
relação com a umidade. Os participantes da amostra foram submetidos a teste de estímulo ao
quadro alérgico através da aplicação de solução com precipitante nasal em três concentrações
de histamina a 1mg/ml, 2 mg/ml e 4mg/ml. Registros de aumento de espessura da mucosa
nasal foram identificados com a rinostereometria, técnica que realiza a medida do edema da
mucosa nasal, método ótico não invasivo, nas três concentrações de histamina, indicando que
a exposição por longo tempo em ambiente fechado, com estímulo da umidade em excesso,
pode contribuir para hiper-reatividade das mucosas das vias aéreas superiores, como a rinite
alérgica (RUDBLAD et al, 2001).
Os gastos com os afastamentos por licença médica dos professores sofreram aumentos
progressivos, foi o relato da Secretaria de Educação de São Paulo em 2006, com gasto de R$
165,9 milhões, com licença médica de servidores da área da educação segundo publicação do
MEC (2007).
A Secretaria da Educação no Distrito Federal, também revela gastos com o mesmo
objetivo no período de janeiro a setembro de 2006, com o universo de 28 mil professores,
apresentando déficit de 139 mil educadores públicos para o pleno funcionamento das escolas.
Esses gastos demonstram que o adoecimento do professor é significativo (MEC,2007).
Perez (2003), em pesquisa realizada com 422 professores através de entrevistas e
questionários, apontou que a maioria eram mulheres com mais de nove anos de magistério e
idade entre 29 a 49 anos. Dos participantes, 71,3% declararam que nunca receberam qualquer
orientação sobre cuidados com a voz, 60% têm ou tiveram alteração vocal e apenas 38,6%
procuram algum tipo de tratamento. As patologias vocais identificadas foram: nódulos,
edemas e fendas nas pregas vocais. Nesse mesmo estudo Perez (2003) apresenta a relação
entre as alterações vocais e o número excessivo de alunos em sala de aula sem preparo
acústico. A existência de ecos e ruídos foi reclamação de 74% dos professores e a temperatura
considerada inadequada por 70,3% dos professores.
Tolosa (2000), registra que a expectativa e a valorização profissional, são fatores
apontados como desencadeadores de sintomas e sentimentos negativos em professores. Seu
14
estudo fez a identificação dos resultados dos questionários auto-aplicáveis, com 24 perguntas
fechadas, para 5.000 professores voluntários de escolas da rede pública. Desses 5.000
questionários, apenas 1.719 foram devolvidos, representando 34,38% do total. Nessa amostra,
as alterações orgânicas apontadas foram: 10,99% doenças do aparelho respiratório, 2,79%
gripe, 2,15% sinusite e 1,10% com rinite. Patologias ligadas diretamente ao trabalho de
professor foram também identificadas, sendo: 0,40% nódulos de pregas vocais, 0,17% com
afonia e 0,52% “dor de garganta”. Essa pesquisa concluiu que o trabalho dos professores que
participaram da amostra foi considerado estafante, cansativo, levando à fadiga mental.
Os autores Lima F. (2003); Levy (2006) e Nunes Sobrinho (1999, 2003 e 2004),
ressaltam os riscos ergonômicos, e destes em especial a organização do trabalho e a carga de
trabalho, como causas de adoecimento dos professores
As pesquisas apresentadas na literatura confirmam o adoecimento dos professores
do ponto de vista físico e mental, ratificando o aumento estatístico da concessão de benefícios
por incapacidade pela Previdencia Social e pelos orgãos de mesma finalidade tanto público
como privado (LIMA F.,2004; ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
2005).
2.1 O PROFESSOR E O SEU AMBIENTE DE TRABALHO
A sala de aula é o ambiente de trabalho do professor em qualquer nível de ensino.
Sua atuação principal encontra-se centrada nas tarefas relacionadas ao processo de ensino-
aprendizagem. Esse enfoque se torna necessário para o esclarecimento da relação de nexo
causal entre os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho e as doenças
apresentadas por esses professores, podendo assim, serem compreendidas e prevenidas.
O professor realiza suas tarefas em seu posto de trabalho em média por 4 horas
diárias, em cada contrato de trabalho, ficando exposto às ações dos agentes nocivos que
oferecem risco a sua saúde. A sala de aula deve ser um ambiente não insalubre e com
condições confortáveis de trabalho.
15
As condições do ambiente de trabalho são classificadas segundo Souto (2004) em:
Condições salubres: aquelas que por sua natureza, podem ser consideradas normais, ou seja,
não possuem condições de trabalho ou a presença de agentes nocivos decorrentes do mesmo,
capazes de provocar dano ao trabalhador, ou seja, morte, lesão ou doença ocorrida no trabalho
ou dele resultante;
Condições de insalubridade: aquelas que reúnem atividades que por sua natureza expõem
continuadamente o trabalhador a condições adversas, capazes de provocar dano à saúde pelas
condições do trabalho ou pela presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho, em níveis
acima daqueles estabelecidos em norma regulamentadora específica, determinada segundo
critérios técnico-científicos e por meio do estabelecimento de limites de tolerância ou
utilização de fichas toxicológicas.
Condição de periculosidade: atividades que por sua natureza expõem a vida e a integridade
física do trabalhador a um risco grave ou iminente a de explosão com lesão corporal ou morte
iminente, determinada em matrizes de risco, segundo critérios técnico-científicos.
Condições penosas: geradas pelo conjunto de atividades que por sua natureza podem
provocar distúrbios na fisiologia humana, levando ao desequilíbrio na homeostasia. Essa
condição ainda não está regulamentada pelos órgãos responsáveis, mas tecnicamente podem
ser aferidos através da aplicação de critérios baseados na fisiologia humana, que comprovem
o maior gasto energético para o trabalhador.
São vários os agentes que podem provocar essas condições, tais como: fadiga,
níveis elevados de pressão sonora, exaustão por temperatura extremas, movimentos
repetitivos e outros, porém nenhum deles de forma isolada é capaz de receber o
reconhecimento legal da penosidade (SOUTO, 2004)
A pesquisa traçou como um dos objetivos, a análise da condição ambiental, na
qual os professores desempenham suas atividades. Assim sendo, as condições acima definidas
16
se constituíram na finalidade primordial desse estudo e foram inseridas como variáveis da
pesquisa.
2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DOS PROFESSORES
As atividades dos professores estão descritas oficialmente na Classificação Brasileira
de Ocupações10 – CBO (2004). Nessa classificação, identificamos 271 categorias de
professores, que realizam as mesmas tarefas, com as devidas adequações ao conteúdo
programático. A atividade do Professor está classificada em categorias, sendo: 18 categorias
de Professores de cursos livres, 11 de Professores de pré-escola, 10 de Professores leigos, 46
do ensino Fundamental, 50 de Professores do ensino Médio e 136 do ensino Superior. (C.B.O.
2004).
Os professores de todas as categorias reúnem tarefas realizadas de forma habitual e
permanente de igual forma pelos professores do ensino fundamental, médio e superior de
ambas as redes de ensino, que são:
• Planejar o ano letivo
• Discutir propostas da instituição
• Participar da definição da proposta pedagógica
• Fixar metas, definir objetivos e cronogramas e selecionar os conteúdos;
• Pesquisar e selecionar materiais e informações
• Diagnosticar a realidade dos alunos e avaliam seu conhecimento
• Preparar aulas e material didático
• Ministrar aulas
• Acompanhar processo de desenvolvimento dos alunos e aplicar instrumentos de
avaliação
• Interagir com a comunidade escolar
• Acompanhar as produções da área educacional e cultural
10 Publicação do Ministério do Trabalho e Emprego que reúne as principais características sobre as profissões, funções, cargos e atividade (CBO, 2004).
17
• Atualizar seus conhecimentos e adequar competências pessoais
• Conscientizar a comunidade escolar
• Comunicar-se com alunos, professores, administrativos, pais e autoridades em geral
• Interagir com as comunidades carentes firmando parcerias.
Professores são trabalhadores que devem ter seus ambientes estudados de mesma
forma que outro trabalhador, ou seja, descrevendo e analisando os materiais utilizados,
reconhecendo os símbolos dos trabalhadores, tais como eles são realizados nos próprios locais
de trabalho e classificados em atividades de dois tipos, segundo Lessard e Tardif (2005) em:
“codificado”: as que contem tarefas prescritas, todas as rotinas, obrigações formais, cargas
institucionais, normas, regulamentos, procedimentos, tudo aquilo que é previsível;
“não codificado:” aquelas com aspectos implícitos ou chamados de invisíveis, imprevistos,
flutuantes e complexos, que apontam o trabalho dos professores de igual forma, tanto em
instituições de ensino do interior com apenas uma ou duas salas de aula, quanto se forem um
gigantesco estabelecimento com vários milhares de alunos e várias dezenas de classes.
Todas as escolas apresentam uma estrutura simples e bastante estável: as salas de aula,
ou seja, espaços relativamente fechados, nos quais os professores trabalham separadamente
cumprindo aí essencialmente suas tarefas. (LESSARD e TARDIF, 2005 p37)
A análise do trabalho do professor, quanto aos aspectos sociais e o processo de
trabalho, foram fundamentados na prática do cotidiano (MATHEU e ROBITEIELLE, 1991;
LESSARD e TARDIF,1996).
O modelo indutivo do trabalho do professor, seu conhecimento, tecnologias próprias e
a ambiência do trabalho do professor num espaço previamente organizado que é preciso
avaliar, encontra apoio nas descrições de Tardif ( 2005).
Drenben (1970) apresenta as relações do trabalho do professor através da frase:..
“As instituições de ensino são locais de trabalho e como tal deve ser avaliadas”, e ...“as
18
escolas como lugar de trabalho se caracterizam por tecnologias particulares próprias delas:
programas, disciplinas, matérias, discursos, idéias, objetivos e que são realidades
primeiramente cognitivas ou discursivas, com as quais os professores devem agir e lidar para
atingir seus fins. E ainda, o trabalho do professor é altamente simbólico, e, portanto,
materialmente intangíveisl – por tratar de manejo de concepções socioculturais da criança, do
adolescente e do adulto, ou seja, de como eles devem ser, fazer e saber enquanto membros
educados, socializados, moralizados e instituídos de uma determinada sociedade”.
Exemplo disso, são tarefas como pegar pessoalmente o retroprojetor, montar o
aparelho na sala de aula, ligar e se deparar com uma lâmpada queimada, procurar lâmpada
substituta e não encontrar, tendo que a necessidade de reprogramar, toda a aula planejada.
Com isso, o tempo destinado a essas tarefas “invisíveis” reduz o tempo útil destinado ao
conteúdo programático, levando ao desgaste mental por priorizar tópicos para conseguir
atingir as metas pré-determinadas (WOLF, R.A.P,2004)..
2.3 RISCOS OCUPACIONAIS E AGENTES NOCIVOS À SAÚDE DOS PROFESSORES
Em todos os ambientes, naturais ou artificiais, os riscos estão presentes e possuem
fontes geradoras. Essas fontes geram os agentes nocivos com maior ou menor possibilidade
de causar danos à saúde humana. Os agentes nocivos são classificados em químicos, físicos,
biológicos e ergonômicos.
Essa relação no ambiente de trabalho é permanente, porém em graus variados e
podem ser medidos de forma qualitativa ou quantitativa, traduzindo a possibilidade que cada
um desses agentes possui para provocar dano à saúde do trabalhador. Essa possibilidade é
entendida como a capacidade de provocar lesões corporais e mentais e está contida na
concentração, intensidade e qualidade de cada agente para desencadear os riscos
ocupacionais. Essa relação está diretamente relacionada às tarefas de cada trabalhador e nesta
pesquisa, em especial aos professores nos três níveis de ensino: fundamental, médio e
superior.
19
O ambiente de trabalho é definido como a representação do conjunto de fatores
externos que possuem forte influência sobre o funcionamento equilibrado do organismo e a
saúde do homem.
Já o posto de trabalho é o local onde só um trabalhador desenvolve suas tarefas.
Na área do ensino, um mesmo ambiente físico, sala de aula, pode abrigar diversos níveis de
ensino, em horários diferentes.
Muitas instituições possuem o ensino fundamental no turno da manhã, o médio à
tarde e o ensino superior à noite. E, ainda um mesmo professor, muitas vezes, atua em
diversos níveis de ensino, conforme LIMA F.( 2004).
Os riscos ocupacionais e os agentes nocivos possuem relação estreita com o
ambiente de trabalho das salas de aula no ensino. O estudo dos aspectos da construção das
salas de aula em Curitiba teve o objetivo de identificar a relação com o processo de
desenvolvimento do ensino, propondo melhorias futuras. Ainda ressalta que “Um local de
trabalho, seja um escritório, uma oficina, uma sala de aula, deve ser sadio e agradável”
(LEUZ,2001).
O ambiente de trabalho é entendido por tudo o que está relacionado às condições
físicas, químicas e biológicas, que podem influenciar a condição de saúde e bem-estar dos
trabalhadores em suas atividades de trabalho (SANTOS & FIALHO, 1997; CARDOSO,
1999).
A presente pesquisa, teve seu foco na análise das condições de trabalho dos
professores, cujos resultados foram devidamente interpretados, verificando-se a possibilidade
da relação de causa e efeitos no adoecimento dos professores.
Cabe ressaltar que, dentre as condições de trabalho dos professores, com potencial
de causar dano à saúde dos mesmos, estão: ruído, temperaturas anormais, presença de
produtos químicos, poeiras e agentes biológicos (SOUTO, 2004; COUTINHO FILHO et
al.,2006).
Os resultados obtidos com a presente pesquisa poderão fundamentar ações e
medidas de prevenção com o objetivo de minimização dos adoecimentos dos professores.
Portanto, se torna necessário o estudo dos riscos in loco, produzindo dados que possam
traduzir a realidade da atividade dos professores e que possibilitem a identificação da relação
20
entre os agentes nocivos geradores dos riscos ocupacionais e a capacidade que esses têm para
causar doenças nos professores. Com esse objetivo, as variáveis da pesquisa, qualificadas e
quantificadas, proporcionaram a identificação do perfil desses riscos e a relação com os
agentes geradores, de modo tal que fique clara a relação de causa e efeito entre os riscos
ocupacionais e as doenças dos professores, havendo necessidade da realização dessas
medidas no posto de trabalho do professor, ou seja, na sala de aula, no momento em que o
professor exerce suas funções (COUTINHO FILHO et al., 2006).
O estudo utiliza-se de medidas que tem o objetivo de identificar os riscos
ocupacionais e seus agentes nocivos, não só para conhecer a probabilidade de adoecimento do
professor, mas como também, promover a igualdade de direito com outras categorias
profissionais, que tem esses riscos devidamente analisados, gerando medidas legais
compensatórias (SOUTO, 2004).
Do ponto de vista social, a pesquisa tem o compromisso não só com a categoria,
mas também com a sociedade, pois através da identificação da real condição de trabalho dos
professores, será possível propor ações preventivas e corretivas contra as condições adversas
do trabalho desses profissionais. Ao mesmo tempo, apresentar razões para fundamentar
modificações que se fizerem necessárias. A melhoria das condições de trabalho dos
professores terá repercussões imediatas sobre os alunos, melhorando também a sua saúde e
proporcionando ganho real, no processo ensino - aprendizagem.
A pesquisa deve ter uma aplicação social com o objetivo de proporcionar
melhores condições de vida na sociedade. Como resultado da presente pesquisa sobre os
riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores, espera-se que ela possa
influenciar e subsidiar positivamente as ações de Políticas Públicas no sentido de instituir
atividades de Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho em cada um das instituições
públicas e privadas de ensino (WOLF,R.A.P,1998)
A atuação dos serviços de Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho, poderão
promover orientações e ações especializadas, para gestão e desenvolvimento de programas
21
preventivos que visem à manutenção da saúde dos professores. É preciso que estas medidas
sejam estabelecidas em todos os níveis do ensino nas escolas, melhorando permanentemente
as condições ambientais e de segurança nos estabelecimentos de ensino (SOUTO, 2004).
É importante e urgente à introdução dessas ações no cotidiano da vida dos
professores com o objetivo de modificar as condições de risco, que atualmente existem e
contribuem para o aumento dos números que compõem as estatísticas de morbidade11 dos
professores, relacionadas ao adoecimento em decorrência do seu trabalho ( MTE, 1993, 2005,
2007)..
Por outro lado, a presente pesquisa servirá para demonstrar ao Poder Público que
as questões de condicionamento do local de trabalho e humanização das atividades no posto
de trabalho do professor são de fundamental importância na qualidade do ensino e na
aprendizagem dos alunos (NUNES SOBRINHO, 2002)
De posse dos resultados obtidos pela pesquisa, poderão ser elaboradas estratégias
de enfrentamento dos problemas e a introdução de programas preventivos, como as
necessárias justificativas para criar a obrigatoriedade de “mudança para melhor”, visando o
planejamento e a adaptação das salas de aula com critérios obrigatórios de conforto acústico,
térmico, de iluminação, somado a adequação ergonômica do ambiente e do mobiliário.
Deduz-se, portanto, que a meta desta pesquisa é conhecer os riscos inseridos no
trabalho atual dos professores, para propor medidas de humanização e condicionamento do
posto de trabalho, melhorando desta feita a saúde, o bem-estar físico e mental e a redução do
custo com melhoria da qualidade do ensino em benefício de toda a sociedade.
Conduzir uma investigação na procura das causas (agentes nocivos) que geram as
já conhecidas doenças que atingem os professores, traduz justificativa plausível. Ao se
conhecer a causa, esta esta pode ser controlada, minimizada ou anulada, bem como, as
doenças decorrentes.
11 Morbidades - estado do desequilíbrio orgânico ou mental, igual à doença (Hoauiss, 2004).
22
Esse tipo de pesquisa não foi identificado na literatura nacional ou internacional, e
teve como diretrizes básicas os postulados da Constituição Brasileira (1988) e critérios das
Normas Regulamentadoras através da Lei 6514/78.
23
3. OBJETIVOS DO ESTUDO
3.1 OBJETIVO GERAL
Identificar fontes de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, ou seja, a sala
de aula dos professores do ensino fundamental, médio e superior da rede pública e privada
relacionando-as e classificando-as em ambientes com condições não insalubres, insalubres,
periculosas e penosas, em que haja a possibilidade de causar, contribuir ou agravar doenças
ou gerar danos à integridade física do professor.Essas condições adversas são compostas por
riscos ocupacionais gerados por agente nocivos físicos, químicos e biológicos, que são objeto
de estudados nas salas de aula do ensino fundamental, médio e superior, tanto da rede pública,
como da particular.
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
A pesquisa possui dois objetivos específicos: identificar os agentes nocivos e realizar
medições dos riscos ocupacionais, físicos, químicos e biológicos, de forma qualitativa e
quantitativa nos ambientes de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e
superior, na rede pública e privada, no município do Rio de Janeiro. Relacionar os resultados
obtidos com as medições com os parâmetros de classificação oficiais, através dos protocolos
do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, órgão que valida os protocolos internacionais
da National Institute of Occupational Safety anda Health - NIOSH, e da American
Conference of Industrial Hygienists –ACGIH, e estes são retificados pelo Ministério da
Previdencia e Assistência Social.
O segundo objetivo específico é analisar os resultados obtidos, identificando-os e
classificando-os em nexo positivo: aqueles que possuem condições de causar danos à saúde, e
em nexo negativo: aqueles que não possuem condições de causar adoecimento dos
professores, nos três níveis de ensino, ou seja, fundamental, médio e superior das redes
pública e privada, no município do Rio de Janeiro.
24
4. MÉTODO
Foi utilizado método de pesquisa descritiva exploratória com medidas dos agentes
nocivos que compõe os riscos ocupacionais dos ambientes de trabalho dos professores, com
investigação qualitativa na primeira fase e uso de equipamentos de boa resolução na segunda
fase. A investigação priorizou as normas regulamentadoras NR 9, 15, 16, 17 e 20.
Os resultados obtidos poderão servir de fundamentação e analogia para propostas
de Políticas Públicas que minimizem as agressões sofridas pelos professores no ambiente de
trabalho.
4.1 LOCAL
Salas de aula das instituições de ensino fundamental, médio e superior da rede
pública e privada, selecionadas de forma aleatória, todas localizadas no município do Rio de
Janeiro.
4. 2 PARTICIPANTES
Os participantes da pesquisa foram instituições de ensino/sala de aulas/professores
dos níveis de ensino do fundamental, médio e superior de ambas as redes, com professores
que atuavam exclusivamente em salas de aula.
Na primeira fase do estudo, a pesquisa foi realizada em uma amostra intencional
ou alvo de 180 instituições de ensino, com o total de 1446 salas de aula, 1634 professores e
63.677 alunos.
A amostra foi composta por 180 instituições divididas em quantidades iguais por
nível de ensino, de forma que cada um dos três níveis de ensino regular dos setores públicos e
privados, participasse com igualdade de oportunidades na avaliação, independente da
representação da população real, e assim foi representada:
• Nível fundamental: trinta instituições públicas e trinta privadas;
• Nível médio: trinta instituições públicas e trinta privadas;
• Nível superior: trinta instituições públicas e trinta privadas.
25
Para viabilização do estudo o mesmo foi operacionalizado em duas fases. E, só após a
conclusão da primeira fase e o conhecimentos dos agentes emanados por fontes presentes no
ambiente de trabalho dos professores, que estas variáveis foram inseridas na segunda fase e
foram realizadas as medidas com auxílio de instrumentos específicos para cada agente nocivo.
Na primeira fase, a pesquisa teve o objetivo de identificar a existência de fontes de
agentes nocivos e decorrentes riscos ocupacionais, de natureza química, física e biológica,
através de protocolos qualitativos, por não necessitarem do uso de equipamentos. A existência
de fontes de agentes nocivos, que geram os riscos ocupacionais, determinou a continuação do
estudo através da realização de medidas instrumentais da segunda fase.
Na segunda fase, foram realizadas medidas com uso de instrumentos de alta
sensibilidade numa amostra de conglomerados selecionada da amostra inicial de 180
instituições de ensino. A amostra da segunda fase foi composta por 42 instituições de ensino
com 385 salas de aula, 481 professores e 17.974 alunos.
Para preservação da proporcionalidade intencional inicial, a amostra de 42 instituições
de ensino participantes teve a contribuição proporcional onde cada grupo foi representado por
7 (sete) instituições de cada nível de ensino da rede privada e pública, assim distribuídas:
• Nível fundamental: sete instituições públicas sete privadas;
• Nível médio: sete instituições públicas e sete privadas;
• Nível superior: sete instituições públicas e sete privadas.
Na segunda fase o estudo teve como objetivo medição dos agentes nocivos presentes
na sala de aula, com uso de equipamentos específicos e métodos de análise quantitativa para
aferição, classificação e verificação da possibilidade de adoecimento dos professores. Todas
as medições foram realizadas no transcorrer das aulas.
26
4.3 HIPÓTESES
A presente pesquisa tem como hipóteses as seguintes formulações:
1- Existem fontes de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino
fundamental, médio e superior, das redes públicas e privadas, no município do Rio de
Janeiro.
2- As fontes identificadas como geradoras de agentes nocivos presentes nas salas de aula do
ensino fundamental, médio e superior, da rede pública e privada, encontram-se dentro
dos limites oficiais de tolerância, para a condição de insalubridade, penosidade e
periculosidade.
3- Os agentes nocivos identificados por medições cujos valôres se encontram acima dos
limites de tolerância são capazes de gerar danos à saúde dos professores e podem ser
classificados em insalubres, penosos ou periculosos.
4- Existem agentes nocivos classificados como de risco ocupacional para as condições
insalubres, penosas ou periculosas.
5- Os agentes identificados podem ser considerados como agente do nexo causal positivo
ou negativo.
4.4 PROJETO AMOSTRAL
O projeto amostral foi construído para as duas fases da pesquisa. Na primeira fase,
através de uma amostra da população alvo, selecionada de forma intencional e na segunda
fase, houve a construção de uma amostra estratificada da amostra inicial.
27
Segundo Costa Neto (1977:2), entende-se por população ..“o conjunto de
elementos com pelo menos uma característica comum, e que esta inequivocamente delimita
quais os elementos que pertencem à população” e como população alvo ou intencional ..“o
conjunto de elementos para os quais se desejam que as conclusões oriundas da pesquisa sejam
válidas” (MEDRONHO, 2004: 284).
Desta forma, optou-se por definir como a população alvo, segundo Bolfarine
(2005: p:6-9) as 180 Instituições de Ensino da cidade do Rio de Janeiro, que foram estudadas
entre os anos de 2004 a 2008, com o objetivo de levantar informações qualitativas sobre a
presença ou não de fontes de agentes físicos, químicos e biológicos, capazes de causar riscos
ocupacionais para os professores. O tamanho da amostra inicial e a estratificada foram
delimitados pelos recursos disponíveis para a execução do estudo.
A segunda fase do estudo teve como objetivo realizar medições dos agentes
detectados na população alvo. Nesta fase optou-se pela seleção de uma amostra representativa
dessa população.
A seleção das instituições foi aleatória, sendo a população alvo da pesquisa
formada por 180 instituições de ensino, nas quais a pesquisa in loco foi realizada nos anos de
2004 a 2008, e destas houve a estratificação em seis estratos, a saber: instituições públicas de
ensino fundamental; de ensino fundamental privada, públicas de ensino de nível médio;
ensino médio privada; instituições públicas e privadas de ensino superior.
Cada estrato da amostra populacional inicial foi composto de 30 escolas. Dentro
de cada um destes estratos foram selecionadas aleatoriamente, sete escolas com probabilidade
proporcional ao número de alunos em cada uma das instituições de ensino, de forma a garantir
uma melhor eficiência das estimativas obtidas através da amostra. A amostra da segunda fase
foi então constituída por 42 instituições de ensino, correspondendo a uma fração amostral de
23,3% da amostra inicial.
28
O desenho12 da amostra foi classificado em tipo conglomerado em estágio de
seleção, AC1, sendo a instituição de ensino a unidade primária de amostragem. As
probabilidades de seleção das instituições de ensino foram quantificadas de forma a manter a
proporcionalidade a medida de tamanho, no caso, o total de alunos matriculados em cada
instituição.
Do exposto, cabe ressaltar que os dados coletados são resultantes de uma amostra
probabilística da população definida como alvo para este estudo, de 180 instituições, e não
representativos de todas as instituições de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Desta forma,
devem ser tratados com cautela em relação as possíveis generalizações.
A amostra de professores foi dimensionada para fornecer estimativas de uma
proporção com margem de erro 5%, a um nível de confiança de 95%, supondo amostragem
aleatória simples.
A construção do projeto amostral da presente pesquisa utilizou critérios da
estatística descritiva na primeira fase, visando adequação dos dados experimentais.
Na segunda fase, utilizou estatística indutiva ou inferencial para análise e
interpretação dos dados obtidos.
Uma vez selecionadas as instituições, procedeu-se uma investigação exaustiva das
tarefas realizadas pelos professores das escolas selecionadas e das características do ambiente
de trabalho desses professores, tendo sido obtida uma amostra de 385 professores,
representando 26,84% dos 1434 professores lotados nas instituições de ensino consideradas
no estudo.
12 Projeto amostral orientado pelos Estatísticos Amostristas e Pesquisadores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE e IBGE - Prof. José Matias de Lima e Prof. Eduardo Lima Campos, com apoio da Estatística Greice Maria Silva da Conceição.
29
4.5 VARIÁVEIS
As variáveis selecionadas para a presente pesquisa foram investigadas em duas
fases. A primeira denominada de nominal, ou seja, aquelas que são conceituais ou
qualitativas, e a segunda de intervalares, reconhecidas como aquelas que possuem medidas
consagradas e são imutáveis.
As variáveis da pesquisa estão contidas na Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78, através
das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, Lei 81213/91, Decreto
3.048/99 do Ministério da Previdencia e Assistência Social e Norma Brasileira NBR 5413 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esses diplomas legais definem e reconhecem os
agentes nocivos e suas gradações, que foram selecionadas como variáveis da pesquisa,
aplicadas no levantamento de campo, estudadas e comparadas aos parâmetros de identificação
apresentadas por esses mesmos diplomas legais.
