AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO Gustavo Marcolino Dupim Orientador: Dr. Ivo Pivato Brasília-DF Dezembro/2016

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

Gustavo Marcolino Dupim Orientador: Dr. Ivo Pivato

Brasília-DF Dezembro/2016

Page 2: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

ii

GUSTAVO MARCOLINO DUPIM

AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

Trabalho de conclusão de curso de

graduação em Medicina Veterinária

apresentado junto à Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade de Brasília

Orientador: Dr. Ivo Pivato

Brasília-DF Dezembro/2016

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Dupim, Gustavo Marcolino Avaliação do Colostro Bovino por Colorímetro. / Gustavo Marcolino Dupim; orientação de Ivo Pivato. – Brasília, 2016 29 p. Trabalho de conclusão de curso de graduação – Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2016.

Cessão de Direitos Nome do Autor: Gustavo Marcolino Dupim Título do Trabalho de Conclusão de Curso: Avaliação do Colostro Bovino por

Colorímetro

Ano: 2016 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta

monografia e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos

acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e

nenhuma parte desta monografia pode ser reproduzida sem a autorização por

escrito do autor.

________________________

Gustavo Marcolino Dupim

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iv

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v

Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais,

Hermes e Walkíria e a minha irmã, Lorena

por me motivarem, não deixando que eu

desistisse do meu sonho.

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vi

Agradecimentos

A Deus, acima de tudo, pelas conquistas e as graças alcançadas.

Agradeço, também, aos meus pais, Hermes e Walkíria, e a minha irmã,

Lorena, pela força, encorajamento, estímulo e paciência durante toda essa

caminhada.

À minha família por estar ao meu lado em todos os momentos sempre

acreditando no meu potencial.

Aos meus amigos, pelos conselhos e encorajamento.

Ao professor Ivo Pivato, por todo o apoio, pela amizade, paciência e

ensinamentos de vida.

Ao professor Ernandes Almeida, pela paciência, por todos os ensinamentos

práticos e teóricos

Ao proprietário e a todos os funcionários da fazenda, pelo ambiente

agradável e pela convivência durante todo o período de estágio.

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vii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1

2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 3

3. RESULTADOS ................................................................................................ 5

3.1. Diferença de Cor ......................................................................................... 5

3.2. Tonalidade de Cor ...................................................................................... 8

3.3. Intensidade de Cor ................................................................................... 11

4. DISCUSSÃO ................................................................................................. 14

5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 16

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 17

7. RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO ................................................ 18

7.1 Planos de Atividades ................................................................................... 18

7.2 Atividades Desenvolvidas ........................................................................... 18

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO ....... 20

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viii

RESUMO

AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

Com o presente trabalho objetivou-se analisar o colostro de vacas leiteiras

para obter uma medida objetiva das características da cor e levantar possíveis

fatores que a influenciam. Em bovinos, todos os tipos de células envolvidas na

resposta imune estão presentes na glândula mamária e o presente trabalho sugere

que a ocorrência de um processo inflamatório no organismo do animal influencia a

composição do colostro alterando sua coloração.

Palavras-chave: Gado de leite, vaca, holandês, colostro, colorímetro, cor.

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ix

ABSTRACT

EVALUATION OF BOVINE COLOSTRUM BY COLORIMETER

The aim of the present study was to analyze the colostrum of dairy cows to

obtain an objective measure of the color characteristics and to discover factors that

influence it. In cattle, all types of immune response cells involved are present in the

mammary gland and the present work suggests that the occurrence of an

inflammatory process in the animal's organism influences the colostrum composition

by altering its coloration.

Keywords: Dairy cattle, dutch, cow, colostrum, colorimeter, color.

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1. INTRODUÇÃO

O colostro é constituído por secreções lácteas das glândulas mamárias e por

constituintes do soro do sangue materno, principalmente imunoglobulinas e

proteínas séricas, mas também leucócitos, fatores de crescimento, hormônios,

citocinas, fatores antimicrobianos não específicos e nutrientes. Alguns destes

constituintes sofrem uma redução na concentração durante as seis primeiras

ordenhas (GODDEN, 2008).

A qualidade do colostro é determinada pela concentração de

imunoglobulinas, sendo que esta pode variar, influenciando a transferência

imunitária passiva.