Para que haja a presença dos agentes nocivos, se torna necessária a existência de
fontes desses agentes, que por sua vez necessitam ser medidos para que haja a identificação
de cada um destes e sua gradação. Se a concentração do agente nocivo for superior aos limites
preconizados pelos orgãos oficiais, nos deparamos com a exposição ao risco e se estes agentes
estiverem contidos no processo produtivo do professor, poderá haver o reconhecido o nexo
causal do adoecimento dos professores, sendo então, conceituado como nexo positivo.
Assim, ressaltamos as definições trazidas pelas Leis 8213/91 e 6514/78,
atualizada em março de 2007, onde: “Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam
trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de
trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e fator de exposição e que haja
relação habitual e permanente com o trabalhador” .
Com base nos limites de tolerância humana, conceitos e protocolos de medições
fornecidos pelas legislações específicas que nortearam o assunto, o presente estudo selecionou
variáveis em três grupos distintos que foram avaliados em duas fases, que são:
30
• Primeiro grupo, que visa o estudo das condições de salubridade e insalubridade:
I – Agentes físicos: ruído, vibração, temperaturas anormais (calor e frio),
umidade relativa do ar, pressão atmosférica, radiações ionizantes, e radiações
não ionizantes;
II – Agentes químicos os manifestados por: líquidos, sólidos névoas, neblinas,
poeiras, fumos, gases, vapores de substâncias;
III – Agentes biológicos os microorganismos como: bactérias, fungos,
parasitas, bacilos, vírus e outros microorganismos patogênicos.
• Segundo grupo, objetivou o estudo da condição de penosidade:
I- Taxa metabolismo por tipo de atividade, com base na NR15;
II - Transporte manual de cargas, conforme orientação da NR17;
III –Recursos audiovisuais como: retroprojetor, datashow e microfone.
IV- Iluminação com base na NRB 5413.
V- Ruído em nível de conforto, conforme a NR17, Manual NR17 e NBR
10.152.
• Terceiro grupo, visa o estudo da condição de periculosidade:
I – Inflamáveis, com base na NR 20.
II – Explosivos, conforme a NR 16.
4.5.1 PRIMEIRA FASE DA PESQUISA
Na primeira fase, a pesquisa realizou a investigação para verificação da existência
ou ausência de fontes geradoras das variáveis pertencentes aos três grupos relacionados
respectivamente à condição de insalubridade, penosidade e periculosidade. Investigação
aplicada na amostra populacional composta por 180 instituições, abrangendo o ensino
fundamental, médio e superior das redes públicas e privadas.
Na primeira fase a pesquisa foi descritiva exploratória, através de visitas
realizadas para o estudo do ambiente de trabalho do professor, no período de 2004 a 2007.
31
Nesse período, foi utilizada ficha de coleta de dados qualitativos, inserida no
apêndice, elaborada para o registro das informações relativas à identificação de fontes, que
possam gerar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho dos professores. A ficha de
coleta foi considerada instrumento da primeira fase do estudo. O resultado foi atrelado à
presença ou ausência das seguintes fontes:
4.5.1.1 PRIMEIRO GRUPO – PESQUISA DE FONTES RELACIONADAS AO
ESTUDO DAS CONDIÇÕES INSALUBRES
As condições insalubres são reconhecidas quando há presença de fontes que
possam gerar agentes nocivos químicos, físicos e biológicos, em concentrações consideradas
como acima dos limites de tolerância.
Desta forma, o estudo investigou a existência ou ausência das fontes geradoras nas
salas de aula das instituições de ensino participantes da população intencional selecionada.
Essa investigação teve seu foco na constatação ou não de fontes geradoras, sem uso de
equipamentos específicos, apresentando procedimentos de avaliação qualitativa para cada
uma das variáveis.
4.5.1.1.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)
O ruído é decorrente do som que é um fenômeno ondulatório transmitido através
de meios elásticos, como o ar, água ou sólido, propagado em ondas vibratórias. Desta feita, os
níveis elevados de pressão sonora, podem ser gerados por qualquer tipo de objeto,
maquinários, equipamento, ferramenta, vozes humanas e animais ou apenas o deslocamento
do ar.
32
4.5.1.1.1.1 PROCEDIMENTOS PARA NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA
(RUÍDO)
A pesquisa realizou inventário da existência ou ausência de fontes geradoras de
ruído, de forma qualitativa, sem uso de equipamentos, utilizando a inspeção visual e registro
das avaliações em ficha elaborada para esse fim. Anexo 1.
As fontes possíveis de gerar ruído nas salas de aula são: ventiladores de teto,
parede e pé; aparelho de ar refrigerado e vozes humanas .Nessa fase do estudo, não houve a
necessidade da utilização de equipamentos de medição de ruído, o audiodosímetro, tendo em
vista que a investigação teve seu foco na identificação da existência de fonte de ruído e não de
sua quantificação.
4.5.1.1.2 VIBRAÇÕES
As vibrações resultam da ação dos movimentos que o corpo executa em torno de
um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não
segue nenhum padrão determinado.
A vibração é composta por três variáveis: a freqüência (Hz), a aceleração máxima
sofrida pelo corpo (m/s2) e pela direção do movimento que ocorre em três eixos, como a
seguir:
� x , que vai das costas para frente;
� y que caminha da direita para esquerda e
� z , que sai dos pés vai até o final da cabeça..
A vibração pode atingir o corpo inteiro ou apenas parte do corpo, como as mãos e
os braços. A vibração do corpo inteiro, ocorre quando há uma oscilação que tem sua
propagação iniciada nos pés, quando a pessoa encontra-se na posição de pé ou mesmo quando
está sentado.
33
As fontes de vibrações estão relacionadas às ações artificiais como no
funcionamento de máquinas, veículos e a manipulação de ferramentas que produzem
movimentos e ao mesmo tempo é realizado um apoio em um determinado ponto gerando
assim, vibrações que são transmitidas ao organismo, de forma segmentar, por partes do corpo,
e cada uma destas são sensíveis em freqüências diferentes da vibração.
Cada parte do corpo pode anular movimentos ou ampliá-los, trazendo de forma
direta as vibrações em maior ou menor aceleração. As ampliações ocorrem quando partes do
corpo passam a vibrar na mesma freqüência e então dizemos que entrou em ressonância
(NORMA ISO Nº. 2.631/86, ISO/DIS Nº. 5.349/85, ISO Nº. 5.349 -1/01 e ISO Nº. 5.349-
2/01).
A exposição ocupacional às vibrações localizadas ou de corpo inteiro tem seus
limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização – ISO em
sua Norma ISO nº.2.631/86, para medidas de corpo inteiro e ISO/DIS nº. 5.349-1/01 e
ISO/DIS nº. 5.349-2/01, para medidas segmentares, principalmente de mãos e braços,
respeitando-se os métodos e os procedimentos de avaliação que elas autorizam. Outros
valores são apontados pela norma regulamentadora NR 15 em seu anexo 8.
As normas ISO Nº. 2.631/86, ISO/DIS Nº. 5.349-1/01 e ISO Nº. 5.349-2/01
apresentam critérios de uniformização de conceitos e parâmetros com valôres de aceitação
mundial de grande importância, como:
� Corpo inteiro é mais sensível na faixa entre 4 a 8 Hz, que corresponde à
freqüência de ressonância na direção vertical, ou eixo z,
� Na direção x e y, as ressonâncias ocorrem a freqüências mais baixas, entre
1 a 2 Hz.
Os efeitos da vibração direta sobre o corpo humano podem ser extremamente
graves, podendo causar lesões permanentes em alguns órgãos ou tecidos do corpo humano. As
vibrações danosas ao organismo estão nas freqüências entre 1 a 80 Hz, podendo provocar
lesões nos ossos, articulações e tendões.
34
As freqüências intermediárias entre 30 a 200Hz, podem ser fatôres de agravamento
de doenças cardiovasculares, mesmo com baixas amplitudes e nas freqüências altas, acima de
300 Hz, os sintomas mais comuns são as dores agudas em articulações.
A maioria das lesões de pequena monta trazem sintomas considerados sem tradução
clínica, que após o afastamento da fonte vibratória, são reversíveis e podem ser desaparecer
após um longo período de descanso.
A primeira correlação entre a vibração e a doença ocupacional correspondente foi
descrita em 1862 por Maurice Raynaud. Essas pesquisas sobre a vibração foram ratificadas
em publicações posteriores conforme Santos (2005).
Segundo Goldmann apud Santos (2005, p.11-12) os principais sintomas percebidos
pelo corpo humano são:
� Visão turva - O efeito das vibrações sobre a visão é de grande importância,
uma vez que o desempenho do trabalhador diminui, aumentando, assim, o
risco de acidentes. As vibrações reduzem a acuidade visual e torna a visão
turva, ocorrendo a partir de 4 Hz.
� Alteração do equilíbrio - Os indivíduos que trabalham com equipamentos
vibratórios de operação manual, tais como martelo pneumático e moto
serra, apresentam alteração do equilíbrio.
� Baixa de atenção e concentração
4.5.1.1.2.1 PROCEDIMENTOS PARA VIBRAÇÕES
A inspeção visual para reconhecimento de deslocamento de objetos e a percepção
corporal do próprio pesquisador são critérios que esclarecem a identificação de fontes
vibratórias no ambiente.
Ao serem identificadas essas fontes, na primeira fase do estudo, essa variável será
agrupada a outras variáveis detectadas para o reestudados na segunda fase do estudo, com
aprofundamento de critérios e uso de instrumentos de aferição específico, o acelerômetro.
35
Existem dois tipos de acelerômetro:
� Para medição do corpo inteiro, que utiliza uma plataforma que será
posicionada no local de trabalho de tal forma que permita a realização das
tarefas pertinentes ao profissional que será avaliado;
� Medida na posição sentada com uso de uma almofada onde estam
localizados os sensores que são posicionados sobre a cadeira onde o
trabalhador permanece realizando suas tarefas..
A Norma Regulamentadora 15 do MTE ratifica a ISO 2631/86, ambas consideram
os valores máximos de vibrações suportáveis para tempos de um minuto a 12 horas de
exposição, os seguintes critérios de severidade:
� Limite de conforto, sem maior gravidade (ex: veículos de transporte
coletivo);
� Limite de fadiga, provocando redução da eficiência dos trabalhadores
(ex: máquinas que vibram).
4.5.1.1.3 RADIAÇÕES IONIZANTES
As radiações ionizantes são agentes físicos caracterizadas pela energia suficiente
para ionizar átomos e moléculas. E, como exemplos de radiação ionizante podem ser
apontados os raios alfa, beta, gama e raios x. Essas radiações estão presentes em locais onde
existem fontes geradoras como os aparelhos de exames nucleares, tais como:
� Radiologia médica;
� Radiologia odontológica;
� Radiologia veterinária;
� Radioterapia;
� Medicina nuclear "in vivo";
� Medicina nuclear "in vitro” e
� Radiologia industrial.
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4.5.1.1.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES IONIZANTES
Na estudo de local, a inspeção visual deverá reconhecer a presença ou ausência dos
equipamentos de radiologia, radioterapia e medicina nuclear, comprovando de forma
qualitativa a existência ou não de fonte geradora de radiação ionizante.
Se houver a existência, essa será registrada e incluída na segunda fase da pesquisa,
sendo esse agente submetido a medição com o auxílio de instrumentos específicos para
verificação de contaminação por radiação ionizante, denominados de dosímetros individuais,
quando medidos em pessoas, e o medidor de radiação ambiental.
As radiações ionizantes serão consideradas como insalubres quando ultrapassados
os limites de tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR-15 do MTE.
4.5.1.1.4 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
O agente físico selecionado como variável radiação não-ionizante foi representado
pelas radiações:
� Luz visível;
� Infravermelho;
� Ultravioleta e
� Radiações eletromagnéticas de radio
� Trabalho com microondas;
A radiação não-ionizante possui características específicas relacionadas ao espectro de
onda e seus limites de tolerancia estam atrelados aos diplomas legais, em específico a Norma
Regulamentadora 15 do MTE. As fontes geradoras mais prováveis são trabalhos que
utilizam aparelhos de microondas, ultravioletas e lazer.
37
4.5.1.1.4.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
A análise realizada nas salas de aula, teve como objetivo a verificação da existência de
fontes geradoras de radiações não-ionizantes, como: microondas, ultravioleta e lazer, e
quando presentes, se estas estavam em funcionamento. Quando ausentes, o registro será de
ausência de fontes geradoras, não sendo inseridas na segunda fase do estudo.
Se houver presença desse agente, o mesmo será inserido na segunda fase da
pesquisa e submetido à medição com o auxílio do radiômetro com capacidade para medir a
faixa de 100 k Hz até 18 GHz. O radiômetro além de apresentar a faixa específica de
identificação, realiza varredura através de sondas tri axiais, identificando o ambiente como
um todo e através de leituras com análise através de sistema informatizado. A obtenção dos
resultados fornecerá dados para a comparação com padrões adotados e emitirá relatório.
4.5.1.1.5 TEMPERATURAS ANORMAIS
O professor é um ser homeotérmico e como tal, possui temperatura corporal
estável, com variação dentro de uma faixa específica e resposta orgânica as pequenas
variações durante o dia. Quando esses limites são ultrapassados ocorrem danos à saúde, na
dependência do tempo de exposição. A temperatura é considerada como o critério de maior
importância no equilíbrio orgânico.
Na aproximação do trabalhador a fontes geradoras de calor ou frio, considera-se
como exposição a temperaturas extremas. Em algumas situações, se a exposição for
prolongada pode-se chegar até a morte pela ação da temperatura, extremamente fria ou quente
(BERNE, 2005; COUTO, 1999).
O trabalho realizado em ambientes quentes ou frios em excesso, traz riscos à
saúde dos trabalhadores e este ambiente deve ser adaptado aos níveis de conforto e bem estar
do professor (NOULI,1992).
38
4.5.1.1.5.1 PROCEDIMENTOS PARA TEMPERATURAS ANORMAIS
A permanência do pesquisador na sala de aula promove uma leitura corporal através
da percepção do próprio corpo podendo classificar o ambiente em quente ou frio, de forma
qualitativa e relacionando tal percepção à existência ou não de fontes. Se, houver fonte
geradora de temperaturas anormais, quente ou frio, estas serão aferidas de forma instrumental
na segunda fase da pesquisa.
Essa análise pode ser ratificada através da observação dos alunos e do professor
quanto à apresentação do suor na superfície corporal, roupas molhadas e fácies brilhosa,
aspectos estes presentes quando a temperatura do ambiente encontra-se acima dos níveis
considerados de conforto térmico, devendo ser desprezado estes mesmos critérios em pessoas
portadoras de obesidade, muito acima do peso corporal e fases de alteração hormonais claras,
como na adolescência e na fase da menopausa..
Na presença de temperaturas consideradas como frio em níveis abaixo do conforto,
se o professor não estiver usando roupas para seu aquecimento desencadeará uma forma de
compensação orgânica através da instalação de um comportamento semelhante à agitação
motora, realizando movimentos desnecessários para gerar calor.
Os agentes nocivos decorrentes das temperaturas anormais são:o calor e frio e estes
só podem ser considerados como agentes de riscos ocupacionais quando gerados por fontes
artificiais dentro do ambiente de trabalho.
4.5.1.1.6 UMIDADE RELATIVA DO AR
A umidade relativa do ar é um agente físico existente entre a umidade absoluta do
ar e a umidade absoluta do mesmo ar no ponto de saturação na mesma temperatura.
A variável umidade relativa do ar interfere de forma significativa em atividades
profissionais que necessitam mudar de localização geográfica, tendo em vista que sua ação
39
atinge toda a população de uma mesma localidade, são sendo exclusiva de um posto de
trabalho. Desta forma o trabalho da maioria dos profissionais não possui relação de forma
direta com as modificações da concentração da umidade do ar.
As medições realizadas no município do Rio de Janeiro nos últimos 10 anos
apresentaram registros da umidade entre 70 e 100 % UR (INPE,2007).
Todas as instituições de ensino participantes da pesquisa localizavam-se no
município do Rio de Janeiro, fornecendo igualdade de exposição à umidade relativa do ar.
A variável umidade relativa do ar está presente de forma igual na população em
geral e nas atividades profissionais, independente do tipo de trabalho que venham a
desenvolver.
Essas medidas são realizadas diariamente por órgão oficial, Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE,2007).
4.5.1.1.6.1 PROCEDIMENTOS PARA UMIDADE RELATIVA DO AR
Levantamento das medidas realizadas, pelo órgão oficial responsável, para o
município do Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais .(INPE ,2007).
Essa variável é medida em % UR. – Umidade Relativa. Couto (1999) considera a
umidade relativa do ar como ideal na faixa de 50 a 65% UR.
4.5.1.1.7 PRESSÃO ATMOSFÉRICA
É o fenômeno de resposta à ação da gravidade, traduzida pela força exercida pelo
ar contra uma superfície. A pressão atmosférica é medida através de um equipamento
40
conhecido como barômetro. As unidades de medida utilizadas são polegadas ou milímetros
de mercúrio, kilopascal, atmosfera, milibar (mb) e hectopascal (hPa), sendo os dois últimos
mais usados entre os cientistas
4.5.1.1.7.1 PROCEDIMENTOS PARA PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Levantamento das medidas realizadas pelo Instituto de Medidas Espaciais relacionadas
ao municipio do Rio de Janeiro, durante os anos de 2004 a 2007.
Essa variável envolve todas as superfícies do município do Rio de Janeiro com
decorrente envolvimento de todas as instituições de ensino estudadas.
4.5.1.1.8 AGENTES QUÍMICOS
Os agentes químicos são substancias representados por inúmeros produtos puros,
derivadas, compostas ou misturas. Os agentes químicos são classificados em gases, vapores e
aerodispersóis. Os aerodispersóis podem estar presentes no meio ambiente do trabalho através
de névoas, neblinas, poeiras e fibras. Outros agentes podem se fazer presentes como: fumos,
líquidos e sólidos.
4.5.1.1.8.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES QUÍMICOS
A investigação dos produtos utilizados pelos professores e alunos, dentro das
atividades escolares, poderá fornecer a identificação do nome do produto e sua classificação
como agente nocivo presente no ambiente de trabalho dos professores.
Se houver fonte geradora de produtos químicos, estes agentes serão submetidos a
medições com coleta de substâncias e logo após, enviados para um laboratório certificado
AIHA – American Industrial Hygiene Association, com o objetivo de ser analisado dentro dos
critérios internacionais com a emissão do respectivo laudo especializado. Esse laudo deverá
41
ser acompanhado por cópias reprográficas dos certificados emitidos pelos orgãos reguladores
e fiscalizadores ao qual o laboratório está vinculado, desta feita, fornecendo a credibilidade
das análises das amostras enviadas.
O procedimento para medição de agentes químicos com utilização de métodos de
amostragem instantânea de leitura direta ou não deverá ser realizado com a utilização de
pelo menos, dez amostragens, coletadas na zona respiratória do trabalhador e entre cada uma
delas, deverá ser observado um intervalo mínimo de vinte minutos. Os dados obtidos com as
amostragens instantâneas deverão ser apresentados em tabela com a respectiva média. Na
leitura instantânea, tais certificados são substituídos pela conclusão do avaliador, que deverá
descrever o método e o tipo de instrumento utilizado com as especificações técnicas, prazo de
validade, o nome e assinatura do técnico avaliador.
Quando houver procedimento com utilização de métodos de amostragem de
substâncias químicas de aspiração instantânea e leitura direta, deverá ser apresentada a
data do aparelho, a validade do “KIT” e a identificação do avaliador.
No caso de procedimento através de leitura indireta, deverá ser apresentado
laudo do laboratório certificado, devendo ser realizadas pelo menos duas amostras, ambas
coletadas na zona respiratória do trabalhador. Entre cada uma das amostras deverá ser
observado o intervalo mínimo de vinte minutos, conforme o item 6 da NR-15 da Portaria
N.º.214/78 e Lei N.º.514/77, sendo que os dados das amostragens deverão ser apresentados
em tabelas com a respectiva média das concentrações e tempo de exposição projetada para
toda a jornada de trabalho.
Em procedimentos de análises qualitativas do agente químico, o laudo
correspondente deverá contemplar as fontes de informação, matérias primas manipuladas no
processo produtivo, bem como dados das fichas de identificação química dos mesmos.
Nessa avaliação, os dados de maior importância se relacionam com:
� Tamanho das partículas;
� Velocidade de aspiração da bomba de amostragem;
42
� Vazão utilizada;
� Quantidade de poeira coletada;
� Volume total;
� Cálculo da concentração da poeira respirável, ou seja, partículas
menores que 10 µ e a porcentagem de sílica livre cristalizada na poeira
respirável.
A coleta deve ser realizada na “zona respiratória”, área identificada pela região
hemisférica com um raio de aproximadamente trinta centímetros das narinas. As bombas de
aspiração, os “cassetes”, que atuam como coletores plásticos circulares e que possuem
orifício central por onde o ar deve ser aspirado, estes fazem à captação das partículas que
serão analisadas em laboratório especializado, para medir o tamanho das mesmas..
As poeiras respiráveis podem ser compostas por vários minerais, vegetais e partículas
animais, sendo as mais freqüentes as de sílica livre, manganês e amianto ou asbesto, e estas
devem ser medidas com o emprego da técnica de aspiração contínua, utilizando bomba de
vazão regulável, perfazendo a utilização de no mínimo, duas amostras, denominadas de
cassetes e que possam cobrir toda a jornada de trabalho, os limites de tolerância para poeira
minerais adotados devem ser aqueles definidos na NR-15 da Portaria nº. 3.214/78 da Lei
N.º.514/77, devendo a coleta ser realizada na zona de respiração do trabalhador. Deverão
constar do laudo a quantidade de poeira coletada, o volume total e a percentagem de sílica
livre contidos na poeira analisada.
No caso da identificação de agentes químicos que não constem da relação da
Previdência Social e também não inserção no Anexo 11 da NR-15 da Portaria n.º 3.214/78,
norteado pela Lei n.º 6.514/77, nestes produtos químicos poderão ser utilizados os
referenciais com os respectivos limites de tolerância da ACGIH - American Conference of
Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em
negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnicos legais
estabelecidos pela Norma Regulamentadora -9.
43
No levantamento ambiental, os procedimentos técnicos deverão considerar:
I – o método e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos
pelas Normas de Higiene Ocupacional - NHO da FUNDACENTRO;
II – os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.
No procedimento no qual o agente químico for o benzeno deverá ser observado
método e procedimentos de avaliação, dispostos nas Instruções Normativas MTE/SSST nº. 1
e 2, de 20 de dezembro de 1995. Quando não houver método e procedimentos de avaliação
nas NHO da FUNDACENTRO, deverão estar definidos por órgão nacional ou internacional .
A variável de “agentes químicos” inclui também poeiras respiráveis e os
instrumentos pertencem a dois grupos:
� Kit de análise instantânea com leitura imediata;
� Bombas de aspiração com cassetes específicos para cada produto químico
que, após a coleta, será enviado a laboratório para analise específica.
4.5.1.1.9 AGENTES BIOLÓGICOS
A variável “agentes biológicos” pertence à vida como um todo e a
análise da exposição aos desses agentes é determinada pela efetiva exposição do
trabalhador aos agentes de forma qualitativa e reconhecida com base na Lei 6514/78 e
Decreto 3048/99.
Os critérios de reconhecimento da exposição a estes agentes foram
descritos por tarefas e situações indicadas como de reconhecimento automático da
condição de insalubridade no ambiente de trabalho.
44
4.5.1.1.9.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS
Os procedimentos para investigação da existência de fontes geradoras de agentes
biológicos obedecem a um rol de situações previstas como de reconhecimento de fontes dos
agentes biológicos. Esse rol de situações está contido na Norma Regulamentadora 15 em seu
anexo 15, onde a inspeção visual do ambiente fornece a identificação de fontes dos agentes
biológicos.
Nessa variável, utiliza-se a forma direta de reconhecimento dos agentes, através
inspeção e analogia entre a situação real e os parâmetros descritos na Lei 8213/91, Decreto
3049/99 e Norma Regulamentadora 15 em seu anexo 14.
Não sendo encontradas as mesmas condições, as fontes geradoras de agentes
biológicos deveram ser consideradas como ausentes e consequentemente os ambientes de
trabalho não deverão ser reconhecidas como insalubres.
Essa avaliação tem como procedimento específico a observação do ambiente de
trabalho do professor (a sala de aula) e o reconhecimento das situações apontadas na
legislação onde as tarefas são realizadas em contato direto e permanente, consideradas em
concentração máxima:
� Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como
objetos de seu uso, não previamente esterilizados;
� Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de
animais;
� Portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose,
tuberculose);
� Esgotos (galerias e tanques) e
� Lixo urbano (coleta e industrialização).
45
Serão também consideradas fontes geradoras de agentes biológicos em
concentração média, quando houver no ambiente de trabalho realização de tarefas em
contato permanente com pacientes, animais ou material infecto contagioso em:
� Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de
vacinação;
� Estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se
unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como os
que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente
esterilizados);
� Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao
pessoal que tenha contato com tais animais);
� Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro,
vacinas e outros produtos;
� Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão somente ao
pessoal técnico);
� Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se
somente ao pessoal técnico);
� Cemitérios (exumação de corpos);
� Estábulos e cavalariças;
� Resíduos de animais deteriorados.
� Existência de exposição aos microorganismos e parasitas infecciosos vivos
e suas toxinas, de forma habitual e permanente;
� Quando a exposição ao citado agente for prejudicial à saúde e à integridade
física do trabalhador;
� Quando as atividades exercidas em estabelecimentos de saúde em contato
habitual e permanente, não-ocasional nem intermitente, exclusivamente
com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio
de materiais contaminados, provenientes dessas áreas, poderam ser
enquadradas no código 3.0.1 do ANEXO IV do Decreto 3.048, de 1999;
46
4.5.1.2 SEGUNDO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS
CONDIÇÕES PENOSAS:
As condições penosas são reconhecidas como aquelas que solicitam maior
desgaste físico e mental à pessoa, e se, esse desgaste for por tempo prolongado, sem haver
repouso reparador, poderá trazer danos à saúde do trabalhador.
A legislação oficial não estipula quais as variáveis que compõe esse tipo de
agressão à saúde do trabalhador.
Na presente pesquisa as variáveis atreladas a penosidade foram:
4.5.1.2.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDAD E
A taxa de metabolismo traduz o gasto energético médio do organismo humano,
por ocasião da realização de alguma tarefa pelo período de tempo de uma hora e com
manutenção dessa mesma atividade.
Essa avaliação tem seu ponto de partida com o repouso e atribuiu valôres em
Kcal, conforme a postura adotada, movimentos corporais, freqüência desses movimentos e
tempo gasto na atividade avaliada.
A presente análise classificou a postura e movimentos dos professores por ocasião
da investigação in loco, na sala de aula e classificou o enquadramento com base no protocolo
da norma regulamentadora 15, anexo 3 e quadro 3, atribuindo valor na dependência das
posturas e movimentos predominantes no dia da investigação.
O valor atribuído correspondeu à uma hora de gasto energético, que deverá ser
multiplicado por 4, correspondente à jornada de 4 horas dos professores participantes.
47
4.5.1.2.1.1 PROCEDIMENTO PARA TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE
ATIVIDADE
O procedimento para avaliação da taxa metabólica poderia contar com diversos
equipamentos com precisão, mas as colocações desses aparelhos nos professores poderiam
gerar desconforto físico e emocional a eles mesmos, com prejuízo no desenvolvimento da
aula, além de transformar a aula em momentos de grande dispersão e pouca disciplina, fatôres
que iram exercer interferência de forma significativa em cada medição.
Esses equipamentos encontram ambientação em laboratórios específicos onde
ocorre a privacidade da avaliação.
Desta feita, optamos por avaliação simples e econômica com a utilização de
protocolo criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, validado pela OIT, desde 1978.
A taxa de metabolismo dos professores, de acordo com o Quadro 3 do Anexo 3 da
Norma Regulamentadora 15, foram analisados e classificados em penoso ou não penoso.
Anexo - Quadro 1
4.5.1.2.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS
A variável “transporte manual de cargas” possui critérios que visam à prevenção
de lesões mioligamentares em pessoas que diariamente realizam tarefas dessa natureza.
Os paramentos que reconhecem os limites de tolerância no transporte manual de
cargas estão contidos na Norma Regulamentadora 17, no Manual de aplicação da NR 17 e na
fórmula NIOSH 1994, e foram inseridos como base no presente estudo.
48
4.5.1.2.2.1 PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS
A análise do transporte manual de cargas está atrelada a identificação do peso
transportado, observação da postura adotada, distância percorrida, altura dos movimentos
solicitados, tempo e freqüência na realização desse transporte.
Esses valores são informações significativas, transformadas em dados e inseridas
na fórmula NIOSH 1994, obtendo-se então o resultado que será comparado com a tabela
específica que promoverá a classificação do tipo de transporte realizado e irá nortear as
recomendações sobre o tempo de trabalho e de descanso, em cada situação específica.
O instrumento de avaliação do transporte manual de cargas foi o protocolo NIOSH
1994, adotado desde 1995 pelo Ministério do Trabalho e Emprego através do Manual de
aplicação da NR17.
4.5.1.2.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS
Um dos fatores de desgaste físico e mental está relacionado à falta de recursos
audiovisuais, que têm como principal função o apoio às tarefas do professor e a melhor
ilustração dos conteúdos programáticos. A apresentação desses recursos promove a facilitação
do entendimento do assunto apresentado, reduzindo as explicações que muitas vezes não
abrange a compreensão do conteúdo pelo aluno.
Em algumas situações, também podem ser transformados em peso a serem
transportados. Sua presença facilita a realização de algumas tarefas dos professores e a sua
ausência traz dificuldades e maior desgaste físico e mental.
Na presente pesquisa a presença do recurso foi registrada como menor desgaste
físico e mental para o professor e a ausência do equipamento, maior desgaste.
49
4.5.1.2.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RECURSOS AUDIOVISUAIS
A pesquisa teve a preocupação de reconhecer os equipamentos em conjunto e não
de forma isolada, sendo identificado o retroprojetor e o aparelho datashow.
Nessa fase foram realizadas observações e anotações na ficha de pesquisa, com
registro de presença ou ausência desses recursos.
Quando havia a presença do retroprojetor ou do datashow, a pesquisa atribuiu o
número um para cada um deles. Esse número só foi anotado quando os equipamentos
presentes estavam em perfeito funcionamento.
Quando ausentes ou com defeito foi atribuído o número zero. A relação com a
presença do equipamento se traduz em redução de gasto energético do professor e a sua
ausência está relacionada ao maior esforço físico.
4.5.1.2.4 ILUMINAÇÃO
A iluminação possui relação direta com o conforto ambiental e com o equilíbrio
orgânico. Essa variável está relacionada com a análise da penosidade e interfere de forma
significativa no caso específico do processo ensino-aprendizagem, no qual os professores e
alunos desenvolvem atividades intelectuais e a iluminação desempenha papel de destaque na
sala de aula.
Essa relação se dá de forma direta, quando há um projeto adequado de iluminação,
há o estímulo do aprendizado, e quando inadequado, acarreta a rejeição do mesmo.
O trabalho do professor e as atividades dos alunos estão inseridos nas atividades
intelectuais com necessidade de identificação de detalhes, conforme a norma brasileira NBR
5413 e Norma Reguladora 17.
50
4.5.1.2.4.1 PROCEDIMENTOS PARA ILUMINAÇÃO
As observações in loco das salas de aula forneceram dados que foram registrados e
cujo resultado dessa emissão luminosa oriunda das lâmpadas e o funcionamento das mesmas,
traduz percepção do conforto ou desconforto na leitura do quadro e na escrita no caderno.
Se houver, deficiência na iluminação do ambiente haverá formação de sombras e
penumbras e essa variável será melhor estudada na segunda fase da pesquisa com uso de
equipamentos específicos para a realização das medições das salas de aula.
4.5.1.2.5 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA
O agente ruído, ou níveis elevados de pressão, foi analisado como agente relacionado
à insalubridade no primeiro grupo, mas aqui será analisado através de critérios relacionados
ao conforto ambiental dos professores e conseqüente relação com a penosidade.
Esse mesmo agente pode ser aferido conforme os valores específicos podendo
representar fatores de participação tanto na condição de insalubridade, como na condição de
penosidade.
Todo valor de ruído reconhecido como insalubre também é penoso, mas nem todo
condição penosa desse agente é insalubre. Mas, quando seu estudo se relaciona com o
conforto ambiental, a condição penosa possui valores menores, ou seja, abaixo dos limites
preconizados como insalubres.
O ruído como variável relacionada à penosidade possui níveis ideais entre 40 e 50 d
B(A), sendo aceito como teto máximo o valor de 60 d B (A).
Acima desse nível ocorre o fenômeno da reverberação, dificultando a comunicação
verbal e entendimento de palavras de sons semelhantes.(NR 17 e NBR 10.152)
51
A reverberação é um fenômeno resultante de múltiplas reflexões do som em diversas
direções da sala de aula, ambiente fechado com pouca absorção pelos materiais que compõem
o ambiente, paredes, teto, mobiliário e organização e distribuição do mobiliário e pessoas no
ambiente.
Na figura ilustrativa 1, na parte superior, a direção do som é múltipla, mas sempre em
linha reta, possibilitando a compreensão na distribuição do mobiliário e pessoas na sala de
aula. Na parte inferior da figura 1, a linha pontilhada demonstra a redução da propagação com
nível de inteligibilidades dos alunos na comunicação.
Quanto maior a distância entre o professor, fonte da comunicação principal e emissão
sonora através da voz e fala e recepção e os alunos, fonte de recepção e emissão sonora, maior
dispersão sonora e maior instalação do fenômeno de reverberação.
Figura 1 - Ilustração da distribuição do som e da reverberação na sala de aula
Fonte: Revista do Club de Engenharia,1998
A distância de um metro entre o aluno e o professor possui a intensidade média de
voz de 60 d B(A) nas freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz, consideradas dentro discriminação
aceitável para a comunicação em língua portuguesa (GERGES,1992 e GONZAGA, 2002).
52
A cada aumento de um metro dessa distância, haverá diminuição proporcional em
6 d B(A). Desta forma, se um aluno estiver distante do professor em dois metros, ele irá
discriminar em seu ouvido a intensidade de 48 d B(A) de comunicação, se estiver distante
quatro metros, perceberá uma intensidade sonora de 36 d B(A) e assim conforme a distância,
a comunicação será cada vez mais difícil, sendo potencializado o fenômeno da reverberação, e
a dispersão e adoção de novos assuntos será cada vez maior na sala de aula
(GERGES,1992,1997 e 2000).
Os sons de fontes externas à sala de aula, foram classificados como ruído de fundo
e não foram analisados de forma direta, mas registrados para demonstração de sua existência e
tratados estatisticamente na tabela 35 - apêndice.
4.5.1.2.5.1 PROCEDIMENTOS PARA RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO
SONORA
A identificação na sala de aula da presença dos ventiladores, objetos pessoais
sendo manipulados, aparelhos de ar refrigerado em funcionamento, vozes humanas e. ruído de
fundo, foram registrados para posterior medição com auxílio de instrumentos específicos na
segunda fase da pesquisa.
Os sons emitidos pelas vozes humanas contribuem para o som total do ambiente,
que se somam as outras fontes como os ventiladores, movimentos de objetos, de pessoas, ar
refrigerados e até o vento. Cada som emitido possui direção, freqüência, reflexão e
absorção, configurando a qualidade acústica do ambiente (GERGES 1997 e 2000).
A seqüência de ondas sonoras oriundas das diversas fontes, como as vozes
humanas, somadas aos ruídos dos ventiladores, do atrito dos materiais escolares, do ruído de
fundo, realimentam a reverberação.
Quando essas ondas se repetem em intervalos de 0,1 segundo, interferem na
inteligibilidade da voz e fala, dificultando a discriminação de sons parecidos e desta forma,
criam barreias acústicas ao processo de ensino-aprendizagem (PENTEADO, 1996).
53
A observação da sala de aula e sua relação com os ambientes que a cercam,
alimentaram as informações e estas foram registradas como fontes geradoras de ruído,
deixando para a segunda fase as medições com instrumentos específicos, os
audiodosímetros, cujos resultados, após análise e comparação com os valores oficiais podem
direcionar ações de prevenção que se fizerem necessárias.
4.5.1.3 TERCEIRO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS
CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE:
A periculosidade aqui estudada se refere exclusivamente as fontes de substâncias
químicas, sendo os riscos sociais, como violências urbanas, agressões físicas, morais e
emocionais, assaltos, seqüestros ou qualquer outro critério que possa colocar em risco a vida
do professor, excluído desse estudo.
4.5.1.3.1 INFLAMÁVEIS
As substâncias inflamáveis são classificadas pela NR 20, como todo liquido com
de fulgor igual ou superior a 700 C ou inferior a 93,30 C, estes valôres são encontrados nos
líquidos combustíveis.
4.5.1.3.1.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA INFLAMÁVEIS
O presente estudo realizou levantamento detalhado das salas de aula, bem como as
adjacências das mesmas, com o objetivo de identificar fontes de substâncias inflamáveis como
reservatórios de gasolina, querosene, álcool, solventes e quando presentes, a verificação dos
volumes armazenados foram levantados de forma obrigatória.
54
A legislação mundial é ratificada pela Norma Regulamentadora 20, que atribui
critérios de inflamabilidade às substâncias com ponto de fulgor igual ou superior a 700C ou
inferior a 93,30C e que são armazenadas em volumes acima de 250 litros. Com base nesse
critério foi realizado o inventário da sala de aula, edificações da instituição de ensino
pesquisada, áreas adjacentes como o setor de almoxarifado e ainda investigação de
armazenamentos próximos à instituição de ensino. Se, houver a identificação de
armazenamentos dessas substâncias o estudo poderá reconhecer a condição de periculosidade
do ambiente de trabalho do professor.
Os postos de gasolinas ou lojas de vendas de fogos de artifícios, por mais
próximas que estejam localizadas, foram classificadas fora da chamada “bacia de segurança”,
com base nos critérios de norteamento dos orgãos oficiais que emitiram alvará de
funcionamento para esses postos de gasolinas, lojas de vendas de fogos de artifícios e
instituições de ensino. Aqui, não houve análise de lojas ou armazenamentos informais.
4.5.1.3.2 EXPLOSIVOS
As operações e atividades consideradas perigosas são aquelas em que existem
tarefas nas quais manipulam substâncias explosivas, como pólvoras, artifícios pirotécnicos e
as substâncias para sua fabricação, conforme a Norma Regulamentadora 16.
4.5.1.3.2.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA EXPLOSIVOS
A observação do ambiente das salas de aula foi direcionada para a verificação da
existência de reservatórios de substancias explosivas, na verificação da presença ou ausência
desses recipientes ou ambientes com armazenamento de fogos de artifícios, recipientes com
pólvoras ou substancias para sua fabricação, conforme a Norma Regulamentadora 16.
Se constatada a presença de ambientes com armazenamento dessas substancias, a
pesquisa irá registrar a presença de fontes de periculosidade, caso contrário, não há
periculosidade, conforme os critérios da Norma Regulamentadora 16..
55
4.6 SEGUNDA FASE DA PESQUISA – MEDIÇÕES DE AGENTES NOCIVOS
GERADOS POR FONTES PRESENTES NAS SALAS DE AULA
Na segunda fase, foram realizadas medições dos agentes nocivos oriundos das
fontes geradoras identificadas nas salas de aula.
Assim, as medições de campo, nas salas de aula, foram realizadas com a
utilização de equipamentos específicos, no período de fevereiro de 2007 até fevereiro de
2008. Os resultados obtidos foram analisados e tratados estatisticamente. Nessa fase da
pesquisa, o número de agentes nocivos foi reduzido para três dos dezesseis inicialmente
investigados.
Os agentes relacionados à condição insalubre, como o ruído ou níveis elevados de
pressão sonora e temperaturas anormais foram avaliados na segunda fase com o auxílio de
instrumentos específicos.
Os agentes atrelados à investigação da condição de periculosidade não tiveram suas
fontes identificadas, excluindo a necessidade da realização de medições instrumentais.
Segunda fase: agentes nocivos relacionados ao estudo das condições insalubres:
4.6.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)
O som é um fenômeno ondulatório transmitido por vibrações através de um
meio elástico, podendo ser propagado em meio líquido, sólido ou gasoso (ARAÚJO e
REGAZZI, 2001).
A onda acústica possui direção, freqüência, intensidade que permitem a
classificação dos sons em infra-sons, sons audíveis humanos, ultra-som e hiper-sons.
No presente estudo foram analisados os sons dentro da faixa audível humana e
a sua adequação tecnológica no que diz respeito a sua aplicação. Esses sons audíveis trazem
56
consigo a “pressão sonora” que podem produzir danos ao aparelho auditivo do professor,
quando acima de 85 d B(A) em exposição 8 horas, de forma habitual e permanente (LEITE,
1998). Quadro 1- Anexo
4.6.1.1 PROCEDIMENTOS, INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO
DOS NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)
O instrumento utilizado para medição de ruído ou nível de pressão sonora elevada
com emissão contínua, intermitente ou de impacto, foi o audiodosímetro, denominado
também de medidor de pressão sonora em circuito de respostas lenta (slow) e compensação
"A". A tabela do anexo 1 da Norma regulamentadora 15 foi utilizada como protocolo de
norteamento e parâmetro oficial.
Os níveis elevados de pressão sonora, são mais conhecidos como ruído, e
obedece à relação de tempo de exposição e intensidade sonora conforme Quadro 1.
Com base na Norma Regulamentadora - NR-15, anexos 1 e 2, da Portaria 3.214,
de 08/07/1978, onde estão estabelecidos os critérios técnicos seguidos na realização das
medições:
• os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados no quadro apresentado no anexo 1;
• se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído
de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que,
se a soma das seguintes frações:
CT
CT
CT
CT
n
n
1
1
2
2
3
3
1+ + + + ≥. . . . ou 100%
57
• a exposição estará acima do limite de tolerância. Na equação acima Cn indica o tempo
total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico e Tn indica a
máxima exposição diária permissível a este nível, de acordo com os limites
apresentados nos quadros de tolerâncias.
• Para a avaliação dos níveis de pressão sonora, foram observados os seguintes aspectos:
o ciclos de exposição a que estão submetidos os trabalhadores;
o fontes geradoras de ruído;
o tipos de ruídos gerados.
O audiodosímetro possui a capacidade de realizar leitura de aproximadamente 32
registros de picos de energia sonora por segundo, possibilitando medida com erro de leitura
considerada desprezível.
Essa análise compõe um quadro denominado de histograma, apresentando o nível
médio do tempo de avaliação que, na presente pesquisa, permaneceu pelo tempo de quatro
horas, sendo obtidos dados em duas categorias:
• LAVG - Nível médio de ruído no tempo de avaliação.
• Dose projetada - Dose projeta para uma jornada de 8 horas.
As medições foram executadas com o instrumento em perfeitas condições
eletromecânicas e devidamente calibrado.
Todos os valores abaixo de 50 dB (A) são registrados pelo aparelho como se fossem
o valor zero dB(A), não significando porém, a inexistência da intensidade e sim que os valores
encontram-se abaixo de 50 dB (A).
Os equipamentos utilizados foram inspecionados pelo INMETRO e possuem
certificados de calibração válidos na data da medição, mas em cada aferição foi também
realizada a calibração chamada de biológica dos equipamentos.
58
Esse procedimento foi aplicado em cada um dos equipamentos utilizados, mesmo
que estes aparelhos tenham sido calibrados pelo INMETRO, conforme certificado de
rastreamento apresentado. Esse procedimento garante a execução da medição dentro do
padrão técnico preconizado.
Fotografia I e II – calibração antes das medições
Fotografia III – medições em sala de aula - Medições no transcorrer das aulas
59
A captação do som foi realizada através do aparelho audiodosímetro, instrumento
fixado na lapela da blusa do professor para ser ajustado à “zona respiratória, auditiva, da voz e
fala” e para leitura de todos os sons emitidos. Estes sons foram tratados com Lav (4 horas) e
aplicados à projeção de 8 horas de nível sonoro. Fotografia IV e V
Fotografia IV e V - Audiodosímetro na realização de medidas do som
Os dados obtidos foram inseridos no histograma e tabela excel, com estudo
estatístico dos mesmos e interpretados quanto à condição de insalubridade e penosidade.
4.6.2 TEMPERATURAS ANORMAIS
O professor é um ser homeotérmico e como tal, necessita de temperatura ambiental
que favoreça o equilíbrio orgânico, facilitando o exercício de suas tarefas com capacidade
plena.
As pequenas variações de temperatura estimulam também pequenos estímulos ao
organismo, mas quando ocorrem temperaturas consideradas anormais, estas induzem ao
organismo a quebra da homeostasia, contribuindo para o adoecimento do professor.
Temperaturas anormais reconhecidas como condições insalubres possuem valores e
fontes específicas, ou seja, a temperatura acima dos 23 graus Celsius, quando gerada por
60
fonte artificial é considerada calor em condição insalubre, e quando os valores da temperatura
encontram-se abaixo dos 20 graus Celsius, gerados por fontes artificiais, também são
considerados como agente nocivo em condição insalubre.
4.6.2.1 CALOR
A resposta orgânica ao ambiente com elevada temperatura induz a redução da
atividade física com o propósito de diminuir a produção de calor corporal. Quando essa
resposta não é suficiente, ocorre a emissão de suor e há a eliminação de água, sódio, potássio
e outros íons, e destes minerais o principal é o sódio. Com a redução desses sais minerais,
ocorrem modificações das ações musculares, do sistema nervoso central e periférico,
incluindo aqui a ação cognitiva, dentre elas o raciocínio, que poderá interferir na compreensão
do aluno e do professor, induzindo alterações no processo ensino-aprendizagem
(COUTO,1999)
O trabalho realizado em temperaturas elevadas, ou seja, no calor, apresenta
redução da função muscular e mental, podendo também estar presente tonteiras, desmaios,
aumento significativo de erros humanos com conseqüentes acidentes de trabalho. Desta feita,
é importante a realização das medições de calor (LAVILLE,1977).
4.6.2.2 FRIO
O frio é encontrado em fontes naturais e artificiais. Esse estudo só analisou o frio
originado de fontes artificiais, cujos valores estejam abaixo dos limites de tolerância, ou seja,
abaixo de 20 graus Celsius.
Quando o trabalhador exerce suas funções em ambiente com baixa temperatura, as
respostas orgânicas compensatórias estimulam os movimentos, aqui incluído os tremores de
extremidade com o objetivo de produzir calor, melhorar a circulação corporal e alimentação
tecidual. Essa resposta induz a agitação psicomotora interferindo no comportamento dos
alunos e professores (COUTO, 1999; BERNE, 2005).
61
4.6.2.2.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE
TEMPERATURA (CALOR E FRIO)
Os procedimentos para medição das temperaturas anormais são dependentes do
equipamento termômetro de globo com o índice de bulbo úmido – IBUTG. Este foi o
instrumento utilizado para medir temperatura ambiental sala de aula onde os professores
exercem suas principais atividades e aí permanecem o maior tempo da jornada de trabalho..
Foram realizadas medições na linha inicial (frente) da sala, linha final e no meio.
Os dados obtidos foram inseridos no item resultados. Foram excluídas as
medições pelo termômetro de bulbo seco, tendo em vista que este instrumento só deve ser
utilizado em medições de ambientes externos.
O termômetro também é denominado de medidor de estresse térmico, marca
INSTRUTHERM, modelo TDG-200, serie 0709280029622226, com certificado de calibração
rastreável 02178/07.
A variável agente nocivo físico temperaturas anormais, foi mensurada nas 385
salas de aula, incluindo aquelas onde há sistema de ar refrigerado, considerada como fonte
artificial. Havendo registro de níveis de temperatura abaixo de 20ºC poderá haver
reconhecimento de insalubridade, conforme art. 253 da CLT.
O equipamento utilizado para medição de temperatura foi o INSTRUTHERM,
modelo TDG-200, serie 070928002962226, com certificado de calibração rastreável 02179/07
e Minipa MSL1351 serie, com certificado de calibração com data de 02/08/07.
62
Fotografias VI e VII – Termômetros
Fotografia VIII - Medidas de temperatura sendo realizadas na sala de aula.
63
A investigação da exposição às temperaturas anormais foi realizada e comparada
com os valores adotados pela norma regulamentadora NR15 e Orientação Jurisprudencial -
SDI-1 nº. 173 do T.S.T, somente sendo relacionada às fontes artificiais e com exposição de
forma habitual e permanente.
Os protocolos utilizados na pesquisa para análise da condição não insalubre são
apresentados nos quadros do Anexo III da NR15, da Lei 6514/77 e Portaria 3214/78, com a
faixa ideal apontada entre 200C e 230C, porém esses valores só são considerados como em
condição insalubre quando a fonte geradora for artificial, conforme a Norma
Regulamentadora 17 da Lei 6514/77 e Portaria 3214/78 (VERDUSSEN,1978).
Os resultados obtidos por captação nas unidades de índice de bulbo úmido e
termômetro de globo (IBUTG) tiveram o objetivo de classificar as atividades em "leve",
"moderada" ou "pesada" . Esses resultados são relacionados ao dispêndio energético
necessário para o desenvolvimento da atividade dos professores em sala de aula.
4.6.3 ILUMINAÇÃO
A iluminação desejável é a natural, resultante da radiação solar, difundida na
atmosfera e refletida em todas as direções, porém esse tipo de iluminação sofre toda sorte de
influências, sendo a principal decorrente das condições metereológicas, com a decorrente
instabilidade.
Muitas atividades laborais são desenvolvidas em ambientes fechados e estes são
localizados em edificações não projetadas para a finalidade a qual se destinam.
A sala de aula não foge a essa situação, pois são raras as instituições de ensino que
possuem projetos arquitetônicos incluindo aqui a iluminação e desta forma as condições reais
não favorecem a entrada da iluminação natural ou permitem em excesso. O excesso ou a
deficiência de iluminação induz dificuldade para a visualização do quadro negro ou similar,
projeções e mesmo explicações do professor. Essa barreira deve ser eliminada por adoção de
sistema de iluminação que possa promover as adequações no ambiente da sala de aula
64
estimulando o melhor aproveitamento das horas destinadas às tarefas pretendidas, sem danos
à saúde do professor e dos alunos.
A iluminação já foi considerada como agente de insalubridade, tendo seus critérios de
reconhecimento descritos no anexo 4 da Norma Regulamentadora 15. Esse anexo foi
revogado pela Portaria nº. 3751 de 23/1/1990, tendo em vista a existência de tecnologia e
produtos específicos, capazes de adequar os ambientes.
Os níveis mínimos de iluminação e a relação com o tamanho do ambiente e o tipo de
destinação do mesmo foram transferidos para a Norma Regulamentadora 17, que adota as
diretrizes de iluminamento considerados adequados pela NBR 5413, norma da ABNT
registrados no INMETRO.
Como resultado, a NR-17 é a norma que aborda a questão da iluminação
relacionada ao reconhecimento de condições penosas do ambiente de trabalho. A NR 17
referenda a NBR 5413, que recomenda os valores de 500 lux, para sala considerada pequena;
700 lux, para a média e 1000 lux, para salas de aula de tamanho grande.
Desta feita, essa variável foi medida com o objetivo de identificar sua relação com
o processo ensino-aprendizagem e a condição de penosidade do professor, tendo de forma
implícita o risco de acidente na sala de aula, para alunos e professor.
No ambiente de trabalho do professor, a sala de aula, foram realizadas medições
com a finalidade de identificar as condições de trabalho desse profissional. Para tal, a
verificação dos critérios preconizados como ideais para o desempenho de suas tarefas, foram
relacionados à iluminação descrita na NR17 e NBR 5413.
4.6.3.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO
A observação da presença de sombras, reflexos e outros desvios da condição ideal
da iluminação foram registrados em cada sala de aula estudada.
65
Para a realização da medição da iluminação foi utilizado o equipamento de
avaliação do fluxo luminoso, o luxímetro da marca ICEL, modelo LD-550, número de série
LD550,0475, com certificado de calibração rastreável 0550/2007.
As medidas foram realizadas obedecendo à técnica de malhas, tomando como
ponto de referência a posição de cada aluno e a posição predominante do professor como
ponto inicial de referência.
A utilização desses pontos no ambiente interno da sala de aula obedeceu à divisão
em áreas iguais, com formato próximo ou igual a um quadrado.
A iluminância foi medida no centro de cada área, conforme a Figura 2.
Fonte: Soteras, 1985.
Malha de medições
↑↑↑↑
0,50 m
↓↓↓↓ ���� ���� ���� ���� E1 E2 E3 E4
↑↑↑↑
���� ���� ���� ���� d1
E5 E6 E7 E8
↓↓↓↓ ↑↑↑↑
d1/2
↓↓↓↓ ���� ���� ���� ←←←← d2/2 →→→→����
E9 E10 En-1 En
0,50 m
←←←← ←←←← d2 →→→→
66
4.7 INSTRUMENTOS
Foram considerados como instrumentos os documentos que devem ser elaborados
pelas instituições de ensino de todos os níveis, quer do setor privado ou público, contendo a
identificação, localização e quantificação dos riscos ocupacionais dos setores que integram a
instituições, incluindo nestas as medições dos agentes nocivos, apontados pela Lei 6514/77,
8213/91 e Decreto 3048/99.
São estes documentos:
� Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA;
� Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO;
� Laudo Técnico Coletivo Ambiental – LTCAT;
� Laudos individuais;
� Laudos Periciais de processos judiciais com emissão de sentenças.
Esses documentos deverão demonstrar os níveis dos agentes nocivos que
compõem os riscos ocupacionais de cada instituição. A este grupo de informações serão
somadas as informações colhidas e registradas pela ficha de pesquisa qualitativa elaborada
especificamente para a presente pesquisa.
4.8 PROCEDIMENTOS GERAIS
O acesso às instituições de ensino ocorreu, inicialmente, por inúmeros contatos
via telefone e encontros pessoais com Diretores e Coordenadores dessas instituições.
Foi elaborado um ofício explicativo e entregue a cada instituição de ensino,
solicitando a colaboração na pesquisa, autorização para avaliação das salas de aula e a
permissão específica para as medições dos agentes nocivos nos postos de trabalhos dos
professores participantes da pesquisa.
67
Nas visitas técnicas para a realização das medidas, foram cumpridas as seguintes
etapas:
• Construção da população intencional ou alvo de 180 instituições de ensino no
município do Rio de Janeiro;
• Contato informal com os diretores das instituições de ensino, informando o assunto e
objetivos da pesquisa. Houve também esclarecimento quanto ao tipo de investigação,
que se tratava de uma pesquisa de campo, onde não existiriam avaliações individuais
ou institucionais, só das salas de aula, e que os dados obtidos seriam sigilosos (junho a
agosto 2004);
• A maioria das instituições aceitou a realização da pesquisa sem a necessidade de
documentação oficial para sua realização, exceto sete delas, que receberam
comunicação oficial para a autorização das visitas técnicas;
• Após a autorização dos diretores das escolas (formal e informal) realizamos as visitas
técnicas (setembro 2004 a fevereiro 2007);
• Foi realizada análise dos dados obtidos da primeira etapa de 180 instituições de ensino
(fevereiro a dezembro de 2006);
• Elaboração do cálculo amostral da segunda etapa (outubro a dezembro de 2006);
• Medições da segunda fase em 42 instituições de ensino selecionadas de forma
aleatória pelos estatísticos (fevereiro a dezembro 2007);
• Tratamento estatístico final (janeiro e fevereiro 2008).
4.9 AVALIAÇÕES DA SEGUNDA FASE
Foi realizado estudo da população intencional ou alvo de 180 instituições de
ensino, pertencentes à primeira fase da pesquisa, para a extração de uma amostra com nível de
confiança de 95% e com erro absoluto de 5%. Essa amostra foi composta por sete instituições
de ensino de cada estrato, totalizando 42 instituições.