A glândula mamária passa por alterações fisiológicas durante sua fase

produtiva, que se adéquam as necessidades de cada fase da lactação. No final da

gestação, prepara-se para a secreção do colostro, o qual apresenta características

secretórias especificas para suprir as necessidades nutritivas e imunológicas do

recém-nascido (RADOSTITS et al., 2007).

Em bovinos, todos os tipos de células envolvidas na resposta imune estão

presentes na glândula mamária nos diferentes estágios de gestação (SALMON,

1999).

A contagem de células somáticas (CCS) é alta imediatamente após o parto,

mas em vacas sadias o número vai sendo reduzido à medida que decresce a

quantidade de colostro no leite, chegando a menos de 200.000/mL dentro de quatro

a cinco dias após o parto. Na segunda semana, a CCS é reduzida para menos de

100.000/mL (BRITO et al., 2009).

São necessários três parâmetros para se caracterizar uma cor: tonalidade,

luminosidade e saturação. A tonalidade corresponde ao comprimento de onda

predominante, a luminosidade, por sua vez, está relacionada a intensidade da

energia eletromagnética. No sistema de Hunter, a localização dos pontos no espaço

colorimétrico é representada pelas coordenadas L (luminosidade), C (grau de

saturação) e h (ângulo de tonalidade, que começa a ser contado no sentido anti-

horário à partir do eixo + a). A comparação entre duas cores (E), denominada

diferença de cor, pode ser calculada matematicamente com os dados de L, a, b das

duas cores (CALLISTER JR, 1997, citado por MELCHIADES et al., 1999).

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2

Com presente trabalho procurou determinar uma medida objetiva das

características da cor do colostro e possíveis fatores que à influenciam.

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3

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Fazenda Moinho, próximo a cidade de

Formosa – GO. Foram acompanhados animais da raça Holandesa que tiveram os

partos entre os meses de setembro a novembro de 2016. O rebanho apresentava

uma média de 33kg/leite/dia/vaca com aproximadamente 60 animais em lactação.

Os animais passaram por exame clinico geral após o parto e foram coletadas

amostras de colostro.

Foram coletadas amostras do colostro de 14 animais a cada 24h até 120h a

partir do momento do parto e amostras de leite do tanque. As amostras foram

coletadas em um balde, em seguida armazenadas em garrafas de plástico de 500

mL e mantidas sob refrigeração a 5ºC. Duas vezes por semana as amostras eram

colocadas em caixa térmica com gelo reciclável e levadas ao Laboratório de Análise

de Alimentos da UnB, onde foram realizadas duas avaliações: de densidade

através do uso do termolactodensímetro e no Colorímetro para obter uma medida

objetiva das características da cor. O leite do tanque foi usado como referência.

Os 14 animais foram divididos em três grupos:

Grupo 1 – vacas com um e dois partos, constituído pelos animais 1, 2, 3,

4 e 5.

Grupo 2 – vacas com três partos, constituído pelos animais 6, 7, 8, 9, 10

e 11.

Grupo 3 – vacas com quatro ou mais de partos. constituído pelos

animais 12, 13 e 14.

A avaliação da cor das amostras de colostro foi realizada com o auxílio do

colorímetro triestímulo ColorQuestTM II, obtendo-se os valores das coordenadas L,

a e b do sistema Hunter. Com os valores das coordenadas L, a e b foi possível

obter parâmetros relacionados à tonalidade h (Equação 1), à saturação da cor ou

croma C (Equação 2) e à diferença de cor E (Equação 3) (LITTLE, 1975,

FRANCIS, 1975, MCLELLAN et al., 1995, MASKAN, 2001).

)abarctang(h (1)

)b(aC 22 (2)

20

20

20 )( bbaaLLE

(3)

em que:

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4

h = tonalidade da cor;

C = saturação da cor ou croma;

E = diferença de cor;

L = mensurável em termos de intensidade de branco a preto;

a = mensurável em termos de intensidade de vermelho e verde; e

b = mensurável em termos de intensidade de amarelo e azul.

L0, a0 e b0 são as coordenadas obtidas nas amostras do leite do tanque, tomada

como referência.

Os resultados foram expressos em ângulo de cor (hº), por meio dos parâmetros

de Hunter (L, a, b) e pela intensidade de cor dada pelo parâmetro C (Chroma). O

ângulo de cor (hº) é uma medida de tonalidade e é representado por valores entre

0 e 360º. Na escala de Hunter, o índice L mede a luminosidade, que varia de zero,

para amostras totalmente pretas, a 100 para amostras totalmente brancas. O índice

a mede a variação da cor verde (sinal negativo) à vermelha (sinal positivo). O índice

b mede a variação da cor azul (sinal negativo) à amarela (sinal positivo). Valores

iguais a zero equivalem a cor cinza (OLIVEIRA et al.,2010).