68
As instituições foram selecionadas com probabilidade proporcional a uma medida
de tamanho que, neste caso, teve sua base de cálculo no número de alunos de cada instituição
pesquisada. Desta forma, o procedimento adotado aumentou a eficiência das estimativas
obtidas através da amostra.
4.9.1 FLUXOGRAMA DA PESQUISA
O fluxo demonstra a tomada de decisão de forma resumida.
Ao encontrar as fontes geradoras de agentes nocivos na primeira fase e estando estes
agentes relacionados a insalubridade e penosidade, foram inseridos como variáveis da
segunda fase e medidos com equipamentos de alta sensibilidade.
Não sendo identificadas as fontes de agentes nocivos relacionados à periculosidade,
ficando comprovada a condição de segurança e a inexistência de periculosidade nas salas
de aula estudadas.
POPULAÇÃO ALVO PESQUISA DE FONTE
MEDIÇÕES DOS AGENTES NA AMOSTRA
NÃO PERICULOSIDADE
LIMITE DE TOLERÂNCIA GASTO ENERGÉTICO
NÃO INSALUBRIDADE
INSALUBRIDADE NÃO PENOSIDADE
PENOSIDADE
FIM DO PROCESSO
F o nte ausente
A baixo A c ima M eno r M aio r
F o nte presente
69
4.9.2 RESUMO DAS AÇÕES
Quadro 2 - Resumo das ações da pesquisa:
Fase da Pesquisa Fase I Fase II Atividade Pesquisa de Fontes geradoras de
agentes nocivos Pesquisa de agentes nocivos e medições dos mesmos
Participantes Instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede Pública e Privada Professores Alunos
Instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede Pública e Privada Professores Alunos
Número de participantes
180 Instituições de Ensino 1446 salas de sula 1634 professores 63.677 alunos
42 Instituições de Ensino 385 salas de sula 481 professores 17.974 alunos
Características da pesquisa
População intencional maior que a amostra aleatória necessária
Amostra Estratificada da População intencional
Local Município do Rio de Janeiro Município do Rio de Janeiro
Número de bairros envolvidos
48 dos 160 48 dos 160
Zona urbana envolvidas
Centro, Sul, Norte, Oeste Centro, Sul, Norte, Oeste
Tipo de coleta Qualitativa Quantitativa
Métodos e técnicas Protocolo da NR9, 15,16,17,20 Protocolos NR 9,15,17 NIOSH, ACGIH
Fontes possíveis Vozes humanas, reservatórios de substancias, ventiladores, ar refrigerados, tarefas dos professores, maquinário e instrumentos
Não se aplica
Instrumentos Ficha de análise e registro
Protocolos de valôres teto do MTE, NIOSH, ACGIH
Agentes nocivos Ruído, vibração, temperaturas anormais, radiação ionizante, radiação não ionizante, pressão atmosférica, umidade do ar, agentes biológicos, taxa metabólica, recursos audiovisuais
Ruído, iluminação e temperaturas anormais
Equipamentos Não se aplica Audiodosímetro, luxímetro, termômetro seco e IBUTG
Dados coletados Presença ou ausência de fontes de ruído, temperatura e iluminação
Valôres de ruído, temperatura e iluminação
70
4.10 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
A maioria dos procedimentos específicos foram realizados por ocasião das visitas
técnicas nas instituições de ensino pesquisadas. Esses procedimentos foram detalhados em
cada tópico de cada uma das variáveis inseridas na pesquisa.
4.10.1 ETAPAS DO ESTUDO
A primeira fase ou inquérito preliminar, constituiu-se na fase do estudo no qual
foram realizados os levantamentos qualitativos dos critérios relacionados às existência ou não
das fontes geradoras de agentes nocivos com probabilidade de serem propagadas no ambiente
de trabalho do professor e com isso causar ou agravar processos mórbidos nesses
profissionais.
Esses critérios são apontados conforme orientação da NR9, contida na Lei
6.514/78, que norteia todas as avaliações ambientais do trabalho. Nesta etapa foi realizada a
antecipação, reconhecimento e identificação dos agentes nocivos, indicando quais deles
deveriam ser melhor pesquisados com a utilização de equipamento de alta sensibilidade,
inseridos assim, na segunda fase do estudo.
As visitas técnicas realizadas destinaram-se à realização da observação detalhada
do ambiente de trabalho, levando em conta os seguintes critérios:
1. Espaço físico e sua relação com a ventilação, umidade, iluminação, temperatura,
vibração, químicos, radiações e agentes biológicos;
2. Determinação e localização das possíveis fontes geradoras dos agentes relacionados
como variáveis;
3. Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho;
4. Obtenção de dados existentes na empresa com registros no Programa de Prevenção
dos Riscos Ambientais, laudos diversos com indicativos qualitativos ou quantitativos
dos agentes nocivos.
71
A segunda fase foi constituída de avaliações quantitativas com uso de
equipamentos específicos de alta sensibilidade, descritos nos tópicos referentes à cada uma
das variáveis da pesquisa.
4.11 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
A delimitação inserida na presente pesquisa tem como compromisso a redução de
interferências e manutenção do foco do estudo, excluindo as variáveis que não pertencem ao
objetivo da pesquisa.
Foram excluídas do estudo:
• Todos os ambientes das instituições de ensino que não fossem as salas de aula;
• Todas as salas de aula destinadas à pré-escola, cursos profissionalizantes não
vinculados ao ensino fundamental ou médio, cursos livres de línguas, informática, de
técnicas administrativas, artesanais, danças, esportes, outros similares e os cursos à
distância;
• As salas de aula onde atuavam professores cooperativados, temporários, prestadores
de serviço, pela dificuldade da identificação da carga horária e localização do
ambiente de trabalho, ou por serem itinerantes;
• As salas de aula de cursos profissionalizantes (tecnólogos), nível superior com vínculo
já reconhecido com a insalubridade (medicina, psicologia, fisioterapia, terapia
ocupacional, veterinária, enfermagem, farmácia, engenharia química, zootecnia,
engenharia de alimentos, engenharia de petróleo, construção civil e outras profissões
que apresentam reconhecidas fontes geradoras de agentes nocivos de qualquer
natureza).
• As salas de aula onde os professores utilizam instrumentos de trabalho que já possuem
reconhecimento de insalubridade, penosidade ou periculosidade;
72
• As salas de aula de cursos técnicos de anatomias patológicas, órteses e próteses
dentárias, necropsia, e similares;
• A análise dos fatores sociais, psicológicos, influências antropológicas, antropométricas
e carga cognitiva, por já ter sido comprovada por outros pesquisadores;
• A variável “pressões anormais”, que é específica para professores de mergulho e que
não compete ao presente estudo e também por se tratar de curso livre ou de
oceanografia, que possui norma específica com reconhecimento de insalubridade e
periculosidade;
• A exclusão da luz negra na faixa de 400-320 nanômetros da variável radiação não-
ionizante por ter sido excluída da legislação específica;
• A análise da taxa de metabolismo basal, cálculo por fórmula com critérios de altura,
peso corporal, tipo de roupa utilizada no desempenho profissional com uso de
equipamentos de alto custo;
• Na análise da iluminação, não foi incluída a verificação da distribuição da luz, fluxo
luminoso, sombras, reflexos, eficiência e eficácia do tipo de lâmpada utilizada nas
salas de aula, difusão da fonte luminosa, classificação de lâmpadas e luminárias;
• Do cálculo da iluminação das salas de aula, foi excluída a identificação da condição
metereológica do dia da medição, ou seja, dia claro, nublado ou chuvoso, por se tratar
de variável de ação dinâmica e de fácil modificação;
• Nas medidas de iluminação foram excluídas a análise da participação da luz natural ou
artificial fora da área da sala de aula, por ser entendido que o ambiente da sala deve
ser adequado de forma independente da existência de janelas, basculantes, projeção do
sol ou presença de sombras.
73
4.12 FONTES DOS DADOS
Os dados foram registrados em ficha elaborada para esse estudo, inseridos em
banco de dados e estes comparados aos valores determinados como limites de tolerância pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e validados internacionalmente pelos centros
internacionais de pesquisa, OSHA, NIOSH e ACGIH, e adotados pela OIT como referência
mundial.
4.13 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
A coleta dos dados foi iniciada em setembro de 2004 e finalizada em dezembro de
2007, com o recebimento dos últimos laudos e pareceres dos engenheiros e técnicos de
segurança que auxiliaram na realização das medições de campo. As conclusões de cada
medição referentes a cada instituição de ensino foram analisadas e classificadas em condições
não insalubres, insalubres, penosas e periculosas.
Os dados foram comparados com os resultados da primeira etapa e analisados
com base nos parâmetros já indicados nas variáveis e classificados conforme a legislação
própria indicada nos procedimentos.
Foi utilizado o programa Microsoft Excel para tratamento dos dados e elaboração
de tabelas e gráficos (REHDER et al, 2002),
O banco de dados recebeu tratamento estatístico através do software SPSS13.5® -
statistical pakckage for the social sciences, que foi utilizado através de uma janela do
Windows, com realização dos cálculos de distribuição de freqüência, medidas de tendência
central, objetivando a análise dos dados e sua comparação com os valôres oficiais para o
reconhecimento das condições do ambiente de trabalho dos professores.
74
E, por último, a aplicação do teste de Kruskal-Wallis, para verificação da
existência de diferenças estatisticamente significantes, entre os valores encontrados no estudo
do ruído, temperatura e iluminância, nas seis categorias de ensino.
Utilizou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis porque apesar de dispensar
suposições quanto à distribuição de probabilidade dos dados, forneceu resultados tão
confiáveis quanto aos dos testes paramétricos. (SIEGEL, 1975: 209-219)
75
5. RESULTADOS
A presente pesquisa teve como objetivo identificar e avaliar os riscos
ocupacionais presentes no ambiente de trabalho dos professores, que atuam no ensino
fundamental, médio e superior, na rede privada e pública de instituições selecionadas no
município do Rio de Janeiro.
Esse estudo foi realizado em duas fases, a primeira para identificar as fontes
geradoras dos agentes nocivos físicos, químicos e biológicos e seus decorrentes riscos
ocupacionais; a segunda para medir os agentes nocivos e compará-los aos valores oficiais,
gerando reconhecimento da capacidade de causar ou agravar a saúde do professor.
Para tanto, foram formuladas cinco hipóteses, com base na literatura revisada
relacionada aos riscos ocupacionais dos professores.
O primeiro resultado obtido foi através da tese da hipótese, com a aplicação de Kruskal-
Wallis, onde temos:
5.1 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS
No teste de Kruskal Wallis, cada uma das observações “salas de aula” é substituída por
um posto. Ou seja, todos os escores, medições, das seis categorias de ensino combinadas são
dispostas em uma única série de postos.
Ao menor escore, medição, atribui-se o posto 1, ao seguinte o posto 2, seguindo-se
sucessivamente desta forma, até o maior posto. Quando ocorrer empates entre dois ou mais
escores, atribui-se a cada um deles a média dos postos respectivos. Após este procedimento,
determina-se a soma dos postos em cada uma das categorias de ensino. O teste irá determinar
se essas somas são tão díspares que não seja provável que sejam provenientes de uma mesma
população.
76
Pode-se mostrar que se as seis categorias de ensino provêm efetivamente da
mesma população ou de populações idênticas, ou seja a hipótese nula H0 é verdadeira,
então H (estatística de teste utilizada) tem distribuição qui-quadrado. (SIEGEL, 1975: 209)
5.2 TESTE DE HIPÓTESE
H0 : Não existe diferença nas medições de ruído encontradas nas salas de aula nas seis
categorias de ensino.
H1 : Existe diferença nas medições de ruído encontradas nas salas de aula nas seis categorias
de ensino.
Nível de significância do teste: 0,05
Estatística de teste: ( ) ( )∑=
+−+
=k
j j
j Nn
R
NNH
1
2
131
12 (SIEGEL, 1975: 209)
Onde,
k = número categorias de ensino
jn = número de casos na categoria de ensino j , com 6,5,4,3,2,1=j
N = ∑ jn , número de casos em todas as categorias de ensino combinada
jR = soma dos postos nas categorias de ensino j , com 6,5,4,3,2,1=j
∑=
k
j 1
indica o somatório sobre todas as k categorias de ensino
77
Correção para empate de postos: NN
T
−− ∑
31 ,
Onde:
ttT −= 3 ( t sendo o número de observações empatadas em um grupo de escores empatados)
∑T indica o somatório sobre todos os grupos de empates
Estatística de teste corrigida: ( ) ( )
NN
T
Nn
R
NNH
k
j j
j
−−
+−+
=∑
∑=
3
1
2
1
131
12
, (SIEGEL, 1975: 213)
Critério de decisão do teste: se o valor H calculado for maior que o valor crítico, rejeita-se
H0.
5.3 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE RUIDO
Para testar o critério de insalubridade do agente ruído, foram excluídas da
análise dezessete observações “salas de aula”, nas quais encontramos valores de Lavg acima
de 85,0 dB(A). O teste apresentou como resultado a rejeição da hipótese nula, ou seja, as
medições variam significativamente entre as categorias de ensino, e o valor da estatística
teste foi deH = 68,54, com 5 graus de liberdade, fornecendo uma probabilidade de 2,066E-
13, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o teste. Tabela 38 - Apêndice
78
No teste do critério de penosidade, foram utilizadas todas as salas de aula, uma
vez que todas apresentaram valores de Lavg dB(A) acima de 60,0.
Mais uma vez a hipótese nula foi rejeitada, evidenciando variações
significativas para penosidade entre as categorias de ensino.
O valor da estatística teste foi deH = 79,28, com 5 graus de liberdade,
fornecendo uma probabilidade de 1,188E-15, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos
para o teste.
O valor da estatística testeH = corresponde ao qui-quadrado. Tabela 39 -
Apêndice
5.4 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE TEMPERATURAS
ANORMAIS
As temperaturas na faixa entre 20ºC e 23ºC são consideradas dentro da
normalidade. As salas de aula consideradas insalubres e penosas apresentaram valores
apurados que estavam fora da faixa de normalidade, ou seja, temperatura abaixo de 20ºC ou
acima de 23ºC.
O teste apresentou como resultado a rejeição da hipótese nula, ou seja, as
medições variaram significativamente entre as categorias de ensino.
O valor da estatística teste foi deH = 15,80, com 5 graus de liberdade,
fornecendo uma probabilidade de 0,007, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o
teste. Tabela 40 - Apêndice
79
5.5 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE ILUMINAÇÃO
O agente “iluminação” foi testado em todas as salas de aula, uma vez que todas
apresentaram níveis abaixo do recomendado, ou seja, Lux inferior a 500.
Mais uma vez a hipótese nula foi rejeitada, evidenciando variações significativas
para a penosidade entre as categorias de ensino.
O valor da estatística teste foi deH = 21,53, com 5 graus de liberdade,
fornecendo uma probabilidade de 0,0006, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o
teste. Tabela 41 - Apêndice
A presente pesquisa contou com a participação de 180 instituições de ensino, 1446
salas de aula, 63.677 alunos e 1634 professores dos três níveis de ensino de ambas as redes de
ensino. Na primeira fase da pesquisa foram realizadas 28.920 medidas e na segunda 27.840
medições, alimentando banco de dados, com a correspondente análise estatística.
A população estudada foi representada pelo Gráfico 1- Quantidade de alunos,
professores e salas visitadas e no Gráfico 2 a distribuição do numero de alunos, professores e
salas de aula por nível de ensino pesquisado.
80
Gráfico 1- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas
63.677
1.634 1.446
0
20000
40000
60000
80000
Alunos Professores Sala
Qua
ntid
ade
Fonte: Autor
Gráfico 2-Quantidade de alunos, professores e salas visitadas por categoria de ensino
299 377 130 151 245 244287 309 257 253 295 233
13.345
19.235
6.690
8.640 8.2457.522
0
5000
10000
15000
20000
Fundamental Privado Fundamental Público Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público
Qua
ntid
ade
Sala Professores AlunosFonte: Autor
81
A população intencional investigada na primeira fase foi denominada de população
alvo e contou com a representação de 47 bairros do município de Rio de Janeiro,
correspondendo a 29,38 % do total de cento e sessenta bairros.
Gráfico 3 - Instituições visitadas por zona urbana
107
34
20
19
0 20 40 60 80 100 120
Zona Norte
Zona Sul
Zona Oeste
Centro
Nº de InstituiçõesFonte: Autor
Todas as zonas urbanas do município do Rio de Janeiro estiveram representadas
nas 180 instituições estudadas com a seguinte distribuição: 19 instituições na zona centro, 107
na zona norte, 20 na oeste e 34 na zona sul. Gráfico 3 – Apêndice
82
As variáveis pesquisadas relacionadas às condições insalubres e penosas dos
professores em sala de aula apresentaram os resultados de:
5.6 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA
• 100% das 66 salas de aula do ensino fundamental público, em condições penosas
com probabilidade de adoecimentos da voz dos professores, e dessas 3,03%
apresentaram condições penosas e ao mesmo tempo insalubres, com possibilidade de
causar danos à saúde do professor por perda auditiva, se o professor for também
submetido à condição insalubre na jornada de trabalho seguinte e se esse mecanismo
for repetido durante todos os dias da semana;
• 100% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas,
com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.e, destas
acumulativamente 3,66% apresentam condições insalubres, com possibilidade de
instalação de lesão auditiva nos professores, se complementada à jornada e houver a
habitualidade durantes todos os dias da semana;
• No ensino médio público, essa variável apresentou 100% das 32 salas de aula em
condições de penosidade, oferecendo risco de adoecimento da voz do professor. Esse
grupo apresentou caracteristicas diferenciadas em três salas de aula, a 6,17 e 23 da
Tabela 13 -Apêndice , onde os resultados da dosimetria se apresentaram muito abaixo
de todas as salas estudadas nos três níveis.
Nessas três salas há predominância de alunos surdos-mudos com uso de
linguagem “libras” entre os professores e os alunos e alunos entre alunos
promovendo, assim, uma redução na emissão sonora originada pelas vozes
humanas;
83
• O ensino médio privado apresentou 100% das 33 salas de aula em condições penosas
com probabilidade de adoecimento da voz do professor e concomitantemente
12,12% das salas em condições insalubres, com probabilidade de instalação de lesão
auditiva nos professores, se houver complementação da jornada nas mesmas
condições e com habitualidade de todos os dias da semana;
• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula apresentaram condições
penosas, com probabilidade de adoecimento da voz dos professores;
• No ensino superior público, os resultados da dosimetria apresentaram 100% das 101
salas de aula em condições penosas probabilidade de adoecimento da voz dos
professores .e acumulativamente 7,92% das salas em condições insalubres com
possibilidade de aparecimento de lesão auditiva no professor, se houver
complementação do tempo de quatro horas em outra jornada com a mesma condição.
Desta forma, a condição penosa gerada pelo ruído está presente em 100% das
salas de aula, nos três níveis de ensino e de igual modo na rede pública e privada.
Não houve identificação de fontes geradoras de ruídos de impacto, tendo em vista
a ausência de máquinas que produzam essa emissão sonora nas salas de aula pesquisadas,
razão da não medição do ruído de impacto na segunda fase de pesquisa.
84
Gráfico 4- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino
96,34% 96,97%87,88%
100,00% 100,00%92,08%
3,66% 3,03%12,12%
7,92%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fundamental Privado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)
Penosidade (Lavg dB(A) > 60)Fonte: Autor
Gráfico 5- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino
100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
7,92%12,12%
3,03%3,66%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fundamental Privado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Penosidade (Lavg dB(A) > 60) Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)
85
Para que o professor possa apresentar lesão auditiva por exposição ao ruído em
níveis insalubres, gerado dentro das salas de aula, se torna necessário que o ambiente não
sofra modificações de qualquer natureza e que promova sua redução. Para isso, o número de
alunos deve permanecer o mesmo, assim como as condições físicas como: ventiladores e ar
refrigerados, acrescentando o aumento de jornada, em outra instituição por mais quatro horas,
com as mesmas características da anterior e ainda, que sua jornada seja ampliada para oito
horas no mesmo ambiente de trabalho e que não haja afastamento para intervalo ou refeições.
Tabela 14 a 19.
Dentre todas as categorias de ensino, o menor valor encontrado para o Lavg foi
60,1 dB(A), indicando a presença da penosidade em todas as salas de aula, e o valor mais
elevado foi de 86,9 dB(A).
Os valores médios encontrados para o ruído apresentaram valores entre 73,4 e 80,5 com
coeficientes de variação abaixo de 10%, indicando pouca variabilidade em torno das médias
calculadas dentro das categorias de ensino. Tabela 20
Tabela 20 - Estatísticas descritivas do agente ruído por categoria de ensino
Categoria de ensino Estatísticas descritivas
Nº. de salas
Lavg dB(A) médio
Lavg dB(A)
mediano
Lavg dB(A)
mínimo
Lavg dB(A)
máximo
Desvio padrão
Coeficiente de variação
Fundamental Privado 82 78,7 79,3 69,7 86,1 3,24 4,12% Fundamental Público 66 79,0 79,5 69,7 86,3 3,07 3,89% Médio Privado 33 80,5 80,4 72,1 86,9 3,67 4,56% Médio Público 32 73,4 75,5 60,1 81,0 6,23 8,49% Superior Privado 71 76,2 76,8 67,1 82,6 3,97 5,20% Superior Público 101 80,4 80,4 71,3 86,9 3,40 4,23% Total 385 78,5 79,3 60,1 86,9 4,29 5,47%
86
5.7 TEMPERATURAS ANORMAIS – CALOR E FRIO
• 69,70% das 66 salas de aula do ensino fundamental público apresentaram condições
penosas pela presença da temperatura acima de 230C, com possibilidade de
aparecimento de quadro de fadiga física e mental transitória , edema corporal
principalmente nos tornozelos, com perda de água e sal com irritabilidade, sede, e
agravamento da hipertensão arterial, se o professor for portador; e 30,30% dentro
da faixa preconizada como dentro da normalidade;
• 65,85% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas
pelo calor e 30% em condições de normalidade. De igual forma o ensino fundamental
público com temperaturas anormais, calor, acima de 230C, condição que favoreça a
instalação de danos à saúde dos trabalhadores que ali desempenham suas funções, pela
possibilidade de estímulos e alterações no sistema termorregulador com conseqüente
adoecimento dos professores;
• No ensino médio público, essa variável apresentou 75% das 32 salas de aula em
condições de penosidade, com possibilidade de adoecimento do professor. As 25%
das salas restantes apresentaram-se dentro da faixa de normalidade, não oferecendo
possibilidade de adoecimento;
• O ensino médio privado apresentou 60,61% das 33 salas de aula em condições
penosas oriundas do calor com risco de adoecimento do professor e 39,39 % das salas
em condições salubres;
• No ensino superior privado, 76,06% das 71 salas de aula apresentaram condições
penosas com possibilidade de adoecimento dos professores; 23,94% das salas
apresentam-se dentro das condições ideais e 2,82% das salas com níveis de
temperaturas médias de 160C, muito abaixo do conforto térmico;
87
• No ensino superior público os resultados da condição térmica apresentaram um
percentual de 74,26% em condições de penosidade e 24,75% dentro da normalidade;
Gráfico 6- Salas de aula com penosidade em relação à temperatura por categoria de ensino
65,85% 69,70%60,61%
75,00% 76,06% 74,26%
34,15%30,30%
39,39%
25,00% 23,94% 25,74%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fundamental Privado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Insalubre e penosa(IBTU < 20ºC ou IBTU > 23ºC)
Não insalubre e não penosa (IBTU de 20ºC a 23ºC)
A exposição às temperaturas anormais tem possibilidade de ser reconhecida ao
mesmo tempo como insalubre e penosa, provocando respostas orgânicas com boa
recuperação, quando essas exposições são transitórias e ocasionais, mas quando são habituais
e permanentes, estimulam alterações teciduais e funcionais no professor, podendo contribuir
para instalação de morbidades. Tabelas 21 à 26 – Apêndice
5.8 FONTES DE AGENTES NOCIVOS NÃO DETECTADAS
Algumas fontes geradoras de agentes nocivos não foram identificadas ou eram
inexistentes. Este resultado não significa insucesso ou falta de critério na investigação e sim
registro da condição real de trabalho do professor. Se essas fontes fossem encontradas, a
pesquisa estaria registrando situação excepcional.
88
Os resultados podem ser positivos ou negativos, em algumas situações a ausência
traz condições não insalubres, não penosas e não periculosas.
Desta feita, a ausência de fontes nas salas de aula do agente vibração, radiação
ionizante e radiação não ionizante, foi considerada satisfatória, pois houve a confirmação da
inexistência da condição de periculosidade nas salas de aula estudadas.
Não foi identificada fonte de agentes biológicos, tendo como resultado a ausência
de insalubridade por esse agente.
Ao se constatar a ausência de fontes, houve a supressão da necessidade da
realização de medições com uso de equipamentos.
As variáveis relacionadas à insalubridade como umidade relativa do ar, pressão
atmosférica, vibração e agentes biológicos foram consideradas dentro da normalidade, uma
vez que estes agentes foram considerados dentro das mesmas condições de toda a população
do município do Rio de Janeiro.
5.9 FONTES DE AGENTES ANALISADOS QUALITATIVAMENTE
Os agentes químicos foram representados pelas substâncias químicas que compõe as
colas, massas de modelagens, tintas, giz e marcador de quadro branco, registrados na primeira
fase, em todas as salas de aula das instituições do ensino fundamental da rede pública e
privada, com o uso ocasional e intermitente, ou seja, a atividade desenvolvida com os alunos
ora utilizam massa de modelar, tintas, colas, canetas e assim a exposição não é acumulativa.
As composições desses produtos foram analisadas e possuem selo do INMETRO,
confirmando que foram analisadas de forma detalhada com equipamentos específicos e que
não oferecem risco à saúde de quem as manipula. Sendo, desta forma, consideradas não
insalubres.
89
No nível médio e superior encontramos apenas giz e marcador de quadro
branco. Nessa população há uso do giz e do caneta/marcador de quadro.
Os professores que participaram do estudo declararam ter preocupação com a
exposição ao pó de giz e essa atitude estimulou a adoção da caneta/marcador de quadro na
maioria das instituições de ensino.
Essa substituição não apresentou estudos para fundamentação da troca, não
havendo afirmação se houve ação de prevenção ou mais riscos a saúde do professor por
inalação dos vapores da caneta/marcador de quadro..
Na segunda fase da pesquisa, a análise das substâncias químicas foi iniciada com
o objetivo de identificar a concentração e valores de limite de tolerância determinados como
de segurança e preconizados pelo MTE.
A análise das substâncias químicas contidas nas canetas/marcadores de quadro
branco não foi realizada por falta de informações sobre os produtos químicos que participam
de sua composição.
Para que haja análise química se torna necessária a identificação, no mínimo, do
ativo principal. A fórmula apresentada no produto descreve somente o grupo químico da
substância, o que torna dispendioso e demanda muito tempo, muito além do previsto para um
doutorado.
Essas informações foram solicitadas de forma exaustiva aos fabricantes, e foram
esquecidas ou apresentaram como resposta o silêncio hostil.
Mesmo assim, foi utilizado equipamento com aspiração de amplo espectro,
resultando leitura “indetectável” como resposta aos produtos químicos da caneta/marcador,
não havendo segurança nessa medição, e podendo traduzir um falso negativo, ou seja, medida
que não tem a capacidade de identificar, apresentando resultado como negativo, mas que em
equipamento específico seria detectado e registrado seus valores.
90
Outro fator que contribuiu para a dificuldade na realização da análise dos agentes
químicos, tendo como fontes geradoras a caneta/marcador de quadro foi a reação de
transformação das substâncias químicas de forma liquido/pastoso para vapor, em quantidade
de baixo volume, que dificulta a captação pelo cassete coletor, ou seja, recipiente de captação
para bomba de aspiração. Somada essa dificuldade, vem a falta de especificação do produto
químico, induzindo leitura com resultado falso negativo.