Os dados referentes a diferença de cor (E), tonalidade de cor (h) e saturação

de cor (C) das amostras de colostro foram submetidas a análise de regressão.

Utilizou-se o software Sigma Plot 10.0 para obter as equações de regressão e

respectivos coeficientes de determinação, e a plotagem dos gráficos.

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3. RESULTADOS

3.1. Diferença de Cor

Dia após o parto

1 2 3 4 5

Difere

nça d

e c

or

(E

)

0

5

10

15

20

25

30Animal 1

Animal 2

Animal 3

Animal 4

Animal 5

Figura 1 – Diferença de cor em amostras do colostro do Grupo 1 (vacas

com um e dois partos, constituído pelos animais 1, 2, 3, 4 e 5) em

relação ao leite do tanque (referência). Todos os animais deste grupo

não apresentaram patologia. O animal 5 apresentou valores altos devido

a presença de sangue nas amostras, o que não é atribuído à presença

de patologia.

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6

Dia após o parto

1 2 3 4 5

Difere

nça d

e c

or

(E

)

0

5

10

15

20

25

30

35Animal 6

Animal 7

Animal 8

Animal 9

Animal 10

Animal 11

Figura 2 – Diferença de cor em amostras do colostro do Grupo 2 (vacas com

três partos, constituído pelos animais 6, 7, 8, 9, 10 e 11) em relação ao leite do

tanque (referência). Nenhum dos animais deste grupo apresentou patologia no

exame clinico pós-parto. Nota-se um padrão na queda dos valores de diferença

de cor.

Dia após o parto

1 2 3 4 5

Difere

nça d

e c

or

(E

)

0

5

10

15

20

25Animal 12

Animal 13

Animal 14

Figura 3 – Diferença de cor em amostras do colostro do Grupo 3 (vacas com quatro

ou mais partos, constituído pelos animais 12, 13 e 14) em relação ao leite do tanque

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7

(referência). Os animais 12 e 14 tinham patologias e apresentam gráficos fora dos

padrões vistos nos animais sadios. O animal 13 não teve observações patológicas

no exame clinico pós-parto, seguindo o padrão de diminuição na diferença de cor

dos demais animais sadios.

Tabela 1 – Equações de regressão ajustadas referentes a diferença de cor em

amostras de colostro obtidas dos Grupos 1,2,3 e respectivos coeficientes de

determinação.

Grupo Identificação Equação ajustadas R2

1

Animal 1 �̂� = 𝟏𝟒, 𝟑𝟖(𝒆(−𝟎,𝟑𝟏𝐱)) 0,64

Animal 2 �̂� = 𝟏𝟖, 𝟗𝟗(𝒆(−𝟎,𝟒𝟓𝐱)) 0,96

Animal 3 �̂� = 𝟏𝟎, 𝟓𝟒(𝒆(−𝟎,𝟐𝟑𝐱)) 0,70

Animal 4 �̂� = 𝟏𝟗, 𝟒𝟒(𝒆(−𝟎,𝟑𝟎𝐱)) 0,70

Animal 5 �̂� = 𝟐𝟔, 𝟎𝟕(𝒆(−𝟎,𝟏𝟐𝐱)) 0,92

2

Animal 6 �̂� = 𝟒𝟐, 𝟏𝟑(𝒆(−𝟎,𝟓𝟗𝐱)) 0,93

Animal 7 �̂� = 𝟏𝟔, 𝟖𝟗(𝒆(−𝟎,𝟒𝟑𝐱)) 0,94

Animal 8 �̂� = 𝟒𝟏, 𝟎𝟏(𝒆(−𝟎,𝟖𝟐𝐱)) 0,99

Animal 9 �̂� = 𝟐𝟑, 𝟓𝟓(𝒆(−𝟎,𝟒𝟎𝐱)) 0,71

Animal 10 �̂� = 𝟑𝟗, 𝟑𝟐(𝒆(−𝟎,𝟒𝟔𝐱)) 0,91

Animal 11 �̂� = 𝟔𝟓, 𝟎𝟓(𝒆(−𝟎,𝟕𝟐𝐱)) 0,97

3

Animal 12 �̂� = 𝟏𝟑, 𝟓𝟗(𝒆(−𝟎,𝟎𝟗𝐱)) 0,61

Animal 13 �̂� = 𝟐𝟎, 𝟗𝟒(𝒆(−𝟎,𝟒𝟎𝐱)) 0,82

Animal 14 �̂� = 𝟏𝟗, 𝟒𝟒(𝒆(−𝟎,𝟎𝟒𝐱)) 0,10

Page 17: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

8

3.2. Tonalidade de Cor

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Tonalid

ade d

e c

or

(h)

0

20

40

60

80

100

120

140

Leite do tanque

Animal 1

Animal 2

Animal 3

Animal 4

Animal 5

Figura 4 – Tonalidade de cor em amostras do colostro do Grupo 1 (vacas com um

e dois partos, constituído pelos animais 1, 2, 3, 4 e 5) e do leite do tanque

(referência). Com exceção do animal 5 que apresentou sangue nas amostras, os

dados dos demais animais tendem com o passar dos dias a se aproximar do valor

do leite do tanque. Os animais deste grupo não tiveram observações patológicas

no exame clinico pós-parto.

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Tonalid

ade d

e c

or

(h)

0

20

40

60

80

100

120

140

Leite do tanque

Animal 6

Animal 7

Animal 8

Animal 9

Animal 10

Animal 11

Page 18: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

9

Figura 5 – Tonalidade de cor em amostras do colostro do Grupo 2 (vacas com três

partos, constituído pelos animais 6, 7, 8, 9, 10 e 11) e do leite do tanque (referência).

Os animais deste grupo não tiveram observações patológicas no exame clinico pós-

parto. Com o passar dos dias os valores de tonalidade de cor tendem a se

aproximar do valor do leite do tanque mesmo que alguns estejam um pouco acima

no quinto dia.

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Tonalid

ade d

e c

or

(h)

0

20

40

60

80

100

120

140

Animal 12

Animal 13

Animal 14

Leite do tanque

Figura 6 – Tonalidade de cor em amostras do colostro do Grupo 3 (vacas com

quatro ou mais partos, constituído pelos animais 12, 13 e 14) e do leite do tanque

(referência). Os animais 12 e 14 tinham patologias e apresentam gráficos fora dos

padrões vistos nos animais sadios.

Page 19: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

10

Tabela 2 – Equações de regressão ajustadas referentes à tonalidade de cor em

amostras de colostro obtidas dos Grupos 1,2,3 e respectivos coeficientes de

determinação.