Os aparelhos utilizados para essa medição são extremamente sofisticados e
necessitam de cassete específico para sua aspiração e análise.
A investigação dessas substâncias teve inicio na leitura das embalagens do
produto, e no lugar onde deveria constar a descrição das substâncias, ou pelo menos o nome
delas, houve o registro de grupos químicos genéricos, como resinas termoplásticas, tinta à
base de álcool, pigmentos, resinas, solventes e aditivos.
Essa descrição em nada ajuda a quem necessita realizar pesquisa desses agentes
químicos. A falta do conhecimento da composição química e o ato de uma criança colocando
na boca tal caneta em instituição de serviço pré-escolar poderá ter como resultado acidente
por contato oral, transformando o evento em fato gravíssimo, prejudicando o ato de socorro
médico, pois a prescrição do medicamento será de forma inadequada por falta de
identificação da substância, colocando em risco a vida da criança ou pessoa acidentada.
Essa atitude dos fabricantes demonstra a falta de compromisso com o usuário e ao
mesmo tempo falha na fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.
A exaustiva procura levou ao contato com os Sistemas de Informações tóxico-
farmacológicas das universidades, também sem sucesso.
Não identificamos publicações com relato de experiências e pesquisas a respeito
dos compostos químicos dos marcadores/canetas de quadro branco, tanto na literatura
nacional como internacional.
91
A observação do uso da caneta/marcador de quadro facilitou o registro da
seqüência e forma da transformação das substâncias que compõe esses produtos. Essa
descrição possibilitou analise por engenheiro químico experiente de forma dedutiva e sem
ajuda de equipamentos, com emissão de parecer.
A ação de uso da caneta/marcador no momento da escrita, com a ponta de silicone
quando toca a superfície do quadro, libera substância colorida (azul, preto, vermelho ou
verde) imprimindo nesse quadro as formas escritas ou desenhadas. Nota-se que por ocasião do
toque ocorre evaporação rápida (cerca de 3 segundos) e aparece odor que lembra o do álcool.
Após a secagem, a retirada dessa substância por apagador especial não é total,
permanecendo uma fina camada que somente desaparece por ação mecânica, que pode ser
gerada pela ação de uma escova de dentes (recomendada pelos fabricantes) provocando o
desprendimento de partículas de pequeno diâmetro, porém possíveis de serem identificadas a
olho nu.
Os produtos químicos contidos na caneta/marcador de quadro branco sofrem
transformação da tinta líquido-pastosa passando a uma substância endurecida que forma uma
película orgânica e resistente, similar aos óleos secantes (óleos de linhaça e óleo de tungue).
Os óleos secantes possuem alta percentagem de glicerídeos derivados de ácidos graxos com
duas ou três ligações duplas e são componentes importantes de tintas e vernizes (LOPES
NETTO 2004).
Sua secagem não resulta meramente da evaporação do solvente, como a aguarrás
ou óleo de terebentina, mas sobretudo de uma reação química decorrente da polimerização de
óleos insaturados, provocada pelo oxigênio. A coloração decorre da adição de pigmentos.
O processo de polimerização e a estrutura do polímero são extremamente
complexos e não estão ainda completamente elucidados. O processo resulta, em parte, do
ataque de radicais aos átomos de hidrogênio alílicos reativos, radicais univalentes que se
compõem de três átomos de carbono e cinco de hidrogênio, e em parte, de polimerização de
radicais alcenos, o mesmo que olefina, composto binário de carbono e hidrogênio, e outra
parte, de uma reticulação por átomos de oxigênio, semelhante à produzida pelo enxofre na
borracha vulcanizada. Sem a identificação das substancias químicas, torna-se inviável a
medição da intensidade, concentração e valôres do agente nocivo, condição necessária à
análise de risco ocupacional do posto de trabalho do professor, nessa variável.
92
A presença de agentes químicos na atividade do professor através da
caneta/marcador, também chamado de pincel atômico, teve as substâncias apontadas de forma
genérica, mas essa dificuldade não exclui a probabilidade de causar adoecimento dos
professores.
Não ter identificado as substâncias não exclui a relação de causa e efeito entre o
uso do pincel atômico e o desencadeamento de crise alérgica ou de asma brônquica. Os dados
não obtidos não excluem a possibilidade de haver relação de causa e efeito entre o uso da
caneta/ marcador de quadro branco e o desencadeamento de crise alérgica ou de asma
ocupacional nos professores.
Outra substância classificada como agente químico foi o pó de giz, utilizado por
longo tempo pela maioria dos professores, principalmente em municípios mais afastados e
com menor poder aquisitivo.
Na atividade do professor, a poeira resultante do uso do giz é bastante comum.
Em algumas instituições de ensino, mesmo havendo oferecimento da caneta/marcador de
quadro branco, os professores com mais tempo de trabalho preferem utilizar o giz .
Patnaik (2006) e ACGIH (2002) classificaram a poeira oriunda do giz escolar
como “poeiras incômodas”, e descrevem eventos ocasionais de pequena monta que atinge os
pulmões, sem causar adoecimento.
A maioria das partículas de poeira oriunda da escrita no quadro é projetada em
diversas direções, acompanhando o sentido do vento existente e o deslocamento de ar, quando
não há deslocamento de ar, o mesmo cai por ação da gravidade, sobre os ombros e pés dos
professores e no chão a sua volta.
A quantidade diária de gasto de giz é pequena, tendo em vista a fabricação de giz
denominado hipoalérgico, na qual a maior característica é o desprendimento do menor
número de partículas por unidade de giz. As partículas liberadas do giz são de quantidades
diárias pequenas e possuem projeção do nível dos ombros para baixo, sendo
excepcionalmente inaladas.
93
O giz é composto por carbonato ou silicato de cálcio, sendo o carbonato de cálcio
o de maior uso. O giz branco, composto por sulfato de cálcio hemihidratado, com a fórmula
CaSO4 + 1/2 H2O, adota as cores verde, amarelo, vermelho e azul, quando adicionados
pigmentos orgânicos isentos de óxido de ferro e aditivos. O processo de obtenção é mecânico
em via seca, a partir de gipsita com a composição de sulfato de cálcio bi-hidratado - CaSO4 +
2 H2O.
Os aspectos físicos do giz são: dimensão de 70 mm, diâmetro entre 9 mm e 12
mm, inodoro, possui maior maciez ao traço sem redução de resistência e consequentemente,
um maior rendimento.
Para proteção do professor, o giz possui uma fina película protetora, que envolve
o bastão, amenizando o contato com o pó desprendido pelo atrito com o quadro negro
(COLMATI et al, 2006; JANG et at, 2006 e SANTIAGO et al, 2005).
Patnaik (2006) descreve essa poeira como partículas de diâmetro aerodinâmico
maiores que 10 micras, ficando retidas na região nasofaringe (nariz e seios da face).
A barreira inicial é o nariz, que atua como um filtro efetivo devido a sua estrutura
única e grande área de superfície (MOREIRA e ANDRADE, 2008).
Uma quantidade desprezível de partículas possui diâmetro menor que dez micras,
podendo atingir os alvéolos pulmonares em quantidades insuficientes para provocar reações.
Essa pequena quantidade de partículas não possui comportamento irritativo e portanto não
determina formação de fibrose pulmonar, característica das pneumoconioses13. Essas
partículas podem, entretanto, provocar reações alérgicas na dependência do perfil
imunológico do professor, e desencadear a denominada asma ocupacional14.
Como as partículas de giz ficam retidas na primeira barreira mecânica, o nariz,
essa estrutura orgânica pode reagir com quadro de rinite alérgica15 (SLAVIN, 1998).
Muitas vezes, ao fazer uso da voz, o professor ingere essas partículas oriundas do
giz, que chegam ao aparelho digestivo e são eliminadas pelas fezes, não causando qualquer
alteração.
13 Pneumoconiose – é a deposição de poeiras no pulmão com resposta tecidual fibrótica (Tarantino, 2008). 14 Asma Ocupacional – Obstrução reversível do fluxo aéreo e/ou hiper-responsividade brônquica devido a causas e condições atribuíveis a um determinado ambiente de
trabalho e não a estímulos externos (Tarantino 2008). 15 Rinite alérgica –Processo inflamatório decorrente da exposição a agentes sensibilizantes (Slavin 1998).
94
O giz é composto por carbonato, de maior uso, ou silicato de cálcio, não trazendo
em si estrutura química com comprovação de nexo causal com doenças do trato respiratório
ou digestivo (PEARCE et al, 2000)
O terceiro grupo foi composto por variáveis relacionadas às condições de
periculosidade e a pesquisa não identificou fontes de explosivos ou inflamáveis, sendo a
atividade do professor considerada sem periculosidade.
5.10 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕE S PENOSAS
DOS PROFESSORES
5.10.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
A pesquisa investigou o gasto energético dos professores, dos níveis pesquisados,
o ensino médio público demonstrou maior solicitação do gasto energético, ou seja, 856 Kcal
por quatro horas, ou seja, jornada de trabalho de quatro horas. Em segundo lugar ficou o
fundamental público com 849 Kcal por quatro horas.
Todo gasto energético estimula ações metabólicas no organismo e em muitas
situações a reposição da alimentação, hidratação e o repouso, recuperam o equilíbrio orgânico
e mental. Em outras situações onde a alimentação, hidratação e repouso são deficientes, o
retorno ao equilíbrio orgânico não é atingido, restando ação de maior desgaste físico e mental.
Mas, essa ação tiver ocorrência habitual e contínua irá contribuir para o aceleramento do
processo de envelhecimento do professor e em alguns casos de agravamento de morbidades.
A atribuição do valor de 175 ou 220 Kcal por hora trabalhada para cada professor teve
como seleção a postura e movimentos predominantes adotados durante o estudo in loco.
95
A postura alternada entre sentar e ficar de pé caminhando, com movimentos, leva ao
gasto médio entre 175 Kcal e 220 Kcal por hora. O valor médio aplicado representando o
gasto energético foi multiplicado por quatro, correspondendo à quantidade de horas por
jornada, resultando em valôres que variaram entre 700 ou 880 Kcal gastos nas atividades em
sala de aula.
Esse valor pode ser multiplicado pelo número de jornadas trabalhadas pelo professor,
podendo ter uma variação entre 4 horas em uma jornada até 4 jornadas de 4 horas, levando
aos valôres excepcionais de 2800 á 3520 Kcal.
Gráfico 7- Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino (em Kcal/h)
742,6
849,7
719,6
856,5
595,9615,5
732,3
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
FundamentalPrivado
FundamentalPúblico
Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público Total
Gas
to m
etab
ólic
o m
édio
Fonte: Autor
5.10.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS
O peso transportado pelos professores nos três níveis de ambas as redes de ensino
não foi caracterizada a sobrecarga ou desconforto por si só. Só quando somado a outras
situações compondo assim, a condição de penosidade. O peso médio transportado foi de 500
gramas.Tabela 32
96
5.10.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS
A utilização dos recursos audiovisuais favorece a redução do gasto energético pela
facilidade de exposição dos temas, motivação e identificação do roteiro da aula, reduzindo a
necessidade de repetições de explicações e maior capacidade memória para lembrar a
seqüência planejada.
Foram incluídos como recursos audiovisuais os retroprojetores, datashow e microfones e os
resultados obtidos foram:
• 0% das 66 salas de aula do ensino fundamental público possuem datashow, 37,45%
tem retroprojetor e 5,7% usam microfones;
• 5,7% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado possuem datashow,
77,45% com retroprojetor e zero por cento possuem microfone;
• No ensino médio público, 0,7% das 32 salas de aula possui datashow, 1,33% com
retroprojetor e zero por cento com microfone;
• O ensino médio privado apresentou 17,7% das 33 salas de aula com datashow,
50,76% com retroprojetor e 2,3% com microfone;
• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula com datashow, 62,85% com
retroprojetor e 80% com microfone;
• No ensino superior público, com 16% de datashow das 101 salas de aula, 51,2%
com retroprojetor e 29,5% com microfone.
97
Gráfico 8 - Recursos audiovisuais presentes nas salas de aula por categoria de ensino – População alvo
17,69%
0,66%
100,00%
29,51%
37,46%
4,51%
50,77%
1,32%
15,98%
5,69%2,31%
80,00%
51,23%
62,86%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
FundamentalPrivado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Datashow Microfone Retoprojetor
O recurso audiovisual em maior número foi o retroprojetor e o em menor número
foi o microfone. Esses recursos traduzem sobrecarga dos professores em todos os níveis de
ensino.
5.10.4 ILUMINAÇÃO
A condição de penosidade pelo agente iluminação foi identificado como
deficiente em 100% das salas de aula pesquisadas. Os valores obtidos estavam abaixo dos
níveis recomendados como ideais, essa conclusão foi decorrente da comparação com os de
500,700 e 1000 lux indicados pela NR 17 e NBR 5413 como os necessários para os ambientes
estudados.
Dentro dessa situação, a realização de tarefas como a leitura e escrita são
desenvolvidas com maior dificuldade e maior gasto energético, tendo em vista a inadequação
da iluminação, oferecendo “barreiras” ao processo do ensino-aprendizagem.
98
Essa variável foi analisada tendo como foco as atividades intelectuais que
necessitam de reconhecimento de detalhes de diversas origens em todas as tarefas realizadas
na sala de aula.
A iluminação é uma variável com relação direta no estudo das condições penosas
dos professores e o resultado encontrado foi de 100% das salas com deficiência da
iluminação e com uso de 100% de lâmpadas fluorescentes.
A baixa iluminação dificulta a percepção visual do ambiente e seus detalhes. As
medições levadas a efeito nos ambientes de trabalho dos professores, nos diversos níveis de
ensino, demonstraram na sua generalidade abaixo dos níveis considerados adequados,
portanto sem necessidade de uma análise mais aprofundada.
Desse fato, os resultados encontrados encontram-se fora dos parâmetros
observados e não são aceitáveis conforme orientação de NBR 5413 e da ACGIH.
Seria um equivoco não se considerar as condições atuais de iluminamento como
prejudiciais não somente à saúde dos professores, mas também dos alunos, e em suma
interferem na própria qualidade do ensino.
A condição penosa por iluminação inadequada foi identificada como em situação
grave em quatro salas de aula pela instalação de ventiladores de teto em posição abaixo das
lâmpadas, onde as pás responsáveis pelo deslocamento do ar interrompiam o feixe luminoso,
gerando sombras intermitentes sobre as carteiras escolares e no quadro negro, agravando a
condição penosa da sala de aula.
O estímulo luminoso originado pelas lâmpadas fluorescentes possui propagação
em feixe com oscilações de 60 ciclos por segundo, que é imperceptível ao olho humano. O
estímulo é captado pelos olhos e conduzido através das vias sensitivas até as áreas cerebrais,
onde ocorrem estímulos que geram múltiplas respostas.
99
Essa inadequação pode causar ou contribuir para o agravamento de condições pré-
existentes, como:
• Fadiga mental desencadeada por maior esforço na fixação das imagens,
sobrecarregando a musculatura extrínseca dos olhos. Essa sensação produz atitude de
rejeição temporária da leitura e escrita por parte do professor e gera abandono da
leitura e escrita por parte dos alunos, dando início a atitudes de conflito na sala de
aula. Esse conflito contribui para a queda do rendimento intelectual e conseqüente
baixa no rendimento escolar;
• Fadiga visual dos professores e alunos contribuindo para agravamento de alterações
funcionais da visão, principalmente a dificuldade de acomodação da visual, nas quais
muitas pessoas podem apresentar dor de cabeça;
• Alterações comportamentais, podendo gerar agitação psicomotora em algumas
pessoas e dificultando as relações interpessoais;
• Acidentes com queda da própria altura dando origem a trauma direto com
mobiliário e/ou objetos na sala de aula;
• Dificuldade na identificação dos caracteres da leitura e dificuldade no foco da escrita.
5.10.5 RUÍDO
O ruído esteve presente na pesquisa sob três formas como;
• Agente nocivo insalubre, quando os níveis elevados de pressão sonora estavam acima
de 85 d B(A);
• Condição penosa, acima do conforto acústico, ultrapassando 60 d B(A), preconizada
pela NBR 10.152, fundamentando desta feita, o reconhecimento de penosidade do
professor;
• Fator de estresse e barreira acústica, na presença da reverberação.
100
A contribuição do ruído para a condição penosa do professor esteve presente em
100% das salas de aula, com o agravamento do fenômeno da reverberação, também em
100% das salas de aula.
Esse fenômeno impõe a necessidade do aumento da intensidade da voz do
professor de forma progressiva, e na razão direta do aumento da reverberação, com
probabilidade de adoecimento da voz do mesmo.
A reverberação causa redução da inteligibilidade da comunicação, dificultando à
diferenciação de sons parecidos, ocorrendo desta feita a perda da motivação dos alunos e
queda da disciplina na sala de aula.
A medida da intensidade das vozes dos alunos ficou na faixa entre 60 dB(A) A 87
d B(A) com emissão normal, ou seja, conversa à distância de um metro, sem apresentar
exaltação.
A análise da presença de ventiladores e ar refrigerados nas salas de aula reflete a
tentativa de melhorar a condição de conforto térmico e ao mesmo tempo contribui para a
alteração da acústica na sala de aula.
Cem por cento dos equipamentos presentes nas salas de aula pesquisadas
apresentavam necessidade de serviços de manutenção, favorecendo o aumento do ruído, ar
refrigerado e ventiladores de teto, com:funcionamento ruidoso de grande proporção fazendo
aparecer vibração dos equipamentos de forma significativa. Gráfico 9.
101
Gráfico 9- Relação Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de ensino
1,2
0,2
1,8
0,5
1,1
1,2
0,9
0,7
0,0
0,2
0,0
0,9
0,2
0,3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
FundamentalPrivado
FundamentalPúblico
Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público Total
Pro
porç
ão
Vent./Sala Ar refri./SalaFonte: Autor
5.11 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES DE
PERICULOSIDADE NA ATIVIDADE DO PROFESSOR
As variáveis relacionadas ao reconhecimento da periculosidade com base na
presença de reservatórios de produtos inflamáveis e explosivos, foram consideradas ausentes
e registradas com o número zero na ficha de coleta. Desta forma, a coluna correspondente à
identificação de produtos explosivos e inflamáveis encontra-se com o numero zero, nas
tabelas 5, 6, 8, 9, 11 e 12. Com a ausência de reservatórios de produtos inflamáveis,
explosivos e substâncias de sua fabricação, há reconhecimento de condições não insalubres
e de periculosidade nas atividades dos professores participantes da presente pesquisa.
A ausência de fontes de periculosidade traduz condição de segurança e normalidade
nas salas de aula estudadas.
102
5.12 VIBRAÇÃO
As medições de vibração não foram realizadas nas salas de aula por ocasião da
segunda fase do estudo, tendo em vista a ausência de fontes artificiais de vibração nas salas de
aula pesquisadas.
5.13 UMIDADE RELATIVA DO AR
A identificação da umidade relativa do ar estava atrelada a fonte natural, comum a
toda a sociedade, incluindo todo os trabalhadores independente da atividade desenvolvida.
Destacando apenas as recomendações do órgão responsável pela sua medição de
forma sistemática e as correspondentes orientações de prevenção e que estas podem ser
aplicadas em outras regiões do Brasil e no Exterior.
5.14 PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Essa variável não traduziu condição adversa aos professores e alunos participantes
da pesquisa, uma vez que as pessoas participantes da pesquisa são de igual forma envolvidas
nos mesmos níveis, independente de suas atividade e que estas não foram deslocadas de seu
meio e já estam adaptados ao meio onde vivem. Sendo considerada fonte ausente.
A presente pesquisa contou com a participação de 180 instituições de ensino, 1.446
salas de aula, 63.677 alunos e 1.634 professores dos três níveis de ensino de ambas as redes
de ensino e em todas a fonte geradora de pressão atmosférica foi considerada como de ação
social e não laboral.
Na primeira etapa da pesquisa foram realizadas 28.920 medidas e na segunda 27.840
medições, alimentando banco de dados, com a correspondente análise estatística.
103
A população estudada foi representada pelo Gráfico 10- Quantidade de alunos,
professores e salas visitadas e no Gráfico 11 a distribuição do numero de alunos, professores
e salas de aula por nível de ensino pesquisado.
Gráfico 10- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas
63.677
1.634 1.446
0
20000
40000
60000
80000
Alunos Professores Sala
Qua
ntid
ade
Fonte: Autor
Gráfico 11- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas por categoria de ensino
299 377 130 151 245 244287 309 257 253 295 233
13.345
19.235
6.690
8.640 8.2457.522
0
5000
10000
15000
20000
Fundamental Privado Fundamental Público Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público
Qua
ntid
ade
Sala Professores AlunosFonte: Autor
104
A população intencional investigada na primeira fase, foi denominada de população
alvo e contou com a representação de 47 bairros do município de Rio de Janeiro,
correspondendo a 29,38 % do total de cento e sessenta bairros.
Gráfico 12 - Instituições visitadas por zona urbana
107
34
20
19
0 20 40 60 80 100 120
Zona Norte
Zona Sul
Zona Oeste
Centro
Nº de InstituiçõesFonte: Autor
Todas as zonas urbanas do município do Rio de Janeiro foram representados na
amostra com 180 instituições estudadas e apresentaram a seguinte distribuição: 19 instituições
na zona centro, 107 na zona norte, 20 na oeste e 34 na zona sul. Gráfico 12 – Apêndice
As variáveis pesquisadas relacionadas às condições insalubres e penosas dos
professores em sala de aula apresentaram os resultados de:
Ruído – níveis elevados de pressão sonora:
• 100% das 66 salas de aula do ensino fundamental público, em condições penosas
com probabilidade de adoecimentos da voz dos professores e dessas 3,03%
apresentaram condições penosas e ao mesmo tempo insalubres, com possibilidade de
causar danos à saúde do professor por perda auditiva, se o professor for submetido à
condição insalubre na jornada de trabalho seguinte e se esse mecanismo for repetido
durante todos os dias da semana.
105
• 100% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas,
com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.e destas acumulativamente
3,66% apresentam condições insalubres, com possibilidade instalação de lesão
auditiva nos professores, se complementada a jornada e houver a habitualidade
durantes todos os dias da semana.
• No ensino médio público, essa variável apresentou 100% das 32 salas de aula em
condições de penosidade, oferecendo risco de adoecimento da voz do professor. Esse
grupo, apresentou caracteristicas diferenciadas em três salas de aula, a 6, 17 e 23 da
Tabela 13 -Apêndice, onde os resultados da dosimetria se apresentaram muito
abaixo de todas as salas estudadas nos três níveis. Nessas três salas há
predominância de alunos surdos-mudos com uso de linguagem Libras entre os
professores e os alunos, os alunos entre si e os funcionários administrativos,
reduzindo de forma significativa a emissão sonora originada pelas vozes humanas.
• O ensino médio privado apresentou 100% das 33 salas de aula em condições
penosas com probabilidade de adoecimento da voz do professor e concomitantemente
12,12% das salas em condições insalubres, com probabilidade de instalação de lesão
auditiva nos professores, se houver complementação da jornada nas mesmas
condições e com habitualidade de todos os dias da semana.
• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula apresentaram condições
penosas, com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.
• No ensino superior público os resultados da dosimetria apresentaram 100% das
101 salas de aula em condições penosas probabilidade de adoecimento da voz dos
professores .e acumulativamente 7,92% das salas em condições insalubres com
possibilidade de aparecimento de lesão auditiva no professor, se houver
complementação do tempo de 4 horas em outra jornada com a mesma condição.
106
Desta forma, a condição penosa gerada pelo ruído foi identificada em 100% das salas de
aula nos três níveis de ensino e de igual modo na rede pública e privada.
Não houve identificação de fontes geradoras de ruídos de impacto, tendo em vista, a ausência
de maquinas que produzam essa emissão sonora nas salas de aula pesquisadas. Razão da não
medição do ruído de impacto na segunda fase de pesquisa.
Gráfico 13- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino
96,34% 96,97%87,88%
100,00% 100,00%92,08%
3,66% 3,03%12,12%
7,92%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fundamental Privado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)
Penosidade (Lavg dB(A) > 60)Fonte: Autor
107
Gráfico 14- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino
100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
7,92%12,12%
3,03%3,66%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fundamental Privado
FundamentalPúblico
MédioPrivado
MédioPúblico
SuperiorPrivado
SuperiorPúblico
% d
e sa
las
de a
ula
Penosidade (Lavg dB(A) > 60) Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)
Para que o professor apresente lesão auditiva por exposição ao ruído em níveis
insalubres, há necessidade deste profissional permanecer exposto à essa emissão sonora de
forma habitual e contínua, devendo esse som ser gerado dentro das salas de aula. Para que
haja a real condição de insalubridade se torna necessário que o ambiente não sofra
modificações e o numero de alunos permaneça o mesmo, ventiladores e ar refrigerados
também os mesmos e que haja a extensão de mais 4 horas de jornada na mesma instituição ou
em outra com as mesmas características de intensidade e freqüência dos sons emitidos, com
jornada total de 8 horas na sala de aula. Tabela 14 a 19.
Dentre todas as categorias de ensino, o menor valor encontrado para o Lavg foi 60,1
db(A), indicando, a presença da penosidade em todas as salas de aula, e o valor maior foi de
86,9 dB(A).
Os valores médios encontrados para o ruído apresentaram valores entre 73,4 e 80,5 com
coeficientes de variação abaixo de 10%, indicando pouca variabilidade em torno das médias
calculadas dentro das categorias de ensino (Tabela 20).
108
Tabela 20 – Estatísticas descritivas do agente ruído por categoria de ensino
5.15 DOCUMENTOS
Os documentos apontados como instrumentos auxiliadores da pesquisa, como:
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, Programa de Prevenção dos
Riscos Ambientais – PPRA, Laudo Técnico Coletivo Ambiental – LTCAT, Laudos
individuais e Laudos Periciais de processos judiciais com emissão de sentenças, não foram
apresentados por noventa e oito por cento das instituições e dois por cento apresentaram os
documentos mencionados, porém com descrição superficial sem medições qualitativas ou
quantitativas dos agentes nocivos.
O conteúdo apresentado por esses dois por centos, transcrevia na íntegra as
normas regulamentadoras sem realizar a aplicação prática e não descreviam dados técnicos
que pudessem promover o reconhecimento de fontes geradoras ou medidas de agentes
nocivos nas instituições pesquisadas.
Os resultados obtidos com a pesquisa em cada uma das instituições participantes,
serão apresentados e em breve as Instituições de Ensino que participaram da pesquisa.
109
6. DISCUSSÕES E SUGESTÕES
A população estudada através de uma amostra composta por instituições de ensino
dos três níveis de ensino: fundamental, médio e superior da rede pública e privada no
município do Rio de Janeiro.
A pesquisa realizou avaliações para identificação da presença de risco
ocupacional e sua relação com as condições de trabalho dos professores que ali
desempenharam suas atividades. Essas atividades foram analisadas com a aplicação dos
mesmos critérios em todas as instituições participantes da amostra, com o objetivo de
identificar e analisar fontes emissoras de agentes nocivos e a implantação dos riscos
ocupacionais nos ambientes de trabalho dos professores, sendo os resultados trabalhados para
realização da classificação dos riscos não insalubres, insalubres, penosos ou periculosos, na
qual os professores estavam submetidos.
A primeira discussão recai no tamanho e forma de cálculo da população e
amostras estudadas na pesquisa. Para tal, a pesquisa utilizou estudo aplicado em sua primeira
fase em população intencional ou alvo, composta por 180 instituições de ensino e total de
1634 professores, tendo 596 professores do ensino fundamental, 510 professores do
médio e 528 do ensino superior, valores superiores ao cálculo para amostra aleatória
simples.
Se fosse calculada uma amostra aleatória simples, para as categorias de ensino
fundamental, médio e superior, com margem de erro de 5% para uma proporção de p=0,50 e
nível de confiança de 95%, com base na população de professores do município do Rio de
Janeiro partindo das publicações do IBGE (2007), a amostra mínima de professores deveria
ser composta por 380 participantes professores do ensino fundamental, 374 professores
do ensino médio e 377 participantes professores do ensino superior.
110
O calculo da amostra aleatória simples está demonstrada no quadro a seguir: Quadro3 - Demonstrativo do cálculo da amostra aleatória simples Calculo tamanho da amostra AAS para proporção Fundamental Médio Superior Total N (Pop. Docentes) 31783 13452 20959 66194 Z (95%) 1,96 1,96 1,96 1,96 p (proporção) 0,5 0,5 0,5 0,5 q = 1-p 0,5 0,5 0,5 0,5 Erro 0,05 0,05 0,05 0,05 n0 384 384 384 384 n0/N 0,01 0,03 0,02 0,01 Tamanho da amostra 380 374 377 382 se <0,05 correção e uso n; caso contrário n0 Fonte: autor
A penosidade como condição pode ser conceituada com sentidos bem diversos:
para algumas pessoas como sentimento de sofrimento, independente da relação de dor, mas
para o aspecto de adoecimento é o desgaste físico e mental, que traduz o maior gasto
energético para o desempenho das tarefas do professor quando este não possui infra-estrutura,
como um transporte de equipamentos de forma manual ou iluminação adequada e outros
similares.
Na análise das atividades do professor, destacamos algumas situações que de
início parecem não contribuir de forma significativa no desgaste do profissional, no dia-a-dia
das tarefas, mas são somados como facilitadores, como a presença de equipamentos de
recursos audiovisuais, onde o gasto energético é reduzido, mas quando há ausência desses
equipamentos o esforço físico e mental do professor se torna maior, e deve ser reconhecido
como fator contributivo para a condição de penosidade com risco ocupacional à saúde do
professor.
A presença dos recursos audiovisuais é parte da condição penosa do professor
identificada nesta pesquisa. O maior destaque relacionada a penosidade não ambiente do
professor fica a cargo da temperatura ambiental e do ruído, que somados, trazem desgaste
físico e mental, incluindo a possibilidade de adoecimento do professor, principalmente com as
patologias da voz.
111
Com os resultados obtidos, foi possível reconhecer a condição de penosidade em cem
por cento das salas de aula estudadas. A penosidade é conceituada como o desgaste físico e
mental do trabalhador no desempenho de suas funções. Nas atividades dos professores esse
desgaste foi identificado nas variáveis: ruído, temperatura, iluminação e taxa metabólica.
Esse gasto foi relacionado ao nível de desconforto acústico, desconforto térmico
e a inadequação da iluminação ambiental e algumas situações de insalubridade.
Os níveis de ruído com reverberação e mascaramento do som dificultam a
compreensão da comunicação oral entre o professor e os alunos, desencadeando desconforto e
desentendimento, geradores de “barreiras” ao processo de ensino-aprendizagem. A
identificação das fontes geradoras dos riscos ocupacionais e a relação entre os agentes nocivos
e as patologias que atingem os professores nos três níveis de ensino, confirmam o nexo causal
(positivo) entre esses agentes, sua concentração e o tipo de lesões decorrentes, que foram
anteriormente descritas e onde destacamos as doenças da voz do professor e a presença de
ruído – níveis elevados de pressão sonora em condição de penosidade em 100% das salas de
aula estudadas.
A condição de penosidade foi identificada nos três níveis de ensino e em
ambas as redes, pública e privada.
Todas as de salas de aula estudadas continham mais de 35 alunos, colaborando para a
condição de penosidade do professor. Sugerimos rigor no controle do número de alunos por
sala de aula.
Neste tópico, sugerimos a realização de pesquisas com foco na acústica, visando a
elaboração de projeto direcionado aos ambientes da sala de aula, e que os orgãos oficiais
tornem obrigatório a sua aplicação, por ocasião das reformas e construções de salas de aula,
reduzindo de forma significativa o sofrimento do professor e alunos e reduzindo gastos
desnecessários com tratamentos especializados e medicamentos.
112
Sugestão de critérios de prevenção com orientação e fiscalização com base nos itens:
• Redução do número de alunos por sala de aula ou inclusão de professor auxiliar de
sala;
• Adequação acústica, térmica e de iluminação para as salas de aula;
• Inclusão de norma regulamentadora específica para o funcionamento adequado das
salas de aula das instituições de ensino público e privado. Tal norma deverá abranger
instituições em construção e adequação para as que estão em funcionamento;
Nos 2,85% das salas de aula que apresentaram temperaturas médias de 160C,
gerada por sistemas de climatização por ar-refrigerado de grande potência, os aparelhos
devem ser fiscalizados, para adequação da temperatura ambiental.
Os ambientes refrigerados na maioria do tempo mantêm baixas temperaturas. Essa
ação retira do meio ambiente a água, ressecando o ar e favorecendo as alterações do sistema
respiratório, somado ao fator da presença de contaminantes por fungos e bactérias, razão de
legislação específica, que obriga a higienização periódica dos aparelhos de ar refrigerados e
ductos condutores.
• Algumas pessoas nesse nível de temperatura apresentam agravamento de seus
quadros alérgicos;
• O ressecamento do nariz e boca induz ao desconforto dos professores, se esse nível de
refrigeração for constante e habitual, todos os dias de trabalho, e se estes professores
forem portadores de Síndrome de Raynaud, diabetes melitus, insuficiência
vascular periférica e doenças de mesmo padrão fisiopatológico, poderão
desenvolver agravamento de seus quadros.
• Piora das lesões vocais quando pré-existentes.
Apesar da presente pesquisa não contemplar a análise dos critérios ergonômicos e
de acessibilidade, a oportunidade de analisar as posturas e movimentos dos professores por
ocasião da realização da pesquisa, permitiu apontar algumas situações predominantes, que
merecem registro aqui e como sugestão devem merecer estudo mais detalhado no futuro.
113
Essas observações são também consideradas condições penosas, mas não foram
objetivos traçados pela presente pesquisa.
Dentre as condições de penosidade decorrente da ação ergonômica na atividade do
professor apontamos:
• Posição do quadro negro em relação à tarefa de escrita do professor;
• Postura predominante de pé ou ortostatismo dos professores;
• Postura da cabeça dos professores na atividade da escrita no quadro negro.
O quadro negro ou branco, em 100% das salas de aula pesquisadas, encontrava-se
fixado à parede, não permitindo ajustes em sua altura do professor. Essa fixação traz prejuízo
aos professores por ocasião da realização da escrita no quadro. As medidas antropométricas
dos professores são diferentes, dentre elas a altura dos ombros. A linha dos ombros é o ponto
necessário para o ajustamento do quadro para escrita, que deverá ser móvel para ajustamentos
individuais. A possibilidade de ajustamento do quadro a altura do ombro de cada professor
reduzirá a evolução das lesões de ombro de muitos deles, iniciando ações de prevenção.
Grande parte da população possui alterações congênitas da forma do acrômio, ou
seja, osso que apóia a estrutura do ombro, e se houver movimentos dos membros superiores
em posição de elevação acima da linha dos ombros, permanecendo por alguns minutos ou
horas, ocorre compressão das estruturas moles em especial o músculo supra-espinhoso,
gerando dor e incapacidade funcional e conseqüente afastamento dos professores de suas
funções.
A lesão do músculo supra-espinhoso não pode ser causada pelo movimento ou
pela postura, mas pode ser agravada causando dor (BIGLIANI,1986).
Bigliani (1986) apresentou trabalho onde apresenta classificação do acrômio. Este
pode ser tipo I – plano, que traz a função do ombro dentro da normalidade; tipo II,
denominado de curvo e tipo III, chamado de ganchoso, o pior deles. Se o professor for
portador de acrômio tipo II e III , a posição do quadro negro em posição que induza a
escrita acima da linha dos ombros será um fator agravador na tarefa da escrita.
114
A altura do ombro na população trabalhadora foi pesquisada por Couto et al.
(1999), podendo servir de linha de base para novos estudos.
Sugerimos estudo ergonômico dessas medidas, principalmente nos estados do sul
e do nordeste do Brasil, tendo em vista as caracteristicas populacionais diferentes de outros
estados, para a modificação adequada aos professores de cada região (COUTO,1999)
A cabeça dos professores por ocasião da escrita no quadro é projetada para trás, em
extensão, denominada de postura em extensão.
Essa ação contribui para a compressão de raízes nervosas da coluna vertebral, trazendo
quadros de parestesia de mãos, dores nos cotovelos e ombros, tonteiras ao movimentar a
cabeça. Com essa extensão de cabeça em tempo prolongado, o professor em traz diminuição
do espeço entre as vértebras, agravando a compressão das raízes que por ali passam.
Essa ação mecânica sobre as raízes traduz como resposta a diminuição da
sensibilidade, alterando a percepção tátil e relatada pelos professores como “sensação de
peso”, “formigamento”, “dor em queimação no pescoço e ombros” e “redução dos
movimentos”, incluindo aqui as mãos.
As alterações decorrentes dificultam a realização da escrita no quadro, correção de
trabalhos escolares e similares. Em alguns casos leva a modificação transitória da forma da
letra. Situação que merece estudos mais aprofundados, visando a redução desse impacto no
desempenho das tarefas dos professores.
Outro aspecto ergonômico observado por ocasião da pesquisa foi à permanência
da postura de pé ou ortostatismo prolongado, presente em 87% das salas de aula. O
ortostatismo prolongado foi considerado quando havia permanência por duas horas seguidas
com 15 minutos de intervalo e mais duas horas, promovendo o edema por ortostatismo e
conseqüente sobrecarga ao sistema de retorno venoso dos professores. Se os professores são
portadores de insuficiência venosa, diabetes melitus, hipertensão arterial, essa postura será
fator contribuinte para o agravamento de suas patologias. A postura em si não causa a doença,
mas agrava o quadro da mesma (MAFFEI, 2002)
115
A sugestão de realização de pesquisa com medição dos produtos químicos
evaporados pelas canetas/marcador de quadro branco é necessária tendo em vista a
composição apontada na embalagem do produto.
Os resultados obtidos com a pesquisa apontaram os riscos ocupacionais aos quais os
professores estão expostos e poderão subsidiar as políticas públicas, no sentido de instalar
projetos de adequação acústica, térmica e de iluminação em caráter obrigatório,
acompanhando norma elaborada para esse fim e com aplicação na construção e reforma de
instituições de ensino, com previsão de autuações no seu descumprimento.
116
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160
ANEXO
Quadro 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
Nível de ruído
dB (A)
Máxima exposição diária
PERMISSÍVEL
Nível de ruído
dB (A)
Máxima exposição diária
PERMISSÍVEL
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
8 horas
7 horas
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas
3 horas e 30 minutos
3 horas
2 horas e 40 minutos
2 horas e 15 minutos
2 horas
1 hora e 45 minutos
98
99
100
102
104
105
106
108
110
112
114
115
1 hora e 30 min
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos
35 minutos
30 minutos
25 minutos
20 minutos
15 minutos
10 minutos
8 minutos
7 minutos
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora 15 – Anexo 1
161
APÊNDICE
Ficha de análise qualitativa do ambiente de trabalho do Professor Ensino: fundamental ( ) médio ( ) superior ( ) Características do ambiente: Pé direito_______________ ventilação natural ( )artificial ( ) Nível de conservação ___________________________________________________________________ Nível de higienização ___________________________________________________________________ Fontes artificiais de: 1. Ruído- não ( ) sim ( ) ventiladores- parede( ) ventiladores- teto( ) ar refrigerado( ) vozes
humanas ( ) Transito ( ) fabrica ( ) outros ______________________________________
2. Vibração ( ) não ( ) sim ( ) quantas ______________________________________________
3. Calor ( ) não ( ) sim ( ) quantas _________________________________________________
4. Frio ( ) não ( ) sim ( ) quantas ___________________________________________________
5. Iluminância ( ) normal ( )deficiente ( ) ___________ ________________________________
6. Radiações ionizantes ( ) não ( ) sim ( ) quantas _____________________________________
7. Radiações não ionizantes ( ) não ( ) sim ( ) quantas _________________________________
8. Químicos ( ) não ( ) sim ( ) quais_________________________________________________
9. Poeiras respiráveis ( ) não ( ) sim ( ) quais________ ________________________________
10. Agentes biológicos ( ) não ( ) sim ( ) laboratório de ciência ou equivalente ( ) presença de
secreções humanas ( ) secreções animais ( ) vísceras ( ) animais de experiência ( )
necropsia ( ) materiais contaminados ( ) outros ______________________________________
11. Gases ( ) não ( ) sim ( ) quais ___________________________________________________
12. Umidade ( ) normal ( ) acima ( ) abaixo___________________________________________
13. Pressão atmosférica ( ) normal ( ) hipobárica ( ) hiperbárica __________________________
14. Transporta material didático diariamente não ( ) sim ( ) quanto em média ________________
15. Gasto energético por aula (4 horas)___________________________________________________
16. Transporta ou manipula material explosivo não( ) sim( ) inflamável N( ) S( )____________
162
Tabela 1 - Distribuição da população alvo, por categoria de ensino, bairro e zona urbana
Zona Bairro Categoria de ensino Totalurbana Fundamental Médio Superior
Centro Centro 3 2 7 12Rio Comprido 1 1 3 5Santa Teresa 1 1 0 2
Zona Norte Bento Ribeiro 1 1 0 2Bonsucesso 0 2 0 2Campinho 1 0 0 1Cascadura 3 1 0 4Cavalcanti 1 0 0 1Encantado 1 1 2 4Grajaú 2 2 0 4Higienópolis 1 20 0 21Ilha do Governador 2 2 11 15Irajá 2 0 0 2Lins de Vasconcelos 1 0 0 1Madureira 1 1 0 2Marechal Hermes 1 0 0 1Méier 2 1 0 3Penha 0 2 0 2Praça da Bandeira 0 0 2 2Quintino Bocaiúva 1 1 3 5Ramos 0 2 0 2São Cristovão 1 1 0 2Tijuca 5 4 13 22Vaz Lobo 1 1 0 2Vicente de carvalho 1 0 0 1Vila da penha 1 0 0 1Vila Isabel 2 2 0 4Vista Alegre 1 0 0 1
Zona Oeste Bangu 2 0 0 2Barra da Tijuca 2 1 1 4Campo Grande 2 1 0 3Deodoro 1 0 0 1Jacarepaguá 2 1 1 4Realengo 1 0 0 1Santa cruz 1 0 0 1Sulacap 1 0 0 1Taquara 1 0 0 1Vila Valqueire 1 1 0 2
Zona Sul Botafogo 1 1 8 10Catete 1 2 0 3Flamengo 1 0 4 5Gávea 1 0 0 1Humaitá 1 1 0 2Ipanema 1 1 0 2Lagoa 2 2 0 4Leblon 1 1 0 2Urca 0 0 5 5
60 60 60 180Total
Fonte : o autor
163
Tabela 2 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino fundamental
Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos
10FPv Fundamental Privado Barra da Tijuca 14 10 433 Não se aplica22FPv Fundamental Privado Barra da Tijuca 12 10 502 Não se aplica24FPv Fundamental Privado Bento Ribeiro 8 9 409 Não se aplica21FPv Fundamental Privado Botafogo 10 10 479 Não se aplica25FPv Fundamental Privado Cascadura 9 9 447 Não se aplica13FPv Fundamental Privado Catete 9 9 401 Não se aplica9FPv Fundamental Privado Centro 11 10 417 Não se aplica19FPv Fundamental Privado Centro 9 9 425 Não se aplica3FPv Fundamental Privado Encantado 12 11 506 Não se aplica29FPv Fundamental Privado Flamengo 12 10 498 Não se aplica5FPv Fundamental Privado Grajaú 10 10 478 Não se aplica14FPv Fundamental Privado Grajaú 8 9 389 Não se aplica7FPv Fundamental Privado Humaitá 12 10 466 Não se aplica8FPv Fundamental Privado Ilha do Governador 8 9 422 Não se aplica23FPv Fundamental Privado Ilha do Governador 9 9 417 Não se aplica28FPv Fundamental Privado Ipanema 11 10 522 Não se aplica2FPv Fundamental Privado Jacarepaguá 10 10 468 Não se aplica20FPv Fundamental Privado Jacarepaguá 11 10 490 Não se aplica6FPv Fundamental Privado Lagoa 14 10 489 Não se aplica27FPv Fundamental Privado Leblon 10 10 512 Não se aplica1FPv Fundamental Privado Méier 8 10 403 Não se aplica15FPv Fundamental Privado Méier 11 10 470 Não se aplica30FPv Fundamental Privado Muda 9 9 432 Não se aplica4FPv Fundamental Privado Santa Teresa 8 9 399 Não se aplica26FPv Fundamental Privado São Cristovão 10 9 405 Não se aplica11FPv Fundamental Privado Tijuca 10 10 421 Não se aplica17FPv Fundamental Privado Tijuca 9 9 426 Não se aplica18FPv Fundamental Privado Tijuca 9 9 422 Não se aplica16FPv Fundamental Privado Vila Isabel 8 9 399 Não se aplica12FPv Fundamental Privado Vila Valqueire 8 9 398 Não se aplica1FPb Fundamental Público Bangu 15 16 766 Não se aplica2FPb Fundamental Público Bangu 12 10 641 Não se aplica14FPb Fundamental Público Campinho 15 12 781 Não se aplica6FPb Fundamental Público Campo Grande 15 11 673 Não se aplica7FPb Fundamental Público Campo Grande 16 11 677 Não se aplica16FPb Fundamental Público Cascadura 16 12 795 Não se aplica18FPb Fundamental Público Cascadura 14 11 726 Não se aplica15FPb Fundamental Público Cavalcanti 14 11 771 Não se aplica23FPb Fundamental Público Centro 10 10 496 Não se aplica5FPb Fundamental Público Deodoro 12 10 602 Não se aplica26FPb Fundamental Público Gávea 11 10 499 Não se aplica19FPb Fundamental Público Higienópolis 12 10 681 Não se aplica12FPb Fundamental Público Irajá 14 10 561 Não se aplica11FPb Fundamental Público Irajá 10 10 568 Não se aplica29FPb Fundamental Público Lagoa 10 8 478 Não se aplica27FPb Fundamental Público Lins de Vasconcelos 10 9 512 Não se aplica24FPb Fundamental Público Madureira 12 10 782 Não se aplica13FPb Fundamental Público Marechal Hermes 15 11 698 Não se aplica22FPb Fundamental Público Quintino Bocaiúva 12 10 678 Não se aplica4FPb Fundamental Público Realengo 14 10 701 Não se aplica30FPb Fundamental Público Rio Comprido 10 8 502 Não se aplica25FPb Fundamental Público Santa cruz 10 10 523 Não se aplica3FPb Fundamental Público Sulacap 14 10 685 Não se aplica20FPb Fundamental Público Taquara 11 10 712 Não se aplica28FPb Fundamental Público Tijuca 10 7 499 Não se aplica17FPb Fundamental Público Vaz Lobo 15 12 704 Não se aplica8FPb Fundamental Público Vicente de carvalho 12 10 682 Não se aplica9FPb Fundamental Público Vila da penha 14 10 723 Não se aplica21FPb Fundamental Público Vila Isabel 10 10 462 Não se aplica10FPb Fundamental Público Vista Alegre 12 10 657 Não se aplica
Fonte : autor
164
Tabela 3 – Fontes de agentes de Insalubridade - Categoria de ensino fundamental
InstituiçãoGiz Caneta Ruído
ventiladoresRuído ar
refrigeradoRuído
trânsitoRuídooficina
RuídoFábrica
Vibração Calor Frio Rad.ionizante
Rad. nãoionizante
Químicos Poeiraresp.
Agentesbiológicos
Gases Umidade Pressãoatmosférica
10FPv 8 14 16 8 1 0 0 0 0 0 0 0 14 8 0 0 0 022FPv 7 12 16 9 0 0 0 0 0 0 0 0 12 7 0 0 0 024FPv 8 8 15 8 0 1 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 021FPv 10 10 12 4 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 025FPv 9 9 10 6 0 1 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 013FPv 9 9 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 09FPv 9 11 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 0
19FPv 9 9 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 03FPv 8 12 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 12 8 0 0 0 0
29FPv 9 12 15 10 0 0 0 0 0 0 0 0 12 9 0 0 0 05FPv 10 10 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 0
14FPv 8 8 10 7 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 07FPv 9 12 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 12 9 0 0 0 08FPv 8 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0
23FPv 9 9 11 8 0 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 028FPv 11 11 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 02FPv 8 10 10 7 1 0 0 0 0 0 0 0 10 8 0 0 0 0
20FPv 9 11 14 8 0 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 06FPv 8 14 16 6 1 0 0 0 0 0 0 0 14 8 0 0 0 0
27FPv 6 10 17 6 0 0 0 0 0 0 0 0 10 6 0 0 0 01FPv 8 8 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0
15FPv 9 11 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 030FPv 9 9 11 4 0 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 04FPv 8 8 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0
26FPv 7 10 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 10 7 0 0 0 011FPv 10 10 10 8 1 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 017FPv 7 9 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 7 0 0 0 018FPv 9 9 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 016FPv 8 8 12 6 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 012FPv 8 8 8 8 1 1 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 01FPb 15 2 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 02FPb 12 2 3 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 014FPb 15 3 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 15 0 0 0 06FPb 15 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 07FPb 16 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 16 0 0 0 016FPb 16 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 16 0 0 0 018FPb 14 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 14 0 0 0 015FPb 14 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 14 0 0 0 023FPb 10 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 05FPb 12 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 026FPb 11 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 11 0 0 0 019FPb 12 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 012FPb 14 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 14 0 0 0 011FPb 10 2 2 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2 10 0 0 0 029FPb 9 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 9 0 0 0 027FPb 10 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 024FPb 12 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 013FPb 15 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 022FPb 12 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 04FPb 14 3 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 14 0 0 0 030FPb 10 3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 10 0 0 0 025FPb 10 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 03FPb 14 4 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 14 0 0 0 020FPb 11 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 11 0 0 0 028FPb 8 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 017FPb 15 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0 0 08FPb 12 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 09FPb 14 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 14 0 0 0 021FPb 8 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 010FPb 12 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 0
Critérios de insalubridade
Fonte : o autor
165
Tabela 4 - Fontes de periculosidade - Categoria de ensino fundamental
InstituiçãoInflamáveis Explosivos
10FPv 0 022FPv 0 024FPv 0 021FPv 0 025FPv 0 013FPv 0 09FPv 0 019FPv 0 03FPv 0 029FPv 0 05FPv 0 014FPv 0 07FPv 0 08FPv 0 023FPv 0 028FPv 0 02FPv 0 020FPv 0 06FPv 0 027FPv 0 01FPv 0 015FPv 0 030FPv 0 04FPv 0 026FPv 0 011FPv 0 017FPv 0 018FPv 0 016FPv 0 012FPv 0 01FPb 0 02FPb 0 0
14FPb 0 06FPb 0 07FPb 0 0
16FPb 0 018FPb 0 015FPb 0 023FPb 0 05FPb 0 0
26FPb 0 019FPb 0 012FPb 0 011FPb 0 029FPb 0 027FPb 0 024FPb 0 013FPb 0 022FPb 0 04FPb 0 0
30FPb 0 025FPb 0 03FPb 0 0
20FPb 0 028FPb 0 017FPb 0 08FPb 0 09FPb 0 0
21FPb 0 010FPb 0 0
Critérios de periculosidade
Fonte: o autor
166
Tabela 5 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino fundamental
InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso
médioMetabolismo
médioMicrofone
10FPv 1 3 0 2 700 022FPv 0 4 0 3 700 024FPv 1 3 1 3 700 021FPv 1 3 0 4 700 125FPv 1 3 1 3 700 013FPv 1 3 0 3 880 09FPv 1 5 0 2 700 1
19FPv 1 3 1 4 700 13FPv 1 4 1 2 880 1
29FPv 1 3 0 3 700 15FPv 1 4 1 2 700 1
14FPv 1 3 0 4 700 07FPv 1 4 2 2 700 18FPv 1 4 0 2 700 1
23FPv 1 5 0 3 700 028FPv 1 3 0 3 700 02FPv 0 4 1 2 880 1
20FPv 1 3 1 4 700 16FPv 1 4 1 2 700 1
27FPv 1 3 0 3 880 01FPv 1 4 1 3 880 2
15FPv 1 6 0 2 700 030FPv 0 3 1 3 700 04FPv 1 4 1 2 700 1
26FPv 1 3 1 3 700 011FPv 1 3 0 2 700 117FPv 0 5 1 4 880 118FPv 1 5 1 4 880 116FPv 1 5 1 4 700 012FPv 1 3 0 2 700 01FPb 1 2 0 3 880 02FPb 1 1 0 4 880 014FPb 1 0 0 2 700 06FPb 1 1 0 4 880 07FPb 1 1 0 3 880 016FPb 1 0 0 2 880 018FPb 1 0 0 2 880 015FPb 1 0 0 3 880 023FPb 1 0 0 3 700 05FPb 1 1 0 4 880 026FPb 1 1 0 3 880 019FPb 1 0 0 2 880 012FPb 1 0 0 2 880 011FPb 1 0 0 3 700 029FPb 1 1 0 3 880 027FPb 1 1 0 2 880 024FPb 1 0 0 3 880 013FPb 1 0 0 2 880 022FPb 1 0 0 3 880 04FPb 1 1 0 4 880 030FPb 1 1 0 3 880 025FPb 1 0 0 2 880 03FPb 1 2 0 4 880 020FPb 1 0 0 2 880 028FPb 1 1 0 3 880 017FPb 1 0 0 2 880 08FPb 1 1 0 3 880 09FPb 1 1 0 3 880 021FPb 1 0 0 2 700 010FPb 1 1 0 3 700 0
Critérios de penosidade
Fonte: o autor
167
Tabela 6 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino médio
Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos
8MPV Médio Privado Barra da Tijuca 5 7 244 Não se aplica18MPV Médio Privado Bento Ribeiro 3 8 169 Não se aplica29MPV Médio Privado Bonsucesso 4 8 204 Não se aplica16MPV Médio Privado Botafogo 5 9 254 Não se aplica30MPV Médio Privado Campo Grande 3 8 165 Não se aplica17MPV Médio Privado Cascadura 5 10 248 Não se aplica11MPV Médio Privado Catete 4 9 208 Não se aplica22MPV Médio Privado Catete 5 9 277 Não se aplica7MPV Médio Privado Centro 5 8 243 Não se aplica
14MPV Médio Privado Centro 4 8 217 Não se aplica1M PV Médio Privado Encantado 3 8 172 Não se aplica3MPV Médio Privado Grajaú 4 9 216 Não se aplica
12MPV Médio Privado Grajaú 5 9 263 Não se aplica5MPV Médio Privado Humaitá 4 8 203 Não se aplica6MPV Médio Privado Ilha do Governador 3 8 180 Não se aplica
21MPV Médio Privado Ipanema 6 10 279 Não se aplica15MPV Médio Privado Jacarepaguá 5 8 233 Não se aplica4MPV Médio Privado Lagoa 5 9 234 Não se aplica
20MPV Médio Privado Leblon 5 10 259 Não se aplica26MPV Médio Privado Madureira 5 9 212 Não se aplica23MPV Médio Privado Méier 4 9 209 Não se aplica25MPV Médio Privado Muda 4 8 210 Não se aplica27MPV Médio Privado Ramos 4 9 201 Não se aplica2 MPV Médio Privado Santa Teresa 4 9 217 Não se aplica19MPV Médio Privado São Cristovão 4 8 220 Não se aplica9MPV Médio Privado Tijuca 5 8 256 Não se aplica
13MPV Médio Privado Tijuca 5 9 272 Não se aplica28MPV Médio Privado Vaz Lobo 3 8 172 Não se aplica24MPV Médio Privado Vila Isabel 6 10 276 Não se aplica10MPV Médio Privado Vila Valqueire 3 7 177 Não se aplica8MPB Médio Público Bonsucesso 6 8 307 Não se aplica
11MPB Médio Público Higienópolis 5 9 377 Não se aplica12MPB Médio Público Higienópolis 6 9 309 Não se aplica13MPB Médio Público Higienópolis 6 9 321 Não se aplica14MPB Médio Público Higienópolis 6 8 307 Não se aplica15MPB Médio Público Higienópolis 8 9 408 Não se aplica16MPB Médio Público Higienópolis 6 8 324 Não se aplica17MPB Médio Público Higienópolis 5 9 315 Não se aplica18MPB Médio Público Higienópolis 3 8 201 Não se aplica19MPB Médio Público Higienópolis 4 8 218 Não se aplica20MPB Médio Público Higienópolis 4 8 232 Não se aplica21MPB Médio Público Higienópolis 4 8 219 Não se aplica22MPB Médio Público Higienópolis 4 8 220 Não se aplica23MPB Médio Público Higienópolis 5 9 334 Não se aplica24MPB Médio Público Higienópolis 4 9 214 Não se aplica25MPB Médio Público Higienópolis 5 9 331 Não se aplica26MPB Médio Público Higienópolis 5 9 320 Não se aplica27MPB Médio Público Higienópolis 4 8 208 Não se aplica28MPB Médio Público Higienópolis 3 7 299 Não se aplica29MPB Médio Público Higienópolis 3 8 179 Não se aplica30MPB Médio Público Higienópolis 6 9 312 Não se aplica6MPB Médio Público Ilha do Governador 4 8 215 Não se aplica1MPB Médio Público Lagoa 4 7 221 Não se aplica7MPB Médio Público Penha 6 8 309 Não se aplica
10MPB Médio Público Penha 6 9 311 Não se aplica3MPB Médio Público Quintino Bocaiúva 6 9 313 Não se aplica9MPB Médio Público Ramos 6 9 312 Não se aplica4MPB Médio Público Rio Comprido 6 8 317 Não se aplica2MPB Médio Público Tijuca 5 9 375 Não se aplica5MPB Médio Público Vila Isabel 6 9 312 Não se aplica
Fonte: o autor
168
Tabela 7 – Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino médio
InstituiçãoGiz Caneta Ruído
ventiladoresRuído ar
refrigeradoRuído
trânsitoRuídooficina
RuídoFábrica
Vibração Calor Frio Rad.ionizante
Rad. nãoionizante
Químicos Poeiraresp.