Grupo Identificação Equação ajustadas R2

1

Animal 1 �̂� = 𝟖𝟖, 𝟖𝟖 − 𝟎, 𝟏𝟓 𝐱 + 𝟎, 𝟒𝟒 𝒙𝟐 0,36

Animal 2 �̂� = 𝟕𝟗, 𝟖𝟕 + 𝟔, 𝟖𝟗 𝐱 − 𝟎, 𝟒𝟗 𝒙𝟐 0,76

Animal 3 �̂� = 𝟖𝟗, 𝟖𝟑 + 𝟏, 𝟖𝟒 𝐱 + 𝟎, 𝟎𝟏 𝒙𝟐 0,48

Animal 4 �̂� = 𝟗𝟐, 𝟐𝟐 − 𝟐, 𝟗𝟒 𝐱 + 𝟎, 𝟓𝟕 𝒙𝟐 0,08

Animal 5 �̂� = 𝟕𝟖, 𝟖𝟕 − 𝟏, 𝟏𝟗 𝐱 + 𝟎, 𝟐𝟓𝒏𝒔𝒙𝟐 0,13

2

Animal 6 �̂� = 𝟕𝟑, 𝟖𝟗 + 𝟕, 𝟔𝟔 𝐱 − 𝟎, 𝟏𝟑 𝒙𝟐 0,85

Animal 7 �̂� = 𝟖𝟓, 𝟕𝟎 + 𝟒, 𝟗𝟐 𝐱 − 𝟎, 𝟎𝟏 𝒙𝟐 0,94

Animal 8 �̂� = 𝟔𝟕, 𝟏𝟎 + 𝟏𝟖, 𝟓𝟏 𝐱 − 𝟐, 𝟎𝟖 𝒙𝟐 0,99

Animal 9 �̂� = 𝟖𝟕, 𝟕𝟏 − 𝟐, 𝟕𝟒 𝐱 + 𝟏, 𝟐𝟒 𝒙𝟐 0,81

Animal 10 �̂� = 𝟕𝟒, 𝟕𝟕 + 𝟔, 𝟔𝟐 𝐱 − 𝟎, 𝟕𝟑 𝒙𝟐 0,50

Animal 11 �̂� = 𝟔𝟔, 𝟑𝟒 + 𝟏𝟓, 𝟒𝟏 𝐱 − 𝟏, 𝟖𝟎 𝒙𝟐 0,87

3

Animal 12 �̂� = 𝟔𝟗, 𝟏𝟓 + 𝟏𝟕, 𝟔𝟐 𝐱 − 𝟐, 𝟕𝟔𝒙𝟐 0,58

Animal 13 �̂� = 𝟖𝟖, 𝟓𝟑 + 𝟎, 𝟓𝟎 𝐱 0,07

Animal 14 �̂� = 𝟗𝟑, 𝟒𝟐 − 𝟖, 𝟑𝟏 𝐱 + 𝟎, 𝟔𝟐 𝒙𝟐 0,56

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11

3.3. Intensidade de Cor

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Inte

nsid

ade d

e c

or

(C)

0

5

10

15

20

25

30

35Leite do tanque

Animal 1

Animal 2

Animal 3

Animal 4

Animal 5

Figura 7 – Intensidade de cor em amostras do colostro do Grupo 1 (vacas com um

e dois partos, constituído pelos animais 1, 2, 3, 4 e 5) e do leite do tanque

(referência). Nenhum dos animais deste grupo apresentou patologia no exame

clinico pós-parto. Com o passar dos dias, os valores de intensidade de cor tendem

a se aproximar do valor do leite do tanque.

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Inte

nsid

ade d

e c

or

(C)

0

5

10

15

20

25

30

35Leite do tanque

Animal 6

Animal 7

Animal 8

Animal 9

Animal 10

Animal 11

Page 21: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

12

Figura 8 – Intensidade de cor em amostras do colostro do Grupo 2 (vacas com três

partos, constituído pelos animais 6, 7, 8, 9, 10 e 11) e do leite do tanque (referência).

Nenhum dos animais deste grupo apresentou patologia no exame clinico pós-parto.

Com o passar dos dias, os valores de intensidade de cor tendem a se aproximar do

valor do leite do tanque.

Dias após o parto

1 2 3 4 5

Inte

nsid

ade d

e c

or

(C)

0

5

10

15

20

25

30

35 Leite do tanque

Animal 12

Animal 13

Animal 14

Figura 9 – Intensidade de cor em amostras do colostro do Grupo 3 (vacas com

quatro ou mais partos, constituído pelos animais 12, 13, 14) e do leite do tanque

(referência). Os animais 12 e 14 tinham patologias e apresentam gráficos fora dos

padrões vistos nos animais sadios. Não conseguindo atingir valores de intensidade

de cor próximos ao do tanque com o passar dos dias. O animal 13 não apresentou

observações patológicas no exame clinico pós-parto e atingiu no quinto dia o valor

de referência.

Page 22: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

13

Tabela 3 – Equações de regressão ajustadas referentes à intensidade de cor em

amostras de colostro obtidas dos Grupos 1,2,3 e respectivos coeficientes de

determinação.