Agentesbiológicos
Gases Umidade Pressãoatmosférica
8MPV 5 5 8 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 018MPV 3 3 8 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 029MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 016MPV 5 5 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 030MPV 3 3 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 017MPV 5 5 9 0 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 011MPV 4 4 8 2 1 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 022MPV 5 5 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 07MPV 5 5 7 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 014MPV 4 4 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 01M PV 3 3 6 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 03MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 012MPV 5 5 5 2 1 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 05MPV 4 4 7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 06MPV 3 3 7 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 021MPV 6 6 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 015MPV 5 5 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 04MPV 5 5 7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 020MPV 5 5 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 026MPV 5 5 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 023MPV 4 4 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 025MPV 4 4 9 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 027MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 02 MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 019MPV 4 4 8 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 09MPV 5 5 8 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 013MPV 5 5 9 2 0 0 1 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 028MPV 3 3 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 024MPV 6 6 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 010MPV 3 3 8 1 1 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 08MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 011MPB 5 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 012MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 013MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 014MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 015MPB 8 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 016MPB 6 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 017MPB 5 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 018MPB 3 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 0 019MPB 4 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 020MPB 4 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 021MPB 4 3 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 0 0 022MPB 4 1 5 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 023MPB 5 1 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 024MPB 4 1 5 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 025MPB 5 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 026MPB 5 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 027MPB 4 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 028MPB 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 029MPB 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 030MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 06MPB 4 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 01MPB 4 3 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 0 0 07MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 010MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 03MPB 6 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 09MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 04MPB 6 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 02MPB 5 1 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 05MPB 6 1 7 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0
Critérios de insalubridade
Fonte: o autor
169
Tabela 8 – Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino médio
InstituiçãoInflamáveis Explosivos
8MPV 0 018MPV 0 029MPV 0 016MPV 0 030MPV 0 017MPV 0 011MPV 0 022MPV 0 07MPV 0 0
14MPV 0 01M PV 0 03MPV 0 0
12MPV 0 05MPV 0 06MPV 0 0
21MPV 0 015MPV 0 04MPV 0 0
20MPV 0 026MPV 0 023MPV 0 025MPV 0 027MPV 0 02 MPV 0 019MPV 0 09MPV 0 0
13MPV 0 028MPV 0 024MPV 0 010MPV 0 08MPB 0 0
11MPB 0 012MPB 0 013MPB 0 014MPB 0 015MPB 0 016MPB 0 017MPB 0 018MPB 0 019MPB 0 020MPB 0 021MPB 0 022MPB 0 023MPB 0 024MPB 0 025MPB 0 026MPB 0 027MPB 0 028MPB 0 029MPB 0 030MPB 0 06MPB 0 01MPB 0 07MPB 0 0
10MPB 0 03MPB 0 09MPB 0 04MPB 0 02MPB 0 05MPB 0 0
Critérios de periculosidade
Fonte: o autor
170
Tabela 9 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino médio
InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso
médioMetabolismo
médioMicrofone
8MPV 1 3 1 1 700 018MPV 1 2 0 1 700 029MPV 1 2 0 1 700 016MPV 1 2 1 1 880 130MPV 1 2 0 1 700 017MPV 1 3 2 1 700 011MPV 1 2 1 1 700 022MPV 0 2 1 1 700 07MPV 1 2 1 1 700 014MPV 1 2 1 1 700 01M PV 1 2 0 1 700 03MPV 1 2 1 1 700 112MPV 1 2 1 1 700 05MPV 1 2 1 1 700 06MPV 1 2 1 1 700 021MPV 1 2 1 1 700 015MPV 1 2 1 2 700 04MPV 1 2 1 1 880 020MPV 1 2 1 1 880 026MPV 1 2 1 2 700 023MPV 1 4 1 1 700 025MPV 1 2 0 1 700 027MPV 1 2 0 1 700 02 MPV 1 2 0 1 700 019MPV 1 2 0 1 700 09MPV 1 3 1 2 700 013MPV 1 2 2 1 700 028MPV 1 2 0 1 700 024MPV 1 3 2 1 700 110MPV 1 2 0 2 700 08MPB 1 0 0 2 880 011MPB 1 0 0 2 880 012MPB 1 1 0 2 880 013MPB 1 0 0 2 880 014MPB 1 0 0 2 880 015MPB 1 0 0 3 880 016MPB 1 0 0 4 880 017MPB 1 0 0 2 880 018MPB 1 0 0 2 880 019MPB 1 0 0 2 880 020MPB 1 0 0 2 700 021MPB 1 0 0 2 700 022MPB 1 0 0 2 880 023MPB 1 0 0 1 880 024MPB 1 0 0 1 880 025MPB 1 0 0 1 880 026MPB 1 0 0 2 880 027MPB 1 0 0 1 880 028MPB 1 0 0 2 880 029MPB 1 0 0 1 880 030MPB 1 0 1 1 880 06MPB 1 0 0 3 700 01MPB 1 0 0 2 880 07MPB 1 0 0 3 880 010MPB 1 0 0 2 880 03MPB 1 0 0 3 880 09MPB 1 0 0 2 880 04MPB 1 0 0 3 880 02MPB 1 0 0 3 700 05MPB 1 1 0 3 880 0
Critérios de penosidade
Fonte: o autor
171
Tabela 10 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados – Categoria de ensino superior
Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos
16SPV Superior Privado Barra da Tijuca 5 8 109 Design de Modas12SPV Superior Privado Botafogo 9 11 214 Psicologia13SPV Superior Privado Botafogo 6 9 185 Biomedicina3SPV Superior Privado Centro 8 12 234 Ad.de Empresas6SPV Superior Privado Centro 8 10 313 Ciencias Contábeis7SPV Superior Privado Centro 9 10 257 Economia8SPV Superior Privado Centro 8 10 353 Ad. de Empresas
10SPV Superior Privado Centro 9 10 190 Normal Superior14SPV Superior Privado Centro 9 11 246 História18SPV Superior Privado Centro 10 14 283 Farmácia1SPV Superior Privado Encantado 9 10 234 Pedagogia2SPV Superior Privado Encantado 8 11 202 História
27SPV Superior Privado Flamengo 14 16 549 Direito28SPV Superior Privado Flamengo 9 10 270 Ciências da Computação29SPV Superior Privado Flamengo 4 6 97 Filosofia30SPV Superior Privado Flamengo 3 6 57 Relações Internacionais25SPV Superior Privado Ilha do Governador 11 14 297 Pedagogia26SPV Superior Privado Ilha do Governador 9 10 263 Ad. de Empresas20SPV Superior Privado Jacarepaguá 3 7 68 Secretariado Trilingue4SPV Superior Privado P. Bandeira 26 17 1508 Direito5SPV Superior Privado P. Bandeira 12 10 765 Direito
15SPV Superior Privado Rio Comprido 4 7 112 Cinema17SPV Superior Privado Rio Comprido 4 6 84 Hotelaria19SPV Superior Privado Rio Comprido 3 6 57 Teologia9SPV Superior Privado Tijuca 9 9 247 Pedagogia
11SPV Superior Privado Tijuca 9 10 362 Comunicação Social21SPV Superior Privado Tijuca 10 12 287 Jornalismo22SPV Superior Privado Tijuca 4 7 88 Serviço Social23SPV Superior Privado Tijuca 9 10 216 Pedagogia24SPV Superior Privado Tijuca 4 6 98 Turismo25SPB Superior Público Botafogo 14 10 621 Direito26SPB Superior Público Botafogo 7 5 85 Biblioteconomia27SPB Superior Público Botafogo 8 5 132 Filosofia28SPB Superior Público Botafogo 6 8 102 Teatro29SPB Superior Público Botafogo 8 9 263 Pedagogia 30SPB Superior Público Botafogo 6 5 137 Turismo6SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 9 171 Física7SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 7 193 Geociência8SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 6 165 Matemática
10SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 8 244 Psicologia11SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 9 79 Belas Artes12SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 7 256 Computação Eletrônica13SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 8 302 Arquitetura e Urbanismo14SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 7 317 Ciencias Contábeis15SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 5 55 Meteorologia16SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 7 7 214 Ciencias da Computação17SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 8 5 268 Biologia 18SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 8 7 234 Pedagogia 2SPB Superior Público Tijuca 10 14 690 Direito
19SPB Superior Público Tijuca 7 6 198 Letras20SPB Superior Público Tijuca 7 6 173 Filosofia21SPB Superior Público Tijuca 8 6 190 Pedagogia 22SPB Superior Público Tijuca 11 10 564 Direito23SPB Superior Público Tijuca 8 6 136 Matemática24SPB Superior Público Tijuca 8 5 122 Física1SPB Superior Público Urca 12 19 312 Engenharia Militar3SPB Superior Público Urca 9 8 316 Economia4SPB Superior Público Urca 8 8 322 Contabilidade5SPB Superior Público Urca 8 9 378 Comunicação9SPB Superior Público Urca 8 9 283 Pedagogia
Fonte: o autor
172
Tabela 11 – Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino superior Instituição
Giz Caneta Ruídoventiladores
Ruído arrefrigerado
Ruídotrânsito
Ruídooficina
RuídoFábrica
Vibração Calor Frio Rad.ionizante
Rad. nãoionizante
Químicos Poeiraresp.
Agentesbiológicos
Gases Umidade Pressãoatmosférica
16SPV 0 5 8 9 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 012SPV 0 9 12 8 1 1 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 013SPV 0 6 6 6 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 03SPV 1 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 1 0 0 0 06SPV 0 8 8 8 1 0 1 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 07SPV 0 9 9 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 08SPV 0 8 8 8 1 0 1 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0
10SPV 0 9 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 014SPV 0 9 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 018SPV 0 10 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 01SPV 2 9 12 14 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 0 0 0 02SPV 1 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 1 0 0 0 0
27SPV 0 14 14 7 1 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 028SPV 0 9 12 7 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 029SPV 0 4 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 030SPV 0 3 6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 025SPV 2 11 11 9 1 0 0 0 0 0 0 0 11 2 0 0 0 026SPV 2 9 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 0 0 0 020SPV 0 3 6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 04SPV 2 26 4 16 1 0 0 0 0 0 0 0 26 2 0 0 0 05SPV 0 12 6 10 1 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0
15SPV 2 4 8 4 1 0 1 0 0 0 0 0 4 2 0 0 0 017SPV 0 4 4 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 019SPV 0 3 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 09SPV 0 9 10 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0
11SPV 0 9 9 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 021SPV 0 10 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 022SPV 0 4 8 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 023SPV 0 9 9 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 024SPV 0 4 8 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 025SPB 0 14 16 1 1 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 026SPB 0 7 6 2 1 1 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 027SPB 1 7 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 1 0 0 0 028SPB 0 6 6 1 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 029SPB 0 8 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 030SPB 0 6 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 06SPB 4 4 6 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 07SPB 0 8 8 2 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 08SPB 0 7 14 2 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0
10SPB 0 8 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 011SPB 0 7 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 012SPB 0 7 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 013SPB 0 8 10 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 014SPB 0 8 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 015SPB 0 7 4 2 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 016SPB 0 7 12 4 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 017SPB 0 8 12 1 1 1 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 018SPB 3 5 12 1 1 0 1 0 0 0 0 0 5 3 0 0 0 02SPB 0 10 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0
19SPB 0 7 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 020SPB 0 7 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 021SPB 0 8 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 022SPB 0 11 24 4 1 0 1 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 023SPB 0 8 6 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 024SPB 0 8 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 01SPB 2 10 10 8 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 0 0 0 03SPB 0 9 10 3 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 04SPB 0 8 12 2 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 05SPB 2 6 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 2 0 0 0 09SPB 0 8 10 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0
Critérios de insalubridade
Fonte: o autor
173
Tabela 12 – Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino superior
InstituiçãoInflamáveis Explosivos
16SPV 0 012SPV 0 013SPV 0 03SPV 0 06SPV 0 07SPV 0 08SPV 0 0
10SPV 0 014SPV 0 018SPV 0 01SPV 0 02SPV 0 0
27SPV 0 028SPV 0 029SPV 0 030SPV 0 025SPV 0 026SPV 0 020SPV 0 04SPV 0 05SPV 0 0
15SPV 0 017SPV 0 019SPV 0 09SPV 0 0
11SPV 0 021SPV 0 022SPV 0 023SPV 0 024SPV 0 025SPB 0 026SPB 0 027SPB 0 028SPB 0 029SPB 0 030SPB 0 06SPB 0 07SPB 0 08SPB 0 0
10SPB 0 011SPB 0 012SPB 0 013SPB 0 014SPB 0 015SPB 0 016SPB 0 017SPB 0 018SPB 0 02SPB 0 0
19SPB 0 020SPB 0 021SPB 0 022SPB 0 023SPB 0 024SPB 0 01SPB 0 03SPB 0 04SPB 0 05SPB 0 09SPB 0 0
Critérios de periculosidade
Fonte: o autor
174
Tabela 13 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino superior
InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso
médioMetabolismo
médioMicrofone
16SPV 0 4 5 1 700 512SPV 1 7 9 1 600 713SPV 1 4 6 1 700 63SPV 1 5 8 1 600 76SPV 1 5 8 1 700 77SPV 1 5 9 1 600 78SPV 1 5 8 1 600 710SPV 1 8 9 1 600 714SPV 0 4 9 1 600 818SPV 1 7 10 1 600 81SPV 1 4 9 1 600 72SPV 1 5 8 2 600 827SPV 0 7 14 1 600 1128SPV 1 7 9 1 600 729SPV 1 4 4 1 600 330SPV 1 3 3 1 600 325SPV 1 7 11 1 600 826SPV 1 7 9 1 600 720SPV 0 3 3 1 600 34SPV 1 5 26 1 600 155SPV 1 5 12 1 600 915SPV 0 4 4 1 700 417SPV 1 4 4 1 600 319SPV 1 3 3 1 600 39SPV 1 4 9 1 600 711SPV 1 8 9 1 700 721SPV 0 5 10 1 600 822SPV 1 4 4 1 600 323SPV 1 7 9 2 600 724SPV 1 4 4 3 600 425SPB 1 4 1 3 600 126SPB 1 2 1 1 600 327SPB 1 3 1 2 600 228SPB 1 2 1 1 700 229SPB 1 3 1 3 600 130SPB 1 4 1 1 600 16SPB 0 6 1 1 600 37SPB 1 8 1 1 600 38SPB 1 6 1 1 600 310SPB 1 7 1 1 600 311SPB 0 7 2 2 700 312SPB 1 5 1 1 600 313SPB 1 6 1 1 600 314SPB 1 4 1 1 600 315SPB 1 3 1 1 600 216SPB 1 2 1 1 600 217SPB 1 3 0 1 600 218SPB 1 4 0 3 600 22SPB 1 2 3 3 600 419SPB 1 6 1 2 600 220SPB 1 7 1 2 600 121SPB 1 6 1 3 600 122SPB 1 3 2 2 600 123SPB 1 3 1 1 600 124SPB 1 3 1 1 600 11SPB 0 6 6 2 700 63SPB 1 2 2 1 600 44SPB 1 1 2 1 600 35SPB 1 1 1 1 600 39SPB 1 6 1 1 600 3
Critérios de penosidade
Fonte: o autor
175
Tabela 14 – Dosimetrias de ruído – Categoria de ensino fundamental público
Sala deaula
Doseprojetada
Lavg dB (A)
Sala deaula
Dose projetada
Lavg dB (A)
8 h % 8 h %1 37,9 78 34 45,4 79,32 41,2 78,6 35 55,1 80,73 50 80 36 57,4 814 59,9 81,3 37 71,7 82,65 35,4 77,5 38 50,7 80,16 44,1 79,1 39 38,4 78,17 24,3 74,8 40 46,7 79,58 28,3 75,9 41 59,9 81,39 12 69,7 42 51,4 80,2
10 59,9 81,3 43 54,3 80,611 119,7 86,3 44 44,8 79,212 40,6 78,5 45 24 74,713 45,4 79,3 46 47,3 79,614 60,7 81,4 47 30,8 76,515 30,4 76,4 48 33,9 77,216 56,6 80,9 49 30,4 76,417 58,2 81,1 50 45,4 79,318 34,4 77,3 51 50,7 80,119 22,4 74,2 52 69,7 82,420 29,5 76,2 53 59 81,221 37,4 77,9 54 48 79,722 110,2 85,7 55 56,6 80,923 76,8 83,1 56 54,3 80,624 55,1 80,7 57 93,3 84,525 22,7 74,3 58 80,1 83,426 62,4 81,6 59 22,7 74,327 50 80 60 32,1 76,828 24,3 74,8 61 37,4 77,929 34,4 77,3 62 47,3 79,630 60,7 81,4 63 50,7 80,131 50,7 80,1 64 60,7 81,432 44,8 79,2 65 19,2 73,133 24 74,7 66 22,1 74,1
Fonte: Autor
Nota: Os valores obtidos nas salas 11 e 22, foram superiores a média, tendo em vista que
estavam localizadas próximas as linhas férreas (trem urbano)
176
Tabela 15 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental privado
Sala deaula
Doseprojetada
Lavg dB (A)
Sala deaula
Dose projetada
Lavg dB (A)
8 h % 8 h %1 56,6 80,9 42 59,9 81,32 58,2 81,1 43 47,3 79,63 34,4 77,3 44 30,8 76,54 22,4 74,2 45 33,9 77,25 50 80 46 30,4 76,46 24,3 74,8 47 45,4 79,37 34,4 77,3 48 80,1 83,48 38,4 78,1 49 22,7 74,39 46,7 79,5 50 32,1 76,8
10 59,9 81,3 51 44,8 79,211 51,4 80,2 52 33,9 77,212 30,4 76,4 53 30,4 76,413 45,4 79,3 54 56,6 80,914 50,7 80,1 55 54,3 80,615 69,7 82,4 56 47,3 79,616 37,9 78 57 30,8 76,517 41,2 78,6 58 54,3 80,618 50 80 59 56,6 80,919 59,9 81,3 60 54,3 80,620 35,4 77,5 61 93,3 84,521 44,1 79,1 62 17,4 72,422 24,3 74,8 63 116,5 86,123 28,3 75,9 64 55,1 80,724 12 69,7 65 101,4 85,125 80,1 83,4 66 22,7 74,326 22,7 74,3 67 32,1 76,827 32,1 76,8 68 37,4 77,928 37,4 77,9 69 47,3 79,629 47,3 79,6 70 50,7 80,130 50,7 80,1 71 60,7 81,431 44,8 79,2 72 19,2 73,132 69,7 82,4 73 22,1 74,133 59 81,2 74 98,6 84,934 48 79,7 75 104,2 85,335 56,6 80,9 76 52,9 80,436 44,8 79,2 77 76,8 83,137 24 74,7 78 46 79,438 47,3 79,6 79 19,2 73,139 30,8 76,5 80 33,9 77,240 41,2 78,6 81 44,1 79,141 50 80 82 14,4 71
Fonte: Autor
177
Tabela 16 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio público
Sala deaula
Doseprojetada
Lavg dB (A)
8 h %1 34,9 77,42 16,3 71,93 17,9 72,64 30,4 76,45 40,1 78,46 3,3 60,57 44,1 79,18 54,3 80,69 19,2 73,1
10 34,9 77,411 6,3 65,112 7,8 66,613 15,4 71,514 39 78,215 24,7 74,916 29,1 76,117 3,2 60,118 44,1 79,119 16,7 72,120 34,4 77,321 29,1 76,122 14,4 7123 3,3 60,324 8,1 66,925 4,8 63,126 44,8 79,227 23,7 74,628 40,1 78,429 52,1 80,330 30,4 76,431 57,4 8132 20,6 73,6
Fonte: Autor
Nota: Os valores obtidos nas salas 06, 17 e 23 são inferiores a média das demais, tendo em vista que a maioria dos alunos é surdo-mudo e a comunicação utilizada é Libras entre o professor e os alunos e alunos entre si.
178
Tabela 17 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio privado
Sala de
aulaDose
projetadaLavg
dB (A)8 h %
1 66,9 82,12 119,7 86,33 94,6 84,64 52,1 80,35 57,4 816 46 79,47 37,4 77,98 80,1 83,49 130,1 86,9
10 16,7 72,111 35,8 77,612 43,5 7913 59 81,214 89,5 84,215 59,9 81,316 72,7 82,717 52,1 80,318 46 79,419 76,8 83,120 60,7 81,421 52,9 80,422 47,3 79,623 44,8 79,224 33,9 77,225 29,1 76,126 18,2 72,727 80,1 83,428 114,9 8629 105,7 85,430 63,3 81,731 44,8 79,232 33,4 77,133 22,4 74,2
Fonte: Autor
179
Tabela 18 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior público
Sala de
aulaDose
projetadaLavg
dB (A)Sala de
aulaDose
projetadaLavg
dB (A)8 h % 8 h %
1 90,8 84,3 52 45,4 79,32 102,8 85,2 53 17,4 72,43 119,7 86,3 54 116,5 86,14 44,1 79,1 55 30,4 76,45 52,1 80,3 56 56,6 80,96 43,5 79 57 54,3 80,67 66,9 82,1 58 47,3 79,68 119,7 86,3 59 80,1 83,49 94,6 84,6 60 22,7 74,3
10 52,1 80,3 61 32,1 76,811 57,4 81 62 76,8 83,112 66,9 82,1 63 46 79,413 77,9 83,2 64 98,6 84,914 90,8 84,3 65 104,2 85,315 130,1 86,9 66 50 8016 16,7 72,1 67 59,9 81,317 35,8 77,6 68 68,8 82,318 76,8 83,1 69 47,3 79,619 102,8 85,2 70 30,8 76,520 69,7 82,4 71 38,4 78,121 44,1 79,1 72 46,7 79,522 22,4 74,2 73 24,3 74,823 52,9 80,4 74 34,4 77,324 47,3 79,6 75 50 8025 44,8 79,2 76 59,9 81,326 50,7 80,1 77 89,5 84,227 69,7 82,4 78 80,1 83,428 60,7 81,4 79 22,7 74,329 80,1 83,4 80 76,8 83,130 38,4 78,1 81 37,9 7831 44,8 79,2 82 41,2 78,632 33,4 77,1 83 50 8033 22,4 74,2 84 89,5 84,234 52,9 80,4 85 76,8 83,135 76,8 83,1 86 30,4 76,436 60,7 81,4 87 45,4 79,337 75,8 83 88 59,9 81,338 19,2 73,1 89 50,7 80,139 29,1 76,1 90 69,7 82,440 34,4 77,3 91 50 8041 50,7 80,1 92 59,9 81,342 80,1 83,4 93 52,1 80,343 116,5 86,1 94 59,9 81,344 15 71,3 95 51,4 80,245 20,3 73,5 96 44,1 79,146 50,7 80,1 97 59,9 81,347 39 78,2 98 88,3 84,148 76,8 83,1 99 62,4 81,649 66,9 82,1 100 60,7 81,450 39 78,2 101 80,1 83,451 62,4 81,6
Fonte: Autor
180
Tabela 19 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior privado
Sala deaula
Doseprojetada
Lavg dB (A)
Sala deaula
Dose projetada
Lavg dB (A)
8 h % 8 h %1 33,4 77,1 37 59,9 81,32 30,4 76,4 38 30,4 76,43 44,1 79,1 39 18,7 72,94 12 69,7 40 44,8 79,25 59,9 81,3 41 24 74,76 71,7 82,6 42 13,2 70,47 22,4 74,2 43 47,3 79,68 29,5 76,2 44 39 78,29 30,8 76,5 45 30,8 76,5
10 34,4 77,3 46 50,7 80,111 22,4 74,2 47 69,7 82,412 44,1 79,1 48 11 69,113 37,4 77,9 49 52,1 80,314 29,1 76,1 50 20 73,415 22,7 74,3 51 59 81,216 21,2 73,8 52 8,4 67,117 29,1 76,1 53 56,6 80,918 33,4 77,1 54 29,9 76,319 60,7 81,4 55 48 79,720 48,6 79,8 56 15 71,321 44,8 79,2 57 32,1 76,822 24 74,7 58 22,7 74,323 22,1 74,1 59 10 68,424 31,6 76,7 60 32,1 76,825 50,7 80,1 61 47,3 79,626 17,4 72,4 62 10,6 68,827 11 69,1 63 44,8 79,228 46,7 79,5 64 37,4 77,929 15 71,3 65 60,7 81,430 21,5 73,9 66 52,9 80,431 9,7 68,2 67 50,7 80,132 38,4 78,1 68 39,5 78,333 12 69,7 69 19,2 73,134 32,1 76,8 70 33,9 77,235 51,4 80,2 71 22,1 74,136 13 70,3
Fonte: Autor
181
Tabela 20 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental público
Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 24,8 22,7 22,8 34 23,9 29,1 24,92 29,8 26,3 22,6 35 22,3 24,8 22,83 28,8 27,0 23,0 36 23,0 27,1 21,74 27,8 24,7 22,7 37 22,5 24,8 23,45 22,7 22,8 26,3 38 23,9 25,8 22,96 28,3 22,6 27,0 39 22,3 26,8 23,97 23,5 23,0 24,7 40 22,8 22,8 24,98 25,8 25,7 22,8 41 27,1 24,9 25,09 27,0 27,8 22,6 42 24,2 29,0 22,7
10 24,7 24,8 23,0 43 25,3 22,5 27,111 27,1 25,8 25,7 44 26,8 23,9 24,212 24,8 27,8 22,9 45 22,5 22,3 24,213 25,8 27,4 27,1 46 24,9 27,1 25,314 26,8 27,9 26,0 47 25,3 24,2 26,915 27,8 23,0 23,7 48 26,8 25,3 22,516 26,3 22,5 24,7 49 22,5 26,4 24,917 27,9 24,3 27,1 50 24,9 22,7 26,118 24,7 29,1 24,8 51 29,0 24,0 27,519 22,8 28,8 25,8 52 24,2 26,1 24,220 22,6 27,8 26,8 53 25,3 24,2 25,721 22,6 22,6 22,8 54 26,6 25,3 26,422 25,7 26,3 24,9 55 22,8 26,4 23,923 29,8 27,0 29,0 56 24,9 22,5 24,624 24,8 24,7 25,7 57 24,2 24,3 23,525 27,8 22,9 22,5 58 25,3 26,1 22,926 26,3 25,0 23,9 59 26,8 24,2 23,027 27,0 23,0 22,3 60 22,5 25,3 24,228 24,7 25,7 24,8 61 24,9 26,8 25,329 22,8 27,4 27,1 62 23,9 22,5 26,530 22,6 27,9 24,2 63 24,3 24,9 22,731 23,0 23,0 25,3 64 24,5 26,8 24,332 25,7 22,5 26,4 65 25,0 22,5 26,133 22,5 24,3 22,5 66 26,3 24,9 26,4
Fonte: Autor
182
Tabela 21 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental privado
Sala
de aulaTermô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 24,9 26,0 22,3 42 21,9 22,7 27,12 24,2 23,3 22,8 43 23,9 24,3 26,63 25,3 22,3 24,7 44 22,3 24,5 24,24 26,8 22,9 23,0 45 22,5 25,5 25,85 22,5 24,2 22,5 46 24,2 26,3 25,76 24,8 23,5 23,9 47 23,4 25,0 28,07 23,9 25,4 27,0 48 25,7 22,3 23,58 24,7 22,7 22,8 49 26,1 22,9 25,39 24,5 24,0 24,2 50 22,8 24,7 22,8
10 25,0 22,5 23,4 51 22,3 23,7 24,611 26,3 24,9 25,7 52 22,7 25,2 23,412 25,5 23,5 22,3 53 24,0 24,6 24,513 22,3 23,4 21,9 54 23,7 23,0 24,314 21,9 21,9 21,9 55 24,5 21,9 27,015 21,7 23,9 23,4 56 25,5 23,9 22,816 23,4 24,2 22,5 57 26,3 22,3 22,317 22,5 23,5 23,9 58 24,2 22,5 24,718 23,9 24,7 21,7 59 22,5 24,2 23,019 21,7 23,5 22,8 60 24,2 23,4 25,720 22,8 22,3 24,2 61 23,4 25,7 26,121 24,2 24,2 23,7 62 25,7 26,1 22,822 26,0 23,6 25,7 63 26,1 22,8 24,323 22,5 25,0 28,0 64 22,8 24,3 24,524 24,9 25,7 23,5 65 24,3 24,5 23,425 24,2 26,1 22,6 66 25,0 25,5 25,726 25,3 22,8 22,5 67 23,9 26,3 26,127 26,8 25,1 24,7 68 22,3 26,0 22,828 22,5 27,0 23,0 69 22,9 25,7 26,329 24,9 22,6 22,1 70 24,2 26,1 23,430 23,9 26,1 23,9 71 23,7 22,8 22,531 24,3 23,8 26,3 72 25,7 24,3 23,932 24,5 23,0 22,8 73 26,1 24,5 27,033 25,5 21,9 24,2 74 24,7 26,2 22,834 26,3 23,9 23,4 75 25,1 25,7 24,235 25,3 22,3 25,7 76 26,3 25,3 23,736 22,3 25,4 22,3 77 25,7 25,3 25,737 22,5 24,2 23,7 78 26,1 23,7 28,038 24,3 23,9 21,9 79 22,8 27,0 23,539 23,7 25,7 22,8 80 24,3 22,3 27,340 25,2 26,0 22,5 81 24,5 22,9 26,841 23,0 22,8 23,9 82 25,5 24,2 25,9
Fonte: Autor
183
Tabela 22 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio público
Sala
de aulaTermô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 24,3 25,3 22,52 25,3 23,7 24,93 22,3 27,0 23,74 24,0 22,3 25,35 23,5 22,9 24,56 25,2 24,2 22,87 23,4 22,5 24,28 25,7 24,9 23,49 22,3 23,5 25,7
10 22,8 25,2 22,311 21,9 25,7 22,812 23,4 24,2 21,313 22,5 23,4 23,414 23,9 25,7 22,515 27,0 22,3 23,516 22,8 22,8 27,017 24,2 21,9 22,818 23,7 23,3 24,219 25,7 22,5 23,420 28,2 23,9 25,721 23,5 27,0 28,022 26,8 22,8 23,723 24,3 24,2 26,824 22,6 23,5 24,625 23,6 25,7 22,626 28,1 28,0 23,327 23,6 23,5 28,128 23,7 26,8 23,629 25,7 24,5 23,730 25,3 22,6 25,731 23,7 23,0 25,732 27,0 28,1 28,0
Fonte: Autor
184
Tabela 23 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio privado
Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 22,3 25,2 22,62 22,3 23,4 22,33 22,4 24,2 23,04 22,3 28,1 22,35 22,3 23,5 23,06 22,6 26,3 26,07 22,5 27,5 27,58 24,9 24,3 24,79 23,7 22,3 24,5
10 25,2 22,6 22,611 23,4 23,0 24,312 24,3 25,7 25,713 28,1 22,6 22,414 24,3 24,7 24,715 26,2 23,4 23,416 22,6 24,0 24,017 23,6 23,7 23,718 25,7 22,5 22,619 22,6 22,5 22,520 24,5 24,9 24,921 23,4 23,0 23,722 24,0 25,2 25,423 23,7 23,0 23,024 22,6 24,3 24,725 22,9 28,1 28,126 28,1 24,7 24,727 24,7 26,2 26,228 26,2 22,9 22,629 22,5 26,1 28,130 24,7 25,3 24,731 26,2 23,7 26,432 22,6 25,6 22,533 22,3 22,4 22,6
Fonte: Autor
185
Tabela 24 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior público Sala
de aulaTermô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 22,3 25,2 22,3 52 22,5 26,1 24,92 22,3 22,3 22,5 53 24,9 25,3 23,33 22,6 22,5 22,6 54 23,7 22,0 25,24 22,5 22,6 24,3 55 22,5 24,5 23,05 24,9 22,5 26,2 56 23,4 23,0 24,36 23,7 24,9 23,5 57 24,3 22,4 28,27 25,2 23,4 24,7 58 25,1 25,2 24,78 23,4 25,2 23,5 59 24,3 23,7 25,09 24,3 23,7 22,3 60 26,2 23,3 27,1
10 28,1 24,9 24,9 61 22,4 24,3 26,111 24,3 22,7 23,7 62 23,6 22,8 22,612 26,2 22,3 24,0 63 22,9 24,9 22,013 22,6 22,6 23,4 64 21,7 25,3 24,514 23,6 22,5 26,1 65 24,9 22,0 23,015 24,3 24,9 28,1 66 23,3 24,5 22,416 22,6 23,7 24,3 67 25,2 22,3 23,517 25,2 22,3 26,2 68 23,0 22,5 24,318 24,9 23,4 25,0 69 24,3 22,6 25,319 23,3 24,3 23,6 70 28,2 22,5 22,020 25,2 28,1 22,3 71 24,7 24,9 24,521 23,0 24,3 23,7 72 26,2 23,7 25,122 24,3 26,2 22,6 73 22,9 25,2 23,723 28,2 22,6 22,5 74 26,1 23,7 24,324 24,7 23,6 24,9 75 25,3 23,5 24,025 26,2 24,5 23,7 76 22,7 25,2 23,726 22,9 22,5 25,2 77 24,5 24,9 25,227 26,1 24,9 23,7 78 23,2 23,3 22,328 25,3 23,5 24,3 79 22,4 25,2 22,529 22,0 22,3 26,2 80 26,2 23,0 22,630 24,5 22,5 25,3 81 26,2 24,3 22,531 23,0 22,6 22,0 82 25,3 28,2 24,932 22,4 22,5 24,5 83 22,0 24,7 23,733 25,3 24,9 22,5 84 24,5 24,5 25,234 22,0 23,7 24,9 85 25,3 22,4 23,735 24,5 25,2 23,7 86 22,6 26,3 24,336 24,9 23,7 25,2 87 23,6 23,7 28,137 24,3 25,0 23,7 88 25,3 22,0 24,338 22,5 25,2 26,2 89 25,3 24,5 26,239 23,7 24,5 23,4 90 22,4 23,0 22,640 24,9 22,1 22,4 91 24,5 22,4 23,641 23,5 24,9 23,6 92 23,7 25,3 24,042 22,3 23,5 25,3 93 25,3 22,3 25,343 22,0 22,3 25,3 94 22,0 24,5 22,044 24,5 23,3 26,1 95 24,0 26,2 25,345 26,1 25,2 25,3 96 22,3 22,6 22,746 25,3 23,0 22,0 97 25,2 23,6 24,547 22,0 24,3 24,5 98 23,5 24,0 23,348 24,5 28,4 23,4 99 25,3 25,2 25,249 22,3 24,7 26,2 100 22,0 25,3 24,150 22,3 26,2 22,9 101 24,5 22,0 23,051 24,0 22,9 23,3
Fonte: Autor
186
Tabela 25 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior privado
Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG Sala de aula
Termô-metro
de globo
Termô-metro de
bulboúmido
IBUTG
1 25,2 22,3 24,0 37 23,6 25,2 22,52 22,5 24,5 25,2 38 26,2 25,3 23,63 24,1 26,2 23,3 39 22,5 23,7 24,04 26,2 22,6 22,3 40 23,6 25,7 25,85 22,0 23,6 24,3 41 24,0 28,0 25,16 23,6 24,0 26,2 42 25,4 23,4 24,17 24,0 25,2 22,5 43 25,3 22,3 23,18 25,2 25,0 23,6 44 25,3 24,5 25,29 25,3 24,5 24,2 45 28,0 26,2 22,4
10 23,3 26,2 25,2 46 23,7 22,5 22,411 22,4 22,4 25,3 47 22,3 23,6 23,612 23,4 23,6 22,3 48 24,5 24,0 23,513 22,6 24,0 24,5 49 26,7 25,4 24,014 23,6 25,2 26,2 50 22,6 25,3 28,315 25,7 26,2 22,6 51 23,6 24,0 22,316 25,7 26,2 23,6 52 24,3 26,2 22,417 23,6 22,5 24,0 53 25,2 22,4 23,618 23,5 23,0 25,2 54 25,3 23,6 26,219 28,0 24,2 25,3 55 22,3 24,0 22,620 22,4 25,1 23,6 56 24,5 25,2 23,521 22,4 25,3 24,7 57 25,7 25,3 25,222 23,6 22,4 25,4 58 21,2 20,3 20,123 25,3 24,5 25,3 59 19,7 17,3 16,324 22,5 26,5 22,4 60 16,9 17,1 16,425 22,3 22,6 23,6 61 24,5 22,4 23,626 24,5 23,4 26,2 62 26,1 25,0 24,027 26,2 24,0 22,5 63 22,6 23,3 25,228 22,6 24,0 23,6 64 23,6 22,1 25,329 23,6 26,0 24,0 65 24,2 23,3 22,430 24,0 22,9 25,4 66 25,3 25,5 23,431 25,2 26,1 25,3 67 25,7 25,3 25,232 25,3 24,5 22,4 68 24,5 23,6 23,633 22,3 23,6 24,1 69 26,1 24,0 24,034 24,2 25,3 22,3 70 22,6 25,2 25,335 22,6 23,6 23,2 71 23,4 25,3 22,136 22,4 24,0 26,2
Fonte: Autor
187
Tabela 26 - Iluminação - Categoria de ensino fundamental público
Sala Dose Ideal Sala Dose Idealde aula NBR 5413 de aula NBR 5413
1 500/700/1000 302 34 500/700/1000 3452 500/700/1000 229 35 500/700/1000 3173 500/700/1000 243 36 500/700/1000 3444 500/700/1000 265 37 500/700/1000 4275 500/700/1000 305 38 500/700/1000 4526 500/700/1000 342 39 500/700/1000 3897 500/700/1000 401 40 500/700/1000 4468 500/700/1000 306 41 500/700/1000 4079 500/700/1000 278 42 500/700/1000 415
10 500/700/1000 345 43 500/700/1000 32211 500/700/1000 317 44 500/700/1000 45612 500/700/1000 399 45 500/700/1000 43213 500/700/1000 427 46 500/700/1000 42214 500/700/1000 322 47 500/700/1000 39815 500/700/1000 389 48 500/700/1000 40716 500/700/1000 363 49 500/700/1000 43717 500/700/1000 409 50 500/700/1000 38918 500/700/1000 412 51 500/700/1000 39919 500/700/1000 303 52 500/700/1000 38820 500/700/1000 277 53 500/700/1000 40921 500/700/1000 275 54 500/700/1000 45722 500/700/1000 298 55 500/700/1000 40423 500/700/1000 337 56 500/700/1000 40324 500/700/1000 299 57 500/700/1000 38825 500/700/1000 408 58 500/700/1000 35526 500/700/1000 411 59 500/700/1000 39927 500/700/1000 429 60 500/700/1000 37228 500/700/1000 397 61 500/700/1000 40929 500/700/1000 487 62 500/700/1000 45730 500/700/1000 407 63 500/700/1000 29931 500/700/1000 399 64 500/700/1000 40332 500/700/1000 228 65 500/700/1000 29833 500/700/1000 264 66 500/700/1000 404
LuxLux
Fonte: Autor
188
Tabela 27 - Iluminação - Categoria de ensino fundamental privado
Dose Ideal Dose IdealNBR 5413 NBR 5413
1 500/700/1000 342 42 500/700/1000 3422 500/700/1000 401 43 500/700/1000 4073 500/700/1000 306 44 500/700/1000 3064 500/700/1000 243 45 500/700/1000 3425 500/700/1000 269 46 500/700/1000 2996 500/700/1000 270 47 500/700/1000 2977 500/700/1000 302 48 500/700/1000 3068 500/700/1000 229 49 500/700/1000 3449 500/700/1000 275 50 500/700/1000 290
10 500/700/1000 265 51 500/700/1000 36911 500/700/1000 305 52 500/700/1000 30612 500/700/1000 342 53 500/700/1000 40213 500/700/1000 401 54 500/700/1000 29014 500/700/1000 306 55 500/700/1000 25715 500/700/1000 278 56 500/700/1000 34216 500/700/1000 345 57 500/700/1000 34517 500/700/1000 317 58 500/700/1000 29918 500/700/1000 399 59 500/700/1000 30619 500/700/1000 427 60 500/700/1000 34420 500/700/1000 322 61 500/700/1000 28921 500/700/1000 389 62 500/700/1000 36922 500/700/1000 401 63 500/700/1000 30623 500/700/1000 407 64 500/700/1000 40224 500/700/1000 399 65 500/700/1000 22925 500/700/1000 342 66 500/700/1000 30626 500/700/1000 490 67 500/700/1000 32727 500/700/1000 306 68 500/700/1000 36928 500/700/1000 473 69 500/700/1000 40429 500/700/1000 421 70 500/700/1000 36930 500/700/1000 401 71 500/700/1000 40231 500/700/1000 260 72 500/700/1000 30632 500/700/1000 306 73 500/700/1000 34433 500/700/1000 344 74 500/700/1000 34234 500/700/1000 342 75 500/700/1000 28735 500/700/1000 369 76 500/700/1000 30636 500/700/1000 306 77 500/700/1000 28837 500/700/1000 402 78 500/700/1000 30738 500/700/1000 370 79 500/700/1000 33839 500/700/1000 365 80 500/700/1000 32440 500/700/1000 337 81 500/700/1000 35741 500/700/1000 488 82 500/700/1000 328
Sala de aula
Lux Sala de aula
Lux
Fonte: Autor
189
Tabela 28 – Iluminação - Categoria de ensino médio público
Dose IdealNBR 5413
1 500/700/1000 2292 500/700/1000 3003 500/700/1000 3024 500/700/1000 3175 500/700/1000 3066 500/700/1000 3447 500/700/1000 3428 500/700/1000 3699 500/700/1000 306
10 500/700/1000 40211 500/700/1000 30612 500/700/1000 34413 500/700/1000 34214 500/700/1000 28715 500/700/1000 30616 500/700/1000 28817 500/700/1000 30718 500/700/1000 30619 500/700/1000 40220 500/700/1000 29021 500/700/1000 25722 500/700/1000 34223 500/700/1000 34524 500/700/1000 29925 500/700/1000 30626 500/700/1000 34427 500/700/1000 28928 500/700/1000 27829 500/700/1000 30030 500/700/1000 31531 500/700/1000 29032 500/700/1000 321
Sala de aula
Lux
Fonte: Autor
190
Tabela 29 - Iluminação - Categoria de ensino médio privado
Dose IdealNBR 5413
1 500/700/1000 3092 500/700/1000 3423 500/700/1000 3064 500/700/1000 2295 500/700/1000 3446 500/700/1000 3557 500/700/1000 3068 500/700/1000 3449 500/700/1000 342
10 500/700/1000 28711 500/700/1000 35712 500/700/1000 28813 500/700/1000 30714 500/700/1000 30615 500/700/1000 30616 500/700/1000 40217 500/700/1000 29018 500/700/1000 25719 500/700/1000 34820 500/700/1000 34521 500/700/1000 29922 500/700/1000 30623 500/700/1000 29724 500/700/1000 28925 500/700/1000 30626 500/700/1000 40727 500/700/1000 38428 500/700/1000 39229 500/700/1000 30830 500/700/1000 33931 500/700/1000 40732 500/700/1000 40133 500/700/1000 415
LuxSala de aula
Fonte: Autor
191
Tabela 30 – Iluminação - Categoria de ensino superior público
Dose Ideal Dose IdealNBR 5413 NBR 5413
1 500/700/1000 345 52 500/700/1000 2572 500/700/1000 343 53 500/700/1000 3423 500/700/1000 306 54 500/700/1000 4324 500/700/1000 402 55 500/700/1000 2995 500/700/1000 290 56 500/700/1000 3066 500/700/1000 257 57 500/700/1000 3447 500/700/1000 342 58 500/700/1000 2898 500/700/1000 257 59 500/700/1000 4379 500/700/1000 299 60 500/700/1000 481
10 500/700/1000 306 61 500/700/1000 39011 500/700/1000 345 62 500/700/1000 34512 500/700/1000 289 63 500/700/1000 48213 500/700/1000 290 64 500/700/1000 28914 500/700/1000 306 65 500/700/1000 25515 500/700/1000 402 66 500/700/1000 34816 500/700/1000 306 67 500/700/1000 40917 500/700/1000 447 68 500/700/1000 29818 500/700/1000 342 69 500/700/1000 45219 500/700/1000 409 70 500/700/1000 34420 500/700/1000 299 71 500/700/1000 38721 500/700/1000 452 72 500/700/1000 36522 500/700/1000 344 73 500/700/1000 33723 500/700/1000 289 74 500/700/1000 44924 500/700/1000 363 75 500/700/1000 35925 500/700/1000 337 76 500/700/1000 29226 500/700/1000 419 77 500/700/1000 29927 500/700/1000 432 78 500/700/1000 30028 500/700/1000 421 79 500/700/1000 30629 500/700/1000 420 80 500/700/1000 31230 500/700/1000 440 81 500/700/1000 42731 500/700/1000 306 82 500/700/1000 31632 500/700/1000 402 83 500/700/1000 29433 500/700/1000 290 84 500/700/1000 35634 500/700/1000 257 85 500/700/1000 37235 500/700/1000 345 86 500/700/1000 31936 500/700/1000 345 87 500/700/1000 40237 500/700/1000 430 88 500/700/1000 34438 500/700/1000 306 89 500/700/1000 25739 500/700/1000 394 90 500/700/1000 34240 500/700/1000 289 91 500/700/1000 43241 500/700/1000 295 92 500/700/1000 35442 500/700/1000 339 93 500/700/1000 30643 500/700/1000 342 94 500/700/1000 34444 500/700/1000 291 95 500/700/1000 49345 500/700/1000 390 96 500/700/1000 36646 500/700/1000 294 97 500/700/1000 39847 500/700/1000 356 98 500/700/1000 47348 500/700/1000 372 99 500/700/1000 33949 500/700/1000 306 100 500/700/1000 27250 500/700/1000 402 101 500/700/1000 44051 500/700/1000 344
Sala de aula
LuxSala de aula
Lux
Fonte: Autor
192
Tabela 31- Iluminação - Categoria de ensino superior privado
Dose Ideal Dose IdealNbr 5413 Nbr 5413
1 500/700/1000 445 37 500/700/1000 3722 500/700/1000 390 38 500/700/1000 2303 500/700/1000 456 39 500/700/1000 4024 500/700/1000 433 40 500/700/1000 3445 500/700/1000 321 41 500/700/1000 2576 500/700/1000 267 42 500/700/1000 3427 500/700/1000 357 43 500/700/1000 4328 500/700/1000 458 44 500/700/1000 2959 500/700/1000 239 45 500/700/1000 306
10 500/700/1000 328 46 500/700/1000 34411 500/700/1000 327 47 500/700/1000 23412 500/700/1000 395 48 500/700/1000 30313 500/700/1000 355 49 500/700/1000 30614 500/700/1000 294 50 500/700/1000 37215 500/700/1000 402 51 500/700/1000 44716 500/700/1000 372 52 500/700/1000 29117 500/700/1000 432 53 500/700/1000 35618 500/700/1000 433 54 500/700/1000 45019 500/700/1000 344 55 500/700/1000 30620 500/700/1000 257 56 500/700/1000 40221 500/700/1000 342 57 500/700/1000 22922 500/700/1000 476 58 500/700/1000 25723 500/700/1000 299 59 500/700/1000 34224 500/700/1000 306 60 500/700/1000 37725 500/700/1000 344 61 500/700/1000 29926 500/700/1000 451 62 500/700/1000 30627 500/700/1000 306 63 500/700/1000 34428 500/700/1000 407 64 500/700/1000 29629 500/700/1000 356 65 500/700/1000 43230 500/700/1000 259 66 500/700/1000 26531 500/700/1000 293 67 500/700/1000 34432 500/700/1000 316 68 500/700/1000 45133 500/700/1000 372 69 500/700/1000 29334 500/700/1000 269 70 500/700/1000 44935 500/700/1000 294 71 500/700/1000 37636 500/700/1000 356
Sala de aula
Lux Sala de aula
Lux
Fonte: Autor
193
Tabela 32 - Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino
Categoria de ensino Quantidadede Professores Total Médio
Fundamental Privado 287 213.140 742,6Fundamental Público 309 262.560 849,7Médio Privado 257 184.940 719,6Médio Público 253 216.700 856,5Superior Privado 295 175.800 595,9Superior Público 233 143.400 615,5
Total 1634 1.196.540 732,3
Gasto metabólico (Kcal/h)
Fonte: Autor
Tabela 33 - Proporção Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de ensino
Categoria de ensino Número de salas Ventiladores (1) Vent./Sala Ar refrigerado (1) Ar refri./Sala
Fundamental Privado 299 371 1,2 211 0,7Fundamental Público 377 84 0,2 - -Médio Privado 130 233 1,8 24 0,2Médio Público 151 75 0,5 - -Superior Privado 245 264 1,1 217 0,9Superior Público 244 293 1,2 45 0,2
Total 1.446 1.320 0,9 497 0,3
Ruído de sala
Fonte: Autor
Tabela 34 - Fontes de ruído de sala por categoria de ensino
Categoria de ensino Número Ventiladores Ar refrigerado Voz humanade salas (1) (1) Professores Alunos Total
Fundamental Privado 299 371 211 287 13.345 13.632Fundamental Público 377 84 - 309 19.235 19.544Médio Privado 130 233 24 257 6.690 6.947Médio Público 151 75 - 253 8.640 8.893Superior Privado 245 264 217 295 8.245 8.540Superior Público 244 293 45 233 7.522 7.755
Total 1.446 1.320 497 1.634 63.677 65.311
Fonte: Autor
194
Tabela 35 - Instituições com presença ou ausência de ruídos de fundo, por categorias de ensino e tipo de fonte
Tipo de ruído Categoria de ensino Total
Ruído de trânsitoSim 16 53,3% 30 100,0% 5 16,7% 30 100,0% 30 100,0% 26 86,7% 137 76,1%Não 14 46,7% - - 25 83,3% - - - - 4 13,3% 43 23,9%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 - 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%
Ruído de oficinaSim 3 10,0% 2 6,7% - - - - 1 3,3% 2 6,7% 8 4,4%Não 27 90,0% 28 93,3% 30 100,0% 30 100,0% 29 96,7% 28 93,3% 172 95,6%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%
Ruído de fábricaSim - - 1 3,3% 1 3,3% 3 10,0% 3 10,0% 2 6,7% 10 5,6%Não 30 100,0% 29 96,7% 29 96,7% 27 90,0% 27 90,0% 28 93,3% 170 94,4%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%
Superior SuperiorFundamental Fundamental Médio Médio
Fonte: Autor
Tabela 36 - Número de salas, utilização de giz e caneta, por categorias de ensino
Categoria de ensino Número Salas que utilizam Salas que utilizamde salas giz caneta
Fundamental Privado 299 255 85,3% 299 100,0%Fundamental Público 377 372 98,7% 50 13,3%Médio Privado 130 130 100,0% 130 100,0%Médio Público 151 151 100,0% 40 26,5%Superior Privado 245 12 4,9% 245 100,0%Superior Público 244 12 4,9% 232 95,1%
Total 1.446 932 64,5% 996 68,9%
Fonte: Autor
Tabela 37 - Número de salas, datashow, microfone, retroprojetor, peso transportado e gasto metabólico por categoria de ensino
Categoria de ensino Nº de Nº de Nº de Nº de Peso médio Gasto metabólico
sala Datashow microfone retoprojetor transportado (Kg) médio (Kcal)
Fundamental Privado 299 17 17 112 808 743Fundamental Público 377 - - 17 861 850Médio Privado 130 23 3 66 289 720Médio Público 151 1 - 2 530 857Superior Privado 245 245 196 154 328 596Superior Público 244 39 72 125 380 615
Total 1.446 325 288 476 3.196 732
Fonte: Autor
195
Tabela 38 - Teste de Kruskal-Wallis para insalubridade e penosidade para o agente ruído
Categoria de Ensino
Fundamental Privado
Fundamental Público
Médio Privado
Médio Público
Superior Privado
Superior Público
Total
RUÍDO - INSALUBRIDADE
jn 79 64 29 32 71 93 368
jR 14674 12605 6583 2968 9244 21823 67896
jj nR /2Rj^2/nj 2725649 2482397 1494341 275189 1203543 5120896 13302015
H 68,51 Qui-quadrado calculado
∑T 22824 H corrigido 68,54 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 2,066E-13 Rejeito Ho Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07
RUÍDO - PENOSIDADE
jn 82 66 33 32 71 101 385
jR 15793,5 13361 8099 2967,5 9244 24840 74305
jj nR /2Rj^2/nj 3041886 2704793 1987691 275189 1203543 6109164 15322266
H 79,25 Qui-quadrado calculado
∑T
22926 H corrigido 79,28 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 1,188E-15 Rejeito Ho Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07
196
Tabela 39 -Teste de Kruskal-Wallis para insalubridade e penosidade do agente temperatura
Categoria de Ensino
Fundamental
Privado Fundamental
Público Médio
Privado Médio Público
Superior Privado
Superior Público
Total
TEMPERATURA - INSALUBRIDADE E PENOSIDADE
jn 54 46 20 24 54 75 273
jR 7644 7830 3136 3164 6125 9503 37401
jj nR /2Rj^2/nj 1082051 1332802 491568 417121 694620 1204093 5222255
H 15,77 Qui-quadrado calculado
∑T 38958 H corrigido 15,80 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 0,007 Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07
Tabela 40 - Teste de Kruskal-Wallis para penosidade para agente iluminação
Categoria de Ensino
Fundamental
Privado Fundamental
Público Médio
Privado Médio Público
Superior Privado
Superior Público
Total
ILUMINAÇÃO - PENOSIDADE
jn 82 66 33 32 71 101 385
jR 14717 15576 5610 4334 13842 20227 74305
jj nR /2Rj^2/nj 2641163 3675700 953700 586986 2698605 4050807 14606962
H 21,49 Qui-quadrado calculado
∑T 107118 H corrigido 21,53 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 0,0006 Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,076