Grupo Identificação Equação ajustadas R2

1

Animal 1 �̂� = 𝟐𝟎, 𝟓𝟒 − 𝟓, 𝟑𝟑 𝐱 + 𝟎, 𝟔𝟑 𝒙𝟐 0,88

Animal 2 �̂� = 𝟐𝟏, 𝟏𝟗 − 𝟒, 𝟏𝟑 𝐱 + 𝟎, 𝟒𝟏 𝒙𝟐 0,94

Animal 3 �̂� = 𝟏𝟕, 𝟑𝟎 − 𝟎, 𝟗𝟒 𝐱 − 𝟎, 𝟎𝟑 𝒙𝟐 0,73

Animal 4 �̂� = 𝟐𝟑, 𝟑𝟓 − 𝟑, 𝟓𝟑 𝐱 + 𝟎, 𝟐𝟎 𝒙𝟐 0,72

Animal 5 �̂� = 𝟐𝟖, 𝟐𝟕 − 𝟓, 𝟎𝟖 𝐱 + 𝟎, 𝟑𝟎 𝒙𝟐 0,77

2

Animal 6 �̂� = 𝟒𝟐, 𝟖𝟐 − 𝟏𝟗, 𝟒𝟖 𝐱 + 𝟏, 𝟖𝟖 𝒙𝟐 0,90

Animal 7 �̂� = 𝟐𝟏, 𝟏𝟗 − 𝟒, 𝟏𝟒 𝐱 − 𝟎, 𝟒𝟏 𝒙𝟐 0,94

Animal 8 �̂� = 𝟐𝟑, 𝟑𝟔 − 𝟓, 𝟎𝟗 𝐱 + 𝟎, 𝟒𝟑 𝒙𝟐 0,92

Animal 9 �̂� = 𝟑𝟕, 𝟕𝟕 − 𝟏𝟒, 𝟐𝟗 𝐱 + 𝟏, 𝟕𝟔 𝒙𝟐 0,98

Animal 10 �̂� = 𝟐𝟓, 𝟑𝟒 − 𝟑, 𝟑𝟒 𝐱 − 𝟎, 𝟎𝟑 𝒙𝟐 0,76

Animal 11 �̂� = 𝟒𝟑, 𝟓𝟒 − 𝟏𝟑, 𝟑𝟏 𝐱 + 𝟏, 𝟑𝟔 𝒙𝟐 0,95

3

Animal 12 �̂� = 𝟐𝟐, 𝟎𝟔 − 𝟐, 𝟕𝟑 𝐱 + 𝟎, 𝟑𝟖 𝒙𝟐 0,81

Animal 13 �̂� = 𝟏𝟑, 𝟒𝟕 + 𝟏, 𝟗𝟒 𝐱 − 𝟎, 𝟓𝟐 𝒙𝟐 0,79

Animal 14 �̂� = 𝟐𝟒, 𝟎𝟏 − 𝟎, 𝟔𝟗 𝐱 − 𝟎, 𝟐𝟐 𝒙𝟐 0,84

Page 23: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

14

4. DISCUSSÃO

Observa-se nos animais sadios que no quinto dia os valores de intensidade

e tonalidade se aproximam cada vez mais dos valores de referência (tanque) e que

a diferença de cor tende a zero. Nos animais com patologias estes valores não

seguem o mesmo padrão dos sadios.

Dos 14 animais avaliados, 12 estavam sadios, apenas os animais números

12 e 14 tiveram observações patológicas. O animal 12 apresentou retenção de

placenta. O animal 14 tinha processo inflamatório evidente antes do parto,

apresentando uma pústula no úbere e os quartos esquerdos edemaciados,

hiperplasia interdigital, papilomatose e, além disso, no pós-parto este animal teve

retenção de placenta

Através das figuras 1,2,3 com base nos dados da tabela 1 e nos exames

clínicos realizados no pós-parto observamos que a diferença de cor nos animais 14

e 12 é maior que a média dos animais sadios e que esta diferença se mantém alta

no quinto dia em quanto nos animais sadios ela tende a zero. O Grupo 2 possui

apenas animais sadios e na figura 2 fica evidente o padrão de queda na diferença

de cor.

O animal 14 teve a maior reação inflamatória e com maior diferença (figura

3) e tonalidade de cor (figura 6). O animal 12 teve retenção de placenta que gerou

um processo inflamatório sugerindo uma justificativa para a diferença de cor alta e

fora do padrão (figura 3), e intensidade de cor (figura 9) distante do valor de

referência (tanque).

A glândula mamária possui uma grande vascularização. O aumento do

volume da glândula mamária no período que antecede o parto e nos primeiros dias

de lactação pode ocasionar o rompimento de alguns vasos, o que altera a coloração

do colostro. Isto acontece frequentemente em vacas jovens sem evidência de

doença e altera a qualidade do colostro (BALHARA et al.,).

Observa-se nas figuras 1 e 2 que das vacas sadias apenas o animal 5 teve

valores de diferença de cor fora dos padrões e esse animal também teve valores

de tonalidade de cor, na figura 4, que não tenderam a zero com o passar dos dias.

Isso se explica pois nas amostras de colostro deste animal havia presença

marcante de sangue dando uma coloração avermelhada.

Page 24: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

15

As amostras dos animais 12 e 14 saíram dos padrões e não foi notada a

presença expressiva de sangue, sugerindo que o processo inflamatório foi o

responsável pela influência na coloração (figuras 3 e 9).

Page 25: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

16

5. CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos no presente estudo é possível sugerir que o

processo inflamatório influenciou na composição do colostro e consequentemente

na sua coloração. Os animais sadios apresentam dados de diferença de cor que

tendem a zero, tonalidade e intensidade de cor que tendem aos valores de

referência (tanque), enquanto os que tiveram observações patológicas

apresentaram valores distantes.

Page 26: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

17

6. REFERÊNCIAS

FRANCIS, F.J. The origin of tan-1 a/b. Journal of Food Science, v. 40, p. 412, 1975.

LITTLE, A. Off on a tangent. Journal of Food Science, Chicago, v.40, p.410-411,

1975.

MASKAN, M. Kinetics of colour change of kiwifruits during hot air and microwave

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Page 27: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

18

7. RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

O estágio foi realizado em uma propriedade próxima a cidade de Formosa-

GO, durante os meses de setembro a novembro de 2016. A fazenda se dedica a

bovinocultura de leite e a agricultura. O rebanho leiteiro da raça Holandesa conta

com uma média de produção de 31kg/leite/dia/vaca. As vacas em lactação estão

confinadas e os animais jovens e vacas em pré-parto nos piquetes com Tifton.

7.1 Planos de Atividades

- Acompanhar vacas no pós-parto.

- A partir do décimo quinto dia pós-parto, os animais serão examinados

quinzenalmente por palpação e ultrassonografia do aparelho genital para observar

a involução uterina e a retomada da ciclicidade.

- Coletar amostras de colostro no momento do parto e a cada 24h até 120h.

- Coletar e analisar as placentas.

- Ajudar no campo com o manejo dos animais.

7.2 Atividades Desenvolvidas

No período do estágio pariram 17 animais, mas apenas 15 animais foram

acompanhados pois dois vieram a óbito. Após o parto os animas passavam por um

exame clinico geral e quando possível a placenta era coletada. Das sete placentas

coletadas seis estavam inteiras e uma incompleta. Foi analisado o número,

comprimento, largura e altura dos cotilédones dos cornos gravídicos e não-

gravídicos. De cada corno foram analisados três cotilédones e feito uma média

aritmética das medidas de comprimento, largura e altura.

Três animais tiveram retenção de placenta e foram tratados com

Ceftiofur(BIOXELL®), IM, por três dias consecutivos mais Cloridrato de

Tetraciclina(GINOVET®), IU, após 12 horas, 2 a 3 tabletes distribuídos pela

cavidade uterina, entre endométrio e as secundinas, repetidos no 3º, 6º e 9º dia.

Foi aplicado duas doses de 2ml de prostaglandina, uma 12 horas após o

parto e outra três dias após a primeira, em todos os animais como objetivo de

melhoras os índices reprodutivos do rebanho.

Foram coletadas amostras do colostro no momento do parto e a cada 24h

até 120h. As amostras foram resfriadas e levadas ao Laboratório de Análise de

Alimentos da UnB onde foi feita a avaliação de sua densidade através do uso do

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termolactodensímetro, e no Colorímetro para obter uma medida objetiva das

características da cor. O objetivo era verificar se existe uma correlação da

densidade do colostro com a recuperação do aparelho reprodutor.

Com a finalidade de avaliar a saúde reprodutiva, a partir do décimo quinto

dia pós-parto os animais foram examinados quinzenalmente por palpação

transretal e ultrassonografia do aparelho genital para observar a involução uterina

e a retomada da ciclicidade, assim como fazer observações patológicas. Pelo

exame ultrassonográfico foi medido o diâmetro da cérvix e dos cornos uterinos, e o

tamanho e condições dos ovários.

As novilhas eram inseminadas com sêmen da raça Jersey procurando

bezerros menores para uma maior facilidade de parto. Dados de peso, raça e sexo

dos bezerros no dia do parto também foram coletados.

Page 29: AVALIAÇÃO DO COLOSTRO BOVINO POR COLORÍMETRO

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O período de estágio foi de extrema importância pelo fato de possibilitar um

aprendizado prático nas áreas de manejo e de reprodução animal, ficou evidente a

importância do acompanhamento puerperal para a saúde reprodutiva do rebanho

e sua influência no intervalo entre partos.

Algumas mudanças simples no manejo como o uso de sêmen de Jersey em

novilhas e o uso de prostaglandina no pós-parto proporcionam melhores índices

zootécnicos.